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UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Mestrado em Ordenamento do Território e SIG


Disciplina de Sistema de Informação Geográfica e Cartografia

Ano letivo 2017/2018

Altino Ferreira; no 50456

1. OBJETIVOS

Trata-se de um trabalho curricular e individual para a avaliação da Unidade de Aprendizagem


4 (UA4): “qualidade dos dados na cartografia e nos SIG”, tendo como objetivos a leitura das
bibliografias apresentadas na UA, particularmente a “Qualidade dos dados na Cartografia e
nos SIG” e o Caderno de Encargo de Produção de uma Carta de Ocupação/Uso do solo de
Portugal Continental (COS), para a partir desta leitura responder as seguintes questões:

1. Consultando o PDF de base desta Unidade de Aprendizagem, “Qualidade dos dados na


Cartografia e nos SIG”, refira o que entende por exatidão posicional.

2. Consultando o documento já referido, refira quais os três tipos de erros mais comuns que
acontecem quando se trabalha em SIG.

3. Consultando o Caderno de Encargos para a elaboração da Carta de Ocupação/Uso do Solo


de Portugal Continental (COS) - versão original ou anotada – justifique qual o valor máximo
da exatidão posicional que não deve ser ultrapassado, indicando também qual a escala da
cartografia de referência que mais se aproxima do valor referido.

4. Consultando o documento já referido na pergunta 3, refira o que entende por Generalização


Cartográfica, referindo e explicando sumariamente, 2 operações de Generalização dentro do
processo de Simplificação.

Por fim deverá ser enviado o printscreen da imagem final da georreferenciação da imagem
SPOT e Cartas Militares e a tabela de Erro Médio Quadrático da referida georreferenciação.

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2. RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS FORMULADAS

No que diz respeito à primeira questão:

A qualidade de dados influencia diretamente a análise e a informação daí adveniente, na medida


em que quando maior for o grau de erro nos dados, menos confiáveis serão os resultados das
analises fundamentadas nesses dados. Os dados devem ser mais próximos da realidade possível
— sendo que não existem dados completamente precisos — de modo a evitar analises erróneas
e consequentemente medidas desajustadas.

Normalmente, é feita uma distinção entre exatidão e precisão. A exatidão pode ser considerada
como medida em que um valor de dados medido se aproxima do seu valor verdadeiro no qual
nenhum conjunto de dados é 100% preciso, enquanto que a precisão diz respeito ao nível de
detalhe registado.

A exatidão pode ser quantificada usando bandas de tolerância, por exemplo — esse exemplo
consta do documento colocados na plataforma — a distância entre dois pontos pode ser dada
como 173 metros mais ou menos 2 metros. Essas bandas são geralmente expressas em termos
probabilísticos (por exemplo, 173 metros mais ou menos 2 metros com 95% de confiança).

Em relação a precisão, uma distância registrada como 173,345 metros é mais precisa do que se
ela fosse registrada como 173 metros.

É possível ser preciso sem ser exato. Na verdade, os dados gravados com um alto grau de
precisão podem dar uma impressão enganosa de exatidão. Os dados não devem ser registrados
com um grau de precisão maior do que a sua exatidão conhecida. Isso remete em parte a um
fator a ter em conta, que é a falsa precisão e exatidão. Há instituições que na utilização de SIG
no processo de georreferenciação, fazem aproximações a níveis não suportados pelos dados,
incluindo casas decimais, terminando com uma precisão pouco realista.

Então pode se considerar como Exatidão Posicional a determinação de um ponto (por


comparação) no mundo real na cartografia digital ou tradicional e essa comparação deverá ser
feita mediante a medição dos níveis de erros. Como a incerteza existe sempre na exatidão
posicional, não é possível atribui-la um valor absoluto, mas mesmo assim é indispensável que
a exatidão conhecida seja documentada.

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No que diz respeito à segunda questão:

Quando se trabalha em SIG podem surgir diferentes tipos de erros, dos quais três são os mais
comuns. Esses erros (comuns) podem surgir em diferentes fazes. Temos erros de entrada de
dados, erros de processamento de dados e erros de exibição de dados como dos três principais
erros quando se trabalha em SIG.

No que diz respeito aos erros de entrada de dados, os dados a serem introduzidos em um SIG
podem conter imprecisões de medição, de natureza primária ou secundária. Os erros adquiridos
de dados primários são basicamente aqueles que ocorrem durante a captura ou medição dos
dados, como por exemplo quando se digitaliza um mapa imprimido com erros e esses erros são
naturalmente mantidos após a conversão para o formato digital. Os erros de aquisição de dados
secundários, ocorrem posteriormente aos de aquisição de dados primários e acontecem, por
exemplo, durante a inserção dos dados no SIG, como no caso de erros na digitação.

Os erros de processamento de dados podem surgir durante o processamento de dados. Surgem,


por exemplo, quando se converte dados no formato matricial (raster) para formato vetorial ou
dados do formato vetorial para formato raster. No primeiro caso pode acontecer que linhas no
formato vetorial que devem ser retas assumir uma aparência irregular e no segundo caso pode
acontecer erros topológicos, pode ainda resultar na criação ou perda de pequenos polígonos.

Relativamente aos erros de exibição de dados, também pode introduzir erros. Por exemplo, a
exibição de dados raster em um dispositivo de modo vetorial (por exemplo, um plotter) ou a
exibição de dados vetoriais em um dispositivo raster (por exemplo, um monitor ou uma
impressora) geralmente irá apresentar outras pequenas imprecisões devido à necessidade de
arredondamento durante a conversão de um modo para o outro. Esses erros provavelmente
podem ser ignorados para fins práticos, mas eles servem como um lembrete de que erros podem
penetrar em todas as etapas de uma análise de SIG.

No que diz respeito à terceira questão:

O Caderno de Encargo de Produção de uma Carta de Ocupação/Uso do solo de Portugal


Continental (COS) apresenta uma exatidão posicional máxima de 5,5 metros e com exatidão
temática nunca inferior a 85%. Com esse valor (5,5) a escala cartográfica de referencia que
mais se aproxima do refeido valor (5,5) é de 1: 11 000.

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No que diz respeito à quarta questão:

A generalização aplica-se geralmente quando se converte um mapa de uma escala maior para
uma menor, de modo a reduzir a densidade gráfica e manter a coerência de representação. A
generalização implica sempre a redução de detalhes e simplificação da realidade.

Sendo assim, em termos cartográficos e de acordo com o COS, generalização é um processo


que engloba um conjunto de operações com a finalidade de fazer a seleção e a manipulação de
objetos que se vão representar.

A generalização deve operada mediante regras, que podem ser através de agregação ou
amalgamação, de simplificação e de harmonização. No que diz respeito a generalização por
simplificação, ela pode ser através da suavização que acontece, por exemplo, quando “todos os
detalhes claramente visíveis nas fronteiras entre dois polígonos, com 20 metros ou mais de
distância entre linhas, são representados enquanto detalhes com distância entre linhas inferior
a 20 metros são generalizados.

Além de simplificação por suavização, há também por exagero e por fusão. Exemplificando a
simplificação por exagero consideremos que em determinadas secções (nunca superiores a 60
metros), se a distância mínima não for respeitada, não deve ocorrer uma interrupção, mas sim
um ligeiro exagero para que esta distância passe a ser pelo menos igual a 20 m, mantendo-se
desta forma a representatividade do elemento linear.

No que diz respeito à quinta questão:

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