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Hoehnea 44 (4): 473-489, 3 tab., 1 fig., 2017 http://dx.doi.org/10.1590/2236-8906-97/2016

Flora arbórea e arbustiva no entorno do Parque Nacional do


Iguaçu, Paraná, Brasil: contribuição para a restauração ecológica

Roque Cielo-Filho1,4, Geraldo Antonio Daher Corrêa Franco2, Fernando Periotto3, Osny Tadeu de Aguiar2, João
Batista Baitello2, Carla Daniela Câmara3, Carolina Rodrigues Sousa2 e Juliana Menezes de Jesus2

Recebido: 17.11.2016; aceito: 3.07.2017

RESUMO - (Flora arbórea e arbustiva no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, Estado do Paraná, Brasil: contribuição para a restauração
ecológica). Com o objetivo de ampliar o conhecimento florístico regional e compilar informações de espécies para subsidiar projetos de
restauração, realizamos um levantamento florístico em fragmentos de mata nativa de uma área localizada entre o Parque Nacional do
Iguaçu e a Área de Preservação Permanente do Lago de Itaipu, no oeste do Estado do Paraná. . Encontramos 204 espécies e 51 famílias,
sendo as mais ricas Fabaceae (29 spp.), Myrtaceae (18 spp.), Solanaceae (10 spp.), Euphorbiaceae, Meliaceae e Rutaceae (nove spp. Cada). A
síndrome zoocórica foi a mais comum (69% das espécies), seguida da anemocórica (17%) e autocórica (14%). As espécies não pioneiras
foram as mais frequentes (64%). Em termos gerais, esses resultados concordam qualitativamente com aqueles observados em florestas
estacionais semidecíduas. Com base em dados fitossociológicos de outros estudos, indicamos 34 espécies abundantes localmente que
podem ser utilizadas em maiores proporções em projetos de restauração. Registramos sete espécies ameaçadas e 15 exóticas, das quais
12 têm potencial invasor e requerem ações de controle.
Palavras-chave: Mata Atlântica, conservação, florística, restauração, espécies ameaçadas

RESUMO - (Flora arbórea e arbustiva no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, PR, Brasil: contribuição para restauração
ecológica). Conduzimos um estudo florístico em fragmentos de floresta nativa de uma área localizada entre o Parque Nacional do
Iguaçu e a Área de Preservação Permanente do Lago de Itaipu, oeste do Estado do Paraná, objetivando ampliar o conhecimento
florístico regional e compilar informações sobre espécies para projetos subsidiários de restauração naquela área. Encontramos
204 espécies e 51 famílias, sendo as mais ricas Fabaceae (29 spp.), Myrtaceae (18 spp.), Solanaceae (10 spp.), Euphorbiaceae,
Meliaceae e Rutaceae (nove spp. Cada). A síndrome zoocórica foi a mais comum (69% das espécies), seguida pela anemocórica
(17%) e autocórica (14%). As espécies não pioneiras foram as mais frequentes (64%). Qualitativamente, de modo geral, esses
resultados coincidem com o observado em florestas estacionais semideciduais. Com base em dados fitossociológicos de outros
estudos, indicamos 34 espécies localmente abundantes que podem ser usadas em maiores proporções em projetos de
restauração. Registramos sete espécies ameaçadas de extinção e 15 exóticas, das quais 12 possuem potencial invasivo
demandando ações de controle.
Palavras-chave: conservação, espécies ameaçadas, florística, Mata Atlântica, restauração

Introdução (Di Bitetti et al. 2003). A cobertura vegetal nesta


Ecorregião foi reduzida para 7,8% de sua área original,
O Parque Nacional do Iguaçu (INP) está localizado na sendo a maior redução observada no Brasil, onde a
Ecorregião da Mata Atlântica do Alto Paraná, a maior cobertura florestal caiu para apenas 2,7% de sua área
entre as 15 ecorregiões identificadas no bioma Mata original; seguido pelo Paraguai e Argentina, com 13,4% e
Atlântica (Di Bitetti et al. 2003). Abrangeu originalmente 50% da vegetação remanescente, respectivamente (Di
471.204 km2 estendendo-se do lado ocidental da Bitettiet al. 2003). Segundo esses autores, a Argentina
cordilheira do Atlântico, no Brasil, ao leste do Paraguai e preserva a maior cobertura florestal contínua da
ao nordeste da Argentina. Seu tipo de vegetação Ecorregião Florestal do Alto Paraná, abrangendo grande
predominante é a floresta estacional semidecidual parte da Província Misiones. Na região de fronteira entre

1. Instituto Florestal, Floresta Estadual de Avaré, Rua Pernambuco, s / n, 18701-180 Avaré, SP, Brasil
2. Instituto Florestal, Divisão de Dasonomia, Rua do Horto, 931, 02377-000 São Paulo, SP, Brasil
3. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Medianeira, Avenida Brasil, 4232, 85884-000 Medianeira, PR, Brasil
4. Autor para correspondência: cielofbr@yahoo.com.br
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Brasil e Argentina, o Parque Nacional do Iguaçu se Paisagem de Conservação da Biodiversidade da


