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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE OURINHOS

Estágio

Análises
Clínicas
AULA
Práticas em Microbiologia
Coletas em Microbiologia
Meios de Cultura

Meio de Cultura Enriquecido


Um meio de cultura enriquecido corresponde a um caldo ou meio sólido contendo um grande
suprimento de nutrientes que promove o crescimento dos microrganismos fastidiosos. Geralmente
são meios que foram suplementados com materiais altamente nutritivos.

Exemplos: O Ágar-Sangue é um exemplo de meio sólido enriquecido utilizado rotineiramente nos


laboratórios de bacteriologia clínica.
O meio de Thayer-Martin, outro meio de cultura enriquecido, auxilia no crescimento de bactérias
como N. gonorrhoeae.

Meio de Cultura Seletivo


O meio seletivo permite o crescimento de certos tipos de microrganismos e inibe o crescimento de
outros. Ele contém inibidores, geralmente antibióticos, que tornam inviável o crescimento de certos
microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismo alvo.

Exemplo: o Ágar MacConkey e Ágar Hektoen são meios que inibem o crescimento de bactérias gram-
positivas, selecionando assim as bactérias gram-negativas.
Meios de Cultura

Meio de Cultura Diferencial


Utilizados para diferenciar microrganismos ou grupos de
microrganismos em um meio. A presença de determinados
corantes ou de produtos químicos nos meios produzirão certas
alterações características ou padrões de crescimento que são
utilizados para a identificação ou a diferenciação de
microrganismos.

Exemplo: O Ágar MacConkey é frequentemente utilizado para


diferenciar vários bacilos gram-negativos isolados de amostras de
fezes. As bactérias gram-negativas que são capazes de fermentar a
lactose (um ingrediente do Ágar MacConkey) produzem colônias
rosas, enquanto aquelas incapazes de fermentar a lactose
produzem colônias incolores. Assim, o ágar MacConkey diferencia
as bactérias gram-negativas fermentadoras (LF) das não
fermentadoras da lactose (NLF).
Semeadura
Semeadura
Identificação

https://publica.ciar.ufg.br/ebooks/iptsp/bacteriologia_humana/artigo_1.html
Identificação Bioquímica - Semeadura

🧫 Tocar a colônia com agulha de platina e semear os 3 meios na seguinte


ordem: Citrato, EPM e MlLi.

🧪 Para inocular o meio de Citrato deslizar a agulha pelo centro estriando


toda a superfície inclinada (apenas estria).

🦠 No meio EPM introduzir a agulha até o fundo do tubo e ao retirá-la semear


a superfície do meio (pica e estria) .

🧬 Enquanto o MILi deve ser semeado por picada central que deve atingir o
fundo do tubo (apenas pica).

Incubar os tubos a 35°C ± 1°C com as tampas semirosqueadas e fazer a leitura após 18
horas a 24 horas.
Identificação Bioquímica

A análise da fermentação da lactose é


observada previamente aos testes
bioquímicos, através da mudança da
coloração do meio de cultura Mac
Conkey, por exemplo.

Neste caso, quando uma bactéria é


considerada lactose positiva, o meio
torna-se cor de rosa.

Se tratar-se de uma bactéria lactose


negativa, o meio, que é vermelho,
ficará desbotado (tom de marrom claro).
Identificação Bioquímica
A classificação fisiológica (bioquímica) se dá porque os microrganismos apresentam diferentes tipos de vias metabólicas para obtenção de
energia, bem como podem possuir enzimas específicas utilizadas no processo de metabolização dos substratos ou mecanismos de virulência.
Os principais testes bioquímicos realizados são:

Teste da coagulase
Utilizado para distinguir a bactéria patogênica S. aureus e outras Micrococcaceae que inclui outras espécies de Staphylococcus e o gênero
Micrococcus

Teste da utilização de citrato


Usado para diferenciação entre Enterobacteriaceae para determinar a habilidade do organismo para usar citrato.
Azul de bromotimol é usado para indicar pH. Com o pH maior que 7,6 o meio torna azul.

Teste da urease
Utilizado para diferenciar organismos que tem habilidade de hidrolisar uréia com a enzima urease. Proteus um patógeno do trato urinário é
diferenciado de outras bactérias entéricas.
O vermelho fenol é o indicador que torna amarelo abaixo do pH 8,4 e vermelho acima de 8,4 – a produção de amônia aumenta o pH.
Identificação Bioquímica

Teste da β-galactosidase (ONPG)


O teste ONPG é utilizado para identificar bactéria que fermenta lactose em glicose + galactose pela enzima β-galactosidase.
ONPG reage com β-galactosidase para produzir a cor amarela.

Liquefação de gelatina (gelatinase)


Utilizado para distinguir a patogênica S. aureus (+) da não patogênica S. epidermidis (-).Outras tipicamente gelatinase (+) são:
Proteus, Enterobacteriacease, Serratia, Bacillus anthracis, B. cereus, Clostridium tetani e C. perfringens.

