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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO LUIZ DO PARAITINGA
FORO DE SÃO LUIZ DO PARAITINGA
VARA ÚNICA
AVENIDA VEREADOR JOSÉ ADOLFO PINTO DE SOUZA, S/Nº, São
Luiz do Paraitinga - SP - CEP 12140-000
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

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SENTENÇA

Processo Digital nº: 1000736-49.2019.8.26.0579


Classe - Assunto Ação Popular - Violação aos Princípios Administrativos
Requerente: Thais Pereira Polo
Requerido: Cláudio Henrique da Silva e outros

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA LETICIA OLIVEIRA DOS SANTOS, liberado nos autos em 10/07/2021 às 12:26 .
Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ana Leticia Oliveira Dos Santos

Vistos.

Trata-se de ação popular, com pedido de tutela de urgência, ajuizada por Thais
Pereira Polo e Bruno Cesar Castro Cunha em face da Prefeitura Municipal de Lagoinha. Aduzem
os autores que a Lei Municipal nº 908, de 26 de abril de 2016, estipulou o subsídio dos agentes
políticos do Poder Executivo, para o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020,
no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais), para Prefeito; R$ 3.000,00 (três mil reais), para Vice-
Prefeito; e R$ 2.655,20 (dois mil, seiscentos e cinquenta e cinco reais e vinte centavos), para
Secretários. Entretanto, em 2018 e em 2019, o Sr. Prefeito Municipal propôs projeto de lei visando
a reajustar os seus próprios subsídios, a título de Revisão Geral Anual (RGA), vinculando a
revisão dos subsídios à remuneração dos servidores públicos. Sustentam que o cumprimento das
revisões dos subsídios dos agentes políticos está provocando lesão ao patrimônio do município,
isto porque o valor fixado não está sendo respeitado, gerando despesas superiores, suportadas pela
municipalidade, sendo certo que tais aumentos, a título de revisão geral anual (RGA), não são
permitidos pela Constituição Federal e, especialmente, pela Constituição Estadual de São Paulo.
Requereram a tutela de urgência, objetivando a abstenção do pagamento de valores superiores do
subsídio de Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários, em relação ao estipulado na legislatura anterior,
conforme Lei nº 908/2016, bem como para que a Prefeitura Municipal passe a descontar 30%
(trinta por cento) do subsídio de cada agente político beneficiado, dos subsídios vindouros, mês a
mês, até que se alcance a quantia equivalente ao prejuízo causado ao patrimônio do município. No
mérito, rogam pela procedência da demanda, com a condenação dos réus e beneficiários ao
ressarcimento ao patrimônio público lesado, na quantia apurada, acrescida dos consectários legais.

Com a inicial (fls. 01/23), juntaram documentos (fls. 22/224).

O Ministério Público opinou pela concessão parcial da tutela de urgência (fls.

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228/231).

Deferida em parte a liminar almejada para que o Município de Lagoinha se


abstenha do pagamento de valores superiores do subsídio de Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários,
em relação ao estipulado na legislatura anterior, conforme Lei nº 908/2016, até decisão final da
ação, sob pena de multa mensal no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em caso de

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descumprimento. Na mesma ocasião, determinou-se a intimação da ré para apresentar, no prazo de
15 (quinze) dias, todos os projetos de lei e as legislações aplicadas para o cálculo dos valores dos
subsídios pagos, de janeiro de 2017 até a data do decisum, bem como os comprovantes de
pagamento, nos termos do artigo 7º, inciso I, “b”, da Lei nº 4.717/1965 (fls. 232/235).

A Fazenda Pública do Município de Lagoinha colacionou aos autos


demonstrativos de pagamentos dos agentes políticos e projetos de lei, em consonância com o
determinado às fls. 232/235 (fls. 246/704).

Em contestação, a Fazenda Pública do Município de Lagoinha sustentou,


preliminarmente, a inépcia da inicial, “(...) pois não se está diante de um litisconsorte unitário, em
razão de os Secretários que atuaram e os que atuam na Gestão, alguns são servidores de carreira,
integrantes ao quadro permanente de pessoal e, não sendo possível a adoção de uma decisão
condenatória genérica e de igual teor a todos os Secretários, pelos termos já aduzidos alhures”.
No mérito, rogou pela improcedência da demanda (fls. 705/722, grifos originais).

A parte requerida informou a interposição de agravo de instrumento em face da


concessão parcial da liminar aos autores (fls. 724/737).

Réplica ofertada às fls. 749/766, com emenda à inicial para fazer constar do polo
passivo todos os agentes políticos beneficiados com as Leis municipais nºs 968/2018 e
1.004/2019.

O órgão ministerial manifestou-se favoravelmente à emenda (fls. 781/782), a qual


restou deferida (fls. 783), em decisão que também determinou a retificação da identificação da ré,
passando a constar Fazenda Pública do Município de Lagoinha, assim como a citação pessoal e
editalícia dos beneficiados do ato impugnado.

O agravo de instrumento manejado contra a tutela provisória foi improvido (fls.


802/805).

Célia Maria Corrêa Nogueira e José Guilherme Corrêa Gomes apresentaram

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contestação (fls. 817/824), sustentando, preliminarmente, a inadequação da via eleita e a inépcia
da inicial. No mérito, pugnaram pela improcedência do pedido. Juntaram documentos (fls.
825/953).

Arlindo Luiz dos Santos, Betania Aparecida Correa Ribeiro, Francisco Diogo de
Carvalho, Geovany Eduardo Santos, Grazielle Maria Riberio de Souza, João Evangelista de Souza,

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José Darcy Ribeiro, Maria de Lourdes Coelho Viterbo, Milena Sibelle Leite Viterbo, Relson
Aparecido Coelho dos Santos e Silvia Marcia Coelho contestaram o feito (fls. 957/974), arguindo,
em sede de preliminar, a inadequação da via eleita e a inépcia da inicial. Requerem, no mérito, o
decreto de improcedência da demanda. Juntaram documentos (fls. 975/1.065).

Alexandre Ferreira de Souza, Antônio Carlos Braz, Vânia Ramalho Pereira, Tânia
Cristina Coelho, Ivan Carlos Corrêa e Tiago Magno de Oliveira ofertaram defesa (fls.
1.073/1.081), arguindo, preliminarmente, a inadequação da via eleita e a inépcia da inicial. No
mérito, rogaram pela improcedência do pleito exordial, bem como pela condenação da parte ex
adversa por litigância de má-fé. Juntaram documentos (fls. 1.089/1.093).

Valmir José Ribeiro apresentou contestação (fls. 1.094/1.102), ocasião em que, em


sede de preliminar, suscitou a inadequação da via eleita e a inépcia da inicial. No mérito, pugnou
pela improcedência do pedido e pela condenação dos autores por litigância de má-fé. Fez juntar
documentos (fls. 1.103/1.104).

Certificado o decurso do prazo sem oferta de réplica pelos requerentes (fls. 1.108).

Os corréus Alexandre Ferreira de Souza, Antônio Carlos Braz, Vânia Ramalho


Pereira, Tânia Cristina Coelho, Ivan Carlos Corrêa e Tiago Magno de Oliveira (fls. 1.116) e os
demandantes (fls. 1.118) manifestaram-se pelo julgamento antecipado da lide.

Certificado o decurso do prazo sem que a Fazenda Pública do Município de


Lagoinha e os correqueridos Arlindo Luiz dos Santos, Betania Aparecida Correa Ribeiro,
Francisco Diogo de Carvalho, Geovany Eduardo Santos, Grazielle Maria Riberio de Souza, João
Evangelista de Souza, José Darcy Ribeiro, Maria de Lourdes Coelho Viterbo, Milena Sibelle Leite
Viterbo, Relson Aparecido Coelho dos Santos e Silvia Marcia Coelho se manifestassem acerca da
decisão de fls. 1.109/1.110 (produção de outras provas).

O Ministério Público ofertou parecer (fls. 1.123/1.130).

É o relatório.

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Fundamento e decido.

De proêmio, denoto que o feito prescinde de produção de mais provas,


viabilizando-se, desde logo, o julgamento do feito, vez que os elementos de convicção constantes
dos autos são suficientes à justa composição deste.

