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SERRA
2006
SUMÁRIO
1. ATRITO .................................................................................................................................................... 5
1.1. ATRITO .................................................................................................................................... 5
1.2. TIPOS DE ATRITO ..................................................................................................................... 7
1.3. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO ........................................................................................................... 8
1.3.1. Lubrificação Fluida............................................................................................................. 8
1.3.2. Lubrificação Limite ou Semifluida...................................................................................... 9
1.3.3. Formação da Película e da Cunha de Óleo ...................................................................... 9
1.3.4. Distribuição das Pressões na Película Lubrificante ........................................................ 11
2. PETRÓLEO ........................................................................................................................................... 13
2.1. CRONOLOGIA DO APARECIMENTO DOS LUBRIFICANTES ............................................................ 13
2.2. PETRÓLEO ............................................................................................................................. 13
2.3. CRONOLOGIA DO APARECIMENTO DO PETRÓLEO ..................................................................... 13
2.4. ORIGEM DO PETRÓLEO ........................................................................................................... 14
2.5. TIPOS DE PETRÓLEO .............................................................................................................. 15
2.6. OBTENÇÃO DOS LUBRIFICANTES ............................................................................................. 20
3. LUBRIFICANTES ................................................................................................................................. 22
3.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................. 22
3.2. TIPOS DE LUBRIFICANTES ....................................................................................................... 22
3.3. PROPRIEDADES DOS LUBRIFICANTES ....................................................................................... 23
4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES ................................................ 25
4.1. DENSIDADE ............................................................................................................................ 25
4.2. COR ...................................................................................................................................... 26
4.3. VISCOSIDADE ......................................................................................................................... 27
4.3.1. Aparelhamento ................................................................................................................ 28
4.3.2. Interpretação dos Resultados.......................................................................................... 31
4.4. ÍNDICE DE VISCOSIDADE ......................................................................................................... 32
4.5. PONTOS DE FULGOR E DE INFLAMAÇÃO ................................................................................... 36
4.5.1. Aparelhagem ................................................................................................................... 37
4.5.2. Fornecimento dos Resultados......................................................................................... 38
4.5.3. Interpretação dos Resultados.......................................................................................... 38
4.6. PONTOS DE NÉVOA E DE FLUIDEZ (ASTM D 97)...................................................................... 41
4.6.1. Aparelhamento ................................................................................................................ 43
4.6.2. Procedimento................................................................................................................... 43
4.6.3. Fornecimento dos Resultados......................................................................................... 44
4.6.4. Interpretação dos Resultados.......................................................................................... 44
4.7. CINZAS .................................................................................................................................. 45
4.8. CORROSÃO EM LÂMINA DE COBRE .......................................................................................... 46
4.9. ESPUMA................................................................................................................................. 47
4.10. INSOLÚVEIS ............................................................................................................................ 49
4.11. ACIDEZ E ALCALINIDADE ......................................................................................................... 50
4.12. ÁGUA ..................................................................................................................................... 51
5. GRAXAS................................................................................................................................................ 53
5.1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 53
5.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................. 53
5.3. VANTAGENS DA LUBRIFICAÇÃO A GRAXA ................................................................................. 54
5.4. DESVANTAGENS DE LUBRIFICAÇÃO A GRAXA ........................................................................... 56
5.5. CARACTERÍSTICAS DAS GRAXAS ............................................................................................. 56
5.5.1. Consistência .................................................................................................................... 56
5.5.2. Interpretação do Ensaio .................................................................................................. 57
5.5.3. Ponto de Gota.................................................................................................................. 59
5.6. TIPOS DE GRAXAS .................................................................................................................. 61
5.7. EXEMPLOS DE GRAXAS AUTOMOTIVAS E INDUSTRIAIS .............................................................. 63
6. ADITIVOS .............................................................................................................................................. 64
6.1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 64
6.2. EXIGÊNCIAS DOS ADITIVOS ..................................................................................................... 65
6.3. ANTIOXIDANTES ..................................................................................................................... 66
6.3.1. Antiespumante................................................................................................................. 66
6.3.2. Detergente ....................................................................................................................... 67
6.3.3. Dispersante...................................................................................................................... 68
6.3.4. Antiferrugem .................................................................................................................... 68
6.3.5. Anticorrosivos .................................................................................................................. 69
6.3.6. Antidesgaste .................................................................................................................... 69
6.3.7. Aumentador de Índice de Viscosidade ............................................................................ 70
6.3.8. Abaixador do Ponto de Fluidez ....................................................................................... 70
7. CLASSIFICAÇÃO DE LUBRIFICANTES......................................................................................... 72
7.1. CLASSIFICAÇÃO API ............................................................................................................... 72
7.1.1. Classificação SAE ........................................................................................................... 74
7.1.2. Óleos Multiviscosos ......................................................................................................... 76
7.1.3. Classificação API - Engrenagens .................................................................................... 76
7.2. LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS ................................................................................................... 77
7.2.1. Classificação ISO ............................................................................................................ 77
7.2.2. Classificação de AGMA................................................................................................... 78
8. MÉTODOS GERAIS DE APLICAÇÃO DE LUBRIFICANTES ..................................................... 80
8.1. LUBRIFICAÇÃO MANUAL .......................................................................................................... 80
8.2. COPO COM AGULHA OU VARETA ............................................................................................. 80
8.3. COPO COM TORCIDA OU MECHA ............................................................................................. 81
8.4. COPO CONTA-GOTA ............................................................................................................... 81
8.5. LUBRIFICAÇÃO POR ANEL........................................................................................................ 82
8.6. LUBRIFICAÇÃO POR COLAR ..................................................................................................... 82
8.7. LUBRIFICAÇÃO POR BANHO DE ÓLEO....................................................................................... 83
8.8. LUBRIFICAÇÃO POR MEIO DE ESTOPA OU ALMOFADA ............................................................... 84
8.9. LUBRIFICAÇÃO POR SALPICO OU BORRIFO ............................................................................... 85
8.10. LUBRIFICAÇÃO POR NEVOA DE ÓLEO ....................................................................................... 85
8.11. SISTEMAS CIRCULATÓRIOS ..................................................................................................... 86
8.11.1. Por Gravidade ............................................................................................................. 86
8.11.2. Por Bombas Múltiplas e Lubrificadores Mecânicos .................................................... 87
8.11.3. Por Bomba Única ........................................................................................................ 87
8.11.4. Precauções na Aplicação de Lubrificantes ................................................................. 88
8.11.5. Lubrificação a Óleo ..................................................................................................... 88
8.11.6. Lubrificação à Graxa ................................................................................................... 89
9. RECEBIMENTO E MANUSEIO DE LUBRIFICANTES.................................................................. 90
9.1. ESTOCAGEM .......................................................................................................................... 92
9.1.1. Importância de um Bom Armazenamento ....................................................................... 92
9.1.2. Métodos e Práticas de Estocagem.................................................................................. 93
9.2. FATORES QUE AFETAM OS PRODUTOS ESTOCADOS ................................................................. 96
9.2.1. Contaminação pela Água ................................................................................................ 96
9.2.2. Contaminação por Impurezas ......................................................................................... 98
9.2.3. Contaminação com Outros Tipos de Lubrificantes ......................................................... 99
9.2.4. Deterioração Devido a Extremos de Temperaturas ...................................................... 100
9.2.5. Deterioração Devido a Armazenagem Prolongada....................................................... 100
9.2.6. Contaminação com Outros Tipos de Produtos ............................................................. 101
9.3. O DEPÓSITO DE LUBRIFICANTES ........................................................................................... 101
9.3.1. Estocagem e Manipulação de Lubrificantes em Uso .................................................... 103
9.3.2. Os Cuidados na Movimentação de Lubrificantes.......................................................... 105
9.4. OS RECURSOS DA DISTRIBUIÇÃO DE LUBRIFICANTES ............................................................. 106
9.4.1. Equipamentos para Distribuir Óleo................................................................................ 106
9.4.2. Equipamentos para Distribuir Graxa ............................................................................. 108
9.4.3. Equipamentos Auxiliares ............................................................................................... 109
9.5. RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM A GRANEL DE ÓLEOS LUBRIFICANTES .................................. 112
9.5.1. Recebimento.................................................................................................................. 112
9.5.2. Armazenamento ............................................................................................................ 113
9.5.3. Descarte de Óleos Usados............................................................................................ 113
10. LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS ...................................................................................................... 115
10.1. LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS PLANOS ..................................................................................... 115
10.1.1. Fatores de Escolha da Viscosidade/ Consistência Adequada.................................. 116
10.2. LUBRIFICAÇÃO DOS MANCAIS DE ROLAMENTOS ..................................................................... 118
10.2.1. Lubrificação a Graxa ................................................................................................. 118
10.2.2. Lubrificação a Óleo ................................................................................................... 119
10.3. VEDAÇÕES ........................................................................................................................... 119
10.4. INTERVALOS DE LUBRIFICAÇÃO ............................................................................................. 120
11. LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ................................................ 124
11.1. MÉTODOS MAIS COMUNS ...................................................................................................... 124
11.2. LUBRIFICAÇÃO DOS MANCAIS ................................................................................................ 124
11.3. LUBRIFICAÇÃO DOS CILINDROS ............................................................................................. 126
11.4. RESFRIAMENTO DOS ÊMBOLOS ............................................................................................. 128
11.5. PURIFICAÇÃO DO LUBRIFICANTE ............................................................................................ 128
11.6. PURIFICAÇÃO DO AR............................................................................................................. 129
11.7. PURIFICAÇÃO DO COMBUSTÍVEL ............................................................................................ 129
11.8. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO SOB PRESSÃO ............................................................................ 130
11.8.1. Sistema de Lubrificação por Salpique....................................................................... 130
11.8.2. Sistema de Lubrificação Combinado Sob Pressão e Salpique ................................ 130
12. FLUIDOS HIDRÁULICOS................................................................................................................. 131
12.1. PRINCIPAIS FLUIDOS............................................................................................................. 131
12.1.1. Água .......................................................................................................................... 131
12.1.2. Óleos Minerais .......................................................................................................... 131
12.1.3. Fluidos Sintéticos ...................................................................................................... 132
12.1.4. Fluidos Resistentes ao Fogo..................................................................................... 132
12.2. ESCOLHA DO FLUIDO HIDRÁULICO ......................................................................................... 132
12.3. CARACTERÍSTICAS DO FLUIDO HIDRÁULICO IDEAL .................................................................. 133
12.4. CONTROLE DE USO DE ÓLEOS HIDRÁULICOS ......................................................................... 134
13. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 136
ANEXOS ............................................................................................................................................................ 137
5
1. ATRITO
1.1. Atrito
Figura 1
A relação entre o atrito e a reação normal que o corpo exerce sobre a superfície (N)
é uma constante a qual denominamos COEFICIENTE DE ATRITO ( μ ).
