ECOFISIOLOGIA DO ARROZ

1. INTRODUÇÃO

“O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo e seu gênero científico é

Oryza, que abrange 19 espécies. A espécie de arroz que foi domesticada é a Oryza sativa.
Originário da Ásia, o arroz faz parte da família botânica Poaceae.” (SANTOS, 2021). “O arroz
assume importância relevante nas ações sociais e governamentais de incentivo ao seu cultivo,
pois, juntamente com o feijão, constitui um dos principais componentes da dieta da população
brasileira.” (SILVA; WANDER; FERREIRA, 2021).

É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo

milho e trigo. O arroz é uma gramínea anual, classificada no grupo de plantas
C-3, adaptada ao ambiente aquático. Esta adaptação é devida à presença de
aerênquima no colmo e nas raízes da planta, que possibilita a passagem de
oxigênio do ar para a camada da rizosfera. Para expressão de seu potencial
produtivo, a cultura requer temperatura ao redor de 24 a 30°C e radiação
solar elevada, considerando que a disponibilidade hídrica não é um fator
limitante quando cultivada em condição de solo inundado. (NUNES, 2020).

O arroz é um dos mais antigos cereais cultivados no mundo, com mais de cem países
cultivando-o, sendo a Ásia e Oceania seus principais produtores, por ser um cereal que se adapta
facilmente as diferentes condições seu cultivo pode ser realizado de maneiras diferentes, porém
as principais formas são irrigado, onde predomina esse tipo de produção pelo mundo, e também
o sequeiro ou “de terras altas”. No Brasil onde os estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina são os maiores produtores nacional, que predomina o sistema de cultivo irrigado, onde
as plantas ficam alagadas durante quase todo o ciclo, o sistema por sequeiro, comumente
utilizada nas áreas de cerrado, tem um menor custo, não necessita da irrigação e tem uma
produtividade consideravelmente inferior ao sistema irrigado. “O estado de Santa Catarina ainda
há uma maior diferenciação em virtude da utilização de 100% do sistema de cultivo por pré-
germinado. Tal sistema tem a semeadura efetuada em lâmina de água, com sementes pré-
germinadas, configurando-se como uma de suas principais vantagens a elevação da
produtividade” (EPAGRI, 2012).

O processo de desenvolvimento do arroz pode ser divido em três etapas conforme a

Figura 1, Plântula, Fase Vegetativa e Fase Reprodutiva e sua duração pode variar entre 100 e
120 dias a variar de acordo com a temperatura, comprimento do dia ou foto-período e da
cultivar. Dentro das fases vegetativas e reprodutivas existem estágios de suma importância que
vão determinar quais tomada de decisões serão aplicadas no que se diz respeito às adubações, ao
manejo de pragas, plantas infestantes e doenças.

1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (Código da Turma) – Seminário IV -

dd/mm/2022
2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 FIGURA 1: FASES DE DESENVOLVIMENTO DO ARROZ

De acordo com (APARECIDA; DE PAULA; SILVA, 2018). “ecofisiologia é

interpretado como o estudo de como os organismos funcionam e respondem a mudanças em
seus ambientes naturais. É um ramo da fisiologia comparativa que estuda a diversidade
fisiológica em relação ao ambiente e suas implicações naturais. ” Diante do exposto, objetivou-
se avaliar aspectos ecofisiologicos na cultura do arroz, tais como a estrutura da planta,
desenvolvimento vegetal e reprodução.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para o presente trabalho usou-se uma pesquisa bibliográfica. Para (SEVERINO, 2007),
essa modalidade de pesquisa se caracteriza a partir do registro disponível, de pesquisas já
realizadas, em livros, artigos, teses e documentos impressos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos dentro da revisão da literatura nos revelam efeitos significativos

no conhecimento aprofundado da ecoficiologia e nos estágios fenológicos do arroz, a
compreensão de cada estágio, o entendimento sobre os dias e horários adequados para manejo,
como no estágio do florescimento, onde a maior porcentagem de flores se abrem entre o quarto
e quinto dia no horário das 10h às 14h e após 40 a 60 minutos a espigueta se fecha pois já

1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (Código da Turma) – Seminário IV -

dd/mm/2022
2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ocorreu o processo de polinização, baixas temperaturas podem causar esterilidade e altas
temperaturas, superiores a 40ºC, podem causar esterilidade, assim não gerando a formação de
pólen e não gerando a fecundação.

As compreensões dessas informações são primordiais para o manejo adequado da

cultura para que tenha volume maior da produção, estudos para redução de custos e
aprimoramento constante da cultura. Como na redução de área útil e aumento na produção, de
acordo com os dados que serão apresentados abaixo, em pesquisa realizada pela Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), verificou-se que a área utilizada para produzir
esta cultivar vem diminuindo gradativamente sua extensão dentro do país, contudo com o
aumento de tecnologias empregadas, mesmo com uma área menor o país aumentou seu
potencial produtivo.

FIGURA 2 - ÁREA COLHIDA DE ARROZ (ORYZA SATIVA L.) E FEIJÃO-COMUM

(PHASEOLUS VULGARIS L.) NO BRASIL, DE 1985 A 2021.

1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (Código da Turma) – Seminário IV -

dd/mm/2022
2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
FIGURA 3 - PRODUTIVIDADE DO ARROZ (ORYZA SATIVA L.) E DO FEIJÃO-COMUM
(PHASEOLUS VULGARIS L.) NO BRASIL, DE 1985 A 2021

Tendo em vista na revisão da literatura estudada no que se trata de ecofisiologia e estágios

fenológicos do arroz, conclui-se a importância na compreensão detalhada em cada estágio da
ecofisiologia e estágios fenológicos do arroz para avanço em novas descobertas para redução de
danos a cultura, avanço tecnológicos aumento da produtividade.

4. REFERÊNCIAS

SANTOS, Anderson. A história do arroz. Escola botânica, 2021: Disponível em:

https://www.escoladebotanica.com.br/amp/arroz. Acesso em: 22 jun. 23.
SILVA, Osmira; WANDER, Alcido; FERREIRA, Carlos. O arroz no Brasil. Embrapa, 2021:
Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/arroz/pre-
producao/socioeconomia/importancia-economica-e-social. Acesso em: 22 jun. 23
NUNES, José. Características do arroz. Agrolink, 2020: Disponível em: Características do
arroz (https://www.agrolink.com.br/culturas/arroz/informacoes/caracteristicas_361559.html).
Acesso em: 22 jun. 23.
TORRES, Luisa. Plantação de arroz. Tudo que você precisa saber para produzir melhor!
Syngenta Digital, 2021: Disponível em Plantação de Arroz: saiba tudo para produzir melhor
(https://blog.syngentadigital.ag/plantacao-de-arroz/#:~:text=No%20Brasil%2C%20o%20Rio
%20Grande,arroz%20na%20safra%202020%2F21). Acesso em: 22 jun. 23.
Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/arroz/pre-
producao/socioeconomia/importancia-economica-e-social; Acesso em: 01 jun 2023.

1 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (Código da Turma) – Seminário IV -

dd/mm/2022
2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI