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DIREITO INTERNACIONAL
3) Secretariado;
ONU:
www.onu-brasil.org.br
→ Jus Gentium (direito das gentes; era mais flexível e facilitava as relações
comerciais entre cidadãos romanos e estrangeiros. Era um direito privado).
Para Francisco de Vitória, o Direito nternacional surge para regular as relações entre os
povos. Francisco Suárez também parte desse sentido. Ele separou o Jus Gentium em duas
categorias:
1) Jus intra gentes (a comunidade devia observar nas suas relações internas);
2) Jus inter gentes (todas as comunidades deviam observar nas relações entre si).
→ A Liga das Nações foi a antecessora da ONU e tinha como objetivo evitar a Segunda
Guerra Mundial. Os Estados associaram-se para regulamentar determinados interesses
comuns.
Uma norma interna é produzida dentro das fronteiras territoriais de um único Estado.
Uma norma internacional é produzida por no mínimo dois Estados no âmbito da comunidade
internacional.
Nenhuma decisão pode ser votada de modo que contrarie os interesses dos membros
permanentes.
→ A titularidade jurídica internacional dos Estados surgiu em 1648 com a Paz de Vestefália.
O Estado é uma realidade jurídica, resultado de uma série de fenômenos que transcendem
o âmbito jurídico.
“Trata-se de uma coletividade composta por um território e por uma população submissos
por um poder político organizado”.
Dos sujeitos de direito internacional, o Estado se diferencia dos demais por ter soberania.
Relativizar a soberania dos Estados foi necessário para que houvesse coexistência pacífica
(convivência em sociedade).
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- Território;
- Governo.
• População: é o conjunto dos nacionais (indivíduos que têm um elo permanente com
o Estado). Esse elo denomina-se nacionalidade.
• Território: É o limite de onde o Estado exerce seu poder. Território são as faixas de
terra, as águas interiores, os rios internos, que nascem e morrem em território
brasileiro, as ilhas, o mar territorial e toda a faixa de ar atmosférico.Além disso, o
Brasil tem a Zona Econômica Exclusiva. As fronteiras entre os Estados são
delimitadas por acordos bilaterais entre os países. Podem ser fronteiras artificiais
ou naturais. Podem ser delimitadas ainda por efeito de ocupação territorial. No
Brasil, a fronteira imposta pelo Tratado de Tordesilhas que dividia o país ao meio, e
que pelo qual, de um lado seria dos portugueses, e do outro, da Espanha, não foi
respeitado pelos portugueses que se valeram de um princípio internacional que era o
de que, até onde não se encontrasse resistência, poder-se- ia avançar,
descobrindo e ocupando terras que não eram de ninguém. Assim, aquele que
tomasse posse, e não encontrasse resistência, podia fixar a sua soberania naquele
território.
* Comportamento ativo ocorre quando o Estado deseja manter relações com outro
Estado.
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- Implícito
Doutrina Tobar: foi desenvolvida por Tobar, que dizia que os Estados devem reconhecer
outros Estados.
OBS: o Brasil reconhece Estados, mas não Governos. Portanto, adota a Doutrina Estrada.
→ Princípio da não ingerência dos negócios internos dos Estados (art. 2º, § 7º da Carta da
ONU).
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Jurisdição
Tipos de Sucessão
1) Fusão ou agregação
Dois ou mais Estados soberanos fundem-se para formar uma soberania. Ex: Alemanha após
a queda do Muro de Berlim (fusão da Alemanha Oriental e Ocidental); RAU (República
Árabe Unida 0 fusão da Síria e do Egito, mas não deu certo).
Estados que formam um território único se separam para formar duas soberanias. Ex:
Tchecoslováquia, Iugoslávia, União Soviética.
3) Transferência de território
A primeira O.I que surgiu foi a Liga das Nações (1919), que foi resultado da Primeira Guerra
Mundial.
De outro lado, foi criada a OIT (1ª organização internacional de vocação universal para
manter a paz e a segurança nacionais).
