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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

Curso de Licenciatura em Agronomia

Cadeira: Práticas Profissionais 1

Tema: Cultura de beterraba

Discente:

Cláudia José Fernando Jó

Hélio Nordine Daudo Charifo

Beira

2023
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOÇAMBIQUE

Curso de Licenciatura em Agronomia

Cadeira: Práticas Profissionais 1

Tema: Cultura de Beterraba

Discente:

Cláudia José Fernando Jó

Hélio Nordine Daudo Charifo

Docente:

Zara Daniel

Beira

2023
2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral


 Descrever os processos da produção da cultura de beterraba

2.2. Objectivos Específicos


 Analisar as práticas e os amanhos culturais usados no cultivo da cultura de beterraba;
 Explicar como é feito o seu cultivo e como executar correctamente as práticas e os
amanhos dessa cultura;
 Mostrar as vantagens e desvantagens do cultivo dessa cultura.

3. Metodologia

Para elaboração deste trabalho, teve-se como base a pesquisa bibliográfica e segundo,
Freitas e Prodanov (2013) a pesquisa bibliográfica é aquela que é elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em
periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com
todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Na pesquisa bibliográfica, é importante
que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis
incoerências ou contradições que as obras possam apresentar.
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez
que constitui o primeiro passo para todas as actividades académicas. Uma pesquisa de
laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar.
Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não dispensam a pesquisa
bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um
trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das
conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão pesquisas de
laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem excepção, para elaborar os
diversos trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas (ANDRADE,
2010, p. 25).

4. Introdução
O presente trabalho enquadra-se no âmbito da disciplina Praticas Profissionais 1, e o mesmo
tem como tema Cultura de Beterraba. Neste trabalho buscara-se desenvolver mais sobre
conteúdos relacionados ao tema, de modo geral abordara-se sobre o cultivo da cultura da
beterraba, o seu ciclo e as práticas culturais recomendadas para a sua produção.

A beterraba (beta vulgarris L.) é uma planta herbácea da família das quenopodiáceas, por
cromquist, ou das Amarantáceas, que é a mesma família que pertencem o espinafre e a
acelga.

. É muito comum se achar que a beterraba é uma raiz, como a cenoura e a mandioca, porém
na planta da beterraba o seu órgão de reserva é o caule, mais especificamente o colo da
planta.

O colo tuberizado serve, para além dos fins culinários, produção de açúcar (sacarose). A
principal parte comestível desse vegetal é a sua base do caule com as mesmas características
de uma raiz, porem a sua raiz tuberosa não é um tubérculo.

Dentre os benefícios que esse legume tuberoso pode trazer para o organismo humano, é
possível destacar: o combate á anemia, á perda excessiva de líquidos, problemas no baço e
fígado, prisão do ventre e outros.

5. Cultura de Beterraba
Nativa da Europa, a beterraba (beta vulgaris L) é uma das culturas mais produzidas em
regiões de climas temperados e é bastante consumido a nível mundial. Na área de saúde
recomendado para pacientes com défice de imunoglobulinas. Considerada hortaliça de ciclo
anual a beterraba pertence a família Chenopodiaceae.

A beterraba é uma raiz tuberosa constituída, internamente, por faixas circulares de tecidos
condutores contendo alimentos alternados (substância armazenada).

Quanto a seu ciclo a beterraba leva no campo definitivo de 60 a 70 dias, porém os dias
mencionados para o ciclo pode varia de região para região isso devido as condições
climáticas que cada região pode apresentar. De acordo com especialistas o cultivo da cultura
da beterraba pode ser feito durante o ano inteiro, desde que não seja em épocas de muito sol
ou muita chuva.

Fig.1. (cultura de beterraba).

A cultura de beterraba desenvolve-se melhor em


condições climáticas na faixa de 10 a 20ºC.