Fat
= tg θ
N
Fat =μ x N
Figura 2
Em uma atmosfera normal, metais não lubrificantes "deslizam" uns sobre os outros
com coeficientes de atrito compreendidos entre 0,15 e 1,5.
7
Por outro lado, a redução do atrito, causada pelas películas naturais de óxidos e
hidróxidos metálicos, pode ser acentuado sobre maneira, pelo uso de lubrificantes.
Para ser vencido, este tipo de atrito exige menor esforço do que o necessário
para vencer o atrito de desligamento.
Uma substância é mantida integrada pela coesão. Substâncias sólidas bem como
líquidas, têm propriedades coesivas em maior ou menor escala. Por exemplo: a
qualidade coesiva do aço é maior que a da madeira; a da madeira maior que a da
graxa; a da graxa maior que a do óleo; e do óleo maior que a da água, etc.
Lente de
aumento Escorregamento
Carga sem lubrificante
(há contato entre
as superfícies)
Movimento
Atrito Sólido
Como vemos os valores dos coeficientes de atrito para este tipo de lubrificação,
comparados com os valores observados para superfícies em contato não
lubrificadas ( μ = 0,15/ 1,5), são acentuadamente bem menores. Em condições
ideais, a separação deveria ser completa e absoluta, mas na prática, observam-se
contatos ocasionais entre os pontos salientes.
Quando as pressões entre as duas superfícies móveis são muito levadas, chega-se
a um ponto no qual não é mais possível manter uma película lubrificante, havendo
ruptura da película em alguns pontos. Há nestas condições uma combinação de
atritos sólidos e fluidos. O coeficiente de atrito nestes casos dependendo,
evidentemente, da natureza química do lubrificante e do metal (ou metais) em
contato, varia geralmente de 0,05 a 0,15 contra 0,001 a 0,03 da lubrificação fluida.
Além disso, esta folga é também necessária para a introdução do lubrificante e para
permitir a formação da película do óleo.
Contato Metálico
Esta adesão facilita a distribuição uniforme do óleo, que ocupa o espaço em forma
de cunha e constitui um volume ou depósito de óleo.
carga carga
Pressão
Máxima
Figura 6
Aumentando ainda mais a rotação do eixo, a pressão hidráulica na cunha de óleo
aumenta de tal forma que empurra o eixo para o outro lado do mancal. O
deslocamento do eixo que se observa é ainda facilitado pela rápida queda de
pressão fluida neste lado, quando o óleo começa a sair do mancal. A pressão
hidráulica provocada pela rotação do munhão, combinada com um amplo
suprimento de óleo, é tão considerável que, mesmo em mancais que suportam
cargas de ordem de 150 kg/ cm2 ou mais, o óleo é bombeado e forçado sob o eixo
com a máxima segurança.
13
2. PETRÓLEO
2500 a.C. - Há referências de que Noé construiu sua arca calafetando-a com "piche".
1600 a.C. - A mãe de Moisés para salvar o filho construiu uma arca de junco e
untou-a com lodo e piche.
2.2. Petróleo
1000 a.C. - Chineses encontravam gás natural quando escavavam a procura de sal.
600 a.C. - Nabucodonosor utilizou asfalto para revestir paredes e pavimentar as ruas
da Babilônia.
Início do Séc. XIX - O Austríaco José Hecker, organiza na Galícia Oriental uma
indústria para produzir óleo de iluminação. Tornou-se o primeiro magnata do
petróleo.
1859 - Edwin Drake - Perfurou um poço para encontrar petróleo com profundidade
de 69 1/2 pés (21 metros) e produziu 840 galões diários. É considerado o primeiro
poço de petróleo do mundo.
1862 - John Davison Rockefeller percebeu que o melhor negócio não era tirar o
petróleo e sim levá-lo até o consumidor já transformado em querosene, parafina,
lubrificante, gasolina. Instalou-se em Cleveland com uma refinaria. Rockefeller
ganhou tanto dinheiro que em 1874 era dono da metade das refinarias americanas.
Sua companhia Standard Oil Company cresceu sem concorrência até 1901, quando
foi descoberta no Texas uma das maiores jazidas petrolíferas do mundo, formando-
se então as Companhias Gulf Oil Corporation e a Texas Oil Company.
da crosta da Terra, durante seu resfriamento, esses mares e lagos foram sendo
soterrados. E, sob a pressão das camadas de rochas, sob a ação do calor e,
também, do tempo, essa massa de restos orgânicos se transformou num óleo
formado pela combinação de moléculas de carbono e de hidrogênio em composto
de hidrocarbonetos denominado petróleo.
Cada um desses três tipos possui características próprias e de acordo com o tipo de
aplicação é indicado ou contra-indicado. Os óleos naftênicos e principalmente os
parafínicos se prestaram mais para a formulação de óleos lubrificantes; não sendo
este fator decisivo visto que com os modernos recursos de aditivação conseguem-se
características importantes e que anteriormente não possuía. Os óleos aromáticos
não se prestam para a produção de lubrificantes.
Tabela 2
Características Parafínicos Naftênicos
Pontos de fluidez alto baixo
Índice de viscosidade alto baixo
Resistência à oxidação grande pequena
Oleosidade pequena grande
Resíduo de carbono grande pequeno
Emulsibilidade pequena grande
16
No momento em que a broca perfura o limite do lençol, o petróleo jorra para fora, às
vezes até 100 metros de altura. Quando diminui a pressão interna do bolsão, o
18
petróleo tem que ser bombeado, através de uma unidade de bombeamento para
reservatórios situados junto ao poço.
Os produtos industriais obtidos do petróleo são numerosos. Eis uma lista básica:
Tabela 3
[...]
Xilenos Petroquímica, solventes.
Querosene de Iluminação Iluminação para ônibus, caminhões, etc.
Querosene de Aviação Combustível para aviões
Óleo Diesel Combustível para ônibus, caminhões.
Lubrificantes básicos Lubrificantes de máquinas e motores em geral [...]
Parafinas Fabricação de velas, indústria alimentos.
Óleos Combustíveis Combustíveis industriais
Resíduo Aromático Óleos extensor de borracha e plastificante
Extrato aromático Usos variados
Óleos Especiais Usos variados
Asfaltos Pavimentação
Coque Indústria de Produção de Alumínio
Enxofre Produção de ácido sulfúrico
N-Parafinas Produção detergente biodegradáveis
Os óleos lubrificantes têm sido preparados com crus de petróleo das mais variadas
proveniências do globo terrestre. Como seria de esperar, as características físicas e
o grau de rendimento operacional e quantitativo dos lubrificantes, fabricados a partir
de tais crus, apresentam diferenças consideráveis.
Estes óleos são obtidos com base na parte mais viscosa dos crus, depois de
separados, por destilação, do óleo Diesel e de outros produtos mais leves. Quando
considerados pelo volume, uma esmagadora maioria dos óleos lubrificantes
produzidos em todo o mundo provém diretamente de crus, sob a forma de seus
destilados ou produtos residuais.
Muito embora os crus petrolíferos das várias partes do mundo diferem muito, tanto
nas suas propriedades como na aparência, são relativamente poucas as diferenças
detectadas por análise elementar. De fato, as amostras de petróleo bruto
proveniente das mais variadas origens provam conter carbono, em proporções que
variam de 83 a 87% e hidrogênio de 14 a 11%. As análises elementares de crus
petrolíferos realmente revelam muito pouco da enorme variedade, ou da natureza
dos óleos lubrificantes que se podem preparar com eles.
21
Na fabricação do lubrificante, o refino do cru, que nada mais é o que o petróleo, dará
origem aos chamados óleos básicos. Eles têm designação própria, de acordo com
suas características.
Exemplos:
Os básicos terão propriedades semelhantes aos dos crus que foram originados. Um
cru naftênico dará origem a um básico também naftênico.
3. Lubrificantes
3.1. Definição
GASOSOS - São os lubrificantes que são usados onde não se podem usar os
lubrificantes comuns. Temos como exemplo de alguns dos mais usados: o AR, os
GASES, HALOGENADOS, o NITROGÊNIO. Seu uso é restrito devido
principalmente à necessidade de vedações e altas pressões.
Os óleos graxos conforme sua origem podem ser classificados em: óleos vegetais e
óleos animais.
Com este espírito, existe uma grande quantidade de teste de laboratório procurando
cobrir toda a série de informações sobre lubrificantes de que a tecnologia necessita
para indicação e aplicação do produto certo no lugar certo e acompanhamento do
seu desempenho durante seu uso nos equipamentos.
4.1. Densidade
Tabela 4
API DENSIDADE API DENSIDADE API DENSIDADE
10 1,000 27 0,893 44 0,806
11 0,993 28 0,887 45 0,802
12 0,986 29 0,882 46 0,797
13 0,979 30 0,876 47 0,793
14 0,972 31 0,871 48 0,788
15 0,966 32 0,865 49 0,874
16 0,959 33 0,860 50 0,780
17 0,953 34 0,855 51 0,775
18 0,947 35 0,850 52 0,771
19 0,940 36 0,845 53 0,767
20 0,934 37 0,840 54 0,763 [...]
26
[...]
21 0,928 38 0,835 55 0,759
22 0,922 39 0,830 56 0,755
23 0,916 40 0,825 57 0,751
24 0,910 41 0,820 58 0,747
25 0,904 42 0,816 59 0,743
26 0,898 43 0,811 60 0,739
4.2. Cor
Nos óleos naftênicos observa-se ainda comumente uma fluorescência, isto é, contra
a luz, enquanto os óleos contendo base residual eram verdes ou pretos.
4.3. Viscosidade
4.3.1. Aparelhamento
Para óleos muito viscosos, é usado o viscosímetro Saybolt Furol. Este aparelho
difere do Saybolt Universal somente no orifício de escoamento de óleo que, naquele,
é maior. Isto reduz o tempo do fluxo quando se trata de óleos pesados, que pode ser
medido sem dificuldade.
o fluxo de óleo encher o frasco receptor que tem uma marca indicando 60cc, é
medido. Este tempo é a viscosidade Saybolt.
Figura 9
Figura 11
Menores velocidades, maiores pressões ou temperaturas mais altas, por outro lado,
requerem um óleo que proporcione um filme resistente necessário para agüentar a
carga e dar necessária proteção às superfícies em contato. Por estas razões, os
testes de viscosidade têm um papel importante na determinação das propriedades
de um óleo lubrificante.
Além disso, as conclusões mais diretas e mais óbvias para julgar a viscosidade de
um óleo dependem, contudo, de certas informações que também sejam disponíveis.
Uma vez que a viscosidade de um óleo lubrificante é determinada pelo corte na sua
temperatura de destilação, parte daí que há uma relação aparente na viscosidade e
na volatilidade. De um modo geral, os óleos mais leves têm maior volatilidade - mais
suscetíveis de evaporar.
32
Sob alta temperatura, portanto, as condições de operação podem mudar e isso deve
ser levado em consideração quando se usa um óleo de certa viscosidade, porém,
volátil. Ainda que o significado do teste de viscosidade tenha sido considerado do
ponto de vista de óleos novos, esses testes têm também lugar para avaliação de
óleos usados. Os óleos drenados dos cárteres, dos sistemas de circulação e das
caixas de engrenagens são, muitas vezes, analisados para determinar seu
aproveitamento para outro serviço ou para diagnosticar o desempenho defeituoso de
uma máquina.
Não obstante, é possível hoje em dia, encontrar óleos que são mais sensíveis à
temperatura do que a referência (IV = Zero) bem como outros que são menos
sensíveis que a referência (IV 100) e, portanto, é, perfeitamente normal obter valores
para o IV tanto abaixo de zero como acima de 100.
L−U
IV = x 100 de onde deduzimos
L−H
L−U
IV = x 100
D
Onde:
Tabela 5
Aplicação IV Aplicação IV
Motor a gasolina 120 Mancais e engrenagens 90
Motor a gasolina, sintético 180 Turbinas 95
Motor de dois tempos 95 Compressores de Ar 95
Motocicletas, 4 tempos 130 Compressores de Refrigeração 60
Motor diesel 100 Têmpera 95
Sistemas hidráulicos, aeronáuticos 200
Transmissões hidráulicas 95
Sistemas hidráulicos industriais 140
34
Tabela 7
Viscosidade Viscosidade Viscosidade
Cinemática D Cinemática D Cinemática D
L L L
a 98,9ºC (L-H) a 98,9ºC (D-H) a 98,9ºC (L-H)
(210ºF) cs (210ºF) cs (210ºF) cs
12,50 240,31 116,33 16,50 390,91 204,02 21,00 603,0 334,40
12,60 243,70 118,24 16,60 395,15 206,56 21,20 614,0 341,3
12,70 247,06 120,12 16,70 399,35 209,07 21,40 624,7 348,0
12,80 250,46 122,07 16,80 403,63 211,64 21,60 635,10 354,6
12,90 253,89 124,01 16,90 407,92 214,22 21,80 646,3 361,6
Como o nome do teste indica a combustão a esta temperatura tem somente uma
curta duração (fulgor). O ponto de inflamação, entretanto, significa alguma coisa
mais. É a mínima temperatura em que o vapor é gerado em quantidade suficiente
para sustentar a combustão. Em qualquer caso, a combustão é somente possível
quando a relação do vapor de combustível e de ar permanece entre certos limites.
Uma mistura que for demasiada pobre ou demasiada rica não queimará.
4.5.1. Aparelhagem
No teste de ponto de Fulgor, vaso aberto Cleveland, a amostra de óleo está contida
numa cápsula de latão especificada com precisão a qual descansa sobre um disco
de metal. Sob o disco coloca-se uma fonte de calor e na cápsula um termômetro que
indica a temperatura da amostra. Uma pequena chama piloto de gás é usada para
testar a inflamabilidade da mistura vapor-ar. O espaço de tempo que a chama piloto
é exposta, deve ser medido com um cronômetro.
O teste em vaso aberto é utilizado para derivados do petróleo que tenham Ponto de
Fulgor acima de 79ºC.
38
Ponto de
Fulgor e
Inflamação
Método:
Vaso Aberto Cleveland (VAC)
Amostra de Óleo
Chapa
Corte de um
Aparelho Cleveland
Para todos os fins, um líquido de petróleo, não queima nesse estado, mas, sim,
vaporizado primeiro. O vapor mistura-se com o oxigênio do ar e, quando houver uma
concentração suficiente de vapor, a mistura pode ser inflamada por uma faísca ou
por chama. A mistura só pode ser inflamada se a concentração do vapor-
combustível no ar for mais de 1% ou menos de cerca de 6% em volume. Uma
mistura confinada contendo mais do que 6% em volume de vapor-combustível, corre
o risco de explodir somente se ele receber ar suficiente para trazer o vapor ao limite
de explosividade.
39
Os óleos parafínicos podem ser também indicados por um alto índice de viscosidade
e por um alto ponto de fluidez.
Se, por outro lado, os pontos de fulgor e de inflamação caem em serviço, haverá
suspeita de contaminação. Isto pode ocorrer com os óleos para motores que são
diluídos pelo combustível não queimado. A passagem da gasolina ou combustíveis
pesados para o cárter reduz a viscosidade do óleo e os mancais e outras partes
móveis podem ser danificadas pela excessiva fluidez do lubrificante. Estes
combustíveis, sendo mais voláteis do que o óleo lubrificante, rebaixa os pontos de
fulgor e de inflamação da mistura.
Tabela 8
Aplicação Ponto de Fulgor
Motor diesel marítimo 240°C
Engrenagens 220°C
Motor a gasolina 205°C
Sistemas hidráulicos 200°C
Compressores de refrigeração 218°C
Usinagem de Metais 165°C
A cristalização dos componentes parafínicos não significa que o óleo está realmente
solidificado; seu fluxo é impedido pela estrutura cristalina. Se esta estrutura for
rompida pela agitação; o óleo continuará a fluir até que a temperatura atinja uns
graus abaixo do ponto de fluidez.
Por este motivo, seu ponto de fluidez pode ser determinado pelo congelamento real
de todo o óleo, em vez de o ser pela formação de cristais de parafina. Em tal caso, a
agitação tem pouca influência sobre a fluidez a menos que ela provoque elevação
de temperatura.
4.6.1. Aparelhamento
A amostra de óleo está contida num frasco de vidro com suporte metálico para
manejá-lo. A boca do frasco é fechada com uma rolha, através da qual é introduzido
um termômetro para indicar a temperatura, é controlada por banhos quentes e frios,
nos quais o frasco pode ser parcialmente imerso (figura 13).
Ponto de Névoa
Ponto de
Fluidez e de
Névoa Início da Cristalização
Ponto de Fluidez
Resfriamento
Posição do Posição do
Termômetro p/ Termômetro p/
Ponto de Névoa Ponto de Fluidez
4.6.2. Procedimento
Para o teste de ponto de fluidez, a amostra tem de ser novamente aquecida a uma
temperatura especificada, antes de ser resfriada. O ponto de fluidez de um óleo
pode ser destorcido pela temperatura histórica, bem como pela agitação, e os
processos padrões de aquecimento e de resfriamento devem ser observados para
assegurar um teste de eficientes resultados.
4.7. Cinzas
Obtêm-se assim as Cinza Simples ou Cinza Oxidada. Se, se desejar obter Cinza
Sulfatada, umedece-se o resíduo carbonáceo com ácido sulfúrico, antes de
calcinação, evapora-se o excesso de ácido em fogo brando e calcina-se até peso
constante (800°C).
Para óleos com aditivos de base metálica, faz-se sempre a cinza sulfatada, que é de
maior precisão, por impedir a volatilização parcial do metal, durante a calcinação.
w
Cinza Sulfatada, % = W x 100
Sendo:
w = gramas de cinza
W = gramas de amostra
Tabela 9
Classificação de Lâmina de Cobre
Classificação Designação
1 Levemente corroída
2 Moderadamente corroída
3 Escurecida
4 Corroída
Como o teste é feito com o cobre, ele não avalia a capacidade do lubrificante impedir
a corrosão proveniente de outras origens.
4.9. Espuma
Esfera Porosa
Volume de
Volume de
espuma
espuma após
após 5
10 minutos de
minutos de
repouso
aeração
ml ml
1 75F 10 0 – traços
2 200F 20 0 – traços
3 75 F 10 0-5 Esfera Porosa
Figura 14
O resultado do teste é expresso da seguinte maneira:
Tabela 10
Formação de espuma ASTM D 892.
Estabilidade de espuma ASTM 892.
Volume de espuma em ml, ao fim do
TESTE Volume de espuma em ml ao Fim
período de 5 min., em que é insuflado
do período de repouso de 10 min.
ar.
A 75°F (24°C)
A 200°F - - - - - -
(93,5°C) - - - - - -
A 75°F após o - - - - - -
teste a 200°F
Formação de espuma: (- -) (- -) (- -)
Estabilidade da espuma (- - -) (- -) (- -)
4.10. Insolúveis
Os materiais não solubilizados com o pentano, podem ser tratados com uma solução
de tolueno que dissolve as resinas de oxidação. As matérias estranhas que não se
dissolveram com o tolueno se chamam insolúveis em tolueno. A diferença entre as
matérias insolúveis em pentano e as matérias insolúveis em tolueno representa a
quantidade de resinas de oxidação no óleo lubrificante.
Tabela 11
Motor diesel ferroviário
A) Insolúvel em Pentano 3,0% Max
B) Insolúvel em Tolueno 2,5 Max
Diferença A-B 1,0% Max
Motor a álcool
A) Insolúvel em Pentano 4,5% Max
B) Insolúvel em Tolueno 3,5% Max
Diferença A-B 1,0% Max
Motor a gasolina
A) Insolúvel em Pentano 4,5% Max
B) Insolúvel em Tolueno 3,5% Max
Diferença A-B 1,0% Max
[...]
50
[...]
Sistemas hidráulicos
Insolúvel em Pentano 0,1% Max
Engrenagens
Insolúvel em Pentano 0,5% Max
Compressores
Insolúvel em Pentano 0,1% Max
Um óleo mineral puro, de boa qualidade, é praticamente neutro (pH = 7). Se for
usado na lubrificação de um motor de combustão interna, o óleo se contamina com
os produtos ácidos resultantes da combustão e a sua acidez, inicialmente
desprezível, vai aumentando pouco a pouco. A partir de um determinado grau de
acidificação, o óleo lubrificante inicia um ataque corrosivo aos componentes do
motor. Isto irá acarretar a necessidade de troca prematura de peças.
Enquanto o TBN do óleo em uso vai diminuindo, o TAN vai aumentando. Os limites
de condenação dependem de cada fabricante de equipamento.
4.12. Água
Refluxo do
Condensado
Resfriamento
Solvente
Amostra com
Solvente
Água
Calor
Figura 15
O balão é fixado em um recipiente graduado para destilação, que está adaptado a
um condensador, de tal maneira que a porção não aquosa da destilação volte
continuamente para o frasco. A água é recolhida na porção graduada do recipiente e
a destilação continua até que todos os traços de água sejam transferidos do balão
para a parte aferida do recipiente.
Turbinas - 0,2%
Compressores - 0,2%
53
5. Graxas
5.1. Introdução
O termo original "graxa” era usualmente restrito a gorduras moles, encontradas nos
tecidos dos animais, gorduras essas que são sólidas ou quase sólidas em
temperaturas não muito distantes de temperatura do corpo desses animais. Assim,
quando as graxas tornaram-se artigos comerciais, foram chamadas de "graxas
duras".
Em 1880, graxa era feita com sebo, parcialmente saponificada, a adição de pequena
quantidade de óleo mineral. Vinte anos mais tarde, passou-se a usar sabão de
cálcio, passando este a ser usado mais freqüentemente que o sabão de sódio.
5.2. Definição
A definição de graxa segundo a American Society for Testing and Material (ASTM) é
a seguinte: "Produto da dispersão de um agente espessante em um lubrificante
líquido, com uma consistência entre sólida e semifluida, podendo conter outros
ingredientes destinados a conferir-lhe propriedades especiais".
54
Sabão
Produto Final
Graxa
Óleo
Aditivos
Figura 16
Na graxa, submetida ao trabalho, o lubrificante perde parcialmente esta consistência
e flui. Quando a força que provocou esta perda de consistência cessa, as fibras do
sabão voltam a se reagrupar, formando novamente a trama original, restituindo a
graxa à mesma consistência inicial. O sabão usado nas graxas é obtido através da
reação química chamada saponificação. Um ácido graxo pode ser sebo, reagindo
com um produto alcalino como cal virgem, ou soda cáustica entre outros.
f) Se for usada uma graxa adequada, sua aderência às superfícies é maior que
a dos óleos; portanto, o seu uso previne o enferrujamento das peças paradas
por longo tempo, o que não aconteceria se óleo estivesse sendo usado;
a) O óleo atua melhor em altas rotações. A graxa pode ocasionar elevado atrito
fluido e aumento de temperatura.
c) A graxa não dissipa bem o calor. Quando o lubrificante tiver de agir como
refrigerante, o indicado é usar óleo.
5.5.1. Consistência
As graxas são classificadas por sua consistência. Para sua determinação usamos o
seguinte método:
d) No caso de graxas muito duras, que não permitem fazer leituras usando-se o
cone, lança-se mão de agulhas padronizadas e, no caso de graxas muito moles,
substitui-se o cone de aço ou de latão, por um de alumínio ou material plástico. A
penetração é determinada a 25°C e a leitura é feita após o cone permanecer em
contato com a graxa durante 5 segundos.
57
Tabela 12
Penetração
Grau N.L.G.I. trabalhada Estrutura
(ASTM) 25°C
N.L.G.I. 000 445/ 475 Fluida
N.L.G.I. 00 400/ 430 Quase fluida
N.L.G.I. 0 355/ 385 Extremamente mole
N.L.G.I. 1 310/ 340 Muito mole
N.L.G.I. 2 265/ 295 Mole
N.L.G.I. 3 220/ 250 Média
N.L.G.I. 4 175/ 205 Consistente
N.L.G.I. 5 130/ 160 Muito consistente
N.L.G.I. 6 85/ 115 Extremamente dura
A "penetração não trabalhada", devido aos inúmeros fatores que nela influem, não
costuma ser determinada, - a menos que a graxa seja extremamente dura, como por
exemplo, as "Block Greases".
As graxas com consistência NLGI 0,00 e 000 são consideradas graxas semifluidas.
Uma graxa mais consistente poderia falhar na cobertura das partes móveis e
danificar os mancais pela falta de lubrificante. As graxas de maior consistência são
preferidas sempre que a graxa deve atuar parcialmente como vedação.
Um bom exemplo é a graxa para bomba d'água que deve apresentar um corpo
extra, pois permanece em contato com a água. As graxas com consistência maior
que a NLGI 6 são conhecidas como graxas em bloco. São empregadas, comumente,
em mancais simples, de grandes dimensões.
Penetração
medida após 5 Leitura em décimos de mm
segundos na penetração do cone
Disparo do Cone
Espelho auxiliar no
posicionamento do
cone
Posição do cone no início
do teste
Na prática, não se deve usar uma graxa em um serviço cuja temperatura normal de
trabalho esteja muito próxima do seu ponto de gota. Como regra geral à graxa deve
ter no mínimo um ponto de gota 100ºC acima das temperaturas alcançadas durante
o serviço.
Termômetro de Teste
Termômetro de Banho
O Termômetro não deve
encostar na graxa
A amostra de graxa é
colocada apenas nos
paredões do copo Agitador
Graxa a ser testada
Banho dede
Banho
aquecimento
aquecimento
à
à óleo
óleo
Aparelho de Teste
de Ponto de Gota
Geralmente estas graxas distinguem-se pela sua estrutura fibrosa, embora algumas
apresentem uma consistência mais macia. Podem suportar temperaturas mais
elevadas, bem como maior agitação, sem que se deteriorem ou os seus elementos
se separem, e oferecem uma resistência excepcional à oxidação em serviços
prolongados. Resistem pouco à ação da lavagem pela água e suportam
temperaturas de até 121°C. Estas propriedades as tornam indicadas para
rolamentos em geral, muito embora possam também ser utilizadas em mancais de
deslizamento, em ambientes que não sejam muito úmidas;
São similares as graxas de sabão de cálcio, porém, são geralmente de cor mais
clara.
Usadas em mancais de rolamento, chassis e outras aplicações onde se faz valer sua
adesividade e resistência à ação da força centrífuga;
Por exemplo, uma graxa espessada com uma mistura de sabões de cálcio e sódio
combinaria a resistência à ação da água da graxa de cálcio e a resistência a altas
temperaturas, própria do sabão de sódio. Sem dúvida, as características das graxas
mistas não são tão boas quanto as características das graxas de um só sabão.
Ainda no exemplo acima, a graxa de sabões mistos seria útil em casos que
estivesse exposta a níveis moderados de água e calor;
Uma graxa de complexo de lítio tem ponto de gota muito mais alto do que uma graxa
de sabão de lítio, 288ºC/ 1850 além de uma excelente estabilidade mecânica e
térmica.
63
6. Aditivos
6.1. Introdução
Sob outro aspecto, a formulação de lubrificantes não ser considerada como uma
"parte". Uma importante tecnologia dirige-se à obtenção de máximos rendimentos e
qualidade de óleos básicos e aditivos, que a princípio constituíram subprodutos de
refinarias e que agora são sinteticamente obtidos de maneira a propiciarem uma
"performance" química específica ao óleo.
Entretanto, com as severas especificações de hoje, tais óleos não podem mais ser
satisfatoriamente utilizados. A grande conquista que permitiu aos óleos atenderem a
estas especificações foram os aditivos.
O tratamento com aditivos varia de menos que 0,5% Vol. para óleos industriais, até
15-30% Vol. para óleos de qualidade "Premium" para automóveis.
Além disso, quando se adquire um lubrificante para uma determinada aplicação, ele
já vem com os tipos e quantidades corretas para uma perfeita lubrificação.