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- OIs (são sujeitos derivados (Associações de Estados) Têm sede, e não território;
- Indivíduos
- Santa Sé
ONG: não é formada por estados. Quem cria são particulares (pessoa física ou jurídica).
Tratado = ato misto, porque ao mesmo tempo que ele é um contrato entre Estados, ele
deve obedecer a Constituição.
Tratado Constitutivo: é aquele que constitui alguma coisa. Cada tratado constitutivo é que
vai prever o órgão de personalidade jurídica distinta dos seus Estados-Membros. A ONU
pode celebrar Tratado com outros Estados.
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103;
108;
2º, § 1º;
A ONU foi criada por Tratado, que pode ser modificado (vide o art. 108 da Carta da ONU).
Uma organização internacional tem uma sede, e não um território. Ela é organizada através
de um tratado constitutivo. Não se tem um governo, pois ela tem um perfil totalmente
diferente do de um Estado. Em razão disso, ela tem menos poderes do que um Estado.
Limites dessa OI: pode ir até onde os Estados desejarem, se estes quiserem dar para a
organização apenas a função de conselheira,isso estará no contrato constitutivo; da vontade
dependerá da vontade dos membros. Ex: a ONU não interferiu na intervenção dos EUA no
Iraque, porque os EUA fazem parte dos membros permanentes e a ONU não sanciona um
membro seu.
No caso de OMCs, o Tratado que está no topo é o Tratado de Marrakech.
- Membros originários: são os que entraram na OI no momento que ela foi construída (51
Estados-Membros fundadores, o Brasil é um deles).
A Ilha de Taiwan já pediu mais de 100 vezes e em todas não foi admitida. É reconhecida
pela China como parte de seu território, e não como um território soberano.
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A Santa Sé, embora seja uma pessoa jurídica/sujeito de direito internacional, não se trata de
um Estado; ela tem um pequeno território cedido pela Itália com a finalidade religiosa. Tem
um status de membro observador e não tem direito de voto. Cada organização internacional
varia de caso a caso, conforme determine a Constituição da OI.
Diferença dos deveres do membros originários e admitidos: os membros originários, em
regra, não possuem direito maior do que aqueles admitidos posteriormente.
- Para países que ingressarem na OI, via de regra o direito mais importante é o de
participação de voto e também o direito de retirada, ou seja, do mesmo modo que entrou,
terá o direito de sair. Quando o Estado entra para a Organização ele ratifica o Tratado ou
adere ao Tratado, que é uma forma de ratificação.
Não é porque não existe previsão expressa no Tratado que o Estado fica obrigado a ficar na
OI. Quando o Estado não tiver mais interesse em fazer parte de tal Tratado ou Organização,
ele fará uma notificação alegando sua vontade de sair da Organização (por um ato
denominado denúncia).
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1) Quanto à origem:
- Originais: são criados pela Carta da ONU (ver o art. 7⁰)
- Derivados ou subsidiários: art. 7⁰, § 2⁰ da Carta da ONU.
2) Quanto à natureza:
- Interestatais: são formados por representantes dos Estados.
- Integrados: são compostos por agentes da Organização (funcionários internacionais). Ex:
Antônio Augusto Cansado Trindade é juiz brasileiro que atua na Corte Internacional
(Tribunal Internacional). Os juízes têm vínculo com a ONU, e não com o seu Estado de
nacionalidade.
3) Quanto à extensão:
- Órgãos plenos: são compostos por todos os representantes dos Estados-Membros.
- Órgãos restritos: são compostos por parte dos representantes dos Estados-Membros.
Sistema de votação:
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As decisões só eram tomadas com as votações unânimes dos membros. Isso evoluiu para o
sistema majoritário. Existe ainda a maioria simples; maioria ponderada, que é quando os
votos têm pesos de acordo com os Estados; temos também o princípio do consenso, onde o
líder da reunião diz o modo como a decisão será tomada e pergunta se alguém tem algo a
dizer ou discordar.