 Em altitudes inferiores a 400 metros,


a sementeira deve ser feita de abril a
junho;
 De 400 a 800 metros, pode se fazer a
sementeira de fevereiro a junho;
 Acima de 800 metros, a sementeira pode ser feita durante todo o ano.

O período mais recomendado para a sementeira da beterraba é o período de abril a junho, isso
porque a sementeira pode se tornar difícil e complicada em épocas muito quentes ou
chuvosas.

A propagação da beterraba é feita através sementes semeadas directamente no campo


definitivo ou alfobre, o ciclo da beterraba pode variar dependendo da variedade ou região de
cultivo.

Para a produção por transplante é recomenda-se que as mudas tenham de 5 a 6 folhas, e uma
altura de 15cm, e as mudas devem ser sadias de tamanho uniforme produzido na estufa ou
alfobre. Cerca de 30 dias antes do plantio, aplicar o esterco do curral bem curtido pode
garantir melhores resultados, (aplicar maior quantidade de dose para solos mais arenosos). Na
ausência do esterco bovino, também pode-se recorrer ao esterco de galinha (esterco do
aviário), o esterco deve sempre estar bem curtido.

A cultura de beterraba desenvolve muito bem em solos ricos em boro. Quanto ao seu
espaçamento a cultura de beterraba deve-se cultivar com o compasso de 10cm x 15cm, 10cm
entre linhas e 15cm entre as plantas. Antes do seu cultivo para que haja sucesso é necessário
fazer-se uma boa preparação do solo para que ocorra uma boa germinação e um bom
estabelecimento das plântulas. Além de comumente ser cultivada em canteiros, a beterraba
também pode ser produzida em tabuleiros com solos a base de composto orgânica bem
preparado.

Embora muitos já estejam acostumado a comprar a raiz da beterraba como sendo a única
parte comestível do vegetal. Especialistas afirmam que tanto a raiz como as folhas da
beterraba, ambas partes do vegetal são totalmente comestíveis. Existem casos em que as
folhas já foram consideradas por alguns nutricionistas como sendo a parte mais nutritiva da
planta de beterraba.

Fig.2. (cultivo de beterraba em tabuleiros).

6. Técnicas de plantio.
6.1. Controle da erosão: canteiros em nível uniforme.

Com a colagem e adubação deve-se trabalhar com a finalidade de garantir uma boa aplicação,
de modo a não causar danos, ou alterações que possam deixar o solo danificado. Deve-se
aplicar o calcário para elevar as partes desnivelada do solo a uma saturação por bases ate
80%, para que assim haja uma uniformidade a nível do nivelamento do solo.

Para o cultivo de beterraba em canteiros, a medida recomendada para a largura de cada


canteiro é de 1,0 a 1,2 metros, e 20 a 30 cm de altura, quanto ao comprimento dos canteiros
pode variar de produtor a produtor, também é recomendado que os canteiros estejam
separados entre si com uma distância de 40 a 50cm. A imersão dos glomérulos em água
corrente, por 12h, melhora a emergência das sementes.

Para o cultivo com mudas transplantadas, recomenda-se transplantar mudas sadias e todas
devem ter uma altura uniforme de 15cm, as mudas devem ter de 5 a 6 folhas para garantir o
sucesso do estabelecimento das mudas no campo definitivo.

A sementeira é feita manualmente ou mecanizada, a uma profundidade de 1 ou


aproximadamente 2 cm no solo, preferencialmente directamente no local definitivo do
cultivo, pois as mudas de beterraba podem facilmente sofrer danos. A germinação das
sementes leva de uma a três semanas, dependendo das condições ambientais e da época do
cultivo.
A lua cheia tem grande efeito direito sobre as copas das plantas e proporciona uma
concentração de energia nas raízes. Por conta disso, a lua cheia é considerada a fase perfeita
para plantio de culturas de raízes, tais como (beterraba, cenoura, cebola, batata e amendoim).

