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Sintomas: Desconforto abdominal; Diarreia; Náuseas e vômitos; Febre; Mal estar geral;
Presença de muco ou sangue nas fezes; Diminuição do apetite.
Para realizar esse exame é recomendado que a pessoa evacue e leve a amostra de fezes ao
laboratório para que seja a corpocultura e identificação da bactéria responsável pela alteração
gastrointestinal. As fezes devem ser coletadas em até 24 horas, e devidamente armazenadas,
preferencialmente, antes da antibioticoterapia .
Coprocultura (Cultura de fezes)
Como é feita a coprocultura?
É recomendado que a pessoa colete as fezes, sem que esta entre em contato com a urina ou com o vaso
sanitário. Além disso, caso seja visualizado sangue, muco ou outras alterações nas fezes, é recomendado que
essa parte seja coletada, pois há maior probabilidade de serem identificados os microrganismos possivelmente
responsáveis pela infecção.
Em alguns casos, pode ser sugerido pelo médico que a coleta seja feita utilizando um swab diretamente do reto
da pessoa, sendo essa coleta mais frequente em pessoas que estão hospitalizadas.
No laboratório, as fezes são colocadas em meios de cultura específicos que permitem o crescimento das bactérias,
que são aquelas que não fazem parte da microbiota normal ou que fazem mas que estão produzindo toxinas e
levando ao aparecimento de sintomas gastrointestinais.
Na rotina laboratorial, a diferenciação inicial dos bacilos Gram-negativos pode ser realizada através das
características observada após crescimento bacteriano no agar Mac Conkey,.
(E.coli)
(Acinetobacter
spp)
Coprocultura (Cultura de fezes)
Meio de cultura mais utilizados para cultura de fezes
O exame de urocultura é um exame simples e que é feito a partir de uma amostra de urina,
que deve ser coletada e armazenada em um recipiente adequado fornecido pelo laboratório.
Para realizar a coleta, é necessário primeiro realizar a higienização da região íntima com água
e sabão e fazer a coleta da primeira urina do dia, devendo a pessoa desprezar o primeiro jato
de urina e colher o jato intermediário.
Cultura de urina
CLED
Infecção positiva: ≥
Ou Manitol ou MacConkey 100.000 UFC/ml
(~80% dos casos)
Antibiograma
O crescimento em meio SÓLIDO (placa), permite a obtenção de COLÔNIAS BACTERIANAS. Cada colônia é formada a partir de
apenas uma bactéria ( 1 UFC). A Unidade Formadora de Colónias (UFC; em inglês, colony forming unit, CFU) é uma unidade
de medida, usada em microbiologia para estimar o número de bactérias (ou fungos) viáveis, isto é, capazes de se multiplicar
mediante fissão binária. O método é geralmente utilizado para a enumeração de microrganismos em alimentos, solo, água e
em análises clínicas. Geralmente o resultado da contagem é expresso em UFC/mL ou UFC/g.
(100)
(1.000.000)
(100.000
(100.000.000)
(100.000.000)
O exame deve ser solicitado em certos quadros infecciosos, como: Suspeita de endocardite;
sepse; infecções hospitalates; Febre de origem não definida; Infecções em pacientes
imunodeprimidos; meningites;pneumonia graves e bacteremia.
Hemocultura (Cultura do sangue)
A amostra de sangue venoso é colhida e inoculada diretamente no meio líquido para hemocultura. Depois de
24h, é possível observar se há ou não a presença de bactérias. Caso haja, coloca-se o material em outros meios
de cultura para identificar a espécie e, por conseguinte, realiza-se também um antibiograma, para identificar
qual o antibiótico adequado para combater a bactéria em questão. Para o resultado final, são necessários
cerca de 5 dias.
(Técnicas de Semeadura)
Isolamento Bacteriano
O objetivo é diminuir a população bacteriana, assim, as células bacterianas individuais estarão
localizadas a certa distância umas das outras.
Todas as células em uma colônia têm o mesmo parentesco. Para isolar uma cultura pura, uma
colônia individual é transferida do cultivo inicial para um novo meio de cultura.
Isolamento Bacteriano
Técnica de esgotamento por meio de estrias superficiais
A amostra é semeada na superfície do meio solido com alça bacteriológica, em movimentos de zigue-zague,
para esgotar a população, assim, em algumas regiões do
meio após a incubação, colônias individualizadas estarão presentes.
Meios de cultivo bacteriano
Meio de cultivo bacteriano
A duplicação do material genético seguido pela divisão bacteriana só ocorrerá caso ocorra o ACESSO A
NUTRIENTES. É importante conhecer as necessidades nutricionais das bactérias para seu correto cultivo. Meio de
cultivo, é qualquer substância sólida (Àgar-àgar), semissólida ou líquida que possua um conjunto de fontes de
nutrientes que possibilita o crescimento in vitro das bactérias, e consequentemente auxilia na sua análise e
identificação. Por causa da grande diversidade bacteriana e suas exigências nutricionais, existem grandes
diferenças na composição dos meios utilizados, e desta forma diferentes componentes poderão ser adicionados
ao meio. Por isso, os meios de cultivos são classificados como:
• ENRIQUECIDO • SELETIVO
• DIFERENCIAL • INDICADOR
Meio de cultivo bacteriano
Meios de Cultivo Enriquecido
Um meio de cultura enriquecido corresponde a um meio (caldo ou meio sólido) contendo um grande
suprimento de nutrientes que promove o aumento do número de bactérias. São meios que foram
suplementados com materiais altamente nutritivos
c)
Presença de gás CO2
açucares (a,b) e produção de gás (c), produção Citrato de Simmons: Determina se a bactéria é
de H2S - Gás sulfídrico (d) (d). capaz de utilizar o citrato como única fonte de
carbono em seu metabolismo, resultando em
mudança de pH do meio.
