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Lesões de Tecidos Duros

FRATURA DE ESMALTE + POLPA + CEMENTO:


Tratamento imediato:

Dentes com vitalidade pulpar e rizogênese incompleta: pulpotomia,


que irá permitir a formação radicular até o término de sua formação apical.

Dentes permanentes com risogênse incompleta e necrose pulpar:


obturação do conduto com pasta à base de hidróxido de calcio e soro
fisiológico ou solução anestésica, que vai promover a apicificação do terço
apical. Troca-se a pasta periodicamente até se formar a barreira de tecido
cemento osteóide.

Dentes permanentes com risogênese completa: o tratamento


endodôntico é indicado de imediato.

Dentes decíduos com risogênese completa: polpotomia com a pasta


Guedes-Pinto ou pela facilidade, segurança de sucesso e, as vezes, pela
necessidade de utilizar pino e coroa para restaurar o dente, opta-se pela
pulpectomia, também com a pasta Guedes-Pinto.

Tratamento tardio:

Dentes permanentes com risogênese imcompleta: 12 a 18 meses após


deve-se realizar o tratamento endodôntico propriamente dito.

Observação: dependendo da profundidade onde a linha de fratura se


encontra na raiz, pode-se tentar uma gengivectomia, expondo a área de
fratura e fazer o tratamento endodontico e a colagem ou a restauração com
pino e coroa de resina composta.

Reparo de tecido duro: este tipo de cicatrização depende de uma polpa


intacta e em casos de pouco ou nenhum deslocamento.

Fraturas Radiculares
Este tipo de fratura é considerada fratura horizontal e ao exame
radiográfico não pode ser visualizada. De acordo com Guedes-Pinto, é
necessário realizar 3 diferentes angulações para localizar a linha de
fratura.

1/3 APICAL:
Tratamento imediato:

O tratamento imediato do terço apical da fratura radicular é a redução


da fratura e a contenção rígida. O paciente deve permaner com a contenção
durante 6 semanas. A cura se dá pelo tecido conjuntivo e o tecido ósseo.

Este tipo de fratura com maior índice de sucesso é a fratura apical. Em


dentes com rizogênese incompleta é menos comum pois o processo alveolar
tem maior resiliência, que facilitaria mais uma lesão de estrutura de suporte
que a uma fratura radicular.

A redução da fratura é importante ser realizada o mais rápido possível,


pois nos casos de vitalidade pulpar a formação de um tecido calcificado entre
os fragmentos é passível de ocorrer.

Se o paciente chega em pouco tempo para o tratamento, com pouca


extrusão e sem sangramento no sulco gengival e a redução da fratura com
imobilização forem adequadas existe grande possibilidade de ocorrer
formação de calcificação. Se o atendimento for após 24 a 48 horas ja se
iniciou a cicatrização e havendo grande separação entre os fragmentos,
existe a possibilidade de formação de fibrose ou de interposição do osso
alveolar.

Tratamento tardio:

É o momento para a remoção da contenção rígida. O CD deve avaliar o


estado da polpa, pois se a polpa estiver morta deve-se fazer a endodontia até
a linha da fratura, e no futuro, se o fragmento apical apresentar uma lesão
poderá ser removido cirurgicamente.

1/3 MÉDIO:
Tratamento imediato:

O tratamento imediato do terço médio da fratura radicular é a redução


da fratura e a contenção rígida. O paciente deve permaner com a contenção
durante 3 meses. A cura se dá pelo tecido conjuntivo e o tecido ósseo.

Tratamento tardio:
Nas fraturas de terço médio o tratamento endodôntico está indicado,
seguido da colocação, no interior do canal, de contenção metálica intracanal
(instrumentos endodônticos calibrosos ou o uso de um núcleo fundido em
ouro), com o intuito de manter os fragmentos unidos e estabilizados.

1/3 CERVICAL:
Tratamento imediato:

O tratamento imediato do terço cervical da fratura radicular é a


redução da fratura e a contenção semi-rígida. O paciente deve permaner com
a contenção durante 6 a 12 meses. A cura se dá pelo tecido conjuntivo e o
tecido ósseo.

Tratamento tardio:

Quando muito próximo da gengiva marginal, maior a possibilidade de


remover a coroa, efetuar gengivectomia para expor a raiz ou ainda tentar a
tração ortodôntica. No caso de dente permanente, realizar tratamento
endodôntico e colocação de coroa suportada por pino intra-radicular.

Obs.: Em casos de necrose pulpar a possibilidade de reabsorção


radicular externa do tipo inflamatória é muito comum, desta forma,
torna-se obrigatório o uso da medicação intracanal com hidróxido de
cálcio veiculado com solução anestésica por no mínimo 60 dias.

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