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Gelose Sangue
Isolamento de bactérias mais exigentes
É uma gelose simples adicionada com sangue de carneiro ou cavalo.
Permite o crescimento de bactérias mais exigentes e permite a leitura da hemólise.
Gelose Chocolate
Isolamento de Haemophilus e Neisseria
É uma gelose-sangue aquecida para provocar a hemólise dos glóbulos vermelhos que assim libertam
factores intracelulares fundamentais para o crescimento das bactérias do género Haemophilus - como por
exemplo o factor V (NAD). Chama-se chocolate porque a placa fica com uma cor acastanhada igual à do
chocolate.
Gelose Chocolate-Haemophilus
Isolamento selectivo de Haemophilus
É um meio selectivo para isolamento de bactérias do género Haemophilus.
O isolamento de Haemophilus a partir de produtos patológicos provenientes das vias respiratórias ou das
genitais, é frequentemente difícil devido à presença de uma flora associada importante.
A gelose Chocolate-Haemophilus é composta de uma base nutritiva enriquecida de factores X (hemina) e
V (NAD) produzidos pela hemoglobina e pelo PolyViteX.
A selectividade é obtida pela associação de antibióticos (Bacitracina e Vancomicina inibem a maioria das
bactérias Gram+) e antifúngicos (Anfotericina B inibe leveduras).
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Gelose SS
Isolamento selectivo e diferenciação de Salmonella e Shigella
É um meio de isolamento selectivo e de diferenciação destinado à pesquisa de Salmonella e Shigella a
partir de amostras de fezes. Permite evidenciar colónias que fermentam a lactose e que reduzem o
tiosulfato por produção de H2S.
Os microrganismos que fermentam a lactose originam colónias rosas, os que não fermentam originam
colónias incolores.
Os microrganismos que produzem H2S reduzem o tiosulfato e originam colónias com centro negro.
A presença de colónias incolores ou fracamente coloridas com ou sem centro negro representa uma forte
prsunção de Salmonella ou Shigella.
A inibição dos microrganismos Gram+ é obtida pelos sais biliares e corantes.
Gelose CLED
Isolamento de microrganismos presentes na urina
O CLED (Cistina, Lactose, Electrólito-deficiente) é recomendado para o isolamento de microrganismos
causadores de infecção urinária. Também permite diferenciar os lacto-fermentadores dos que o não são.
Os microrganismos lactose-fermentadores originam colónias amarelas ou amarelo-esverdeadas por
acidificação do meio.
Os que não fermentam originam colónias verdes, azuis ou incolores.
A baixa concentração de electrólitos impede o swarming do Proteus.
Meio de Kligler
Diferenciação de Enterobacteriáceas
Permite detectar a fermentação da glucose e da lactose, a produção de sulfato de hidrogéhio (H2S) e de
gás.
Este meio é utilizado em tubos com a gelose inclinada. A leitura é efectuada da seguinte forma:
Ao nível da parte inferior:
-A fermentação da glucose, presente em fraca concentração, traduz-se por uma acidificação que provoca
viragem do indicador vermelho de fenol para amarelo, ficando o mio amarelo (inicialmente é vermelho);
-A produção de gás traduz-se na presença de bolhas de ar que podem provocar a fragmentação da
gelose;
-A produção de H2S na presença de citrato de ferro provoca a formação de um precipitado negro na
gelose.
Ao nível da parte superior inclinada:
-A fermentação da lactose, presente em forte concentração, provoca uma acidificação e viragem do
indicador para amarelo.
Gelose Campylosel
Isolamento selectivo para Campylobacter
É um meio selectivo utilizado para o isolamento de Campylobacter a partir de amostras de fezes.
É um meio básico contendo sangue.
A selectividade é conferida por uma mistura de antibióticos: Cefoperazone, Vancomicina e Anfotericina B
que inibem a maioria das bactérias Gram+ , Gram- e leveduras.
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colimicina.
Permite detecção do padrão hemolítico das colónias.
Gelose DNASE
Identificação de Staphylococcus aureus
Meio que tem DNA incorporado.
Permite identificar estirpes (Staphylococcus aureus) produtoras da enzima DNAse a qual degrada o DNA
do meio (reacção revelada por ácido clorídrico).
Gelose Wilkins-Chalgren
Isolamento de anaeróbios
Meio contendo vários suplementos nutritivos (sem sangue) que permite o crescimento dos anaeróbios
importantes em patologia humana.
