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Ecoturismo
de Base
Comunitária
Ferramentas para um planejamento responsável
Arquivo pdf com 540 k
48 páginas, capa e verso da capa
Todos os direitos reservados. Parte integrante do livro Manual de Ecoturismo de Base Comunitária:
ferramentas para um planejamento responsável, do WWF-Brasil.
Para conhecer os outros capítulos do Manual, o método de elaboração, os projetos parceiros
e demais informações sobre este livro, visite o site do WWF-Brasil – www.wwf.org.br.
SECÇÃO 3
GESTÃO INTEGRADA:
instrumentos para controle, administração e participação
CAPÍTULO 3.9
Monitoramento e controle de impactos de visitação
Autora: Sylvia Mitraud
PARCERIA:
APOIO:
MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
FERRAMENTAS PARA UM PLANEJAMENTO RESPONSÁVEL
FICHA TÉCNICA
Esta publicação, "Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável” é pu-
blicada com o apoio da USAID - Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional - com sede na
Embaixada Americana no Brasil, nos termos do acordo nº 512-0324-G-00-604. As opiniões expressas do(s) autor(es)
não necessariamente refletem as opiniões da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.
Esta publicação contou com o apoio da Kodak Company, USA, nos termos do acordo de cooperação técnica celebra-
do para apoio ao desenvolvimento dos projetos do Programa de Ecoturismo de Base Comunitária do WWF-Brasil. As
opiniões expressas do(s) autor(es) não necessariamente refletem as opiniões da Kodak Company.
A viabilidade desta publicação contou com a participação da Companhia Suzano de Papel e Celulose, por meio de
convênio de parceria entre o WWF-Brasil e o Instituto Ecofuturo. As opiniões expressas do(s) autor(es) não necessa-
riamente refletem a opinião desta Companhia.
Bibliografia
ISBN: 85-86440-12-4
CDU 504.31
GESTÃO INTEGRADA
9. Monitoramento e controle
de impactos de visitação
Sylvia Mitraud
1 QUADRO 1
9 MONITORAMENTO DE PROJETOS E DE IMPACTOS
1 QUADRO 2
EXEMPLOS A SEREM UTILIZADOS NESTE CAPÍTULO
Para auxiliar na compreensão deste capítulo, os MIVs de duas áreas serão utilizados
para ilustrar os passos do método.
Um foi desenvolvido pelo Projeto Veadeiros (ver apresentação na Introdução)
durante a elaboração deste manual. O MIV foi elaborado para uma trilha de 1.500m
numa área chamada Vale da Lua, cujos proprietários possuem baixa capacidade de
investimentos financeiros e pela qual há apenas um responsável permanente.
O outro foi elaborado como parte do Planejamento e Implantação do Uso
Recreativo no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, projeto realizado
pelo WWF-Brasil em parceria com o MMA/IBAMA. O Parque possui oito trilhas, 20
pontos de mergulho e uma equipe de funcionários correspondente a 70% do ideal
e contou com financiamento específico para o desenvolvimento das atividades pro-
postas em caráter piloto.
Apesar das diferenças extremas entre os casos, ambos são considerados bons exemplos
de MIV, cumprindo com os critérios expostos no item II.2 (Características do Sistema). Ao
longo desta Caixa de Ferramentas, serão apresentados trechos selecionados dos trabalhos
em cada área. Como anexo, serão apresentados os resultados do MIV do Parque
Nacional Marinho de Fernando de Noronha para uma de suas trilhas. A apresentação na
íntegra do MIV de qualquer uma das áreas utilizadas como exemplos é impossível por
tratarem-se de documentos mais extensos do que este capítulo.
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
EXEMPLOS DE OBJETIVOS:
Projeto Veadeiros PARNAMAR/Noronha
1) Objetivo da propriedade e de visitação: 1) Objetivo de uso recreativo do Parque:
Promover o uso adequado da área para Minimizar os impactos negativos
a sua conservação, educação ambiental resultantes do uso público.
e uso recreativo. (Há 4 outros objetivos, não citados aqui).
2) Objetivos da trilha do Vale da Lua: 2) Objetivos da Trilha dos Golfinhos:
a) orientar o visitante por um percurso a) manter a área do costão entre
que promova a interpretação das Golfinhos e Sancho como área de
características geológicas e botânicas reprodução de aves;
do local; b) propiciar experiência de visitação
b) delimitar o espaço de trânsito e de apropriada para grupos com prováveis
mirantes interpretativos, impedindo encontros com outros grupos e
o alargamento e duplicação de trilhas. compartilhamento de mirantes.
(Há 3 outros objetivos, não citados aqui). (Há 4 outros, não citados aqui).