Fases de crescimento bacteriano
Fase Lag: Fase imediatamente após a inoculação, NÃO HÁ DIVISÃO, apenas SÍNTESE PROTÉICA. Preparam-
se para a divisão.
Fase de Declínio ou Morte: Encontramos nesta fase a taxa de MORTE superando a taxa de REPRODUÇÃO,
encontramos o acúmulo de substâncias TÓXICAS (excretadas pelas bactérias) e drástica REDUÇÃO da
disponibilidade de nutrientes no meio.
Fases de crescimento bacteriano
Fase Lag: Fase imediatamente após a inoculação, NÃO HÁ DIVISÃO, apenas SÍNTESE PROTÉICA. Preparam-
se para a divsão.
Quantidade de bactéria
Fase de manutenção da
Fase Logarítmica ou Exponencial: DIVISÃO BACTERIANA regular, aumento EXPONENCIAL o número de
população
indivíduos. Faz a população crescer até o limite (nutricional).
Fase de Declínio ou Morte: Encontramos nesta fase a taxa de MORTE superando a taxa de REPRODUÇÃO,
encontramosAdaptação
o acúmulo
ao meiode substâncias TÓXICAS (excretadas pelas bactérias) e drástica REDUÇÃO da
disponibilidade de nutrientes no meio.
Classificação bacteriana quanto a forma
Classificação bacteriana quanto a forma
Embora existam milhares de espécies bacterianas, elas podem ser agrupadas em três tipos morfológicos gerais:
Bastonetes ou bacilos:
Bastonetes longos ou curtos com Cocos: Podem ser esféricos ou Espirilo: Forma de hélice,
extremidade reta ou de ponta elípticos sacarrolha, ou espiralar
arredondada, ou ainda curvos, em
forma de vírgula
Morfologia bacteriana
Formas de cocos (esféricas): é o grupo de bactérias mais homogêneo em relação ao tamanho. Os cocos tomam
denominações diferentes de acordo com o seu arranjo
Bastonetes ou bacilos: Não se dispõem em tantos arranjos como os cocos, sendo que, na sua grande maioria,
se apresentam de forma isolada. Porém, ocasionalmente podem ocorrer aos pares (diplobacilos) ou em cadeias
(estreptobacilos).
b) Gram negativas (mais complexa): Membrana externa + fina camada de peptidoglicano + membrana
interna Ex: Escherichia coli
a) Gram positiva b) Gram negativa
cromossomo
Parede celular
Parede celular
b) Gram negativa
a) Gram positiva
*LPS
Proteção extra
(ex: enzimas digestivas)
Àcido teicoico Membrana externa
Peptídoglicano
Membrana interna
Proteína
*Informação a respeito da bactéria pertencer ao grupo das G+ ou G– é muito importante do ponto de vista
clínico, pois o tratamento de uma infecção por G+ e diferente do tratamento para G –.
* G+ são mais sensíveis aos antibióticos (Penicilinas).
* LPS/endotoxina (G-): obstrução intravascular, podendo resultar em septicemia. Manifestações semelhantes
podem ser observadas em G+ devido a composição da sua parece celular.
Estrutura Bacteriana
ESTRUTURAS ESSENCIAIS PRESENTES EM TODAS AS BACTÉRIAS
Parede celular
Gram - Gram +
Coloração de Gram
Técnica de coloração de Gram
Principio da técnica: Baseada na estrutura da parede celular das bactérias (PEPTIDEOGLICANO), diferenciar
espécies bacterianas pertencentes aos grupos Gram-positivo e Gram-negativo.
A técnica de coloração de Gram, é um passo muito importante na caracterização e classificação inicial das
bactérias. Esse método de coloração permite que as bactérias sejam visualizadas no microscópio, uma vez que
sem a coloração é impossível observá-las ou identificar sua forma. As bactérias podem ser divididas em dois
grupos baseado na composição de suas paredes, sendo elas: Gram-positivas e Gram-negativas.
Àcido teicoico
LPS
Coloração Gram Gram-positiva Gram-negativa
Gram-positiva
Coloração Gram
Coram-se de roxo
Coram-se de rosa
Coloração de Gram
Técnica de coloração de Gram Princípio da técnica:
4 5 6
Aplicação do Lugol
Aplicação da Fucsina
O processo de coloração de Gram consiste basicamente em tratar bactérias sucessivamente com cristal
violeta, lugol, álcool e fucsina.
O cristal violeta e o lugol penetram tanto nas bactérias Gram-positivas quanto nas Gram negativas, formando
um complexo de cor roxa.
O tratamento com álcool é a etapa diferencial: nas Gram-positivas, o álcool não retira o complexo cristal
violeta + lugol, da espessa camada de peptideoglicano, tornando-a menos permeável, retendo o corante. Nas
Gram-negativas, devido à pequena espessura da camada de peptideoglicano, o complexo corado é extraído
pelo álcool, deixando as células descoradas.
O tratamento com fucsina não altera a cor roxa das Gram-positivas, ao passo que as Gram negativas
descoradas pelo álcool se tornam avermelhadas. Essa classificação é importante, pois as bactérias Gram-
positivas são mais sensíveis à penicilina.
Coloração de Gram
Gram - Gram +