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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

Curso de Licenciatura em Agronomia

3º Ano

Cadeira: Fisiologia Vegetal e das Culturas

Tema: Cultura de Feijão

Discentes:
Edma Da Laura Alfredo Bonoze
Hélio Nordine Daudo Charifo

Beira Abril
2023
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE
Curso de Licenciatura em Agronomia

Cadeira: Fisiologia Vegetal e das Culturas

Tema: Cultura de feijão

Discentes:
Edma Da Laura Alfredo Bonoze
Hélio Nordine Daudo Charifo

Docente:
Zacarias Conhece

-------

Beira
2023
Índice

Índice………………………………….…………………………………3

Introdução…………………………….…………………………………4

Objetivos…………………………………………..…………….……….5

Cultura do feijão e sua fonologia.............................................................6

Fase vegetativa do feijão ………………………………………………...7

Fase reprodutiva do feijão …………………………………………..…......…..9

Hábito de crescimento dos feijões………….............…………………..………10

Tipos de plantas do feijoeiro. …………………………………………..…...….11

Principais fatores que afetam o ciclo do feijão……………………...…………13

Morfologia do feijão………….………..………………………….....….….……13

Morfologia floral …………………………………………..……………..……..16

Vantagens e desvantagens ………………………………………….…………..17

Conclusão…………………………….......……………………….……………..18

Referência Bibliográficas………………………………………....…………….19
2. Introdução.

O feijão- é uma leguminosa bastante utilizada na nossa dieta alimentar isso a nível mundial.
E é um dos principais grãos fornecedores de proteínas na alimentação dos seres humanos.
Além disso, possui boas quantidades de carbohidratos, substancias que garante a energia
necessária para o funcionamento do corpo, e é também uma ótima fonte de ferro, vitaminas
do complexo B e fibras.
O feijão é uma cultura muito versátil e de fácil adaptação no solo, mesmo em solos com
características mais ou menos adversas para o seu desenvolvimento.
A cor do tegumento do grão do feijão, pode apresentar uma ampla variabilidade. O
tegumento pode ser de cor uniforme ou em alguns casos possuir mais de uma cor, distribuídas
em forma de estreitas, pontuações ou manchas. Pode ser de cor brilhante, opaca ou apresentar
nuances. As diferenças, das características externas apresentadas pelos grãos são usadas para
classificar os feijões em tipos comercias:
 Feijão Branco;
 Feijão azuki;
 Feijão Preto;
 Feijão Vermelho;
 Feijão Rajadas;
 Feijão Macassar;
 Feijão Buer ou (guandu).etc.
Durante a produção do feijão, o produtor precisa sempre prestar atenção na drenagem do
solo, pois, se feita incorretamente, pode contribuir com o surgimento de fungos, que
prejudicam a cultura, afetando assim o desenvolvimento do feijoeiro. Além disso, o solo não
deve ser compactado, pois isso compromete a entrada e circulação de nutrientes e agua para a
planta. A planta do feijoeiro possui um sistema radicular simplificado e, por isso, solos
compactados prejudicam o crescimento bem como, impedir a planta, dê-se desenvolver.
Para cada espécie de feijão, possui seu ciclo de cultivo, um diferente do outro. A rapidez do
ciclo ou a demora, pode ser influenciado com as condições climáticas de cada região. Para
que haja o sucesso esperado ou desejado, é fundamental cada produtor conhecer as condições
e características climáticas da sua região.
Os ciclos dos feijões, podem ser classificados como:
 Ciclo Superprecoce;
 Ciclo Precoce;
 Ciclo Medio e,
 Ciclo Tardio.

Fig.1. cultura do feijão (variabilidade das cores do tegumento).


3. Objectivos
3.1. Objectivo geral
 Analisar os aspectos fenológicos da cultura do feijão.
3.2. Objectivos específicos
 Descrever os aspectos fisiológicos e morfológicos da cultura do feijão;
 Identificar os tipos de hábitos de crescimento dos feijões;
 Explicar as vantagens e desvantagens da cultura do feijão.

