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Sistema Financeiro Nacional
• Órgãos normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC).

• Entidades supervisoras: Estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam de


modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc).

• Operadores: Estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o público


no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas econômicas,
cooperativas de crédito, instituições de pagamento, administradoras de
consórcios, corretoras e distribuidoras, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e
futuros, seguradoras e resseguradoras, entidades abertas de previdência,
sociedades de capitalização e entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão).

• O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isso quer dizer
que ele tem dinheiro para suprir todas as suas necessidades, e ainda fica com
capital sobrando.

• O agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas despesas. Eles têm
necessidades que não permitem que sobre dinheiro. Por isso a necessidade de
buscar recursos junto a uma Instituição Financeira.

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• CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não)
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também
conhecida como política de crédito ou financiamento. Objetiva gerar um
ambiente de estabilidade monetária que permita o desenvolvimento do país.

• CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só


estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores
de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros,
permitindo a modernização deste serviço.

• CNPC: Além de ser um órgão normativo, se atenta sobre a influência dos reflexos
econômicos e movimentos da gestão dos planos de previdência complementar no
montante de recursos acumulados pelos clientes para assim modernizar a
legislação e resguardar os planos futuros de aposentadoria.

• Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos e


os repassam as empresas, famílias e governos e prestam serviços. Podem operar
as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos.

• Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem


recursos para financiar, em curto e médio prazo, para indústria, comércio,
serviços e pessoas físicas e podem captar depósitos à vista e a prazo.

• Os bancos de investimento, que são instituições privadas especializadas em


operações de participação societária, financiamento de atividade produtiva para
suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de terceiros.

• Os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos estaduais e têm o


objetivo de proporcionar recursos necessários para financiamento de programas
e projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social dos estados.

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• As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, de
empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados. Os
lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os associados.

• Seguros, previdência e capitalização são consideradas parte do sistema


financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em
investimentos específicos, dado que muitas vezes é necessário fazer frente ao
compromisso de seus clientes.

• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de recursos


do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas
promissórias) e contratos de derivativos.

• As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são instituições


autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de
negociações (pregão).

• Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central permitiram


que as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários atuassem no
mercado de negociações (pregão).

• O BACEN (Banco Central da República do Brasil) é a entidade supervisora do SFN


e obedece às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, sendo
responsável pela supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio e outras
instituições financeiras intermediárias.

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• O BACEN é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia e é o principal
órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional. Sua diretoria colegiada é
composta de Presidente e 8 Diretores (9 membros), todos nomeados pelo
Presidente da República e aprovados pelo Senado.

• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional.

• Dentre as principais atribuições do BACEN está: autorizar o funcionamento e


fiscalizar as Instituições Financeiras, punindo-as se for o caso; emitir moeda-
papel e moeda metálica; controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros;
executar a política monetária e cambial.

• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de


seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Trata-se de uma
autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia.

• A SUSEP é uma entidade supervisora, devendo sempre respeitar as diretrizes do


órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados).

• A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma


entidade governamental autônoma estabelecida na forma de autarquia especial
ligada ao Ministério da Economia. Objetiva fiscalizar as entidades fechadas de
previdência complementar e realizar políticas para o regime de previdência
complementar.

• Os bancos comerciais (BC) são sociedades anônimas que possuem como objetivo
promover o encontro entre os agentes superavitários e deficitários, além de
realizar operações financeiras de curto prazo e criar moeda através de débitos e
empréstimos.

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• Entre as atividades realizadas pelos BC destacam-se as concessões de
empréstimos, operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de
recursos e ordens de pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores,
pagamento de tarifas públicas, entre outros.

• Os bancos comerciais são constituídos em forma de sociedade anônima e sua


principal fonte de recursos são os depósitos à vista, utilizados para conceder
crédito para consumidores e empresas.

• Os BC são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os


distribuem através do crédito para devedores. O objetivo principal é proporcionar
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médios prazos: o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e
terceiros em geral;

• Os bancos múltiplos são IF privadas ou públicas que realizam as operações ativas,


passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio das seguintes carteiras:
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento.

• As operações realizadas pelos bancos múltiplos estão sujeitas às mesmas normas


legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às
suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por
banco público.

• O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob
forma de S.A. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à
vista.

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• Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições
financeiras.

• As operações dos bancos múltiplos incluem as seguintes carteiras: comercial,


investimento e/ou de desenvolvimento, crédito imobiliário, arrendamento
mercantil e de crédito (leasing), financiamento e investimento (financeiras).

• Os bancos de investimentos são IF privadas especializadas em operações de


participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de
recursos de terceiros.

• Os bancos de investimentos devem ser constituídos sob a forma de S.A. Não


possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de
recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles
administrados.

• As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo,


subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros
e repasses de empréstimos externos. Isto ocorre, dado que os bancos de
investimentos são instituições criadas para conceder créditos de médio e longo
prazo para as empresas.

• Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos


governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento de
recursos necessários ao financiamento de médio e a longo prazos, atendendo
projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do
respectivo Estado.

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• O BNDES é o principal instrumento de execução da política de investimento do
Governo Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras
e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.

• O BNDES está sujeito fica sujeito à supervisão do Ministro de Estado do


Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e exercita suas atividades,
visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo de apoio a
empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.

• A Bolsa de valores é o local onde se negociam títulos e valores mobiliários.


Exemplo: Ações, que é a menor parcela do capital de uma empresa. A
BM&FBovespa/B3 opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos,
commodities, balcão e operações estruturadas.

• As negociações se dão em pregão eletrônico e via internet, com facilidades de


homebroker (sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus
usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais).

• A BM&FBovespa – Câmara de Ações tem por objeto compensar, liquidar e


controlar o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de liquidação
futura com qualquer espécie de valores mobiliários, títulos, direitos e ativos
realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BM&FBOVESPA), em outras
bolsas ou outros mercados. É uma clearing house.

• É negociado na BM&FBovespa: ações, derivativos (opções, futuro e termo), CRI,


CRA, debentures, letras financeiras, fundo imobiliário, fundo de participações,
fundo de direitos creditórios, ETF.

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• Originada pela fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, a B3 é a companhia de
infraestrutura de mercado financeiro. Antes da fusão ela era a bolsa de valores e
responsável pela provisão de sistemas para a negociação de ações, derivativos de
ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros,
moedas à vista e commodities agropecuárias.

• As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de


títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos.
• As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Objetivam dar
maior liquidez e segurança ao mercado acionário.

• As sociedades distribuidoras de títulose valores mobiliários são constituídas sob


a forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada e são supervisionadas
pelo Banco Central do Brasil.

• As CTVM oferecem os serviços de: consultoria financeira, financiamento para


compra de ações (conta margem), plataformas de investimento pela internet
(homebroker), clubes de investimentos, administração e custódia de títulos e
valores mobiliários dos clientes, intermediação de operações de Câmbio,
administração de fundos e clubes de Investimento.

• No Brasil a CBLC é responsável pela guarda, compensação e liquidação das


operações que ocorrem na BM&F Bovespa, seja no mercado à vista ou nos
mercados de derivativos. A CBLC executa o controle de risco dos negociantes,
evitando possíveis desequilíbrios no mercado.

• A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem como


processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco
Central e instituições financeiras.
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• O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos,
regras, instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão
suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do
mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira visando a maior
proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras.

• Clearing House ou câmara de compensação, identifica a parte de uma bolsa de


valores na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. Ela é
responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas, eliminando o
risco de crédito.

• Uma Clearing é uma prestadora de serviços de compensação e liquidação de


ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos financeiros, e
principalmente de compensação e de liquidação de operações realizadas em
bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação envolvendo operações
com derivativos.

• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do


Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais
de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de
operações com esses títulos.

• Investidores qualificados: a Instrução nº 554/2014 da CVM define como


investidores qualificados as pessoas físicas e jurídicas com aplicações
financeiras superiores a um milhão de reais e que se identificam por escrito como
possuindo essa função.

• São designados como investidores qualificados: investidores profissionais;


agentes autônomos de investimento, analistas e consultores de valores
mobiliários; administradores de carteira, e clubes de investimento com carteira
gerida por cotistas que são investidores qualificados.

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• Investidores profissionais: são aqueles com somas elevadas de investimentos
(mais de 10 milhões) e considerável conhecimento técnico e experiência na
operação com valores mobiliários. Este tipo de profissional pode realizar negócios
mais arriscados por seu maior conhecimento.

• Investidores não-residentes: são pessoas físicas e jurídicas, que não moram em


território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e
outras entidades de investimento coletivo.

O papel da ANBIMA e as atividades desenvolvidas


• Representação: a ANBIMA Promove o diálogo para construir propostas de
aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo e
com outras entidades do setor privado. Propõe boas práticas de negócios, que os
associados seguem de forma voluntária.

• Autorregulação: é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e


em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Práticas, que são de adesão voluntária. O cumprimento das normas é
acompanhado de perto pela equipe técnica, que supervisiona as instituições e dá
orientações de caráter educativo.

• Informação: a ANBIMA é provedora de informações sobre os segmentos de


mercado que representam. A construção de uma base de dados consistente é
parte dos esforços para dar mais transparência e segurança aos mercados.
Divulgam desde referências de preços e índices que refletem o comportamento
de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no acompanhamento
dos temas de interesse dos associados.

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• Educação: a ANBIMA acredita que o mercado forte se faz com profissionais
qualificados e com investidores conscientes. As ações de educação se dividem em
três vertentes: capacitação dos profissionais por meio de certificações;
qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada e
disseminação de conteúdo sobre educação financeira.

ANBIMA: Princípios
• O código de ética da ANBIMA irá ressaltar que a atuação das Associadas e a
interpretação de todas as normas a elas aplicáveis deverão ser regidas pelos
seguintes princípios que vemos a seguir.
✓ estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das normas de
regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem sua atividade;
✓ a observância dos princípios da probidade e da boa-fé;
✓ a observância dos interesses de investidores, dos emissores e dos demais usuários
de seus serviços;
✓ o compromisso com o aprimoramento e valorização dos mercados financeiro e de
capitais;
✓ a transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades;
✓ a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes;
✓ a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre concorrência;
✓ a responsabilidade social e espírito público; e
✓ a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que lhes forem
confiadas em razão da condição de prestador de serviços financeiros.

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao


Mercado de Capitais: esse código define os critérios que precisam ser seguidos
pelas instituições participantes nas atividades de prestação de serviços, de
custódia qualificada e controladoria.

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• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de
Certificação Continuada: esse código define princípios e regras que precisam ser
seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de aumentar a sua
capacitação técnica. Ele também define os padrões de conduta que devem ser
seguidos em suas atividades.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private


Banking no Mercado Doméstico: esse código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes nas atividades de Private
Banking no mercado doméstico.

• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa: define regras que devem
ser aplicadas na emissão pública primária de títulos e valores mobiliários de
renda fixa e regras e mecanismos próprios para a negociação secundária desses
ativos (“Ofertas Públicas”).