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Como é sabido, cabe ao juiz o exame e valoração judicial dos elementos
probantes, em vista dos fatos expostos na inicial. Vejamos o entendimento jurisprudencial sobre o
tema:

“Em matéria de julgamento antecipado da lide, predomina a prudente discrição


do magistrado, no exame da necessidade ou não da realização de prova em audiência, ante as
circunstâncias de cada caso concreto e a necessidade de não ofender o princípio basilar do
contraditório”;

“Não configura afronta aos princípios constitucionais da ampla defesa e do


contraditório o julgamento antecipado da lide, que traduz-se, à luz do artigo 355, I, CPC, em
imposição e não faculdade do magistrado, uma vez presentes os seus pressupostos autorizadores”.

Assim, perfeitamente possível ao magistrado, diante do conjunto probatório que se


apresenta, entender serem despiciendas mais provas.

No que se refere à preliminar de inépcia da inicial arguida pelos réus, tal não deve
prosperar.

Acerca da inaptidão da peça exordial, aduzem Theotonio Negrão e José Roberto F.


Gouvêa, em “Código de Processo Civil e legislação processual em vigor”, Editora Saraiva, 36ª
Edição, fls. 407: “É inepta a inicial ininteligível (RT 508/205), salvo se, 'embora singela, permite
ao réu respondê-la integralmente' (RSTJ 77/134), 'inclusive quanto ao mérito (RSTJ 71/363), ou,
embora 'confusa e imprecisa' permite a avaliação do pedido' (RT 811/249, JTJ 141/37)”.

É entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

“A petição inicial só deve ser indeferida, por inépcia, quando o vício apresenta
tal gravidade que impossibilite a defesa do réu, ou a própria prestação jurisdicional” (REsp n°
193.100-RS, 3ª Turma, v.u., Rel. Min. Ari Pargendler, j.15.10.2001, DJU de 4.2.2002, p. 345,
destacamos).

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Colaciono, também, julgados do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo sobre o tema:

“COBRANÇA - CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - Prazo prescricional de 05 anos


do artigo 206, §5º, I do Código Civil observado - Tempestividade da ação - Inépcia, todavia, da
inicial pela falta de correlação lógica entre a narração dos fatos e a conclusão do pedido -

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Inexistência de prévio e explícito ajuste escrito, de conhecimento do réu e comprovado nos autos -
Decreto de extinção mantido, porém, sem resolução do mérito, com fundamento no artigos 267, I
e 295, II do Código de Processo Civil - Apelo desprovido” (Apelação nº 7.288.453-8, Relator:
Rizzatto Nunes, 23ª Câmara de Direito Privado, j. 13/05/2009).

“PETIÇÃO INICIAL - INÉPCIA - AÇÃO DE COBRANÇA -CONTRATO DE


CONCESSÃO DE CRÉDITO - A petição inicial limita-se a narrar a formalização do contrato e o
valor total devido, não especificando, todavia, quais prestações a ré deixou de pagar -
Demonstrativo de débito que não tem nenhuma correspondência com a narrativa inicial nem com
o contrato juntado pelo banco; pelo contrário, verifica-se que houve um refinanciamento com
número, valores e vencimentos diversos. Logo, se a inicial menciona determinado contrato, porém
o demonstrativo refere-se a outro, não há como delimitar o pedido do autor, dificultando,
inclusive, a defesa da ré. Narrativa inicial que não decorre a conclusão, impondo-se a extinção do
processo sem resolução de mérito, com base no art. 267, I, do CPC PRELIMINAR ACOLHIDA
RECURSO PROVIDO” (Apelação nº 0005985-50.2008.8.26.0266, Relator: Sérgio Shimura, 23ª
Câmara de Direito Privado, j. 13/08/2014).

“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Indeferimento da inicial. Inépcia.


Petição inicial que não apresenta correlação lógica entre o fato exposto e o pedido formulado,
bem como causa de pedir especificamente delineada. Narração confusa dos fatos e ausência da
descrição efetiva dos danos, que, ademais, à evidência do constante nos autos, inexistem.
Indeferimento da inicial mantido. Recurso desprovido” (Apelação nº 0004294-35.2012.8.26.0274,
Relator: Milton Carvalho, 4ª Câmara de Direito Privado, j. 11/12/2014).