324
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
326
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
9
CAPACIDADE DE CARGA DE VISITAÇÃO
EM ÁREAS DE MERGULHO NO PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO
DE NORONHA – O PRINCÍPIO DO MANEJO CONSERVADOR DA VISITAÇÃO
CCF = 666 visitas por dia CCF = 1.895 visitas por dia
Podem ser: biofísicos (vulnerabilidade a pode tornar-se tão reduzida que será inviá-
erosão de acordo com declividade e tipo de vel permitir a visitação. Por outro lado, há
solo; distúrbio na fauna; dificuldade de mesmo situações de ambientes demasiada-
acesso etc.), ambientais (precipitação, mente frágeis nos quais a visitação não deve
intensidade de sol, marés etc.), e de mane- ser permitida.
jo (fechamentos para manutenção, entre Para lidar com essa questão, a equipe
outros). deve selecionar apenas aqueles fatores que
Calculam-se os fatores limitantes para cada realmente implicam uma redução da visi-
trilha, de acordo com a seguinte fórmula: tação, seja por exigirem o fechamento per-
iódico (manutenção, épocas de reprodução
FL1 = q.l. x 100 de alguma espécie muito sensível e ameaça-
Q.T. da, risco de enxurrada etc.), por tornarem a
visitação impossível (alagamento da trilha,
chuvas torrenciais, calor de mais de 40º
Onde: etc.), ou por dificultarem o acesso (alta
declividade, locais de segurança limitada
q.l. a Quantidade limitante do fator etc.). Geralmente, há entre 4 e 7 fatores li-
considerado (ex.: horas de sol mitantes.
9 intenso por mês por ano; metros A capacidade de carga real pode ser
de trilha em alta declividade com calculada para diferentes períodos do ano.
solo argiloso; período de repro- Esta é uma importante decisão de manejo
dução de pássaros etc.). que a equipe que desenvolve o MIV de
uma UC ou propriedade deverá tomar.
Q.T. a Quantidade total em que se con- Acima recomendou-se o uso do número de
sidera o fator limitante (ex.: total dias por ano como a base do cálculo da
de horas por mês e ano do par- CCR. Isto quer dizer que apesar de alguns
que aberto; total de metros da fatores limitantes serem condicionados a
trilha; total de meses etc.). A determinados períodos do ano (por exem-
mesma unidade de medida uti- plo, mêses de reprodução de fauna, perío-
lizada para estimar a quantidade dos de inundação, etc.) ou do dia (por
limitante deve ser utilizada para exemplo, horas do dia em que considera-se
a quantidade total. No caso de a intensidade do sol muito grande para vis-
medidas de tempo, tanto para a itação), o cálculo da CCR representa a
quantidade limitante quanto para média para todo o ano. Assim, deve-se
a quantidade total, utiliza-se, entender a capacidade de carga como um
preferencialmente, o número de indicador para os gestores da UC ou pro-
horas em que a área visitada está priedade do nível de visitação que a área
aberta durante o ano. pode receber, uma vez considerados os
fatores que reduzirão em alguns períodos a
O resultado é a porcentagem em que visitação recreativa.
aquele fator irá diminuir a capacidade de Esta é a forma mais fácil de aplicação e
carga física. Ao se considerar esta porcen- controle da CCR. Porém, a CCR pode ser
tagem na fórmula da CCR, observa-se que calculada de duas outras formas, de acordo
não será calculada a limitação da CCF, mas com a gravidade do fator limitante: a CCR
a quantidade não limitante. pode ser baseada no fechamento total da
Todo fator limitante incluído no cálculo, área por certos períodos de tempo, ou então
necessariamente reduz a CCF. Assim, caso a pode ser diferenciada para períodos dife-
equipe elabore uma grande quantidade de rentes do ano.
fatores limitantes, a capacidade de carga
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
1 QUADRO 4
COMO CALCULAR O NÍVEL DE VULNERABILIDADE
À EROSÃO E TRANSFORMÁ-LA EM FATOR LIMITANTE.
Uma trilha se torna mais ou menos suscetível à erosão de acordo com o tipo de solo, a
declividade do terreno e o tipo de atividade que nela se desenvolve. Para o caso de cami-
nhada, o quadro a seguir mostra o nível de vulnerabilidade considerando a relação entre
tipo de solo e declividade:
CCR = 666 x 0,92 x 0,88 x 0,82 x 0,83 x CCR = 1.895 x 0,83 x 0,79 x 0,96 x 0,84 x
0,96 = 352 visitas por dia 0,97 è 972 visitas por dia
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MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
Por ser apenas uma trilha, não há A Trilha dos Golfinhos faz parte
alterações na CCE já mencionada de 247 de um setor que possui 3 outras trilhas.
visitas por dia. A seguir a CCE de todas elas:
è Golfinhos = 449 visitas por dia
è Farol = 159 visitas por dia
è Baía dos Porcos = 87 visitas por dia
è Capim-açu = 192 visitas por dia
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MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
O setor Golfinhos, como é chamado, trolado para que o evento não se repita.
possui uma capacidade de carga de 87 visi- Nesse caso, é indispensável intensificar o
tas por dia. Em outras palavras, mesmo que monitoramento e a avaliação de impactos.
o visitante queira visitar apenas a Trilha dos A terceira maneira de utilizar a CCE refe-
Golfinhos, que possui capacidade de carga re-se aos casos onde os responsáveis
efetiva de 449 visitas ao dia, é impossível optaram pela determinação de CCR diferen-
impedir que ele visite também a trilha da ciada de acordo com o período do ano.
Baía dos Porcos uma vez que ele tenha Neste caso, a CCE deverá ser calculada para
entrado no Setor Golfinhos. Portanto, para cada período escolhido. Uma vez que isto
proteger adequadamente a trilha da Baía tenha sido feito, os responsáveis ainda deve-
dos Porcos, é necessário controlar o acesso rão determinar se o controle será feito diária
a todas as outras trilhas no nível dela. ou mensalmente dentro de cada período.
Em resumo, a ultrapassagem dos níveis
d) Como utilizar o resultado de uso estabelecidos deve ser encarada
da capacidade de carga pelos responsáveis como um alerta de que
Há três formas de utilizar o resultado da podem estar ocorrendo mudanças no ambi-
capacidade de carga. A primeira é o con- ente natural e que medidas corretivas de
trole diário de uso da área. Isso só é possível manejo são necessárias. O desenvolvimento
9 para aquelas áreas que possuem um con- da matriz de monitoramento vem comple-
trole de ingressos numerados, com registro mentar este parâmetro geral de alerta por
diário de quantos foram vendidos. meio da identificação de mudanças – que
A segunda é o controle mensal de aces- podem estar em níveis aceitáveis ou não –
so. Nesse caso, o controle de uso é cumula- nos indicadores adotados no Passo 4
tivo para o mês, podendo até mesmo, em (Determinar indicadores para monitoramen-
algumas ocasiões (dias), exceder o limite to de cada trilha).
estabelecido pela CCE diária, desde que o
limite da CCR mensal não seja excedido. A Passo 7 – Elaborar a Matriz
vantagem de fazer este tipo de controle é de Monitoramento
que relativizam-se as diferenças entre visi-
tação em dias de semana e fins de semana. A principal função da matriz é a organi-
Por outro lado, caso a visitação de fim de zação visual de todas as informações sobre
semana ou de feriados seja muito maior do a área de visitação. Em um só instrumento,
que aquela dos dias de semana, freqüente- pode-se facilmente verificar os objetivos
mente ultrapassando a CCE diária, deve-se gerais e específicos da área, indicadores,
determinar um monitoramento intensivo de parâmetros e informações sobre a coleta e
impactos e opinião de visitantes durante os análise de dados. Para cada trilha ou área de
dias de pico. É possível que seja necessário visitação, recomenda-se que seja elaborada
restringir a visitação durante esses períodos. uma matriz própria.
Em ambos os casos, uma vez que se Toda matriz de monitoramento de
comece a monitorar o número de visitas, impactos deve ter, pelo menos, os seguintes
caso se observe ligeiro excesso em compara- campos referentes à etapa de planejamento:
ção à CCE, antes de tomar decisões de mane-
jo restritivas do número de visitas é preciso ❒ Objetivos gerais.
acumular resultados ao menos durante um ❒ Objetivos específicos da trilha ou
período de duas a quatro semanas. área de visitação.
O limite estabelecido para a Capacidade ❒ Indicadores.
de Carga Real Diária da trilha, em hipótese ❒ Parâmetros aceitáveis de impacto.
alguma pode ser ultrapassado. Isso ocorren- ❒ CCR e CCE do ponto de controle
do, o acesso deve ser imediatamente con- para a trilha.
334
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
Outros campos são flexíveis, de acordo cadores durante o ano, deve-se atentar
com especificidades do local e da intensi- para mudanças que os indicadores, indi-
dade de monitoramento. Especialmente vidualmente, não captam:
flexível é a forma de nomear os campos, 2 Avaliar a utilidade dos indicadores
que deve ser adequada à compreensão dos que estão sendo monitorados e a
responsáveis pelo monitoramento. Geral- necessidade de se criar novos.
mente, a matriz de monitoramento possui 2 Rever a Capacidade de Carga das
também os seguintes campos: trilhas em áreas visitadas.
2 Rever os objetivos e a possibilidade
❒ Localização de pontos de monitora- de abertura ou fechamento de áreas
mento (pode ser identificado em seg- de visitação.
mentos da trilha ou na trilha inteira).
❒ Valor de início de monitoramento. Para a avaliação anual deve-se reunir o
❒ Nº da ficha de coleta (que é levada maior número possível de pessoas envolvidas
para o campo). com o manejo da área. Também recomenda-
❒ Nº da ficha de registro dos dados se que sejam convidados técnicos envolvidos
(onde se registram as informações na elaboração inicial do MIV e especialistas
trazidas nas fichas de coleta). em áreas relevantes para a área.
❒ Responsáveis envolvidos (de prefe- Geralmente a matriz é organizada como 9
rência nomear a(s) pessoa(s), ao uma tabela, onde cada campo é uma colu-
invés de apontar um segmento ou na. Como é impossível organizar a tabela
departamento). para que todas as colunas fiquem lado a
❒ Freqüência mínima de coleta (há lado, recomenda-se que seja montada uma
indicadores cujos dados devem ser tabela para os campos de planejamento e
coletados todas as vezes que os outra para os campos de monitoramento.
responsáveis visitam a área – é o A seguir, as tabelas elaboradas para o
caso do lixo; há outros que devem Parque Nacional Marinho de Fernando de
ter um período mínimo de coleta – Noronha. No Anexo deste capítulo é apre-
geralmente trimestral; entretanto, sentada na íntegra a Matriz de Monito-
todos eles podem ser coletados a ramento da Trilha dos Golfinhos.
qualquer momento se os respon- A matriz de monitoramento tem como
sáveis identificarem necessidade complemento indispensável os instrumentos
para tanto). de coleta e compilação de dados. Antes que
❒ Data de análise para ações de mane- se possa iniciar o monitoramento, estes
jo (ou de avaliação dos dados). instrumentos, geralmente chamados de
❒ Nº do documento com decisões de fichas, devem ser esboçados pela equipe
manejo. que desenvolve o MIV, com base nos indi-
cadores e parâmetros definidos.
A avaliação deve ser feita em duas Para elaborar as fichas (e também ajustá-
ocasiões: las, trabalho descrito no próximo passo),
deve-se estar atento para os seguinte aspectos:
a) Todas as vezes que, ao voltar do campo
e registrar os dados, os responsáveis a) O objetivo das fichas de coleta é levan-
observarem que algum parâmetro tar os dados especificamente apontados
aceitável de impacto foi extrapolado. nos indicadores: nem mais, nem menos!
b) Uma vez por ano, mesmo que os Como são preparadas separadamente, há
parâmetros individualmente não tenham uma tendência em incluir mais um ou
sido extrapolados. Nessa ocasião, outro detalhe nas fichas, o que pode
avaliando os dados de todos os indi- resultar em grande quantidade adicional
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MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
TABELA 1
MATRIZ DE MONITORAMENTO – PARTE 1
(objetivos, indicadores e parâmetros de impacto aceitáveis)
TABELA 2
MATRIZ DE MONITORAMENTO – Parte 2
(Orientação para coleta e compilação dos dados)
de trabalho para coletar informações que ponsáveis. Por outro lado, as fichas de-
na prática não têm utilidade dentro da vem ser claras, de fácil leitura e interpre-
matriz de monitoramento. tação.
b) Deve-se aglutinar o máximo possível de c) As instruções de como coletar os dados
indicadores em uma mesma ficha. Uma devem ser inseridas na própria ficha de
quantidade muito grande de fichas difi- coleta ou em uma ficha exclusiva para
culta o trabalho de campo e gera tal, que possa ser levada a campo. A
impacto psicológico negativo nos res- segunda opção é mais recomendável,
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
Estaca
(i) Ponto __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__ __/__/__
nº
337
MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
9
EXEMPLO 12 – FICHA DE COMPILAÇÃO - PARNAMAR NORONHA
Trilha:
Data do início do uso da ficha: Data de último registro nesta ficha:
nº de nº de nº de
casos em Obs. casos em casos em
Indicador Obs. Obs.
(*)
----/----/---- ----/----/---- ----/----/----
Limpeza
Conserto
Drenagem
Vandalismo
Estragos feitos
por animais
(*) Nesta coluna você deve indicar se na ficha de coleta foi feita alguma observação para este dia. Coloque “S”
para sim e “N” para não. Se colocar “S”, anote também o número do formulário de coleta (no canto direito, na
parte superior da ficha de coleta há um código de letra e número).
1 QUADRO 5
FICHA DE DESCRIÇÃO DO PONTO DE MONITORAMENTO –
PROJETO VEADEIROS
PONTO: Início do monitoramento:
Indicadores monitorados:
Trilha:
Objetivo de monitoramento:
Número da estaca (localização do ponto):
Outras informações:
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MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
1 QUADRO 6
QUANDO E COMO APRESENTAR A MATRIZ DE MONITORAMENTO
E OS MATERIAIS DE COLETA E REGISTRO PARA OS RESPONSÁVEIS?
A equipe deve preparar-se para enfrentar o espanto e receio dos responsáveis quando os
mesmos virem estes materiais. Primeiro, eles imediatamente pensarão que o monitoramen-
to representará grande quantidade de trabalho extra, necessariamente uma sobrecarga para
o pessoal. Também é comum pensarem que será muito complicado fazer o trabalho, tendo
que preencher, ler e entender “aquele monte de fichas!”.
A esse receio, justificado em vista do tipo e quantidade de materiais que compõem este
e qualquer sistema de monitoramento, soma-se o fato de que, a não ser em raras ocasiões,
os responsáveis não vêem a utilidade de “fazer todo este trabalho!”. Quando muito, há uma
compreensão geral de que é preciso controlar os impactos inaceitáveis.
Recomenda-se, então, que se evite tentar explicar a matriz de monitoramento no abstra-
to. Sequer é recomendável que se mostre aos responsáveis todas as fichas iniciais pensadas
pela equipe que desenvolve o MIV antes de ter os primeiros dados concretos. Ao invés
disso, cada material deve ser apresentado na ocasião da primeira coleta de dados.
9 Especialmente importante é realizar a primeira reunião de avaliação logo após passar os
dados das fichas de coleta para as fichas de registro. Assim, os gestores da área poderão ver
na prática como o processo de monitoramento relaciona-se com o trabalho deles e, mais
importante, qual a sua utilidade.
Mostrar como na prática o monitoramento auxilia e facilita o trabalho de manutenção
da área é de responsabilidade da equipe que desenvolve o MIV.
Passo 8 – Coletar dados iniciais para chegar às fichas adequadas, a equipe do MIV
o monitoramento de todos deve adotar uma postura flexível quanto ao
os indicadores, ajustar os formato e linguagem utilizadas. Somente
instrumentos de coleta e depois de uma série de aplicações práticas e
compilação de dados e de pelo menos um evento de avaliação será
realizar a primeira etapa de possível considerar que as fichas estão prontas.
treinamento dos responsáveis A coleta inicial dos dados é feita por
membros da equipe do MIV juntamente com
A coleta de dados iniciais para o monitora- os indivíduos que serão responsáveis pela
mento é também a ocasião em que se faz a realização do monitoramento. Este é o início
adequação das fichas de coleta e compilação. efetivo do monitoramento, quando inicia-se
Este passo exige um trabalho muito próximo o levantamento de informações seguindo a
entre a equipe que desenvolve o MIV e os matriz de monitoramento. Assim, deve-se
responsáveis pela coleta e compilação dos proceder à coleta de dados da forma como se
dados. As fichas que foram esboçadas pela deverá fazer uma vez que a equipe do MIV
equipe do MIV visando apenas a geração dos tenha terminado seu trabalho. Ou seja, neste
dados necessários para o indicador, de forma passo inicia-se o treinamento prático daque-
confiável e clara, agora deverão ser ajustadas les que assumirão a responsabilidade de
para que possam ser compreendidas por aque- fazer o monitoramento da área.
les que as preencherão.
Um aspecto chave durante a adequação de O processo de coleta de dados envolve:
fichas de coleta e compilação é entender que
não há um tipo universal de ficha. Para se ❒ Consultar a matriz de monitoramento
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
1 QUADRO 7
DISCUTINDO E DEFININDO AÇÕES PARA CORRIGIR OU PREVENIR IMPACTOS
DE VISITAÇÃO (Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha)
c) Caso os dados observados sejam maiores, reúna alguns colegas de trabalho para
discutir a situação, as prováveis causas e possíveis soluções.
d) Em uma folha de papel em branco, anote a data, o seu nome, o nome dos participantes
da reunião. A reunião deverá ser registrada. Comece escrevendo qual ou quais
problemas serão discutidos.
h) Façam uma análise de cada solução e registrem a conversa. Pensem nos seguintes
aspectos:
342
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
i) Uma vez escolhida a solução, planejem a sua aplicação (se houver necessidade de
pedir autorização para realizar o trabalho, o pedido será uma etapa do trabalho).
Registrem a solução escolhida e o plano de trabalho.
MIV, com visitas periódicas ou consultas à b) Procure montar uma equipe, mesmo que
equipe que elaborou o sistema (caso não seja pequena (três a quatro técnicos além de
a mesma que o vai implementar), a partici- você), que possua conhecimentos
pação da equipe durante as avaliações deter- prévios sobre diferentes aspectos ambi-
minadas, além de eventuais cursos de treina- entais relevantes. De preferência, sele-
mento em uma ou outra técnica, de acordo cione ao menos um profissional que
com a identificação das necessidades. tenha alguma experiência prévia com
Essa implementação assessorada deve monitoramento de projetos.
durar preferencialmente um ano, para c) Este é um trabalho que deve ser feito
abranger a coleta de dados durante todas as estritamente no campo. Há que se per-
estações do ano. correr a área várias vezes, que se co-
nhecer bem cada trecho de todas as tri-
2. Aprendendo a desenvolver lhas e, de preferência, conhecer a área
o MIV para uma área em diferentes estações climáticas. Caso
você não tenha esse nível de conheci-
método proposto neste capítulo não é
O difícil de ser aplicado, mas é dividido
em diversas etapas, que por sua vez pos-
mento, assegure-se de consultar pessoas
que o tenham.
d) A escolha da primeira área de visitação
9 suem vários estágios de desenvolvimento. O para aplicação do método não deve ser
método envolve muitas decisões de manejo demasiadamente complexa. No caso de
por parte da equipe responsável por seu uma trilha, esta não deve ser nem
desenvolvimento. Há duas formas de asse- demasiadamente longa, nem demasiada-
gurar que o resultado do MIV de uma área mente curta (entre 1.000m e 2.500m é
não seja demasiado subjetivo: uma boa margem).
e) Participe diretamente da realização de
❒ Conhecimentos prévios variados sobre todas as etapas, desde as prévias ao MIV
os aspectos ambientais da área. (levantamento de trilha) até a coleta,
❒ Experiência acumulada no compilação e avaliação de dados. Assim
desenvolvimento de MIV. você poderá ter noção do tipo de traba-
lho envolvido, possibilitando a melhor
Na primeira vez em que um indivíduo adequação do MIV às condições locais.
ou equipe realiza esse tipo de trabalho f) Faça, juntamente com os membros da
surgem várias dúvidas. Há um grande receio equipe e os responsáveis pela gestão da
de não se estar tomando a decisão apropri- área, uma avaliação geral sobre todo o
ada. Esta é uma reação saudável, já que o processo.
método é muito dependente das decisões de
quem o implementa. Recomendam-se as 3. Ensinando outros
seguintes precauções na primeira vez em a desenvolver o MIV
que se usa o método:
ara ensinar outras pessoas a aplicar o
a) Selecione uma propriedade, particular
ou pública, que possua um programa de
P método do MIV, são feitas as seguintes
recomendações:
visitação não muito complexo. Caso não
seja possível, selecione uma área parcial ❒ É necessário, primeiro, que o técnico
da UC ou propriedade para começar o esteja bastante familiarizado com todas
trabalho. Em outras palavras, evite iniciar as etapas, limites e possibilidades do mé-
o aprendizado com um projeto como o todo. Isso implica não só conhecer bem
do Parque Nacional Marinho de Fer- todas as etapas e a bibliografia referente
nando de Noronha. ao assunto, mas principalmente ter apli-
344
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
cado o método pelo menos duas vezes. mais importante, de avaliações metodológi-
❒ Antes de iniciar o treinamento, o técnico cas baseadas em pelo menos dois anos de
deve selecionar cuidadosamente o local aplicação dos sistemas implantados.
que será utilizado para tal. Após a O processo proposto baseia-se em
seleção, o técnico deve procurar conhe- grande parte na visão e entendimento da
cer bem a área, se necessário fazendo equipe que desenvolve o MIV e dos respon-
consultas bibliográficas, consultas a es- sáveis pela gestão da área. As decisões de
pecialistas e à comunidade local. manejo que os responsáveis tomarão, ape-
❒ Outro passo é a orientação para a sele- sar de embasadas em informações práticas e
ção de participantes do curso. É impor- coletadas com rigor, não deixarão de
tante que os mesmos sejam entrevista- envolver um grau de subjetividade inerente
dos, pessoalmente ou por meio de ques- ao "julgamento" de um processo de tomada
tionário, para levantamento de informa- de decisão. Assim, os desafios apresentados
ções sobre o tipo de público que será pelo processo são grandes e, de certa forma,
treinado (lembrando que o MIV pode ter imprevisíveis.
diferentes “caras”, dependendo da capa- Vários aspectos com os quais se deve ter
cidade da equipe responsável pela sua cuidado já foram abordados no corpo do
implantação), e também para se ter a capítulo. Convém, entretanto, lembrar algu-
oportunidade de falar um pouco sobre o mas questões adicionais a que estão sujeitos 9
tipo de trabalho envolvido. os responsáveis pela área. Uma vez que o
❒ O curso deve ser montado em etapas, MIV é implementado, novas questões
realizadas em ocasiões diferentes. Tentar poderão ocorrer. O que fazer se o sistema
cobrir todas as etapas do método em um de monitoramento indicar impactos que fre-
só curso é demasiado ambicioso, pois a qüentemente extrapolam tanto a Capa-
quantidade de informações e novidades cidade de Carga Efetiva como os limites
é muito grande. O melhor é pensar em aceitáveis de impacto em diversos indi-
cadores, mesmo após repetidas tentativas de
três fases: 1) Passos 1 a 5; 2) Passo 6; 3)
Passos 7 a 10. Durante o intervalo entre controle? Ou, ainda, o que fazer se a
cada fase, deve ser elaborado um crono- capacidade de carga de uma área for muito
grama de trabalho prático para os partici-pequena, indicando grande fragilidade e
pantes do curso. Reconhece-se que é potencial para impactos de visitação?
muito difícil realizar um curso nesse for- No caso de uma unidade de conser-
mato ideal. Assim, caso não seja possível vação, é difícil uma resposta para essas per-
fazê-lo, o técnico deve elaborar cuida- guntas, mas é indiscutivelmente ainda mais
dosamente uma grade para o curso, difícil para um proprietário particular.
intercalando cada etapa com o trabalho Porque no caso de uma UC não há obriga-
de campo. toriedade de receber visitação, e um Parque
❒ Finalmente, vale para os participantes de Nacional não deveria ser criado em um
um curso a mesma observação feita para local que não pode suportar a visitação
quem aprende sozinho: somente a apli- recreativa (ou seja, uma outra categoria de
cação prática de todas as etapas, ao unidade de conservação seria apropriada).
menos duas vezes, poderá garantir uma Assim, em resposta às duas questões, a UC
capacitação adequada na implementação poderia, em caso extremo, ser fechada para
do método para efeitos de multiplicação. a visitação recreativa.
