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TRIGONOMETRIA
INTRODUÇÃO
Ao longo do ano em diversos momentos foram referidos modelos matemáticos e o processo de modelação
matemática. Mas o que é, afinal, o processo de modelação matemática? Apresentamos uma possibilidade!
O início do processo é a escolha de um problema real que pode estar mais ou menos (in)definido. Em
seguida há que selecionar hipóteses: considera-se o atrito ou despreza-se, considera-se a espessura do
material ou despreza-se, etc. A validade das conclusões dependem exactamente das hipóteses que
consideramos. Posteriormente estamos em condições de enunciar o problema matemático propriamente
dito: que (in)equações há a resolver, quais são as variáveis, o que é constante, etc. A partir daqui, em
princípio será clara a técnica matemática que pode ser usada, embora possa não ser simples chegar à
solução. Finalmente há que redigir um relatório em que a solução do problema é usada para explicar o
fenómeno, ou prever a evolução futura, ou para servir de suporte a uma tomada de decisões. A
comunicação sob a forma matemática é uma ferramenta importante nos dias de hoje para todos os
cientistas e investigadores.
90
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS COMO FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
As razões trigonométricas podem ser vistas, não só como relações entre os comprimentos dos lados e as
amplitudes dos ângulos de triângulos rectângulos, mas também como correspondências unívocas, em que a
cada amplitude x (em radianos) de um ângulo corresponde uma razão trigonométrica dessa amplitude x.
Na 11.ª classe as razões trigonométricas foram também
associadas ao círculo trigonométrico, círculo de raio 1 com o
centro a coincidir com a origem do referencial, que nos
permite visualizar as razões trigonométricas, como é o caso do
seno, co-seno e tangente.
Imagine um ponto que se movimenta sobre a circunferência (por exemplo, ponto A na figura acima). A cada
ângulo, x, em radianos, que esse ponto define podemos fazer corresponder uma das razões trigonométricas, ou
seja, cada posição deste ponto dá-nos um ponto no gráfico da função trigonométrica.
Como as amplitudes, em radianos, bem como os valores correspondentes das razões trigonométricas, são
números reais, estamos a definir funções reais de variável real.
Neste caso, dizemos que estamos perante funções trigonométricas.
Uma concretização da descrição do movimento de um ponto numa circunferência é a tarefa seguinte:
Tarefa: Na figura está representada, num referencial ortonormado (o.n.) xOy , um arco de circunferência AB, de centro na
origem do referencial. O ponto Q move-se ao longo desse arco.
Os pontos P e R, situados sobre os eixos Ox e Oy , respectivamente, acompanham o
movimento do ponto Q, de tal forma que o segmento de recta [PQ ] é sempre paralelo ao
eixo Oy e o segmento [QR ] é sempre paralelo ao eixo Ox .
Para cada posição do ponto Q, seja x a amplitude do ângulo AOQ e seja h x a área da
região sombreada.
Resolução: Vejamos que para x 0 e para x , a área sombreada corresponde a um quarto de circunferência,
2
amplitudes para as quais a área é máxima. Assim, as opções possíveis serão a resposta (B) e (D), onde o extremo dos
intervalos são maximizantes da função. Contudo e como pordemos observar na figura a área sombreada até x diminui,
4
mas nunca chega a atingir o zero (existe sempre parte a sombreado!), pelo que a resposta correcta é a alínea (D).
91
Para resolver:
1. Na figura está representado um hexágono regular, inscrito no círculo trigonométrico.
Determine:
Seja d ( ) a distância de P a r, após uma rotação de amplitude . Qual das igualdades seguintes é verdadeira para
qualquer real positivo ?
(A) d ( ) 1 cos (B) d ( ) 2 sen
O MA8 inclui uma breve síntese relativamente à trigonometria estudada na 11.ª classe.
FUNÇÃO SENO
A partir do círculo
trigonométrico podemos
construir,
geometricamente, o
gráfico da função y= sin
x
Para cada valor de x [ 0, 2π [, sin x é a ordenada do ponto intersecção do lado extremidade do ângulo com o
círculo trigonométrico. Podemos continuar este estudo para ângulos cujas amplitudes sejam maiores ou igual a
2π e para amplitudes negativas. Assim podemos concluir que para a função seno:
Df = IR Para resolver:
92
Quanto à monotonia a função é crescente em 2k , 2k k Z
2 2
Tarefa:
Numa praia, em determinado dia, foram feitas várias medições que permitiram chegar à seguinte função:
t
y 3 2 sin , onde t representa o tempo em horas e y o nível da água, em metros.
2
1.Às vinte horas, qual era o nível da água? 2.Em que momentos a água atingiu o nível de 4m?
Resolução:
Graficamente a resolução destas questões passa por, na alínea 1 determinar a imagem do objecto 20 e no segundo caso, as
soluções que procuramos coincidem com as abcissas dos pontos de intersecção do gráfico da função com a recta constante
y=4.
y
Vejamos a resolução analítica.
1.Substituimos t por 20 na expressão e obtemos: 8
20
y 3 2 sin y 3 2 sin(10) y 1,91 (2c.d .) . 6
2
4
R: O nível da água era cerca de 1,9m.
2. Neste caso é-nos dado o valor de y e pedido o valor de t. 2
Assim, igualamos a expressão a 4, obtendo: x
-2 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
t t t 1 t
3 2 sin 4 2 sin 1 sin sin sin -2
2
2
2 2
2 6
t t 5
2k 2k , k Z t 4k t 4k , k Z -4
2 6 2 6 3 3
Substituindo:
5 13 17
k 0 t 1 t 5,2; k 1 t 13,6 t 17,8
3 3 3 3
R: Às 1h, 5,2h, 13,6h e 17,8h aproximadamente do dia em causa.