“Ação Rescisória - Preliminar de inépcia da inicial acolhida - É inepta a inicial,


quando da narração dos fatos não decorre logicamente a conclusão” (Ação Rescisória nº
0161990-20.2011.8.26.0000, Relator: Cesar Lacerda, 28ª Câmara de Direito Privado, j.
15/05/2012).

No presente caso, forçoso admitir que os autores delimitaram os contornos da lide,

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trazendo os documentos indispensáveis à propositura da demanda, daí advindo, de forma lógica e
concatenada, o pleito ao final formulado não se olvidando, também, que houve emenda à inicial
para fazer constar do polo passivo todos os agentes políticos beneficiados com as Leis municipais
nºs 968/2018 e 1.004/2019 (fls. 783).

Afasto, pois, a prejudicial em tela.

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De igual sorte, não se acolhe a preliminar de inadequação da via eleita.

Isso porque a presente demanda não visa à declaração de inconstitucionalidade de


leis em tese, consoante se infere dos pedidos formulados às fls. 22/23.

É cediço, no mais, que o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem
admitido o ajuizamento de ações populares para discutir a matéria em tela, mutatis mutandis:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO POPULAR. RESOLUÇÃO DA CÂMARA


MUNICIPAL DE LINS. AUMENTO DA REMUNERAÇÃO DOS VEREADORES NA MESMA
LEGISLATURA. ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. Pretensão do autor popular objetivando
reconhecer a ilegalidade da Resolução n.º 405, de 03.02.2014, bem como sua anulação, em
decorrência de elevação ilegal da remuneração dos edis linenses na mesma legislatura. Sentença
de procedência na origem. Preliminares Ilegitimidade passiva da Câmara Municipal e
litisconsórcio passivo necessário do Município de Lins. Inocorrência. Câmara Municipal que
ostenta capacidade processual para defesa judicial de seus interesses institucionais e inerente às
prerrogativas funcionais de seus membros. Personalidade jurídica que não se confunde com
personalidade judiciária. Ausência de litisconsórcio passivo necessário. Revisão de subsídios dos
vereadores que não vincula o Poder Executivo e nem se enquadra na hipótese do art. 47 do CPC.
Preliminares rejeitadas. Mérito Resolução promulgada pela Câmara Municipal que alterou e
majorou os subsídios dos vereadores no mesmo exercício legislativo, em contrariedade com o art.
29, inc. VI, da CF/88, e o art. 85, do Regimento Interno da Câmara Municipal. Ato
inconstitucional lesivo não só ao patrimônio material do Poder Público, como à moralidade
administrativa. Inaplicabilidade da regra geral prevista no art. 37, X, da Constituição Federal,
não se podendo falar, em relação aos subsídios dos vereadores, em "revisão geral anual".
Precedentes jurisprudenciais. Sentença mantida. Recursos não providos” (TJSP; Apelação Cível
1000878-24.2014.8.26.0322; Relator (a): Djalma Lofrano Filho; Órgão Julgador: 13ª Câmara de
Direito Público; Foro de Lins - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 14/10/2015; Data de Registro:
20/10/2015).

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“Apelações cíveis. Ação Popular. Ato Normativo 967/2003 da Mesa da Câmara
de Vereadores de Ribeirão Preto. Subsídios dos vereadores. Reajuste indevido. Desrespeito ao
princípio da anterioridade (de legislatura). Afronta às Constituições Federal (artigo 29, VI) e
Estadual (artigo 144) e aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade
administrativas. Função de vereador que não pode ser equiparada a de servidor público. Servidor

