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Roque Cielo-Filho1,4, Geraldo Antonio Daher Corrêa Franco2, Fernando Periotto3, Osny Tadeu de Aguiar2, João
Batista Baitello2, Carla Daniela Câmara3, Carolina Rodrigues Sousa2 e Juliana Menezes de Jesus2
RESUMO - (Flora arbórea e arbustiva no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, Estado do Paraná, Brasil: contribuição para a restauração
ecológica). Com o objetivo de ampliar o conhecimento florístico regional e compilar informações de espécies para subsidiar projetos de
restauração, realizamos um levantamento florístico em fragmentos de mata nativa de uma área localizada entre o Parque Nacional do
Iguaçu e a Área de Preservação Permanente do Lago de Itaipu, no oeste do Estado do Paraná. . Encontramos 204 espécies e 51 famílias,
sendo as mais ricas Fabaceae (29 spp.), Myrtaceae (18 spp.), Solanaceae (10 spp.), Euphorbiaceae, Meliaceae e Rutaceae (nove spp. Cada). A
síndrome zoocórica foi a mais comum (69% das espécies), seguida da anemocórica (17%) e autocórica (14%). As espécies não pioneiras
foram as mais frequentes (64%). Em termos gerais, esses resultados concordam qualitativamente com aqueles observados em florestas
estacionais semidecíduas. Com base em dados fitossociológicos de outros estudos, indicamos 34 espécies abundantes localmente que
podem ser utilizadas em maiores proporções em projetos de restauração. Registramos sete espécies ameaçadas e 15 exóticas, das quais
12 têm potencial invasor e requerem ações de controle.
Palavras-chave: Mata Atlântica, conservação, florística, restauração, espécies ameaçadas
RESUMO - (Flora arbórea e arbustiva no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, PR, Brasil: contribuição para restauração
ecológica). Conduzimos um estudo florístico em fragmentos de floresta nativa de uma área localizada entre o Parque Nacional do
Iguaçu e a Área de Preservação Permanente do Lago de Itaipu, oeste do Estado do Paraná, objetivando ampliar o conhecimento
florístico regional e compilar informações sobre espécies para projetos subsidiários de restauração naquela área. Encontramos
204 espécies e 51 famílias, sendo as mais ricas Fabaceae (29 spp.), Myrtaceae (18 spp.), Solanaceae (10 spp.), Euphorbiaceae,
Meliaceae e Rutaceae (nove spp. Cada). A síndrome zoocórica foi a mais comum (69% das espécies), seguida pela anemocórica
(17%) e autocórica (14%). As espécies não pioneiras foram as mais frequentes (64%). Qualitativamente, de modo geral, esses
resultados coincidem com o observado em florestas estacionais semideciduais. Com base em dados fitossociológicos de outros
estudos, indicamos 34 espécies localmente abundantes que podem ser usadas em maiores proporções em projetos de
restauração. Registramos sete espécies ameaçadas de extinção e 15 exóticas, das quais 12 possuem potencial invasivo
demandando ações de controle.
Palavras-chave: conservação, espécies ameaçadas, florística, Mata Atlântica, restauração
1. Instituto Florestal, Floresta Estadual de Avaré, Rua Pernambuco, s / n, 18701-180 Avaré, SP, Brasil
2. Instituto Florestal, Divisão de Dasonomia, Rua do Horto, 931, 02377-000 São Paulo, SP, Brasil
3. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Medianeira, Avenida Brasil, 4232, 85884-000 Medianeira, PR, Brasil
4. Autor para correspondência: cielofbr@yahoo.com.br
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composição florística da área de estudo como um todo e não Lista de Espécies da Flora Brasileira (Flora Brasileira 2020
de cada fragmento individualmente, não compilamos uma em construção 2016). Para a maioria das espécies, a
lista florística individual de cada fragmento, portanto, a classificação dos hábitos vegetais foi obtida na Lista de
frequência das espécies nos fragmentos na área não está Espécies da Flora Brasileira, mas seguimos Souzaet al.