No caso de áreas particulares, o propri-
IV. CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES etário geralmente desenvolve a atividade de
ecoturismo como alternativa econômica
O método proposto neste capítulo carece ambientalmente correta. A sua interrupção
ainda de testes em variados contextos e, pode gerar redução na receita, talvez até
345
MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
afetando sua subsistência. Pode ainda gerar Áreas Protegidas. Série técnica. Informe
impactos socioeconômicos na comunidade técnico nº 194. Centro Agronómico de
local que presta serviços integrados à visi- Investigación y Ensenanza CATIE.
tação da área. Turrialba, Costa Rica.
Para lidar com essas questões, é preciso DRIVER, B.L., BROWN, Perry. 1978. The
basear-se no princípio definidor do ecoturis- Opportunity Spectrum Concept and
mo: essa atividade deve obrigatoriamente Behavioral Information in Outdoor
promover a conservação do local visitado e Recreation Resource Supply Inventories: a
ser realizada com controle de impacto e Rational. Paper apresentado durante a
zelo pela qualidade do ambiente. oficina "Integrated Inventories of Renew-
Assim, em última instância, o ecoturismo able Natural Resources". Anais da oficina.
deve ser descartado como atividade em um 8 a 12 de janeiro de 1978. Tucson, AZ.
local demasiado frágil ou em uma situação KUSS, Fred, GRAEFE, Alan e VASKE, Jerry.
em que não se consiga manejar os impactos 1990. Visitor Impact Management.
dentro de limites aceitáveis. Ao menos até National Parks and Conservation
que se possa atingir condições de gestão Association. Washington, DC.
adequadas. MILLER,K.1980 Planificacion de Parques
Essas considerações nos remetem a uma Nacionales para el Ecodesarrollo en
9 questão de ética na motivação para o desen- Latinoamerica, Madrid, FEPMA. 500 p.
volvimento do ecoturismo: qual é o com- WWF-Brasil. 2001. Uso Recreativo no
promisso daqueles que promovem o ecotu- Parque Nacional Marinho de Fernando
rismo com a qualidade do ambiente natural de Noronha: um exemplo de planeja -
aberto à visitação pública? Essa pergunta mento e implementação. [Coordenação:
deve ser respondida por todos os atores, Sylvia F. Mitraud] WWF-Brasil, vol. 8.
desde o proprietário, passando pelos técni- Brasília, DF.
cos envolvidos no planejamento e imple- MOORE, Roger. 1994. Conflicts on multi-
mentação das atividades, pelas agências e use trails: a survey of national park serv -
operadoras, até o ecoturista. Uma decisão ice managers. Report nº HWA-PD-94-
referente à visitação de uma área natural 031. Federal Highway Administration.
(seja em termos de quantidade ou tipo de Washington, DC.
atividade recreativa) que se manifeste con- STANKEY, George, COLE, David, LUCAS,
trária à conservação do ambiente visitado Robert, PETERSEN, Margaret, FRISSELL,
desqualifica a atividade como ecoturismo. Sidney. 1985. The Limits of Acceptable
Change (LAC) System for Wilderness
V. B IBLIOGRAFIA Planning. General Technical Report INT
– 176. United States Department of
CIFUENTES, Miguel. 1992. Determinacion Agriculture, Forest Service. Ogden, UT.
de Capacidade de Carga Turística en
346
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
BIBLIOGRAFIA
CIFUENTES, Miguel. 1992. Determinacion de Capacidade de Carga Turística en Áreas
Protegidas. Série técnica. Informe técnico nº 194. Centro Agronómico de Investigación y
347
MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
Identificação da trilha
ou área de visitação:
Data de
I L1 V f.CD 3 f.CO Responsáveis 4 Freqüência
avaliação
Nº Doc
de Coleta R. A.
realizada 5
G3.2 C 5 “ Trimestral
G4.1 B 5 “ Trimestral
G4.2 B 5 “ Trimestral
Trimestral e em
G5.1 E 4 “ dias de grande
movimento
Trimestral e em
G5.2 E 1 “ dias de grande
movimento
Sempre que
9 G5.3 A 4 “ houver
ocorrência
Coleta: todos Sempre que
os funcionários houver
G5.4 A 4 Registro: ocorrência
José Silva e
Maria Ferreira
Semestralmente
G6.1 “ e a cada
ocorrência
G7.1 B 5 “ Trimestral
G7.2 A 4 “ Trimestral
ONDE:
I Indicador.
L1 L é Local da coleta de dados e 1 : no caso destas duas colunas, apresentamos apenas alguns valores
a título de ilustração. Como cada indicador é monitorado em vários locais da trilha, a parte 2 da
matriz de monitoramento fica muito extensa, tornando-se impossível a sua reprodução total neste
anexo.
2 Até a elaboração deste capítulo, os dados iniciais de monitoramento destes indicadores não haviam
sido ainda coletad os.
V Valor inicial de monitoramento.
f.CD 3 f.CD é Número da Ficha de Coleta de Dados e 3 indica que algumas das fichas ainda não haviam
sido concluídas até a elaboração deste capítulo. Aquelas que já haviam sido adequadas
são indicadas por letras do alfabeto. As fichas são apresentadas a seguir.
f.CO Número da Ficha de Compilação .
