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Aula 09-06

FISIOLOGIA

PÂNCREAS – REGULAÇÃO ENDÓCRINA DO METABOLISMO INTERMEDIÁRIO

Saliva com glicose aumentada, menor secreção de saliva = maior probabilidade de carie,
doença periodontal, infecção fúngica como candidíase. (paciente diabético)

Suco pancreático = pâncreas exócrino

Células exócrinas: produtoras do suco pancreático

Parte central tem células endócrinas: ilhotas com células alfa: produzem glucagon, Beta:
produzem insulina e Delta: produzem somatostatina.

Irrigação sanguínea: tem direcionamento centrípeto, vai em direção a região do centro. A


formação dos micro capilares chega primeiro no centro e depois vai para a periferia; no centro
das ilhotas estão presentes os micro capilares.

Quando a insulina e o glucagon saem da região do pâncreas são direcionados para o território
hepático (fígado) ainda em grandes concentrações. Fisiologicamente o fígado exerce grande
parte do efeito de bloqueio do efeito da insulina (aproximadamente 50% de remoção da
insulina na primeira passagem). Portanto se há remoção desse órgão ou alteração de seu
funcionamento há alteração da fisiologia relacionada aos efeitos da insulina, podendo haver
excesso de insulina no organismo.

Insulina quando está em formato de Hexâmero: não consegue se ligar diretamente ao seu
receptor.

CÉLULA BETA PANCREÁTICA

Via clássica: entrada de glicose na célula beta pancreática estimula alterações intracelulares
que promovem a secreção de insulina. Quanto maior a taxa glicêmica mais glicose entra na
célula e proporcionalmente mais insulina é secretada. Da mesma forma quanto menos glicose
está disponível, menor glicose entra na célula e menos insulina é liberada. Isso tudo em uma
situação fisiológica.

Via constitutiva: parte da insulina que é liberada é independente da glicose. Portanto insulina
está sendo liberada a todo momento. Essa via ocorre em poucas quantidades.

As células beta pancreáticas expressam na sua membrana um transportador de glicose


chamado GLUT-2 que leva a glicose do lugar de maior concentração de glicose para o lugar de
menor concentração (em relação ao meio intra e extracelular), se no MEC há maior
concentração de glicose esse transportador permite a entrada da glicose na célula. Dentro da
célula a glicoquinase transforma a glicose em glicose 6 fosfato, com isso a concentração de
glicose no meio intracelular permanece menor que no MEC. Com isso há tendência de sempre
haver entrada de glicose na célula. A célula beta pancreática, portanto, está sempre sabendo a
quantidade de glicose presente por meio de seu gradiente de concentração, de forma que o
transportador GLUT-2 consegue medir a concentração de glicose tanto no meio intra quanto
no meio extracelular, funcionando como um sensor. Essa glicose 6 fosfato acaba aumentando
a quantidade de ATP presente na célula, porque a glicose 6 fosfato é convertida em mais ATP
que é importante nas células beta pancreáticas pois elas tem canais de potássio que são
bloqueados pois são sensíveis ao ATP, com isso o potássio deixa de sair da célula ficando mais
concentrado dentro da célula, o que leva o potencial transmembrana mais positivo, quando o
potencial transmembrana sobe até atingir por volta de 50mv, ocorre a abertura de canais de
cálcio, o aumento da quantidade de cálcio faz com que aumente a produção de insulina e
também vesículas de insulina que haviam sido produzidas pela célula pancreática são
liberadas. Portanto, ao final do processo, a secreção de insulina é proporcional ao gradiente de
concentração de glicose.

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DA INSULINA

O primeiro pico da resposta bifásica está relacionado à insulina que já estava formada na
célula pancreática mas não havia sido secretada; no segundo momento, se a concentração de
glicose continua alta, a liberação de insulina vai aumentando gradativamente de acordo com
que ela vai sendo produzida e secretada.

Existem diversos fatores que regulam a secreção de insulina, mas isso ocorre de maneira mais
branda, o principal fator para fazer essa regulação é a Glicose

Fatores hormonais: somatostatina e prostaglandina – inibem a secreção de insulina; alguns


outros hormônios estimulam a secreção

Fatores metabólicos: GLICOSE – fator predominante

Fatores neurais: parassimpático e simpático

MECANISO DE AÇÃO DA INSULINA

Os receptores de insulina estão presentes principalmente em fígado, músculo e tecido adiposo


(grande parte das células do corpo estarão sofrendo efeito da insulina, aproximadamente 70%
das células do corpo)

Quando a via é ativada o GLUT 4 é translocado para a membrana celular para realizar o
transporte da glicose para dentro da célula, como esse processo é feito em grande escala
(aproximadamente 70% das células do corpo) ocorre a redução da glicose livre na corrente
sanguínea.

Quando a insulina interage com os receptores há fosforilação de aminoácidos tirosina que


ativam várias vias intracelulares, uma delas é a PI3 quinase que aumenta a translocação do
glut4 para próximo da membrana celular, esse transportador é capaz de transportar glicose do
meio mais concentrado para o menor concentrado, possibilitando a entrada de glicose para
dentro da célula, portanto se não houver a translocação do glut 4 para a membrana celular a
entrada de insulina na célula fica inviável, importante lembrar que esse efeito ocorre em larga
escala (cerca de 70% das célula presentes no corpo), portanto isso provoca a redução da taxa
glicêmica.
Quando há contração muscular o efeito de entrada da glicose é maior devido à contração
muscular.

DIABETES MELITUS

Caracterizada por uma hiperglicemia inapropriada (mesmo após horas em jejum. Glicemia de
jejum maior que 126 mg/dl em duas exames, paciente é diagnosticado diabético).

Tipo I: genética – acomete adultos e jovens

Tipo II: mais relacionada a hábitos alimentares e estilo de vida sedentário. Durante um período
as células beta pancreáticas produzem muita insulina, mas com o passar do tempo, devido ao
metabolismo exacerbado, as células perdem a capacidade de produzir a insulina
adequadamente

Medidas para controle da glicemia

Dietéticas

Farmacológicas: Insulinoterapias - injeção de moléculas de insulina para substituir a insulina


que não está sendo adequadamente produzida

Complicações degenerativas

Excesso de glicose

-Retinopatia diabética: complicações oculares

-Nefropatia: carga de glicose muito alta lesa os podócitos que podem permitir que molécular
que não deveriam entrar no território renal, acabam entrando, essas moléculas e até células
de alto peso molecular

-Neuropatia: pode ser sensitiva ou autônoma. Comprometimento sensitivo principalmente em


pés e mãos. Comprometimento autônomo, quando o neurônio responsável pela ativação do
barorreflexo está sendo excessivamente glicado pelo excesso de glicose no sangue, há prejuízo
desse reflexo que está diretamente associado a regulação da pressão sanguínea.

-Doença macro e microvascular

TAXA DE MORTALIDADE EM DIABÉTICOS X PERIODONTITE

Pacientes diabéticos que apresentam periodontite tem maior taxa de mortalidade. Isso
acontece porque o excesso de marcadores inflamatórios da periodontite acaba se tornando
sistêmico e há comprovação que a presença desses marcadores prejudica a ação da insulina,
com isso mais insulina é prescrita e com isso a resistência à insulina tende a aumentar.
Portanto, tratar a periodontite é fundamental para garantir a sobrevida desses pacientes
diabéticos.

CONTROLE DO DIABETES

Hemoglobina glicada: é uma forma de hemoglobina presente nos eritrócitos que teve reação
enzimática. Esse exame reflete a média da glicemia dos últimos 15 a 21 dias.

HIPOGLICEMIA
Níveis glicêmicos menores que 40 mg/dl

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