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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-


DTCS
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA - CAMPUS III /

NICOLY LOPES CESAR

RELATÓRIOS DAS AULAS


PRÁTICA

JUAZEIRO-
BA 2023
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS-
DTCS
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA - CAMPUS III /

NICOLY LOPES CESAR

RELATÓRIOS DAS AULAS


PRÁTICA

Relatório das aulas práticas presentada


ao curso de Engenharia agronômica, da
Universidade do Estado da Bahia-
UNEB, como requisito avaliativo do
componente curricular Propagação de
Plantas, solicitada pelo Professor Dr.
Ruy de Carvalho Rocha.

JUAZEIRO-
BA 2023
SÚMARIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................5
Propagação da mangueira......................................................................................................5
Proagação da mangueira.........................................................................................................6
Propagação de citros................................................................................................................7
Propagação de citros................................................................................................................8
Técnica de enxertia utilizando manga espada e manga tommy...............................................9
Enxertia de plantas nativas da caatinga e anonacias...............................................................10
Enxertia do umbuzeiro............................................................................................................12
Propagação da uva – Variedade 313.......................................................................................12
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

A propagação de plantas representa o processo fundamental de reprodução da


vida vegetal, abrangendo a indução da reprodução biológica das plantas. Esse fenômeno
pode ocorrer por meio da reprodução sexual ou assexuada. Na reprodução sexual das
plantas, uma nova geração é gerada pela troca de material genético entre plantas-mãe. Já
na reprodução assexuada, ocorre a replicação da vida vegetal de forma idêntica ao
progenitor único. Enquanto as sementes desempenham um papel crucial na reprodução
sexuada, a propagação assexuada envolve o uso de mudas e enxertos.

Ambos os métodos de propagação apresentam vantagens distintas e são


empregados com base nas necessidades específicas das plantas e nos objetivos do
cultivo. A decisão entre reprodução sexual e assexual está intrinsecamente ligada às
características desejadas na nova geração de plantas, às condições ambientais vigentes e
às metas estabelecidas pelo produtor ou jardineiro.
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1. DESENVOLVIMENTO

A propagação por meio de sementes oferece vantagens notáveis, no entanto, a


introdução de variedades não nativas pode acarretar problemas, como o surgimento de
ervas daninhas e doenças. É imperativo que os jardineiros estejam cientes das leis de
importação de plantas, visando evitar potenciais danos ambientais. A disseminação de
doenças por meio de sementes doentes é uma preocupação, tornando a utilização de
sementes saudáveis sempre altamente recomendável.

Por outro lado, a propagação assexuada resulta na criação de cópias exatas da planta-
mãe, alcançada por meio do uso de estacas de plantas. Esse método não gera variações nas
culturas. Estacas provenientes de caules, folhas e raízes são comumente empregadas na
propagação de plantas domésticas. Estratificação e enxertia também são métodos
aplicados, especialmente na propagação de árvores frutíferas em pomares.

PROPAGAÇÃO DA MANGUEIRA

Em 23 de outubro de 2023, no campus da UNEB, sob a orientação do Professor


Ruy Carvalho, foi realizada uma prática dedicada à propagação da mangueira, com ênfase
na variedade Manga Espada. Iniciamos a atividade com a identificação e seleção criteriosa
de uma árvore de Mangifera indica da variedade em questão, presente no campus. A
escolha de um fruto maduro e íntegro foi seguida pela retirada da casca e polpa, resultando
no caroço conhecido como Drupa, a parte destinada à propagação. O caroço foi
cuidadosamente disposto para secar, prevendo-se que, em aproximadamente uma semana,
estará pronto para a etapa subsequente. Neste ponto, a semente será extraída do caroço,
preparando-a para o plantio.
O objetivo da prática é obter sementes prontas para o plantio da variedade Manga
Espada. O processo, desde a seleção do fruto até a extração da semente, proporcionou uma
compreensão prática dos métodos de propagação específicos para essa espécie. O
acompanhamento futuro se concentrará no desenvolvimento das sementes, monitorando o
sucesso do processo de propagação e avaliando o crescimento inicial das mudas. A prática
destacou a importância do manejo cuidadoso durante todo o procedimento para garantir
resultados bem-sucedidos.
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PROPAGAÇÃO DA MANGUEIRA

Em 30 de novembro de 2023, conduzimos a segunda aula prática sobre a


propagação da mangueira Manga Espada, no campus da UNEB, sob a orientação do Prof.
Ruy Carvalho.
A atividade teve início com a extração cuidadosa das sementes de manga, após
uma semana de secagem. Durante esse processo, foi crucial preservar a integridade das
sementes para garantir sua prontidão para o plantio. Preparamos um substrato adequado
para receber as sementes e, em seguida, procedemos ao plantio no solo a uma
profundidade recomendada, geralmente de 2 a 3 vezes o tamanho da semente.
Ressaltamos a importância de manter o solo adequadamente úmido para o
desenvolvimento das plântulas.
O objetivo final é permitir que as sementes germinem e cresçam em mudas
saudáveis da variedade Manga Espada da mangueira. Concluída a fase inicial, as mudas
serão transplantadas para locais definitivos para promover um desenvolvimento robusto.
A prática reforçou a importância de cuidados contínuos e atenção ao solo e às
mudas. Recomenda-se um acompanhamento próximo do desenvolvimento das mudas,
realizando transplantes conforme necessário.