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de


Instrumentos Financeiros: esse código define princípios e regras que precisam
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de garantir a adoção das
melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio


Financeiro no Mercado Doméstico: esse Código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a qualidade
da Gestão do Patrimônio Financeiro.

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de


Produtos de Investimento no Varejo: esse Código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a qualidade
na Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo.
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Padrões de conduta
• Padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais certificados que atuam
no mercado financeiro e de capitais:
✓ Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades, bem
como em suas relações com clientes e demais participantes do mercado
financeiro e de capitais, independentemente do ambiente em que tais
atividades sejam desenvolvidas;
✓ Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as normas
de regulação e melhores práticas da ANBIMA, aplicáveis ao exercício de suas
atividades profissionais, e fazer com que seus subordinados os observem e
respeitem;
✓ Assegurar a observância de práticas negociais equitativas em operações no
mercado financeiro e de capitais;
✓ Recusar a intermediação de investimentos ilícitos;
✓ Não contribuir para a veiculação ou circulação de notícias ou de informações
inverídicas ou imprecisas sobre o mercado financeiro e de capitais;
✓ Manter conhecimento atualizado das matérias e normas relacionadas à sua
atividade no mercado financeiro e de capitais;
✓ Referir-se à sua certificação de maneira a demonstrar sua importância e
seriedade, explicando, sempre que possível, seu procedimento e conteúdo;
✓ Não participar de qualquer negócio que envolva fraude, simulação,
manipulação ou distorção de preços, declarações falsas ou lesão aos direitos
de investidores;
✓ Manter sigilo a respeito de informações confidenciais a que tenha acesso em
razão de sua atividade profissional, excetuadas as hipóteses em que a sua
divulgação seja exigida por lei ou tenha sido expressamente autorizada; e
✓ Não dar informações imprecisas a respeito dos serviços que é capaz de prestar,
bem como com relação a suas qualificações, seus títulos acadêmicos e
experiência profissional.

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Ética, Regulamentação e Análise do
Perfil do Investidor
Informação privilegiada

• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de


conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um
profissional.

• Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de forma imoral,


podem beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível se identificar dois
casos em que o seu uso foge aos padrões éticos: o Insider Trader e Front Runner.

• Insider Trader: Quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que tem


acesso em benefício próprio ou de terceiros.

EXEMPLO: A delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma queda
elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço das ações as
venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se aproveitaram das
informações privilegiadas que possuíam para lucrar em cima dos demais
acionistas da empresa.

• Front Runner: Quando determinada instituição utiliza as informações


privilegiadas que tem acesso em benefício próprio.

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EXEMPLO: ocorre quando um cliente de referência do mercado, conhecido por
possuir grande perícia em investimentos, ordena que um fundo de investimento
compre determinada ação. Porém, o gestor do fundo, tendo conhecimento da
elevada perícia do cliente, compra aquela ação para o fundo e apenas em um
segundo momento para o cliente. Nesse caso, ele utilizou indevidamente a
informação privilegiada que tinha, ferindo as boas normas éticas.

• Confidencialidade: é um princípio que determina que os profissionais que


possuem acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se
a publicação da informação for determinada por lei.

• Conflitos de interesses: é observado quando um profissional possui motivações e


interesses pessoais que o levam a influenciar nos objetivos e nas atividades
realizadas pela organização em que trabalha; assim, é dever do profissional
informar a sua ocorrência e tomar as medidas cabíveis para que ele não ocorra.

• Ética nas vendas: avenda casada ocorre quando dois ou mais produtos/serviços
são vendidos como se fossem um pacote. Ou seja, que a venda de um esteja
subordinada a venda do outro.

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Figura – Comportamento dos investidores em relação

ao risco.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Conservador: são aqueles investidores que desejam manter o seu patrimônio.


Eles desejam realizar investimentos que não são arriscados, de curto prazo.

• Moderado: são os investidores que estão dispostos a correr risco, desde que este
não seja muito levado. Eles possuem como objetivo auferir um retorno mais
elevado no médio prazo, que lhes permita aumentar o seu patrimônio e a realizar
investimentos que levem um período um pouco mais longo para maturar.

• Arrojado: esses clientes possuem perfil mais agressivo. Eles desejam obter
retornos mais elevados e estão dispostos a adquirir ativos que apresentam
grandes oscilações em seus retornos e que podem resultar em perdas
consideráveis no curto prazo. Além do mais, possuem um horizonte de
planejamento de longo prazo;

• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático afeta


muitos investimentos e, por tal motivo, também é chamado de risco de mercado.
À exemplo, têm-se as incertezas econômicas gerais que afetam a economia como
um todo.

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• Hedger: na posse de determinado bem ou ativo financeiro, este investidor opera
nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos.

• Especulador: investidores assim assumem o risco da operação com o objetivo de


auferir ganhos com a oscilação dos preços, costumam entrar e sair rapidamente
no mercado fazendo “apostas”.

• Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do


ativo nos mercados diferentes. Costumam monitorar todos os mercados em
busca de distorções a fim de lucrar sem correr riscos.

• Operadores de Tesouraria: são os responsáveis pelas operações de tesouraria,


têm a função de administrar o fluxo de caixa das instituições, buscando captar
recursos a taxas baixas e aplicá-los a taxas altas, e, ainda, compatibilizar os prazos
de captação com os de aplicação. É possível implementar diversas operações de
tesouraria por meio dos mercados derivativos.

• Market Makers: são instituições altamente especializadas em determinadas


ações/ativos, e que se comprometem a fazer propostas de compra e de venda do
ativo aos demais participantes do mercado, em um volume mínimo previamente
estabelecido. A principal finalidade dos market makers é proporcionar liquidez
aos mercados.

EXEMPLO: caso uma corretora seja um market maker de determinada ação, os


participantes que estiverem com dificuldade em comprar ou vender a ação
poderão recorrer à corretora, e esta será obrigada a “abrir um spread”, ou seja,
dizer a que preço compra e a que preço vende a ação. O participante decidirá se
aceita ou não a oferta da corretora.

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• Manipuladores: alteram artificialmente o preço de um ativo com o objetivo de
auferir lucro com a variação de preço. Isto só é possível quando um participante
(ou grupo de participantes) do mercado tem força suficiente para tal.

• Outra forma de manipulação é a divulgação de notícias falsas ou a contratação


de analistas para emitirem propositalmente más opiniões ou maus conselhos a
respeito de algum ativo-objeto, como por exemplo, induzindo os participantes a
efetuar operações incorretas por estarem baseados em informações ou opiniões
falsas.

Investidor qualificado
• A vantagem de ser um investidor qualificado é a possibilidade de ingressar em
fundos restritos como os Fundos de Direito Creditório. Investidores Profissionais
podem constituir Fundos Exclusivos (tipo de fundo com apenas um cotista). São
considerados investidores profissionais:
✓ Pessoas Físicas e Jurídicas, com investimentos financeiros superiores á
R$10.000.000,00 e que atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado.
✓ Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade de capitalização.
✓ Fundos de Investimento.
✓ Entidades abertas e fechadas de previdência complementar.
✓ Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários.

• O risco do cliente envolve a análise do perfil apresentado por este. Essa análise
envolve os seguintes aspectos:
✓ Caráter: se refere ao histórico do cliente, se ele sempre arcou com suas
obrigações ou se já deixou de honrar muitas vezes com os compromissos
assumidos.
✓ Capacidade: se refere à capacidade do cliente em ressarcir o crédito obtido,
dado o nível de endividamento suportado pela empresa.
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✓ Capital: envolve a capacidade de pagamento do requerente do crédito, sendo
necessário realizar uma análise do seu nível de endividamento, da sua liquidez,
renda e dos bens possuídos por ele.
✓ Colateral: identifica os ativos que o cliente pode oferecer como garantia de
que irá honrar com os compromissos assumidos. A presença de uma maior
quantidade de ativos e garantias de qualidade significa que é mais seguro
emprestar para o cliente, pois maiores são as chances de que ele honre a
dívida assumida.

• Condições: relaciona-se à análise das variáveis que afetam a capacidade de


pagamento do cliente, isto é, se ele apresenta renda estável e quais são os
fatores que influenciam em seu nível de renda.

Tipos de heurística
A literatura identificou diferentes heurísticas utilizadas pelos agentes ao tomarem
decisões, são elas:

• Segundo a Heurística da representatividade os agentes tendem a avaliar um


novo evento com base em padrões identificados nos eventos passados. Ao
identificar o padrão, a mesma decisão do passado, é tomada considerando que se
esta decisão funcionou anteriormente e também irá funcionar para este novo
evento.

• Na Heurística da disponibilidade as pessoas determinam a probabilidade de


ocorrência de um evento com base em sua experiência passada. Sem se basear
em dados estatísticos para definir o quanto um evento é provável, mas apenas a
sua própria experiência.

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19
• Na heurística da ancoragem os indivíduos são sensíveis às informações recebidas,
atribuindo maior importância às informações recentes. Aliás, argumenta-se que
os indivíduos tendem a utilizar apenas informações recentes para avaliar as
alternativas. Dada a dificuldade dos indivíduos em guardar números, eles acabam
sendo influenciados pelos valores oferecidos.

• Conforme a Heurística do afeto, em diversas situações que envolvem escolhas,


fatores pessoais e percepções do que é bom ou ruim levam os agentes a
apresentarem maior simpatia ou antipatia por uma opção específica. À exemplo,
uma entrevistadora para empregos que não gosta de tatuagens, tende a
descartar profissionais com tatuagens, mesmo se eles apresentarem maior
aptidão para o cargo.

Erros Cognitivos
• Os pressupostos das finanças tradicionais nos dizem que os indivíduos agem
como homens econômicos racionais que consideram objetivamente todas as
informações relevantes para seu processo de tomada de decisões racionais.

• As finanças comportamentais analisam o comportamento normal dos


participantes individuais do mercado, a microfinança comportamental, e o efeito
desse comportamento nos mercados, o que chamamos de macro finanças
comportamentais.

• A busca por uma melhor compreensão dos vieses cognitivos dos profissionais e
dos clientes pode permitir a construção de carteiras que melhor se aproximem da
eficiência das finanças tradicionais e com as quais os clientes possam aderir
melhor em condições adversas.

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20
• Os erros cognitivos advêm de raciocínios defeituosos e podem resultar da falta
de compreensão de técnicas de análise estatística adequadas, erros de
processamento de informações, raciocínio defeituoso, ou, simplesmente, erros de
memória. Tais erros geralmente podem ser corrigidos ou mitigados com melhores
treinamentos ou melhores informações.

• Em contraste, os distúrbios emocionais não estão relacionados ao pensamento


consciente e decorrem de sentimentos ou impulsos ou intuição. Como tal, eles
são mais difíceis de superar e podem ter que ser acomodados.

• Apesar da distinção dos vieses como cognitivos ou emocionais, um viés pode ter
elementos de cognição e emoção. Ao tentar superar ou mitigar os vieses que são
emocionais e cognitivos, o sucesso é mais provável ao se concentrar nos
problemas cognitivos.

