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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

CURSO DE ELETROMECÂNICA

Larissa de Almeida de Aquino


Mahara Suelen dos Santos Porto
Sávio de Oliveira Costa
Taís Lima Costa

PROTÓTIPO DE UMA LIXADEIRA DE CINTA

Santo Amaro - BA
Abril, 2015
Larissa de Almeida de Aquino
Mahara Suelen dos Santos Porto
Sávio de Oliveira Costa
Taís Lima Costa

PROTÓTIPO DE UMA LIXADEIRA DE CINTA

Trabalho de Conclusão do Curso de


Eletromecânica do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Técnico em
Eletromecânica.

Orientador: Prof. Marcus Vinícius Pascoal


Ramos.

Santo Amaro - BA
Abril, 2015
TERMO DE APROVAÇÃO

Larissa de Almeida de Aquino


Mahara Suelen dos Santos Porto
Sávio de Oliveira Costa
Taís Lima Costa

PROTÓTIPO DE UMA LIXADEIRA DE CINTA

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do


grau de Técnico em Eletromecânica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Bahia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Prof. Dr./Ms……..
Departamento e Instituição onde atua o/a professor(a)
Presidente da Banca

____________________________________________
Prof. Dr./Ms……..
Departamento e Instituição onde atua o/a professor(a)

____________________________________________
Prof. Dr./Ms……..
Departamento e Instituição onde atua o/a professor(a)

Santo Amaro - BA
Abril, 2015
AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter nos concedido coragem, força e saúde para superar os desafios que
foram encontrados nessa trajetória.
Aos nossos pais, pelo apoio e incentivo nos momentos de dificuldade.
A essa instituição, por ter nos oferecido a oportunidade de ter acesso a tais
conhecimentos.
Ao Orientador, Marcus Vinícius Pascoal, e ao professor Rodrigo da Paixão Estrela,
pelo suporte, correções e incentivos.
Aos professores e Técnicos, por proporcionarem conhecimento e oferecer auxílio, e
em especial ao técnico Wagner Soares Nobre, pelo apoio e colaboração.
RESUMO

As empresas vêm modificando seu processo de produção devido a alta


competitividade e a necessidade de produtos com maior qualidade. Por esses
motivos, têm-se desenvolvido equipamentos para o aperfeiçoamento dos
procedimentos industriais mecânicos. Este protótipo foi construído visando auxiliar a
modificação e melhoria no processo de acabamento e desbaste de peças, nivelando
superfícies e retirando rebarbas. Tendo por finalidade, atingir a um público
específico, estudantes do curso de eletromecânica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Campus Santo Amaro, para contribuição na
formação dos mesmos. Para o desenvolvimento da lixadeira de cinta, fez-se
necessário um levantamento bibliográfico, no qual se obteve parte do conhecimento
fundamental para dar segmento na construção do projeto. Com intuito de administrar
a produção, foi organizado o trabalho prático em duas etapas, sendo a primeira
mecânica, na qual foi realizada a construção de peças, modificações necessárias na
estrutura e montagem da mesma, e a segunda etapa foi a instalação elétrica. O
protótipo disponibiliza mecanismos que promovem o lixamento de diversos tipos de
materiais e em diferentes graus de abrasividade. Por meio da porta lateral é possível
dar início a substituição da lixa, que sem quaisquer danos pode ser retirada da
Lixadeira de Cinta. O outro mecanismo busca tencionar a lixa, através de um rasgo
horizontal feto na lateral da máquina, o qual também auxilia na retirada da mesma.
Com base nos testes realizados com diversos tipos de materiais, como madeira,
metal, em especial o alumínio e plásticos em particular poliamida 6.6 (tecnil) e
policloreto de vinila (PVC), percebeu-se que esses se comportaram de maneiras
distintas, devido suas propriedades físico-químicas. Conclui-se que o projeto
promove melhores condições de trabalho com eficácia, rapidez e qualidade.

Palavras-chaves: Lixadeira; Mecanismos; Protótipo; Usinagem.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Lixa de cinta em contato com metal. ......................................................... 15
Figura 2 - Composição da lixa. .................................................................................. 17
Figura 3 - Folha abrasiva........................................................................................... 20
Figura 4 - Cintas abrasivas........................................................................................ 20
Figura 5 - Rolo de abrasivo. ...................................................................................... 20
Figura 6 - Discos abrasivos. ...................................................................................... 20
Figura 7 - Lixas flexíveis. ........................................................................................... 21
Figura 8 - Caixote de madeira. .................................................................................. 25
Figura 9 - Motor monofásico...................................................................................... 26
Figura 10 - Cabo de 2,5mm² ..................................................................................... 26
Figura 11 - Eixos utilizados nos cilindros. .................................................................. 28
Figura 12 - Polia motora e movida. ........................................................................... 28
Figura 13 - Correia em V. .......................................................................................... 29
Figura 14 - (a) Tubo PVC, (b) Poliamida 6.6 (Tecnil), (c) Lixa de metal para cobertura
dos cilindros. ...................................................................................................... 29
Figura 15 - Mancal de poliamida 6.6. ........................................................................ 30
Figura 16 - Rolamentos 609zz. ................................................................................. 30
Figura 17 - Lixas........................................................................................................ 31
Figura 18 - Dobradiça de janela. ............................................................................... 32
Figura 19 - Capacitor eletrolítico. .............................................................................. 32
Figura 20 - (a) Botão liga-desliga, (b) Botoeira de emergência. ................................ 33
Figura 21 - Redimensionamento da caixa. ................................................................ 35
Figura 22 - Tubo PVC cortado. .................................................................................. 36
Figura 23 - Confecção da tampa do cilindro. ............................................................. 36
Figura 24 - Produto final do cilindro. .......................................................................... 37
Figura 25 - Produção do furo para rolamento............................................................ 38
Figura 26 - Encaixe da barra roscada no rolamento com a bucha. ........................... 38
Figura 27 - Mancal preso à estrutura. ....................................................................... 39
Figura 28 - Mecanismo de retirada lateral da lixa. ..................................................... 40
Figura 29 - Tensionador da lixa. ................................................................................ 40
Figura 30 - Base para instalação do motor. ............................................................... 41
Figura 31 - Cilindros na estrutura de madeira. .......................................................... 42
Figura 32 - Polia de poliamida 6.6. ............................................................................ 43
Figura 33 - Polias e correia. ...................................................................................... 43
Figura 34 - Base de sobrecarga. ............................................................................... 44
Figura 35 - Caixa de proteção. .................................................................................. 44
Figura 36 - Estrutura após pintura (a) porta do compartimento e (b) tampa da caixa
de proteção. ....................................................................................................... 45
Figura 37 - Corte e colagem da lixa. ......................................................................... 46
Figura 38 - Corte diagonal. ........................................................................................ 46
Figura 39 - Cinta com corte diagonal. ....................................................................... 47
Figura 40 - Processo de colagem.............................................................................. 47
Figura 41 - Desenho esquemático do circuito elétrico do protótipo. .......................... 48
Figura 42 - Capacitor em paralelo com o motor. ....................................................... 48
Figura 43 - (a) Botão liga-desliga, (a) Botoeira de emergência. ................................ 49
Figura 44 - Folga da lixa através do segundo cilindro. .............................................. 50
Figura 45 - Abertura da porta lateral. ......................................................................... 50
Figura 46 - Retirada da base de sobrecarga. ............................................................ 51
Figura 47 - Remoção da primeira ponta da lixa......................................................... 52
Figura 48 - Retirada da lixa através do segundo cilindro. ......................................... 52
Figura 49 - Procedimento de lixamento realizado com EPIs. .................................... 53
Figura 50 - Máscara contra poeira e névoas. ............................................................ 54
Figura 51 - Protetor auditivo. ..................................................................................... 54
Figura 52 - Óculos de proteção. ................................................................................ 55
Figura 53 - Luvas de proteção................................................................................... 55
Figura 54 - Guarda-pó. .............................................................................................. 56
Figura 55 - Maçaranduba antes (1) e após (2) acabamento. .............................. 59
Figura 56 - Mangueira antes (1) e após (2) acabamento. ................................. 60
Figura 57 - Pinho antes (1) e após(2) o acabamento. ............................................... 60
Figura 58 - Lata de alumínio antes e após lixamento. ............................................... 61
Figura 59 - Ranhuras na poliamida 6.6 causada pelo desbaste da cinta. ................. 62
Figura 60 - Poliamida antes (1) e após(2) acabamento. ........................................... 62
Figura 61 - Poliamida após faceamento. ................................................................... 63
Figura 62 - PVC antes e após o lixamento. ............................................................... 64
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dimensionamento de condutores a baixa tensão Pirelli..........................27

Tabela 2 – Outros materiais utilizados........................................................................33

Tabela 3- Diminuição do diâmetro da madeira na lixa P36 com 1 min.......................57

Tabela 4 - Diminuição do diâmetro da madeira na lixa P36 com 2 min......................58

Tabela 5 - Orçamento do Projeto................................................................................64


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLA
A – ampère;

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

ANSI - American National Standards Institute;

CIMM - Centro de Informação Metal Mecânica;

COH - Carbono, Oxigênio, Hidrogênio e Nitrogênio;

EAP – Estrutura Analítica do Projeto;

EPI - Equipamentos de Proteção Individual;

FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental;

Hz – hertz;

IFBA – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia;

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia;

IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas;

ISO - International Organization for Standardization;

mm – milímetro;

N – newton;

NA - Normal Fechado;

NF - Normal Aberto;

NBR - Norma Brasileira;

NR - Normas Regulamentadoras;

PVC - Policloreto de Vinila;

rpm - rotação por minuto;

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego;

V – volt;

W – watt.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 13
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ...................................................................................... 13
3. JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 14
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 15
4.1 USINAGEM .............................................................................................................. 15
4.2 MARCENARIA ......................................................................................................... 15
4.3 LIXADEIRA............................................................................................................... 16
4.4 LIXA ........................................................................................................................... 16
4.4.1 Tipos de lixa ...................................................................................................... 17
4.4.2 Aplicação granulométrica ............................................................................... 17
4.4.3 Costado e grãos ............................................................................................... 18
4.4.4 Formatos de lixa ............................................................................................... 19
4.5 LIXAMENTO ............................................................................................................ 21
4.5.1 Etapas de lixamento ........................................................................................ 21
4.6 POLIAMIDAS ........................................................................................................... 22
4.6.1 A estrutura química das poliamidas .............................................................. 22
4.7 MADEIRA ................................................................................................................. 22
4.8 PLÁSTICOS ............................................................................................................. 22
5. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 24
5.1 MATERIAIS .............................................................................................................. 25
5.1.1 Estrutura de madeira ....................................................................................... 25
5.1.2 Motor monofásico de máquina de lavar roupa ............................................ 25
5.1.3 Cabo condutor para o circuito ........................................................................ 26
5.1.4 Eixos dos cilindros ........................................................................................... 27
5.1.5 Polias ................................................................................................................. 28
5.1.6 Correia ............................................................................................................... 28
5.1.7 Cilindros............................................................................................................. 29
5.1.8 Mancais de deslizamento ............................................................................... 29
5.1.9 Rolamentos ....................................................................................................... 30
5.1.10 Lixas ............................................................................................................... 31
5.1.11 Dobradiça ...................................................................................................... 31
5.1.12 Capacitor ....................................................................................................... 32
5.1.13 Botão liga-desliga e botoeira de emergência .......................................... 33
5.2 OUTROS MATERIAIS ............................................................................................ 33
5.3 PROCESSO DE FABRICAÇÂO DA LIXADEIRA ............................................... 34
5.3.1 Montagem da estrutura da lixadeira ............................................................. 34
5.3.2 Confecção dos cilindros .................................................................................. 35
5.3.3 Mecanismo para troca e tensionamento da lixa ......................................... 39
5.3.4 Instalação do motor ......................................................................................... 40
5.3.5 Montagem dos cilindros na estrutura ........................................................... 41
5.3.6 Sistema polia-correia....................................................................................... 42
5.3.7 Base para sobrecarga ..................................................................................... 43
5.3.8 Caixa de proteção e sinalização de segurança .......................................... 44
5.3.9 Corte e emenda da lixa ................................................................................... 45
5.3.10 Instalação elétrica ........................................................................................ 47
5.4 FUNCIONAMENTO DA LIXADEIRA .................................................................... 49
5.4.1 Procedimento de remoção e troca da lixa ................................................... 49
5.5 EPIs ........................................................................................................................... 53
5.6 ENSAIOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 56
5.6.1 Teste de funcionamento para o motor monofásico de máquina de lavar
roupa 56
5.6.2 Teste de funcionamento da Lixadeira ........................................................... 56
5.6.3 Teste com lixa P36 em madeira .................................................................... 57
5.6.4 Teste com lixa P120 em madeira após desbaste ....................................... 59
5.6.5 Teste com latas de alumínio com lixa P120 para madeira ........................ 60
5.6.6 Teste com poliamida 6.6 com lixa P36 e P120 para madeira................... 61
5.6.7 Teste de acabamento em PVC com lixa P120 para madeira ................... 63
6. ORÇAMENTO .................................................................................................... 64
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 65
8. SUGESTÔES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................. 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67
1. INTRODUÇÃO

Com o aumento da competitividade, a exigência pela qualidade de produtos


tem levado empresas a melhorar seus processos, essa preocupação aliado a um
mercado consumidor rigoroso, fez com que empresas repensassem em suas
técnicas de manufatura. Desta forma, diversas ferramentas foram desenvolvidas a
fim de auxiliar nessa melhoria. Tendo em vista descomplicar a fabricação e aprimorar
os produtos da indústria mecânica, percebeu-se a precisão de um mecanismo
técnico que, de maneira ágil e prática, proporcionasse ao utilizador efetivar
pequenos desbastes e acabamentos em peças. (NOGUEIRA; RODRIGUES;
ROMANO, 2010).
O processo de lixamento aplica-se na peça com o intuito de nivelar a face
exterior, possibilitando um melhor acabamento. É nesta fase que imperfeições são
corrigidas e impurezas da superfície, que se agregam a peça no processo de
produção, são removidas. Devido a isso, muito se tem investido na atualização de tal
setor (BOMBASSARO, 2007).
O uso deste protótipo ocorreria em processos, realizados até mesmo dentro
do IFBA Campus Santo Amaro, como o de usinagem, e outros também mais
frequentes em fábricas, como soldagem, fundição e forjamento, que após o
processo principal de fabricação, necessita da remoção de rebarbas e
irregularidades superficiais. Para atender essas demandas, procurou-se o
desenvolvimento de um protótipo que de maneira satisfatória atendesse a
necessidade de tais aplicações, com rapidez, eficiência e segurança. Para
desenvolver tal produto, atendendo as necessidades antes apresentadas, foi
elaborada uma metodologia para encaminhar o estudo e pesquisas.
Para a construção do protótipo buscou-se atingir um preço considerado
baixo, ou seja, um baixo custo relacionado ao presente no mercado, partindo dos
aparelhos mais simples, de R$ 200,00 até R$ 600,00, desse modo adquirindo peças
baratas ou ainda presentes no campus Santo Amaro do IFBA.
Em síntese, procurou-se, a princípio o público-alvo deste projeto, alunos do
Campus, em específico, que cursam eletromecânica e possuem disciplinas que
demandam acabamento de peças, foi produzido o desenho técnico de um protótipo
baseando-se na facilidade de manuseio, e em seguida, com base em pesquisas e
informações adquiridas sobre o objeto a ser construído, buscou-se atingir um
12
produto prático, de qualidade, baixo custo, que atendesse as demandas de desbaste
e acabamento para pequenas peças.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Construir um protótipo de uma lixadeira de cinta, para o desbaste e


acabamento de peças.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Nivelar as superfícies irregulares de peças confeccionadas em aulas


práticas de usinagem, diminuindo o esforço físico do operador;

 Contribuir para maior eficiência num posterior processo de fundição,


lixando a exemplo latas, retirando a tinta da mesma, para que não haja
contaminação no processo de fundição do alumínio e aço.

 Aplicar os conhecimentos adquiridos no curso de eletromecânica.

13
3. JUSTIFICATIVA

O trabalho foi desenvolvido com a intenção de aplicar os conhecimentos


adquiridos ao longo do curso de eletromecânica, com foco nas áreas de mecânica e
elétrica. Esse protótipo contribuirá para fins didáticos em aulas práticas de usinagem
a no IFBA campus Santo Amaro e no aperfeiçoamento de técnicas para preparo de
peças no desenvolvimento de novos projetos e trabalhos de conclusão de curso.

14
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 USINAGEM

Ao fabricar, o homem possui a intenção de transformar matéria-prima em


produtos, por meio de vários procedimentos e utilizando diversas ferramentas. Essa
ideia teve início com o homem pré-histórico, como por exemplo, o uso da pedra e de
um cabo como forma de aumentar a sua força. Esse aperfeiçoamento de processos
gera a produção de novas ferramentas, cada vez mais sofisticadas e a descoberta
de processos que aumentem a qualidade dos produtos (SOUZA, 2011).
De acordo com Souza (2011), esse processo envolve operações de corte
utilizando uma ferramenta que oportuniza a retirada de materiais, gerando uma peça
que originará um bem durável.
Em situações diversas há uma alta exigência na finalização de peças, pois
essas necessitam de acabamentos precisos e de tolerâncias dimensionais bem
definidas. Um método para conseguir tais características é por meio da usinagem
por abrasão, que consiste da retirada de material através de grãos abrasivos. Esse
processo é a remoção de partículas do material através do atrito dele com um
material mais duro (SOUZA, 2007).

Figura 1 - Lixa de cinta em contato com metal.

Fonte: CIMM, 2014.

4.2 MARCENARIA

A indústria de fabricação de móveis em madeira é uma área que, no Brasil, na

15
década de 90 despertou interesse de investimento para o aperfeiçoamento de
equipamentos mais avançados tecnologicamente, vindos da Alemanha e Itália, como
uma forma de aumento na produtividade e qualidade dos produtos. A modernização
na indústria de móveis gera a inovação de produtos, ocasionando na contração dos
custos e adição da produção (GORINI, 1997).
No Distrito Federal a marcenaria ocupava o sexto lugar em relação aos
estabelecimentos comerciais na localidade, representando cerca de 300 empresas.
Além disso, ocupa o oitavo lugar em fornecimento empregatício aos moradores, com
2500 empregados (VENTUROLI ET AL., 2003).

4.3 LIXADEIRA

Segundo Tolledo (2015), lixadeira é qualquer máquina que utiliza uma lixa.
Sua construção vai de modelos mais simples e leves aos mais complexos e
pesados. Sua estrutura varia de acordo com a demanda do trabalho, podem ser
classificados em pequenos portes que são as portáteis e móveis e as de grande
porte.
Alguns tipos de lixadeira são: a de órbita, que possui modelos de bases
quadrado e retangular, recomendadas para acabamentos finos em superfícies
planas; excêntrica, por sua base ser maleável permite o lixamento em superfícies
não planas; e a de cinta, que são utilizadas para lixar e nivelar materiais como
madeira, metal e plástico, normalmente usadas em operações pesadas sendo que
sua eficiência depende do giro em alta velocidade (TOLLEDO, 2015).

4.4 LIXA

A lixa é formada por três componentes: costado, adesivo e grãos abrasivos.


No lixamento o grão abrasivo é responsável pelo desbaste do material, o mesmo é
também o diferencial dos tipos de lixas existentes (BOMBASSARO, 2007).

16
Figura 2 - Composição da lixa.

Fonte: Bombassaro, 2007.

Cada material possui uma capacidade diferente de ter sua superfície nivelada
através de uma lixa ou outro abrasivo, esta propriedade é chamada de lixabilidade
(REMADE, 2008).

4.4.1 Tipos de lixa

De acordo com os dados da Remade (2008), estes são alguns dos tipos de
lixa e respectivas características:

 A lixa comum é feita de um suporte e cola, no qual possuem aglomerados de


grãos abrasivos;
 A lixa de camada aberta, diferente da comum, não possui toda sua estrutura
coberta por grãos abrasivos apenas 70% do suporte é recoberto;
 Na lixa de camada fechada, os grãos abrasivos cobrem totalmente a
estrutura;
 A lixa de papel é formada por um suporte de papel;
 A lixa para acabamento possui a caraterística de ser flexível, é recomendada
para a finalização de trabalhos de lixamento por possuir suporte recoberto
com cristais abrasivos finos;
 A lixa para moldura tem por finalidade retirar marcas que foram feitas por
trabalhos anteriores na moldura da madeira.

4.4.2 Aplicação granulométrica

As lixas podem ser classificadas quanto à sua aplicação e, ainda, quanto à


sua granulometria. De acordo com a empresa de equipamentos e ferramentas
17
elétricas BOSCH (2010), as lixas podem ser identificadas de acordo com a sua cor.
Para cada material, como madeira, metal, vidro ou até mesmo pedra, existe uma cor
específica que serve para facilitar a escolha da mesma, essas possuem
características individuais, podendo ter maior ou menor escala no seu grau de
abrasividade.
As lixas direcionadas à madeira são classificadas pela cor vermelha (em
alguns casos amarelos, como no caso da empresa Alcar), podendo ser usadas em
três situações distintas, como em casos de madeira macia, madeira dura e para
todos os tipos de madeira, possuindo cada situação uma determinada lixa com
características específicas. Do mesmo modo ocorre com as lixas azuis (ou marrons
para a empresa Alcar), que possuem três classificações, sendo a primeira voltada
para aço inox, a segunda para aço e todos os tipos de metais, e a terceira para
metais (BOSCH, 2010).
Segundo Teles (2015), as lixas também podem ser identificadas de acordo
com a empresa a qual fabrica conforme o grau de abrasividade representado por
uma escala.
A empresa europeia FEPA, para sua identificação, utiliza a letra P à frente de
sua numeração, possuindo uma escala numérica de 16 a 9000, representando o
nível de abrasividade de suas lixas. Aquelas que possuem numeração mais baixa
são as utilizadas para início de desbaste, enquanto, à medida que o processo é
desenvolvido, deve-se, de acordo com a necessidade, aumentar o seu grau de
abrasividade, o que implica na sua granulometria. Quanto maior o número da lixa,
menor o tamanho dos seus grãos, assim sendo voltada para acabamento (TELES,
2015).

4.4.3 Costado e grãos

De acordo com Bombassaro (2007), a identificação do costado e grãos,


ocorre por meio de um código que contém uma letra e três números. A letra indica o
tipo de material que é formado o seu costado :

A = papel leve
G = papel pesado especial

18
H = papel pesado
T = papel a prova de água
K = pano, cola
R = pano, resina
S = combinação papel/ pano
W = pano à prova de água
F = fibra

O primeiro número indica o tipo do grão abrasivo:


1 = Óxido de alumínio branco
2 = Óxido de alumínio marrom
4 = Carbureto de silício
8 = Norzon®
9 = Seeded gel®

Algumas empresas, a exemplo da Alcar, usa também o número 3 para indicar


óxido de alumínio.

O segundo número significa o tipo de camada da lixa:


N° par = camada fechada (mais densa, recomendada para acabamento).
N° ímpar = camada aberta (recomendada para desbaste).

O último número é utilizado para controle interno do fabricante.

4.4.4 Formatos de lixa

As lixas podem possuir diversos formatos e dimensões. São elas: folha, que é
utilizada normalmente em máquinas portáteis e manuais; cintas abrasivas, que é
recomendada pra o lixamento por meio de uma máquina; rolo, são chamadas assim
porque são comercializados em rolos; disco que são circulares geralmente é usado
no lixamento com equipamentos; lixas flexíveis, direcionadas a trabalhos com
molduras e contornos (BOMBASSARO, 2007).

19
Figura 3 - Folha abrasiva.

Fonte: Bombassaro, 2007.

Figura 4 - Cintas abrasivas.

Fonte: Bombassaro, 2007.

Figura 5 - Rolo de abrasivo.

Fonte: Bombassaro, 2007.

Figura 6 - Discos abrasivos.

Fonte: Bombassaro, 2007.

20
Figura 7 - Lixas flexíveis.

Fonte: Bombassaro, 2007.

4.5 LIXAMENTO

O lixamento é um procedimento realizado por meio de lixas que possuem


abrasivos em sua superfície; A lixa se movimenta com pressão sobre a peça
retirando o material da mesma (SOUZA, 2011). Os tipos de lixamento mais comuns,
são: lixamento de acabamento, de desbaste, manual, mecânico e superficial
(REMADE, 2008).
O processo de lixamento de acabamento possui a finalidade de lixar
superfícies já pintadas ou envernizadas para que essas áreas criem uma maior
aderência para próxima pintura. O de desbaste tem a função de retirar material para
correções de defeitos de usinagem, como as marcas deixadas por ferramentas de
ondulações e cortes. O mecânico é realizado a partir de uma máquina, a lixadeira. O
manual como o próprio nome sugere é feito manualmente. O superficial é o
procedimento mais leve comparado com os outros, seu objetivo é nivelar a
superfície da peça (REMADE, 2008).

4.5.1 Etapas de lixamento

Há três importantes etapas que precisam ser seguidas rigorosamente para


um bom lixamento. São elas calibragem, semi-acabamento e acabamento
(BOMBASSARO, 2007).

Segundo Bombassaro (2007), a calibragem, primeira etapa, tem por


finalidade nivelar a superfície para retirar irregularidades. É nessa etapa que parte
do material é removido, devido a isso usam-se lixas mais grossas. Em seguida é
feito o semi-acabamento que é responsável pela retirada de marcas deixada no
procedimento anterior, sendo utilizadas lixas de grãos médios. O último

21
procedimento é o acabamento, onde se deve tomar cuidados para efetuá-lo, pois
seus resultados influenciarão no resultado final.

4.6 POLIAMIDAS

As poliamidas não são polimerizadas a partir de substâncias iguais,


entretanto todas elas têm o grupo funcional amida (CONH). Alguns desses são feitos
a partir de duas matérias primas, cada uma com o número de átomos de carbono
que corresponde ao número da poliamida. A Poliamida 6.6 a exemplo, é denominada
assim, devido ao fato do hexametilenodiamina e do ácido edípico, suas
matériasbase, terem 6 átomos de carbono cada um (RODA, 2011).

4.6.1 A estrutura química das poliamidas

Os grupos amida polares (CONH) causam uma influencia direta nas


propriedades das poliamidas, quanto menor a distância entre esses grupos, melhor
serão as suas propriedades térmicas e mecânicas. Contudo, a resistência a
absorção de água é minimizada por causa do maior número de pontes de
hidrogênio. Bons exemplos disso são a PA 6 e PA 6.6 os mais usados na injeção de
peças de engenharia e tem valores altos de absorção de água se comparadas às
Poliamidas 6.10, 11 e 12 (RODA, 2011).

4.7 MADEIRA

Para um bom lixamento na madeira é essencial que o processo ocorra no


sentido do veio da madeira, ou seja, do seu risco. Um lixamento perpendicular, pode
gerar riscos no material tornando seu desbaste complicado (CAUSO, 2013).

4.8 PLÁSTICOS

Um dos termoplásticos mais utilizados no mundo é o PVC (policloreto de


vinila), ficando atrás apenas do polietileno. É feito a partir de 57% de matérias-
primas que advêm do sal marinho ou da terra, e 43% de matérias-primas que vem
22
de fontes não renováveis. Sua polimerização é obtida através da reação de radicais
livres de cloreto de vinila. A estrutura do PVC é essencialmente linear, porém pode
haver um baixo número de ramificações de cadeia curta (RODA, 2014).

Para uma melhor pintura no material é necessário um bom acabamento que


geralmente é feito com a lixa, recomenda-se essa prática sempre que os tubos
sofrerem exposição solar, para evitar o ressecamento da peça devido a ação de
raios ultravioletas (RODA, 2014).

23
5. DESENVOLVIMENTO

Para possibilitar o início e desenvolvimento do projeto da lixadeira de cinta, foi


realizada uma reunião com o orientador do projeto e aplicada à técnica de
brainstorming (tempestade de ideias), que possibilitou definir as áreas de
conhecimento que deveriam ser levadas em consideração para o encaminhamento
do projeto. Através do escopo, uma dessas áreas, foi usada a Estrutura Analítica do
Projeto (EAP). O registro em formato visual do grupo de tarefas a serem realizadas,
geradas pela EAP, permitiu estruturar as ideias e elaborar o cronograma do projeto,
conforme pode ser visto no Apêndice A.
A próxima área foi a determinação de tempo e custos para o projeto, realizando
assim pesquisas e estudos sobre os materiais a serem usados e programação do
tempo para a fabricação da lixadeira de cinta. Isso permitiu planejar, organizar,
gerenciar as tarefas, recursos e os custos, possibilitando a interatividade com toda a
equipe do projeto, conforme abordado no Apêndice B e Tabela 4.
A comunicação entre a equipe e o orientador, foi gerenciada por meio da criação
de grupos de discussões nos aplicativos gratuitos para smartphones, o WhatsApp e
Facebook, onde foram compartilhadas informações, atas de reuniões e avisos
relacionados ao projeto.
Para a construção do protótipo, foi desenvolvido um esboço do equipamento,
conforme Apêndice C, para que a partir desse, fossem realizadas as etapas de
confecção, montagem e funcionamento da lixadeira de cinta, possibilitando a
realização dos testes e a criação da discussão entre a equipe e orientador, de
acordo com o que foi analisado no mesmo.

24
5.1 MATERIAIS

5.1.1 Estrutura de madeira

A estrutura utilizada para a confecção da lixadeira foi originalmente um


caixote de madeira reaproveitado, de projetos antigos, e adaptado para o protótipo.
As dimensões do material bruto foram de 465 mm de comprimento, 383 mm de
largura e 260 mm de altura, pesando 5 kg.

Figura 8 - Caixote de madeira.

Fonte: PORTO, M.

5.1.2 Motor monofásico de máquina de lavar roupa

Para o acionamento do protótipo foi utilizado um motor do fabricante WEG,


série 66461, monofásico, originalmente aplicado em uma máquina de lavar roupas.
Como principal característica, possui alta rotação, com 1650 rpm, trabalhando com
uma frequência de 60 Hz, ideal para o propósito do projeto. Possuí corrente de 3,5 A
e tensão de 120 V, com potência de 420 W. O motor possui uma polia presa ao eixo
que foi utilizada para transmissão de movimento ao cilindro.

25
Figura 9 - Motor monofásico.

Fonte: PORTO, M.

5.1.3 Cabo condutor para o circuito

Foi usado um cabo condutor com cerca de 150 mm de comprimento e 2,5 mm de


diâmetro, para uma rede de tensão de 120 V, conectado a um motor de 420 W. A
bitola usada para o condutor seguiu referência de dimensionamento de condutores
em baixa tensão, segundo a tabela 1, da Pirelli, de acordo com a NBR 5410.
Conforme a mesma tabela, a necessidade da instalação elétrica é atendida com um
condutor mínimo de 0,5 mm², no entanto, utilizando o cabo de 2,5 mm², presente no
instituto, o mesmo se ajusta a demanda de circuito.

Figura 10 - Cabo de 2,5mm²

Fonte: PORTO, M.

26
Tabela 1 – Dimensionamento de condutores a baixa tensão Pirelli.

Fonte: www.feng.pucrs.br/~fdosreis/ftp/Tese/QEE/QEE_ANEXOI.pdf .

5.1.4 Eixos dos cilindros

Barras rosqueadas foram usadas como eixo para realizar a transmissão do


movimento da polia para os cilindros e, consequentemente, sustentá-los nos
rolamentos, possuindo diâmetro de 7,2 mm e 280 mm de comprimento.

27
Figura 11 - Eixos utilizados nos cilindros.

Fonte: PORTO, M.

5.1.5 Polias

O protótipo utilizou duas polias, a motora, que já estava presa ao motor e a


movida, que foi produzida a partir de uma barra de poliamida 6.6, possuindo 35 mm
de diâmetro externo e 11 mm de diâmetro interno.

Figura 12 - Polia motora e movida.

Fonte: PORTO, M.

5.1.6 Correia

Utilizou-se uma correia em forma de V lisa B30, que trabalha em alta rotação
ao tempo que recebe sobrecarga. A mais indicada para esse caso seria a de
máquina de lavar, porém, devido ao fato de possuir um pequeno comprimento não
atende as necessidades de transmissão de movimento na lixadeira.

28
Figura 13 - Correia em V.

Fonte: PORTO, M.

5.1.7 Cilindros

Os cilindros foram produzidos a partir de tubo PVC, poliamida 6.6 e lixa para
metal, sendo essa fabricada com um material aderente de forma a evitar a
derrapagem do costado de pano da lixa de cinta sobre os cilindros no momento do
giro. Os cilindros possuem 41 mm de diâmetro e 131 mm de comprimento.

Figura 14 - (a) Tubo PVC, (b) Poliamida 6.6 (Tecnil), (c) Lixa de metal para cobertura
dos cilindros.

Fonte: PORTO, M.

5.1.8 Mancais de deslizamento

29
Com a finalidade de suportar os esforços provenientes do eixo do cilindro
motor, foram confeccionados mancais em poliamida 6.6, com diâmetro interno de
29,8 mm e externo 51,6 mm.

Figura 15 - Mancal de poliamida 6.6.

Fonte: PORTO, M.

5.1.9 Rolamentos

Foram utilizados quatro rolamentos de esfera com dupla blindagem,


fabricante PLB, referência 609 zz, medindo 9 mm x 24 mm x 7 mm, diâmetro interno,
externo e espessura, respectivamente. O rolamento de carreira simples de esfera foi
escolhido, pois a máquina possuirá alta rotação e o mesmo é recomendável para
esses casos.

Figura 16 - Rolamentos 609zz.

Fonte: PORTO, M.

30
5.1.10 Lixas

As lixas utilizadas possuem 150 mm de largura com 1000 mm de


comprimento. Possuem formato do tipo cinta abrasiva, sendo a lixa P36 indicada
para desbaste, possuindo grandes grãos com costado feito em pano, e a lixa P120,
mais empregada para acabamento, possuindo granulometria mais fina e também
com costado em pano.

Figura 17 - Lixas.

Fonte: PORTO, M.

5.1.11 Dobradiça

Foi utilizada uma dobradiça do tipo pino solto com acabamento polido e com
dimensões de 86 mm x 56,4 mm, de altura e comprimento respectivamente,
confeccionado em aço-carbono galvanizado, que será de grande importância para
realizar a operação da troca de lixa, de modo que promova a abertura do
compartimento.

31
Figura 18 - Dobradiça de janela.

Fonte: PORTO, M.

5.1.12 Capacitor

Capacitor eletrolítico é usado em circuito de corrente contínua para dar partida e


também para manter constante a velocidade do motor. O capacitor da WEG, foi
necessário no motor do protótipo, substituindo o trabalho manual de partida. Ele
suporta até 220 V, e tem 19 uF de capacitância.

Figura 19 - Capacitor eletrolítico.

Fonte: PORTO, M.

32
5.1.13 Botão liga-desliga e botoeira de emergência

O botão “liga/desliga” usado no protótipo é da cor verde, suporta corrente de


até 6 A e 120 V de tensão para funcionamento. Foi utilizada uma botoeira de
emergência tipo cabeça de cogumelo com retenção, que suporta uma corrente de
até 10 A e uma tensão de até 400 V. O botão liga-desliga tem por característica seu
estado Normal Aberto (NA), enquanto a botoeira de emergência caracteriza-se por
ser Normal Fechado (NF).

Figura 20 - (a) Botão liga-desliga, (b) Botoeira de emergência.

Fonte: PORTO, M.

5.2 OUTROS MATERIAIS

Além dos instrumentos usados anteriormente, foram utilizados alguns outros


materiais para a construção do protótipo que seguem na Tabela 2.

Tabela 2 – Outros materiais utilizados.


Quantidade Material Especificação
01 Kit ferrolho Acompanhado de 6 parafusos
para madeira com cabeça chata,
4,2 mm X 40 mm .
14 Prego Com cabeça galvanizado, 40,6 x
2,2 mm.
12 Parafuso Parafuso fenda philipis cabeça
redonda com 3,8 mm x 49 mm

33
12 Porcas Do tipo borboleta com 7,2 mm de
diâmetro externo; sextavada com
3,8 mm de diâmetro interno e 5,6
mm externo
01 Plug Macho 10 A
02 Tinta spray Cor laranja e preta
01 Cola de madeira
Fonte: Autores do Projeto.

5.3 PROCESSO DE FABRICAÇÂO DA LIXADEIRA

Para a organização do trabalho prático, foi necessária a divisão em dois


blocos. O primeiro bloco foi voltado a trabalhos mecânicos, enquanto o segundo
dirigiu-se a parte elétrica da lixadeira.

5.3.1 Montagem da estrutura da lixadeira

Para a fabricação da lixadeira, foi necessária a configuração e modelação de


um caixote de madeira, de forma que atendesse as necessidades e dimensões para
o protótipo já dimensionado no desenho técnico. Já que esse equipamento é
direcionado para peças de pequeno porte e para fins didáticos, a estrutura foi
dimensionada com uma escala considerável de forma a tornar a lixadeira um
equipamento portátil.

Com o auxílio de um serrote foi reduzida a dimensão da largura da caixa,


conforme Figura 21, de 465 mm para 343 mm. Logo depois, foi acrescentada a
lateral da parte cortada de modo que retornasse ao formato inicial. Assim foi dada
forma ao modelo já previsto no desenho técnico, conforme Apêndice D.

34
Figura 21 - Redimensionamento da caixa.

Fonte: PORTO, M.

5.3.2 Confecção dos cilindros

Para a construção do cilindro a partir de tubo PVC, poliamida 6.6 e a lixa de


metal, foi necessário realizar o corte do tubo utilizando uma serra de arco, dessa
forma obtendo como dimensão 124 mm de comprimento, de acordo com a Figura
22. Essa medida foi escolhida para que ele se encaixe na localização definida onde
será colocada a cinta, dessa maneira servindo de base de sustentação e
transmitindo o movimento de forma adequada.

35
Figura 22 - Tubo PVC cortado.

Fonte: PORTO, M.

Na confecção das tampas dos cilindros onde seriam encaixados dois dos
rolamentos, a poliamida 6.6 foi usinada, de acordo com a figura a seguir, no torno
mecânico multifuncional da instituição modelo MR-334 do fabricante MANROD, de
forma a encaixar no tubo de PVC já cortado. Essa peça possui 38,3 mm de diâmetro
menor, parte essa que foi introduzida no tubo, e 47,1 mm de diâmetro maior,
localizada fora do tubo de modo que evitasse a entrada total da mesma, além de
limitar a movimentação da lixa para as laterais do cilindro, conforme mostra Figura
23. abaixo.

Figura 23 - Confecção da tampa do cilindro.

Fonte: PORTO, M.

36
Após o encaixe da peça de poliamida 6.6 no tubo de PVC, o corpo do cilindro
foi recoberto com um material aderente, a lixa de metal, essa que auxiliaria no
movimento da cinta, evitando deslizamentos.

Figura 24 - Produto final do cilindro.

Fonte: PORTO, M.

Com a utilização do torno mecânico e uma broca de 24 mm, foi produzido um


furo em cada tampa de um dos cilindros, no qual encaixou-se o rolamento e dentro
dele o eixo. Já no segundo cilindro, com uma broca de 7 mm foi feito um furo para
possibilitar a passagem do eixo motor.

37
Figura 25 - Produção do furo para rolamento.

Fonte: PORTO, M.

Por conta da folga causada pela diferença entre o diâmetro do eixo e o


diâmetro interno do rolamento, foi confeccionada uma bucha, conforme indica Figura
26, de poliamida 6.6, usinada no torno mecânico. A bucha foi confeccionada de
forma a obter 1,8 mm de espessura, 7,3 mm de diâmetro interno e 8,9 mm de
diâmetro externo, desta maneira, fazendo a ligação entre o eixo do primeiro cilindro
e o rolamento, além de conferir interferência necessária entre os dois elementos.

Figura 26 - Encaixe da barra roscada no rolamento com a bucha.

Fonte: PORTO, M.
Para o encaixe do rolamento do primeiro cilindro na estrutura, foi preciso criar
dois mancais produzidos no torno mecânico usando uma barra de poliamida 6.6. O
38
diâmetro interno do mancal, em que possuía o seu furo feito no torno mecânico, é
menor que o diâmetro externo do rolamento, com 23,8 mm, para que assim,
houvesse o encaixe com interferência. Para que os mancais, já com o rolamento,
fossem presos na estrutura, foram feitos três furos com o auxílio de uma furadeira de
modelo SBM-600, fabricante DWT, tanto no mancal, quanto na parede da estrutura,
desta forma, possibilitando que esse fosse preso através de 3 parafusos e 3 porcas,
de acordo com figura a seguir.

Figura 27 - Mancal preso à estrutura.

Fonte: PORTO, M.

5.3.3 Mecanismo para troca e tensionamento da lixa

Para que fosse realizada a remoção ou troca da lixa sem que houvesse
qualquer tipo de dano à cinta, foi desenvolvido um mecanismo que auxiliasse no
processo. Com esse intuito, foi produzida uma pequena porta na lateral do
equipamento. Com um auxílio de um serrote foi feito um corte na estrutura de forma
a se obter 11 mm de largura por 22 mm de comprimento, depois uma dobradiça foi
pregada na parte inferior do compartimento e, por fim, preso um trinco ferrolho
através de parafusos, conforme visto na Figura 28.
Para possibilitar o ajuste e tencionar a lixa, na lateral oposta ao primeiro
mecanismo já citado, foi feito um rasgo, conforme Figura 29, usando um arco de
serra, foi cortado da extremidade até uma região que possibilitasse a retira da lixa
pelo cilindro ligado ao compartimento.
O primeiro mecanismo possibilita a retirada da lixa por um dos cilindros,
sendo a outra parte removida após ser dada a folga no segundo eixo, essa irá

39
depender do rasgo horizontal, por onde o mesmo está fixado através de porcas do
tipo borboleta.

Figura 28 - Mecanismo de retirada lateral da lixa.

Fonte: PORTO, M.

Figura 29 - Tensionador da lixa.

Fonte: PORTO, M.

5.3.4 Instalação do motor

Para instalar o motor na parte externa da carcaça da lixadeira, foi necessária


a confecção de uma base. Duas partes de madeira foram pregadas formando um
ângulo perpendicular entre si, onde foi, posteriormente, instalado o motor.

40
Usando uma furadeira com broca de 10 mm e uma serra, dois rasgos verticais
foram feitos na lateral da base do motor. Esse rasgo possibilita o tensionamento da
correia e auxilia em casos que necessite de manutenção.

Para fixar o motor nessa base utilizaram-se dois parafusos, estes quando
folgados, podem percorrer o rasgo horizontal e novamente ser fixado, recebendo
aperto através de porcas. Devido o motor de máquina de lavar já apresentar uma
região específica para ser fixado em outra estrutura, o trabalho de instalação foi
facilitado, de modo a contribuir para evitar o deslocamento do motor no momento da
operação.

Figura 30 - Base para instalação do motor.

Fonte: PORTO, M.

5.3.5 Montagem dos cilindros na estrutura

Com os mancais e rolamentos instalados na carcaça foi possível a montagem


de um dos cilindros. As duas barras roscadas foram inseridas nos cilindros e logo
em seguida na estrutura. Enquanto um par de rolamentos usados, foram presos nos
mancais (onde o eixo era movido através da polia), o outro par foi instalado no
próprio cilindro no qual , esse deveria girar livremente, recebendo o movimento vindo
da cinta, que, por fim, teve o eixo inserido no rasgo de tensionamento da mesma, de
acordo com Figura 31, preso por arruelas e porcas do tipo borboleta.

41
Figura 31 - Cilindros na estrutura de madeira.

Fonte: PORTO, M.

5.3.6 Sistema polia-correia

Foi confeccionada a polia movida de poliamida 6.6, através do processo de


usinagem, como mostra a figura a seguir. Devido não existir no Campus uma barra
de poliamida 6.6 de maior diâmetro, a polia foi feita com o mesmo diâmetro da polia
do motor, transmitindo assim o movimento com relação de 1:1 entre elas. A parte
interna da polia, conhecida como gola, foi produzida em V, sendo semelhante à polia
motora, e consequentemente, utilizando a correia mais adequada presente no
Instituto.

42
Figura 32 - Polia de poliamida 6.6.

Fonte: PORTO, M.

A polia movida foi enroscada a uma das pontas do eixo do cilindro movido, e
por meio do uso de porcas e arruelas ela foi presa. A correia foi ligada às polias,
como mostra Figura 33, de forma a ficar bem tensionada e alinhada.

Figura 33 - Polias e correia.

Fonte: PORTO, M.

5.3.7 Base para sobrecarga

Para a realização do processo de lixamento fez-se necessário acrescentar à


estrutura uma tábua de madeira como um mecanismo para suportar as sobrecargas.
Quatro suportes em formato quadrado foram pregados nas laterais internas da
43
estrutura da lixadeira, de maneira que quando fosse colocada a base de sobrecarga,
ela permanecesse entre as duas faixas da lixa.

Figura 34 - Base de sobrecarga.

Fonte: PORTO, M.

5.3.8 Caixa de proteção e sinalização de segurança

Seguindo as regras de segurança de trabalho, ABNT NBR 5410:2004, foi


necessária a criação de uma caixa para a proteção da parte elétrica e para isolação
da correia (Figura 35), evitando assim o contato direto com operador da máquina.

Figura 35 - Caixa de proteção.

Fonte: PORTO, M.

A pintura foi feita com tintas da cor preta e de cor laranja, como mostra Figura
36. A primeira cor foi escolhida aleatoriamente e, a seguinte, por conta da indicação
de movimentos mecânicos que podem ocorrer na porta lateral (a) e a tampa da caixa
de proteção (b).
44
A norma técnica oficial empregada no Brasil é a NBR 7195 de 31.07.1995 –
Cores para Segurança, que possui como objetivo definir as cores a serem utilizadas
nos locais de trabalho para evitar acidentes e para advertir ou identificar contra
riscos (APE, 2012). A Figura 36 identifica de forma exemplificada onde e como as
cores se aplicam.

Figura 36 - Estrutura após pintura (a) porta do compartimento e (b) tampa da caixa
de proteção.

Fonte: PORTO, M.

5.3.9 Corte e emenda da lixa

A lixa, peça fundamental do protótipo, foi colada, envolvendo os dois cilindros


os quais proporcionariam o movimento rotacional. Para a colagem da lixa foi
utilizada a cola para madeira, que é especializada para nesse tipo de processo,
onde será exigida tensão para que a lixa não folgue no momento do giro, permitindo
maior segurança e confiabilidade ao equipamento, impedindo que se solte com
facilidade apesar da tensão e sobrecarga empregada.

Devido ao fato da lixa possuir uma largura maior do que a desejada para o
protótipo, pois devia estar de acordo com as medidas do cilindro, foi preciso realizar
o corte em uma das extremidades, conforme figura a seguir.

45
Figura 37 - Corte e colagem da lixa.

Fonte: PORTO, M.

Para realizar o corte e a colagem da lixa é necessário seguir uma técnica


específica, essa impedirá o rompimento ou qualquer dano inesperado. A
sobreposição das lixas na hora da colagem deve ser feita observando o sentido de
sua rotação indicado no costado da lixa. No momento do giro, a parte sobreposta
deverá estar disposta de modo a não chocar com a peça, assim, descendo a
sobreposição da cinta, sem se chocar com a emenda, e não provocando rasgo,
descolagem ou qualquer acidente de trabalho.

Figura 38 - Corte diagonal.

Fonte: PORTO, M.

46
Figura 39 - Cinta com corte diagonal.

Fonte: PORTO, M.
Para finalizar a colagem, a lixa foi colocada em repouso sob pressão na
morsa, por cerca de 12 horas.

Figura 40 - Processo de colagem.

Fonte: PORTO, M.

5.3.10 Instalação elétrica

Para permitir a partida do motor de máquina de lavar roupa, foi necessário o


uso de um capacitor (Figura 42), pois esse dispositivo elétrico armazena energia na
configuração de campo elétrico no sistema de carga que filtra a fonte de alimentação
e transforma corrente pulsante em corrente contínua, por conseguinte, permitindo
energia no processo de descarga, possibilitando assim que o protótipo funcione a
partir do acionamento do botão liga-desliga. Com o uso dos conectores que o motor

47
possui, conforme indicado na Figura 41 o capacitor foi instalado em paralelo com o
motor.

Figura 41 - Desenho esquemático do circuito elétrico do protótipo.

Fonte: AQUINO, L.

Figura 42 - Capacitor em paralelo com o motor.

Fonte: PORTO, M.
.

O botão liga-desliga (a) foi colocado no circuito em série com o capacitor,


assim como a botoeira de emergência (b), essencial para a segurança desse tipo de
máquina.

48
Figura 43 - (a) Botão liga-desliga, (a) Botoeira de emergência.

Fonte: PORTO, M.

5.4 FUNCIONAMENTO DA LIXADEIRA

O equipamento tem por função principal o lixamento de materiais de madeira,


metal e poliamida 6.6. Ele deverá ser acionado por um botão liga-desliga, possuindo
um botão de emergência para casos de perigo. Após acionado o botão, o motor será
alimentado com uma tensão de 120 V, que com o auxílio do capacitor dará a partida
no motor.
Para dar início ao processo de lixamento, faz-se necessário o posicionamento do
material sobre a base de sobrecarga, por onde desliza a cinta. No decorrer do
procedimento é de grande importância o uso dos EPIs, os quais conferirão
segurança aos operadores. Nesse caso, devem-se usar luvas de couro, guarda-pó,
máscara contra inalação de poeira, óculos de proteção e protetores auriculares.

5.4.1 Procedimento de remoção e troca da lixa

Para realizar a troca da lixa sem que seja necessário provocar qualquer dano
na mesma, é necessário utilizar os mecanismos instalados junto à estrutura da
lixadeira. Primeiramente deve-se retirar a tensão inserida na cinta através dos
cilindros, conforme Figura 44. Essa tensão pode ser dada e retirada fazendo um
49
movimento horizontal com um dos eixos através de um rasgo feito na lateral do
equipamento. Para promover aperto ou folga nesse eixo, usa-se uma porca do tipo
borboleta.

Retirada a tensão da cinta, abre-se a porta lateral e remove-se a base de


sobrecarga localizada entre ela, como demonstra Figura 45 e 46. Em seguida,
desencaixa-se a cinta do primeiro cilindro conforme Figura 47, permitindo a retirada
de uma das extremidades da lixa. Esses mecanismos facilitam a sua remoção do
equipamento, que puxando o segundo cilindro do rasgo horizontal (Figura 48),
conclui o processo de retirada da lixa.

1º passo: Abrir a caixa de segurança com auxílio de uma chave estrela e


folgar as porcas borboleta dispostas no eixo de um dos cilindros, para que assim
possa retirar a tensão conferida na cinta através dos próprios cilindros.

Figura 44 - Folga da lixa através do segundo cilindro.

Fonte: PORTO, M.

2º passo: Após ter folgado a primeira extremidade da lixa com a ajuda do


rasgo horizontal, procede-se a abertura da porta lateral.

Figura 45 - Abertura da porta lateral.

50
Fonte: PORTO, M.

3º passo: Remover a base de sobrecarga localizada entre a cinta e retirar a


primeira ponta da lixa.

Figura 46 - Retirada da base de sobrecarga.

Fonte: PORTO, M.

51
Figura 47 - Remoção da primeira ponta da lixa.

Fonte: PORTO, M.

4º passo: Retirada do cilindro disposto no rasgo horizontal, desta forma


podendo ser removida também a lixa que estava, até então, presa ao equipamento
somente por esse cilindro.

Figura 48 - Retirada da lixa através do segundo cilindro.

Fonte: PORTO, M.

Após a retirada pode-se seguir um processo de substituição da cinta,


realizando a partir de agora, o processo inverso para a instalação de outra lixa.

52
Figura 49 - Procedimento de lixamento realizado com EPIs.

Fonte: PORTO, M.

5.5 EPIs

Segundo normas de segurança da NR 6, faz-se necessário a utilização de


EPIs para esse tipo de equipamento, desta forma prevenindo a saúde do operador e
reduzindo os acidentes de trabalho que possa vir a ocorrer.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),e a


NBR 13698 é necessário o uso de equipamentos de proteção respiratória, como
uma máscara semifacial filtrante para partículas, devido ao fato da produção das
mesmas na lixadeira ter um valor considerável e que possa trazer algum malefício
ao operador (INMETRO, 2012).

53
Figura 50 - Máscara contra poeira e névoas.

Fonte: PORTO, M.

Por conta de ruídos que gerados no momento do lixamento, a NBR 16076


exige o uso de protetores auditivos (ABNT, 2012).

Figura 51 - Protetor auditivo.

Fonte: PORTO, M.

É de extrema importância o uso de óculos de proteção ou viseira para o globo


ocular contra pó, que é mais específico em serviços de carpintaria realizado pela
lixadeira e projeção de materiais perfurantes e sólidos, seguindo assim a norma
técnica aplicável ANSI.Z.87.1/2003 (VILELA; BARRETO, 2009).

54
Figura 52 - Óculos de proteção.

Fonte: PORTO, M.

Com intuito de evitar acidentes relacionados a impactos devido a quedas,


seguindo a NBR 20347:2008 o operador da lixadeira deve usar sapato fechado.
Para a proteção das mãos contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes e
perfurantes, é necessário o uso de luvas pelo operador, de acordo com a EN
420:2003 + EN 388:2003 (VILELA; BARRETO, 2009).

Figura 53 - Luvas de proteção.

Fonte: PORTO, M.

De forma a possibilitar uma segurança ainda maior do operador, recomenda-


se o uso de um protetor para todo o corpo, como, por exemplo, um guarda-pó,
evitando contato do operador com a poeira produzida e contra quedas de materiais
que possam machucá-lo.

55
Figura 54 - Guarda-pó.

Fonte: PORTO, M.

5.6 ENSAIOS E DISCUSSÃO

5.6.1 Teste de funcionamento para o motor monofásico de máquina de lavar


roupa

Com o intuito de verificar as condições de funcionamento do motor


monofásico série 66461, usado em máquinas de lavar roupas, utilizamos um par de
pontas de prova de forma a conectar o motor à tomada, alimentando-o com uma
tensão de 120 V. O funcionamento ocorreu normalmente, sem apresentar qualquer
tipo de imprecisão e demonstrando visualmente boas características para satisfazer
as necessidades do projeto, já que o motor havia sido utilizado para outras funções,
necessitando assim o teste para analisar seu atual funcionamento.

5.6.2 Teste de funcionamento da Lixadeira

Durante os testes iniciais de funcionamento, a máquina comportou-se de


acordo com o esperado, possibilitando assim o início de testes mais específicos,
com materiais para análise da eficiência da lixadeira de cinta. Os cilindros, enquanto
recebiam movimento vindo do motor através do sistema de polias e correia, guiavam
a lixa de forma a não apresentar nenhum deslizamento de costado. No entanto,

56
durante o procedimento foi possível observar uma grande produção de poeira a qual
se deposita na parte inferior da lixa, necessitando assim, de uma limpeza frequente
para que se evite problemas respiratórios ao operador.

A partir dos testes feitos com materiais de maior dureza, a exemplo


maçaranduba, ocorreu a quebra do eixo feito de barra roscada, após algumas
observações foi possível concluir que o defeito originou-se devido ao tensionamento
excessivo da correia que fazia ligação entre as duas polias. Por esse motivo, houve
a precisão de realizar a folga da correia através da movimentação do motor, onde o
parafuso responsável pela junção da base do motor e a criada a partir da madeira
percorressem no rasgo aproximando as duas polias, folgando a correia, diminuindo
a tensão. Contudo, a folga não implicou na eficácia do procedimento.

5.6.3 Teste com lixa P36 em madeira

Nos testes realizados com madeira o equipamento apresentou boa


capacidade de desbaste com a lixa P36 por conta dos seus grãos destinados a
realização dessa atividade. Maçaranduba, madeira de pinho e de mangueira, foram
os 3 tipos de madeira usados nos testes.

Primeiro estipulou-se um tempo de 1 minuto, para realização do desbaste de


cada uma desses tipos e foi observada a diminuição no diâmetro das mesmas,
conforme segue Tabela 3 e o tempo de 2 minutos de acordo com a Tabela 4.

Tabela 3- Diminuição do diâmetro da madeira na lixa P36 com 1 min.


Tipo de madeira Diâmetro reduzido
após desbaste (mm)
Maçaranduba 0,09

Pinho 0,28

Mangueira 0,13

Fonte: Autores do Projeto.

57
Tabela 4- Diminuição do diâmetro da madeira na lixa P36 com 2 min.
Tipo de madeira Diâmetro reduzido
após desbaste (mm)
Maçaranduba 0,20

Pinho 0,55

Mangueira 0,30

Fonte: Autores do Projeto.

De acordo com Santiago (2011), algumas variáveis controláveis podem


influenciar na quantidade de material retirado durante o procedimento de desbaste,
são elas: a velocidade de rotação transmitida pelo motor à lixa, que dependendo do
material a ser lixado pode acabar sendo queimado; a pressão exercida sobre o
material; granulometria do abrasivo utilizado.

Considerando que o motor trabalhava com 1650 rpm, sem nenhuma perda,
durante todo o processo e a cinta P36 tem seus grãos e foi utilizada com os
diferentes materiais, pode-se dizer que esses estavam submetidos às mesmas
condições de trabalho, no que se refere a velocidade e a cinta para desbaste. No
entanto, deve-se levar em consideração que não se pôde medir e ser aplicado de
forma proporcional a pressão exercida pelo operador no momento do teste, através
dos equipamentos disponibilizados pela instituição, já que a força pode ter variado,
levando em conta que não foi usado nenhum equipamento específico para controlar
e verifica-a durante a atividade.

Um fator que não pôde ser controlado foi a umidade da madeira, onde quanto
mais úmida maior será a quantidade de material retirado, provocando assim um
maior desbaste. Em contrapartida, os desbastes de maior qualidade são feitos em
madeiras de baixa umidade ainda que a redução da superfície não seja
consideravelmente maior que nas de alta umidade (SANTIAGO, 2011).

Apesar da força do operador na realização da atividade influenciar no


desbaste, os resultados obtidos estão de acordo com as propriedades mecânicas
desses materiais. A maçaranduba, que possui dureza na escala Janka (escala
utilizada para medir esse tipo de propriedade) é de 9611 N, foi o material que no
58
mesmo intervalo de tempo teve um menor diâmetro de redução. Enquanto isso, a
madeira de mangueira com 4981N de dureza, teve uma redução superior ao da
maçaranduba por ser mais macia. E a de Pinho teve desbaste superior as outras
duas, por conta de sua dureza avaliada em 2687 N, apresentando, esse, o maior
grau de redução no mesmo período de tempo.

5.6.4 Teste com lixa P120 em madeira após desbaste

Com a lixa P120, destinada especificamente para o acabamento de madeira,


pôde-se constatar uma boa qualidade do nivelamento da superfície dos três tipos de
madeira, tornando-a mais lisa e plana, conforme segue as figuras.

Figura 55 - Maçaranduba antes (1) e após (2) acabamento.

Fonte: PORTO, M.

59
Figura 56 - Mangueira antes (1) e após (2) acabamento.

Fonte: PORTO, M.

Figura 57 - Pinho antes (1) e após(2) o acabamento.

Fonte: PORTO, M.

5.6.5 Teste com latas de alumínio com lixa P120 para madeira

Os testes foram realizados com latas de alumínio, onde se objetivava retirar a


sua pintura, deste modo auxiliando no processo de fundição realizada por outro
projeto de conclusão de curso na instituição (projeto de fundição). A lata foi usada
60
apenas na lixa P120 especifica para acabamento, por conta de seus grãos menores,
que são mais adequados para o processo.

Conseguiu-se retirar a pintura do alumínio, de forma satisfatória, pois no


processo de lixamento, houve a retirada total na região lixada, conforme Figura 53.
Após a realização dos testes percebeu-se a necessidade da criação de um
mecanismo para agilizar o procedimento, onde a lata seria fixada na estrutura e
realizaria um movimento de giro no sentido contrário ao da cinta, dessa forma
possibilitando mais segurança ao operador, aumentando a eficiência durante o
processo e na obtenção da qualidade do produto final.

Figura 58 - Lata de alumínio antes e após lixamento.

Fonte: PORTO, M.