 Metodologia

A metodologia-é o estudo dos métodos, isto é, o estudo dos caminhos para se cear a
um determinado fim. Também podemos considera-las de etapas a seguir num
determinado processo. Tem como objectivo captar e analisar as características dos
vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações
ou distorções e criticar os pressupostos ou implicações de sua utilização. De modo
geral, a metodologia de pesquisa é o caminho que o trabalho vai seguir para alcançar
seus objectivos.

Para elaboração deste trabalho, teve-se como base a pesquisa bibliográfica e segundo,
Freitas e Prodanov (2013) a pesquisa bibliográfica é aquela que é elaborada a partir de material
já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e
artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico,
internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material já
escrito sobre o assunto da pesquisa. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador
verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições
que as obras possam apresentar.
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez
que constitui o primeiro passo para todas as actividades académicas. Uma pesquisa de
laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar.
Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não dispensam a pesquisa
bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um
trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das
conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão pesquisas de laboratório
ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem excepção, para elaborar os diversos
trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas (ANDRADE, 2010, p. 25).
4.Cultura do feijão e a sua fenologia.

Toda cultura tem suas fases definidas, e a juncão destas fases compõem o ciclo fenológico da
cultura. No geral, o ciclo de vida das plantas pode ser dividido de cordo com s fases de
crescimento de cada espécie. A divisão mais simples das fases do crescimento que existe nas
plantas são aquelas em que as plantas apresentam apenas duas fases durante o seu ciclo
conhecidas como: a fase vegetativa e a fase reprodutiva.

Na fase vegetativa, podemos dizer que as plantas são (jovens), nessa fase elas ainda não
atingiram a maturidade reprodutiva, mas estão se preparando para ela, produzindo folhas e
raízes. Desta forma, toda a energia produzida vai ajudar a garantir uma maior capacidade de
gerar energia no futuro. Isso acontece porque as plantas logo que elas saem da fase
vegetativa, entram para a fase reprodutiva e, consequentemente, terá de arcar com as mais
necessidades no seu custo energético, no caso dos feijões uma das necessidades que surgiram
requerendo uma demanda maior de custo energético seria os grãos. Isso porque as plantas
precisam de muita energia para produzi-los.

O feijão pode ser cultivado em diferentes períodos, desde que as épocas tenham uma boa
disponibilidade de água e luminosidade adequada. A melhor época conhecida para um bom
cultivo de feijão é logo após o início das cuvas leves. Além dessas épocas o feijão também
pode ser cultivado no mês de janeiro e março, ou entre maio e julho. Um outro ponto bastante
importante a se prestar atenção é com relação a fertilidade do solo, que varia em decorrência
de cada espécie de feijão plantada e, as características do solo, entre outros fatores que podem
influenciar no crescimento e desenvolvimento da cultura.
Ao se começar o plantio da cultura do feijão, é importante conhecer e aplicar técnicas
correctas antes, durante e depois da sementeira, saber calcular o investimento necessário e
entender os recursos que serão aplicados na plantação.

Durante o cultivo do feijão, pode se fazer a sementeira direta no campo definitivo ou pode
fazer-se o transplante, mas para áreas pequenas. Para largas ou grandes produções,
aconselhasse a fazer o cultivo por sementeira directa no campo definitivo, a uma
profundidade de 3 a 7cm. Em solos muito pesado a profundidade deve ser de 3 a 4cm. Em
solos muito leve a profundidade deve ser maior mas, não passar dos 13cm. Esse cuidado e
observação faz toda diferença pois garantem que as plantas do feijoeiro cresçam com força e
boa saúde.

