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ACONSELHAMENTO PASTORAL
l O
Que é Aconselhamento?
O aconselhamento é uma relação em que uma pessoa busca assistir outro ser
humano nos problemas da vida. Esta relação de ajuda é caracterizada por um
propósito claro: ajudar o aconselhado.
l Os Alvos do Aconselhamento
● Ajudar as pessoas a funcionarem de modo mais eficaz nas suas vidas diárias;
● A se libertarem dos conflitos espirituais, psicológicos e interpessoais;
● A terem paz consigo e desfrutarem de uma crescente comunhão com Deus;
● A desenvolverem e manterem com os outros relacionamentos interpessoais
serenos;
● A realizarem o máximo potência que têm em Cristo;
● E a estarem ativamente envolvidos em se tornarem discípulos de Jesus
Cristo e discipuladores para Ele.
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Empatia: (deriva da palavra grega "empatheia", significa "sentir em" ou "sentir
com") empatia é a forma de se participar interiormente dos problemas dos
outros, ou seja, tentar ajudar como se o problema fosse seu.
Curado emocionalmente: uma pessoa que não está curada emocionalmente
pode transferir para si os problemas dos outros e dentro de pouco tempo estará
doente.
Conhecedor da bíblia: é o principal manual do conselheiro. Deus nos prometeu
que abençoaria sua palavra (martelo e espada).
Santidade: deus só poderá usá-lo se estiver puro e santo.
Conhecer-se a si mesmo - sua estrutura como pessoa, que também é propensa
a tentações, lutas, problemas, tristezas, etc.
Respeito - ver as pessoas com os olhos de deus. Valorizar enquanto pessoa.
"amar o pecador e desprezar o pecado".
l O Conselheiro precisa aceitar os Outros
Incondicionalmente
Orar sempre e depender sempre do senhor, seu espírito e sua palavra para
guiá-lo.
Escutar bem a pessoa, com atenção.
Expressar calor humano. Importa-se com alguém.
Se você não souber guardar segredos, desista do ministério de aconselhamento
ou visitação.
Não usar clichês. Ex.: “tudo vai passar". Significa que você está subestimando
suas emoções.
Ser específico: leve o aconselhado a ser específico, usando perguntas claras (não
confusas) e sem julgar a conduta
Autenticidade: deve haver equilíbrio entre o falar e o agir. Deve ser
transparente.
Ex.:"sou conselheiro, pastor, etc., e preciso estar no meu lugar".
Confrontação: levar o aconselhado a estar cara-a-cara com o problema e levá-lo
a crer que pode vencer no nome de jesus. Atue em conjunto com pessoas mais
experientes. Tenha alguém que possa aconselhá-lo também. Mantenha o
compromisso de confiança assumido com seu aconselhado. Fale do problema e
não da pessoa.
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Verifique se existe algum mal físico que realmente esteja acompanhando o
problema (efeito psicossomático: dores na cabeça, peito, costas, pés - insônia,
tensão nervosa). Verifique se existe algum procedimento de fuga em
andamento (hostilidade, hipersensibilidade, vícios em geral).
l Alvos do Aconselhamento
Autocompreensão: é levar a pessoa a conhecer a si própria.
Comunicação: o aconselhado, precisa aprender a comunicar sentimentos,
pensamentos e atitudes, correta e eficazmente.
Detectar traumas e problemas: o conselheiro deve analisar a vida do
aconselhado, procurando sondar a existência dos seus verdadeiros problemas e
traumas. Temos que chegar à raiz do problema.
Entendimento: é a habilidade de interpretar para si e para o aconselhado a
causa do problema. Compartilhar a causa e 50% já estará resolvido.
Ensino: é a habilidade de instruir em direção à palavra de deus.
Tarefas: é levar o aconselhado a por em prática, no dia a dia, o ensino recebido.
(é fundamental que o aconselhado os faça).
Encaminhamento: é a habilidade de terminar o aconselhamento.
l A Arte de saber Ouvir
Ouvir é diferente de escutar, é algo mais profundo. Podemos escutar alguém
falar e não entender nada. Ouvir é escutar e raciocinar sobre o assunto a ponto
de poder opinar, orientar e até resolvê-lo. Isto requer: ATENÇÃO, EMPATIA,
RESPEITO e AMOR. Ouvir é um Ministério e ouvir com atenção é uma arte.
O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ OUVE?
POR QUE É TÃO DIFÍCIL OUVIR?
Defensividade psicológica: quando queremos defender algo que está sendo
atacado.
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Ex.: defender a deus. Esta atitude bloqueia o diálogo transformando-o em duelo
(SL 75.07; IS 33.22).
Loquacidade (falar demais): ocorre quando mal a pessoa começa a falar você
tira suas próprias conclusões e começa a dar um "sermão" e, às vezes,
totalmente fora da sua real necessidade (TG 01.19).
Ruído emocional (seus próprios problemas mal resolvidos): quando ouve
alguém, logo lembra-se dos seus próprios problemas e passa a flutuar o
pensamento entre os seus problemas e os do aconselhado.
Preconceitos: tais como: ser negro, ter o cabelo crespo, ser viciado, ladrão, estar
sujo, com mau odor, etc.
l Técnicas de Aconselhamento
Atenção: Toda atenção deve ser dada ao aconselhado durante o
aconselhamento.
Ouvir: Boa parte das restaurações ou das resoluções dos problemas são obtidas
quando o conselheiro apenas ouve. Quando não ouvimos, mas aconselhamos
falando, esta é com freqüência uma expressão da própria insegurança do
conselheiro ou de sua incapacidade para tratar as situações ambíguas,
ameaçadoras ou emocionais.
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Refletir: é um modo de permitir que os aconselhados saibam que “estamos com
eles” e podemos compreender seus sentimentos ou pensamentos. Ex.“de tudo
que me contou parece que teve uma série de decepções….”
Perguntar: a sabedoria e a habilidade das perguntas é que traz a eficácia do
aconselhamento. Nunca as perguntas devem ser de maneira que o aconselhado
só responda “sim ou não”. As melhores perguntas são aquelas que exigem pelo
menos uma sentença ou duas do aconselhamento (“fale-me sobre o seu
casamento”) em lugar das que podem ser respondidas em uma palavra.
Confrontar: os aconselhados podem ser confrontados com o pecado em sua
vida, inconsistência ou comportamento derrotista, devendo ser encorajado a
modificar seu comportamento ou atitudes. Ex. Faça um sanduíche.
Informar: as informações devem ser a nível de conhecimento de algo que está
errado, e o aconselhado acha que está certo. Toda vez que lhe pedirem
conselhos ou sentir-se inclinado a aconselhar, certifique-se de que conhece bem
a situação.
Interpretação: esta é uma habilidade altamente técnica com grande potencial
para capacitar os aconselhados a verem a si mesmo e suas circunstâncias mais
claramente. A interpretação pode ser prejudicial se for feita antes do tempo e de
maneira errada. Em casos mais difíceis e incertos é preferível que se apresente a
interpretação de modo tentativo (“não será que...?”) E dê tempo ao aconselhado
para responder.
Encorajar: sempre o conselheiro deve trazer uma palavra de encorajamento.
Nunca devemos dizer: “não há mais solução!!!”. Diga: “há esperança e solução
para o seu problema, jesus é a solução”.
Ensinar: o conselheiro é um educador, ensinando através da instrução e
orientando o aconselhado à medida que ele ou ela aprende a enfrentar os
problemas da vida.
l Métodos de Aconselhamento
Qual será a maneira correta de aconselhar alguém? Será que a forma como
estou aconselhando tem alterado mudança de comportamento?