As raízes da beterraba são a parte com grande importância para o legume. Justamente por este
motivo que, durante a produção a produção da beterraba deve-se apostar em soluções que
ofereçam qualidade e saúde para o alimento.

Fig.3. (sementeira mecanizada de beterraba).

As semente da beterraba apresentam-se, normalmente agrupadas em glomérulos de ate três


sementes por isso recomenda-se que na sementeira a se usar sementes monogâmicas, que são
sementes já separadas. As sementes são pequenas por isso é impotente o solo, a parte
superficial (superfície) seja mais fina de modo que a germinação das sementes seja mais fácil,
quanto ao pH, as espécies de beterrabas necessita de valores entre os, 6,5, e 7, pois valores de
pH ácidos podem comprometer seriamente a produtividade da cultura. Para a sementeira
devem ser seguidos os seguintes compassos entre as linhas 20 a 30 cm e manter o
espaçamento de 10 a 15 cm entre as plantas com a profundidade de 1 a 2 cm.

Para garantir um bom desenvolvimento radicular das beterrabas, recomenda-se investir no


produto conhecido como RadiGrow, é um produto que estimula o crescimento das raízes por
longos períodos, sem nenhuma restrição para o seu desenvolvimento. Também pode se o usar
o produto Nutrisorb para aumentar a assimilação de nutrientes na planta, e para aumentar
peso do vegetal recomenda-se o produto BrixMax.

6.2. Outros tratos culturais.

a). Desbaste: é uma operação indispensável, visto que por vezes durante a sementeira pode
calhar alguns covachos mais de uma semente e por consequência durante a germinação
originar duas ou mais plantas em mesmo covacho. Ao realizar o desbaste, deve-se eliminar as
plantas menos sadias, deixando as saudáveis;

b). Irrigação: indispensável, pois a falta de agua torna as raízes lenhosas e diminui a
produtividade;
c). Cobertura morta: é uma prática que tem bastante sucesso nas culturas de transplante,
porém prejudica a germinação nos sistemas de cultivo por sementeira direta.

6.2. Consorciação.

Na consorciação de culturas, a cultura de beterraba pode ser consorciar com varias hortícolas
tais como:

 Couve-de-bruxelas;
 Brocolis;
 Cebola;
 Feijão;
 Acelgas, e
 Repolho.

6.3. Adubação.

Para que adução cause um efeito positivo durante a produção, inicialmente ela pode feita 10
dias antes da sementeira ou transplante. É importante saber quando é que um solo necessita
de muito ou menos fertilizantes.

Um estudo feito em 2001, com objetivo a achar melhor opção de adubação par a cultura de
beterraba revelou que a adução orgânica, com esterco de aviário possibilitou a produtividade
e massa seca de beterraba superior que a adubação exclusivamente conhecida como adução
química (Trani et al.,2005).

Em caso de usos fertilizantes sintéticos (químico). a sua aplicação deve ser feita de acordo
com a análise do solo, o composto sintético NPK, se usado de forma moderada pode ser um
bom aliado para o cultivo da hortícola beterraba.

7. MATERIAS.

7.1. Materias utilizados no cultivo manual:


 Enxadas;
 Acinhos;
 Regadores;
 Sementes em bom estado de germinação (poder germinativo);
 Fonte de água próxima a área de produção;
 Fertilizantes, e
 Pesticidas: (herbicida, insecticida e fungicida).
7.2. Matérias utilizados no cultivo mecanizado:
 Alfaias mecanizadas;
 Sementes em bom estado de germinação (sementes certificadas e com um bom poder
germinativo);
 Sistema de rega;
 Fertilizantes;
 Pesticidas: (herbicida, insecticida e fungicida).