Para a cultura do feijão os estádios fenológicos são divididos em dois: vegetativo que tem
quatro fases (V0, V1, V2,V3 e V4) e o reprodutivo que é composto de cinco fases
(R5,R6,R7,R8 e R9).
 Fase Vegetativa do feijão:

V0- Germinação- é o processo começa com a absorção de agua pela semente, iniciando
assim aquilo que podemos denominar de germinação. Nesta fase, os cuidados devem ser a
dobrar pois a lavoura pode se encontrar leve, e nesse estado é bastante suscetível a pragas que
podem e atacam directamente as sementes semeadas no solo. Como é o caso da larva das
sementes, a lagarta rosca, a larva alfinete, gorgulho do solo entre outros.

V1- Emergência- começa com a aparição dos cotilédones para a superfície até a abertura das
folhas (folhas primarias e cotiledonares simples). Assim como a primeira fase, durante a
emergência das sementes, o foco ainda são as pragas que atacam as sementes e as que causam
a podridão radicular. Um bom tratamento das sementes antes da sementeira garante que o
produtor passe dessa fase com a cultura ilesa e saudável.

V2- Folhas Primárias- nessa fase o início dá-se com a abertura das folhas primeiras, e
termina com a abertura da primeira trifoliolada. É também nesta fase onde se iniciam os
cuidados com as pragas que podem: desfolhar, sugar ou raspar as plantas ate o final do
enchimento dos grãos. Nesta fase, os cuidados tomados devem ser redobrados, pois as plantas
apresentam pouca área foliar que, se comprometida pode, prejudicar severamente a
produtividade. O principal foco aqui, é evitar as vaquinhas, pois elas podem atacar os
meristemas apicais, além da mosca branca que, apesar de apresentar danos direto baixo, ela
pode transmitir o vírus do mosaico dourado para o feijoeiro. A cobertura do solo por palha
seca pode ajudar a reduzir em até 30% a evapotranspiração, reduzindo a demanda por água
no solo.

V3- Primeira folha composta aberta- começa com a abertura da primeira folha trifoliolada
(composta) e termina com a abertura da terceira folha. Desde a primeira folha composta
aberta, ate ao enchimento das vagens, as plantas ficam suscetíveis a ataque de nematoides
como:

 Meloidogyne incógnita;
 Javanica e,
 P. brachyurus.

É muito importante ficar de olho nas pragas sugadoras, que afectam grande parte do ciclo da
cultura, como:

 Cigarra verde;
 Acaro rajados;
 Tripes e,
 Acaro brancos.
Pragas desfolhadoras como os minadores, as lagartas enroladeira das folhas e a cabeça de
fosforo, também podem causar grandes danos nessa fase do crescimento do feijoeiro.

Em estágios mais avançados a planta do feijoeiro, pode tolerar ate 30% de desfolha, enquanto
no estágio inicial a planta essas pragas podem comprometer seriamente a produtividade,
reduzindo o número e as capacidades da planta se desenvolver.

V4-Terceira folha composta aberta.

Inicia-se com a abertura completa da terceira folha trifoliolada. Esta fase de crescimento é
menor nos feijoeiros de crescimento determinado e maior nos de crescimento indeterminado.
Nessa fase a planta por se encontrar um pouco mais desenvolvida iniciam os ataques das
pragas dos caules, como a broca das axilas e a bicudo da soja. E as principais doenças a se
tomar cuidado nesta fase são a antracnose, o mosaico dourado, o mosqueado suave e a
mela. Durante esta fase de crescimento, a planta apresenta uma área foliar maior, oque ira
demandar mais água, sendo aqui um dos picos de consumo, com uma média de 56 mm ao
todo durante a fase. No início desta fase é recomendado verificar a modulação das plantas,
sendo que, se forem menor que 15 nódulos por planta, é recomendado a entrar com adubação
nitrogenada de cobertura.

Também e fundamental nesta fase realizar o controlo das ervas daninhas nesse período para
garantir que não haja roubo dos nutrientes podendo assim afectar a produtividade.

Fig.1. estágios da primeira fase do crescimento do feijão (fase vegetativa).


