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CIÊNCIAS BIOMÉDICAS LABORATORIAIS

MICROBIOLOGIA CLINICO-LABORATORIAL

- SEMENTEIRA DE EXPECTORAÇÃO/ COPROCULTURA

SEMENTEIRA DE EXPECTORAÇÃO

INTRODUÇÃO
As infecções respiratórias mais comuns do tracto respiratório superior
localizam-se na orofaringe, nasofaringe e cavidade nasal provocando angina,
corrimento nasal e, por vezes, febre. Porem, os microrganismos patogénicos
da garganta podem infectar, também, a laringe, provocando rouquidão, o
ouvido médio, causando otite média, um seio paranasal, originando sinusite,
com dor facial ou de cabeça, e os olhos, dando lugar a uma conjuntivite ou
queratite.
Ao contrário da maior parte das regiões do trato respiratório superior, a
traqueia, brônquios e pulmões estão normalmente isentos de colonização por
bactérias comensais e potencialmente patogénicas mas, quando são afectadas
as suas defesas ficam sujeitos a invasão pelos microrganismos da garganta.
O tracto respiratório inferior pode ainda sofrer a infecção primária por
diversos germes patogénicos inalados, como por exemplo o bacilo da
tuberculose.
A Mycobacterium tuberculosis, agente da tuberculose, é uma das
espécies pertencentes ao género Mycobacterium patogénicas para o homem.
O elevado teor lipídico da parede celular torna estas bactérias resistentes à
descoloração com ácido, sendo esta ácido-resistência uma das suas principais
características. Tem exigências nutricionais particulares, pelo que não se
desenvolvem nos meios habituais de cultura e exigem meios apropriados,
sendo Lowenstein-Jensen, à base de ovo, um dos mais utilizados.
PROCEDIMENTO LABORATORIAL
1. Recepção e identificação da amostra.
2. Seleccionar uma porção purulenta e semear com ansa esterilizada
segundo o método dos quatro quadrantes, nos seguintes meios de
cultura:
-Gelose sangue
-Gelose chocolate
- MacConkey
3. Incubar em atmosfera de 5 % de CO2 a 37º C durante 18 a 24 horas.

Esquema 14 - Processamento laboratorial do exame cultural da expectoração.

Pesquisa de Mycobacterium Tuberculosis.

1. Seleccionar uma porção purulenta da amostra.


2. Colocar no meio de descontaminação e agitar no vortex.
3. Incubar 15 min. a 37 ºC.
4. Acertar o pH com o tampão até obter uma coloração amarela.
5. Centrifugar 5 min a 5000 rpm.
6. Decantar o sobrenadante.
7. Agitar novamente no vortex.
8. Semear em meio Loewestein-Jensen.
9. Incubar a 37ºC uma semana na horizontal e sete na vertical.
Esquema 15 – Processamento laboratorial do exame cultural em meio de Loewestein-Jensen.

Efectuar o Esfregaço

1. Seleccionar uma porção purulenta da amostra.


2. Efectuar um esfregaço por estiramento e corar pelo método de
Gram e de Ziehl-Neelsen.
3. Observar ao microscópio óptico.
Coloração
de Gram

Coloração de
Ziehl-Neelsen

LEITURA DOS RESULTADOS

Não valorizável

Esfregaço corado pela técnica de Gram. Flora saprófita normal da


orofaringe, inúmeras células

Cultura - A cultura com flora diversa. Diferentes tipos de colónias.

Positivo

Esfregaço corado pela técnica de Gram – presença de inúmeros leucócitos ,


raras células e predomínio de um tipo de microrganismo.
Especificar o tipo - (cocos ou bacilos Positivo / negativo)

Cultura – Crescimento significativo de uma estirpe. Isolar predomínio

Prosseguir com a Identificação e ATB


COPROCULTURA

INTRODUÇÃO
As infecções do aparelho gastrointestinal têm uma alta incidência na
população em geral, com grande morbilidade em determinados grupos etários
(crianças e idosos).
Os microrganismos responsáveis por esta infecção, têm vindo a
alterar-se devido a vários factores tais como o aumento dos movimentos
migracionais, maior frequência de viagens intercontinentais, aumento do
número de doentes imunodeprimidos e o desenvolvimento de métodos de
diagnóstico cada vez mais sensíveis.
Os antecedentes epidemiológicos, a existência de factores
predisponentes, a presença de sinais e sintomas clínicos e o tipo de diarreia
devem orientar na pesquisa do agente etiológico.
As amostras mais frequentemente analisadas para diagnóstico das
infecções gastrointestinais são as fezes de doentes com diarreia, atacados, ou
não, de dores abdominais ou vómitos. Os doentes suspeitos de febre intestinal,
helmintíase ou transporte subclínico de um agente intestinal patogénico podem
expulsar fezes moldadas.

PROCEDIMENTO LABORATORIAL

Por rotina devem ser pesquisados Salmonella spp. e Shigella spp.

1 – Recepção e identificação da amostra.


2 - Semear em meio SS (Salmonella, Shigella) e caldo enriquecido
Selenito.
3 - Após 24h repicar do caldo Selenito para meio SS.

Após 24h

Esquema 7 - Processamento bacteriológico das fezes

LEITURA DOS RESULTADOS

Não valorizável

Cultura – colónias inespecíficas, sem produção de SH2.

Positivo

Cultura – colónias produtoras de SH2

Prosseguir com a Identificação e ATB

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