destaca como a maior área protegida cobrindo um Ecorregião Florestal do Alto Paraná (Di Bitetti et al. 2003).
território de 185.262 ha (Di Bitetti et al. 2003). A Além disso, a simples recuperação de matas nativas nas
cobertura florestal nativa nesta região constitui o margens dos rios e outras áreas de preservação
maior remanescente contínuo de floresta estacional permanente em pequenas propriedades rurais podem
semidecídua no contexto do bioma Mata Atlântica aumentar muito a conectividade funcional em escala de
(Galindo-Leal & Câmara 2005). paisagem na região (Seganfredo 2015).
A conexão funcional do INP com outras unidades Seja para o estabelecimento de um corredor
de conservação da Argentina e do Paraguai e dos biológico entre o INP e o PPAIL, ou para a recuperação de
estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina, Rio áreas de preservação permanente na região, haverá a
Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul necessidade de restauração florestal (sensuAronson et al.
representa uma condição altamente favorável para a 2011). O conhecimento florístico sobre os remanescentes
conservação da Mata Atlântica biodiversidade (Di de vegetação nativa é fundamental para a escolha das
Bitetti et al. 2003, Galindo-Leal & Câmara 2005). Para espécies mais adequadas para projetos de restauração (
tanto, algumas propostas têm sido discutidas, como o por exemplo Monge 2009); evitar o uso de espécies
Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná (Limontet al. exóticas e possibilitar a restauração florestal de alta
2015) e a Paisagem de Conservação da Biodiversidade diversidade. O conhecimento florístico atual da região
para a Ecorregião Florestal do Alto Paraná (Di Bitetti et abrange o entorno do corredor biológico Santa Maria, no
al. 2003). São consideradas estratégias de longo prazo município de Santa Terezinha de Itaipu (Gris 2012), a uma
para a conservação da biodiversidade por meio da altitude média de 270 m acima do nível do mar; e áreas
manutenção do processo ecológico da biota (Di Bitetti específicas dentro do INP, em altitudes que variam de 150
et al. 2003). a 750 m acima do nível do mar (Souza 2015).
Uma região importante para a implementação A presente contribuição teve como objetivo
dessas estratégias está localizada entre o INP e o limite estender o conhecimento florístico regional na região
sul da Área de Preservação Permanente do Lago de entre o INP e o PPAIL para 440 km.2 área de estudo
Itaipu (PPAIL), no oeste do Estado do Paraná, onde cobrindo uma faixa altitudinal que se estende de 200
ocorre a ligação entre os setores norte e sul da ma 600 m acima do nível do mar nos municípios de
Paisagem de Conservação da Biodiversidade para a Céu Azul, Matelândia, Medianeira e Serranópolis do
Ecorregião Florestal de Alto Paraná poderia ser Iguaçu. Além de uma lista florística, objetivamos
estabelecida (Di Bitetti et al. 2003). O PPAIL consiste fornecer informações úteis compiladas da literatura
em uma faixa de 2.900 km de extensão, com largura para a aplicação da lista em projetos de restauração na
área de estudo, como categoria sucessional, síndrome
média de 217 m de reflorestamento ou remanescentes
de dispersão, estado de conservação e indicação de
de floresta nativa que percorre quase toda a extensão
espécies abundantes localmente.
das margens do reservatório da Hidrelétrica de Itaipu
(Itaipu Binacional 2016a).
material e métodos
No entanto, a ligação entre o INP e o PPAIL é
dificultada pelo uso de terras eminentemente Área de estudo - A área de estudo abrange
agrícolas na região e pela movimentada rodovia BR predominantemente o município de Matelândia e, em
277, que separa essas duas unidades de conservação. menor escala, Céu Azul, Medianeira e Serranópolis do
O mapa da Paisagem de Conservação da Iguaçu, no Estado do Paraná, Brasil. Por conveniência
Biodiversidade da Ecorregião Florestal do Alto Paraná metodológica, definimos como área de estudo o
indica o estabelecimento de um corredor biológico polígono circunscrito pelas rodovias BR 277 e PR 495 e
nesta região (Di Bitettiet al. 2003). Um exemplo de pela divisa noroeste do INP, abrangendo uma área de
corredor biológico já estabelecido é o corredor de 440 km.2 (figura 1). A temperatura média anual na
Santa Maria formado por remanescentes de vegetação região é de 21,6 ºC, com precipitação média anual de
nativa e uma faixa de reflorestamento de 60 m de 1.803 mm. O clima é subtropical, Cfa de acordo com o
largura na Bacia do Rio Bonito (Itaipu Binacional sistema de classificação de Köppen (EMBRAPA 2011). A
2016b). Não obstante, um corredor biológico mais vegetação nos fragmentos de floresta nativa é floresta
amplo ainda deve ser desenhado na região, a fim de estacional semidecidual (Di Bitettiet al. 2003) devido ao
garantir uma conexão eficaz entre os dois setores do predomínio de fanerófitas, o subtropical
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o inquérito baseou-se no método de caminhada


(Filgueiraset al. 1994), considerando apenas os
componentes arbóreo e arbustivo e utilizando trilhas já
existentes nas matas. O material botânico foi coletado
com o uso de poda telescópica e todas as coletas foram
georreferenciadas por Sistema de Posicionamento Global
(GPS). Além dos fragmentos florestais e da orla do INP,
também coletamos material botânico ao longo das
estradas rurais da área de estudo.
Processamos o material botânico de acordo com
as técnicas convencionais (Fidalgo & Bononi 1989). Os
materiais férteis e vegetativos foram identificados por
Figura 1. Área de estudo, oeste do Estado do Paraná, Brasil. A área é comparação com espécimes de herbário depositados
constituída por um polígono delimitado pelas rodovias BR 277 e PR no Instituto Florestal do Estado de São Paulo (Herbário
495 e pelo limite noroeste do Parque Nacional do Iguaçu. As Dom Bento José Pickel - SPSF), e por consulta à
localidades dos registros botânicos são indicadas por estrelas. Fonte:
literatura especializada. As lâminas do voucher do
Fundação SOS Mata Atlântica e INPE (2016).
herbário foram depositadas no Herbário SPSF, com as
sazonalidade climática e queda de folhas de parte dos duplicatas depositadas no herbário da Universidade
indivíduos arbóreos (Instituto Brasileiro de Geografia e Tecnológica Federal do Paraná -CampusMedianeira
Estatística 2012). Florestas semidecíduas sazonais de (Herbário da Figueira - FIG). Apenas materiais férteis
localidades dentro do INP, próximas à área de estudo e foram depositados no herbário SPSF, enquanto 27
estendendo-se por faixa altitudinal semelhante, foram materiais vegetativos, correspondendo a 27 espécies,
classificadas como florestas submontanas típicas e foram depositados no herbário FIG. Estas espécies não
úmidas por Souza (2015). foram encontradas em fase reprodutiva durante o
período de estudo, mas decidimos incorporar o
Levantamento florístico - Visitamos 16 fragmentos de mata
respectivo voucher ao herbário FIG, considerando a
nativa localizados na área de estudo de outubro de 2013 a
ausência de folhas de herbário dessas espécies nesta
dezembro de 2015 durante campanhas de campo que
coleção recém-estabelecida (Cielo-Filhoet al. 2016).
tiveram duração média de 3 dias e periodicidade mensal. O
Classificamos as espécies em famílias e gêneros de
número de visitas a cada fragmento ao longo do período de
acordo com o sistema APG IV (APG IV 2016). Para verificar
estudo variou, sendo maior nas maiores e menos
perturbadas. Como nosso objetivo era descrever a
a ortografia, nomes corrigidos e aceitos, consultamos a

composição florística da área de estudo como um todo e não Lista de Espécies da Flora Brasileira (Flora Brasileira 2020

de cada fragmento individualmente, não compilamos uma em construção 2016). Para a maioria das espécies, a
lista florística individual de cada fragmento, portanto, a classificação dos hábitos vegetais foi obtida na Lista de
frequência das espécies nos fragmentos na área não está Espécies da Flora Brasileira, mas seguimos Souzaet al.
disponível. Os fragmentos foram escolhidos levando-se em (2013) para palmeiras e samambaias, embora tenhamos
consideração a amostragem de toda a área de estudo com contado esses hábitos como árvores nos resultados. A
uma distribuição do esforço amostral o mais homogênea verificação das espécies ameaçadas de extinção foi
possível, e também considerando a autorização de acesso baseada na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da
pelos proprietários. Também amostramos a borda noroeste União Internacional para Conservação da Natureza (União
do Parque Nacional do Iguaçu entre os limites do Parque e a Internacional para Conservação da Natureza 2016) e na
chamada Estrada Velha de Guarapuava entre os municípios Lista Oficial de Espécies Ameaçadas da Flora Brasileira
de Serranópolis do Iguaçu e Céu Azul, percorrendo toda a (Brasil 2014), que foi baseada em a lista apresentada por
extensão dessa estrada naquele trecho. Os fragmentos Martinelli & Moraes (2013). Não utilizamos a Lista
florestais estudados têm diferentes históricos de perturbação Vermelha do Estado do Paraná (Paraná 1995), pois esta
e incluem florestas secundárias e florestas primárias com lista está desatualizada. Com o objetivo de apoiar futuros
diferentes níveis de degradação (floresta primária degradada projetos de restauração florestal e estabelecimento de um
sensu Aronson et al. 2011). A vegetação do limite noroeste do corredor biológico na área de estudo, foram compiladas
INP foi considerada floresta secundária. O método usado informações relativas à categoria sucessional (sensu
para a florística Swaine & Whitmore 1988) e dispersão
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síndrome (sensu Pijl 1982) das espécies identificadas na espécies, apenas quatro são pioneiras: Alchornea
literatura (por exemplo Lorenzi 1992, Gandolfiet al. 1995, triplinervia, Dendropanax cuneatus, Sebastiania
Lorenzi 1998, Silva & Soares-Silva 2000, Carvalho 2003, brasiliensis e Luehea divaricata.
Carpanezzi & Carpanezzi 2006, Carvalho 2006, Carvalho
2008, Lorenzi 2009, Carvalho 2010, Barbosa et al. 2015). Discussão
Também indicamos as espécies nativas encontradas na
Um aspecto importante do presente levantamento
presente contribuição que também foram registradas,
florístico foi a aparentemente baixa riqueza de espécies,
como espécies localmente abundantes, em estudos
quando comparada a outros estudos realizados em
fitossociológicos disponíveis para o INP e seu entorno
florestas atlânticas em latitudes mais baixas. Por exemplo,
(Gris 2012, Souza 2015). Para tanto, foram consideradas
levantamentos da flora arbórea e arbustiva da floresta
as espécies que ocupam as dez primeiras posições no
estacional semidecidual, realizados em áreas protegidas
ranking de valor de importância de uma floresta
nos municípios de Paranapanema e Itapeva, ambos no
submontana típica do Reservatório Particular do
Estado de São Paulo, registraram 349 e 317 espécies,
Patrimônio Natural de Santa Maria (Gris 2012), e de
respectivamente (Cielo-Filhoet al. 2009, Souza et al. 2012).
florestas submontanas típicas e úmidas do interior do INP
No entanto, como apontado por esses autores, a alta
(Souza 2015).
riqueza nessas áreas pode estar relacionada à presença
de remanescentes de Cerrado na região, o que ampliaria
Resultados
o pool regional de espécies, aumentando a riqueza em
Foram realizados 940 registros botânicos de espécies remanescentes de floresta estacional semidecidual.
nativas, 303 em floresta primária e 520 em floresta Mesmo sem a influência da flora do Cerrado, o número de
secundária, com média de 51 registros por fragmento. Os espécies arbóreas e arbustivas (266) relatado por Rossetto
117 registros restantes foram feitos nas margens de & Vieira (2013) para a floresta estacional semidecídua do
estradas rurais. Identificamos 204 espécies nativas de Parque Estadual da Mata dos Godoy, norte do Paraná, foi
árvores e arbustos de 51 famílias e 134 gêneros (tabela 1). superior ao encontrado em o presente estudo.
O hábito arbóreo foi representado por 174 espécies, Pode-se sugerir que a flora nos remanescentes
enquanto o arbustivo por 96 espécies. Sessenta e seis setentrionais de floresta estacional semidecidual do
espécies apresentaram ambos os hábitos. As famílias Estado do Paraná é mais rica do que nos
mais ricas foram Fabaceae (29 espécies), Myrtaceae (18), remanescentes localizados em latitudes mais
Solanaceae (10), Euphorbiaceae, Meliaceae e Rutaceae elevadas do Estado, devido às condições climáticas
(nove espécies cada). Os gêneros mais ricos eramEugenia mais rigorosas. Por exemplo, o número de espécies
(oito espécies), Solanum e Zanthoxylum (seis espécies arbóreas (197) relatado para o Parque Estadual da
cada), Ocotea, Trichilia e Aegiphila (quatro espécies cada). Mata dos Godoy, onde foi realizado um estudo
A síndrome de dispersão mais comum foi zoocórica (141 florístico abrangente em um remanescente florestal
espécies, 69%) seguida pelas síndromes anemocórica (35 bem conservado (Rossetto & Vieira 2013), foi maior
espécies, 17%) e autocórica (28 espécies, 14%). A maioria do que o encontrado em nosso estudo ( 174), bem
(130) espécies (64%) pertencia à categoria sucessional não como nos estudos de Souza (2015) e Gris (2012) que
pioneira e as 74 restantes (36%) foram classificadas como identificaram, respectivamente, 165 e 112 espécies
pioneiras. Das 204 espécies registradas, sete estão arbóreas nativas no INP e fragmentos florestais
ameaçadas devido à perda de habitat e superexploração próximos. No entanto, quando considerados em
(tabela 2). Além das espécies nativas, foram encontradas conjunto, os dados florísticos disponíveis para a
15 espécies exóticas, das quais oito foram registradas em área de estudo e seu entorno - neste estudo, Gris
fragmentos florestais e sete em ambientes mais (2012) e Souza (2015) - somam 228 espécies
antrópicos como beira de estradas, jardins e pastagens arbóreas nativas,
(tabela 3). Outro aspecto a ser considerado nessas comparações
Na tabela 1 indicamos 14 espécies relatadas como de riqueza são as diferenças de métodos e históricos de
abundantes localmente na Floresta Submontana Típica e 10 distúrbios antrópicos entre as áreas de estudo. Por exemplo,
espécies relatadas como abundantes localmente na Floresta a utilização de um critério de inclusão para amostragem de
Submontana Úmida, de acordo com estudos fitossociológicos indivíduos de plantas - perímetro do caule à altura do peito
disponíveis para o INP e seu entorno (Gris 2012, Souza 2015). igual ou superior a 15 cm - por Gris (2012) e Souza (2015)
Dos mencionados localmente abundantes pode ter limitado o número de espécies.
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Tabela 1. Flora arbórea e arbustiva nativa no oeste do Estado do Paraná, Brasil. SD, síndrome de dispersão: AUT: autocórico, ANE:
anemocórico, ZOO: zoocórico; CS, categoria sucessional: P: pioneiro, NP: não pioneiro; sh: arbusto, tr: árvore; FIG e SPSF, número de
registro nos herbários FIG e SPSF. C, informações complementares: espécies relatadas como abundantes localmente em florestas típicas
(a) e úmidas (b) do Parque Nacional do Iguaçu e arredores (Gris 2012, Souza 2015), espécies pioneiras localmente abundantes de acordo
com avaliação visual (c) e espécies arbóreas exclusivo do presente estudo (e).

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Pteridófita
Cyatheaceae
Alsophila sternbergii (Sternb.) DS Conant samambaiaçu samambaia ANE NP 458 49546 e
Gimnospermae
Araucariaceae
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze araucária tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 235 48974
Angiospermae
Acanthaceae
Aphelandra Schottiana (Nees) Profice anil-bravo sh AUT NP 83 48228
Ruellia angustiflora (Ness) Lindau
guiné sh AUT NP 45 48227
ex Rambo
Ruellia cf. brevifolia (Pohl) C. Ezcurra pingo-de-sangue sh AUT NP 580 50142
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq. guaritá tr ANE NP 536 50099
Schinus terebinthifolius Raddi aroeira-vermelha sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 11 47917
Annonaceae
Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer araticum-mirim sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 259 49005
Apocynaceae
Aspidosperma australe Müll.Arg. pequiá tr ANE NP 257 49003
Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. peroba-rosa tr ANE NP 204 48865 uma
Rauwolfia sellowii Müll.Arg. casca-d'anta tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 65 48211
Tabernaemontana catharinensis A.DC. jasmim sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 243 48962 c
Tabernaemontana hystrix Steud. leiteiro tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 256 49002
Aquifoliaceae
Ilex paraguariensis A.St.-Hil. erva-mate sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 296 49174
Araliaceae
Aralia Warmingiana (Marchal) J. Wen carobão tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 585
Dendropanax cuneatus (DC.) Decne.
maria-mole tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 167 48628 uma
& Planch.
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. mandioqueiro tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 598
Arecaceae
Euterpe edulis Mart. palmito-juçara Palma NP
JARDIM ZOOLÓGICO 308 49189 uma
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman jeriva Palma NP
JARDIM ZOOLÓGICO 443 49528 a, b
Asteraceae
Baccharis dracunculifolia DC.Dasyphyllum vassourinha sh ANE P 477 49559
brasiliense (Spreng.) CabreraPiptocarpha sucará sh, tr ANE NP 586 e
rotundifolia (Menos.) Baker Bignoniaceae candeia tr ANE NP 606 e

Handroanthus albus (Cham.) Mattos ipê-amarelo-da-serra tr ANE NP 589


Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos ipê-roxo tr ANE NP 199 48888

Prosseguir
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Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos ipê-amarelo tr ANE NP 237 48993
Jacaranda micrantha Cham. Boraginaceae caroba-miúda tr ANE P 207 48860

Cordia americana (L.) Gottschling e JS Mill. guaiuvira tr ANE NP 317 49198 b


Cordia ecalyculata Vell. louro-mole tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 51 48129
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex Steud. louro-pardo tr ANE NP 91 48324
Heliotropium transalpinum Vell. pau-de-sapo sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 250 48996
Cannabaceae
Celtis ehrenbergiana (Klotzsch) Liebm. esporão-de-galo sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 513 50081 e
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.Celtis gumbixava sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 106 48320
spinosa Spreng. grão-de-galo sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 261 49007
Trema micrantha (L.) Blume candiúba sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 348 49273 c
Cardiopteridaceae
Citronella paniculata (Mart.) RA Howard falsa-congonheira tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 617
Caricaceae
Jacaratia Spinosa (Aubl.) A. DC. jaracatiá tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 281 49159
Celastraceae
Maytenus aquifolia Mart. falsa-espinheira-santa sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 607
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi bacupari sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 269 49016
Ebenaceae
Diospyros inconstans Jacq. marmelinho sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 603 e
Erythroxylaceae
Erythroxylum argentinum OE Schulz cocão sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 386 49300 e
Erythroxylum cuneifolium (Mart.) OE Schulz fruta-de-pomba sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 486 49639
Erythroxylum deciduum A.St.-Hil. marmelinho sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 377 49284
Euphorbiaceae
Acalypha amblyodonta (Müll.Arg.) Müll. Arg. tapa-buraco sh AUT P 508 49786
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.Alchornea tanheiro, tapiá sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 124 48633
triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.Bernardia pau-jangada sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 23 47898 uma
pulchella (Baill.) Müll.Arg.Triqueter croton Lam. canela-de-virá sh AUT P 395 49304
Velane sh AUT P 506 49787
Croton urucurana Baill.Gymnanthes sangra-d'água tr AUT P 385 49257 e
klotzschiana Müll.Arg.Sapium branquilho sh, tr AUT NP 404 49334
glandulosum (L.) MorongSebastiania pau-de-leite sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 602 e
brasiliensis Spreng. Fabaceae branquilho sh, tr AUT P 4 47908 b

Albizia cf. Edwallii (Hoehne) Barneby e


gurujuba sh AUT NP 396 49301
JW Grimes
Albizia niopoides (Benth.) Burkart farinha-seca tr AUT P 599
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan angico-branco sh, tr AUT NP 406 49337
Apuleia leiocarpa (Vogel.) JF Macbr. garapa tr ANE NP 376 49248

Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 479

Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Bauhinia longifolia (Bong.) Steud.Bauhinia pata-de-vaca sh, tr AUT P 35 48229 e
forficata LigaçãoCalliandra foliolosa Benth. unha-de-vaca tr AUT P 399 49292
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton cabelo-de-anjo sh, tr AUT NP 253 48999
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong rabo-de-bugio sh ANE NP 14 47894
Erythrina falcata Benth.Holocalyx balansae tamboril tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 173 48894
MicheliInga marginata Willd. corticeira-da-serra tr AUT NP 231 48977
alecrim tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 135 48648
ingá-feijão tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 3 47906
Inga Vera Willd. ingá-banana tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 39 48232
Lonchocarpus cultratus (Vell.) AMG Azevedo
embira-de-sapo tr ANE P 20 47896
& HC Lima
Machaerium hirtum (Vell.) Stelfelld jacarandá-de-espinho tr ANE NP 478 49565 e
Machaerium paraguariense Hassl. sapuvão tr ANE NP 41 48231
Machaerium stipitatum Vogel sapuva tr ANE NP 90 48341 a, b
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze maricá sh, tr AUT P 490 49770
Muellera campestris (Mart. ex Benth.) MJ
embirinha tr ANE NP 390 49302
Silva e AMGAzevedo
Myrocarpus frondosus Allemão cabreúva-amarela tr ANE NP 294 49172
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan angico-da-mata tr AUT NP 113 48677
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. canafístula tr ANE P 12 47916 c
Pterocarpus rohrii VahlPterogyne nitens pau-sangue tr ANE NP 601 e
Tul. amendoim tr ANE NP 597
Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose monjoleiro sh, tr AUT P 81 48225
Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose serra-goela sh AUT P 448 49536
Senna alata (L.) Roxb. mata-pasto sh, tr AUT P 600 e
Senna macranthera (DC. ex Collad.) HS
manduirana sh, tr AUT P 182 48884 e
Irwin & Barneby
Senna Pendula (Humb. & Bonpl.ex
canudo-de-pito sh, tr AUT P 183 48872 e
Willd.) HSIrwin & Barneby
Lamiaceae
Aegiphila brachiata Vell.Aegiphila tamanqueiro sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 378 49293 e
integrifolia (Jacq.) MoldenkeAegiphila caiuia, gaioleira sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 382 49290
mediterranea Vell.Aegiphila pau-de-tamanco tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 71 48221
novofriburgensis MoldenkeVitex tamanqueiro sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 34 48226
megapotamica (Spreng.) Moldenke tarumã sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 389 49282
Lauraceae
Nectandra lanceolata NeesNectandra canela amarela tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 7 47904
megapotamica (Spreng.) MezOcotea canelinha tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 29 48137 a, b
diospyrifolia (Meisn.) MezOcotea canela-louro tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 306 49185 a, b
puberula (Rico.) NeesOcotea pulchella ( canela-guaicá tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 116 48676
Nees & Mart.) MezOcotea silvestris canela-lajeana tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 596 e
Vattimo-Gil canela-do-campo tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 60 48135

Prosseguir
480 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017

Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Laxmanniaceae
Cordyline spectabilis Kunth e Bouché guaraiva tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 616
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis Mart. Salta-Martim sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 408 49327
Malvaceae
Bastardiopsis densiflora (Gancho. & Arn.) Hassl. Jangada-brava tr ANE P 153 48629 c
Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) RavennaGuazuma Paineira tr ANE NP 105 48335
ulmifolia Lam. mutamba-preta tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 109 48654
Heliocarpus popayanensis Kunth Jangada-brava tr ANE P 175 48891 c
Luehea divaricata Mart. & Zucc. açoita-cavalo tr ANE P 57 48113 b
Pavonia sepium A.St.-Hil.Asdi cf. carrapicho sh, tr AUT NP 504 49782 e
planicaulis Cav. Melastomataceae guanxuma sh AUT P 566 50128

Miconia cinerascens Miq. jacatirão sh, tr P


JARDIM ZOOLÓGICO 507 49784 e
Miconia discolor DC. apaga-brasa tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 380 49305 e
Miconia pusilliflora (DC.) Naudin pixirica sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 89 48322
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. canjerana tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 150 48673 uma
Cedrela fissilis Vell. cedro tr ANE NP 40 48128 uma
Guarea guidonia (L.) Sleumer marinheiro sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 588
Guarea kunthiana A. Juss. canjambo tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 5 47914 uma
Guarea macrophylla Vahl baga-de-morcego tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 101 48326
Trichilia catigua A. Juss.Trichilia catiguá tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 273 49020
clausseni CDC.Trichilia elegans quebra-machado tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 224 48992
A. Juss.Trichilia pallida Sw. catiguazinho sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 169 48632
baga-de-morcego tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 202 48873
Monimiaceae
Hennecartia omphalandra J. Poiss. canema tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 614
Moraceae
Ficus guaranitica Chodat figueira-branca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 26 47900 e
Ficus insipida Willd. figueira-mata-pau tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 1 47919
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.Maclura figueira tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 367 48960
tinctoria (L.) D.Don ex Steud.Sorocea taiuva tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 18 47913
bonplandii (Baill.) WC Burger et al.Myrtaceae cincho sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 227 48978 uma

Calyptranthes concinna DC. guamirim-facho tr NP


JARDIM ZOOLÓGICO 466 49550
Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. gabiroba tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 277 49154 e
Campomanesia guazumifolia (Cambess.)
sete-capotes tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 371 49211
O. Berg
Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O. Berg gabiroba tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 333 49266
Eugenia burkartiana (D. Legrand) D. Legrand guamirim tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 286 49164
Eugenia florida DC. guamirim tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 613

Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 481

Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Eugenia hiemalis Cambess. guamirim-miúdo sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 123 48656
Eugenia involucrata DC. cereja-do-rio-grande tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 297 49175
Eugenia pyriformis Cambess. uvaia sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 46 48133 c
Eugenia ramboi D. Legrand batinga-branca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 587
Eugenia subterminalis DC. Cambuí-Pitanga tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 61 48132
Eugenia uniflora EU. pitangueira sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 334 49260 e
Myrceugenia euosma (O. Berg) D. Legrand Cambuizinho tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 591 e
Myrcia pulchra (O. Berg) Kiaersk.Myrcia guamirim tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 592 e
Splendens (Sw.) DC.Myrcianthes Pungens ( jambinho guamirim tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 593 e
O. Berg) D. LegrandMyrciaria tenella (DC.) guabiju tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 16 47901 e
O. BergPlinia rivularis (Cambess.) Rotman Cambuí tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 594 e
Nyctaginaceae guapuriti, piúna tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 206 48869

Guapira hirsuta (Choisy) Lundell maria-mole sh, tr ANE NP 447 49531 e


Guapira opposita (Vell.) ReitzNeea flor-de-pérola sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 67 48213 e
pendulina Heimerl maria-mole sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 595
Pisonia ambigua Heimerl maria-faceira tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 78 48222
Phyllanthaceae
Margaritaria nobilis Lf sobragirana sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 50 48131 e
Phytolaccaceae
Phytolacca dioica EU. cebolão tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 230 48959
Piperaceae
Piper aduncum EU. pimenta longa sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 107 48328 c, e
Piper amalago EU. Jaborandi sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 108 48329
Polygonaceae
Ruprechtia laxiflora Meisn. marmeleiro-do-mato tr ANE NP 295 49173
Primulaceae
Geissanthus ambiguus (Mart.) G. AgostiniMyrsine pau-de-carvão sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 610
coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult.Myrsine capororoca sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 302 49180 c
Loefgrenii (Mez) Imkhan.Myrsine umbellata Mart. pororoca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 270 49017 e
Proteaceae Coporoca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 44 48127

Roupala montana var. brasiliensis


carvalho-brasileiro sh, tr ANE NP 266 49012
(Klotzsch) KSEdwards
Rosaceae
Prunus myrtifolia (L.) Urb.Rubus pessegueiro-bravo tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 2 47905
erythroclados Mart. ex Gancho. f. amora-branca sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 473 49566
Rubiaceae
Coussarea contracta (Walp.) Müll.Arg. pasto-de-anta sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 260 49006 e
Ixora venulosa Benth. ixora-do-mato sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 590
Palicourea marcgravii A.St.-Hill erva-do-rato sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 364 49184
Psychotria carthagenensis Jacq. erva-de-gralha sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 239 48968

Prosseguir
482 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017

Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. grandiúva-de-anta sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 405 49332
Randia armata (Sw.) DC. Rutaceae laranja-de-macaco sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 418 49352 e

Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. pau-marfim tr ANE NP 32 48118 a, b


Helietta apiculata Benth.Pilocarpus canela-de-veado tr ANE NP 431 49349
pennatifolius Lem.Zanthoxylum caribaeum Jaborandi tr AUT NP 103 48333
Lam.Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. arruda-brava tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 216 48958
Zanthoxylum monogynum A.St.-Hil. tembetari, mamica sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 163 48627 e
Peciolare Zanthoxylum A.St.-Hil. & Tul. Juvá tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 618 e
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Zanthoxylum mamica-de-porca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 441 49533
riedelianumEngl. Salicaceae mamica-de-cadela tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 357 49251
mamica-de-porca tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 247 48957 e

Banara tomentosa Clos Cambroé sh, tr NP


JARDIM ZOOLÓGICO 329 49524
Casearia decandra Jacq.Casearia cafezeiro-do-mato sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 328 49155
gossypiosperma Briq.Casearia espeteiro tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 190 48880
sylvestris Sw.Prockia crucis P. carvalinho sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 203 48867 c
Browne ex EU.Xylosma ciliatifolia ( cuiteleiro sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 303 49181
Clos) Eichler Sapindaceae espinho-de-agulha sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 565 50127

Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron.


chal-chal, vácuo sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 242 48965 c
ex Niederl.
Cupania vernalis Cambess. camboatã-vermelho tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 154 48626
Diatenopteryx sorbifolia Radlk. maria-preta tr ANE P 264 49010 c
Matayba elaeagnoides Radlk. camboatã-branco sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 331 49263
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. E Eichler
caxeta-amarela tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 15 47912 a, b
ex Miq.) Engl.
Chrysophyllum marginatum (Gancho. E
aguaí tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 58 48108
Arn.) Radlk.
Simaroubaceae
Picrasma crenata (Vell.) Engl. pau amargo tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 358 49.000
Solanaceae
Acnistus arborescens (L.) Schltdl. marianeira sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 361 49250
Aureliana wettsteiniana (Witasek) Hunz.
fumeirinho tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 387 49298 e
& Barboza
Cestrum intermedium Sendtn. coreana sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 238 48961
Cestrum strigilatum Ruiz & Pav. coerana sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 104 48325
Solanum asperolanatum Ruiz & Pav. jurubeba sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 453 49542
Solanum caavurana Vell.Solanum caavurana sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 345 49269 c
mauritianum Scop.Solanum fona-de-porco sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 350 49280
pseudoquina A. St.-Hil.Solanum tabaqueira tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 433 49428
sanctae-catharinae Dunal joá-manso tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 485 49638

Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 483

Tabela 1 (continuação)

Família / Espécie Nome vernáculo Hábito SD CS FIG SPSF C


Solanum variabile Mart. jurubeba sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 369 49208 e
Styracaceae
Styrax leprosus Gancho. & Arn. carne-de-vaca tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 346 49432 c
Symplocaceae
Symplocos celastrinea Mart. mate-falso sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 492 49767 e
Symplocos Estrellensis Casar. canela-conserva sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 474 49557 e
Urticaceae
Boehmeria caudata Sw. urtiga-mansa sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 241 48987
Cecropia pachystachya TréculUrera embaúba tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 25 47899 c
baccifera (L.) Gaudich. ex Quarta. Urtiga sh, tr NP
JARDIM ZOOLÓGICO 319 49200 b
Verbenaceae
Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. cidrilha sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 502 49789
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. cambará-de-lixa sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 99 48332 c
Citharexylum solanaceum Cham.Lantana pau-viola tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 355 49281 e
camara EU. camará sh, tr P
JARDIM ZOOLÓGICO 85 48115 e
Lantana trifolia EU. lantana sh NP
JARDIM ZOOLÓGICO 461 49549
Stachytarpheta cayennensis (Rico.) Vahl rincão sh P
JARDIM ZOOLÓGICO 366 49151
Violaceae
Pombalia bigibbosa (A.St.-Hil.) Paula-Souza ganha-saia sh AUT P 82 48114 c
Pombalia Communis (A.St.-Hil.) Paula-Souza apanha-saia sh AUT NP 438 49430

registrados nesses estudos. Esse tipo de limitação as síndromes abrangeram cada, 14% das demais
metodológica também pode ter restringido a riqueza de espécies. Comparando esses dados com os percentuais
espécies arbóreas encontradas em outros estudos, como correspondentes observados para todo o conjunto de
na Fazenda Rio das Cobras, sudoeste do Estado do Paraná espécies neste estudo, não há evidências de viés quanto à
- 128 espécies (Vianiet al. 2011); em áreas protegidas da categoria sucessional ou síndromes de dispersão para o
Província Argentina de Misiones: Parque Nacional Iguaçu conjunto de espécies exclusivas da presente pesquisa.
e arredores - 72 espécies (Chediack 2008) e Reserva Porém, em relação à distribuição de espécies exclusivas
Particular Osununú - 96 espécies (Velazcoet al. 2015); em entre as famílias, houve destaque para Myrtaceae, com
áreas protegidas do lado paraguaio da área de influência sete das 18 espécies encontradas sendo exclusivas. Isso
do Lago Itaipu - 127 espécies (Monge 2009); e no Parque pode ser uma consequência da taxonomia relativamente
Estadual do São Francisco, norte do Estado do Paraná, complexa dessa família. Outro destaque pode ser
onde 113 espécies de árvores foram registradas, embora percebido para a distribuição das espécies entre os
neste caso a riqueza relativamente baixa pareça também hábitos: 56% das espécies exclusivas apresentam hábito
estar relacionada à prática intensiva de extração seletiva arbóreo e arbustivo, enquanto o valor correspondente
de madeira antes do estabelecimento da área protegida para todo o conjunto de espécies neste estudo é de 32%.
(Toméet al. 1999, Zamaet al. 2012). Sugerimos que por não termos utilizado critério de
inclusão para amostragem de indivíduos de plantas como
Vale ressaltar que 43 espécies arbóreas nativas os demais estudos acima referidos - perímetro do caule à
registradas no presente levantamento florístico (tabela 1) não altura do peito igual ou superior a 15 cm - obtivemos uma
foram registradas por Gris (2012) e Souza (2015) no INP e seu melhor representação da flora composta por espécies
entorno. Isso pode ser consequência do efeito amostral, mas apresentando simultaneamente o arbóreo e hábitos
também das particularidades florísticas da área de estudo em arbustivos. Além disso, a super-representação do hábito
relação ao seu entorno. Dessas 43 espécies, 70% são não arbustivo-arbóreo entre as espécies exclusivas pode ser
pioneiras, 72% apresentam síndrome de dispersão zoocórica, consequência da amostragem intensiva de habitats de
enquanto as outras duas são dispersas. borda no presente estudo, conforme indicado pelo
484 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017

Tabela 2. Espécies ameaçadas registradas na área de estudo, no oeste do Estado do Paraná, Brasil, de acordo com as listas da
União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA). CR, Criticamente em
Perigo; EN, em perigo; VU, Vulnerável. As informações sobre o tipo de ameaça foram obtidas em Martinelli & Moraes (2013) e na
IUCN (2016).

Família / Espécie IUCN MMA Tipo de ameaça

Apocynaceae
Aspidosperma polyneuron EN Exploração de madeira.

Araucariaceae
Araucaria angustifolia CR EN Perda de habitat, exploração madeireira.

Arecaceae
Euterpe edulis VU Perda de habitat, exploração do palmito.
Fabaceae
Apuleia leiocarpa VU Exploração de madeira.

Meliaceae
Cedrela fissilis EN VU Perda de habitat, exploração madeireira.

Myrtaceae
Myrcianthes Pungens EN Perda de habitat.

Rutaceae
Baufourodendron riedelianum EN Perda de habitat, exploração madeireira.

Tabela 3. Espécies exóticas registradas na área de estudo, oeste do Estado do Paraná, Brasil. F, espécies registradas em fragmentos
florestais; A, espécie registrada em ambientes antrópicos, como bermas de estradas, jardins e pastagens.

Família / Espécie F UMA


Anacardiaceae
Mangifera indica EU. X
Asteraceae
Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp. X
Bignoniaceae
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos X
Tabebuia roseoalba (Ridl.) SandwithTecoma stans ( X
L.) Juss. ex Kunth Bixaceae X

Bixa orellana EU. X


Fabaceae
Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit X
Lauraceae
Persea americana Moinho. X
Magnoliaceae
Michelia champaca EU. X
Meliaceae
Melia azedarach EU. X
Myrtaceae
Psidium guajava EU. X
Syzygium jambos (L.) Alston X

Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 485

Tabela 3 (continuação)

Família / Espécie F UMA


Rhamnaceae
Hovenia dulcis Thunb. X
Rosaceae
Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. X
Rutaceae
Citrus Limon (L.) Osbeck X

maior porcentagem de espécies pioneiras arbustivas no remanescentes de floresta semidecídua


conjunto de espécies exclusivas (9/43 = 21%) do que em todo localizados em latitudes mais altas do Estado
o conjunto de espécies (29/204 = 14%). Entre as espécies do Paraná, mas, ao invés disso, parece ser uma
exclusivas, havia uma ameaçada,Myrcianthes Pungens, consequência da fragmentação da floresta ou
encontrados em fragmentos florestais primários e efeito de amostragem, como discutido acima.
secundários da área de estudo, o que reforça a importância Por exemplo, registramos apenas seis espécies
desses remanescentes para a conservação da biodiversidade. de Lauraceae, mas esse número sobe para 10
Por outro lado, 54 espécies arbóreas considerando os resultados de levantamentos
nativas foram registradas por Gris (2012) e florísticos próximos (Gris 2012, Souza 2015),
Souza (2015), mas não pelo presente estudo. O igualando o número encontrado no Parque
conjunto de dados resultante dos resultados Estadual da Mata dos Godoy no norte do
desses autores cumpre locais de estudo em Paraná (Rossetto & Vieira 2013). Em relação às
altitudes que variam de 150 a 750 m acima do Solanaceae, o número de espécies arbóreas e
nível do mar, enquanto a área de estudo atual arbustivas encontradas no Parque Estadual da
cobre uma faixa altitudinal que se expande de Mata dos Godoy, 19, foi ainda maior do que o
200 m a 600 m acima do nível do mar, e 68% encontrado na área de estudo e seu entorno,
do nosso os registros botânicos foram feitos 15 (este estudo, Gris 2012, Souza 2015).et al.
em locais de estudo localizados em altitudes 2009, Monge 2009, Souza et al. 2012, Rossetto
entre 300 me 500 m. A fraca representação dos & Vieira 2013, Velazcoet al. 2015).
extremos altitudinais regionais em nosso
conjunto de dados pode ajudar a explicar a Apesar das considerações acima sobre uma aparente
ausência em nossa lista de espécies das 54 falta de particularidades na flora da área de estudo em
espécies exclusivas das listas relatadas por Gris relação à riqueza de espécies e representatividade de
(2012) e Souza (2015). Outra explicação famílias, um botânico familiarizado com a flora de
possível vem do contexto da paisagem: remanescentes de floresta estacional semidecidual
localizados em latitudes mais baixas que vieram visitar os
remanescentes florestais na área de estudo e seu
A distribuição da riqueza de espécies entre as entorno, ainda encontrará algumas peculiaridades da
famílias da área de estudo foi semelhante à encontrada flora arbórea e arbustiva desses remanescentes de
em outros estudos de floresta estacional semidecidual no latitudes mais altas no que diz respeito à composição de
Estado de São Paulo (Cielo-Filho et al. 2009, Souza et al. espécies. Por exemplo, ela sentirá falta de algumas
2012) e Paraná (Viani et al. 2011, Gris 2012, Zama et al. espécies notórias como, entre outras:Croton floribundus
2012, Rossetto & Vieira 2013); na Província de Misiones, Spreng, Copaifera langsdorffii Desf.,Esenbeckia Febrifuga
Argentina (Chediack 2008, Velazcoet al. 2015); e nos (A.St.-Hil.) A.Juss. ex Mart.,Gallesia integrifolia (Spreng.)
Departamentos de Canindeyú e Alto Paraná, Paraguai Danos, Machaerium nyctitans (Vell.) Benth., Piptadenia
(Monge 2009). No entanto, uma característica gonoacantha(Mart.) JFMacbr., Zeyheria tuberculosa (Vell.)
interessante da área de estudo foi a representatividade Bureauex Verl., Geonoma Schottiana Mart. (e Arecaceae
relativamente baixa de Lauraceae e a riqueza em geral),Moquiniastrum polymorphum (Menos.) G.
relativamente alta de Solanaceae. Isso pode sugerir uma Sancho (e Asteraceae em geral), Miconia theizans(Bonpl.)
particularidade da flora sazonal Cogn. (e Melastomataceae em geral).
486 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017

Ressalta-se que algumas espécies encontradas por Gris As espécies ameaçadas registradas neste estudo
(2012) em plantios realizados na Área de Preservação denotam o estado geral de conservação da Mata
Permanente do Lago de Itaipu e na faixa de Atlântica, principalmente no que diz respeito à redução
reflorestamento do corredor biológico de Santa Maria drástica da cobertura vegetal (Ribeiro et al. 2009)
podem não ser nativas da região. Destacamos as resultando em perda significativa de habitat. Outro
seguintes espécies exóticas ou provavelmente exóticas aspecto que se destaca é a superexploração dos recursos
registradas em Gris (2012), mas não na presente naturais (madeira e palmito no caso doEuterpe edulis) A
contribuição nem em Souza (2015):Annona neosericea H. espécie mais criticamente ameaçada que encontramos na
Rainer, Handroanthus impetiginosus Mattos, Croton área de estudo foiAraucaria angustifolia, considerados
floribundus, Manihot grahamii Gancho., Anadenanthera “criticamente em perigo” e “em perigo”, respectivamente,
peregrina (L.) Speg., Calliandra brevipes Benth., Cassia nas listas consultadas da IUCN e MMA. Ressalta-se que
leptophyllaVogel, Copaifera langsdorffii, Machaerium esta espécie é rara na área de estudo, ocorrendo
nyctitans,Piptadenia gonoacantha, Poincianella pluviosa principalmente em setores antrópicos situados na orla do
(DC.) LP Queiroz. eEugenia gracillima Kiaersk .. INP, na faixa amostrada às margens da antiga estrada de
Juntamente com as espécies explicitamente declaradas Guarapuava. Isso pode sugerir que esses exemplares
como exóticas do território brasileiro em Gris (2012), foram plantados ali pelos primeiros colonos que
essas espécies devem ser evitadas em futuros projetos de chegaram à área nas décadas de 1950 e 1960. Por outro
restauração na região.
lado, a presença de indivíduos reprodutores adultos de
Corroborando o ranking de representatividade
Araucaria angustifolia no início do período de colonização
das síndromes de dispersão observada em outros
foi confirmada por antigos colonos nas vizinhanças da
estudos realizados em floresta estacional
cidade de Marquezita, mas não para outras localidades da
semidecidual (Silva & Soares-Silva 2000, Santos &
área de estudo (NL Viapiana, comunicação pessoal),
Kinoshita 2003, Kinoshita et al. 2006, Zama et al.
indicando que a espécie é nativa, mas não estava
2012) e concordando com o padrão geral observado
disseminada naquela área . Nas altitudes mais elevadas
em florestas tropicais (Howe & Smallwood 1982), a
do INP, acima da faixa altitudinal de nossa área de estudo,
síndrome de dispersão mais frequente foi a
Souza (2015) identificou uma zona de transição entre
zoocoria (69%), seguida pela anemocoria (17%) e
floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila
autocoria (14%). A porcentagem de espécies
mista, ondeAraucaria angustifolia é uma das espécies
zoocóricas que encontramos neste estudo foi
mais abundantes. Além disso, as Florestas Ombrófilas
superior à encontrada em outros estudos em
Mistas também são encontradas não muito longe de
florestas estacionais semideciduais bem
nossa área de estudo (menos de 150 km), por exemplo, na
preservadas (Silva & Soares-Silva 2000, Santos &
Província Argentina de Misiones (por exemplo no Parque
Kinoshita 2003, Kinoshitaet al. 2006), o que mostra
Provincial Cruce Caballero (Rios 2006), e em vastas áreas
uma boa representatividade geral das espécies
da região Sudoeste do Estado do Paraná (Castella & Britez
zoocóricas em nossa amostragem florística. O
mesmo pode ser inferido para a representatividade 2004). No entanto, como esta espécie é localmente rara e

