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Educação e Ensino Superior Online, vol.1, is.1, Jan./Apr., 2021, p.69-75 ISSN: 2763-762X
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Educação e Ensino Superior Online, vol.1, is.1, Jan./Apr., 2021, p.69-75 ISSN: 2763-762X
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Governo Federal reforçou a política de assistência estudantil em 2013. No orçamento
daquele ano foi previsto um aumento para o Programa Nacional de Assistência Estudantil
(Pnaes) o que permitiu serem investidos pelo menos R$ 600 milhões em assistência estudantil.
No compasso desse investimento, o MEC, à época, articulou com os reitores a política de
acolhimento dos alunos cotistas por meio de programas de tutoria e nivelamento sinalizando
com a necessidade de políticas que garantissem mais do que simplesmente o acesso dos
estudantes, querendo, desta forma, transformar o espaço da educação superior, que é um
lugar de contradições e reprodução socioeconômica das classes mais abastadas, em um lugar
mais inclusivo.
Um dos focos das críticas à adoção das ações afirmativas no ensino superior tem sido a política
de permanência de estudantes de baixo poder aquisitivo que ingressaram por esse novo
sistema de cotas, cuja origem social revela a dificuldade de se desenvolverem a contento em
seus cursos. As políticas de ações afirmativas e sistema de cotas favoreceram o ingresso dos
alunos de escola pública e grupos considerados menos favorecidos nas universidades
públicas. Contudo, o aluno cotista precisa ter outros complementos, como a assistência
estudantil e mesmo a pedagógica para alcançar o tripé: ingresso, permanência e sucesso
acadêmico.
A considerar que essa temática é bastante polêmica e complexa e nada indica que deixará de
ser e considerando o cenário da educação em 2020 e 2021, em que o mundo atravessa a
pandemia pelo novo coronavírus; e considerando ainda que as agenda de políticas públicas
do atual governo federal pode ter outras prioridades a partir deste divisor de águas, é certo
que muitas pesquisas e debates ainda serão encampados.
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