disponível. Os fragmentos foram escolhidos levando-se em (2013) para palmeiras e samambaias, embora tenhamos
consideração a amostragem de toda a área de estudo com contado esses hábitos como árvores nos resultados. A
uma distribuição do esforço amostral o mais homogênea verificação das espécies ameaçadas de extinção foi
possível, e também considerando a autorização de acesso baseada na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da
pelos proprietários. Também amostramos a borda noroeste União Internacional para Conservação da Natureza (União
do Parque Nacional do Iguaçu entre os limites do Parque e a Internacional para Conservação da Natureza 2016) e na
chamada Estrada Velha de Guarapuava entre os municípios Lista Oficial de Espécies Ameaçadas da Flora Brasileira
de Serranópolis do Iguaçu e Céu Azul, percorrendo toda a (Brasil 2014), que foi baseada em a lista apresentada por
extensão dessa estrada naquele trecho. Os fragmentos Martinelli & Moraes (2013). Não utilizamos a Lista
florestais estudados têm diferentes históricos de perturbação Vermelha do Estado do Paraná (Paraná 1995), pois esta
e incluem florestas secundárias e florestas primárias com lista está desatualizada. Com o objetivo de apoiar futuros
diferentes níveis de degradação (floresta primária degradada projetos de restauração florestal e estabelecimento de um
sensu Aronson et al. 2011). A vegetação do limite noroeste do corredor biológico na área de estudo, foram compiladas
INP foi considerada floresta secundária. O método usado informações relativas à categoria sucessional (sensu
para a florística Swaine & Whitmore 1988) e dispersão
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síndrome (sensu Pijl 1982) das espécies identificadas na espécies, apenas quatro são pioneiras: Alchornea
literatura (por exemplo Lorenzi 1992, Gandolfiet al. 1995, triplinervia, Dendropanax cuneatus, Sebastiania
Lorenzi 1998, Silva & Soares-Silva 2000, Carvalho 2003, brasiliensis e Luehea divaricata.
Carpanezzi & Carpanezzi 2006, Carvalho 2006, Carvalho
2008, Lorenzi 2009, Carvalho 2010, Barbosa et al. 2015). Discussão
Também indicamos as espécies nativas encontradas na
Um aspecto importante do presente levantamento
presente contribuição que também foram registradas,
florístico foi a aparentemente baixa riqueza de espécies,
como espécies localmente abundantes, em estudos
quando comparada a outros estudos realizados em
fitossociológicos disponíveis para o INP e seu entorno
florestas atlânticas em latitudes mais baixas. Por exemplo,
(Gris 2012, Souza 2015). Para tanto, foram consideradas
levantamentos da flora arbórea e arbustiva da floresta
as espécies que ocupam as dez primeiras posições no
estacional semidecidual, realizados em áreas protegidas
ranking de valor de importância de uma floresta
nos municípios de Paranapanema e Itapeva, ambos no
submontana típica do Reservatório Particular do
Estado de São Paulo, registraram 349 e 317 espécies,
Patrimônio Natural de Santa Maria (Gris 2012), e de
respectivamente (Cielo-Filhoet al. 2009, Souza et al. 2012).
florestas submontanas típicas e úmidas do interior do INP
No entanto, como apontado por esses autores, a alta
(Souza 2015).
riqueza nessas áreas pode estar relacionada à presença
de remanescentes de Cerrado na região, o que ampliaria
Resultados
o pool regional de espécies, aumentando a riqueza em
Foram realizados 940 registros botânicos de espécies remanescentes de floresta estacional semidecidual.
nativas, 303 em floresta primária e 520 em floresta Mesmo sem a influência da flora do Cerrado, o número de
secundária, com média de 51 registros por fragmento. Os espécies arbóreas e arbustivas (266) relatado por Rossetto
117 registros restantes foram feitos nas margens de & Vieira (2013) para a floresta estacional semidecídua do
estradas rurais. Identificamos 204 espécies nativas de Parque Estadual da Mata dos Godoy, norte do Paraná, foi
árvores e arbustos de 51 famílias e 134 gêneros (tabela 1). superior ao encontrado em o presente estudo.
O hábito arbóreo foi representado por 174 espécies, Pode-se sugerir que a flora nos remanescentes
enquanto o arbustivo por 96 espécies. Sessenta e seis setentrionais de floresta estacional semidecidual do
espécies apresentaram ambos os hábitos. As famílias Estado do Paraná é mais rica do que nos
mais ricas foram Fabaceae (29 espécies), Myrtaceae (18), remanescentes localizados em latitudes mais
Solanaceae (10), Euphorbiaceae, Meliaceae e Rutaceae elevadas do Estado, devido às condições climáticas
(nove espécies cada). Os gêneros mais ricos eramEugenia mais rigorosas. Por exemplo, o número de espécies
(oito espécies), Solanum e Zanthoxylum (seis espécies arbóreas (197) relatado para o Parque Estadual da
cada), Ocotea, Trichilia e Aegiphila (quatro espécies cada). Mata dos Godoy, onde foi realizado um estudo
A síndrome de dispersão mais comum foi zoocórica (141 florístico abrangente em um remanescente florestal
espécies, 69%) seguida pelas síndromes anemocórica (35 bem conservado (Rossetto & Vieira 2013), foi maior
espécies, 17%) e autocórica (28 espécies, 14%). A maioria do que o encontrado em nosso estudo ( 174), bem
(130) espécies (64%) pertencia à categoria sucessional não como nos estudos de Souza (2015) e Gris (2012) que
pioneira e as 74 restantes (36%) foram classificadas como identificaram, respectivamente, 165 e 112 espécies
pioneiras. Das 204 espécies registradas, sete estão arbóreas nativas no INP e fragmentos florestais
ameaçadas devido à perda de habitat e superexploração próximos. No entanto, quando considerados em
(tabela 2). Além das espécies nativas, foram encontradas conjunto, os dados florísticos disponíveis para a
15 espécies exóticas, das quais oito foram registradas em área de estudo e seu entorno - neste estudo, Gris
fragmentos florestais e sete em ambientes mais (2012) e Souza (2015) - somam 228 espécies
antrópicos como beira de estradas, jardins e pastagens arbóreas nativas,
(tabela 3). Outro aspecto a ser considerado nessas comparações
Na tabela 1 indicamos 14 espécies relatadas como de riqueza são as diferenças de métodos e históricos de
abundantes localmente na Floresta Submontana Típica e 10 distúrbios antrópicos entre as áreas de estudo. Por exemplo,
espécies relatadas como abundantes localmente na Floresta a utilização de um critério de inclusão para amostragem de
Submontana Úmida, de acordo com estudos fitossociológicos indivíduos de plantas - perímetro do caule à altura do peito
disponíveis para o INP e seu entorno (Gris 2012, Souza 2015). igual ou superior a 15 cm - por Gris (2012) e Souza (2015)
Dos mencionados localmente abundantes pode ter limitado o número de espécies.
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 477
Tabela 1. Flora arbórea e arbustiva nativa no oeste do Estado do Paraná, Brasil. SD, síndrome de dispersão: AUT: autocórico, ANE:
anemocórico, ZOO: zoocórico; CS, categoria sucessional: P: pioneiro, NP: não pioneiro; sh: arbusto, tr: árvore; FIG e SPSF, número de
registro nos herbários FIG e SPSF. C, informações complementares: espécies relatadas como abundantes localmente em florestas típicas
(a) e úmidas (b) do Parque Nacional do Iguaçu e arredores (Gris 2012, Souza 2015), espécies pioneiras localmente abundantes de acordo
com avaliação visual (c) e espécies arbóreas exclusivo do presente estudo (e).
Prosseguir
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Tabela 1 (continuação)
Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 479
Tabela 1 (continuação)
Prosseguir
480 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017
Tabela 1 (continuação)
Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 481
Tabela 1 (continuação)
Prosseguir
482 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017
Tabela 1 (continuação)
Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 483
Tabela 1 (continuação)
registrados nesses estudos. Esse tipo de limitação as síndromes abrangeram cada, 14% das demais
metodológica também pode ter restringido a riqueza de espécies. Comparando esses dados com os percentuais
espécies arbóreas encontradas em outros estudos, como correspondentes observados para todo o conjunto de
na Fazenda Rio das Cobras, sudoeste do Estado do Paraná espécies neste estudo, não há evidências de viés quanto à
- 128 espécies (Vianiet al. 2011); em áreas protegidas da categoria sucessional ou síndromes de dispersão para o
Província Argentina de Misiones: Parque Nacional Iguaçu conjunto de espécies exclusivas da presente pesquisa.
e arredores - 72 espécies (Chediack 2008) e Reserva Porém, em relação à distribuição de espécies exclusivas
Particular Osununú - 96 espécies (Velazcoet al. 2015); em entre as famílias, houve destaque para Myrtaceae, com
áreas protegidas do lado paraguaio da área de influência sete das 18 espécies encontradas sendo exclusivas. Isso
do Lago Itaipu - 127 espécies (Monge 2009); e no Parque pode ser uma consequência da taxonomia relativamente
Estadual do São Francisco, norte do Estado do Paraná, complexa dessa família. Outro destaque pode ser
onde 113 espécies de árvores foram registradas, embora percebido para a distribuição das espécies entre os
neste caso a riqueza relativamente baixa pareça também hábitos: 56% das espécies exclusivas apresentam hábito
estar relacionada à prática intensiva de extração seletiva arbóreo e arbustivo, enquanto o valor correspondente
de madeira antes do estabelecimento da área protegida para todo o conjunto de espécies neste estudo é de 32%.
(Toméet al. 1999, Zamaet al. 2012). Sugerimos que por não termos utilizado critério de
inclusão para amostragem de indivíduos de plantas como
Vale ressaltar que 43 espécies arbóreas nativas os demais estudos acima referidos - perímetro do caule à
registradas no presente levantamento florístico (tabela 1) não altura do peito igual ou superior a 15 cm - obtivemos uma
foram registradas por Gris (2012) e Souza (2015) no INP e seu melhor representação da flora composta por espécies
entorno. Isso pode ser consequência do efeito amostral, mas apresentando simultaneamente o arbóreo e hábitos
também das particularidades florísticas da área de estudo em arbustivos. Além disso, a super-representação do hábito
relação ao seu entorno. Dessas 43 espécies, 70% são não arbustivo-arbóreo entre as espécies exclusivas pode ser
pioneiras, 72% apresentam síndrome de dispersão zoocórica, consequência da amostragem intensiva de habitats de
enquanto as outras duas são dispersas. borda no presente estudo, conforme indicado pelo
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Tabela 2. Espécies ameaçadas registradas na área de estudo, no oeste do Estado do Paraná, Brasil, de acordo com as listas da
União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA). CR, Criticamente em
Perigo; EN, em perigo; VU, Vulnerável. As informações sobre o tipo de ameaça foram obtidas em Martinelli & Moraes (2013) e na
IUCN (2016).
Apocynaceae
Aspidosperma polyneuron EN Exploração de madeira.
Araucariaceae
Araucaria angustifolia CR EN Perda de habitat, exploração madeireira.
Arecaceae
Euterpe edulis VU Perda de habitat, exploração do palmito.
Fabaceae
Apuleia leiocarpa VU Exploração de madeira.
Meliaceae
Cedrela fissilis EN VU Perda de habitat, exploração madeireira.
Myrtaceae
Myrcianthes Pungens EN Perda de habitat.
Rutaceae
Baufourodendron riedelianum EN Perda de habitat, exploração madeireira.
Tabela 3. Espécies exóticas registradas na área de estudo, oeste do Estado do Paraná, Brasil. F, espécies registradas em fragmentos
florestais; A, espécie registrada em ambientes antrópicos, como bermas de estradas, jardins e pastagens.
Prosseguir
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 485
Tabela 3 (continuação)
Ressalta-se que algumas espécies encontradas por Gris As espécies ameaçadas registradas neste estudo
(2012) em plantios realizados na Área de Preservação denotam o estado geral de conservação da Mata
Permanente do Lago de Itaipu e na faixa de Atlântica, principalmente no que diz respeito à redução
reflorestamento do corredor biológico de Santa Maria drástica da cobertura vegetal (Ribeiro et al. 2009)
podem não ser nativas da região. Destacamos as resultando em perda significativa de habitat. Outro
seguintes espécies exóticas ou provavelmente exóticas aspecto que se destaca é a superexploração dos recursos
registradas em Gris (2012), mas não na presente naturais (madeira e palmito no caso doEuterpe edulis) A
contribuição nem em Souza (2015):Annona neosericea H. espécie mais criticamente ameaçada que encontramos na
Rainer, Handroanthus impetiginosus Mattos, Croton área de estudo foiAraucaria angustifolia, considerados
floribundus, Manihot grahamii Gancho., Anadenanthera “criticamente em perigo” e “em perigo”, respectivamente,
peregrina (L.) Speg., Calliandra brevipes Benth., Cassia nas listas consultadas da IUCN e MMA. Ressalta-se que
leptophyllaVogel, Copaifera langsdorffii, Machaerium esta espécie é rara na área de estudo, ocorrendo
nyctitans,Piptadenia gonoacantha, Poincianella pluviosa principalmente em setores antrópicos situados na orla do
(DC.) LP Queiroz. eEugenia gracillima Kiaersk .. INP, na faixa amostrada às margens da antiga estrada de
Juntamente com as espécies explicitamente declaradas Guarapuava. Isso pode sugerir que esses exemplares
como exóticas do território brasileiro em Gris (2012), foram plantados ali pelos primeiros colonos que
essas espécies devem ser evitadas em futuros projetos de chegaram à área nas décadas de 1950 e 1960. Por outro
restauração na região.
lado, a presença de indivíduos reprodutores adultos de
Corroborando o ranking de representatividade
Araucaria angustifolia no início do período de colonização
das síndromes de dispersão observada em outros
foi confirmada por antigos colonos nas vizinhanças da
estudos realizados em floresta estacional
cidade de Marquezita, mas não para outras localidades da
semidecidual (Silva & Soares-Silva 2000, Santos &
área de estudo (NL Viapiana, comunicação pessoal),
Kinoshita 2003, Kinoshita et al. 2006, Zama et al.
indicando que a espécie é nativa, mas não estava
2012) e concordando com o padrão geral observado
disseminada naquela área . Nas altitudes mais elevadas
em florestas tropicais (Howe & Smallwood 1982), a
do INP, acima da faixa altitudinal de nossa área de estudo,
síndrome de dispersão mais frequente foi a
Souza (2015) identificou uma zona de transição entre
zoocoria (69%), seguida pela anemocoria (17%) e
floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila
autocoria (14%). A porcentagem de espécies
mista, ondeAraucaria angustifolia é uma das espécies
zoocóricas que encontramos neste estudo foi
mais abundantes. Além disso, as Florestas Ombrófilas
superior à encontrada em outros estudos em
Mistas também são encontradas não muito longe de
florestas estacionais semideciduais bem
nossa área de estudo (menos de 150 km), por exemplo, na
preservadas (Silva & Soares-Silva 2000, Santos &
Província Argentina de Misiones (por exemplo no Parque
Kinoshita 2003, Kinoshitaet al. 2006), o que mostra
Provincial Cruce Caballero (Rios 2006), e em vastas áreas
uma boa representatividade geral das espécies
da região Sudoeste do Estado do Paraná (Castella & Britez
zoocóricas em nossa amostragem florística. O
mesmo pode ser inferido para a representatividade 2004). No entanto, como esta espécie é localmente rara e
de espécies não pioneiras, 64%, percentual superior pouco difundida em nossa área de estudo, não
ao encontrado no Parque Estadual da Mata dos recomendamos seu uso extensivo em projetos de
Godoy, onde 55,8% das espécies encontradas restauração nesta área. Por outro lado, encorajamos o
podem ser consideradas não pioneiras, uso generalizado em tais projetos de todas as outras
considerando o secundário tardio. e categorias espécies ameaçadas de extinção registradas no presente
clímax adotadas por Silva & Soares-Silva (2000) em estudo.
conjunto. O Parque Estadual da Mata dos Godoy As espécies localmente abundantes indicadas na tabela
abriga um remanescente de floresta estacional 1 são, em geral, mais propensas a se estabelecerem em áreas
semidecídua bem preservado em estágio de restauração e, portanto, seu uso em maiores proporções
sucessional avançado (Silva & Soares-Silva 2000, pode favorecer a rápida recuperação florestal. Ao usar a
Rossetto & Vieira 2013). Dada a importância de uma indicação de espécies localmente abundantes na tabela 1
boa representatividade de espécies não pioneiras e para projetar projetos de restauração, deve-se considerar se
zoocóricas em projetos de restauração, nosso as espécies foram relatadas como abundantes localmente em
estudo apresenta uma lista de espécies floresta submontana típica ou úmida, e aplicar esta última
promissoras para apoiar iniciativas dessa natureza categoria de espécie na restauração de locais localizados nas
na área estudada.et al. 2010, Barbosa et al. 2015). margens de rios e depressões do terreno, onde
Cielo-filho et al.: Flora arbórea e arbustiva próxima ao Parque Nacional do Iguaçu 487
os solos são mais úmidos, enquanto a primeira categoria em latitudes mais baixas. O mesmo pode ser dito em relação
de espécies deve ser reservada para a restauração de à distribuição das espécies entre as famílias, e distribuição da
locais com condições de solo mais secas. Algumas das frequência das síndromes de dispersão e grupos ecológicos,
espécies localmente abundantes podem ser aplicadas em para a flora da área de estudo. No entanto, algumas
ambas as situações (tabela 1). Outra consideração refere- peculiaridades surgiram devido à falta na área de estudo de
se à categoria sucessional das espécies localmente algumas espécies arbóreas comumente encontradas nesses
abundantes indicadas, a maioria das quais, não pioneiras. remanescentes. Fornecemos informações sobre síndromes
Como os plantios de restauração, em geral, aplicam uma de dispersão e categorias sucessionais para 204 espécies
proporção maior de espécies pioneiras do que não arbóreas e arbustivas e indicamos 34 localmente abundantes
pioneiras, seria interessante a indicação de outras e sete ameaçadas, a fim de auxiliar no desenho de projetos
espécies pioneiras localmente abundantes, além das
de restauração na área de estudo. Também identificamos 15
quatro já mencionadas. Para fazer isso, listamos as
espécies de árvores exóticas na área, das quais 12 têm
seguintes espécies pioneiras consideradas localmente
potencial invasor, necessitando de programas de erradicação.