8. Espécies de beterraba.

Existem três tipos de beterraba: a). A beterraba açucareira, bastante usada para a produção de
açúcar; b). A beterraba forrageira, o seu uso é totalmente para alimentação dos animais
herbívoros (gado bovino, gado caprino, gado ovino, gado equino e ate mesmo o gado suíno),
c). E a beterraba cujas raízes são consumidas como hortaliça.
a). Beterraba açucareira:

Também conhecida como beterraba sacarina, esse legume se destaca por conter niacina
(vitamina B3) que ajuda a prevenir anemia além disso, a beterraba sacarina é fonte de vários
minerais importantes (como cálcio, magnésio, iodo e cobre) também é fonte do composto
betaína, que ajuda a garantir a saúde do sistema circulatório.

Fig.4 beterraba sacarina. (beterraba açucareira).

b). Beterraba forrageira:

A beterraba forrageira enquadra-se no grupo de culturas, não muito destacadas, para a


alimentação humana contudo, comparativamente em países como a Europa e França, a
beterraba forrageira tem ganhado bastante espaço na alimentação dos animais, já ao longo de
vários anos. Esta raiz tuberosa da família chenopodiaceae caracteriza-se pela sua grande
notoriedade do seu incrível tamanho, oque a faz se diferenciar das outras beterrabas quanto a
espessura

A beterraba forrageira é considerada o alimento apropriado ao orçamento de vários animais,


mas é para alimentação dos bovinos que a beterraba forrageira tem maior interesse na sua
produção, isso porque essas beterrabas fazem os animais serem bons produtores de leite e boa
qualidade da carne. Alguns produtores afirmam que a beterraba forrageira embora exija
algum conhecimento especializado para a sua produção, se cultivada com sucesso traz
grandes vantagens, entre as quis se destacam a grande quantidade de matéria seca produzida
por hectare.

Diferente das outras culturas forrageiras, a beterraba forrageira é uma cultura de fácil
adaptação a vários climas e ainda, a possibilidade e ser cultivada mecanicamente, se as
técnicas de cultivo bem como as práticas e os amanhos culturais, forem bem aplicadas estas
beterrabas pode apresentar um teor cde 15% a 25% superior comparativamente a outras
variedades.

Fig.5. (beterraba forrageira).

c). Beterraba (beta vulgaris L) conhecida também por a maioria como beterraba
vermelha ou beterraba de mesa, é um legume bastante característico graças a sua cor, e o
pigmento que da a cultura de beterraba a sua cor roxo-vermelhado é chamada de betacianina,
um poderoso agente de combate ao câncer, principalmente o câncer de colon. De acordo com
a Nutróloga Valeria Viana, os glóbulos sanguíneos absorvem a betacianina e com isso
aumentam a capacidade do transporte do oxigénio em até 400%. As beterrabas são excelentes
fontes de vitaminas do complexo B (tais como: B1, B2, B5,B6 e B9), a vitamina B9 também
chamada ácido fólico, é uma vitamina importantíssima para a mulher grávida, uma vez que é
serve para o desenvolvimento normal da coluna vertebral da criança. Alem disso, a beterraba
possui nitratos, substâncias que no sangue produzem um tipo de gás conhecido como óxido
nítrico. Esse óxido por sua vez, dilata os vasos sanguíneos e as artérias, reduzindo a pressão
arterial.

Fig.6. beterraba vermelha (beterraba da mesa).

9. Classificação da beterraba vermelha (beterraba da mesa):


Nome científico: beta vulgaris;

Reino: plantae;
Género: beta L;

Ordem: caryophyllales;

Divisão: magnolophyta;

Família: amarantaceae.

10. Pragas, doenças e infestantes (ervas daninhas).


10.0.1. Pragas.

As pragas na cultura de beterraba são mais comum surgirem principalmente na época ou fase
da lavoura, as principais pragas que podem surgir na época de lavouras são: lagartas,
nematoides, vaquinhas e pulgões. Pode-se combater essas usando o produto: carbary
(Carbaril), é o produto mais indicado para o tratamento e a prevenção de: (lagartas,
nematoides, vaquinhas e pulgões). Esse produto também ajuda a combater as moscas que
mais incomodam os animais (Musca domestica e a Stomxys calcitrans) nos, currais,
estábulos, pocilgas e aviários.