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que não pode servir de parâmetro autorizador da concessão de aumento de subsídios à vereança.
Ausência de simetria entre os mandatos dos vereadores e as funções desempenhadas pelos
servidores públicos municipais. Suscitado incidente de arguição de inconstitucionalidade, em
razão de questão prejudicial ao julgamento recursal o Colendo Órgão Especial deste Sodalício
declarou a inconstitucionalidade do referido Ato Normativo objeto da presente demanda popular.
Sentença recorrida que acertadamente declarou a invalidade do ato da Mesa e condenou os
requeridos a ressarcirem o erário municipal, na proporção de quanto receberam no período (até
concessão de liminar), com os acréscimos legais. Apelos não providos. Agravos retidos. Não
provimento. Cerceamento de defesa. Não ocorrência. Autos que estavam suficientemente
instruídos com provas juntadas pelas partes. Art. 330, do Código de Processo Civil que confere
poderes ao juiz de conhecer do pedido e proferir sentença quando a questão de mérito for
unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova
em audiência. Não havendo, ainda, se falar em cerceamento de defesa quando a prova que se
pretende produzir for desnecessária para o deslinde da causa. Ausência de controvérsia quanto à
questão de fatos. Despicienda a produção de prova testemunhal, a esse propósito” (TJSP;
Apelação / Remessa Necessária 9000229-65.2005.8.26.0506; Relator (a): Ronaldo Andrade;
Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Público; Foro de Ribeirão Preto - 2ª. Vara da Fazenda
Pública; Data do Julgamento: 22/09/2015; Data de Registro: 07/10/2015).

Passemos, pois, à análise do mérito.

No que pertine ao reajuste do valor dos subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e


Secretários Municipais no curso da legislatura, tem-se, a toda evidência, que tal conduta não é
abarcada pela letra do artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, eis que, conforme bem
apontado pelo Parquet, “(...) agentes políticos não se confundem com servidores públicos em
geral, na medida em que não são servidores investidos em cargos de provimento efetivo, de modo
que somente a estes é aplicável o reajuste anual” (fls. 1.128).

Noutras palavras, fato é que os agentes políticos não foram contemplados com o

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direito à revisão geral anual de sua remuneração, o qual é adstrito aos servidores públicos
investidos em cargos de provimento efetivo.

De acordo com os artigos 29, caput e inciso V, 37, caput e incisos X e XIII e 39,
caput e §4º, todos da Carta Magna, in verbis:

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“Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:

(...)

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados


por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I;

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art.


39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no


âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

(...)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e


os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.

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37, X e XI.”.

E, em atenção e observância ao princípio da simetria, reza a Constituição do


Estado de São Paulo em seu artigo 115, caput e inciso XI:

“Artigo 115 - Para a organização da administração pública direta e indireta,

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inclusive as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório
o cumprimento das seguintes normas:

(...)

XI a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção


de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso; (...)”.

Não se deslembre, consoante o parecer ministerial, que “(...) o Chefe do Executivo


de Lagoinha apresentou projetos de leis para o reajuste de seus subsídios de agentes políticos,
travestido de 'revisão geral da remuneração'. Não obstante, tal iniciativa é exclusiva do Poder
Legislativo, nos termos do artigo 29, inciso V, da Constituição Federal e artigo 144, da
Constituição Estadual. Desta forma, dado o vício de iniciativa dos projetos de leis, exsurge a
inconstitucionalidade formal das normas.” (fls. 1.130).

Destarte, inexistindo previsão legal de alteração de subsídios de Prefeito, Vice-


Prefeito e Secretários Municipais, ainda que para mera recomposição inflacionária, dentro da
mesma legislatura, procede o pleito de suspensão dos pagamentos a maior, conforme a Lei nº
908/2016, levando-se em conta a inconstitucionalidade das Leis Municipais nº 968/2018 (fls. 33) e
nº 1.004/2019 (fls. 34), em controle difuso incidental de constitucionalidade que ora se realiza.

Nesse diapasão, sendo certo que a ação popular ora sub judice tem como objeto a
suspensão dos pagamentos dos subsídios a maior e a restituição dos prejuízos ao erário, e não a
anulação dos atos normativos em si, claro está que não se pretende o controle concentrado de
constitucionalidade, mas, sim, o difuso, em virtude da violação ao disposto no artigo 37, incisos X
e XIII, bem como no artigo 29, inciso V, ambos da CF/88, e nos artigos 115, inciso XI, e 144,
ambos da Constituição Estadual de São Paulo.