Figura 1 Figura 2

Fonte: Autor Fonte: Au


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Figura 3 Figura 4

Fonte: Autor Fonte: Autor

Após a conclusão desses procedimentos, transferimos todas as sementes que foram


plantadas no substrato para o viveiro da Universidade, proporcionando o ambiente
propício para sua propagação e desenvolvimento.

PROPAGAÇÃO DE CITROS

A terceira aula prática, realizada em 09 de novembro de 2023 no campus da


universidade, teve como foco a propagação de citros, especificamente o limão cravo, sob a
orientação do professor.
O processo iniciou com a escolha criteriosa de limões cravos em estágio de
maturação fisiológica. A coleta desses frutos foi seguida pela extração das sementes,
incluindo a limpeza para remoção da mucilagem, procedimento que, embora geralmente
feito com cal, foi omitido. As sementes foram então submetidas a um período de secagem
em uma peneira exposta ao sol por aproximadamente uma semana, conforme instruído
pelo professor. Após essa fase, planejamos realizar o plantio das sementes.

O professor destacou que o crescimento da planta seria esperado quando o caule atingisse
um diâmetro semelhante ao de um lápis, fornecendo um indicador visual para o
desenvolvimento saudável das mudas.

Os resultados esperados incluem a germinação bem-sucedida das sementes e o


subsequente crescimento das mudas de limão cravo. A prática reforçou a importância dos
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procedimentos de coleta, extração, limpeza e secagem das sementes para o êxito no


plantio. Recomenda-se um monitoramento contínuo do processo de germinação e
crescimento das mudas, aplicando os cuidados necessários conforme explicado durante a
aula.

PROPAGAÇÃO DE CITROS

Em 13/11/2023, realizamos a quarta aula prática focada no plantio de sementes de


limão cravo, como parte do processo de propagação de citros, no campus da universidade.
A orientação do professor guiou os seguintes procedimentos:
Elaboramos um substrato composto por duas partes de barro para uma parte de
areia, adicionando esterco curtido para criar condições ideais de crescimento. Saquinhos
foram preenchidos com esse substrato, recebendo duas sementes cada, com uma semente
de reserva para garantir a germinação. O plantio das sementes nos saquinhos foi seguido
pela irrigação, mantendo o substrato úmido para favorecer o crescimento inicial das
mudas. A prática busca antecipar o desenvolvimento das primeiras mudas de limão cravo
a partir do plantio das sementes.
Esta etapa consolida conhecimentos teóricos, destacando a importância da
continuidade dos cuidados para o sucesso do processo de propagação.Recomenda-se
monitorar de perto o crescimento das mudas, aplicando a irrigação e demais cuidados
necessários.
Figura 6

Fonte: Autor
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Figura 5 Figura 6

Fonte: Autor Fonte: Autor

TÉCNICA DE ENXERTIA UTILIZANDO MANGA ESPADA (CAVALO) E


MANGA TOMMY ( ENXERTO)

A quinta aula prática, realizada em 20/11/2023, concentrou-se na técnica de


enxertia utilizando as variedades de manga espada e manga tommy. Durante a prática,
exploramos a enxertia de plantas, um processo fundamental na propagação vegetal.
Demonstrou-se o método de garfagem, que envolve o corte diagonal no cavalo
(manga espada). Em seguida, foram realizados cortes nas duas diagonais do enxerto
(manga tommy), preparando-o para ser inserido no cavalo. O processo foi concluído com
a amarração dos enxertos. Após a enxertia, um saco foi cuidadosamente colocado sobre a
planta para proporcionar proteção. Após um período de 15 dias, o saco pode ser removido
quando a planta inicia o processo de brotação. Antecipamos o sucesso da enxertia,
esperando observar o crescimento e desenvolvimento saudável das mudas de manga
espada e manga tommy após o processo. A aula prática proporcionou uma visão prática e
detalhada da técnica de enxertia, destacando dois métodos distintos. A garfagem no cavalo
de manga espada e a preparação do enxerto diagonal para a manga tommy foram
processos ilustrativos. A amarração dos enxertos e a proteção da planta com o saco
contribuem para o êxito do processo de enxertia.

ENXERTIA DE PLANTAS NATIVAS DA CAATINGA E ANONACIAS


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Realizada em 23/11/2023, a sexta aula prática abordou a enxertia de pinha e


atemoia, frutas pertencentes à família das anonáceas. A propagação dessas plantas, que
geralmente ocorre por meio de sementes encontradas nos grandes frutos, foi o foco da
prática.
Demonstrou-se a técnica de garfagem, onde um fragmento de um ramo da planta
desejada (ateemoia) foi unido a uma planta hospedeira (pinha). O enxerto foi firmemente
amarrado após ser inserido em uma fenda criada na planta hospedeira. Além disso,
apresentou-se a técnica de encostia (alporquia), onde uma parte de um galho foi
estimulada a formar raízes enquanto conectada à planta mãe, permitindo a formação de
uma nova planta. Antecipamos o sucesso na enxertia de pinha e atemoia, visando a
reprodução eficaz dessas anonáceas. A prática ofereceu uma compreensão aprofundada
das diferentes técnicas de enxertia, proporcionando opções versáteis na reprodução dessas
plantas.
Recomenda-se monitorar de perto o desenvolvimento dos enxertos, aplicando
cuidados específicos para garantir uma integração saudável. O acompanhamento contínuo
é crucial para avaliar o sucesso da enxertia e a formação de novas plantas. Este relatório
sintetiza os procedimentos e resultados da sexta aula prática, servindo como referência
documentada para futuras práticas e avaliações no contexto da enxertia de pinha e
atemoia.

Figura 7 Figura 8

Fonte: Autor Fonte: Autor


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ENXERTIA DO UMBUZEIRO

Na seleção cuidadosa de materiais para a prática de enxertia em umbuzeiro,


optamos por um porta-enxerto robusto e saudável, juntamente com uma planta cavalo que
exibia características desejáveis. A preparação do material envolveu o corte de brotos ou
ramos saudáveis, garantindo a sua integridade livre de pragas e doenças. Utilizamos uma
faca afiada para realizar cortes precisos, assegurando uma manipulação cuidadosa do
material vegetativo. A técnica de enxertia escolhida para o umbuzeiro foi a enxertia de
topo, considerada a mais apropriada para esse contexto. Essa abordagem envolveu cortes
precisos para criar uma junção íntima entre o porta-enxerto e o cavalo. Posteriormente, o
enxerto foi cuidadosamente amarrado no local de corte, proporcionando uma fixação
firme para garantir a integração bem-sucedida entre as partes.

Este procedimento visa promover o crescimento e a reprodução eficaz do


umbuzeiro, utilizando práticas de enxertia que maximizam o contato entre as plantas
envolvidas. O uso de materiais saudáveis e a execução precisa da técnica são elementos
essenciais para o sucesso desse processo. O acompanhamento cuidadoso do
desenvolvimento pós-enxertia será crucial para avaliar a eficácia da técnica e a saúde
contínua da planta resultante.

PROPAGAÇÃO DA UVA – VARIEDADE 313

Em 27/11/2023, ocorreu a sétima e última aula prática sobre a propagação de plantas,


centrada na propagação da uva.

Durante a aula, enfatizou-se a importância de escolher um porta-enxerto resistente


para a enxertia, capaz de enfrentar adversidades, e a necessidade de selecionar um cavalo
com pelo menos três gemas para facilitar a eficácia do processo. Destacou-se a hidratação
adequada como um fator crucial para o sucesso do pegamento do enxerto. Optou-se pelo
método de enxertia por garfagem, detalhando sua aplicação específica na união de duas
variedades diferentes de uva em uma única planta. O garfo, fragmento de um ramo da
variedade desejada, foi unido ao porta-enxerto existente de uva. Para garantir uma união
bem-sucedida, ambas as partes foram fixadas adequadamente, e enfatizou-se a
importância de cobrir o talo para evitar a perda de transpiração.
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A aula prática reforçou a relevância da escolha criteriosa do material vegetal, técnicas


precisas e cuidados adequados para assegurar o êxito no processo de enxertia. Esta última
prática efetivamente concluiu a disciplina de propagação de plantas, proporcionando uma
compreensão abrangente e prática das técnicas essenciais para a reprodução bem-sucedida
de uvas.
Figura 10

Fonte: Autor

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A participação nas práticas realizadas no viveiro ao longo do semestre é crucial


para os estudantes de Engenharia Agronômica, preparando-os para os desafios da vida
profissional ao proporcionar experiências práticas na propagação de diversas culturas.
Essas vivências sublinham a significância do conhecimento especializado e da aplicação
de técnicas apropriadas para cada cultura, desempenhando um papel vital no
aprimoramento das habilidades essenciais no âmbito da agricultura. Essa abordagem
prática e aplicada enriquece a formação dos estudantes, proporcionando-lhes uma base
sólida para enfrentar os cenários complexos e variados que encontrarão em suas carreiras
profissionais.
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