Fig.7 4 litros de Carbaril (inseticida).

10.2. Doenças.

As doenças da cultura de beterraba são: a macha-de-cercospora, podridão da raiz, mancha de


alternaria, mancha da phoma, remularia, ferrugem e míldio. Dentre as doenças a mais
destacada na cultura de beterraba é a cercosporiose ou (macha-de-cercospora), causada por
Cercospora beticola Sacc. É a doença responsável pela destruição total do limbo foliar e,
consequentemente, redução na produtividade. Sua ocorrência generalizada pode representar
uma queda na redução da produtividade de 15% até 45%.

10.0.3. Designação da doença manchas da folha (cerospora beticola Sacc).

Características: trata-se de uma doença causada por um fungo (deuteromicete), que tem
alguma importância na biologia. As perdas causadas por esta doença podem chegar aos 40%
quer em folhas ou nas raízes. O alastramento da doença por toda área de cultivo acontece
com ajuda da água, ventos, insectos e pelo próprio produtor caso as recomendações de
prevenção não sejam devidamente seguidas.

Assim que o agente causador da doença entra em contacto o seu hospedeiro que podem ser as
folhas ou caule da planta. O fungo (na fase micélio) pode permanecer nos restos da cultura
que estão infectadas, ervas daninhas ate mesmo no solo, durante 2 anos e resiste as condições
mais desfavoráveis do meio ambiente. As culturas mais sensíveis eus ao atacam da mancha
são: acelga; beterraba e a beterraba sacarina.

10.0.4. Danos e sintomas:

Desde a penetração do fungo ate a manifestação dos ´primeiros sintomas acontecem por volta
de 7-14 dias, as mancham podem medir de 2-3 mm, de diâmetro. Para algumas plantas o
sintoma das primeiras manchas poem surgir a partir de 3-4 dias.

As infestações manifestam-se nas folhas e nos caules, onde se pode ver pequenas auréolas
(circulares ou oblongas). No lugar ondem as mancham se manifestam, os tecidos verdes ou
vermelhos, começam por descorar e adquirirem uma coloração pardacenta. Com a zona
central formada por tecidos necrosados de cor cinzenta-branca, circundada por um anel
pardo-avermelhado, estas manchas podem confluir, abrangendo assim grandes porções do
limbo foliar.

Fig.8. doença no estágio inicial (mancha-de-cercospora).

Fig.9. doença no estágio critico (mancha-de-cercospora).

11. Prevenção e combate da mancha-de-cercospora.


11.1 Prevenção por aspectos agronómicos:

 Utilização de material vegetal (principalmente sementes) certificada e sadias;


 Desinfectar as sementes;
 Utilizar variedades mais resistentes;
 Remover e destruir (queimando) todas as plantas infectadas, não deixando resíduos
(restos da cultura infectada) no solo;
 Fazer a rotação de culturas e,
 Limpar todas as ervas infestantes.

11.2. Combate.

Para o combate da doença mancha-de-cecospora, existem apenas pesticidas sintéticos.

Pode-se combater essa doença com os seguintes produtos:

 Azoxystrobin;
 Hidróxido de cobre;
 Mancozeb e,
 Oxicloreto de cobre.

12. Infestantes (ervas daninhas).


12.1. Controle (prevenção e combate).

 Controle por método manual:


Pode-se controlar as ervas daninhas através da prática (monda), é uma técnica que consiste
em arrancar as ervas daninhas dentro da área do cultivo, de modo a evitar que haja perdas de
nutrientes para a cultura não desejada e a competição. Essa prática impede que as plantas
indesejadas empobreçam o solo extraindo-lhe os seus recursos essenciais para um bom
desenvolvimento das plantas tais como (agua, nitrogénio e muitos outros minerais
indispensáveis para as plantas) E uma prática muito eficiente porém exige muita mão-de-obra
e muito tempo para poder realizar com sucesso.

