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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

FUNDAÇÃO DE AMPARO A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA DO ESTADO DE


PERNAMBUCO
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ARIANO VILAR SUASSUNA

RESÍDUO DE PROCESSAMENTO DA MANDIOCA E MEIO AMBIENTE: PONTE


ENTRE O AGRONEGÓCIO E SUSTENTABILIDADE EM SEMENTEIRA
PÚBLICA DO AGRESTE MERIDIONAL

SAMARA MARIA SORIANO DE MOURA

GARANHUNS-PE
2023
1. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA

Título do projeto: Resíduo de processamento da mandioca e meio


ambiente: Ponte entre o agronegócio e sustentabilidade em sementeira
pública do Agreste Meridional
Nome do professor coordenador: Prof. M.Sc Jefferson Costa
Nome do estudante: Samara Maria Soriano de Moura
Instituição executora: ETEAVS
Empresas/entidades parceiras: Sementeira Lane Flores
2. INTRODUÇÃO

A cultura da mandioca é um modelo socioeconômico relevante na região do


Agreste Meridional de Pernambuco. Visto que, o cultivo em áreas agrícolas dessa raiz,
provém a segurança alimentar de diversas famílias nordestinas. A produção em massa da
farinha de mandioca na região, causa diversos danos ao meio ambiente ,devido o manejo
indevido de resíduos que são gerados a partir do processamento dessa raiz. A manipueira é
um efluente líquido, de coloração amarelada que apresenta em sua composição o ácido
cianídrico (HCN) possuindo assim, um potencial poluidor elevado quando descartado na
natureza sem nenhum tipo de preparo, sendo prejudicial ao solo e contaminando as águas
devido as suas altas cargas orgânicas e salinidade presentes na raiz. Apesar do impacto
ambiental que a manipueira pode ter, ela contém um grande número de elementos
essenciais ricos em nutrientes importantes de que as plantas se beneficiam. Essa
propriedade possibilita o aproveitamento desse resíduo como adubo orgânico, ocasionando
melhor desenvolvimento do plantio. A resposta para a fertilização das plantas, é devido a
manipueira ser um fertilizante e defensivo natural. Fioretto (1994)
Um dos problemas ambientais enfrentados tem sido a gestão de resíduos,, tendo em vista
que a sua produção, vem crescendo de maneira acentuada, sobretudo em função do
crescimento populacional (Reis, 2002).
Diante disso, considerando os possíveis riscos ao meio ambiente decorrentes do descarte
indiscriminado do resíduo líquido provenientes da mandioca, o estudo tem como com o
objetivo de avaliar, e observar o desenvolvimento do coentro em contato com a aplicação
de doses de manipueira como uma substituição de fertilizantes no abrotar das sementes.

3. METODOLOGIA

O início do estudo pautou-se por uma entrevista com a administradora de uma


sementeira local, com o intuito do desenvolvimento de um vídeo didático para entender o
processo único de cada planta, e conhecer a história da empresa parceira. Iniciando-se com
a visita a empresa Lane Flores, localizada no município de Garanhuns, Pernambuco.
Dando início ao questionário, foram reveladas alguns métodos de irrigação, adubagem das
plantas, e uma explicação sobre as adaptações feitas para as plantas que não possam ser
expostas completamente a luz solar.
Perguntas feitas:
 Qual substrato é utilizado nos vasos.
 O gasto mensal com o substrato na empresa.
 Quantidade de adubo utilizada em cada vaso.
 O tempo correto de exposição ao sol em cada porte de planta.
 A frequência correta de irrigação.
Após concluída a primeira etapa da entrevista, fomos convidados a conhecer melhor a
sementeira, onde verificamos a adequação e padrão do desenvolvimento de cada plantio.

O experimento foi iniciado no período de fevereiro e finalizado em abril de 2023.


A manipueira coletada no dia 13 de fevereiro de 2023, foi proveniente de uma casa de
farinha da região, localizada na comunidade quilombola do Castainho em Garanhuns.No
dia 14 de fevereiro de 2023 o efluente líquido foi submetido ao descanso absoluto. Dando
início a montagem dos experimentos,foi preciso coletar no dia 15 de fevereiro de 2023, na
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, A UFAPE, o esterco bovino
fundamental para o biofertilizante. Para a realização do adubo orgânico em garrafas pet, foi
necessária as seguintes proporções:
Logo depois de colocar em prática a confecção do biofertilizante, iniciamos o processo
preparatório dos recipientes para o futuro plantios das sementes no dia 2 de março de 2023,
com a proporção de 600g de adubo em cada vaso irrigado com 100ml do biofertilizante, As
sementes foram plantadas no dia 8 de março de 2023, podendo ser regada apenas com a
água.

4. RESULTADO

Os resultados obtidos durante o início foi bastante satisfatório, sendo observado


primeiramente uma evolução nos valores do pH durante os dias decorridos.
O desenvolvimento do plantio se mostrou bastante forte, sendo observado um
bom crescimento das plantas, segue a foto relaciona ao dia 23 de março de 2023, a semente
número 001, se mostrou menos desenvolvida em relação a 002 e a 003, ambas se
mostraram estáveis no seu desenvolvimento.

No dia 26 de março de 2023, as plantas mostram um crescimento bastante


satisfatório.

Apesar dos resultados se mostrarem positivo no início do processo do abrotoar da


semente em relação aplicação do biofertilizante, os resultados se mostram bastante
satisfatórios em relação a adubação foliar, porém, durante o final do processo foi
observado que a planta não suportaria mais continuar desenvolvendo e foi perdendo sua
forma.
5. EXPERIÊNCIA DO ESTUDANTE

A experiência de conhecer todo o preparo das plantas e as adaptações necessárias


a se fazer em cada uma delas, foi de extrema importância e principalmente ter o
conhecimento de que existe uma alternativa orgânica, sem ocasionar nenhum tipo de
prejuízo com o seu descarte indevido para o uso de fertilizantes nas sementeiras, me fez
despertar e querer adquirir um conhecimento mais amplo sobre o o assunto. Acompanhar
de perto todo o processo do crescimento das sementes e como elas se desenvolviam
separadamente foi unânime.

6. REFERÊNCIAS

FIORETTO, R. A. Uso direto da manipueira em fertirrigação. In: Cereda, M. P. Indus-


trialização da mandioca no Brasil. São Paulo: Paulicéia, 1994. p. 51-80
.
REIS, T. C. Distribuição e biodisonibilidade de níquel aplicado ao solo como NiCl2 e
biossólido. Piracicaba, 2002. 105. Tese (Doutorado) - Escola
Superior "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo

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