A seguir são apresentados os principais vieses existentes:

• Aversão a perdas: Este viés mostra que o efeito de uma perda sobre os
investidores é maior do que o efeito de um ganho, de modo que o medo de
perder é maior do que o prazer gerado por um ganho da mesma magnitude. Os
estudos mostram que uma perda gera um impacto 2,25 vezes maior do que um
ganho.
• Custos afundados: este viés está relacionado ao apego pessoal. Por exemplo, o
gestor de uma empresa investe em uma nova planta inicial, com uma tecnologia
X, porém durante a realização do projeto descobre que existe uma tecnologia Y
mais eficiente.
• No viés de custos afundados, há uma resistência em abandonar o projeto em
andamento, a vista do tempo e dinheiro investido. Fato este que resulta em uma
planta industrial com tecnologia defasada que gera perda de competitividade.

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21
• Efeito disposição: os investidores tendem a realizar os ganhos, mas apresentam
resistência a aceitar perdas. À exemplo, a crença de que o preço das ações
apresentará reversão à média, isto é, alcançará um determinado preço, leva o
investidor a não se desfazer desta ação, mesmo que a tendência seja a queda do
preço. Isto porque, não quer aceitar que tomou uma decisão equivocada,
preferindo acreditar que ela voltará a subir.

• O efeito dotação mostra que os agentes atribuem um valor maior a um bem que
possuem do que o valor real de mercado. À exemplo, um carro pode possuir um
valor de mercado de R$ 35.000,00, porém o consumidor considerará que o valor
deste bem é maior, R$ 50.000,00, não aceitando vendê-lo pelo preço de mercado.

• No viés do excesso de confiança, os investidores tendem a considerar que


conseguem tomar decisões melhores do que os demais investidores, o que faz
com que eles aumentem a sua propensão ao risco. No mercado financeiro, isso
pode resultam no surgimento de bolhas.

• Enquanto que o excesso de confiança se refere à superestimação das habilidades


pessoais, o viés do otimismo está relacionado à crença de que elementos
externos vão contribuir favoravelmente ao investidor. Isto é, ele acredita que o
mundo conspirará a seu favor, fazendo com que ele ganhe.

• O viés do Status quo está relacionado à resistência dos consumidores em


modificar os seus hábitos e em sair de sua situação atual. Os investidores
preferem manterem-se na situação em que se encontram, apresentando
resistência em modificar suas escolhas.

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22
• As finanças tradicionais consideram que os agentes são racionais. Logo, o modo
como as informações são apresentadas não influencia nas escolhas dos
investidores. Por outro lado, o viés de efeito estruturação está relacionado ao
modo com que o as informações são apresentadas influenciam nas decisões dos
investidores.

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23
Noções de Economia e Finanças
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e serviços
finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período de
tempo. Esse indicador mensura a atividade econômica de uma região. O PIB pode ser
obtido por três óticas diferentes:

Ótica da despesa

✓ C = consumo das famílias;


✓ I = investimento das empresas;
✓ G = gasto do governo;
✓ X = exportações; e
✓ M = importações.

Ótica da oferta

o VAB = valor adicionado bruto;


o I= impostos; e
o S= subsídios.

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24
Ótica do rendimento

Nessa ótica o PIB é calculado com base nos rendimentos dos fatores produtivos
utilizados pelas empresas.

• “A Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada


receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.
✓ A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico
sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços;
✓ A função redistributiva visa a assegurar a distribuição equitativa da renda;
✓ A função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços
públicos, compensando as falhas de mercado.”

• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos


impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o
crescimento econômico;

• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos


impostos. Objetiva desestimular a produção e reduz a renda e os preços.

• A política fiscal é definida formalmente como: Dg = T – G. Onde Dg é o déficit


público; T é a tributação; e G é o gasto do governo.

• A política monetária reflete o conjunto de medidas de atuação do governo sobre


os meios de pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros o
que afetam tanto o custo como a oferta de crédito com objetivo de atingir e
incentivar o emprego, distribuição de riquezas, estabilidade de preços e
crescimento econômico (ASSAF NETO, 2008).

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25
• Instrumentos de política monetária: o Banco Central conduz a política monetária
através de instrumentos que visam basicamente aumento ou redução da
circulação de moeda na economia. Vejamos os principais instrumentos:

• Recolhimentos compulsórios: representa o valor que deverá ficar retido no


BACEN sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos. Se
o compulsório reduzir, os bancos terão maior disponibilidade de recursos para
realizar empréstimos estimulando o crédito e o consumo.

• Operações de Mercado Aberto: o governo interfere no diaadia do mercado


financeiro com objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume de recursos
disponíveis.

• Operações de redesconto: trata-se da atuação do Banco Central no sistema


financeiro emprestando recursos aos bancos redescontando títulos de crédito
com o objetivo de socorrer os bancos em dificuldades de equilibrar seu saldo em
situações onde saques versus depósitos realizados pelos clientes apresente saldo
negativo.

• Controle Seletivo de crédito: são intervenções diretas do Banco Central no


controle monetário através do mercado de crédito, “constituindo um
instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do mercado,
pois estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito” FORTUNA
(2015).

• Política Monetária Restritiva: representa os mecanismos que o governo utiliza


para retirar dinheiro de circulação, de modo que haja uma queda da demanda
agregada, fazendo com que se diminua o poder de compra e consumo. Exemplo:
venda de títulos públicos pelo BACEN.

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• Política Monetária Expansiva: são medidas de aumentam de estoque de moeda
ou poder de compra, implicando em aumento da demanda agregada, as pessoas
tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Exemplo: uma
redução de impostos também é uma política monetária expansiva.

• O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos à


vista. Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira, etc. e o
dinheiro que temos disponível para saque nos bancos.

• Segundo CARVALHO (2015), as relações fundamentais são: O papel moeda


emitido menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação; o papel
moeda em circulação menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do
público.

• Os agregados monetários são as medidas quantitativas da oferta de moeda. Cada


país classifica seus agregados monetários, geralmente por ordem de liquidez. No
Brasil e em Portugal consideram-se cinco agregados monetários: M0, M1, M2, M3
e M4:

o M0 = Base Monetária Restrita = moeda emitida (papel-moeda e moeda


metálica) + reservas bancárias (moeda em poder das entidades financeiras
e seus depósitos no Banco Central);

o M1 = moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) +


depósitos à vista nos bancos comerciais. M1 é o total de moeda que não
rende juros e é de liquidez imediata. sendo que Moeda em poder do
público é a quantidade de moeda emitida pela autoridade monetária
menos as reservas bancárias

o M2 = M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de


poupança, fundos de aplicação financeira e de renda fixa de curto prazo) +
títulos do governo em poder do público.

o M3 = M2 + depósitos de poupança

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o M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio)

• Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam mudança


de critério de ordenamento de seus componentes, que deixaram de seguir o
grau de liquidez, passando a definir os agregados por seus sistemas emissores.

• Meios de Pagamento Restritos: M1 = papel moeda em poder do público +


depósitos à vista. O M1 é gerado pelas instituições emissoras de haveres
estritamente monetários.

• Meios de Pagamento Ampliados: M2 = M1 + depósitos especiais remunerados +


depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias. O M2
corresponde ao M1 e às demais emissões de alta liquidez realizadas
primariamente no mercado interno por instituições depositárias, as que realizam
multiplicação de crédito. M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
compromissadas registradas no Selic. O M3 é composto pelo M2 e as captações
internas dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

• Poupança financeira: M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez.

• Metas de Inflação: é uma política econômica onde principal objetivo dos países
que adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem
um anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo
predeterminado e se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá
buscar o cumprimento desta meta fixada.

• O COPOM determina a Meta da taxa de Juros e a CMN determina a Meta de


inflação.
✓ Os principais títulos públicos federais são:
✓ Letras do Tesouro Nacional (LTN) – juros pré-fixados;
✓ Letras Financeiras do Tesouro (LFT) – juros pós-fixados;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) – variação IPCA (índice de
preços ao consumidor amplo) + juros;
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✓ Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) – variação IGPM (índice geral
de preços do mercado) + juros;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) – rentabilidade pré-fixada +
juros;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série D (NTN-D) – variação cambial (dólar) +
juros.

• Os títulos privados se destinam à captação de recursos, em especial pelas


empresas privadas e pelos bancos. Os principais são:
✓ Certificado de depósito bancário (CDB) – juros pré ou pós-fixados (emissão
pelas instituições financeiras para captação de recursos dos clientes);
✓ Certificado de depósito interfinanceiro (CDI) – juros pré ou pós-fixados
(emissão pelas instituições financeiras para captação de recursos de outros
bancos);
✓ Letras Financeiras (LF) – juros pré ou-pós-fixados (recursos aplicados
direcionados para financiamento das instituições financeiras);
✓ Letra de Crédito Imobiliário (LCI) – juros pré ou pós-fixados (recursos
aplicados direcionados para financiamento habitacionais);
✓ Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – juros pré ou pós-fixados (recursos
aplicados vinculados a direitos creditórios dos produtores rurais);
✓ Debêntures – juros pré-fixados (recursos aplicados, representativos de
dívida de médio e longo prazos de uma empresa);
✓ Commercial Paper ou Nota Comercial – juros pré-fixados (recursos
aplicados, representativos a dívidas de curto prazo, utilizado por empresas
que buscam recursos para financiar capital de giro).

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29
• A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso
de recomprar os títulos que alienou em data futura pré definida e com o
pagamento de remuneração pré estabelecida.

• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado pelo IBGE desde 1980,
esse índice leva em conta o custo de vida para famílias de 1 a 40 salários mínimos
em regiões metropolitanas brasileiras a partir de uma cesta com diversos itens –
tais como alimentação, bebidas, habitação, transporte, etc. É o índice utilizado
pelo Banco Central para definir a meta de inflação.

• INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é muito semelhante ao IPCA,


porém tem como população-objetivo famílias de 1 a 5 salários mínimos, isto é, ele
é mais sensível aos produtos consumidos pela população com menor renda.
Também é calculado pelo IBGE.

• IPC-FGV: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, ele


considera as despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33
salários mínimos em 7 das principais capitais do país.

• INCC: Índice Nacional de Custos da Construção, é calculado desde 1944,


atualmente publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o índice acompanha a
evolução dos custos no setor da construção que incluem preços de materiais,
equipamentos, serviços e mão de obra.

• IPA: Índice de Preços por Atacado, também chamado de “Índice de Preços ao


Produtor Amplo”, mede a variação dos preços no mercado atacadista,
principalmente nos produtos agropecuários e industriais antes do consumo final.
É publicado pela FGV.

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• IGP: Índice Geral de Preços é um dos índices mais utilizados, ele não possui uma
cesta de produtos, e sim formado por uma composição de outros índices, sendo:
60% IPA (Índice de Preços por Atacado) + 30% IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) + 10% INCC (Índice Nacional do Custo da Construção).

• Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade


nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do
mundo.

• O objetivo do balanço de pagamentos é registrar o total de recursos que entra e


sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços,
capital financeiro, bem como transferências comerciais.

• A seguir as contas que formam o balanço de pagamentos de um país:

• Conta Corrente: engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a


conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais.
• Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e
importações. Quando as exportações são maiores que as importações temos um
superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre quando as importações são
maiores que as exportações.
• Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados
com o comércio de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com
viagens internacionais, o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a
exportação e importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e de
lucros e dividendos.
• Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos
ou doações feitos entre residentes no Brasil e residentes em outros países.
• Conta de Capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos
estrangeiros por residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a
estrangeiros.

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• Conta Financeira: representa o somatório dos valores líquidos dos investimentos
diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.

• O lucro dos bancos vem das tarifas de prestação de serviços e do spread bancário
que é justamente a diferença entre os juros que cobra quando empresta um
recurso a um tomador e o juros que remunera os investidores.

• O papel das taxas de juros é não só o de equilibrar o mercado financeiro


monetário, mas também personalizar cada oferta de crédito ou investimento a
situação e as características da operação realizada, ou seja, temos dois papéis
atrelados à taxa de juros:
✓ O governo estabelece a taxa de juros Selic, que serve de parâmetro para os
agentes financeiros definirem suas taxas de captação e empréstimo.
✓ As Instituições Financeiras utilizam a taxa Selic como parâmetro, porém
existem outros critérios para estabelecer as taxas de juros para o consumidor
final, sendo as principais: riscos envolvidos nos empréstimos, spread praticado,
custos administrativos crescentes, incidência de depósitos compulsórios ao
BACEN, etc.

• A taxa Selic é uma taxa de juros determinada pelo Copom (Comitê de política
monetária, vinculado ao BACEN). O BACEN, por excelência, é o Órgão
responsável pelo controle da inflação no País. A taxa de juros e a base monetária
tem papel preponderante no controle da inflação.

• Uma das principais funções doCopom é definir as diretrizes da política


monetária e a taxa Selic, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias para decidir
sobre a manutenção, elevação ou redução da taxa.
✓ As medidas do Copom consistem em um elemento de política monetária e
levam em consideração aspectos como: o processo inflacionário; o
desempenho econômico do país; as taxas de câmbio; as decisões em relação as
taxas de juros de outros países.

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• A taxa DI, ou CDI, é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos
interbancários com período de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga
pelas instituições financeiras para captar recursos via empréstimos de outras
instituições financeiras.

• A função dos CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são títulos emitidos por
instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre elas, isto,
trata-se de uma negociação restrita ao mercado interbancário. Na prática, uma
instituição financeira com dinheiro sobrando usa o CDI para emprestar para outra
instituição financeira que não tem.

• Segundo definição apresentada pelo próprio Banco Central do Brasil:“Define-se


Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.”

• A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa
média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma
de operações compromissadas.

• A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic
– Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do Brasil.

• A base de dados para a formação da Taxa Básica Financeira (TBF) é composta das
taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticada nas operações
definitivas no âmbito do mercado secundário e registrada no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic).

• A taxa referencial é obtida através do parâmetro R, definida como: R = a + b x


TBF. Sendo R o redutor, “a” possui valor fixo, 1,005, e b depende do valor da TBF,
sendo divulgado pelo BACEN.
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• A TJLP significa Taxa de Juros de Longo Prazo e é calculada com base em dois
parâmetros: uma meta de inflação calculada pro rata para os doze meses
seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas
anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional; e um prêmio de risco.

• A Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em


unidades monetárias de outra moeda. PTAX é a taxa que expressa à média das
taxas de câmbio prática no mercado interbancário e é divulgada pelo BACEN. Por
Dólar Spot entende-se taxa à vista e Dólar Foward é a taxa negociada no
mercado futuro.

• Ressalta-se que TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no


SISBACEN pelas instituições autorizadas por ele a atuar.

• Efeitos de uma desvalorização cambial: a renda nacional diminui em termos


internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior diminui – exportações
aumentam; o preço dos bens importados aumenta – importações recuam.

• Efeitos de uma valorização cambial: a renda nacional aumenta em termos


internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior aumenta – exportações
diminuem; o preço dos bens importados diminui – importações aumentam.

Câmbio fixo
• O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o
dólar) é fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor
fixo em relação a essa moeda-lastro.

• Dentre as vantagens: possibilita um melhor controle sobre a inflação.

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• Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional,
provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da
moeda estrangeira mantida desvalorizada).

Câmbio flutuante
• O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores
das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura.
Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em
intervalos curtos de tempo.

• Vantagens deste sistema: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não


ocasionando distorções cambiais na economia.

• Desvantagens deste sistema: a valorização excessiva de moedas estrangeiras


pode ocasionar inflação, enquanto a desvalorização destas moedas pode
ocasionar diminuição das exportações.

Banda cambial
• Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco
Central) permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite
(valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial.

• Quando as taxas de câmbio saem do intervalo estabelecido, ocorre a intervenção


do Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com
isso, ele consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo
estabelecido.

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• A vantagem deste sistema é que possibilita uma variação cambial, porém sem
grandes valorizações ou desvalorizações, permitindo maior previsibilidade ao
mercado financeiro.

• Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de


acordo com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as
necessidades do mercado cambial.

• A desvantagem é que em muitos casos este sistema pode gerar certo


artificialismo cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais.

• A Dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos


débitos, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um
governo, com entidades financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através
do Tesouro Direto) de seu próprio país.

• A Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de


empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por
empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de
governos, entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos
ou empresas privadas.

• Superávits primário: é o resultado da subtração da receita (valor ganho) com a


despesa, sendo que essa conta não inclui os juros de dívidas públicas. Essa
receita não se configura apenas como dinheiro, mas também patrimônios de
posse governamental e outros valores. Sendo positivo o valor do balanço, os
lucros são usados para aplicar no pagamento das dívidas internas.

• Superávits nominal: caso o valor obtido no superávit seja mais que o suficiente
para o pagamento dos juros, ele será empregado no valor total da dívida,
quitando-a, assim, e diminuindo a dívida pública. Ou seja, o superávit nominal é
aquele usado para a quitação de dívidas públicas.
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• Dólar comercial: é a cotação que acompanhamos nos meios de comunicação e
mídias em geral. Esse dólar representa a cotação que está disponível apenas para
as empresas que têm compromissos e negócios no exterior.

• Dólar turismo: é o valor que os viajantes pagam quando precisam de recursos


para uma viagem ao exterior.

• A curva da taxa de juros é a relação entre a taxa de juros e o tempo de


maturação do investimento, sendo utilizada para precificar fluxos de caixa
futuros. Ela mostra o modo como o mercado precifica o risco para períodos
futuros.

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Princípios de Investimento
Figura – Comportamento dos investidores em relação ao risco.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Conservador: são aqueles investidores que desejam manter o seu patrimônio.


Eles desejam realizar investimentos que não são arriscados, de curto prazo.
• Moderado: São os investidores que estão dispostos a correr risco, desde que este
não seja muito levado. Eles possuem como objetivo auferir um retorno mais
elevado no médio prazo, que lhes permita aumentar o seu patrimônio e a realizar
investimentos que levem um período um pouco mais longo para maturar.
• Arrojado: Esses clientes possuem perfil mais agressivo. Eles desejam obter
retornos mais elevados e estão dispostos a adquirir ativos que apresentam
grandes oscilações em seus retornos e que podem resultar em perdas
consideráveis no curto prazo. Além do mais, possuem um horizonte de
planejamento de longo prazo;

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38
• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático afeta
um grande número de investimentos e, por tal motivo, também é chamado de
risco de mercado. À exemplo, têm-se as incertezas econômicas gerais que afetam
a economia como um todo.

• Hedger: na posse de determinado bem ou ativo financeiro, este investidor opera


nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos.

• Especulador: investidores assim assumem o risco da operação com o objetivo de


auferir ganhos com a oscilação dos preços, costumam entrar e sair rapidamente
no mercado fazendo “apostas”.

• Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do


ativo nos mercados diferentes. Costumam monitorar todos os mercados em
busca de distorções a fim de lucrar sem correr riscos.

• A rentabilidade é o ganho obtido sobre o capital investido. A rentabilidade


costuma ser apresenta em termos percentuais, sendo obtida através da aplicação
da seguinte equação

• Liquidez é a capacidade de transformar um ativo (bens ou investimentos) em


dinheiro. Quanto mais rápida for essa conversão, mais líquido esse bem será. À
Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que o investimento em
imóveis.

• O risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão
de investimento. Ou seja, é o grau de incerteza do retorno de um investimento.
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento:
quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.
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39
• Risco de mercado: é o risco de perdas resultantes de variação dos preços de
mercado dos ativos. Ex: risco de títulos de dívida, ações, câmbio e mercadorias.

• Risco de liquidez: é o risco de não se conseguir mobilizar recursos monetários


para honrar obrigações quando apresentadas para liquidação. Também pode
ocorrer por falta de demanda no mercado. Ex: imóveis tem mais alto risco de
liquidez do que título público.

• Risco de crédito: pode ocorrer por quatro tipos de eventos:


✓ a incapacidade final do tomador em honrar o contrato da dívida;
✓ o atraso no pagamento dos valores contratados;
✓ migração do crédito, isto é, a mudança de avaliação da probabilidade de
pagamento do contrato por parte de avaliadores de crédito, como as agências
de rating;
✓ a renegociação do contrato forçada, sob estresse, impondo perdas ao credor.

• Risco operacional: é a possibilidade do não retorno de um investimento em razão


de problemas operacionais da instituição emitente do papel no qual os recursos
foram investidos. Ex: falha nos equipamentos, pessoas pouco qualificadas, etc.

• Risco legal: é o risco de perdas pela falta de cumprimento das leis, normas e
regulamentos.

• Risco de imagem: pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de


alterações da reputação junto a clientes, concorrentes, órgãos governamentais,
etc.

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40
• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em
fatores comuns a todos os ativos do mercado. Por exemplo, determinado
resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau, todos os
ativos do mercado.

• Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que tem


sua origem em características específicas do ativo. Por exemplo, se uma
plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio somente as ações desta
empresa recebem um impacto negativo;

• O termo risco-país permite condições mensuráveis de avaliação da capacidade de


um país quebrar. A taxa é medida em pontos e calculada a partir de uma cesta de
títulos negociados no mercado. Cada ponto significa 0,01 ponto percentual de
prêmio acima do rendimento dos papeis da dívida dos EUA, considerada de risco
zero de calote.

• Objetivo do investidor: considere que o investidor quer fazer uma reserva


financeira para emergência, a melhor alternativa é investimentos menos
arriscados e com maior liquidez. Se o objetivo é de aposentadoria, investimentos
de longo prazo são mais interessantes.

• Horizonte de investimento: quanto maior o horizonte de investimento, maior


poderá ser o risco de mercado (volatilidade) do investimento.

• Risco versus retorno: Considerando que os investidores são racionais, concluímos


que os mesmos só estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação
financeira para buscarem maiores retornos.

• Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno,


o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco,
o investidor prefere o de maior rentabilidade.

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41
• A diversificação é como o investidor divide sua carteira de investimentos,
exemplo: colocar 10% de seu dinheiro em debêntures, 30% em fundos de ações,
20% em fundo imobiliário e 40% na poupança; o que ajuda a os riscos de perdas,
pois quando um investimento não vai bem, os outros podem compensar, de
forma que na média não tenha perdas mais expressivas.

• Entende-se como receita o valor arrecadado (ganho). Já as despesas são os


gastos de uma maneira geral. O fluxo de caixa é o instrumento de gestão
financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de
recursos financeiros, indicando o saldo final para cada período.

• Dentre os tipos de retornos, figuram: o retorno esperado, que é a remuneração


solicitada para que as aplicações sejam mantidas; o Retorno exigido, que é trata-
se do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente e; o retorno real,
que é o retorno efetivo obtido com o investimento.

• Entende-se como receita o valor arrecadado (ganho). Já as despesas são os


gastos de uma maneira geral. O fluxo de caixa é o instrumento de gestão
financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de
recursos financeiros, indicando o saldo final para cada período.

• Dentre os tipos de retornos, figuram: o retorno esperado, que é a remuneração


solicitada para que as aplicações sejam mantidas; o retorno exigido, que é trata-
se do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente e; o retorno real,
que é o retorno efetivo obtido com o investimento.

• Risco político: em geral, ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local ou não
premeditados, decorrentes de entraves, devido a uma legislação ultrapassada ou
mal formada.

‘’

42
• Risco extraordinário: são os de maior dificuldade de previsão, e estão,
geralmente, ligados a eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas, vulcões,
furacões, epidemias, tsunamis entre outros. Eles também estão ligados a
acidentes de grandes proporções como vazamentos de usinas termonucleares,
rompimento de uma barragem, entre outros.

• Risco comercial: se refere ao risco de perdas geradas por escolhas comerciais


erradas decorrentes da falta de conhecimento e pode ser resultado do fracasso
da empresa resultante de estratégias mal formuladas e processos mal
desenvolvidos ou falha moral.

• Risco econômico e financeiro: se refere a possibilidade de que fatores de


mercado impactem os investimentos realizados. Também conhecido como risco
mercadológico, envolve agregados macroeconômicos como a taxa de câmbio,
taxas de juros do mercado, balança comercial, etc.

• Risco-país: é a junção de todos os riscos que envolvem o país em específico, logo,


como o risco país envolve uma série de riscos e especificidades dos mesmos, é
um risco de difícil mensuração, mas envolve o mercado como um todo e,
portanto, são riscos sistêmicos.

• Risco de variação das taxas de juros: o comportamento da taxa de juros


influencia no valor dos ativos em renda fixa. Quando a taxa de juros sobe a
instituição observa prejuízo se possuir um ativo e um ganho se ela possuir um
passivo.

• Os instrumentos utilizados para fazer a gestão do risco de taxa de juros são


derivativos: contratos futuros, swaps, opções.

• Risco de crédito: Esse risco é observado quando a instituição financeira não


recebe os pagamentos prometidos por suas aplicações.

‘’

43
• Risco de mercado: esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos e
pode ser formalmente definido como a probabilidade de uma instituição
financeira observar prejuízo em determinada transação, provocado por
comportamento inesperado da bolsa de valores, preço de commodities, inflação,
etc.

• Risco operacional: esse risco mostra a probabilidade da instituição financeira


registrar perdas oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação,
computadores, eventos externos, fraudes, etc. Ele decorre de uma gestão
inadequada dos riscos.

• Risco de variação cambial: se encontra presente principalmente em países que


possuem moeda mais volátil, esse risco ocorre quando uma instituição financeira
realiza transações no exterior, converte os seus recursos para outra moeda, e
ocorrem variações cambiais adversas que reduzem os ganhos obtidos ou que a
fazem ter prejuízos.

• Risco soberano: esse risco também é observado quando as instituições


financeiras trabalham com ativos internacionais, que envolvem a transação com
diferentes moedas. Os países estrangeiros podem limitar, ou até dar o calote, o
fluxo de pagamentos externos, fazendo com que a instituição não consiga trazer o
dinheiro de volta.

• Risco de liquidez: esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das


entidades financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de
recursos em caixa existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo
tempo, fazendo com que esses recursos não consigam cobrir todos os saques.

• Risco legal: esse risco é observado quando a legislação vigente não regulamenta
as transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na
presença de desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos
que envolvem a transação.
‘’

44
• Risco de Compliance: o risco de Compliance representa as sanções legais ou
regulatórias que podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as
leis, regulamentos e códigos de conduta.

• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático é


também chamado de risco de mercado e afetam grande parte dos investimentos,
um exemplo deste risco são as incertezas econômicas.

• O risco não sistemático também é conhecido como risco específico e afeta


pequena parte dos investimentos. À exemplo, uma empresa que descobrir um
novo poço de petróleo será afetada juntamente com alguns clientes ou
fornecedores próximos. Mas, se o preço do petróleo sofrer um aumento, todos os
envolvidos serão afetados.

‘’

45
Fundos de Investimentos
• Cota: a cota é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo e sempre são
escriturais e nominativas.

Participantes
• Administrador: Responsável legal pelo funcionamento do fundo. Controla todos
os prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas. Responsável por
comunicação com o cotista.
• Custodiante: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde pelos
dados e envio de informações dos fundos para os gestores e administradores.
• Distribuidor: Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o próprio
administrador ou terceiros contratados por ele.
• Gestor: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão) segundo
política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há aplicação no
fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando houver resgate o
gestor terá que vender ativos da carteira.
• Auditor independente: todo fundo deve contratar um auditor independente que
audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano.

Assembleia Geral Ordinária (AGO) x Assembleia Geral Extraordinária (AGE)


• A Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ocorrer anualmente até 120 dias do
término do exercício social para deliberar sobre as demonstrações contábeis do
fundo.

‘’

46
• A AGO somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis
aos cotistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício
encerrado. As demais assembleias são chamadas de Assembleia Geral
Extraordinária (AGE).

• Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (chinese wall): as


instituições financeiras devem ter suas atividades de administração de recursos
próprios e recursos de terceiros (fundos de investimentos), totalmente
separadas e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de
interesses.

• Um fundo de investimento pode ser equiparado a um condomínio, pois os


cotistas possuem objetivos semelhantes. O condomínio é a base legal dos fundos
de investimentos.

• A possibilidade dos cotistas de se reunir em grupos para realizar os investimentos


representa a grande vantagem dos fundos, já que o investimento em conjunto
amplia o leque de estratégias que podem ser adotadas, facilita a diversificação da
carteira e reduz os custos incorridos por cada investidor.

• A cota de um fundo de investimento é a sua fração ideal, sendo definida de forma


escritural e normativa. De modo que a cota representa a menor fração de um
fundo. O valor da cota é definido por: Valor da cota = Patrimônio Líquido/ número
de cotas.

• Os quotistas de fundos de investimentos possuem os seguintes direitos:


✓ O gestor do fundo deve fornecer o regulamento e o prospecto do fundo para
todos os cotistas, além de relatórios periódicos das atividades.
✓ Deve divulgar imediatamente e de forma adequada qualquer informação que
possa influenciar na decisão do cotista em permanecer no fundo. Entre esses
eventos cabe citar: mudanças nas regras de alavancagem, mudanças nas
regras de operação com derivativos, entre outros.
‘’

47
Fundos abertos
• Resgate e saída a qualquer momento pelos cotistas.
• O número de cotas do Fundo é variável: quando um cotista aplica, novas cotas
são geradas e o administrador compra ativos para o Fundo; quando um cotista
resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador é obrigado a vender ativos
para pagar o resgate.
• É recomendado abrigar ativos com liquidez mais alta para pagar cotistas de saída.

Fundos fechados
• Fundos Fechados tem prazo de duração.
• A entrada e a saída de cotistas não é permitida a qualquer momento.
• O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do Fundo
ou em virtude de sua eventual liquidação.
• Há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação por parte da
assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do Fundo.
• Cotista pode vender suas cotas para outro investidor interessado em ingressar no
Fundo.

• Fundos Restritos: são aqueles constituídos para receber investimentos de um


grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou
empresas de um mesmo grupo econômico.

• Fundos Exclusivos: são aqueles constituídos para receber aplicações


exclusivamente de um único cotista. Somente investidores profissionais podem
ser cotistas de Fundos Exclusivos. Marcação a mercado é facultativa.

‘’

48
• Fundos de Investimento com carência: trata-se do fundo com prazo de carência
para resgate após o término da carência. Há incidência de cobrança de IOF à
alíquota de 0,5% ao dia em caso de resgate antes do término da carência
estabelecida no Formulário de Informações Complementares (FIC).

• Fundos de Investimento sem carência: fundos com resgates a qualquer


momento.

• Fundos passivos (fundo indexado): buscam acompanhar um determinado


“benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade na seleção de
Ativos. Ex.: Fundo que segue o Ibovespa.

• Fundos ativos: o gestor fica “livre” para atuar buscando obter o melhor
desempenho, assumindo decisões de investimentos que julgue propícias para
superar o seu “benchmark”.

• Fundo alavancado: um Fundo é considerado alavancado sempre que existir


possibilidade de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se
casos de default nos ativos do fundo.

• Fundos de Renda Fixa: o fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe, expostos à variação da taxa
de juros ou a um índice de preços, ou ambos.

• É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo


destinado a investidor qualificado. A classe de Fundos Renda Fixa poderá conter
os seguintes sufixos: curto prazo; longo Prazo; referenciado; simples; dívida
Externa e crédito Privado.

‘’

49
• Fundos de Renda Fixa de Longo Prazo: o fundo que dispuser, em seu
regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a
fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado
a incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do fundo.

• Fundo de Renda fixa de Curto Prazo: são Fundos que têm por objetivo
proporcionar a menor volatilidade possível dentre os Fundos disponíveis no
mercado brasileiro.

• Fundos de Renda Fixa Referenciados


✓ O fundo classificado como “Renda Fixa” cuja política de investimento assegura
que ao menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos que
acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência deve
incluir, à sua denominação, o sufixo “Referenciado” seguido da denominação
de tal índice.
✓ Devem ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por
títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros de renda fixa
considerados de baixo risco de crédito pelo gestor, inclusive cotas de fundos
de índice que invistam nesses ativos.

• Derivativos somente para proteção da carteira (hedge).

• Fundos de Renda Fixa Simples: o fundo classificado como “Renda Fixa” que
atenda às condições abaixo deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Simples”:

• Tenha 95%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou


cumulativamente, por:

‘’

50
✓ Títulos da dívida pública federal;
✓ Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras
que possuam classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo,
equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida pública federal;
✓ Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal
ou em títulos de responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com algumas ressalvas.
✓ Realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da
carteira (hedge).
✓ Se constitua sob a forma de condomínio aberto.
✓ Preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles
relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios
eletrônicos.

• Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa: trata-se do fundo que tenha 80%, no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos da
dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir, à sua denominação, o
sufixo “Dívida Externa”.

• Fundos de Renda Fixa Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar aplicações
títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União Federal que, em
seu conjunto, excedam o percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deve
incluir à sua denominação o sufixo “Crédito Privado”.

• Fundo Cambial: trata-se do fundo que tem como principal fator de risco de
carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom
cambial. No mínimo 80% da carteira deve ser composta por ativos relacionados
diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à
classe. É permitido taxa de performance.

‘’

51
• Fundo de ações
✓ Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no
mercado à vista de Bolsa de Valores, incluindo, também: BDR’s, cotas de
fundos de ações, e bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de
ações.
✓ A performance destes fundos está sujeita à variação de preço dos ativos que
compõem sua carteira.
✓ A classe de Fundos de Ações poderá conter os seguintes sufixos: mercado de
Acesso e BDR – Nível 1.

• Fundo de ações Mercado de Acesso


✓ Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3
(dois terços) do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias
listadas em segmento de negociação de valores mobiliários, voltado ao
mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade do mercado
de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas
diferenciadas de governança corporativa devem usar, em seu nome, a
designação “Ações – Mercado de Acesso”.

• Fundo de Ações BDR Nível I: caso a política de investimentos do fundo preveja


aplicação em BDR classificados como nível I, deve colocar o sufixo “Ações – BDR
Nível I”.
• Fundos Multimercados
✓ Os fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de
investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das
demais classes de fundos.
▪ Podem usar derivativos para alavancagem. Podem aplicar até 20% de seu
patrimônio em ativos no exterior. Podem cobrar taxa de performance.

‘’

52
• A classe de Fundos Multimercados poderá conter os seguintes sufixos:
✓ Fundos Multimercados de Longo Prazo: trata-se do fundo que dispuser, em
seu regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal
destinado a fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente
estará obrigado a incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do
fundo.Fundos Multimercados Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar
aplicações títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União
Federal que, em seu conjunto, excedam o percentual de 50% de seu
patrimônio líquido, deve incluir à sua denominação o sufixo “Crédito Privado”.
✓ Fundos de Índice (ETF): Fundo de Índice é um tipo de investimento
universalmente conhecido como Exchange Traded Fund (ETF). Este tipo de
investimento tem como objetivo reproduzir a variação de rentabilidade de um
índice do mercado acionário.
✓ Fundos de Investimentos Imobiliário (FII)
o Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao desenvolvimento
de empreendimentos imobiliários.
o Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se que
25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investida em
cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.
o Essa parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM,
mediante justificativa do administrador do Fundo.
o É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.

• Fundos Off-Shore: é considerado fundo off-shore aquele constituído fora do


território brasileiro, mas que aplica em ativos dentro do país.

• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC E FIC-FIDC)

‘’

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✓ São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações
realizadas nas instituições financeiras, na indústria, arrendamento mercantil,
hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser admitidos
como direito de crédito pela CVM.
✓ Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser cedidas
aos Fundos que assumem esses direitos creditórios. Essa operação permite aos
bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus empréstimos aos FIDC,
liberando espaço para novas operações, e aumentando a liquidez deste
mercado.
✓ O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
✓ Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema
de registro) somente para proteger suas posições à vista.
✓ O valor mínimo para aplicação deve ser de R$25.000.
✓ No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro se
mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.

• Fundos de Investimento Capital Protegido: são fundos que têm por objetivo
proteger o valor do capital investido pelos seus cotistas, proporcionando uma
parcela da rentabilidade da bolsa, quando ela for positiva, ao final certo intervalo
de tempo.

• Fundos de Investimento Imobiliário (FII): essa modalidade envolve a reunião de


recursos destinados à realização de investimentos em ativos do mercado
imobiliário. Os recursos desses fundos podem ser utilizados para a aquisição de
imóveis rurais e urbanos, assim como títulos e valores mobiliários.

• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP: esses fundos


se caracterizam por aplicar parcela mínima de 50% do seu patrimônio líquido em
direitos creditórios. Eles podem ser constituídos na forma de condomínio aberto
ou fechado e obtêm recursos através da distribuição de cotas.

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Fundos de Investimento em Participações – FIP: Segundo a BMFBOVESPA:

• “O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de recursos


destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades limitadas,
em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o fundo e realizar
o processo de captação de recursos junto aos investidores através da venda de
cotas.’’
✓ ‘’ […] O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de
condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de
sua duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua
liquidação.’’
✓ ‘’ […] O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida,
com efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão,
notadamente através da indicação de membros do Conselho de
Administração.”

• Prazo de cotização: é a quantidade de dias que o fundo demora para converter os


aportes em cotas (prazo de cotização de aporte) ou para converter cotas em
dinheiro (prazo de cotização de resgate). Geralmente é contado em dias úteis.

• Prazo de liquidação: é a quantidade de dias que o fundo demora, depois da


cotização, para depositar na conta corrente do cotista o valor do resgate
efetuado. Geralmente é contado em dias corridos.

• Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira: os ativos individuais


tendem a ter risco maior que uma carteira de títulos, pois o risco da carteira é
distribuído entre os cotistas e está associado à quantidade de títulos que possui
em sua carteira e aos seus prazos de vencimento.

‘’

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• Alavancagem: é uma estratégia utilizada para potencializar ganho que consiste
em assumir posições maiores que o patrimônio líquido do fundo, através da
utilização de derivativos. Há possibilidade de ganhos altos, contudo, o risco é alto,
e é possível que o investidor seja chamado para fazer aportes, devido ao
patrimônio negativo.

• Taxa de administração: é o percentual pago pelos cotistas de um fundo para


remunerar todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada
e deduzida diariamente e sua cobrança afeta o valor da cota. A rentabilidade
divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de taxa de
administração.

• Taxa de performance: é o percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade


do fundo supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram
taxa de performance. Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da
taxa de administração. Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de taxa
de performance. Periodicidade: Semestral

• Taxa de ingresso ou de saída: estas taxas não são tão comuns, mas também
podem ser cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher.
Elas são cobradas na aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita
o resgate de suas cotas.

• Carteira administrada: A administração de carteira de valores mobiliários


consiste na gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à
fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com
autorização para que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por
conta do investidor.

• De forma simplificada: na carteira administrada o investidor terceiriza o serviço


de investir para um gestor.

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• Gestão discricionária: permite-lhe delegar a gestão da totalidade ou de parte dos
seus ativos numa equipa profissional e experiente.

• Gestão não discricionária: mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira


seja administrado por terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando
todas as decisões de acordo com sua vontade.

• Os interesses dos clientes devem ser colocados em primeiro lugar: os


profissionais que trabalham no mercado financeiro devem colocar os interesses
dos clientes em primeiro lugar, não devendo perseguir ganhos e interesses
próprios em detrimento dos interesses buscados pelos clientes.

• Princípio de integridade: esse princípio estabelece que os profissionais do


mercado financeiro devem fornecer serviços de forma íntegra. Como estes
profissionais exercem função de confiança perante os clientes, eles devem agir de
forma honesta e transparente.

• Princípio de objetividade: os profissionais que atuam no mercado financeiro


devem agir de forma objetiva, perseguindo os interesses e objetivos dos clientes
de forma isenta, clara, pragmática e transparente. Isto é, eles devem buscar
atingir os objetivos buscados pelos clientes.

• Princípio de competência: esse princípio defende que os profissionais devem


realizar ações que lhes possibilitem manter e aprimorar as competências, as
habilidades e os conhecimentos precisos para fornecerem os seus serviços.

• Princípio de confidencialidade: os profissionais também devem proteger as


informações de seus clientes, não as divulgando para terceiros, salvo se
necessário ou estabelecido por lei. A sua atuação demanda que eles passem
segurança para os clientes.

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• Princípio da conduta profissional: os profissionais que atuam no mercado
financeiro devem agir com postura profissional exemplar, atuando com dignidade
e respeito aos clientes e de acordo com a regulamentações. Eles também devem
zelar e buscar aprimorar as empresas que representam.

• Princípio da probidade: esse princípio estabelece que os profissionais que atuam


no mercado financeiro devem adotar uma postura justa e imparcial, tratando os
outros com o mesmo tratamento que gostariam de receber. Eles devem agir com
integridade, evitando e evidenciando a existência de conflitos de interesse.

• Princípio da diligência: os profissionais que atuam no mercado financeiro


também devem fornecer serviços de forma diligente. Isto é, eles devem agir com
zelo, presteza dedicação, esmero, velocidade e de forma rigorosa, executando as
suas atividades de acordo com os termos estabelecidos com o cliente.

• Fundos de curto prazo


✓ São fundos cujo prazo médio da carteira é igual ou inferior a 365 dias.
✓ Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral.
✓ Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
✓ Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
✓ Alíquota semestral: 20%

Alíquota no Resgate
• 22,5% → aplicações de até 180 dias
• 20,0% → aplicações com prazos igual ou superior a 181 dias.

Fundos de longo prazo


• São fundos cujo prazo médio da carteira é superior a 365 dias.
• Fator gerador do imposto: resgate ou semestral.

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• Semestre: último dia útil dos meses de maioe novembro.
• Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
• Alíquota semestral: 15%

Alíquota no resgate
• 22,5% → aplicações de até 180 dias
• 20,0% → aplicações de 181 a 360 dias
• 17,5% → aplicações de 361 até 720 dias
• 15,0% → aplicações acima de 720 dias

Fundos de ações
• Carteiras com no mínimo 67% aplicado no Mercado de Ações
• Fator Gerador do imposto: Resgate
• Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
• Alíquota única de: 15% (resgate, não tem come-cotas) OBS: Nos fundos de ações
não há recolhimento de Imposto de Renda Semestralmente, somente no resgate.

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Instrumentos de Renda Variável e
Renda Fixa
• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da
contratação da operação.

• Podemos enquadrar na modalidade de renda fixa as operações da caderneta de


poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de investimentos, os
CDBs, entre outros.

• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o


indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do
capital investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas
estrangeiras etc.

• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de recursos


de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
✓ Pré-fixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e durante a
vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido diariamente de
acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-fixado com taxa de
1% ao mês.
✓ Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro índice
preestabelecido a ou de acordo com a variação do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI). Nessa modalidade, o investidor também terá seu recurso
corrigido diariamente segundo a variação diária da taxa.

• São três os tipos de rentabilidade: prefixada; pós-Fixada e flutuante (CDI e Taxa


Selic).

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60
• Prazos mínimos e indexadores: 1 dia: CDBs prefixados ou com taxa flutuante (taxa
DI e taxa Selic); 1 mês: indexados a TR ou TJLP; 2 meses: indexado a TBF; 1 ano:
indexado à índice de preços (IGPM e IPCA);

• Os CDBs não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a


rentabilidade de um CDB à variação cambial é, necessário fazer um swap.

• Liquidez: O CDB pode ser negociado no mercado secundário e pode ser resgatado
antes do prazo final, caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de
resgate antes do prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos.

• Garantias: Os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite
de R$ 250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro.

• Letra de Câmbio (LC): A letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou


seja, também representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma.

• Letra de Crédito Imobiliário (LCI): é lastreado por créditos imobiliários garantidos


por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus
tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso,
atualização monetária nelas estipulados.

• Letra de Créditos do Agronegócio (LCA): Parecido com LCI, o que muda é o lastro
do papel. As Letras de Créditos do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por
bancos garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. Outra
diferença é que só podem ser emitidos por bancos e cooperativas de crédito.

• Letras Hipotecárias (LH): as Letras Hipotecárias são instrumentos de captação de


recursos emitidos por Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos
hipotecários, ou seja, Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito Imobiliário,
Sociedade de Poupança e Empréstimo, entre outros.

‘’

61
• A Marcação a mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito
de valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, títulos e demais
ativos; pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada
de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.

• Debêntures e Notas Promissórias: captação de recursos de médio e longo prazo


para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. Não existe
padronização das características desse título.

Tipos de debêntures (quanto a garantia):

• Garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou


onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores,
desde que averbada no registro. É uma garantia forte;

• Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da


companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Ela
marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as garantias reais,
dos encargos trabalhistas e dos impostos.

• Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre o


ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais
credores quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia;

• Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece


preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas.

‘’

62
Tipos de debêntures (quanto ao registro):
• Debênture Nominativa: é aquela onde há a emissão de certificado onde consta o
nome do titular, e há registro em livro próprio, sendo facultado à emissora
contratar a escrituração e guarda dos livros de registros da emissão e
transferências.

• Debênture Escritural: é também nominativa, mas neste caso não há a emissão de


certificado e há a obrigação de contratação de instituição financeira responsável
(instituição depositária). As debêntures são mantidas em contas de depósito, em
nome de seus titulares.

Tipos de debêntures (quanto ao recebimento pelo investidor):


• Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente. E não são
conversíveis ou permutáveis em ações.
• Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de acordo
com regras previstas na escritura da emissão.
• Permutável: podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não a
companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura de emissão.

Notas promissórias (Commercial Paper)


• Notas promissórias podem ser emitidas por S.A Aberta e S.A Fechada. Ademais,
são vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras,
sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e
sociedades de arrendamento mercantil.

• A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento
para empresas com bom conceito de crédito.
‘’

63
• Sobre os prazos: o prazo mínimo é de 30 dias; o prazo máximo é de 180 dias para
S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. de capital aberto; possui uma data
certa de vencimento. A Rentabilidade pode ser Prefixada ou Pós-Fixada.

• Agente Fiduciário: A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos


debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as
condições estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.

• Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos


pelo Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, com o
objetivo primordial de: Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o
refinanciamento da dívida pública e Realizar operações para fins específicos,
definidos na Lei Orçamentária, ou em seus créditos adicionais.

Tabela – Títulos públicos federais.

Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM

Tesouro Prefixado LTN Juros Prefixado Não

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F Juros Prefixado Sim

Tesouro Selic LFT Selic Não

Tesouro IPCA + Juros Semestrais NTN-B Juros + IPCA Sim

Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Sem Cupom: São títulos em que os juros são pagos apenas no vencimento do
título, junto com o seu principal.

‘’

64
• Com Cupom: São títulos que possuem pagamentos semestrais de juros.

Tesouro Direto
• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria
com a BMF&FBovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas
físicas, por meio da internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos
públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00.

• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse


título é revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado
secundário.

• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja, a


empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado onde o
primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante.

• Taxa de custódia: cobrada pela BM&FBOVESPA, equivalente a 0,25% ao ano


sobre o valor do título. Esta taxa é cobrada para a manutenção dos serviços de
guarda dos títulos, fornecimento de informações e movimentação do saldo.

• Taxa cobrada pela instituição financeira: Essa taxa varia de instituição para
instituição e pode ser cobrada anualmente ou por operação. Quando o valor das
taxas de toda a carteira ultrapassar R$ 10,00.

• Os impostos que incidem sobre as aplicações em tesouro direto são o IOF e o


imposto de renda. A alíquota do Imposto de renda depende do prazo de
aplicação:

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65
✓ 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
✓ 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
✓ 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
✓ 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.

• O ágio é definido como um valor adicional cobrado nas operações financeiras,


pela instituição financeira para realizar as operações relacionadas a compra e
venda de títulos. Por outro lado, o deságio é observado quando um título é
vendido por valor inferior ao seu valor nominal.

• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da


multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos
federais, o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.

• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros


informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom)
como LTN e LFT, basta trazer a valor presente o valor do vencimento.

EXEMPLO: Qual é o P.U de um Tesouro Prefixado (LTN) (010107) que tem seu
Valor de Face igual a R$ 1.000,00 que foi resgatada antecipadamente em 31-03-
05 a LTN há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% de taxa de juros ao ano?

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66
Tabela - NA HP – 12 C.

Pressionar Objetivo Visor

F REG Limpar memória 0,00

1000 FV Introduz o valor futuro 1.000,00

440 Enter Introduz o prazo de liquidação 1.746

252 Divide

Tecla “N”

19 I Introduz a taxa 19,00

PV Solicita o valor do montante -738,06

Resultado Negativo representa saída de caixa

Fonte: Elaborado pelo autor.

Caderneta de poupança
• É a aplicação mais popular e possui altíssima liquidez, porém com perda de
rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período. Rentabilidade: 6% ao
ano + TR:
✓ Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%.
✓ Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%.
✓ A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa
básica de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.
✓ Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.

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67
✓ Aplicações são realizadas através de depósito em cheque, tem como data de
aniversário o dia do depósito e não o dia da compensação do mesmo. Possuem
cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.

• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.

• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada.


✓ Nas Abertas há: negociação em bolsas de valores; divisão do capital entre
muitos sócios (pulverização); cumprimento de várias normas exigidas pelo
agente regulador (Bolsas de Valores e CVM).
✓ Nas Fechadas há: negociação no balcão das empresas, sem garantia;
concentração do capital na mão de poucos acionistas.

• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de circulação,


são:
✓ Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no Livro
de Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de ação
ocorrem através da averbação do nome referenciado no registro deste livro;
✓ Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do primeiro
endossante é registrado, sendo as transferências processadas por endosso na
própria cautela;
✓ Ações escriturais: são ações sem emissão física, e o controle é realizado por
uma instituição depositária de títulos.

• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes


formas de circulação:
✓ Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que
permitem o direito ao voto em assembleias gerais da companhia, além disso, o
acionista tem participação nos resultados da companhia. Os acionistas ON
geralmente têm prioridade na aquisição de novas ações emitidas pela
empresa;
‘’

68
✓ Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que
garantem prioridade na participação no resultado da empresa, como na
distribuição de dividendo e no reembolso de capital, no entanto, essa ação não
garante direito a voto.

• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social


através de diferentes operações, sem impactar nos direitos dos acionistas. São
exemplos:
✓ Agrupamentos: é uma operação na qual a empresa transforma um
determinado grupo de ações em uma única ação, não alterando o patrimônio
total dos acionistas;
✓ Bonificações: é uma operação na qual as reservas e resultados da companhia
são transformados em novas ações. Essa alteração não representa um ganho
aos acionistas.
✓ Desdobramentos: é uma operação que consiste na transformação de uma
ação em uma quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações menores.
Esse procedimento não altera o patrimônio total dos acionistas.
✓ Subscrições: é uma operação na qual a empresa aumenta a sua capital através
da emissão de novas ações no mercado de ações.

• O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais


comuns de atribuir um valor as ações são:
✓ Valor Contábil (também conhecido como valor nominal): é o valor da ação
registrado no Estatuto Social da companhia. Já o
✓ Valor Intrínseco: é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos
contábeis, financeiros e econômicos da empresa.
✓ Valor de Liquidação: é o valor da ação em caso de encerramento das
atividades da companhia.
✓ Valor de Mercado: é o valor da ação transacionado no mercado de ações,
valor formado pela dinâmica de oferta e procura pela ação nesse mercado.

‘’

69
✓ Valor Patrimonial: é o valor da ação conforme o patrimônio líquido da
empresa no exercício observado. Para achar esse valor basta dividir o
patrimônio líquido pela quantidade de ações distribuídas.
✓ Valor de Subscrição: é o valor da ação conforme o preço fixado no momento
de emissão de novas ações no mercado.

• Acionista Controlador: Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas


por acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas
deliberações da assembleia geral e usa efetivamente seu poder para dirigir as
atividades sociais e orientar o funcionamento da companhia.

• O tag along é um mecanismo que visa dar mais garantia aos acionistas
minoritários, nos casos de mudança no controle da companhia.

Custo da operação
• Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executada.
• Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que
tenham ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é
de 0,035% do valor financeiro da operação.
• Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas
corretoras.
• Margem e garantias:
✓ Ações: não há necessidade de margem, pois a compra e a venda é realizada
de forma efetiva no momento da negociação. A garantia é pela
BM&FBovespa.

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70
Opções
• Para o titular de Opções: O titular no Mercado de Opções está isento de prestar
garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e
perder o prêmio pago.
• Para o Lançador de Opções: Somente das posições lançadoras é exigida a
prestação de garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da
obrigação assumida.
• Lançador Coberto: Deposita os títulos relativos à opção;
• Lançador Descoberto: Deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos
aceitos no mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem
depositada é o resultado da soma dos seguintes componentes: margem de
prêmio (prêmio de fechamento do dia) e margem de risco (maior prejuízo
potencial projetado para o dia seguinte).

Mercado a termo
• São exigidas de ambos os participantes:
• Vendedor: Cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da
operação;
• Comprador: Margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em
um valor estabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A
liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos
pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo comprador.

Mercado futuro
• Exige uma “Margem de Garantia” por parte do comprador e há a Possibilidade de
liquidação antes do prazo de vencimento;

‘’

71
Tabela

Mercado Tipo de Operação Dia de Liquidação

Título de renda fixa À vista D+0***


privada
D+1

À vista D+2

A termo D+n, o dia do


vencimento
Ações
Futuro D+2 do dia do
vencimento

Opções* e futuros** D+1

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Day trade: Combinação de operação de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.

• Circuit breaker: Sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é


acionado sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos de
paralisação) e persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação).

• Blue chip: Em geral, ações de empresas tradicionais e de grande porte, com


grande liquidez e procura no mercado de ações.

• Home broker: É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as


sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no
mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações

‘’

72
pela Internet, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de
carteiras de ações, entre vários outros recursos.

• Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade


prefixada pelas bolsas de valores.

• After Market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário


regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de
R$ 100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens
enviadas nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou
negativa de 2% em relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona
das 17h às 18h:15min.

• Pregão: O ambiente reservado para negociações de compra e venda de ações.


Atualmente quase as totalidades das transações ocorrem no pregão eletrônico,
ampliando o antigo conceito de espaço físico.

• O day trading consiste na compra e venda, ou venda e recompra de um mesmo


ativo financeiro (que pode se tratar de ações, derivativos, commodities ou
moedas) no mesmo dia, pelo mesmo especulador ou por meio de uma mesma
sociedade corretora.

• Ao se utilizar da alavancagem financeira, através de recursos como margin


trading ou margin buying (uma forma de financiar as transações diárias), para
minimizar o peso dos custos de transação (como taxa de corretagem,
emolumentos, Impostos etc) envolvidos, o daytrader também maximiza os riscos.

• Dividendos: Distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei, as


empresas devem definir o dividendo pago aos acionistas em seu estatuto. Caso a
empresa opte por distribuir dividendos sobre o lucro líquido, o investidor que
receber esses dividendos estará livre da incidência de IR na fonte.
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73
• Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os
dividendos, a diferença que este não está livre de IR.

• Bonificações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais


acionistas, em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a
distribuição de bonificação em dinheiro.

• Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital,


com preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter
a mesma participação no capital total.

• Grupamento (Inplit): Reduz a quantidade de ações aumentando o valor de cada


ação.

• Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da


ação; (Objetivo: Maior liquidez).

Ibovespa
• Mais utilizado e mais importante índice brasileiro;
• Composto pelas ações de maior liquidez da bolsa de valores dos últimos 12
meses;
• A carteira é revista ao final de cada quadrimestre; (jan – abril; maio – ago; set –
dez);
• As ações para participarem do Ibovespa devem obrigatoriamente:
✓ Apresentar, em termos de volume, participação superior a 0,1% do total;
✓ Ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.

• IBrX: Assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior
número de operações e volume negociado na Bovespa nos últimos 12 meses.

‘’

74
O que o diferencia do Ibovespa é o fato do IBrX considerar apenas as ações
disponíveis no mercado, desconsiderando as ações em posse dos controladores.

• IBrX – 50: Adota os mesmos critérios do Índice IBrX, mas é composto apenas
pelas 50 ações de maior liquidez.

• FGV-100: Índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as estatais
e bancos ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações de empresas
privadas, levando se em consideração os critérios de qualidade da empresa e de
liquidez ou volume financeiro negociados em Bolsas de Valores.

• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): Ferramenta para análise


comparativa de performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o
aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no
equilíbrio ambiental, na justiça social e na governança corporativa.

• Índice de Ações com Governança Corporativa (IGC): Índice que mede o


desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas
comprometidas com programas de governança corporativa. Calculado pela Bolsa
de Valores de São Paulo.

• Índice Mid-Large Cap – MLCX e Índice Small Cap – SMLL: têm por objetivo medir
o comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado. O Índice
Mid Large medirá o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de
maior capitalização, e o Índice Small Cap medirá o retorno de uma carteira
composta por empresas de menor capitalização.

• Índice de Energia Elétrica (IEE): Primeiro índice setorial da BM&FBOVESPA, o


Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de
medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em

‘’

75
um instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras
especializadas nesse setor.

• Agentes Underwriter: Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de


Investimento, Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM) e
Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

• Operação de Underwriting: A: decide captar recurso via emissão de ações


>Agentes Underwriter: emite as ações no mercado primário >Mercado Primário:
acionistas compram ações no IPO >Bolsa de Valores: Ações passam a ser
negociadas no mercado secundário.

Figura – Operação underwriting.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Uma oferta pública de distribuição de ações, cotas de fundos de investimento e


outros valores mobiliários é uma colocação, junto ao público, de determinado
número de ações de uma companhia, cotas de um fundo de investimento ou
qualquer outro valor mobiliário previsto na regulamentação do mercado de
capitais.

• Oferta pública primária (Initial Public Offering – IPO): acontece quando é


realizada a emissão de novas ações/cotas de fundos de investimento que serão
ofertadas ao mercado, com ingresso de recursos no próprio emissor da oferta. Ou
seja, nesse caso a companhia está captando recursos.
‘’

76
• Oferta pública primária (Initial Public Offering – IPO) = Oferta pública inicial ou
Oferta pública primária.

Figura – Oferta pública primária.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• No mercado primário as transações acontecem entre a companhia e o investidor.


Já no mercado secundário as transações ocorrem entre dois investidores.
• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de fundos
de investimento já existentes, de modo que os recursos não serão aportados na
empresa/fundo, mas serão direcionados aos acionistas/cotistas vendedores.

Figura – Oferta pública primária.

Fonte: Elaborado pelo autor.

‘’

77
• Papel do coordenador da oferta e demais instituições envolvidas: obrigações,
análise, tratamento das informações e responsabilidades.

• Underwritinggarantia firme (straight): subscrição em que a instituição financeira


subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao público.
Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada de recursos. O risco de
mercado é do intermediário financeiro.

• Underwriting de melhores esforços (best efforts): Subscrição em que a


instituição financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a
colocação junto ao mercado das sobras do lançamento. Não há
comprometimento por parte do intermediário para a colocação efetiva de todas
as ações. A empresa assume os riscos da aceitação ou não das ações lançadas por
parte do mercado.

• Bookbuilding: é a operação na qual o coordenador da oferta avalia, junto aos


investidores, a demanda pelos papéis que estão sendo ofertados. Baseado na
avaliação da empresa e das condições de mercado, o coordenador da oferta
determina um intervalo inicial para o preço de lançamento desses papéis.

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78
Previdência Complementar Aberta:
PGBL e VGBL
• O processo de gestão de portfólio que estamos estudando pode ser detalhado
dentro das etapas integrativas descritas pelo planejamento, execução e feedback
de um IPS.

• A fase de planejamento consiste em analisar os objetivos e as restrições,


desenvolvendo uma declaração de política de investimento, determinar a
estratégia de investimento adequada e selecionando uma alocação de ativos
adequados.

• Para que uma declaração de política de investimento, o IPS, alcance o sucesso e


satisfaça o investidor, é preciso entender o perfil do investidor. O IPS regula o
investimento e garante que as metas sejam realistas, exigindo que os investidores
articulem suas circunstâncias, objetivos e restrições em concordância com cada
respectivo perfil.

• As principais características do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) são:


não há garantia de rentabilidade; resgate pode ser feita no prazo de 60 dias; pode
ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda; tem taxa de
carregamento; é comercializado por seguradoras; na hora do resgate, o IR incide
sobre todo o valor resgatado (valor investido + remuneração).

• As principais características da Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) são: o


imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada; não há garantia de
rentabilidade; não é dedutível do Imposto de Renda; possui taxa de
carregamento; o primeiro regate pode ser feito em um prazo que varia de dois
meses a dois anos, a partir do segundo ano pode ser feita a cada dois meses.

‘’

79
• A taxa de Administração refere-se a taxa cobrada para administração do fundo
de investimentos. Em geral, a taxa é cobrada diariamente, mas é informada de
forma anual (Exemplo: 2% a.a.). Incide sobre todo o recurso do fundo (principal +
juros).

• A taxa de carregamento é cobrada logo na entrada do plano e a cada novo


depósito que o investidor faz. Exemplo: Taxa de carregamento de 3% quer dizer
que se você investir R$1.000,00, apenas R$970,00 será creditado no seu plano.

• Dentre as três formas de taxa de carregamento, estão: Antecipada: incide no


momento do aporte. Neste caso, quanto maior aportado, menor será a taxa.
Postecipada: incide em caso de portabilidade ou resgate. Neste caso, quanto
maior o tempo de permanência, menor será a taxa. Híbrida: a cobrança ocorre
tanto na entrada quanto na saída.

• Por portabilidade se entende a transferência, parcial ou total do saldo


acumulado, por vontade do titular, para: fundos do plano contratado, ou; para
outros planos, ou; outra seguradora, ou; entidade Aberta de Previdência
Complementar.

• No que tange a transferências entre planos não é permitido mudar de


modalidades (VGBL e PGBL). Se quiser fazê-lo, terá que resgatar o valor do plano
e aplicá-lo novamente, incidindo Imposto de Renda sobre o valor resgatado e
demais taxas de carregamento (caso houver).

Regime de Tributação Progressivo


• Para esse regime de tributação, é indicado para quem deseja resgatar em um
período mais curto ou tem como objetivo ter uma renda menor, já que a alíquota
de IR varia de acordo com o montante total, conforme tabela abaixo:

‘’

80
Tabela – Regime de tributação progressivo.

Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota de IR

Até 22.847,76 Até 1.903,98 –

De 22.847,88 até 33.919,80 De 1.903,99 a 2.826,65 7,5%

De 33.919,92 até 45.012,60 De 2.826,66 a 3.751,05 15,0%

De 45.012,72 até 55.976,16 De 3.751,06 a 4.664,68 22,5%

Acima de 55.976,16 Acima de 4.664,68 27,5%

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Pra aqueles que têm mais de 65 anos, existe uma pequena diferença na base de
cálculo (mais vantajosa), conforme tabela abaixo:

Tabela – Base de cálculo mensal.

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %

Até 3.807,96 –

De 3.807,97 até 4.730,63 7,5

De 4.730,64 até 5.655,03 15

De 5.655,04 até 6.568,66 22,5

Acima de 6.568,67 27,5

Fonte: Elaborado pelo autor.

‘’

81
• Resgate programado: o investidor defini as datas para resgate. Pode ser definido
resgates mensais, por exemplo. Os recursos que permanecerem no fundo
continuam rendendo.
• Resgate total: é mais barato para o investidor, mas não indicada para que não
tem experiência em gerir patrimônio.

Regimes de tributação
• Os participantes da Previdência Privada podem escolher o regime de tributação
que incidirá o seu plano entre Regime de Tributação Regressivo e Regime de
Tributação Progressivo.

• No regime de tributação regressivo é recomendado para que deseja ficar mais


tempo no plano de previdência, pois a alíquota é regressiva em relação ao
período do aporte, conforme tabela abaixo:

Tabela – Período de aportes.

Período de aportes Alíquota do IR

Até 2 anos 35%

De 2 a 4 anos 30%

De 4 a 6 anos 25%

De 6 a 8 anos 20%

De 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

Fonte: Elaborado pelo autor.

‘’

82
A principal diferença entre os planos PGBL e VGBL é o tratamento
tributário:

Quadro– VGBL vs. PGBL.

VGBL PGBL
• Imposto incide sobre todo o
• Imposto incide somente sobre a valor resgatado (valor investido
rentabilidade acumulada. + remuneração).
• Não é dedutível do Imposto de • Pode ser abatido até 12% da
Renda; renda bruta anual do Imposto de
• Indicado para quem usa a Renda.
declaração simplificada ou é isento • Indicado para as pessoas que
ou para quem já investe em um optam pela declaração completa
PGBL, mas quer investir mais de do Imposto de Renda.
12% de sua renda bruta em
previdência privada.

Fonte: Elaborado pelo autor.

‘’

83
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