 Controle por método químico:

Para a cultura de beterraba infelizmente para o controle (prevenção e combate) de infestantes


como as ervas daninhas, há poucas opções de herbicidas. Recentemente foi introduzido nos
mercados da agricultura o metamitron, um produto pertencente ao grupo químico das
triazinonas, para a prevenção das ervas daninhas, esse produto pode ser aplicado tanto na pré
assim como na pós-emergência das sementes pois o produto é selectivo a cultura de
beterraba. Na falta ou ausência deste produto os especialistas recomendam o uso de outros
dois que são um pouco difícil de se achar nos mercado ou posto de vendas, os dois produtos
são: Glifosato e o L-glifosinato.
Um estudo feito em 2018 na Universidade de Idaho, nos Estados Unidos. Afirmou que a
beterraba vermelha e a sacarina (beterraba açucareira), são umas das culturas mais adequadas
para o uso do herbicida Glifosato, isso porque muitos dos herbicidas maoir partes deles não
são selectivo a cultura de beterraba.

12.2. Como fazer herbicida natural?

 Use halita ou sal de cozinha.

1. Dissolva 120 ml de sal em água morna ou quente, suficiente para encher o borrifador;

2. Aplique o sal dissolvido nas plantas que se deseja eliminar. Esse método funciona
muito bem em caminhos de jardim e nas bordas dos gramados.

13. Biotecnologia e Plantas Transgénicas.


Biotecnologia oque é?
Conceitualmente, o termo biotecnologia consiste na união da biologia com a tecnologia. A
biotecnologia ela engloba varias técnicas que são utilizadas durante uma atividade com um
organismo vivo o qual pretende-se desenvolver ou melhorar, segue o exemplo de um
procedimento de melhoramento:

Fig. 10 Exemplos de procedimento de melhoramento das plantas para uma variedade melhor.
Os avanços na biotecnologia vegetal tem refletido positivamente principalmente na
agricultura, industriais de alimentos, nos consumidores e no meio ambiente. Um dos
principais objectivos da biotecnologia das plantas é a melhoria de diferentes espécies, para se
obter variedades de vegetais com características desejáveis. Tais objectivos podem ser
alcançados por meio de melhorias nas condições ambientais ou por melhoria do potencial
genético dos indivíduos ou populações. Alterando as condições ambientais e a tecnologia é
possível aumentar a produtividade e vários outros benefícios.
A biotecnologia na agricultura ganhou lugar de destaque por se tornar a muito eficaz. Estudos
nessa área permitem identificar e seleccionar genes de interesse, obtendo-se assim as
características agronómicas desejáveis como tolerância a, adversos tipos de climas,
resistência a doenças e outras características necessárias para reduzir perdas e alcançar altas
produtividades.
Dentre vários benefícios desta área, estão cultivares mais resistentes ao ataque de pragas, a
produção de plantas exercendo muito pouco gasto de energia, produção de plantas sem ter de
recorrer aos produtos qui peste-sidas, fertilizantes e a água. As plantas produzidas por essas
vias apresentam níveis mais reduzidos de compostos alérgicos ou tóxicos e ainda apresentam
melhores qualidades para armazenamento ou processamento assim como boa qualidade
nutricionais.
As plantas geneticamente modificadas são apenas um ponto de partida de técnicas que
podem, e já estão ajudando para que a biotecnologia produza plantas com capacidade de
produzir muito e melhor no campo definitivo.
Plantas transgénicas, são plantas que contem um ou mais genes introduzidos por meio da
técnica utilizada para o procedimento, um ou mais genes são isolados bioquimicamente e
inseridos numa célula vegetal.
Especialistas e produtores de vários cantos do mundo que cultivam a cultura de beterraba
afirmam que a sua variedade transgénica (geneticamente modificada), tem revolucionado o
manejo e também reduzindo o impacto ambiental da produção de culturas intensivas em mão-
de-obra.