Produção de gás sulfídrico (H2S)


Identifica bactérias capazes de reduzir enxofre.
Resultado positivo são membros de Enterobacteriaceae, especialmente os gêneros de Salmonella e Proteus. Resultados negativos
podem ser Pseudomonas fluorescens, Morganella morganii.
Sulfato de ferro serve como indicador que reage com H2S produzindo um precipitado preto no meio.
Identificação Bioquímica

Produção de gás sulfídrico (H2S)


Identifica bactérias capazes de reduzir enxofre.
Resultado positivo são membros de Enterobacteriaceae, especialmente os gêneros de Salmonella e Proteus. Resultados
negativos podem ser Pseudomonas fluorescens, Morganella morganii.
Sulfato de ferro serve como indicador que reage com H2S produzindo um precipitado preto no meio.

Teste do indol
Usado para diferenciar Enterobacteriaceae que é capaz de produzir indol, amonia e ácido pirúvico usando a enzima
triptofanase a partir do triptofano. Em organismos indol positivos, os reagentes HCl e dimetilaminobenzaldeido se reagem com o
indol para produzir um corante que torna a superfície do meio vermelho.
Identificação Bioquímica
Identificação Bioquímica
Tabela Interpretativa de Identificação de Bactérias
Cultura x Antibiograma
Antibiograma – Leitura e interpretação
Antibiograma – Leitura e interpretação
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
Exame a fresco do conteúdo vaginal
ANÁLISE DE ÁGUA
Padrões microbianos de Qualidade da água

Os padrões microbianos de qualidade de água são estabelecidos em função do uso. Contudo, os padrões brasileiros foram
baseados em dados obtidos de regiões temperadas, e para assegurar a sua aplicabilidade necessitam de estudos locais,
relevando nossa condição tropical.

ÁGUA POTÁVEL

Os padrões de água potável empregados em todo mundo são


semelhantes e baseados nos padrões americanos. Exigem a ausência de
coliformes totais em 100 mL de água, em uma única amostra. A presença
de mais de 4 coliformes totais em 100 mL de água exige medidas imediatas
para corrigir o problema e análises de outras amostras para confirmar a
situação. Para compensarem falhas ocasionais na análise do grupo
coliforme, tem sido recomendado o uso de indicadores suplementares.
Quando a fonte de água não está grosseiramente contaminada, a aplicação
do padrão de coliformes totais zero em 100 mL tem sido um objetivo
realístico.
Padrões microbianos de Qualidade da água

ÁGUA DE CONTATO PRIMÁRIO

Algumas atividades envolvem contato direto da água e superfícies do corpo, com pouca ou nenhuma ingestão, como o

banho e a natação. Nas regiões tropicais a recreação na água é economicamente significante e está relacionada à indústria

do turismo. O risco de contrair infecções de patógenos entéricos oriundos da contaminação fecal é reduzido porque não há

ingestão. Por isso, padrões de qualidade de água são menos rigorosos que os estabelecidos para a água potável. O padrão

internacional estabelece uma média de 100-300 coliformes fecais/100 mL, contudo os métodos de avaliação imprecisa e

análise estatística variável criam esta diferença de valores.

Já os padrões brasileiros estabelecem o limite de 1000 coliformes fecais/100 mL,


contudo, devem ser considerados indicadores adicionais de patógenos não fecais
como P. aeruginosa e S. aureus.
Método de análise

a) Teste presuntivo: colocar amostra de água em tubos de ensaio, contendo caldo lactosado, incubar a 37 °C e

observar a produção de gás. Caso seja formado gás, presume-se que a água esteja contaminada. Como E. coli e A.

aerogens podem formar gás, prossegue-se a análise.

b) Teste de confirmação: o material do tubo é semeado em meio de cultura contendo eosina-azul de metileno

(EMB), que permite separar as duas bactérias - E. coli: colônia azul-brilhante; A. aerogenes: colônia rósea sem brilho.

c) Teste completo: o material de colônias de E. coli, plaqueada em EMB, é colocado em caldo lactosado visando

observar a formação de gás e em ágar para se efetuar o teste de Gram.


Sistema de Tratamento de água
ANÁLISE DE SOLO
Isolamento de Microrganismos
O isolamento de microrganismos do solo será realizado através do
método de diluição em série, conforme etapas descritas a seguir:
▪ coletar pelo menos cinco amostras de solo e fazer uma amostra
composta, misturando rigorosamente e peneirando;
▪ colocar 10 gr do solo seco ao ar em um Erlenmeyer de 250 mL e, em
seguida, adicionar 90 mL de água estéril;
▪ agitar por 30 minutos;

▪ transferir 1 mL da suspensão para 9 mL de água estéril (diluição


1:100) e agitar brevemente;
▪ transferir 1 mL desta suspensão para 9 mL de água estéril (diluição
1:1000) e agitar brevemente;
▪ repetir a operação até obter a diluição desejada. A quantidade de
solo e água utilizada pode variar, de acordo com a necessidade, bem
como o volume transferido (sempre respeitando a diluição).
▪ transferir 0,1 mL de cada diluição do solo para placas Petri contendo
meio solidificado, espalhando a suspensão com uma alça de
Drigalski.
Perguntas norteadoras

• Faça o cálculo de UFC (Unidade formadora de

colônia) de pelo menos uma diluição utilizada.

• O que se pode concluir a respeito da

quantidade e grupo de microrganismos

encontrados nas amostras de solo utilizadas?


DÚVIDAS

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