de espécies não pioneiras, 64%, percentual superior pouco difundida em nossa área de estudo, não
ao encontrado no Parque Estadual da Mata dos recomendamos seu uso extensivo em projetos de
Godoy, onde 55,8% das espécies encontradas restauração nesta área. Por outro lado, encorajamos o
podem ser consideradas não pioneiras, uso generalizado em tais projetos de todas as outras
considerando o secundário tardio. e categorias espécies ameaçadas de extinção registradas no presente
clímax adotadas por Silva & Soares-Silva (2000) em estudo.
conjunto. O Parque Estadual da Mata dos Godoy As espécies localmente abundantes indicadas na tabela
abriga um remanescente de floresta estacional 1 são, em geral, mais propensas a se estabelecerem em áreas
semidecídua bem preservado em estágio de restauração e, portanto, seu uso em maiores proporções
sucessional avançado (Silva & Soares-Silva 2000, pode favorecer a rápida recuperação florestal. Ao usar a
Rossetto & Vieira 2013). Dada a importância de uma indicação de espécies localmente abundantes na tabela 1
boa representatividade de espécies não pioneiras e para projetar projetos de restauração, deve-se considerar se
zoocóricas em projetos de restauração, nosso as espécies foram relatadas como abundantes localmente em
estudo apresenta uma lista de espécies floresta submontana típica ou úmida, e aplicar esta última
promissoras para apoiar iniciativas dessa natureza categoria de espécie na restauração de locais localizados nas
na área estudada.et al. 2010, Barbosa et al. 2015). margens de rios e depressões do terreno, onde
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 487

os solos são mais úmidos, enquanto a primeira categoria em latitudes mais baixas. O mesmo pode ser dito em relação
de espécies deve ser reservada para a restauração de à distribuição das espécies entre as famílias, e distribuição da
locais com condições de solo mais secas. Algumas das frequência das síndromes de dispersão e grupos ecológicos,
espécies localmente abundantes podem ser aplicadas em para a flora da área de estudo. No entanto, algumas
ambas as situações (tabela 1). Outra consideração refere- peculiaridades surgiram devido à falta na área de estudo de
se à categoria sucessional das espécies localmente algumas espécies arbóreas comumente encontradas nesses
abundantes indicadas, a maioria das quais, não pioneiras. remanescentes. Fornecemos informações sobre síndromes
Como os plantios de restauração, em geral, aplicam uma de dispersão e categorias sucessionais para 204 espécies
proporção maior de espécies pioneiras do que não arbóreas e arbustivas e indicamos 34 localmente abundantes
pioneiras, seria interessante a indicação de outras e sete ameaçadas, a fim de auxiliar no desenho de projetos
espécies pioneiras localmente abundantes, além das
de restauração na área de estudo. Também identificamos 15
quatro já mencionadas. Para fazer isso, listamos as
espécies de árvores exóticas na área, das quais 12 têm
seguintes espécies pioneiras consideradas localmente
potencial invasor, necessitando de programas de erradicação.
abundantes por meio de avaliação visual pelos autores
(tabela 1):Tabernaemontana catharinensis,Trema
micrantha, Peltophorum dubium, Bastardiopsis densiflora
Agradecimentos
, Heliocarpus popayanensis, Eugenia pyriformis, Piper
aduncum, Myrsine coriacea,Casearia sylvestris, Allophylus Agradecemos ao CNPq pela bolsa de iniciação
edulis, Diatenopteryx sorbifolia, Solanum caavurana, científica concedida a Carolina Rodrigues Sousa e
Styrax leprosus,Cecropia pachystachya, Aloysia virgata e Juliana Menezes de Jesus; à UTFPR, Campus
Pombalia bigibbosa. Naturalmente, todas as espécies Medianeira, ao Instituto Florestal do Estado de São
listadas na tabela 1 devem ser consideradas nos plantios Paulo, à Itaipu Binacional, ao Instituto Chico Mendes
de restauração na área de estudo, aquelas não citadas de Conservação da Biodiversidade e à Secretaria de
como localmente abundantes devem ser consideradas Meio Ambiente dos municípios de Medianeira e
para a realização de plantios de alta diversidade. Matelândia; aos diversos alunos de graduação e
Entre as espécies exóticas encontradas na área de demais voluntários que ajudaram na coleta e
estudo, com exceção da Michelia champaca,
processamento do material botânico; ao técnico do
Gymnanthemum amygdalinum e Syzygium jambos, todos
Herbário Sr. Ernane Lino da Silva; aos proprietários
os outros têm potencial invasivo confirmado,
que permitiram a entrada em suas propriedades, em
especialmenteTecoma stans, Leucaena leucocephala e
especial ao Sr. Ângelo Baratto, ao Sr. José Nilson de
Hovenia dulcis (Zenni & Ziller 2011). Tais espécies
Oliveira, à Sra. Luciane Trauczynski dos Santos, à Sra.
constituem sérias ameaças à conservação da
Mariza Ângela Biazuz e ao Sr. Odair Camargo.
biodiversidade da região e devem ser alvo de ações de
controle que visem a erradicação de suas populações em
Literatura citada
ambientes naturais. Adicionalmente, ações que visem
prevenir distúrbios antrópicos nos remanescentes Aronson, J., Durigan, G. & Brancalion, PHS 2011
florestais devem ser implementadas de forma a permitir Conceitos e definições correlatos à ciência e à prática da
que as florestas secundárias da área de estudo atinjam restauração ecológica. IF Série Registros 44: 1-38.
estágios sucessionais mais avançados, uma vez que a Angiosperma Phylogeny Group - APG. 2016. Uma atualização
suscetibilidade à invasão por espécies exóticas pode ser da classificação do Angiosperm Phylogeny Group para
maior em florestas em estágios sucessionais anteriores. as ordens e famílias de plantas com flores: APG IV.
como sugerido para a invasão porHovenia dulcis em Jornal Botânico da Sociedade Linnean. 181: 1-20.
florestas da região do alto Uruguai (Lazzarin et al. 2015). Barbosa, LM, Shirasuna, RT, Lima, FC & Ortiz,
PRT 2015. Lista de espécies indicadas para
Em conclusão, relatamos a composição florística
restauração ecológica para diversas regiões do estado
de uma área situada em uma região estratégica para a
de São Paulo.No: VI Simpósio de Restauração
conservação da floresta estacional semidecidual no
Ecológica: Novos Rumos e Perspectivas, 2015, São
contexto do bioma Mata Atlântica. De maneira geral, Paulo: Imprensa Oficial do Estado (Imesp).
em relação à riqueza de espécies, não detectamos Brasil. 2014. Ministério do MeioAmbiente. Lista Nacional
nenhuma particularidade da flora da área de estudo e Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção.
de seu entorno em relação à flora de remanescentes Portaria n. 443, de 17 de dezembro de 2014. Diário
de floresta estacional semidecidual localizados. Oficial da União. 18 de dezembro, Seção I, pp. 110-121.
488 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017

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