No que remanesce da pretensão autoral, quanto ao pedido de restituição dos


valores a maior recebidos pelos agentes políticos já mencionados, este não comporta acolhimento,
uma vez que, além da circunstância de os subsídios ostentarem caráter alimentar, não se

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fls. 1140

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vislumbra, no caso concreto, qualquer comprovação da má-fé ou ciência da provisoriedade em seu
recebimento por parte dos beneficiados.

Aponta a jurisprudência do C. Superior Tribunal de Justiça:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VALORES RECEBIDOS POR

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA LETICIA OLIVEIRA DOS SANTOS, liberado nos autos em 10/07/2021 às 12:26 .
ERRO OPERACIONAL DA ADMINISTRAÇÃO. RESTITUIÇÃO DO MONTANTE RECEBIDO.
CARACTERIZAÇÃO DE BOA-FÉ. VERBA DE CARÁTER ALIMENTAR. PRECEDENTES.

Esta Corte firmou entendimento no sentido de não ser devida a devolução de


verba paga indevidamente a servidor em decorrência de erro operacional da Administração
Pública, quando se constata que o recebimento pelo beneficiado se deu de boa-fé, como no caso
em análise. Precedentes. Agravo regimental improvido” (AgRg no REsp 1560973/RN, Rel.
Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/04/2016, DJe
13/04/2016) (destaques nossos).

“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


SERVIDOR PÚBLICO. VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE POR ERRO OPERACIONAL DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RECEBIMENTO DE BOA-FÉ. DESCABIMENTO DA
PRETENSÃO ADMINISTRATIVA DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES. AGRAVO REGIMENTAL
DA UNIÃO DESPROVIDO.

1. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do Recurso Especial Representativo


da Controvérsia 1.244.182/PB, firmou o entendimento de que não é devida a restituição de
valores pagos a servidor público de boa-fé, por força de interpretação errônea ou má aplicação
da lei por parte da Administração.

2. O mesmo entendimento tem sido aplicado por esta Corte nos casos de mero
equívoco operacional da Administração Pública, como na hipótese dos autos. Precedentes.

3. O requisito estabelecido para a não devolução de valores pecuniários


indevidamente pagos é a boa-fé do servidor que, ao recebê-los na aparência de serem corretos,
firma compromissos com respaldo na pecúnia; a escusabilidade do erro cometido pelo agente
autoriza a atribuição de legitimidade ao recebimento da vantagem.

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fls. 1141

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4. Agravo Regimental da UNIÃO desprovido” (AgRg no REsp 1447354/PE, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/09/2014, DJe
09/10/2014) (grifos nossos).

Assim, não há se falar no dever de restituição dos valores recebidos até a liminar

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da presente ação.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos


formulados ab initio para, em razão da inconstitucionalidade das Leis Municipais nº 968/2018 e nº
1.004/2019, declarar nulo o reajuste/revisão dos subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários
do Município de Lagoinha, devendo os valores dos mesmos retornar aos patamares previstos na
Lei Municipal nº 908/2016, sem reajuste anual, impossibilitada a repetição das quantias recebidas,
nos termos da fundamentação. Ato contínuo, torno definitiva a tutela de urgência outrora deferida
(fls. 232/235), extinguindo o processo com fulcro no artigo 487, inciso I, do Código de Processo
Civil vigente.

Verificada a sucumbência recíproca e observada a isenção legal prevista na Lei n°


4.717/65, condeno os réus ao pagamento de 50% das custas processuais, bem como dos honorários
advocatícios, os quais fixo em favor dos autores (advogados em causa própria) no importe total de
R$ 1.400,00 (um mil e quatrocentos reais), nos termos do artigo 85, §8°, do CPC.

Em razão do disposto na Lei Estadual n° 11.608/2003, ressalte-se que a requerida


Fazenda Pública do Município de Lagoinha é isenta do pagamento de custas e despesas
processuais.

Nos termos do artigo 19 da Lei da Ação Popular (Lei nº 4.717/65), dada a


improcedência de um dos pedidos, esta sentença fica sujeita ao reexame necessário.

Ciência ao Ministério Público.

Oportunamente, com o trânsito em julgado, certifique-se e arquivem-se os autos,


com as cautelas de praxe.

P. R. I. e C.

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fls. 1142

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São Luiz do Paraitinga, 10 de julho de 2021.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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