> Limites
A função sin x é contínua em IR, para qualquer número real a, logo lim sin x sin a . Como é uma função
xa
93
sin x
Sendo x, o ângulo em radianos, a função definida por f ( x) está definida em IR /{0} . Esta assume uma
x
0
indeterminação do tipo , no cálculo do limite quando x 0 , mas esta indeterminação pode ser levantada.
0
Vamos fazê-lo de forma intuitiva, utilizando tabela e gráfico.
Por observação gráfica o limite sugere 1 como o resultado do limite em causa. Da mesma forma, a observação
da tabela dá-nos indicação que, para valores de x próximos de zero, quer por aproximação à esquerda, quer por
sin x
aproximação à direita, os valores tendem para 1, como seria de esperar pela paridade da função .
x
0 1 0
lim
1 cos x 0
lim
1 cos x (1 cos x) lim 1 cos x lim sin x
2 2 x 0 sin(5 x ) x 0 x 1
94
sin x sin (nx)
notável lim 1 , que, na verdade, pode ser generalizado para nx
lim 1 , com uma simples mudança de
x0 0 nx
x
variável.
> Derivada
De uma maneira geral se u g (x) , atendendo ao teorema da função composta, vem: sin u ' u' cos u
Para resolver: 12. Considere a função real de variável real definida por
g ( x) sin x 2 . Sabe-se que a recta tangente ao gráfico de
11. Determine as expressões das funções derivadas
definidas pelas seguintes expressões: g num ponto tem declive 2 .
Atenção, as notações por vezes não são 100% claras. Repara que: sin 2 x (sin x) 2 ; sin x 2 sin( x 2 ) ; sin 3x sin(3x)
FUNÇÃO CO-SENO
g : IR IR
Seja g uma função real de variável real caracterizada por:
x cos x
Para cada valor de x [ 0, 2π [, cos x é a abcissa do ponto de intersecção do lado extremidade do ângulo com o
círculo trigonométrico. Podemos continuar este estudo para ângulos cujas amplitudes sejam maiores ou igual a
2π e para amplitudes negativas.
95
Assim podemos concluir que para a função co-seno:
Para resolver: 13. Na figura está a representação
Df = IR gráfica da função f , definida, no intervalo 0, 2 ,
por f x cos x .
Df’ = [ -1, 1 ]
É uma função par pois cos x cos (- x), x IR Tem-se que f k f 7 . Qual é o valor de k?
12
(O gráfico é simétrico em relação ao eixo dos yy)
1.Mostre que a área total da pirâmide de centro em B; o ponto E move-se ao longo desse arco; em
consequência, o ponto C desloca-se sobre o segmento BD , de
é dada, em função de x, por:
tal forma que se tem sempre EC BD
4 cos x 4 ,
A( x) x 0, . x designa a amplitude, em radianos, do ângulo CBE e x 0;
cos x 2 2
2.Calcule lim A( x) .
15.1. Mostre que a área do polígono ABEG é dada, em função
x
2 de x,por: A( x) 21 senx cos x
3. Interprete geometricamente o valor obtido. Sugestão: pode ser-lhe útil considerar o trapézio ACEG
Resolução: 1. A área total da pirâmide é a soma das
áreas dos 4 triângulos das faces laterais (congruentes 15.2. Determine A(0) e A . Interprete geometricamente
entre si) com a área do quadrado da base. 2
cada um dos valores.
Abase 2 2 4
96
2 a . A variável a corresponde à altura do triângulo da face lateral que coincide com a hipotenusa do triângulo a
Atriângulo
2
sombreado. Utilizemos as razões trigonométricas para representar a hipotenusa em função de x.
4 cos 4
2. 4 cos x 4 2 4 .
lim A( x) lim
Para resolver:
x
x
cos x 0
2 2 cos 16. Considere a função g, definida por g(x)=cosx no intervalo
2
4 ;6 . Indique, em relação à função g: extremos, zeros, sinal e
3. Quando a amplitude do ângulo x aumenta intervalos de monotonia.
até valores próximos de um ângulo recto, no limite, 17. Esboce, no mesmo referencial, os gráficos de y sin x e
y cos x .
a figura a sombreado deixa de ser um triângulo
17.1.Os zeros da função y sin x o que são para a função
rectângulo e a pirâmide deixa de ser um sólido
y cos x ?
fechado, o que faz com que a área total do 17.2. Os zeros da função y cos x o que são para a função
triângulo rectângulo e, consequentemente, a área y sin x ?
total da pirâmide tenda para infinito. 18. Considere a função g, definida por g ( x) 3 2 cos( x) .
> Limites
A função cos x é contínua em IR, para qualquer número real a, logo lim cos x cos a . Como é uma função
x a
x 2 2 2
2
2 sin x 2 sin x
(2): Porque sin( x) sin x 2 2 2 sin y sin y
lim lim lim 2 lim 2 1 2
(3):Mudança de variável y x
x
x
y 0 y y 0 y
2 x 2 x
2 2 (2) 2 (3) (4)
sin x
(4):Porque lim 1
x 0 x
Para resolver:
Tarefa: Considere a função g , de domínio 0,2 , definida por: 19. Calcule, se existirem, os
seguintes limites:
ln 2 x 1 se 0 x .
g x
sin 2 x se x 2 19.1 lim
4 cos x
x 2x
1. Estude g quanto à continuidade.
19.2 lim
1 cos x
2. Determine os zeros de g . x 0 2x 2
1 cos x
19.3 lim 97
x 0 x sin x
3. Seja , 2 tal que cos 2 . Determine g .
3
Resolução:
1. À excepção do ponto x , em todo o restante intervalo a função g é contínua por resultar de operações com
de funções contínuas. Vejamos o comportamento da função no referido ponto. Como a função está definida por
ramos, para valores menores que utilizamos o primeiro ramo e para valores à direita de o segundo ramo
da função g.
lim ln(2 x) 1 ln( ) 1 e lim sin(2 x) sin(2 ) 0 . Como ln( ) 1 0 , não existe limite no ponto
x x
estudado.
2. Determinemos os zeros de cada ramo da função.
k
sen(2 x) 0 2 x k , k Z x , k Z . Neste caso, k 2 k 3 k 4 .
2
3
Os zeros da função g são: x x x 2 .
2
2 1 2
3. Ora, cos 2 cos 1 2 . Portanto g ( ) g cos 1 . Como cos 0,84 , fazemos a
3 3 3 3
2
substituição no primeiro ramo da função. Assim vem: ln 2 cos 1 1 2,69 , ou seja, g ( ) 2,69 (2c.d .) .
3
20. Considere a função g , de domínio 0, 2 , definida por: 21. Para cada certo valor de k , é contínua em IR a
função g , definida por (ln designa logaritmo de base e)
1 ln x se 0 x
g x
cos 2 x se x 2 k cos x se
x0
g x ln x 1
20.1. Estude g quanto à continuidade. se x0
x
20.2. Determine os zeros de g . Qual é o valor de k ?
98 22.7. y xe cos x
Em (2), pela relação entre ângulos complementares, cos x0 sin x0 .
2
De uma maneira geral se u g (x) , atendendo ao teorema da função composta, vem: cos u ' u' sin u
'
1 .
Tarefa: Determine
23. Considere a função h , de domínio , , definida por h x x cos x
cos(2 x)
23.1. Utilizando a definição de derivada de uma função num ponto, calcule
Resolução: h' 0 .
'
1 (cos(2 x))´' 2 sin(2 x) 23.2. Estude h quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à
existência de pontos de inflexão.
cos(2 x) cos 2 (2 x) cos 2 (2 x)
23.3. Determine os valores x , pertencentes ao intervalo , , tais que
hx x sin x .
FUNÇÃO TANGENTE
Constata-se que o gráfico não é contínuo, tendo várias interrupções devido à tangente ser definida pelo
quociente entre o valor da ordenada e o valor da abcissa do ponto onde o lado extremidade intersecta o eixo
das tangentes. Este quociente só tem significado se a abcissa for diferente de zero, ou seja, por exemplo, no
3
intervalo em estudo 0,2 , a amplitude x do ângulo tem que verificar a condição x , .
2 2
Observando o gráfico pode concluir-se: Para resolver:
24.2. Mostre que: f x
O gráfico é simétrico em relação à origem f ( x)
3
É uma função periódica pois tan(k x) tan x, x D f , k Z
99
A função é positiva em 2k , 2k e 2k , 3 2k k Z
2 2
2
2 k , 2 k , k Z -7π/4-3π/2-5π/4 -π -3π/4 -π/2 -π/4 π/4 π/2 3π/4 π 5π/4 3π/2 7π/4
x
-2
A função não é injectiva nem contínua
-4
O gráfico da função é uma tangentóide. Estude a função nos aspectos que lhe
pareçam mais característicos e
confirme analiticamente os
resultados que possam levantar
algumas dúvidas.
Em rigor, determinar analiticamente a equação das assimptotas
verticais exige estudar a vizinhança dos pontos em que a função não
está definida. Consideremos, a título de exemplo, a função definida
pela expressão y tan(2 x ) representada graficamente na imagem ao
lado. Determinar o domínio significa determinar os valores de x tais
que 2 x k , k Z .
2
Ou seja: 2 x k x k , k Z . Assim D y IR |
k , k Z .
2 4 2 4 2
Verificando os limites laterais no ponto . lim tan(2 x ) tan 3 e lim tan(2 x ) tan 3 .
4
x
4
2 x
4 2
Sendo ambos os limites infinitos concluímos que x é assimptota vertical. Estudo análogo poderia ser feito
4
para outro(s) pontos não definidos.
Repare-se que, neste caso, as assimptotas não distam unidades entre elas, mas sim
.
2
D C
Tarefa: O quadrado da figura onde M e N são pontos médios de dois lados. Admitindo que o
lado do quadrado mede 5 cm, calcule com aproximação às unidades do grau, o valor de .
Resolução:
Seja MBˆ C . Uma vez que o triângulo [BMC] é rectângulo, podemos determinar
recorrendo à sua tangente.
2,5 A B
tan 0,5 logo tan (0,5) .
1
tan
5
Uma vez que NBˆ A MBˆ C , 90º 2 tan 1 (0,5) e portanto, aproximando às unidades, 37º .
100
Para resolver:
> Limites
26. Indique o limite da
Para a k , k Z , isto é, em qualquer ponto do domínio, sucessão:
2
1
u n tan
lim tan x tan a 2 n
x a
Como é uma função periódica não existe limite nos ramos infinitos 27.1 27.2
( x ).
27.3 27.4
x
2 x tan
Tarefa: Determine lim 2. 27.4 27.5
x 0 x
Resolução: 27.7
27.6
x x x x
2 x tan tan tan sin
lim 2 lim 2 x 2 2 lim 2 2 lim 2 27.8 27.9
x 0 x x 0 x x x 0 x (1) x 0 x
x cos
2
27.10 27.11
x x
sin sin
2 lim 2 lim lim
1 2 1 2
x 0 x x x 0 x x 0 x 27.12 27.13
cos cos 2
2 2 2
x 27.14 27.15
sin
2 1 lim 2 1 1 2
1 2 1 1 3
2 x 0 x 2 2 2
(2) 27.16 27.17
2
> Derivada
(sin x 0 ) ' cos x 0 sin x 0 (cos x 0 ) ' cos x 0 . cos x 0 sin x 0 ( sin x 0 ) cos 2 x 0 . sin 2 x 0 1
(tan x 0 )' 2
2
2
2
(1) cos x 0 cos x 0 cos x 0 (2) cos x 0
Em (1) utilizámos o desenvolvimento da regra da derivação do quociente.
Em (2), pela fórmula fundamental da trigonometria.
101
De uma maneira geral se u g (x) , atendendo ao teorema da função composta, vem: tan u '
u'
cos 2 u
Resolução:
y = f(x) O gráfico obtém-se por uma simetria em relação ao eixo dos xx.
y = f(x) O gráfico obtém-se por uma simetria em relação ao eixo dos yy.
102
O conhecimento de transformações permite-nos determinar algumas características das funções
trigonométricas. Nomeadamente o contradomínio das funções seno e co-seno pode ser determinado por
enquadramento.
Para resolver:
Tarefa: Seja a função f definida por: f(x) 2 4 cos x π
2 30.Determine o domínio, contradomínio e
zeros das seguintes expressões analíticas:
Determine:
1. O contradomínio de f. 30.1. f ( x) 3 sin x
3
2. Os valores de x para os quais a função toma o valor máximo
30.2. h( x) 2 tan x
no intervalo - ; 2 .
30.3. g ( x) 3 cos5x
Resolução:
1
1. A função cosx é uma função limitada entre 1 e 1 . Assim, vem: 30.4. j ( x)
2 sin x
1 cos x 1
(Multiplicamos todos os termos por 4)
4 (1) 4 cos( x) 4 1
2 4 2 4 cos( x) 2 4 sinais da desigualdade)
(Adicionando o simétrico da expressão anterior a 2, trocamos os
6 4 cos x 2 (O argumento da função não influi no contradomínio pois
2 corresponde a deslocação horizontal do gráfico da função)
2. O valor máximo da função é 6. Para determinar os valores de x em que tal acontece, igualamos a expressão e 6 e
resolvemos a equação trigonométrica:
π π π π π π
2 4 cos x 6 4 cos x 4 cos x 1 cos x cos x 2k x 2k , k Z
2 2 2 2 2 2
3
x 2k x 2k , k Z
2 2
y3 a
Sendo y a cos x , ao número a y2
y1
chama-se amplitude da função.
Quanto maior for a mais o gráfico da função …………………… na direcção do eixo dos …….… .
Relativamente a y2 cos x , o gráfico da função y3 0,5 cos x encolhe verticalmente para …………………. .
103
Observemos os gráficos das funções:
Quanto maior for o valor de k mais o gráfico da função …………………… na direcção do eixo dos ………..… .
Determina a amplitude e o período da função em causa. Para resolver: 31. Considere a função:
π
Resolução: f(x) 4 sin 2 x 2
2
Se y a cosk ( x b) c então a amplitude é a e o período é
2 .
Estude a função no que diz respeito a:
k (i)Domínio; (ii)Contradomínio (iii)Período e
amplitude; (iv)Intersecção com o eixo Oy;
Na função f a 4 k 3 , logo a amplitude é 4 e o período é 2 . (v)Zeros; (vi) Extremos e monotonia (vii)Sinal;
3 (viii)Concavidades e pontos de inflexão;
(ix)Representação gráfica
Sugestão: Pode começar PR31 por expressões
mais simples como:
f ( x) sen(2 x)
5
g ( x) cos 2 x
6
f e de g. A abcissa de P1 é .
3
32.1. Determine as coordenadas de P2.
1. 32.2. Defina, por meio de uma condição, a região sombreada, incluindo a fronteira.
As funções trigonométricas modelam diferentes fenómenos. Uma das áreas em que poderemos apreciar essa
aplicação é na Medicina. Para modelar a pressão arterial fazem-se medições com aparelhos adequados; a
pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. Atinge o valor máximo
quando o coração ejecta o seu conteúdo na aorta e atinge o valor mínimo quando o coração acabou de
bombear para a aorta todo o sangue que continha. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio,
mmHg, unidade surgida quando Evangelista Torricelli inventou o barómetro de mercúrio, em 1643. Se
dissermos que a pressão arterial de determinada pessoa é de 120/80, isso significa que o valor máximo é de
120mmHg e o valor mínimo é de 80mmHg. O melhor modelo para tal situação é dado por uma função
trigonométrica. Suponhamos que um ciclo completo – período, ou seja, o intervalo de tempo de um batimento
cardíaco, é de aproximadamente 0,75 segundos. Neste caso, um bom modelo será a função
8
f x 20 cos t 100
3
O gráfico da função pode representar-se assim:
Um outro fenómeno modelado por funções trigonométricas é
a alturas marés ao longo de um período de tempo.
Também a duração do dia e da noite são fenómenos
periódicos que podem ser modelados por estas funções.
Para aprofundar conhecimento sobre estes dois tópicos o
MA3 e MA4 poderão ser úteis.
105
Resolução:
Para determinarmos o ângulo assinalado temos que determinar o mínimo de uma função C x , que relacione a medida do
comprimento do cabo para cada ângulo x.
O domínio desta função é o intervalo 0; , uma vez que o ângulo x é agudo. Para determinarmos a expressão analítica
2
observemos a figura para expressarmos a medida do comprimento de cada um dos troços do cabo de telefone em função
da amplitude do ângulo x.