abundantes por meio de avaliação visual pelos autores
(tabela 1):Tabernaemontana catharinensis,Trema
micrantha, Peltophorum dubium, Bastardiopsis densiflora
Agradecimentos
, Heliocarpus popayanensis, Eugenia pyriformis, Piper
aduncum, Myrsine coriacea,Casearia sylvestris, Allophylus Agradecemos ao CNPq pela bolsa de iniciação
edulis, Diatenopteryx sorbifolia, Solanum caavurana, científica concedida a Carolina Rodrigues Sousa e
Styrax leprosus,Cecropia pachystachya, Aloysia virgata e Juliana Menezes de Jesus; à UTFPR, Campus
Pombalia bigibbosa. Naturalmente, todas as espécies Medianeira, ao Instituto Florestal do Estado de São
listadas na tabela 1 devem ser consideradas nos plantios Paulo, à Itaipu Binacional, ao Instituto Chico Mendes
de restauração na área de estudo, aquelas não citadas de Conservação da Biodiversidade e à Secretaria de
como localmente abundantes devem ser consideradas Meio Ambiente dos municípios de Medianeira e
para a realização de plantios de alta diversidade. Matelândia; aos diversos alunos de graduação e
Entre as espécies exóticas encontradas na área de demais voluntários que ajudaram na coleta e
estudo, com exceção da Michelia champaca,
processamento do material botânico; ao técnico do
Gymnanthemum amygdalinum e Syzygium jambos, todos
Herbário Sr. Ernane Lino da Silva; aos proprietários
os outros têm potencial invasivo confirmado,
que permitiram a entrada em suas propriedades, em
especialmenteTecoma stans, Leucaena leucocephala e
especial ao Sr. Ângelo Baratto, ao Sr. José Nilson de
Hovenia dulcis (Zenni & Ziller 2011). Tais espécies
Oliveira, à Sra. Luciane Trauczynski dos Santos, à Sra.
constituem sérias ameaças à conservação da
Mariza Ângela Biazuz e ao Sr. Odair Camargo.
biodiversidade da região e devem ser alvo de ações de
controle que visem a erradicação de suas populações em
Literatura citada
ambientes naturais. Adicionalmente, ações que visem
prevenir distúrbios antrópicos nos remanescentes Aronson, J., Durigan, G. & Brancalion, PHS 2011
florestais devem ser implementadas de forma a permitir Conceitos e definições correlatos à ciência e à prática da
que as florestas secundárias da área de estudo atinjam restauração ecológica. IF Série Registros 44: 1-38.
estágios sucessionais mais avançados, uma vez que a Angiosperma Phylogeny Group - APG. 2016. Uma atualização
suscetibilidade à invasão por espécies exóticas pode ser da classificação do Angiosperm Phylogeny Group para
maior em florestas em estágios sucessionais anteriores. as ordens e famílias de plantas com flores: APG IV.
como sugerido para a invasão porHovenia dulcis em Jornal Botânico da Sociedade Linnean. 181: 1-20.
florestas da região do alto Uruguai (Lazzarin et al. 2015). Barbosa, LM, Shirasuna, RT, Lima, FC & Ortiz,
PRT 2015. Lista de espécies indicadas para
Em conclusão, relatamos a composição florística
restauração ecológica para diversas regiões do estado
de uma área situada em uma região estratégica para a
de São Paulo.No: VI Simpósio de Restauração
conservação da floresta estacional semidecidual no
Ecológica: Novos Rumos e Perspectivas, 2015, São
contexto do bioma Mata Atlântica. De maneira geral, Paulo: Imprensa Oficial do Estado (Imesp).
em relação à riqueza de espécies, não detectamos Brasil. 2014. Ministério do MeioAmbiente. Lista Nacional
nenhuma particularidade da flora da área de estudo e Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção.
de seu entorno em relação à flora de remanescentes Portaria n. 443, de 17 de dezembro de 2014. Diário
de floresta estacional semidecidual localizados. Oficial da União. 18 de dezembro, Seção I, pp. 110-121.
488 Hoehnea 44 (4): 473-489, 2017
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