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MEIOS DE CULTURA
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
1. Conceito
É a associação equilibrada, em quantidade e qualidade, de substancias nutritivas
necessárias para o desenvolvimento dos microorganismos fora de seu “habitat” ou meio
natural.
O cultivo artificial permite o desenvolvimento do microorganismo em condições
previamente fixadas e sempre reprodutíveis.
2. Finalidades
2.1 Isolamento
A partir de um material contaminado é possível obter os microrganismos em seu
estado de pureza. Ex.: Ágar nutriente, Ágar sangue, etc.
2.2 Identificação
Permite o estudo detalhado do microrganismo, de suas características culturais,
propriedades bioquímicas e outras, permitindo sua classificação em gênero e espécie.
Ex.: TSI, caldo lactosado, etc.
2.3 Conservação
Após identificação e tipagem podemos formar a coleção de bactérias
organizando uma característica cujas cepas podem ser mantidas durante longos
períodos. Ex.: Ágar nutriente, meio Stock, etc.
2.5 Transporte
No caso de não ser possível realizar a cultura logo após a colheita de um
determinado material biológico, estes meios mantém estável a população microbiana
presente neste material. Ex.: Meio Cary Blair, etc.
3.2 pH adequado
Deve ser ideal ao crescimento do microrganismo a cultivar, em geral, as
bactérias exigem para o seu desenvolvimento uma reação neutra ou ligeiramente
alcalina (pH=7.0-7.4) e os fungos uma reação ácida (pH=4.5).
3.3 Estar previamente esterilizado
O meio deve está isento de formas microbianas vivas. A esterilização varia de
acordo com a constituição do meio, mas na maioria das vezes, é realizada em autoclave
sob pressão a 121ºC/15 minutos.
O uso de tampões de algodão cardado ou outro material e a proteção de papel
manilha nos recipientes onde estão contidos os meios esterilizados, faz manter a
proteção contra a contaminação ambiental.
3.4 Limpidez
A turvação é um dos indicativos do crescimento bacteriano em meios líquidos,
daí ser obrigatória a sua transparência líquida antes do uso.
4. Classificação
Os meios de cultura podem ser classificados nas seguintes categorias:
Nota: os meios sólidos e semi-sólidos são conhecidos como ágar (ex.: ágar sangue) e os
meios líquidos como caldo (ex.: caldo selenito).
1. Conceito
2. Objetivos
3. Métodos
3.1 Prova de sensibilidade por diluição:
Este método implica o uso de diluições seriadas de um antibiótico em meio de
cultura adequado ao crescimento de determinada bactéria.
Esta prova é muito mais sensível, porém mais complexa e menos prática. Requer
altas condições técnicas e maior tempo de execução. Não é usado em rotina, porque seu
custo inviabiliza a sua realização.
O teste é feito semeando-se a bactéria em estudo em tubos com meios líquidos
contendo a concentração sucessiva do antibiótico e após a incubação, verifica-se a
menor concentração (maior diluição) do antimicrobiano que inibe o crescimento da
bactéria. Esta concentração é geralmente chamada de concentração inibitória mínima ou
MIC (minimal inibitory concentration).
A leitura é feita pela turvação do meio (meio turvo=Resistente; meio
límpido=Sensível).
O resultado é expresso informando a concentração do antibiótico com a
resistência ou sensibilidade do microrganismo testado.
5. Indicação do Antibiograma
5.1 Condições em que o antibiograma é “Dispensável”:
Quando se conhece o comportamento de determinadas bactérias frente aos
antibióticos, sendo excepcional o aparecimento de cepas resistentes. Ex:
Penicilina para S. pyogenes.
Doenças em que já tenham uma linha de tratamento instituída e
comprovadamente eficaz. Ex: Salmonelose – clorafenicol e sulfas.
Doenças de curso rápido, fatais se não tratadas de imediato. Ex: meningite,
septicemia.
Tratamento local de infecções de pele, olhos e ouvidos nestas condições é
muito comum, pelo menos no inicio, não ser feita o antibiograma.
7. Prova de Kirby-Bauer
7.1 Técnica:
Fazer uma suspensão em caldo Muller Hinton ou caldo de soja
tripticase (+- 4 a 5 colônias do cultivo puro em 2 ml do meio); incubar a
36ºC (+/- 10C) por 2 a 6 horas;
Acertar a turbidez da suspensão comparando-a à turbidez do tubo 0,5
da escala de Mac Farland; se necessário, dilui a suspensão para ficar de
acordo com o padrão;
Homogeneizar a suspensão (leve agitação) e umedecer um “swab”
esterilizado na mesma. Pressionar a “swab” contra a parede do tubo para
remover o excesso e semear em toda a superfície da placa com o meio ágar
Muller Hinton, em várias direções. Deixar secar a temperatura ambiente por
3-5 minutos;
Com uma pinça esterilizada colocar os discos na superfície do meio
fazendo uma leve pressão para aderir bem, deixando uma distância de um
disco para o outro e dos discos para as bordas das placas de + ou – 2 cm.
Caso seja utilizado o sistema multi-disco de antibiótiocos, colocá-lo sobre o
meio e osbervar a aderência de todos os discos presentes no sistema.
Incubar as placas em posição invertida por 35ºC/18-24h;
7.2 Leitura:
Medir o diâmetro do halo de inibição formado ao redor do disco, com uma régua
em mm. Interpretar o resultado de acordo com a tabela de padrões interpretativos de
sensibilidade ou resistência pra cada antibiótico.
A tabela de padrões interpretativos de sensibilidade ou resistência levam em
consideração a carga antibiótica dos discos, a difusibilidade e o peso molecular.
7.3 Interpretação: