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Apetite voraz:
“Numa dessas noites, há dois meses atrás, percebi que comia
rápido demais e aumentava a dose para tentar sentir o gosto da
comida. Eu parecia insaciável. Depois de devorar três porções
generosas de lazanha, um hambúrguer, dois copos de refrigerante,
uma lata de leite condensado e dois pacotes de bis resolvi procurar
a ajuda de um médico. O diagnostico: bulimia nervosa, que
segundo meu médico é um distúrbio alimentar de origem
emocional”.
Encaminhada à psicoterapia, Adriana começa a perceber que
seu comportamento bulímico está ligado à sua relação com os pais,
que sempre cobraram demais dela. “Eu tinha que ser a melhor em
tudo. Uma excelente aluna, a mais graciosa bailarina da turma, a
impecável, etc., etc. Apesar do meu esforço e boa vontade não
consegui atingir os objetivos deles”.
Insegurança e medo: “Minha mãe, superorganizada e decidida,
planejava meu dia-a-dia: me levava para o balé, do balé para o
colégio, do colégio para a natação e assim por diante. Não me
perguntava se eu estava satisfeita com aquela interferência e com
o acumulo de atividades que ela programava para mim”, completa a
garota.
Na adolescência, quando a bulimia começou a se manifestar,
Adriana era uma menina cheia de medos e sem vida própria. Seu
corpo ia se transformando, a sexualidade aflorando e ela não sabia
lidar com essas mudanças, não conseguia assumir a mulher que
desabrochava dentro dela. Sentia-se tensa, encontrava dificuldade
de se relacionar com os outros. Até que, por volta dos 16 anos,
virou uma espécie de troglodita noturna. As reais causas de
tamanho descontrole foram emocionais.
Fatores angustiantes: “Por trás de uma garota bulímica que
chega à minha clínica, há quase sempre uma supermãe, autoritária,
planejada, que traça por conta própria o dia-a-dia da filha. Essa
mãe sobrecarrega a garota, deixando-a insegura, sem vida própria,
medrosa e indefesa. A adolescente bulímica quase sempre é
fechada, tem uma dificuldade enorme de se comunicar, de
expressar o que está sentindo. Sofre de carência afetiva e costuma
ser vítima do excesso de cobrança dos pais ou do contrario, o
descaso”, afirma o endocrinologista Hamilton Ferreira. Segundo ele,
a bulimia está também ligada à carência afetiva e a uma certa
revolta interna em relação a alguém que deixou de fazer algo para
a pessoa. Em geral, ela passa a responsabilidade de sua vida para
os outros, e não entra em contato com os fatores que a angustiam.
Bulimia: O Mal dos Aflitos
"Um transtorno alimentar, a bulimia nervosa é a compulsão
desenfreada por comida, seguida da sensação de culpa e do
vômito provocado. O problema do bulímico não é enfrentar a
comida, mas os fatores emocionais que provocam a compulsão de
comer", afirma o endocrinologista Hamilton Ferreira, proprietário do
Spa Embu das Artes, em São Paulo. Para o dr. Hamilton essa é
uma doença afetiva, um desequilíbrio emocional.
Suas vítimas preferenciais são as mulheres entre a
adolescência e os 30 anos ou as executivas e as que trabalham
fora. Como, via de regra, as mulheres são mais emotivas que os
homens, no local de trabalho elas tendem a esforçar-se para
manterem-se firmes e não sucumbirem às emoções. Quando
chegam em casa, algumas compensam exagerando na dose de
alimentos.
Segundo pesquisas, de cada 100 mulheres, cerca de três
sofrem de bulimia. Insegura, a pessoa bulímica sabe que de uma
hora para outra pode devorar uma montanha de sorvete. Mas
afirma que come demais porque a mãe encheu o prato, porque está
com problemas de relacionamento no trabalho, porque engordou e
os homens não olham para ela, porque o pai a humilha ou porque o
marido não lhe dá atenção. Come para compensar a desarmonia
emocional. “Seu problema não é a dependência a comida, mas a
dependência afetiva, em que comer demais é o reflexo de fatores
angustiantes”, esclarece o médico.
Vazio emocional:
A psiquiatra Renata Sayuri Tamada, do Hospital das Clínicas de
São Paulo e da Unidade - doenças afetivas, ansiedade e
dependências, também deixa claro que a bulimia não é um vicio.