Do ponto de vista jurídico, um Estado empresta seu território para que funcione ali a sede da
OI.
Acordo de sede: é um Tratado feito entre o Estado e a OI para que funcione qualquer
organização diplomática.
Sede em Viena
O orçamento da ONU é bianual e deve ser aprovado pela Assembleia Geral. Parte do
orçamento é utilizado para pagar funcionários da ONU e manter a estrutura das sedes.
Parte do orçamento também é utilizado para as operações de acordo de paz.
Sanções de OIs: cada organização tem em seu Tratado Constitutivo uma série de sanções.
Essas sanções podem ser de dois tipos:
- Exclusão (art. 6 da Carta da ONU). É a sanção mais radical. Não é comum acontecer
expulsão de membros da ONU porque não é inteligente expulsar um Estado, visto que ele
estará absolutamente livre para executar qualquer ação do modo que bem entender,
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enquanto que se ele permanecer dentro da Organização ele sempre sofrerá pressão jurídica
contra certas ações que queira tomar(resolução, decreto).
Mesmo que o Tratado Constitutivo silencie a respeito da saída de algum Estado da OI, no
momento que o Estado ratifica o Tratado ele não é obrigado a permanecer na Organização
perpetuamente.
Quanto à competência
- Política: organização que tem como objetivo principal a proteção universal na manutenção
da paz internacional.
- Técnica específica: organização universal que tenha competência comercial (OMC – OIT –
FMI – UNESCO).
Exs:
Alcance universal e competência econômica = Mercosul, União Européia.
Alcance regional e competência em relação aos direitos humanos = OEA, Sistema Europeu.
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As fontes do Direito Internacional estão previstas no art. 38 do Estatuto CIJ. São elas:
OBS: pegar o texto sobre Convenção de Viena
(a)Tratados – são fontes convencionais. Tratados não são contratos. Os Tratados são as
fontes escritas, regulamentados pela Convenção de Viena. São acordos celebrados entre
sujeitos de direito internacional (Estados)
(b) A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (1969) é o Tratado que regulamenta
o direito dos Tratados, ou seja, veio para regulamentar o modo de funcionamento dos
Tratados Internacionais. Ela é uma espécie de Código Civil e tem 110 Estados que fazem
parte.
O Brasil começou a fazer parte da Convenção de Viena em 1969.
- Tratado bilateral: é aquele celebrado por duas partes, ou seja, dois Estados.
- Tratado multilateral/universal: tem vocação à universalidade; não é, portanto, o
Tratado que será necessariamente aceito por todos os 192 membros da comunidade
internacional. Está aberto a participação de qualquer Estado.
Tem as seguintes características (que existem somente nesse tipo de Tratado):
1) Redação por uma comissão de Direito Internacional;
2) Adesão (assinatura + ratificação);
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Outras classificações
ATENÇÃO:
O único tipo desses tratados que é regulado pela Convenção de Viena é entre
Estados.
- Segundo o número de partes: bilateral, plurilateral e multilateral.
- Segundo o procedimento: * Muito importante
1. Tratados em forma solene (tem as 04 fases; EXIGE A PARTICIPAÇÃO DO P.
LEGISLATIVO; SE O LEGISLATIVO NÃO APROVAR, O ESTADO NÃO FARÁ
PARTE DO TRATADO)
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2) Entrada em vigor
1) Preâmbulo
É composto por:
- Enumeração das Partes (é a identificação dos Estados que fazem parte do Tratado).
- Exposição de motivos
- Objeto: o regime jurídico dos Tratados.
É o núcleo do
preâmbulo - Finalidade: regulamentar determinadas questões para
evitar a guerra, ou seja, estabelecer a paz e a segurança
internacionais. Cada Tratado adota um procedimento
adequado a sua finalidade.
2) Dispositivo
É o corpo do Tratado; tem fins hermenêuticos. Engloba:
- Artigos (são as obrigações jurídicas impostas aos Estados que
o funcionamento do Tratado)
- Anexos (eventualmente, pois não são todos os Tratados que têm anexos) São
dispositivos técnicos que regulamentam os dispositivos dos Tratados.