 Fase reprodutiva do feijão:

R5- Prefloração.

Começa com o surgimento dos primeiros botões florais. Desta fase ate a formação das vagens
a outro pico da demanda hídrica do feijoeiro. Os botões florais e as flores são extremamente
sensíveis ao clima, temperaturas maiores que 35ºC e menores que 12ºC podem provocar
abortamento das flores (queda das flores reprodutoras). Nesta fase para além do clima
contribuir positivamente e negativamente o feijoeiro nesta fase também fica mais suscetível a
murcha da ferrugem, ao oídio e a mancha angular. O mofo branco começa sua ocorrência
também no início da fase reprodutiva, sendo essencial o controle de infestação dessas
doenças, para garantir que a produtividade não seja afectada negativamente.

Essa fase é variável conforme o hábito de crescimento, em variedades de crescimento


determinado os botões florais formam-se de cima para baixo nos ramos. Para as variedades
de crescimento indeterminado os botões florais ocorrem debaixo para cima na planta.

R6- Floração.

Ocorre quando a planta apresenta pelo menos 50% das flores completamente abertas. Nesta
fase, as pragas das vagens são a maior preocupação. Tais como percevejos em geral, lagarta
das vagens e a helicoverpa podem ser um problema serio durante esta fase. Nessa fase
termina o período crítico de prevenção da interferência das plantas daninhas, sendo que, da
abertura da primeira folha trifoliada, ate a floração, é importante que haja um controle efetivo
com herbicidas.

R7- Formação das vagens.

Nesta fase ocorre a murcha natural das flores e a formação das primeiras vagens, que irão
definir o crescimento das vagens, em comprimento. A deficiência hídrica nesta fase induz aa
queda dos Canavesinhos (vagens novas) e prejudica a formação de grãos nas vagens,
podendo representar perdas de até 68%na produtividade.
R8-Enchimento das vagens.

Esta fase se inicia com o enchimento dos grãos e, consequentemente, do aumento de tamanho
das vagens em volume. No final desta fase, os grãos perdem a cor verde e mostram as cores
características da cultivar.

Inicia-se a queda das folhas, sendo que esse é o momento ideal para a dessecação visando
uniformizar e padronizar os grãos.

R9- Maturação.

Nesta fase as vagens já estão secas e adquirem cor e brilho, as vagens ao secar começam
adquirindo uma cor mais amarelo tipo palha. As sementes começam a perder umidade, e a
colheita pode ser realizada quando atingem 15% de umidade. Um dos grandes inimigos
climáticos desta fase é a chuva, que pode depreciar a qualidade dos grãos e atrasar a colheita.

Fig.2, estágios da segunda fase de crescimento do feijão (fase reprodutiva).

6. Hábito de crescimento e tipos de planta de feijoeiro.

O hábito de crescimento é um carater morfo-agronómico, que é determinado pelo


crescimento do ramo principal e pelo florescimento da planta. É classificado em
determinado e indeterminado.
 No habito determinado, caracteriza-se por ter o caule e os ramos laterais
terminando em uma enflorescia (enflorescia terminal) e por possuir um
numero limitado de nos, a floração inicia-se do ápice para base da planta.

 No hábito indeterminado, na extremidade do caule existe gema floral e gema


vegetativa. Caracteriza-se por possuir um caule principal com tecido
embrionário existente na planta na fase vegetativa (meristema) que permite um
crescimento contínuo, numa susceção de nós e entrenós e, a floração inicia da
base para ápice da planta

6.1. Tipos de plantas do feijoeiro,

As plantas do feijoeiro podem ser dos tipos: I,II,III e IV.

Tipo I- hábito de crescimento determinado, porte da planta ereto e caule pouco


ramificada (ramificação fechada);

Fig.3. feijões de hábito de crescimento determinado (feijão branco, feijão rajado,


feijão preto, feijão vermelho etc.).