1
2
x x
C x 4a (1 2b) b
a a
1
1
cos x 2 a e b 1
a 2 cos x tan x 1 b 2 tan x
2
Substituindo C x 4
1 tan x
b
2 cos x
Simplificando: C x 1
2 sin x 2 sin x
1 ,0x
cos x cos x cos x 2
Ao lado está uma representação da gráfica da função no intervalo em causa.
Cálculo da derivada:
(2 sin x)' cos x 2 sin x cos x ' cos x cos x 2 sin x sin x cos 2 x 2 sin x sin 2 x 1 2 sin x
C ' x
cos x 2 cos 2 x cos 2 x cos 2 x
Zeros da derivada:
1 2 sin x
C ' x 0 0 1 2 sin x 0 ( cosx 0 em todo o seu domínio)
cos 2 x
1
sin x x 0 x
2 6 2
x 0
6 2
1 2 sin x
C ' ( x) 1 0 + s.s.
cos 2 x
C (x) m
Ou seja, 3,732km.
106
Para resolver: 33. Na figura está representada uma circunferência de centro O e raio 1 .Os pontos A e B são
extremos de um diâmetro da circunferência.
Considere que um ponto P, partindo de A, se desloca sobre o arco AB, terminando o seu
percurso em B. Para cada posição do ponto P, seja x a amplitude, em radianos, do ângulo AOP.
Seja f a função que, a cada valor de x 0 , , faz corresponder o valor do produto escalar
OA. OP Qual dos gráficos seguintes pode ser o da função f?
34. Seja f a função real de variável real definida por:
ax1
e sen bx se x 0
f ( x) 2
ln (e x ) b se x 0
(A) a b 0 (B) a b 1
e
(C) a 1 e b 0 (D) a 1 e b e
e e
35. Na figura está representado um trapézio ABCD , cujas bases têm 10 e 30 unidades de comprimento e a altura
tem 10 unidades de comprimento.
Considere que um ponto P se desloca sobre o lado AB .Para cada
36. Considere a função f definida por f x sin x 2 . 37. De uma função f sabe-se que f x f x 0
Indique qual das expressões seguintes define f , para qualquer x IR . Qual das seguintes pode ser
a expressão analítica de f?
função derivada de f. x
(A) sin x (B) x (C) e (D) ln x
(A) 2 x . cos x 2
(B) 2 x . cos 2 x (C) cos x 2
(D) cos x 2
38. Na figura está representado um quadrado ABCD , de lado 1.
2 2
f x 2
tan x sin x
x
39.1. Estude a função f quanto à existência de assimptotas não verticais do seu gráfico.
39.2. Determine uma equação da recta tangente ao gráfico de f, no ponto de abcissa 2.
39.3. Prove que no intervalo 1, , a função f não tem zeros.
40.7. Estude f quanto à existência de assimptotas do seu gráfico, quanto à monotonia e existência de extremos
relativos.
41. Considere a função f, definida por: 42. Uma bola suspensa de uma mola oscila verticalmente.
2 cos x se x 0 Admita que a distância (em cm) da bola ao solo, t segundos após
f x 7x 4 um certo instante inicial, é dada por
se x 0
x 1
t com t 0 ,
f t 10 5 e 0 ,1 t cos
Na figura estão representados: 4
41.2. Determine o contradomínio da função f. 42.3. Resolva a equação f t 10 . A partir do conjunto solução
obtido, indique quantas vezes, nos primeiros quinze segundos, a
bola passa a dez centímetros do solo. Justifique a sua resposta.
108
NÚMEROS COMPLEXOS
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO. O CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS
Consideremos as equações:
Referência histórica:
I: x 2 x 0
2
II: x 5 0
2
III: 4 x 1 0
2
IV: x 1 0
2
2 4 8 2 2 1
Exemplo: x 2 2 x 2 0 x x x 1 1 x 1 i x 1 i
2 2
As soluções desta equação são números complexos. Números Complexos
O conjunto dos números complexos, que se representa por , reais não reais
aparece como uma ampliação do conjunto dos números reais, racionais irracionais 1
i i
, acrescentando a parte imaginária. 3 0 2
3 3 5i
1
Chama-se número complexo a toda a representação da forma: -0,2
2 3 1
a bi com a e b ϵ e i 2 1 5 e i 3
-5 50,67 3
Para resolver:
42. Resolva, em , as equações:
42.1. x 2 9 0 42.2. x 3 8 x
42.3. x 2 2 x 2 0 42.4. x 2 6 x 11
109
FORMA ALGÉBRICA E REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DE NÚMEROS COMPLEXOS
Os elementos do conjunto , conjunto dos números complexos, são da forma a bi com a e b ϵ (forma
algébrica).
Em relação ao número z = a bi podemos considerar duas partes:
- a é a parte real de z e escreve-se Re(z) = a;
- b é o coeficiente da parte imaginária de z e escreve-se Im(z) = b;
- se b=0, o número complexo z é um número real (uma vez que 0 x i=0)
- se a=0, o número complexo z é um imaginário puro.
a c
a bi c di Nota:
b d
No conjunto não existe uma relação de ordem do
tipo da existente em : “<” (menor que)
Exemplos:
1. Se a bi 2 8i , então a = 2 e b = –8. • Se fosse i > 0, então ter-se-ia i i i 0 , ou seja,
2. Se 2 x yi 3 2i , então: -1 > 0 (contradição).
3 • Se fosse i < 0, então – i > 0 e ter-se-ia
2 x 3 y 2 x y 2 . i i i 0 , ou seja, -1 > 0 (contradição).
2
110
> Números complexos conjugados > Números complexos simétricos
Dois números complexos designam-se por conjugados Dois números complexos designam-se por
quando as partes reais são iguais e os coeficientes das simétricos quando têm partes reais e coeficientes
partes imaginárias são simetricos. das partes imaginárias simetricos.
Para resolver:
OPERAÇÕES COM NÚMEROS COMPLEXOS 48. Indique o conjugado e o simétrico de:
As operações de adição e multiplicação de números 48.1. 3 i 48.2. 2 5i
complexos são extensões das operações com o mesmo 48.3. 10i 48.4. 15
nome em . 49. Na figura estão representados, no plano complexo,
Sejam de z1 a bi é z 2 c di . seis pontos: A, B, C, D, E e F, que são imagens
geométricas dos
> Adição e subtracção números complexos:
z1 z 2 a bi c di a c b d i zA, zB, zC, zD, zE e zF.
z1 z 2 a bi c di a c b d i
49.1. Represente, na
No plano complexo, a adição algébrica de números forma algébrica, cada
complexos corresponde à adição de vectores: um desses números
complexos.
49.2. Determine o
módulo do número:
a) zA b) zC c) zE
49.3. Represente na forma algébrica e
geometricamente o:
a) simétrico de E b) conjugado de C
c) simétrico de A d) conjugado de D
Qual é o número
complexo que pode
1
ser igual a ?
Notemos que as potências de base i e expoente natural só w
tomam os valores: 1 , i , -1 , -i
56. Calcule e represente na forma algébrica:
A forma mais simples de encontrarmos uma potência de i,
56.1. i 39 56.2. i 37 i 999 2i 25
de expoente natural, é usar o conhecimento de:
56.3. i 85 i 78 56.4. 2i 3
56.5. 2i 3 1 i 2 56.6. 1 2i 3
56.7. i 42
56.8. i 11 i 5 3i 74
1
56.9. i 4 n 2 ,n
7
1
57. Mostre que i é solução da equação i.
z 15
58. Em cada caso, determine o menor número
natural k, tal que: 58.1. i 5 k i 7 0
58.2. i 3k 2 1 58.3. i 3k 2 1
Actividades de investigação/exploração:
1. Sejam z a bi e w c di quaisquer números complexos. Mostre que:
1.1. z z é um número real 1.2. z z é um imaginário puro
1.5.
z z
1.3. z w z w 1.4. z z z 2
w w
113
REPRESENTAÇÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA TRIGONOMÉTRICA
Consideremos um número complexo z x yi e a respectiva imagem geométrica
P
que corresponde ao ponto P(x, y).
Assim z x 2 y 2 sendo
0, .
Consideremos, agora, θ a medida em radianos, da amplitude de um ângulo
em que o lado origem é semieixo real positivo e o lado extremidade é a semirrecta O P .
A θ dá-se o nome de argumento de z e representa-se por arg(z)=θ Notas:
•“ρ” é a letra grega que se lê “ró”
Observando mais uma vez a imagem podemos concluir que:
•“θ” é a letra grega que se lê “téta”
x
cos
x cos • Para cada número complexo,
sin y y sin podemos considerar uma infinidade
de argumentos. Se θ é argumento
de um número complexo z, então
Portanto, temos z cos sini cos i sin que se
qualquer amplitude θ+2kπ (k ϵ ), é
designa por representação trigonométrica de z. argumento de z.
Podemos abreviar esta expressão considerando cos i sin cis • Considera-se:
de onde resulta: z cis Argumento positivo mínimo:
0 argz 2
Tarefa 1: Represente na forma trigonométrica: Argumento principal:
1.1. z 1 i 1.2. z 2 1 i arg z
Resolução:
1.1. z 1 i Para resolver:
64. Represente na forma trigonométrica
z 1 1 ; arg z 1
2 cada um dos complexos:
64.1. z1 3 64.2. z 2 3 i
z 1 cis
2 64.3. z3 4i 64.4. z 4 4 4i
1.2. z 2 1 i
64.5. z5 2i 64.6. z 6 1 3i
z2 12 12 2
5 3 5
64.7. z 7 2 64.8. z 8 i
Seja θ um argumento de z2 . 4 4
1,1 3º Q
5 65. Escreva na forma algébrica:
1
tan 1 4 4
1 65.1. z 2 cos i sin
3 3
5
z 2 2cis
4 65.2. z 5cis
4
Tarefa 2: Represente na forma algébrica os números complexos: 3 5
65.3. z 3 2cis 65.4. z 2cis
4 3
2.1. z 1 2cis 2.2. z 2 5cis
4 5
65.5. z 3cis 65.6. z cis 0
Resolução: 6
2 2
2.1. z 1 2cis 2 cos i sin 2 i 2 2i 65.7. z 2cis 65.8. z 2cis
4 4 4 2 2
2
4º Q 4º Q
114
> Igualdade de dois números complexos na forma trigonométrica
Dois números complexos iguais têm a mesma imagem no plano complexo.
Se z1 1 cis 1 e z2 2 cis 2 então:
Exemplo: z1 2cis e z 2 2cis 9 são iguais uma vez que têm o mesmo módulo e 9 8 (4 voltas completas)
115
No plano complexo:
Para resolver:
z z1 z 2 1 cis 1 2 cis 2 68. Calcule e apresente o resultado na forma
1 2 cis 1 2 cis trigonométrica:
1
1 2 68.1. 2cis cis
3 2 6
1 2
68.2. 1 i cis 68.3. 3cis 2i
5 4
116
z2
Tarefa: Sendo z 1 6 2cis e z 2 1 i . Calcule 3i .