Na lubrificação industrial, também se usa óleo sem aditivação, que é chamado óleo
mineral. Sua aplicação se concentra em sistemas de perda total, que será explicado
nos próximos capítulos.
a) Devem ser completamente solúveis nos óleos básicos a que serão adicionados,
em ampla escala de temperaturas e concentrações, para que sejam
absolutamente estáveis nas condições de funcionamento ou de serviço, bem
como durante prolongada armazenagem;
b) Devem possuir solubilidade preferencial pelo óleo e não em água, pois com ela
os produtos poderão vir a ser contaminado em serviço ou durante a
armazenagem;
e) Não devem apresentar efeitos nocivos às pessoas ou materiais com que entrem
em contato;
6.3. Antioxidantes
6.3.1. Antiespumante
Podem ser usados com qualquer tipo de óleo lubrificantes e, dado o insignificante
volume em que são usados, os AE não requerem cuidados especiais, nem, na
manipulação, nem durante o uso.
6.3.2. Detergente
6.3.3. Dispersante
6.3.4. Antiferrugem
6.3.5. Anticorrosivos
6.3.6. Antidesgaste
São pouco empregados em óleos industriais exceto naqueles casos em que a baixa
temperatura obriga seu uso. É de emprego obrigatório nos óleos automotivos.
O lubrificante com este aditivo pode ter um abaixamento do seu ponto de fluidez de
até 28°C.
71
dispersante
60%
7. Classificação de Lubrificantes
Em 1969/ 70 a API em cooperação com a ASTM (American Society for Testing and
Materiais) e a SAE (Society of Automotive EngineErs) estabeleceu uma nova
classificação de serviços em motores. Coube a ASTM definir os métodos de provas
e os objetivos funcionais. A API desenvolveu uma designação dos serviços por meio
de letras e em uma linguagem acessível aos consumidores. A SAE combinou as
informações em uma "Prática recomendada pela SAE", para uso pelos
consumidores.
A atual classificação API de Serviços em motores está dividida em uma série "S" que
abrange os óleos que geralmente são comercializados em postos de serviço para
uso em carros de passageiros e caminhonetes (principalmente motores a gasolina).
A série "C" destina-se ao uso em veículos comerciais, agrícolas, de construção e
fora de estradas (principalmente motor diesel).
Um óleo pode responder a mais de uma classificação. Por exemplo: API SE, SF, C.
Óleos classificação SA, SB, SC E SD não são mais encontrados no mercado, por
terem se tornado de formulação muito deficiente.
74
Os óleos W são para uso a baixas temperaturas e quanto menor grau SAE, a
menores temperaturas podem ser usados. Para determinação de viscosidade a
baixa temperatura se usa um simulador denominado "Simulador de Partidas a Frio".
Os resultados da viscosidade são dados em centipoise ou poise.
Por outro lado, os óleos de viscosidade demasiadamente baixa podem causar uma
lubrificação inadequada (causando desgaste) e um elevado consumo de lubrificante.
Um óleo 15W-40 pode ser usado em motores que recomendam o uso de óleos SAE,
15W, 20W, 20, 30 ou 40. Independente da temperatura do motor, clima ou estação
do ano, o mesmo óleo pode ser usado.
No exemplo acima, a baixas temperaturas o óleo age como um SAE 15W e a altas
temperaturas como um SAE 40.
Dessa forma, um lubrificante designado, por exemplo, pelo grau ISO 100, tem
viscosidade cinemática, a 40°C, compreendida entre 90 cSt e 110 cSt.
78
Tabela 20
VISCOSIDADE
GRAU DE VISCOSIDADE CINEMÁTICA (cSt) a 40°C
mínimo máximo
ISO VG 2 1.98 2.42
ISO VG 3 2.8 3.52
ISO VG 5 4.14 5.06
ISO VG 7 6.12 7.48
ISO VG 10 9.00 11.0
ISO VG 15 13.5 16.5
ISO VG 22 19.8 24.2
ISO VG 32 28.8 35.2
ISO VG 46 41.4 50.6
ISO VG 68 61.2 74.8
ISO VG 100 90.0 110.0
ISO VG 150 135 165
ISO VG 220 198 242
ISO VG 320 288 352
ISO VG 460 414 506
ISO VG 680 612 748
ISO VG 1000 900 1100
ISO VG 1500 1350 1650
Observações:
Tabela 21
Sem Extrema-Pressão (com Viscosidade
Com Extrema
inibidor de Ferrugem e
cSt a 37,8°C Pressão
Oxidação)
1 41,4/ 50,6 -
2 61,2/ 74,8 2 EP
3 90/ 110 3 EP
4 135/ 165 4 EP
5 198/ 242 5 EP
6 288/ 352 6 EP
7 Compound 414/ 506 7 EP
8 Compound 612/ 748 8 EP
8 A Compound 900/ 1100 -
- Lubrificante adequado;
- Em quantidades certas;
- No local correto;
Neste caso se aplica o óleo por meio de almotolia, método bastante simples, porém,
de pouca eficiência.
Figura 20
Figura 21
Figura 22
Figura 23
Figura 24
Figura 25
O banho de óleo é muito usado nos mancais axiais de escora, caso em que o
conjunto munhão-mancal está mergulhado em óleo. Encontra-se ainda o banho de
óleo em mancais de rolamento de eixos horizontais, caso em que o óleo não atinge
o munhão, ficando apenas mergulhada uma parte do rolamento.
Outra grande aplicação dos banhos de óleo ocorre nas caixas de engrenagens: as
partes inferiores das engrenagens mergulham no óleo o qual é arrastado pelos
dentes e salpicado para os mancais e demais partes da caixa. Como regra geral,
não se deve mergulhar mais do que 1/3 da altura dos dentes da roda inferior no
banho, para se evitar perda de potência por revolvimento do óleo.
84
Colar de
Escora
Disco Fixo
de Apoio
Ranhura de Distribuição
Superfície Rebaixada
Ranhura de Retorno
Disco Fixo
de Apoio
Anel de Assento Esférico
Figura 26
Figura 27
Neste sistema, muito usado nos mancais de vagões de estradas de ferro ou carros
elétricos, coloca-se em contato com a parte inferior do munhão certa quantidade de
estopa, previamente embebida em óleo. Por ação capilar, o óleo de embebimento
escoa pela estopa em direção ao mancal.
85
Figura 28
Figura 29
Consiste na pulverização do óleo - em geral por meio de sistemas tipo Venturi - para
distribuição, através de tubulações, as partes a serem lubrificadas. Este processo
foi, originariamente, desenvolvido para resolver os problemas de lubrificação dos
86
Figura 30
Figura 31
Método de lubrificação muito usado. A bomba que está ligada ao eixo do motor ou
máquina, fica geralmente mergulhada no óleo do cárter ou depósito e o fornece sob
pressão, por meio de canalização, aos pontos que precisam de lubrificação.
Após ter passado pelas peças a lubrificar, o óleo retorna ao cárter para resfriamento
e é novamente posto em circulação.
88
f) Quando houver ANEL lubrificador, deve-se estar certo de que ele gira com
velocidade normal e conduz bem o óleo do banho;
Figura 32
Figura 33
Figura 34
90
a) designar uma única pessoa responsável por essa tarefa, que deverá ter
conhecimento das necessidades de lubrificação da fábrica;
b) verificar se o produto que está sendo entregue está de acordo com o pedido feito
e a nota fiscal;
A mercadoria, ao ser recebida, deve ser retirada do veículo transportador por meio
de equipamentos adequados, tais como empilhadeiras, guinchos, talhas, etc...
Plataformas de descarga ao mesmo nível dos veículos de transporte facilitam o
manuseio dos volumes e diminuem o risco de avarias. Neste caso, o uso de carrinho
ou empilhadeira reduz o tempo de descarga e oferece maior segurança.
(Figura 2)
Figura 35
Figura 36
Para a movimentação dos tambores é comum fazê-los rolar pelo chão. Isto, para
distâncias curtas é aceitável, porém o uso de equipamentos adequados, tais como
92
Nunca tente
levantar sozinho
um tambor cheio.
Peça ajuda!
Figura 37
9.1. Estocagem
Figura 38
Figura 39
Entretanto, para que este sistema funcione, devem-se seguir certas normas quanto
ao modo de paletizar e armazenar:
Porém, nem sempre e possível utilizar-se o método de paletização. Neste caso, para
uma armazenagem eficiente, racional e segura, devem-se obedecer as capacidades
máximas permissíveis (tabela 24), além do modo de superposição das camadas,
que são os mesmos já descritos para produtos paletizados. Para caixas e baldes,
deve-se evitar o contato direto com o chão, colocando-os sobre estrados e em locais
cobertos ou protegidos com material permeável.
96
Figura 42
Figura 41
97
Figura 43
Figura 44
Figura 45
A presença de impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia, fiapos etc., poderá
causar danos às máquinas e equipamentos. Além da deterioração do lubrificante,
poderá ocorrer obstrução de canalizações do sistema de lubrificação grimpamento
de válvulas de sistemas hidráulicos e desgaste excessivo devido presença de
materiais abrasivos.
A mistura acidental de um lubrificante com outro tipo diferente pode vir a causar
sérios inconvenientes. Se, por exemplo, um óleo de alta viscosidade for
contaminado com um de baixa viscosidade, a película lubrificante formada pelo
produto contaminado será mais fina que a original e, conseqüentemente, haverá
maior desgaste.
Figura 46
100
Portanto, o local de estocagem dos lubrificantes deve ser bem ventilado e separado
de fontes de calor ou frio. Os lubrificantes podem deteriorar-se mesmo que a
embalagem original ainda esteja lacrada. O excesso de calor, além de degradar o
produto, pode trazer perigo à segurança da empresa.
A maioria dos aditivos dos óleos e graxas lubrificantes pode de compor-se quando
submetidos à armazenagem muito longa. Isto ocorre quando os estoques novos são
armazenados de maneira a impedir a movimentação do estoque antigo. Portanto,
deve-se efetuar um cronograma de circulação dos produtos em estoque,
certificando-se de que não ficarão estocados por muito tempo. Os produtos devem
sempre ser utilizados conforme a ordem de recebimento, isto é, os primeiros a
serem usados devem ser os primeiros que chegaram.
Figura 47
101
A armazenagem dos lubrificantes deve ser sempre separada de outros produtos tais
como solventes, detergentes, tintas, óleo de linhaça, etc. Se por engano forem
colocados em um sistema de lubrificação, podem causar sérios problemas ao
equipamento. Assim, deve-se organizar o almoxarifado de forma que não haja
possibilidade de que ocorra este tipo de acidente, fazendo-se uma identificação
específica para cada tipo de produto.
Figura 48
103
ÓLEO: Os tambores de óleo em uso devem ser estocados deitados sobre estrados
adequados, de forma que uma torneira especial instalada no bujão inferior possibilite
a retirada do lubrificante. Estas torneiras devem ser instaladas com o tambor em pé.
A utilização de um carrinho que pega o tambor em pé e coloca-o na posição
horizontal facilita esta operação.
Figura 49
Durante o período que não se retira óleo dos tambores, as torneiras ou os bujões
devem permanecer perfeitamente fechados e limpos, sendo que os pingos
acidentais devem ser captados por recipientes pendurados às torneiras. Este tipo de
torneira de fechamento rápido evita respingos de óleo e permite trancá-la com
104
Figura 50
A movimentação dos lubrificantes da sua embalagem original aos locais onde serão
utilizados, é de grande importância. O controle das retiradas parciais e os cuidados
na manipulação para se evitar contaminação e confusão entre produtos distintos
devem ser rigorosamente observados. A identificação do lubrificante dentro do
almoxarifado ou da sala de lubrificantes é de fundamental importância, pois se o
nome do produto estiver ilegível pode causar sérios problemas quando da utilização
nas maquinarias, devido a uma troca do óleo indicado. Os recipientes originais e
equipamentos de transferência e distribuição devem ter uma marcação que indique
claramente o produto. Essa marcação deve ser de acordo com o seu nome ou outro
código qualquer que o identifique perfeitamente. Estes recipientes e equipamentos
devem conter sempre o mesmo tipo de lubrificante a que foram destinados e nunca
se deve utilizá-los para outros fins.
Figura 51
106
Para se recolher o óleo usado que é retirado das máquinas, deve-se reservar um
recipiente específico, devidamente marcado. Na hora da necessidade, a maioria dos
operários se utiliza de qualquer óleo ou recipiente que esteja à mão. Deve ser
proibido o uso de vasilhames improvisados, tais como latas velhas de tintas,
regadores, garrafas, panelas, etc. Portanto, além do indispensável treinamento e
conscientização do pessoal, é necessário criar-se meios e condições adequadas
para se fazer funcionar um sistema de lubrificação eficiente.
a) almotolia de diafragma;
g)
f)
Figura 52
108
a) pistola manual.
b)
a)
c) d)
f) e)
Figura 53
(Figura 23)
Carrinho equipado com bomba
(Figura 22)
manual, utilizado para retirar ou
Carrinho de lubrificação equipado com um colocar óleo nas máquinas.
compressor movido por motor elétrico, e 4
recipientes para óleo e graxa,
impulsionados pneumaticamente.
Figura 54
111
9.5.1. Recebimento
e) Utilizar uma mangueira de descarga para cada tipo de óleo lubrificante. Nunca
usar as mangueiras de óleos lubrificantes para descarga de outros tipos de
produtos e vice-versa;
9.5.2. Armazenamento
c) Para cada tipo de óleo lubrificante deve haver uma linha de serviço;
Entretanto, sempre haverá uma parte que não poderá ser reaproveitada e que
precisará ser descartada.
O orifício de introdução do óleo deve ficar localizado em uma porção do mancal não
submetida à carga, ou seja, em um ponto de pressão mínima. Na área de pressão
não deve haver ranhuras ou orifícios.
A chamada área de pressão é delimitada por dois raios, que formam ângulos de 60°,
com a direção da carga atuante sobre o mancal.
Eventualmente, pode ser útil uma ranhura auxiliar, também no sentido axial,
imediatamente antes da área de pressão. Para melhor introdução do óleo na zona
de suporte de carga, pode-se chanfrar a ranhura do lado da área de pressão. Neste
caso, necessita-se levar em conta e sentido de rotação do eixo.
116
Direção de Rotação
Chanfros
Superfície Raspada
Figura 58
Mancais compostos por partes devem ter as, arestas de cada parte chanfradas para
impedir que raspem o óleo. Os chanfros devem terminar a cerca de 12mm das
extremidades a fim de evitar fuga do óleo. Quando o comprimento do mancal é
superior a 200 mm são necessários mais de um ponto de introdução de óleo.
Geralmente, estes pontos são interligados por ranhuras longitudinais.
b) Rotação do eixo;
c) Carga do mancal;
e) Condições ambientais:
% temperatura
% umidade
117
% poeira
% contaminantes
f) Métodos de aplicação.
O primeiro caso ocorre quando a lubrificação é feita por circulação, banho, anel ou
colar, ou seja, contínua.
NxD
Vd =
20.000
Em mancais de fácil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar a
graxa. Quando a caixa é bipartida, retira-se a parte superior; caixas inteiriças
dispõem de tampas laterais facilmente removíveis. Geralmente só há necessidade
de se efetuar esta operação semestral ou anualmente. Se o mancal for de grande
tamanho ou a velocidade do munhão elevada, necessitando mais freqüentemente de
graxa, a caixa deve possuir um bico graxeiro, cujo conduto leve a graxa aplicada.
119
Observações:
a) As graxas de cálcio podem ser usadas para rolamentos que funcionem sob
temperaturas moderadas (máximo 60°C) e rotações baixas;
b) As graxas de sódio são adequadas para rolamentos que operem sob condições
isentas de umidade;
d) Com qualquer graxa, as caixas devem ser cheias apenas até a metade de sua
capacidade, no máximo.
O nível de óleo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, não
excedendo o centro do corpo rolante situado mais baixo. Também muito útil, em
determinados casos, é o uso de lubrificação por neblina.
10.3. Vedações
Q = 0,005 x D x B
A seguir apresentamos curvas que pode servir como orientação para a fixação de
intervalos de relubrificação a graxa de rolamentos radiais da série de diâmetro 3, dos
mais usados. Os diâmetros internos (furos) dos rolamentos estão expressos, em
mm, nas abscissas; as ordenadas indicam a rotação do munhão em r.p.m, as curvas
dão o intervalo de relubrificação em horas de trabalho (tabela 24).
121
Tabela 24
Recomendações Gerais
Faixas de
Temperaturas
Mancais de Deslizamento Condições Operacionais Viscosidade
Máximas
SUS a 100°F
1 – Rotação até 50 r.p.m. e 60°C 900/ 960
2
pressões até 15 Kgf/ cm 100°C 4300/ 4600
Tabela 25
Mancais de Tipo de base e
Condições Operacionais Método de Aplicação
Deslizamento Classif. NLGI
Cargas normais e espátula, bomba ou Argila modificada,
temperaturas de – 20°C a manual 1
260°C qualquer bomba, copo
Lubrificados a graxa Rotações baixas e ou pino Cálcio, 1
temperaturas até 60°C
Temperaturas de – 30°C a Múltipla aplicada,
180°C 1 ou 2
Tabela 26
Temperatura de Operação Viscosidade a 50°C
°C cSt
35 8
55 14
65 20
122
75 28
85 38
90 50
100 68
110 105
Tabela 27
Mancais de Rolamento Lubrificados a Óleo
Temperatura °C Faixas de Viscosidade
R.P.M.
Ambiente Operação SUS a 100°F
250/ 350
500-3600
até 60 140/ 200
3600
60/ 100
Mínima - 10 500 900/ 960
500-3600 250/ 350
3600 140/ 200
500 2200/ 2600
acima de 120 500-3600 1600/ 1800
3600 600/ 700
Figura 59
124
Com o emprego de certas ligas metálicas para mancais, mais sensíveis à corrosão
do que o metal branco tem aumentado a necessidade de óleos com alta estabilidade
à oxidação, especialmente nos casos de motores submetidos a severo regime de
trabalho.
Na lubrificação dos cilindros, o óleo deve ser suficientemente fluido para alcançar
sem demora as suas paredes, espalhando-se rapidamente, por ocasião da partida,
com motor-frio. Os óleos muito viscosos podem falhar sob este aspecto e
apresentam, além disso, maior tendência para formação de carbono. O óleo deve
possuir estabilidade química para evitar a formação de depósitos gomosos, e
queimar-se sem produzir resíduos carbonados, uma vez alcançada a câmara de
combustão. Nos motores a gás se utiliza muitas vezes um gás úmido (conforme sua
origem) e, neste caso, pode ser conveniente o uso de óleo composto.
h) sobrecarga.
Uma das principais funções do óleo lubrificante, através de seus aditivos, é impedir a
formação de vernizes e depósitos nos êmbolos, anéis e ranhuras dos anéis. Para o
desempenho adequado desta função, deve o óleo ser capaz de manter em solução
as substâncias formadoras de vernizes, evitar a aglomeração e sedimentação.de
impurezas insolúveis tais como partículas de fuligem e material carbonado,
conservando-as em suspensão sob a forma de minúsculas partículas.
Os óleos que, sob este aspecto, apresentam boas propriedades, são produzidos
através da seleção cuidadosa do cru básico e mediante aplicação de processos
especiais de refinação. Para condições de operação particularmente severas, que
128
11.6. Purificação do Ar
Além disso, as partículas também poderão passar para o óleo lubrificante e, nesse
caso, se o filtro de óleo não retiver esses abrasivos, eles causarão fatalmente o
desgaste de outras partes do motor, tais como mancais, engrenagens hastes de
válvula, etc.