Tipo II- nabito de crescimento indeterminado, arbustivo, com ramificação ereta e


semifechada, as vagens não tocam no solo;

Fig.4, feijão bóer ou guandu (habito de crescimento indeterminado tipo II).


Tipo III- hábito de crescimento indeterminado, prostrado, com ramificação aberta, as
vagens geralmente entram em contato com o solo;

Fig.5. feijão macassar vulgarmente também conhecido por feijão nhemba (habito de
crescimento indeterminado tipo III).

Tipo IV- hábito decrescimento indeterminado, as plantas deste hábito são trepadoras,
produzem vagens e folhas por um longo período.

Fig.6. maior parte dos feijões trepadores são de (hábito de crescimento


indeterminado do tipo IV).
7. Principais factores que interferem no ciclo do feijão.
 Agua;
 Temperatura;
 Luminosidade;
 Disponibilidade de nutrientes.

7.1. Necessidade hídrica e climática da planta de feijão:


 Agua- a quantidade de água necessária durante todo o ciclo da cultura de feijão
comum como (feijão rajado, feijão vermelho e feijão preto) é de 250 mm a 350 mm
de água por planta.
 Temperatura ideal- a temperatura que é recomendada no cultivo do feijão é de 15ºC
a 27ºC, a temperatura ideal é de 21ºC. Temperatura acima de 35ºC e abaixo de 12ºC
interferem na fertilização, retenção e abortamento das vagens.

Outros aspectos que também influenciam no ciclo da planta é a luminosidade que pode
atrasar ou adiantar em alguns dias o desenvolvimento e a colheita.

Desse modo, é importante realizar o monitoramento constante da cultura, pois a presença de


pragas e doenças podem ocorrer a qualquer estágio do crescimento da planta. Também deve-
se ficar atento as necessidades da planta, fornecendo os nutrientes necessários e nas fases
requeridas.

Morfologia do feijão.

Fig.6. estrutura externa da semente.


A parte interna da semente é formada pelo embrião constituído das seguintes partes:

 Hipocótilo- região de transição entre a plúmula e a radicula. Na germinação,


expande-se levando os cotilédones até a superfície.
 Plúmula- pequena gema da qual procedem o caule e as folhas da planta. É formada
por um meristema apical e por duas folhas mais ou menos desenvolvidas, as folhas
primárias ou simples.
 Radicula- raiz do embrião que origina o sistema radicular.
 Cotilédones- folhas seminal ou embrionária que contem desenvolvimento inicial da
plântula.

Fig.7. estrutura interna da semente.

Raiz.

No embrião, logo abaixo dos cotilédones, o eixo central em sua porção inferior consiste no
hipocótilo e da radicula. A radicula cresce, com orientação geotrópica positiva, dando origem
a raiz principal ou primária. Da raiz principal se desenvolvem lateralmente raízes
secundarias, terciarias, e outras.

Caule.

O caule é o eixo principal da planta. Seus nós são os pontos de inserção das folhas, dos quais
saem os ramos (ramificações). Do caule saem ramos primários, e desses originam-se os
ramos secundários, e assim por diante.
Fig. 8. Estruturara do caule.

Nós.

Nos nós se encontram três gemas (triada), que podem ser de três tipos:

 Gema vegetativa;
 Gema vegetativa e floral;
 Gema completamente floral.

Em cada nó existe uma folha trifoliada e uma enflorescia que resulta num racimo com
vagens. Esse conjunto é denominado de unidade de produção.

Folhas.

O feijoeiro possui dois tipos de folhas: (Simples; e Compostas).

As únicas folhas simples são as primárias, já presentes no embrião. As restantes são


trifoliadas (compostas).

Fig.9. tipos de folhas do feijoeiro.