Gelose BCYE-L
Isolamento de Legionella
BCYE-L=Buffered (tamponado), Charcoal (carvão), Yeast Extract, L-cisteína
O meio de BCYE com L-cisteina é utilizado para sementeira de amostras suspeitas de conterem
Legionella. A L-cisteína é um amino-ácido indispensável para o crescimento da bactéria.
O carvão activado permite adsorver os elementos tóxicos presentes no extracto de levedura.
O tampão permite estabilizar o pH do meio fundamental para o crescimento da bactéria.
Este meio pode ser adicionado com antibióticos e utiliza-se na sementeira de amostras com flora
saprófita. A mistura antibiótica inibirá o crescimento das bactérias da flora saprófita.
Gelose Sabouraud
Isolamento de fungos
Permite o isolamento de todo o tipo de fungos (leveduras e bolores).
Meio de Loeffler
Isolamento de Corynebacterium
Meio contendo soro coagulado que estimula o rápido crescimento das bactérias do género
Corynebacterium, particularmente o Corynebacterium diphtheriae desenvolvendo este as granulações
metacromáticas características. As outras bactérias têm geralmente um crescimento mais lento.
Meio de Triptose
Isolamento de Brucella
Meio não selectivo composto por mistura contendo elevada quantidade de proteínas digeridas pela
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tripsina.
Portagerm
Meio de transporte – mantém viabilidade de aeróbios e anaeróbios
Meio sólido para transporte de amostras.
O agar do meio inibe a difusão de oxigénio presente quando se insere a amostra. Agentes redutores
presentes no meio combinam-se com o oxigénio livre mantendo assim a atmosfera de anaerobiose.
Tem um indicador (resazurina) que indica a presença ou ausência de oxigénio:
Meio de cor azul = presença de oxigénio (bactérias anaeróbias já inviáveis)
Meio incolor = ausência de oxigénio.
Meio de Cary-Blair
Meio de transporte
Meio destinado a aumentar a sobrevivência das bactérias entéricas utilizado no transporte de amostras
fecais (fezes, zaragatoas rectais) para pesquisa de bactérias patogénicas entéricas (particularmente
importante na sobrevivência de Campylobacter).
Contém um baixo conteúdo nutritivo que permite a sobrevivência das bactérias sem multiplicação;
tioglicolato que mantém um baixo potencial de oxidação-redução; e um elevado pH que minimiza a
destruição das bactérias quando se produz ácido pelo metabolismo normal das bactérias.
Meio de Tioglicolato
Enriquecimento de aeróbios, anaeróbios e microaerófilos
É um caldo de enriquecimento onde se desenvolvem as bactérias aeróbias, anaeróbias e microaerófilas.
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É utilizado para semear amostras biológicas cujos microrganismos possam estar presentes em baixas
concentraões.
É supérfluo incubar os tubos em anaerobiose.
Também se utiliza para controlo de esterilidade.
Meio de Carne
Enriquecimento de aeróbios e anaeróbios
Caldo peptonado contendo carne de coração cozida.
Permite o crescimento de aeróbios e anaeróbios.
Meio de Ureia-Indol
Detecção dos caracteres Urease, Indol e TDA
Este meio permite detectar nas enterobactérias a presença de urease, de triptofano-desaminase (TODA)
e a produção de indol.
- As bactérias que produzem urease degradam a ureia do meio, alcalinizando-o o que provoca a viragem
do indicador de pH (vermelho de fenol) a vermelho violeta.
- O meio contém L-triptofano:
a sua degradação pelas bactérias que possuem uma triptofanase é seguida de uma produção de indol,
revelada pelo reagente de Kovacs: em caso de reacção indol positiva, um anel vermelho aparece à
superfície do meio;
a sua degradação pelas bactérias que possuem uma triptofano-desaminase é seguida da produção de
ácido indol-pirúvico revelada por uma solução de percloreto de ferro que dá cor castanha ao meio.
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Bibliografia
• Manual de meios de cultura e suplementos, BioMérieux, 2003
• N. Marchal. Les milieux de culture pour lísolement et lídentification biochimique des bactéries, Doin
Editeurs, 1982, Paris
• R. Cruickshank. Microbiologia Médica, I volume, 4ª edição, ed Fundação Calouste Gulbenkian,
• Murray, P.R. 1999, Manual of Clinical Microbiology, 7th ed. American society for Microbiology, Washington,
D.C.