4 Dois fiscais são responsáveis pela coleta e compilação dos dados de monitoramento do MIV do
Parque. Porém, os nomes aqui apresentados foram inventados.
5 Cada vez que os dados de um indicador forem discutidos em uma avaliação, a data da avaliação
deve ser anotada nesta coluna. A cada novo evento de avaliação, a data deve ser anotada abaixo
da anterior. O mesmo procedimento vale para a coluna seguinte.
350
Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
Nome do responsável
Marque as unidades de cada
Data da Nome problema que encontrar na trilha
coleta da trilha Comentários
Animais
Lixo Reclamações domésticos
A mesma ficha pode ser usada para todas as trilhas e para mais de um dia. Leve-a junto com você todos os
dias que for para as trilhas. Quando terminar os espaços vazios na ficha, troque-a por uma nova.
INDICADORES u LIXO
u RECLAMAÇÕES DE VISITANTES
u PRESENÇA DE ANIMAIS DOMÉSTICOS
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MANUAL DE ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA • Ferramentas para um planejamento responsável
Nome do responsável
Marque o problema
Data da Nome Localização específico
coleta da trilha do problema Comentários
Dano
Vandalismo Picadas
de animais
A mesma ficha pode ser usada para todas as trilhas e para mais de um dia. Leve-a junto com você todos os
dias que for para as trilhas.
INDICADORES u VANDALISMO
u ESTRAGO FEITO POR ANIMAIS DOMÉSTICOS
u PICADAS FEITAS POR VISITANTES
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
Nome do responsável
Nome da trilha Data da coleta:
TOTAL
1u Anotar o seu nome, o nome da trilha e a data das anotações nos espaços específicos.
2u Antes de sair, anote os dados de locais que devem ser monitorados.
3u Nestes locais, anote na coluna de “comentários” a situação atual (pode ser que continue o problema,
pode ser que tenha sido consertado, etc.)
4u Ao caminhar a trilha, também observe se há novos problemas. Anote a de acordo com a marcação
das estacas em metros.
5u Marque com um “x” o tipo de problema que você encontrou (limpeza de trilha, problemas
de drenagem – escoamento, erosão, alagamento –, ou necessidades de conserto – de infra-estrutura,
de estrutura de trilha).
6u O espaço para comentários serve para você anotar alguma observação especial.
7u Ao terminar a trilha, conte o total de casos de cada tipo de problema e anote na linha de TOTAL.
8u Organize com seus colegas o trabalho de manutenção necessário para corrigir os problemas observados!
FICHA DE COLETA
Nome do responsável
Nome da trilha Data da coleta:
Esta ficha deve ser preenchida nas datas indicadas pela matriz de monitoramento de cada trilha. Antes de ir
para a trilha, copie da matriz de monitoramento, os locais anteriores onde já foram observados estes mesmos
indicadores. Não se esqueça de levar a trena!
INDICADOR u INVASORAS
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
FICHA DE COLETA
Nome do responsável
Nome da trilha Data da coleta:
Ao caminhar ao longo da trilha, marque com um “x” ou um “/” todas as vezes que cruzar com um grupo de
pessoas. O número de pessoas por grupo não interessa. Se a trilha for linear (ida e volta pelo mesmo camin-
ho) e se você encontrar com o mesmo grupo duas vezes, marque as duas vezes. Não inclua nesta parte os
encontros nos mirantes. No final do dia, anote na coluna de “TOTAL” o número de grupos que você viu
durante a caminhada. 9
NÚMERO DE GRUPOS E NÚMERO DE PESSOAS NOS MIRANTES AO MESMOTEMPO
Mirante: Mirante:
FICHA DE COLETA
Nome do responsável
Nome da trilha Data da coleta:
Total
Esta ficha deve ser preenchida nas datas indicadas pela matriz de monitoramento de cada trilha. Antes de ir
para a trilha, copie da matriz de monitoramento, a localização de pontos que começaram a ser monitorados
anteriormente. Anote também as instruções para pegar as medidas de largura nestes pontos. Não se esqueça
de levar a trena!
1u Anotar o seu nome, nome da trilha e data da coleta nos espaços reservados.
2u Ao caminhar na trilha, procure os locais anotados, onde o monitoramento começou anteriormente.
Tome as medidas seguindo com precisão as instruções indicadas.
3u Preste atenção para outros locais ainda não anotados onde você acha que a trilha está se alargando.
Anote a localização de acordo com a marcação das estacas.
4u Tome ao menos duas medidas da largura da trilha, 5 ou 10 metros na frente uma da outra. Anote a
metragem da largura e descreva com precisão as instruções para que você ou um colega possam
tirar as medidas exatamente nos mesmos locais da próxima vez.
5u Ao terminar a trilha, conte o total de casos anotados onde a trilha está se alargando e coloque
na última linha, ao lado do “TOTAL”.
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Monitoramento e controle de impactos de visitação – GESTÃO INTEGRADA
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✑ TOME NOTA:
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