3 z1
Resolução:
Atendendo às operações que vamos efectuar, devemos escrever 3
3i 3cis z 2 1 i 2cis
na forma trigonométrica os três números envolvidos na expressão: 2 4
3
2cis
z 4 3cis 2 cis 3 3cis 1 cis 5 3 cis 5 1 cis 11
Temos, então: 3i 2 3cis
z1 2 2 6 2 4 3 2 6 12 6 2 12 2 12
6 2cis
3
3 1
9 sin x i cos x4 cis 4 x , x .
i
4 4 79. Calcule:
Resolução: 79.1. As raízes quadradas de 3 i .
Embora o resultado seja pedido na forma algébrica, temos toda a 1 1
79.2. As raízes quartas de i.
vantagem em efectuar as operações na forma trigonométrica. 2 2
2 79.3. As raízes quintas de 32i .
3 1 3 1 2 3 1 1
Seja z i z
4 4 4 4 16 16 2 80. Resolva, em , as equações:
80.1. z 3 1 0 80.2. z 4 1 0
Tendo θ como argumento de z, vem:
80.3. z6 i 1 0 80.4. z 3 z
3 1
, 4º Q
4 4 1 81. Considere os seguintes números complexos:
Então: z cis
6 2 6 3 7
3 z1 2cis z2 32cis z3 4i
tan 4 4
3
9
Mostre que:
9
9 1 1 3 81.1. z 1 é uma raiz quadrada de z 3 .
z cis cis 9 2 9 cis
2 6 2 6 2 81.2. z1 é uma raiz índice 5 de z 2 .
3 3
512 cos i sin 5120 i 512i 82. Considere os seguintes números complexos:
2 2
w1 2cis w2 3 i
6
Mostre que são duas das raízes cubicas do
mesmo número complexo z e determine-o.
117
> Radiciação na forma trigonométrica
Tarefa: Resolva, em , a equação z 3 8i .
Resolução: Resolver a equação z 3 8i equivale a determinar as raízes índice 3 (raízes cúbicas) do número complexo 8i .
Seja z cis . z 3 8i cis 3 8cis 3 cis 3 8cis
2 2
Atendendo ao critério de igualdade de complexos na forma trigonométrica, tem-se
3 8 3 8 2
2k 2k
3 2k , k , k , k
2 6 3 6 3
Como z cis , este fica determinado por atribuição de valores a k.
De um modo geral:
Se k = 0, resulta o número complexo z 0 2cis .
6 Dado um complexo z cis e n ϵ :
5 k 2
Se k = 1, resulta o número complexo z 1 2cis . n
z n cis
6 n
3
Se k = 2, resulta o número complexo z 2 2cis . com z 0,1,...,n 1
2
Por atribuição de qualquer outro valor inteiro a k resulta um dos três esta igualdade designa-se por fórmula
números complexos z0, z1 ou z2. de De Moivre generalizada.
Daqui resulta que a equação z 3 8i tem três e só três soluções, isto é,
há três e só três raízes cúbicas (índice 3) do número complexo 8i .
Notas:
No plano:
• As imagens geométricas das raízes de
índice n, de um número complexo
cis definem, no plano complexo, um
polígono regular de n lados, centrado na
origem, com vértices numa
circunferência de raio n .
• Todas as raízes têm o mesmo módulo,
n , e os argumentos estão em
2
progressão aritmética de razão .
n
As imagens geométricas correspondem aos vértices de um triângulo 84. Considere, no plano complexo, o pentágono
equilátero inscrito numa circunferência de raio 2 e centro O. [ABCDE] inscrito numa circunferência de raio 1 e
centro na origem do referencial, representado
Para resolver: na figura.
83. Na figura estão representados, no
plano complexo, um triângulo e um Os vértices do pentágono
quadrado inscritos numa circunfe- são as imagens
rência de centro O. geométricas das
Sabe-se que o ponto B é a imagem raízes de índice 5
geométrica do número complexo: de um complexo z.
2cis
8 84.1. Determine z.
83.1. Determine o número complexo cuja imagem geométrica é o 84.2. Represente na forma trigonométrica o
ponto D. número complexo:
83.2. Considere os vértices do quadrado as imagens geométricas das a) cuja imagem é A. b) cuja imagem é D.
raízes de índice 4 de um complexo z. Determine z. c) em que a imagem do conjugado é C.
118
DOMÍNIOS PLANOS E CONDIÇÕES EM VARIÁVEL COMPLEXA
Neste tópico, veremos como caracterizar alguns lugares geométricos recorrendo a condições em variável
complexa (condições em ).
z1
> O módulo z1 z 2 como distância entre dois pontos.
Sejam z1 e z2 dois números complexos em que as imagens geométricas
estão representadas, no plano complexo. z2
A diferença entre z1 e z2 , ou seja, z1 z 2 , é representada, no plano
complexo, pelo vector z 2 z1 .
> Circunferência.
Consideremos, agora, no plano complexo, a circunferência de raio r e centro z0.
A circunferência é o conjunto dos pontos a uma distância r de z0, sendo
cada um desses pontos a imagem geométrica de um número complexo. z1
Então:
z z 0 r , r , é uma condição em variável complexa
que define a circunferência de raio r, com centro em z 0 .
Com base na condição que representa uma circunferência, podemos definir outros domínios planos, como os
que se representam a seguir:
(1) (2) (3) (4)
z1 z1 z1
Para resolver:
• z z1 r , r , representa o círculo de
85. Represente, no plano complexo, o conjunto das imagens
raio r e centro em z 0 . (1) geométricas dos números complexos z que satisfazem a
119
Para resolver:
87. Defina por uma condição, em , o conjunto de pontos representado no plano complexo por:
87.1. 87.2. 87.3.