“Embora alguns especialistas acreditem que haja um descontrole
de impulso (como o impulso de jogar, beber, fumar), a pessoa
bulímica não é dependente da comida. O alimento não é o objetivo
final, é apenas um meio, uma forma de preencher um vazio de
ordem emocional”.
A médica faz questão de frisar que a bulimia é multifatorial.
"Tratar o comportamento bulímico é tão importante quanto tratar as
emoções que o desencadeiam".
Segundo a dra. Renata, as bulímicas pensam em comida o dia
inteiro. Podem até se controlar durante horas, mas acometidas por
um repentino ataque bulímico (identificado pelos especialistas
como episódio de binge), chegam a ingerir mais de 2 mil ou 3 mil
calorias numa única refeição. Esses episódios rápidos que levam
ao descontrole e exagero na hora de comer são seguidos da
sensação de culpa e do medo de engordar. Por isso, elas sempre
recorrem a um mecanismo compensatório, encontrando uma forma
de se livrar do que acabaram de ingerir. Não raro, submetem-se a
jejuns prolongados ou dietas rigorosas e exageram nos exercícios
físicos. Ou então, agridem o organismo com o uso abusivo de
laxantes e diuréticos. Quase sempre, depois que comem, provocam
o vômito. Sua auto-estima está ligada à aparência física. Por isso,
em geral, elas não são gordas, podendo estar no peso ou um
pouco acima dele".
Trabalhando com grupos que sofrem esse tipo de transtorno
alimentar, a dra. Gelse Mazzoni Campos, homeopata e
pesquisadora do Sistema Agnes, acrescenta: “os bulímicos são
pessoas muito sensíveis, que se sentem incompreendidas,
inadaptadas, isolam-se facilmente e têm uma enorme dificuldade
de relacionamento. Muitas vezes, sentem vergonha do próprio
corpo”. Segundo a homeopata, esses indivíduos carregam uma
espécie de tristeza aflita, um medo misturado à aflição. São
impacientes e querem se curar num passe de mágica. É comum
serem pessoas boas, incapazes de magoar os outros. Quando
recebem uma ofensa costumam responder com um sorrisinho, não
revidam. Estão sempre disfarçando e acabam se voltando contra si
mesmas e se auto-agredindo, comendo demais.
Claro, a bulimia pode aparecer em função de um distúrbio
orgânico, quando o cérebro passa a produzir excesso de
noradrenalina, o neurotransmissor responsável pela estimulação do
apetite. Em alguns casos, há indícios de herança genética. Mas o
que pesa mesmo na balança são as emoções mal resolvidas,
causadas principalmente por dificuldade nos relacionamentos.
Principais Causas desse Transtorno
Alimentar:
desajustes emocionais: rejeição, carência, preocupação
exagerada com a aparência física, frustração, tristeza,
decepção, insegurança e medo
dificuldade nos relacionamentos afetivos (com parentes, amigos,
companheiro) ou profissionais
stress seguido de depressão. A saída de muitas mulheres
deprimidas acaba sendo a comida, usada como um estímulo,
uma forma de se compensar desses males
pode aparecer após uma anorexia nervosa, quando a pessoa
fica anos ou meses comendo quase nada e de forma bem
espaçada, até que desenvolve uma compulsão por comida,
sentindo a necessidade de devorar tudo o que vê pela frente.
Inibidores de apetite
As anfetaminas causam dependência e problemas cardíacos.
Funcionam como estimulantes, podendo provocar irritação,
nervosismo e a conseqüente necessidade de usar calmantes, que
também viciam.
Laxativos e diuréticos
O uso indiscriminado de laxantes provoca alterações na flora
intestinal, podendo-se desenvolver um quadro de intestino solto ou
preso demais. O abuso de diuréticos elimina o excesso de líquido
do corpo, mas causa uma perda de eletrólitos, especialmente o
potássio do organismo. Essa deficiência traz fraqueza muscular e
as conseqüentes câimbras.
Dietas rigorosas
Feitas por conta própria, têm o efeito de uma lenta greve de
fome. Alteram o metabolismo, enfraquecem o organismo e depois
de concluídas, volta-se rapidamente ao peso anterior. Especialistas
em boa forma lembram que tudo o que se consegue rápido, perde-
se depressa. Por isso, é melhor conquistar a boa forma com doses
saudáveis de alimentação e exercícios.
Um Spa Diferenciado:
Se a bulimia lhe trouxe alguns quilos a mais e você está
pensando em procurar um spa, escolha uma clínica que preserve
sua saúde, tenha a ver com seu estilo e ajude você a mudar os
hábitos alimentares e livrar-se do peso das emoções negativas.
Algumas oferecem dieta vegetariana, fisio e hidroterapia,
tratamento preventivo, programas de revitalização, massagens
relaxantes, dança, terapia artística, sessões de acupuntura,
homeopatia e florais e até tratamento de beleza. Sugestões: Clínica
Lapinha, na Lapa, PR (041) 822-1044; Artemísia, em S. Paulo, SP
(011) 520-8992; Hotel Fit Master Embu das Artes, em Embu das
Artes, SP (011) 494-6694: Hotel Sete Voltas, em Itatiba, SP (011)
7805-0449; Clínica Kur, em Gramado, RS (054) 800-2196.
Auto-sabotagem:
Bach Agrimony + Chestnut Bud + Holly ajudam o indivíduo a
perceber que com seu apetite voraz ele está sabotando e
violentando o corpo e a saúde. O Agrimony coloca-o em
contato com as emoções que ele está mascarando.
Funciona ainda como um depurativo, que desintoxica a
alma dos venenos emocionais “ingeridos”. O Chestnut
Bud traz um entendimento melhor dessa atitude e quebra
padrões repetitivos, no caso, continuar comendo demais,
mesmo sabendo que isso é prejudicial. Holly dissipa os
pensamentos destrutivos, traz aceitação de si mesmo e
eleva o padrão dos sentimentos. Este é um floral básico,
que abre o caminho para identificarmos as verdadeiras
causas da agressividade. Ideal para os que violentam o
próprio organismo.
Minas o composto floral Solanis deixa claro o que é necessidade
e o que é desejo, encorajando-nos a adquirir hábitos
saudáveis. Acrescente a essência Calêndula Silvestre
para o tipo “oito ou oitenta”, inclinado a violentar o corpo
com excesso de comida. Quando a compulsão surge
como uma forma da pessoa defender-se de emoções
obscuras, combine a fórmula floral Solanis com a
essência Palicores.
Carência afetiva:
Bach Chicory é perfeito para quem usa a comida como forma
de saciar as carências e confortar sua alma aflita e
angustiada. O tipo Chicory nunca parece satisfeito com o
amor que recebe e acaba exagerando na dose de comida
para preencher a falta de afeto, o vazio que sente dentro
de si.
Minas a fórmula composta Solanis junto com as essências
florais Ingá e Chicorium ajudam a controlar essa espécie
de apetite psicológico que não tem nada a ver com fome
física. Aqueles que comem para se sentir confortados
podem recorrer ao fitofloral Magnificat Pollen + a fórmula
composta Solanis + as essências Ingá, Chicorium e
Trimera.
Preocupação e ansiedade:
Bach Agrimony + White Chestnut reduzem a preocupação com
a balança, a idéia fixa em manter o peso ideal; Crab
Apple + White Chestnut vão ajudar aqueles que se
preocupam demais com a aparência e em manter o peso;
Red Chestnut dissipa a preocupação excessiva com os
outros, que se manifesta quase sempre à noite como
necessidade de preencher o vazio no estômago.
Minas os fitoflorais Magnificat Pollen + Magnificat Liquor
equilibram a ansiedade por manter o peso ou emagrecer.
Já as fórmulas compostas Levitate + Calmim + a essência
Fuchsia + o fitofloral Serenium dissolvem o
“desapontamento da alma”, a tensão, o nervosismo, a
ansiedade e as preocupações ruminantes que provocam
o descontrole alimentar. Põem o indivíduo em contato
com as causas do distúrbio, ampliando suas
possibilidades de descontrair e sentir prazer.
Medos e temores:
Bach Agrimony + Mimulus formam a dupla infalível para os que
comem como forma de camuflar seus sentimentos, por
medo do que possam encontrar dentro de si. Encoraja-
nos a enfrentar nosso lado sombrio e perceber que quase
sempre o que negamos em nós não é tão ruim como
parece; Mimulus + Larch dão uma injeção de ânimo nos
temerosos e inseguros, para que superem o medo do
fracasso e confiem na própria capacidade de mudar seus
hábitos; Mimulus + Holly promovem o amor-próprio e
coragem para enfrentar mudanças corporais; Chicory é
indicado também para os que comem demais por apego e
por temer a perda do amor dos outros.
Minas os florais Passiflora + Mimosa + Bipinatus + Leonotis +
Plantago trazem coragem, calma, determinação, clareza
mental e pensamento positivo, dissipando medos e
temores que possam causar bulimia.
Tristeza e depressão:
Bach Wild Rose dissolve a apatia e a tristeza dos que rejeitam
seu corpo e por isso negam-se a participar da vida; Gorse
conforta e devolve a esperança, a vitalidade, a fé e o
prazer de viver; Sweet Chestnut trabalha a angústia e
ajuda a pessoa a livrar-se dos espinhos que a impedem
de enxergar saídas.
Minas os florais Zinnia + Borragine + Myosotis + Lacrima
devolvem a alegria, a vontade de sorrir, o otimismo e o
gosto pela vida, removendo as “forças emotivas que
trazem algum desequilíbrio temporário”.
Frustração:
Bach Willow remove as mágoas, os ressentimentos e a auto-
piedade dos mais frustrados, sugerindo que é possível
recomeçar: Larch combate o sentimento de impotência e
dão o empurrão que faltava para a pessoa seguir adiante;
Olive reabastece as forças internas, deixando o indivíduo
pronto para começar de novo.
Minas as essências Lavandula, Origanum e Melindre aliviam a
insatisfação, a sensação de fracasso e o tédio diário,
além da tendência a fugir da realidade, através da
compulsão alimentar.
Culpa:
Bach Pine + Crab Apple aliviam a culpa por comer demais,
seguida do vômito provocado ou da vontade de usar outro
recurso para não engordar.
Minas os florais Pinus + Aristoloquia + Fortificata retiram o peso
da culpa e purificam as emoções que levam a pessoa a
abusar da saúde. Equilibra as personalidades punitivas,
dissolver o remorso e a sensação de estar em pecado ou
desagradando os outros.
Voracidade e gula:
Bach Impatiens + Cherry Plum ajudam a resgatar o
autocontrole, o equilíbrio e a tranqüilidade, colaborando
na eliminação das emoções poluentes que acionam o
apetite voraz. Carmen Monari, em seu livro Participando
da Vida com os Florais de Bach, lembra-nos que o Cherry
Plum é a essência do sentimento mal resolvido.
Minas os fitoflorais Magnificat Pollen e Magnificat Liquor + as
fórmulas compostas Solanis e Taraxacum ajudam os
compulsivos por comida a resgatar o equilíbrio e digerir o
dia-a-dia de forma mais harmoniosa e saudável, além de
agir como depurativos, colaborando na eliminação de
resíduos e impurezas emocionais.
Outras Opções
Sistema californiano:
No livro Flores de California – Manual Práctico y Clínico, Eduardo
Grecco e Bárbara Espeche elaboram esta fórmula especifica para
pacientes com distúrbios alimentares: Self-Heal + Mariposa Lili +
Manzanita + Morning Glory + Hound's Tongue + Goldenrod. A
composição desperta a capacidade interna de cura, trabalha as
carências, resgata o amor pelo próprio corpo e ajuda a romper com
velhos hábitos. Dissipa a idéia fixa por comida, encoraja a assumir
a verdadeira identidade e ensina a assimilar apenas o necessário.
Facilita a reeducação alimentar dos que tentam preencher o vazio
emocional com excesso de alimentação.
Sistema Agnes:
A Dra. Gelse Mazzoni Campos, co-criadora do sistema, indica para
casos de bulimia nervosa, a Fórmula da Compulsividade, composta
dos seguintes florais: Espada de São Jorge, Paineira, Murta, Flor
do Mel, Impatiens, Aroeira, Fuchsia, Gema de Ovo, Crisandália,
Jasmim Manga, Russélia, Boca de Leão, Lírio do Brejo e Rosa
Lilás.
Bush australiano:
Entre as essências recomendadas por lan White estão Billy Goat
Plum + Grey Spider FIower + Five Corners. Pode-se acrescentar à
fórmula o Jacarandá.
Alasca:
Dicas de Quem Esteve Lá