7 6
4 Sistema de Lubrificação do Motor Cummins Série N/ NT/ NTA – 855
3 1. Bomba de óleo
2 2. Para o arrefecedor de óleo
9
3. Saindo do arrefecedor de óleo
4. Bico pulverizador de arrefecimento do pistão
5. Galeria principal de óleo
6. Buchas da árvore de comando
7. Lubrificação para a parte superior do motor
8. Mancais principais
9. Passagem para lubrificação das bielas
10. Linha sinalizadora da pressão do óleo na galeria principal
8
1 10
5
Em cada volta do eixo de manivelas, a biela recolhe com seu pesca dor o óleo e o
salpica a todas as bronzinas do motor.
a) água;
b) óleos minerais;
c) fluidos sintáticos;
12.1.1. Água
É o fluido hidráulico mais usado. Afora a água, é o fluido mais barato, sendo
compatível com a maioria dos materiais comumente encontrados nos sistemas.
Suas propriedades lubrificantes são bastante conhecidas, e a faixa de temperatura
132
São compostos químicos que podem trabalhar acima dos limites dos óleos minerais.
São eles: éteres complexos, silicatos, silicones, aromáticos de alto peso molecular
(polifenilas e éteres de fenila).
Estes fluidos são de custo mais elevado devido aos problemas de fabricação, e
dentro de certos limites satisfazem plenamente todas as necessidades dos sistemas
hidráulicos,
Ao contrário dos óleos minerais, podem não ser compatível com alguns
componentes do sistema. Por esta razão, é preciso cuidado na escolha do fluido
sintético a ser usado.
O fluido deverá ter alto índice de viscosidade, para que sua viscosidade não varie
muito, caso seja submetido a variações de temperatura acentuadas em serviço. O
ponto de fluidez deverá ser baixo, para que o fluido possa escoar livremente quando
tiver que enfrentar temperaturas muito baixas.
a) Ser incompressível;
a) quantidade de contaminantes;
b) oxidação.
As substâncias contaminantes que podem estar presentes nos sistema são: poeira,
fragmentos de desgaste, limalhas que eventualmente tenham penetrado no sistema,
ferrugem, etc. Não há limites definidos para controle, porém somente 0,02% em
peso podem contribuir para acelerar o desgaste. Por esta razão, o sistema deve
possuir uma filtragem perfeita.
De maneira geral, o óleo deve ser trocado em períodos de seis meses a dois anos.
Quando a quantidade de óleo do sistema justificar, deve-se analisar a acidez,
135
13. Referências
SOARES FILHO, Paulo Sérgio Pieve. Princípios básicos de lubrificação. [S.l]: Tutele
lubrificantes, s.d.
Resumo:
1. Histórico
2. Princípios
3. Processo
O ponto de coleta deve estar localizado o mais próximo possível da fonte de geração
de partículas. No caso de sistemas circulatórios, uma válvula na tubulação de
retorno do óleo é o ponto ideal. Quando inacessível, drenos em reservatórios ou
amostragem por meio de bombas de coleta são alternativas válidas. O maior
cuidado está em se evitar pontos após filtros ou regiões onde não ocorra
homogeneização.
Permite a observação visual das partículas para que sejam identificados os tipos de
desgaste presentes.
Desta forma, à medida que a amostra flui por sobre a lâmina, as partículas
ferromagnéticas de maior tamanho são depositadas logo na entrada. Avançando-se
140
Ferrógrafo Analítico
Modelo FM III
Ar Filtrado
Ferrograma
Figura 61
Cada tipo de desgaste pode ser identificado pelas diferentes formas que as
partículas adquirem ao serem geradas.
Entrada Saída
referência 0mm
56mm
Partículas Partículas
> 5 μm < 0,1μm
Figura 62
Existem regras bem definidas para a representação da taxa de incidência de cada
tipo de partícula num ferrograma. A representação da análise é feita de forma
gráfica, onde barras horizontais indicam a incidência. No anexo temos alguns
exemplos.
Ferrógrafo Quantitativo
Micro- 37.4
Proces-
sador
Tubo de
18.7
Ensaio com
Amostra
Conjunto Tubo
Precipitador Fonte de luz e canais de
fibras óticas
Figura 63
6. Cronograma de Monitoramento
a) DR a cada 30 dias;
8. Análise de Vibrações
Conclui-se que temos uma máquina onde o uso conjunto das duas técnicas é a
melhor opção.
9. Espectrometria
Temos ainda o fato de que não podemos, com a espectrometria, perceber que tipo
de desgaste, pois não podemos visualizar as partículas.
Temos ainda uma confusão bastante comum. Imaginemos uma amostra com
partículas decorrentes de pitting em aço de baixo teor de liga (rolamentos),
esfoliação em aço cementado (engrenagens), e ferrugem da carcaça. Enquanto que
na Ferrografia podemos distinguir cada uma delas, o resultado espectrométrico nos
indicará apenas que temos presente o elemento químico ferro.
145
Por outro lado, apenas com a espectrometria podemos identificar se um certo aditivo
ainda esta presente. Concluímos que a espectrometria nos auxilia apenas quando
desejamos avaliar o lubrificante em si.
A medição da acidez, por exemplo, poderia nos indicar o momento de troca do óleo.
São vários os casos, todavia, em que encontramos máquinas onde, apesar de ter
sido dado como em boas condições, o lubrificante estava afetando a máquina com
desgaste corrosivo (partículas de tom marrom, translúcidas e menores que 1 µm).
São de certa forma, técnicas auxiliares para a ferrografia.
11. Aplicações
A ferrografia vem sendo aplicada no Brasil desde 1988, cobrindo máquinas dos mais
variados tipos e aplicações, lubrificadas seja por óleo ou por graxa.
a) existência de lubrificante;
Custo:
Segurança:
Qualidade:
19. CONCLUSÃO
20. Bibliografia
4 E. R. Bowen and V. C. Westcott, Wear Particle Atlas, Final Rep. to Naval Air
Enginnering Center, Lakehurst, N.J., Julho de 1976, last revision 1982.
1) AMOSTRA DE ÓLEO
Não coletar logo após troca ou grande adição de óleo nem de máquina que entrou
em operação há pouco tempo. Aguardar pelo menos 72h de trabalho e efetuar a
coleta com óleo quente.
2) COLETA DE TUBULAÇÕES
4) COLETA DE MANCAIS
6) AMOSTRA DE GRAXA
b) Injetar graxa pelo pino graxeiro até que comece a sair pelo dreno à graxa
trabalhada, reconhecível pela cor ou por avaliação de volume. Efetuar limpeza
rigorosa da região em volta do dreno.
152
Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles estão direcionados a uma
finalidade maior e importante: redução de custos de manutenção e aumento da
produtividade.
b) pressão;
c) temperatura;
d) desempenho;
e) aceleração.
Com base no conhecimento e análise dos fenômenos, torna-se possível indicar, com
antecedência, eventuais defeitos ou falhas nas máquinas e equipamentos.
154
Figura 64
A manutenção preditiva, após a análise dos fenômenos, adota dois procedimentos
para atacar os problemas detectados: estabelece um diagnóstico e efetua uma
análise de tendências.
4. Diagnóstico
Graficamente temos:
155
Falha
Tendência
extrapolada
O eng. responsável
diagnostica o defeito e Manutenção
prevê a manutenção efetuada
O defeito se
Nível normal de desenvolve
funcionamento
Tempo
Figura 65
Manutenção
Preditiva
Intervenção condicionada
Condições de
pelos dados de um
Intervenção
parâmetro significativo.
Os recursos utilizados
Dados para permitem fazer análise da
Diagnóstico evolução dos parâmetros de
funcionamento.
Aumenta a produtividade
com paradas programadas.
Figura 66
Por meio da medição e análise das vibrações de uma máquina em serviço normal de
produção detecta-se, com antecipação, a presença de falhas que devem ser
corrigidas:
a) rolamentos deteriorados;
b) engrenagens defeituosas;
c) acoplamentos desalinhados;
d) rotores desbalanceados;
e) vínculos desajustados;
f) eixos deformados;
g) lubrificação deficiente;
i) falta de rigidez;
j) problemas aerodinâmicos;
k) problemas hidráulicos;
l) cavitação.
157
Figura 67
7. Análise dos Óleos
A análise dos óleos é feita por meio de técnicas laboratoriais que envolvem vidrarias,
reagentes, instrumentos e equipamentos. Entre os instrumentos e equipamentos
utilizados temos viscosímetros, centrífugas, fotômetros de chama, peagômetros,
espectrômetros, microscópios etc. O laboratorista, usando técnicas adequadas,
determina as propriedades dos óleos e o grau de contaminantes neles presentes.
a) índice de viscosidade;
b) índice de acidez;
c) índice de alcalinidade;
d) ponto de fulgor;
e) ponto de congelamento.
a) resíduos de carbono;
b) partículas metálicas;
c) água.
Assim como no estudo das vibrações, a análise dos óleos é muito importante na
manutenção preditiva. É a análise que vai dizer se o óleo de uma máquina ou
equipamento precisa ou não ser substituído e quando isso dever·ser feito.
A análise das superfícies das peças, sujeitas aos desgastes provocados pelo atrito,
também é importante para se controlar o grau de deteriorização das máquinas e
equipamentos.
A análise superficial abrange, além do simples exame visual – com ou sem lupa –
várias técnicas analíticas, tais como:
a) endoscopia;
b) holografia;
159
c) estroboscopia;
d) molde e impressão.