Morfologia floral:

A flor do feijoeiro é formada pelo cálice e pela corola. O cálice é verde e a corola composta
de cinco pétalas que podem ser brancas, rosadas ou violáceas. O estandarte é a pétala maior e
as asas são as duas menores. As outras duas, soldadas umas a outra, formam a quilha. A
quilha é retorcida, em forma de espiral, e no seu interior se encontram o androceu e o
gineceu, que são os órgãos masculino e feminino. O androceu é formado de dez estames, dos
quais nove são aderentes pelo filete um livre. O gineceu é unicarpelar, com ovário estreito e
alongado. Os óvulos se encontram, em linha, dentro do ovário. Na extremidade superior do
estilete, encontrasse o estigma, que possui pelos na face por ocasião da polinização. As flores
do feijoeiro não são isoladas, são agrupadas em uma haste que sustenta os botões florais. Esse
conjunto é chamado de enflorescia floral ou racimo floral.

Fig.10. flor do feijoeiro e partes que a constituem: (a) Asa; (b) Estandarte; e (c) Quilha.

Fig.11. Quilha: no seu interior encontra-se o órgão masculino (androceu) e feminino


(gineceu).

Fig.12. parte exterior da quilha removida. No seu interior, encontra-se o carpelo e um estame.
 Compõem o carpelo: a)-estilete; b)-estigma; c)-ovário; e d)-ovulo.
 Compõem o estame: e)-estilete; f)-antera; g)-grão de pólen; e h)-tubo polínico.

Fruto.

O fruto do feijoeiro é uma vagem formada por duas partes denominadas (valvas), uma
superfície superior e outra interior. Pode ter uma forma reta, arqueada ou recurvada. A ponta
ou extremidade denominada (ápice), pode ser arqueada ou. A cor pode ser uniforme ou não,
isto é, pode apresentar estrias de outra cor e variar de acordo com o grau de maturação
(vagem imatura, madura e completamente seca), como é o caso do feijão rajado, podendo
ser verde, verde com estrias vermelhas ou roxas.

Fig.13. vagem formada com os grãos (óvulos fecundados e crescidos)

8.VANTAGENS E DESVANTAGENS.

8.1. Vantagens:
 Responsável por tirar naturalmente o nitrogénio do ar e fixar no solo;
 Fornece vitaminas do complexo B, ferro, zinco, proteínas e fibras. As proteínas
fornecidas pelo feijão são consideradas de blocos de construção das células e tecidos;
 Ajuda a combater a diabete do tipo 2;
 É uma boa fonte do mineral manganês, que é um cofator essencial numa serie de
enzimas importantes na produção de energia e defesas antioxidantes.

8.2. Desvantagens:
 Os botões florais são sensíveis a altas e baixas temperaturas;
 Se consumido sem moderação, pode causar gastrite com altas taxas de acidez;
 Proca úlcera gástricas.
9.Conclusão.

O feijão é uma cultura muito versátil e de fácil adaptação no solo, mesmo em solos com
características mais ou menos adversas para o seu desenvolvimento.
A cor do tegumento do grão do feijão, pode apresentar uma ampla variabilidade. O
tegumento pode ser de cor uniforme ou em alguns casos possuir mais de uma cor, distribuídas
em forma de estreitas, pontuações ou manchas. Pode ser de cor brilhante, opaca ou apresentar
nuances. As diferenças, das características externas apresentadas pelos grãos são usadas para
classificar os feijões em tipos comercias:

Durante o cultivo do feijão, pode se fazer a sementeira direta no campo definitivo ou pode
fazer-se o transplante, mas para áreas pequenas. Para largas ou grandes produções,
aconselhasse a fazer o cultivo por sementeira directa no campo definitivo, a uma
profundidade de 3 a 7cm. Em solos muito pesado a profundidade deve ser de 3 a 4cm. Em
solos muito leve a profundidade deve ser maior mas, não passar dos 13cm. Esse cuidado e
observação faz toda diferença pois garantem que as plantas do feijoeiro cresçam com força e
boa saúde.
Referências bibliográficas:

http://www.aegro.com.bar.
http://www.canalrural.com.br.
http://www.grupocultivar.com
http://www.manejebem.com.br/feijao-ferrugem.

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