Os pontos A, B e C
são imagens geomé-
tricas dos números
complexos 2i, 3i e 4i,
sendo A e C os centros
das circunferências.
• z z1 z z2 define o semiplano
(aberto) limitado pela mediatriz do
segmento de recta z1 , z 2 ao qual
pertence a imagem de z2. (2)
Tarefa: Identifique e represente, no plano complexo, o conjunto de pontos que são imagens geométricas dos complexos
que satisfazem a condição: z 2 i z 2 3i
120
> Rectas horizontais e rectas verticais. Para resolver:
Considere-se um número complexo z A a bi ; a, b , em que 88. Identifique e represente o conjunto
de pontos constituído pelas imagens
a imagem geométrica é o ponto A(a, b).
geométricas dos números complexos que
verificam as condições:
88.1. z z 4 88.2. z 1 i z 3
O ponto A é a intersecção das rectas
representadas pelas condições 88.3. z i z i 88.4. z i z 1
Re(z) = a e Im(z) = b. 88.5. z 3 z 1 88.6. z z 1 2i
88.7. z 4 2i z z 2i
88.8. Rez 2 Imz 1
• Re(z) = a representa uma recta paralela ao eixo imaginário.
• Im(z) = b representa uma recta paralela ao eixo real. 88.9. 2 Rez 1 3
121
Para resolver: 92. Qual das seguintes condições define, no plano
90. Identifique o lugar geométrico do conjunto das imagens complexo, o eixo real?
geométricas dos números complexos que verificam as (A) z z 0 (B) z z 0
condições:
(C) z 1 0 (D) arg(z) 0
90.1. arg(z) 90.2. arg z
2 93. Qual das seguintes condições define uma recta
3
90.3. arg z 90.4. 0 arg z no plano complexo:
4 2 (A) z 2 z 2i (B) z 2 3i 9
91. Defina, por uma condição em , os seguintes conjuntos:
(C) 2z 5i z (D) arg( z)
91.1. 91.2. 4
5
94. Considere o complexo z1 3cis .
6
A imagem geométrica de z1 pertence à região do
plano definida por:
(A) z 1,7 (B) Re( z) 3
5 3
(C) Imz (D) arg z
6 4
122
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NA COMPILAÇÃO:
AAVV, Programa de Disciplina Matemática 2.º ciclo, Projecto Escola+, Lisboa 2010
ABRANTES, P. & CARVALHO, R., O novo M11, Texto Editora, Lisboa 1991
ANDRADE, Carlos; VIEGAS, Cristina; PEREIRA, Paula Pinto e PIMENTA, Pedro, Ípsilon 12, Matemática A - 12º Ano, Texto Editores,
2012
AUBYN, Marinela Cabral St.; BRITO, Cristina, Mat 12, Matemática A 12º Ano, Lisboa Editora, 2005
BERNARDES, A.; LOUREIRO, C.; VARANDAS, J.M.; VIANA, J.P., BASTOS, R., Matemática 11 – Funções 2, Edições Contraponto, Porto
1999
CARDOSO, M. (S.D.), Apontamentos de Matemática: Função exponencial, função logarítmica, São Tomé, Liceu Nacional.
COSTA, Belmiro e RODRIGUES, Ermelinda, Novo Espaço, Matemática A 12º Ano, Porto Editora 2012
COSTA, Belmiro; RESENDE, Lurdes do Céu e RODRIGUES, Ermelinda, Espaço 12, Matemática A 12º Ano, Edições Asa 2008
FERREIRA NEVES, Maria Augusta; GUERREIRO, Luís e MOURA, Ana, Matemática A 12º Ano, Porto Editora, 2011
FERREIRA NEVES, Maria Augusta; PEREIRA, Albino e SILVA, Jorge Nuno, Matemática A 12º Ano, Porto Editora, 2012
3
GT T , APM, Modelação no Ensino da Matemática: Calculadora, CBL e CBR, APM, Lisboa 1999
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1999
LOPES, A.; BERNARDES, A.; LOUREIRO, C.; VARANDAS, J.M.; VIANA, J.P., BASTOS, R., Matemática 12 – Trigonometria e Complexos,
Edições Contraponto, 1999
SILVA, J. C.; PINTO, J.; & MACHADO, V., Aleph 11 – volume 2, Edições Asa, Lisboa 2011
SILVA, J. C.; PINTO, J.; & MACHADO, V., NIUaleph 12, Lisboa, 2012
TEIXEIRA, P.; PRECATADO, A.; ALBUQUERQUE, C.; ANTUNES, C. & NÁPOLES, S., Funções 11, Ministério da Educação, Lisboa 1998
TEIXEIRA, P.; PRECATADO, A.; ALBUQUERQUE, C.; ANTUNES, C. & NÁPOLES, S., Funções 12, Ministério da Educação, Lisboa 1998
LOUREIRO, C.; OLIVEIRA, F.; SILVA, J.N.; BASTOS, R., Trigonometria e Números Complexos, Ministério da Educação, Lisboa 2000
Sites da Internet
http://mat.absolutamente.net
www.educ.fc.ul.pt
http://www.amatoso.org/
www.apm.pt/
www.nctm.org
http://www.hidrografico.pt/s.-tome-e-principe.php
http://esa.un.org/unpd/wpp/index.htm
Agradecemos ainda os materiais gentilmente cedidos pelos colegas: Anabela Soares, Filomena, Helena Condeço Silva,
Joaquim Pinto, José Leal e Maria Teresa Santos.
123