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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma discussão teórica
acerca dos desafios e possibilidades do ensino de Geografia, apresentando os problemas
mais encontrados nas escolas públicas e demonstrando as possibilidades que o ensino de
Geografia tem para que possa de fato alcançar seus objetivos.
A Geografia dita como dos Estados maiores era dominada pelos militares e pelo
Estado, tendo assim como objetivo interesses políticos e econômicos, direcionada a
desvendar o espaço, visando criar estratégias que lhes assegurassem exercer poder
neste, já que quem tem conhecimento tem poder.
Com relação à Geografia dos professores, nota-se que esta não desperta o
interesse dos alunos, já que não é transmitida de maneira que o docente faça uma
correlação da disciplina com o cotidiano dos discentes, para que estes notem que a
Geografia é vivenciada diariamente por eles, fazendo-os perceber que conhecer o
espaço que os circunda faz com que tenham o poder do conhecimento, tão necessário
para a vida em sociedade.
Desta forma, ao abordar sobre o conhecimento geográfico é necessário frisar que
a Geografia dos Estados maiores é somente praticada visando interesses. Já a dos
professores revela-se como longa, enfadonha, decorativa, não podendo esta ser
vivenciada no cotidiano dos alunos já que não é transmitida dessa forma por muitos
professores, apesar dos avanços já alcançados.
Nas palavras de Kaercher (1999, p. 71), “Hoje, creio que o objetivo da Geografia
deva ser entender a Sociedade e suas contradições usando o espaço como categoria para
tal entendimento”. Com relação ao ensino, segundo Cavalcanti (1998, p. 24), “A
finalidade de ensinar Geografia para crianças e jovens deve ser justamente a de os
ajudar a formar raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do
espaço.”.
A Geografia não está sendo, na maioria das vezes, lecionada para despertar o
censo crítico dos alunos, o conhecimento do espaço e das diversas relações vivenciadas
na sociedade, pois isto implica na política, já que conhecer o espaço representa certa
forma de poder. É lecionada sem dar ao espaço seu real sentido e sem fazer alusão à
política, deixando o estudante sem as devidas informações. A Geografia não é estática
como é vista e repassada por muitos. É necessário que seja transmitida como de fato é,
uma ciência/disciplina que está em constante dinâmica, pois assim é a sociedade.
A Geografia vem sendo, na maioria das vezes, transmitida aos alunos de uma
forma em que não se discute os problemas sociais e a política em sala de aula. Como
afirma Brabant (1989, p. 19) apud Morais (2013, p.246) “ao se referir ao ensino de
Geografia afirma que ‘o enciclopedismo igualmente conclui o fenômeno da
despolitização do discurso geográfico que consegue tão frequentemente falar da
atualidade sem colocar um único problema político”.
Os jogos são alternativas que podem tornar uma aula agradável e de fácil
apreensão dos conteúdos, se bem trabalhados, tornando as aulas mais atrativas e
dinâmicas e possibilitando o aprendizado acerca do espaço geográfico. Com esta
metodologia, os alunos podem interagir melhor e raciocinar mais sobre o tema
abordado, seja ele Cartografia, População, Regionalização, entre outros.
[...] as letras de música podem ser trazidas para as aulas e significar mais uma
forma de explorar a noção de paisagem e, em especial, do lugar. Até porque,
nesses casos, é possível encontrar proposições que, além de tratar de
temáticas associadas ao lugar (por exemplo, o morro, a rua, a comunidade, a
praia) são muitas vezes do conhecimento das crianças. Afinal, a música
circula com muita agilidade pelos meios de comunicação [...]. (FILIZOLA e
KOZEL, 2009, p. 38).
Outra alternativa bastante proveitosa para se usar em sala de aula são os filmes,
capazes de atrair a atenção dos discentes e trabalhar com diversos temas, inclusive o
conceito de paisagem, tão fundamental no entendimento dos conhecimentos
geográficos. Nesta perspectiva, Filizola e Kozel (2009) defendem que,
Assim, é importante ressaltar que não são suficientes apenas os mapas presentes
nos livros didáticos. É preciso que o professor leve para a sala de aula, mapas
atualizados e de diferentes temas, relacionando-os com cada conteúdo abordado e
fugindo da rotina imposta pelo livro didático, e também, que ele proponha aos alunos a
construção de trajetos percorridos por eles, identificando os pontos de referência.
Contudo, as ideias expostas no presente trabalho são apenas uma parcela das
várias opções de metodologias que o professor pode aplicar em suas aulas, necessitando
apenas de pesquisas sobre novas formas de se trabalhar Geografia, e planejamento, que
é fundamental antes de qualquer atividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, Lana de Souza. A geografia escolar e a cidade: Ensaios sobre o
ensino de geografia para a vida urbana cotidiana. Campinas, SP: Papirus, 2008. 3
ed. 2010.