* Protocolo de Kyoto é um anexo do Protocolo Principal (Convenção Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima).
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O Direito Internacional foi e continua sendo essencialmente costumeiro. Ex: não existia
norma de que os Estados eram livres para navegar em alto mar.
Em decorrência de uma necessidade internacional, as embaixadas (que tinham outro nome
na época) eram dotadas de imunidades e privilégios.
Até a metade do séc. XX não existia nenhum documento internacional que previsse essas
normas de forma taxativa.
Quanto mais evoluída é uma sociedade, mais codificada ela se torna.
Do ponto de vista das normas jurídicas, o Direito Internacional está muito atrasado em
relação às normas estatais.
Não há hierarquia na comunidade internacional.
O fenômeno do Tratado Internacional é um fenômeno antigo. Mas os Tratados celebrados,
em sua maioria, envolviam poucas partes.
A primeira tentativa de criar uma OI foi a Liga das Nações, que foi criada pelo Tratado de
Versalhes. Junto com a Liga, foi criado o primeiro Tribunal Internacional (jurisdição)
permanente.
Antes disso, as controvérsias eram resolvidas por jurisdições a doc (arbitragens), que não
eram permanentes, mas sim criadas para resolver um problema especifico.
A primeira jurisdição permanente da história só foi possível no momento que foi criada uma
Liga Internacional.
Corte permanente de Justiça Internacional – foi criada em 1919, mas não existe mais. Foi
substituída pela CIJ em 1945, quando foi criada a ONU.
No período pós-primeira guerra, no momento que foi criado o Estatuto da CIJ os juízes
tiveram que decidir quais as fontes seriam utilizadas para a solução de controvérsias
internacionais. É essa a importância do art. 38 da Estatuto da CIJ.
O Direito Internacional era regulamentado essencialmente por normas não escritas
(costumes internacionais e princípios gerais do Direito).
Havendo Tratado, os juízes lançarão mão desse Tratado para resolver conflitos.
a) As convenções internacionais
b) O costume internacional: é tido como prova de uma prática geral aceita como sendo o
Direito (art. 38, I b do Estatuto da CIJ).
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Na ausência de costume, a Assembleia cria normas para resolver um caso específico. Ex:
regulação de investimentos internacionais, terrorismo internacional (não há em Direito
Internacional um conceito de terrorismo porque não há consenso; logo, ninguém pode ser
processado no Tribunal Penal Internacional por crime de terrorismo).
Nos casos de ausência de Direito (ou seja, ausência de costume e de Tratado) deve ser
criado o desenvolvimento progressivo (cria-se algo que não existe).
O art. 13, alínea a fez com que a Assembleia Geral da ONU criasse em 1947 um órgão
chamado CDI (Comissão de Direito Internacional), que é órgão subsidiário da Assembleia
Geral.
A Comissão de Direito Internacional é formada por 34 juristas especialistas em Dto
Internacional, que são eleitos pela Assembleia Geral a fim de representar os principais
sistemas jurídicos do mundo.
Os 34 juristas recebem a missão de codificar e desenvolver o Direito Internacional; logo, a
CDI redige os instrumentos que serão utilizados em um momento oportuno nos Tratados
Multilaterais.
Assim, em um contexto internacional onde não há legislador nem juiz, os Estados agem
como legisladores e como destinatários das normas.
Projeto de Tratado = projeto de artigos no âmbito internacional.
O Tratado Multilateral geralmente é defeituoso, lacunoso.
A CDI só funciona como legisladora no caso de Tratado Multilateral.
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→ Ver o art. 26 da Convenção de Viena (“Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser
cumprido por elas de boa fé”). Esse artigo pode ser aplicado a Estados que não fazem parte
da Convenção de Viena porque são costumes (direito espontâneo).
O Brasil ratificou a Convenção de Viena em 2009, mas mesmo antes desse período o art. 26
podia ser aplicado.
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