9. Análise estrutural
a) interferometria holográfica;
b) ultra-sonografia;
e) ecografia;
f) magnetoscopia;
g) correntes de Foucault;
Tabela 30
Programa Básico de Vigilância
Métodos Equipamentos Periodicidade da
Equipamentos Vigiados
Utilizados Necessários Verificação
Todas as máquinas giratórias de
potência média ou máxima e/ ou Medidor de
equipamentos críticos: vibração
Medição de % motores Analisador 3.000 a 1.500
vibração % redutores Sistema de horas
% compressores vigilância
% bombas permanente
% ventiladores
Medição das falhas Medidor especial
Todos os rolamentos 500 horas
de rolamentos ou analisador
[...]
[...]
Análise Todos os lugares onde se quiser
Medidor especial
estroboscópica estudar um movimento, controlar a
ou analisador 500 horas
velocidade ou medir os planos.
Redutores e circuitos hidráulicos Feita pelo
Análise dos óleos 6 meses
Motores fabricante
Equipamentos de alta-tensão
Distribuição de baixa-tensão
Subcontratação
Termografia Componentes eletrônicos 12 meses
(“terceirização”)
Equipamentos com componentes
refratários
Cilindros de compressores
Exame
Aletas Endoscopia + fotos Todos os meses
endoscópico
Engrenagens Danificadas
g) melhoria da segurança;
12. EXERCÍCIOS
a) ( ) corretiva;
b) ( ) condicional;
c) ( ) preditiva;
d) ( ) preventiva;
e) ( ) ocasional.
c) ( ) ecografia e estroboscopia;
162
Uma fresadora CNC foi vistoriada pela equipe de manutenção da empresa Kikoisa
S.A. e o líder da equipe ficou encarregado de efetuar a coleta de amostra do óleo
lubrificante da máquina para uma ferrografia, pois era preciso constatar a ocorrência
de desgaste de alguns componentes de funções importantes.
1. Conceito de Ferrografia
2. Origem da Ferrografia
3. A Técnica Ferrográfica
Figura 68
4. Funcionamento do Ferrógrafo
Com esse ferrógrafo, constatou-se que as partículas maiores que 5mm fixam-se no
início da placa de vidro e que as partículas entre 1mm e 2mm fixam-se seis
milímetros abaixo. Essas posições têm grande importância, pois as partículas
provenientes de desgastes severos geralmente apresentam dimensões com mais de
15mm, enquanto as partículas provenientes de desgastes normais apresentam
dimensões ao redor de 1mm a 2mm.
Muitas tentativas foram feitas até se obter à vazão de fluido e o ímã mais adequado.
Nos ferrógrafos atuais, a vazão é de 0,3ml de fluido por minuto e 98% das partículas
ficam retidas na lâmina de vidro, mesmo as não magnéticas.
5. Ferrograma
A figura seguinte mostra um ferrograma, isto é, uma lâmina preparada que permite
obter a dimensão aproximada de partículas depositadas. A lâmina mede
aproximadamente 57mm. Ao longo dela passa o fluxo de lubrificante que vai
deixando as partículas atrás de si. Como foi dito, as maiores ficam no início do fluxo
e as menores, no final.
166
Figura 69
As partículas não magnéticas, como as provenientes de cobre e suas ligas, alumínio
e suas ligas, cromo e suas ligas, compostos orgânicos, areia etc., também se
depositam no ferrograma. Isto é explicável pela ação da gravidade, auxiliada pela
lentidão do fluxo, além de algum magnetismo adquirido pelo atrito desses materiais
com partículas de ligas de ferro.
Uma outra importante utilidade do ferrograma é que ele permite descobrir as causas
dos desgastes: deslizamento, fadiga, excesso de cargas etc. Essas causas geram
partículas de forma e cores específicas, como se fossem impressões digitais
deixadas na vítima pelo criminoso.
6. Ferrografia Quantitativa
Figura 70
fotodetetores
processador
displays
fluxo
6 mm
ímã
Tubo precipitador
Fibra ótica Fonte de luz
Figura 71
A luz, proveniente da fonte, divide-se em dois feixes que passam por uma fibra
óptica. Esses feixes são parcialmente atenuados pelas partículas nas posições de
entrada e seis milímetros abaixo. Os dois feixes atenuados são captados por
sensores ópticos ou fotodetectores que mandam sinais para um processador, e os
resultados são mostrados digitalmente em um display de cristal líquido. Os valores
encontrados são comparados com os valores obtidos por um ensaio sobre uma
lâmina limpa, considerando que a diferença de atenuações da luz é proporcional à
quantidade de partículas presentes.
Por exemplo, o gráfico a seguir, chamado gráfico de tendências, é obtido por meio
da ferrografia quantitativa.
2º nível - crítico
1º nível - crítico
02/10/88 02/05/89
Medições
Figura 72
Significados:
Figura 73
Para maior clareza, observe o gráfico seguinte que mostra as faixas limítrofes dos
tamanhos das partículas.
Figura 74
7. Ferrografia Analítica
Tabela 31
Classificação das
Causas
Partículas
esfoliação; corte por abrasão; fadiga de rolamento;
Ferrosas
arrastamento; desgaste severo por deslizamento.
metais brancos; ligas de corte; ligas de metal patente
Não-Ferrosas
ou antifricção.
óxidos vermelhos; óxidos escuros; metais oxidados
Óxidos de Ferro
escuros.
Produtos da Degradação
corrosão; polímeros de fricção;
do Lubrificante
poeira de estrada; pó de carvão; asbesto; material de
Contaminantes
filtro; flocos de carbono.
Figura 75
171
Exemplos:
e) varetas de nível.
Pontos após filtros ou após chicanas de reservatórios devem ser evitados, pois
esses elementos retiram ou precipitam as partículas do lubrificante.
b) abrir a válvula permitindo uma vazão razoável para arrastar as partículas (filete
de 1/4 “a 2”, proporcional à máquina);
h) limpar o frasco;
A coleta de amostras de lubrificante, na maioria dos casos, pode ser feita com o
auxilio de uma bomba de coleta. A figura seguinte mostra o esquema de uma bomba
de coleta.
Figura 76
O método de coleta que envolve o uso de uma bomba de coleta deve obedecer aos
passos:
d) aspirar o lubrificante;
174
g) limpar o frasco;
i) descartar a mangueira.
f) limpar o frasco;
13. EXERCÍCIOS
a) ( ) barógrafo
175
b) ( ) ferrógrafo
c) ( ) termógrafo
d) ( ) pantógrafo
e) ( ) volumógrafo
a) ( ) Júlio Verne
b) ( ) Roderic Bowen
c) ( ) David Bowie
d) ( ) Minnesota Massachusetts
e) ( ) Vernon Westcott
a) ( ) à origem e ao tamanho;
a) ( ) normal;
b) ( ) delicado;
c) ( ) severo;
176
d) ( ) oxidante;
e) ( ) redutor.
a) ( ) dois grupos;
b) ( ) três grupos;
c) ( ) quatro grupos;
d) ( ) cinco grupos;
e) ( ) seis grupos.
Exercício 6: O volume de uma amostra de óleo a ser examinado por ferrografia deve
ser de:
f) ( ) 100 ml;
g) ( ) 200 ml;
h) ( ) 300 ml;
i) ( ) 400 ml;
j) ( ) 500 ml.
177
Introdução
Este artigo pretende explanar sobre o conhecimento básico necessário para seleção
e implementação de um programa de gerência de manutenção abrangente e efetivo
em termos de custo em sua fábrica.
A razão dominante para esta gerência ineficaz é a falta de dados factuais, que
quantifiquem a real necessidade de reparo ou manutenção de maquinaria,
equipamentos, e sistemas da planta industrial. O cronograma de manutenção tem
sido, e em muitos casos é, previsto em dados de tendência estatística ou na falha
real de equipamentos da planta industrial.
1. Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva é uma técnica de gerência reativa que espera pela falha da
máquina ou equipamento, antes que seja tomada qualquer ação de manutenção.
Também é o método mais caro de gerência de manutenção.
Os maiores custos associados com este tipo de gerência de manutenção são: altos
custos de estoques de peças sobressalentes, altos custos de trabalho extra, elevado
tempo de paralisação da máquina, e baixa disponibilidade de produção.
180
2. Manutenção Preventiva
O velho adágio de que as máquinas se quebrarão na pior hora possível é uma parte
muito real da manutenção de plantas industriais. Normalmente, a quebra ocorrerá
quando as demandas de produção forem as maiores. O pessoal de manutenção
deve então reagir à falha inesperada. Neste modo de manutenção reativa, a
máquina é desmontada e inspecionada para determinar os reparos específicos
requeridos para retorná-la ao serviço. Se as peças de reparo não estiverem no
estoque, elas devem ser encomendadas, a custos de mercado, e deve ser solicitado
o envio expedito.
3. Manutenção Preditiva:
Ele pode identificar problemas da máquina antes que se tornem sérios já que a
maioria dos problemas mecânicos pode ser minimizada se forem detectados e
reparados com antecedência. Os modos normais de falha mecânica degradam-se
em uma velocidade diretamente proporcional a sua severidade; portanto, quando um
problema é detectado logo, normalmente pode-se evitar maiores reparos.
Existem cinco técnicas não-destrutivas que são usadas normalmente para gerência
de manutenção preditiva: monitoramento de vibração (com espectros de corrente
elétrica), monitoramento de parâmetro de processo, termografia, tribologia, e
inspeção visual. Cada técnica tem um conjunto único de dados que assistirá o
gerente de manutenção na determinação da necessidade real de manutenção.
Como você determina que técnica ou técnicas são necessárias em sua planta
industrial? Como você determina o melhor método para implementar cada uma das
tecnologias? Se você ouvir aos vendedores ou gerentes de venda que fornecem
sistemas de manutenção preditiva, a deles é a única solução para seu problema.
Como você separa os bons dos maus?
ITAJUBÁ - MG.