Método autoritário: Foi um dos primeiros usados no aconselhamento. Ordens e
ameaças eram consideradas técnicas eficientes para modificar o
comportamento humano. Sua ação reprime mais do que modifica.
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Método exortativo: Caracteriza-se pela obtenção de um termo de compromisso
ou promessa formal. O conselheiro se empenha em fazer com que o
aconselhado aja de acordo com aquilo que achar ser melhor para ele.
Trabalha até conseguir a promessa: deixar de beber, de jogar, de ver revista e de
filmes pornográficos, de ter relações sexuais ilícitas, de roubar, de bater na
esposa, etc. O inconveniente deste método é o fato de ser baseado numa
exigência externa e que, muitas vezes, não pode ser, por motivos internos,
atendida. Cria além do problema existente, um sentimento de culpa pelo não
cumprimento da promessa.
Método sugestivo: Aconselha-se com uso de técnicas sugestivas, procura-se
provocar uma modificação no procedimento do aconselhado, sugestionando-o
com o progresso obtido. Usa-se o tipo encorajamento: "você está mais calmo";
"mais corajoso", etc.
Catarse: É levar a pessoa a expressar os seus problemas de maneira livre, sem
pressões. Este deveria ser usado sempre por nós. É ouvir e orientar sem
demonstrar curiosidade com o problema. Devemos mostrar amor, com
passividade e segurança.
Método diretivo: É o método que conta com maior número de seguidores. O
conselheiro age como dirigente, as idéias que serão discutidas, define os
problemas, descobre as causas, sugere soluções ou planos de ação. Este é o tipo
de método usado pelo médico. Este tipo de aconselhamento pode criar situação
de dependência, a pessoa não precisa se responsabilizar pela solução de seu
problema, está a cargo do conselheiro, por isso ele sempre volta e é incapaz de
tomar uma decisão para si.
Método interpretativo: Tentativa para alterar o comportamento humano,
através da aplicação e interpretação intelectuais do problema.
Às vezes, será preciso o conselheiro expor detalhando, a fim de que a pessoa
compreenda melhor suas próprias atitudes. Também pode acontecer de a
pessoa estar escondendo algum complexo; o conselheiro terá, então, que
conversar calmamente e levar o aconselhado a sentir isto.
Método não diretivo: É o aconselhado quem mais direciona o aconselhamento;
visa mais a pessoa do que o seu problema; leva o amadurecimento pessoal;
destaca o conteúdo emocional. A preocupação não é dar uma solução para o
problema do aconselhado, mas fazer com que ele, atinja esta solução.
O conselheiro vai puxando até a pessoa chegar a uma conclusão.
Método eclético: É o aconselhamento que usa diversos métodos ao mesmo
tempo. O conselheiro usa as técnicas dos outros métodos apresentados de
acordo com a natureza do problema e a necessidade do aconselhado.
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l Cuidados que o Conselheiro Precisa Ter
l Use os Recursos Espirituais
Valha-se deliberadamente da oração
A oração é uma confissão de incompetência que permite que o poder de Deus
prevaleça.
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Primeiro ouça e depois use a bíblia: As escrituras representam a principal fonte
de respostas, consolo e orientação para o aconselhamento.
● Utilize da Bíblia não para condenar, mas para esboçar uma nova direção. No
presente e no futuro, em como uma pessoa podia restaurar e manter seu
relacionamento com Deus. Ajudava as pessoas a entender suas motivações
e seus comportamentos. A partir daí oferecia perdão, um novo começo e
novas regras.
● Fidelidade à Bíblia.
Devemos sempre que possível usar o método eclético, nunca escolher apenas
um e fixar nele todas as alternativas do problema. Jesus sempre foi diretivo no
seu aconselhamento. Ele conhecia muito bem o ser humano, os seus problemas,
as causas deles; por isso era diretivo. Mas algumas vezes, até mesmo, Ele
admirou-se com o aconselhado.
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