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Altino Ferreira
1. OBJETIVO
O urbanismo como ciência, só apareceu nos meados do século XIX com o objetivo de
dar resposta aos problemas surgidos com o advento da revolução industrial. No entanto,
a preocupação com as questões do urbanismo vem inquietando o Homem desde a
antiguidade. Em 1920 e 1930 surgiram nos Estados Unidos e na Europa os primeiros
planos urbanísticos assentes no ordenamento espacial do crescimento urbano de modo a
evitar disfunções e impactos ambientais negativos e era característico desses planos,
fazer a arbitragem entre o interesse particular das propriedades privadas e os interesses
coletivos (Güell, 2006, p. 13).
O planeamento e o planeador, segundo Güell (2006) tiveram a sua época áurea depois
da segunda guerra mundial, caracterizada por desenvolvimento de grandes planos e, os
planeadores desfrutavam de alargado reconhecimento social e estavam seguros das suas
capacidades técnicas. No entanto o estado de bonança foi de pouca dura, na medida em
que as alterações económicas e sociodemográficas proporcionaram uma elevada
aceleração no crescimento urbano e, juntamente com este, a utilização massiva dos
automóveis e processo de suburbanização excessiva tornaram obsoleta o sistema
clássico de planeamento, apelando assim a perspetivas mais cientificas do planeamento
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(Güell, 2006). As cidades, o planeamento e o seu processo, sofreram alterações
consoante períodos de crise e/ou sua superação. Sendo assim o enfoque científico que o
planeamento tomou deixou de existir com o distanciamento do planeamento dos centros
de poder, provocado pela expansão da doutrina económica liberal dos anos 80 (Güell,
2006).
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das instituições privadas, do público e de todos que de qualquer forma possam sentir os
efeitos das medidas de planeamento).
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Pode se identificar três variantes da resiliência territorial: a) pela resistência- quando a
região contorna a crise e não sente o seu impacto, b) pela reposição- que acontece
quando uma região é afetada e sente efeitos da crise, mas tem capacidade de voltar ao
estágio em que se encontrava no período pré-crise e c) pela superação- sendo esta o
ideal nas variantes de resiliência uma vez que as regiões além de absorverem os efeitos
da crise têm capacidade de adaptar e impulsionar o seu desenvolvimento (Gonçalves,
2015, p. 707).
4. BIBLIOGRAFIA