5.6.6 Teste com poliamida 6.6 com lixa P36 e P120 para madeira

Como resposta aos testes realizados com a lixa P36, observou-se que a
poliamida 6.6 apresentou ranhuras e desbaste ruim por conta de suas propriedades
físicas, em especial a alta resistência ao abrasivo, visto que a composição da lixa é
de grãos com a capacidade de abrasividade. No entanto, contrário ao esperado de
gerar soldagem por conta de alta temperatura na região de contato, a lixa que possui
grãos grossos e mais espaçados não danificaram a poliamida, devido à baixa
velocidade da operação e seu ponto de fusão, de 245ºC.

61
Figura 59 - Ranhuras na poliamida 6.6 causada pelo desbaste da cinta.

Fonte: PORTO, M.

Com a lixa P120 especifico para acabamento em madeira, constatou-se que


na superfície da peça foi realizado um bom acabamento, por conta dessa lixa
possuir cristais abrasivos finos, se comparado a P36. Deste modo, conclui-se que
com o uso da lixa para madeira é recomendável apenas a atividade de acabamento
na poliamida 6.6.

Figura 60 - Poliamida antes (1) e após (2) acabamento.

Fonte: PORTO, M.

O acabamento foi comparado com o faceamento realizado no torno mecânico


MAROD da instituição, por esse motivo pode-se afirmar que o acabamento obtido na
62
lixadeira de cinta possui maior qualidade, conforme mostra a Figura 60, isso porque
ela não depende da afiação da lâmina e da angulação, como ocorre no torno. Outra
vantagem da lixadeira em relação ao faceamento é o tempo da atividade, que ocorre
em um curto período. Porém, tem como desvantagem exigir um maior cuidado do
operador para que deixe uma superfície plana, já que o torno não necessitando de
tal exigência.

Figura 61 - Poliamida após faceamento.

Fonte: PORTO, M.

5.6.7 Teste de acabamento em PVC com lixa P120 para madeira

Como a superfície de tubos de Policloreto de Vinila (PVC) já são lisas, o teste


realizado teve como objetivo verificar o desempenho da lixa P120 , no acabamento e
retirada de materiais incrustados na sua borda, causada pelo corte por meio de um
arco de serra.
Foi observado que a lixa P120 mostrou um bom desempenho no material de
plástico em específico o PVC, retirou as rebarbas deixando a superfície mais lisa e
plana, facilitando assim a junção com outros elementos de tubulação. Além disso,
não ocorreu o derretimento do material visto que não atingiu a temperatura de 80 ºC
(ponto de fusão do PVC).

63
Figura 62 - PVC antes e após o lixamento.

Fonte: PORTO, M.

6. ORÇAMENTO

Para a construção do protótipo buscou-se atingir um preço considerado baixo,


ou seja, um baixo custo relacionado ao preço presente no mercado, partindo dos
aparelhos mais simples, de R$ 200,00 até R$ 600,00, desse modo adquirindo peças
baratas ou ainda presentes no Instituto.

Tabela 5- Orçamento do Projeto

Quantidade Material Custo do Protótipo Custo Real


01 Caixote de Madeira Doação 40,00
01 Tábua de Madeira Doação 14,00
01 Motor Monofásico Doação 170,00
01 Barra Roscada 8,50 8,50
01 Barra de Poliamida 6.6 Doação 8,00
(Tecnil)
01 Kit Trinco Ferrolho 6,00 6,00
01 Correia em V lisa Doação 15,00
01 Tubo PVC Doação 20,00
03 Lixa de Parede 2,40 2,40
04 Rolamento modelo 609zz 12,00 12,00
01 Lixa P36 13,00 13,00
01 Lixa P120 15,00 15,00
06 Parafusos 6,00 6,00
06 Porcas D=5,0mm 1,80 1,80
10 Porcas D=11mm 4,00 4,00
10 Arruela 1,50 1,50
01 Kit Dobradiça 12,00 12,00
64
14 Prego D=2,2mm 0,75 0,75
08 Prego D=3,4mm 2,20 2,20
01 Capacitor Doação 14,00
01 Botão Liga 7,80 7,80
01 Plug Energia Macho 2,00 2,00
01 Botoeira de Emergência 12,00 12,00
01 Fio 1,20 1,20
01 Cola de madeira 4,00 4,00
02 Tinta 12,00 12,00
01 Caixa de proteção 30,00 30,00
TOTAL 154,15 443,15

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho foi realizado com base nos conhecimentos adquiridos ao


longo do curso, ligando a teoria à prática. De acordo com os testes o protótipo
alcançou os objetivos previstos possuindo boa capacidade de desbaste e
acabamento, diminuindo também o tempo requerido pelo operador para realizar tal
processo, além do mesmo ter sido construído com o valor médio em relação ao
preço presente no mercado.

Com a instalação dos mecanismos de troca da lixa foi possível elevar a


qualidade do protótipo, evitando que somente um tipo de lixa fosse usado ou
evitando que necessitasse danificar a própria cinta no momento de sua troca ou
remoção.

Verificou-se também a grande eficiência no processo de lixamento de


meterias, como em madeiras, latas de alumínio (direcionado à remoção da tinta),
além da poliamida 6.6, material utilizado nas aulas de usinagem.

65
8. SUGESTÔES PARA TRABALHOS FUTUROS

Para maior eficiência da Lixadeira de cinta, sugere-se o aprimoramento da


máquina por meio da inclusão do disco, para que com o mesmo efetue-se outras
atividades, como ajuste de borda das peças com ângulos pré-determinados. Além
disso, o uso do capacitor nesse projeto foi o de 220 V, pois era o disponível na
instituição e que atendia a necessidade do circuito, no entanto, recomenda-se a
utilização do de 120 V para esse protótipo já que o motor é de 120 V.

Futuramente o motor de indução monofásico WEG (máquina de lavar) poderá


ser trocado por um motor universal, esse o qual possibilitará o controle de rotação
pelo operador.

Para fins de proporcionar uma maior segurança ao operador e reduzir o seu


esforço, propõe-se o emprego de um motor de vidro elétrico instalado junto a uma
barra roscada que realizará um movimento no sentido contrário a lixa, de forma a
agilizar o processo de lixamento das latas para a fundição. Evitando assim o contato
direto do operador com a máquina em questão.

66
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Trabalhos
acadêmicos — Apresentação. Disponível em:
<http://www.oabce.org.br/arquivos/2011-05-03_20-36-06-ABNT-2011.pdf>. Acesso
em 04 fev. 2016.

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tensão. Disponível em: http://www.ufjf.br/manuel_rendon/files/2012/11/NBR_5410-
2004_-Instala%C3%A7%C3%B5es-El%C3%A9tricas-de-Baixa-Tens%C3%A3o.pdf>.
Acesso em 30 jan. 2016.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13759 Segurança de


máquinas – Equipamentos de parada de emergência – Aspectos funcionais -
Princípios para projeto. Disponível em: <
http://vipelevadores.com.br/arquivos/1445452008.pdf>. Acesso em 28 fev. 2016.

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auditivos. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/noticias/3536-normas-para-
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50041783-catalogo-portugues-br.pdf>. Acesso em 30 jan. 2016.

72
APÊNDICES

APÊNDICE A EAP

73
74
APÊNDICE C CROQUI

75
APÊNDICE D DESENHO TÉCNICO PERSPECTIVA

IFBA
SANTO AMARO - BA LIXADEIRA DE CINTA FOLHA
APROVADO EM
ELABORADO EM: 26/01/2016

POR: MAHARA PORTO


LARISSA AQUINO
SÁVIO COSTA
APROVADO POR

ESCALA UNIDADE
1/1
TAÍS LIMA 1:10 DE MEDIDA
cm
R-01
76
APÊNDICE E DESENHO TÉCNICO VISTA FRONTAL

IFBA
SANTO AMARO - BA LIXADEIRA DE CINTA FOLHA
APROVADO EM

1/1
ELABORADO EM: 26/01/2016

POR: MAHARA PORTO APROVADO POR


LARISSA AQUINO
SÁVIO COSTA ESCALA UNIDADE DE
TAÍS LIMA 1:10 MEDIDA
cm R-01
77
APÊNDICE F DESENHO TÉCNICO VISTA LATERAL

IFBA
SANTO AMARO - BA LIXADEIRA DE CINTA FOLHA
APROVADO EM
ELABORADO EM: 26/01/2016

POR: MAHARA PORTO


LARISSA AQUINO
SÁVIO COSTA
APROVADO POR 1/1
TAÍS LIMA ESCALA
1:10
UNIDADE DE
MEDIDA R-01
cm
78
APÊNDICE G DESENHO TÉCNICO VISTA SUPERIOR

IFBA
SANTO AMARO - BA LIXADEIRA DE CINTA FOLHA
APROVADO EM

1/1
ELABORADO EM: 26/01/2016
POR: MAHARA PORTO APROVADO POR
LARISSA AQUINO
SÁVIO COSTA ESCALA UNIDADE DE
TAÍS LIMA 1:10 MEDIDA
cm R-01
79
Apêndice B Cronograma

74

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