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2.3.2.

Cinemática do Movimento Curvilíneo: Coordenadas Normal e


Tangencial
Exemplo de Aplicação

Uma motocicleta sobe uma


encosta em que o traçado pode
ser aproximado por uma função
y=f(x).

Se a motocicleta parte do repouso e aumenta sua velocidade a uma


taxa constante, como pode-se determinar a sua velocidade e aceleração
no topo da encosta?

Como se poderia analisar o salto da motocicleta no topo da encosta?

Aula 03 1
Quando a trajetória de um ponto material é conhecida, torna-se
conveniente, em muitos casos, descrever o movimento usando um
sistema de eixos n e t com origem no ponto material e ajustados, a todo
instante, nas direções normal e tangencial à trajetória.

No sistema de coordenadas n-t , a


origem está localizada na partícula
(a origem desloca-se com a
partícula)

O eixo t é tangente à trajetória no


instante considerado, sendo positivo
no sentido do movimento da
partícula.

O eixo n é perpendicular ao eixo t com sentido positivo a apontar para o


centro da curvatura da curva.

Aula 03 2
O sentido positivo para as direções
n e t são definidos pelos vetores
unitários un e ut, respectivamente.

O centro de curvatura O’ está


localizado do lado côncavo da
curva.

O raio de curvatura  é definido como a


distância na perpendicular da curva ao
centro de curvatura nesse ponto.

Aula 03 3
Velocidade no Sistema de Coordenadas n-t

O vetor velocidade é sempre


tangente à trajetória (direção t)
v  v ut

Aceleração no Sistema de Coordenadas n-t

a  a t  a n  at u t  anu n

Aula 03 4
a  a t  a n  at u t  anu n

𝑑𝑣 𝑣2
𝑎𝑡 = =𝑣 𝑎𝑛 =
𝑑𝑡 𝜌

Aula 03 5
Aceleração no Sistema de Coordenadas n-t (cont.)

a  at +a n a  at ut +anu n


a  vu t  un

𝑎𝑡 = 𝑣
a  at ut  anu n
𝑣2
𝑎𝑛 =
𝜌
a  at  a n

Aula 03 6
Das componentes tangencial e normal da aceleração, que são
mutuamente perpendiculares, obtém-se o módulo da aceleração:

a  at2  an2

A componente tangencial é sempre tangencial à


curva e na direção da velocidade.

A componente normal ou centrípeta está sempre dirigida na


direção do centro de curvatura da curva.

Aula 03 7
Para resumir os conceitos aprendidos, consideremos os seguintes casos
especiais:

1. Se o ponto material desloca-se ao longo de uma trajetória retilínea

    an =v 2 /   0  a𝑎=at 𝑎𝑡 v&


=𝑣
A componente tangencial da aceleração representa a taxa de variação
temporal do módulo da velocidade

2. Se o ponto material desloca-se ao longo da curva com velocidade


escalar constante

v&𝑣a=
𝑎𝑡 = t 00  a =an =v 2
/
A componente normal da aceleração representa a taxa de variação
temporal da direção da velocidade

Aula 03 8
A partir das interpretações feitas no slide anterior, conclui-se que um
ponto material que se move ao longo de uma trajetória curvilínea terá
acelerações orientadas como indicada na figura abaixo:

Se a trajetória é expressa como y=f(x), o raio da curvatura  em


qualquer ponto da trajetória é determinado pela equação:


1  dy / dx  2 3/ 2

d 2 y / dx 2

Aula 03 9
V constante

V aumentando
V aumentando V constante

an a = an
a

at a = at a=0

Aula 03 10
Observação:
Um motorista dirigindo num trevo experimenta uma aceleração normal
devido à mudança de direção da velocidade.
A componente tangencial da aceleração ocorre quando o movimento do
carro se torna mais rápido ou mais lento (quando há variação no
módulo da velocidade)

Aula 03 11
Quando a aceleração at é constante, at=(at)c, as seguintes
equações são válidas:

s  s0  v0t  (1 / 2)(at ) c t 2

v  v0  (at ) c t

v 2  v02  2(at ) c ( s  s0 )

Qdo at não for cte:

𝑑𝑣 𝑑𝑠
𝑎𝑡 = 𝑣=
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑎𝑡 𝑑𝑠 = 𝑣 𝑑𝑣

Aula 03 12
Exemplo

Um carro de corrida parte do repouso e percorre uma pista circular


horizontal de raio de 300 pés. Se a sua velocidade escalar aumenta a uma
taxa constante de 7 pés/s2, determine o tempo necessário para ele
alcançar uma aceleração de 8 pés/s2. Qual a sua velocidade escalar neste
instante?

Aula 03 13
Solução:
𝑣0 = 0 𝜌 = 300 𝑝é𝑠
Sist. de Coordenadas:
𝑎𝑡 = 7 pés/s2
𝑡 =?  𝑎 = 8 pés/s2 → 𝑣 =?

𝑎𝑡 = 7 pés/s2
𝑣2 Para aceleração tangencial
𝑎2 = 𝑎𝑡2 + 𝑎𝑛2 𝑎𝑛 = constante:
𝜌
𝑎 = 8 pés/s2 𝑣 = 𝑣0 + (𝑎𝑡 )𝑐 𝑡
2
2 2
𝑣2 34,1= 0 + 7𝑡
𝑎 = 𝑎𝑡 +
𝜌
4 𝑡 = 4,87 𝑠
𝑣
82 = 72 +
3002
𝑣 4 = (82 − 72 )3002 𝑣 = 34,1 𝑝é𝑠/𝑠

Aula 03 14
Exemplo
A figura (a) abaixo mostra caixas que se movem por meio de um
transportador industrial. Uma caixa (figura (b)) parte do repouso em A e
sua velocidade escalar aumenta a uma taxa at=(0,2t)m/s2, onde t é dado
em segundos. Determine o módulo de sua aceleração quando ela chega
ao ponto B.

Aula 03 15
Solução:
Parte do repouso: v0=0 qdo s0=0
at = 0,2t m/s2
a = ? Qdo s = sB

𝑎𝑡𝐵 = 0,2𝑡𝐵
2 2
𝑎𝐵 = 𝑎𝑡𝐵 + 𝑎𝑛𝐵 𝑣𝐵2
𝑎𝑛𝐵 =
𝜌

𝑑𝑣 𝑑𝑠
Como at não é cte: 𝑎𝑡 = 𝑣=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑣 = 𝑎𝑡 𝑑𝑡 𝑡𝐵 𝑠𝐵 𝑡𝐵3
0,1 = 𝑠𝐵
𝑣 𝑡 𝑣𝑑𝑡 = 𝑑𝑠 3
𝑑𝑣 = 0,2𝑡 𝑑𝑡
0 0 2𝜋𝜌
𝑠𝐵 = 3 +
0 0 𝑡𝐵 𝑠𝐵 4
0,2𝑡 2 0,1 𝑡 𝑑𝑡 =2
𝑑𝑠 2𝜋2
𝑣= 𝑣 = 0,1𝑡 2 𝑠𝐵 = 3 +
2 0 0 4

Aula 03 16
2𝜋2 𝑡𝐵3 𝑡𝐵3
𝑠𝐵 = 3 + = 6,1416 0,1 = 𝑠𝐵 0,1 = 6,1416
4 3 3

𝑡𝐵 = 5,69 s 𝑎𝑡𝐵 = 0,2𝑡𝐵 𝑎𝑡𝐵 = 0,2 5,69 = 1,138 m/s2


𝑣𝐵 = 0,1(5,69)2
𝑣𝐵2 3,2382
𝑣𝐵 = 3,238 m/s 𝑎𝑛𝐵 = 𝑎𝑛𝐵 = = 5,242 m/s2
𝜌 2

2 2
𝑎𝐵 = 𝑎𝑡𝐵 + 𝑎𝑛𝐵

𝑎𝐵 = 1,1382 + 5,2422

𝑎𝐵 = 5,36 m/s2

Aula 03 17

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