Fig.9 beterrabas geneticamente modificadas e melhoradas (beterraba de mesa).

13. Colheita (armazenamento e comercialização).


Para o sistema de cultivo por sementeira direta da cultura de beterraba, a colheita pode se
iniciar aos 60 a 70 dias após a sementeira no campo definitivo. Os sistemas de cultivo por
mudas, tendem a iniciar a colheita aos 90 a 100 dias após o plantio (transplante) das mudas
no campo definitivo. O ponto ideal a fazer acolheita quando as raízes da beterraba atingirem
de 6 a 8cm de diâmetro.

13.1. Armazenamento e comercialização:


Após a colheita, as raízes tuberosas são lavadas e, em seguida, comercializadas geralmente
em caixas tipo K, de 20 kg. A beterraba após a colheita pode ser conservada por 10 a 15dias,
se mantida a 0º a 1ºC e 95 a 98% da umidade do ar.

Fig.10 colheita (armazenamento e comercialização).

14.Valor Nutricional
 Cada 100 gramas de beterraba contem:

 Vitamina C (acido ascórbico): 35,5mg;


 Gorduras: 0g;
 Potássio: 350mg;
 Proteínas: 3g;
 Sódio: 95mg;
 Vitamina B1 (tiamina): 50mcg;
 Vitamina B2 (riboflavina): 50mcg;
 Vitamina B3 (niacina): 0,600mg;
 Fósforo: 40mg;
 Cálcio: 25mg;
 Ferro: 50mg;
 Manganês: 0,5mg;
 Zinco: 0mg.
15. Vantagens e Desvantagens da cultura de Beterraba.

15.1. Vantagens:
 A cultura de beterraba pode ser cultivada durante todo ano;
 Melhora a função gastrointestinal e aumenta a capacidade física dos praticantes de
exercícios;
 O seu ciclo de produção (tempo) é muito rápido, podendo ser colhida a partir dos 60 a
70 dias, para o cultivo por sementeira direta;
 Durante a sua produção a beterraba pode ser consorciada com várias outras hortícolas;
 A raiz tuberosa é muito rica em minerais, vitaminas e proteínas essenciais ao
organismo humano.

15.2. Desvantagens:
 Maior parte do cultivo da beterraba é para o consumo, em Moçambique
particularmente, isso porque não existe a produção de plantas de beterraba para a
multiplicação das sementes, assim sendo, os produtores afirmam que as sementes que
utilizam para a produção das beterrabas são 100% importadas;
 Para a produção com mudas deve-se tomar bastante cuidado pois as mudas facilmente
podem sofrer dados;
 A cultura de beterraba tem pouca produtividade em climas muito quente ou em
épocas muito chuvosas;
16.Conclusao.
A beterraba (beta vulgarris L.) é uma planta herbácea da família das quenopodiáceas, por
cromquist, ou das Amarantáceas que é a mesma família que pertencem o espinafre e a acelga.

A beterraba é uma raiz tuberosa constituída, internamente, por faixas circulares de tecidos
condutores contendo alimentos alternados (substância armazenada). A cultura de beterraba
desenvolve muito bem em solos ricos em boro.

Quanto a seu ciclo a beterraba leva no campo definitivo de 60 a 70 dias, porém os dias
mencionados para o ciclo pode varia de região para região isso devido as condições
climáticas que cada região pode apresentar. De acordo com especialistas o cultivo da cultura
da beterraba pode ser feito durante o ano inteiro, desde que não seja em épocas de muito sol
ou muita chuva.

É muito comum se achar que a beterraba é uma raiz, como a cenoura e a mandioca, porém na
planta da beterraba o seu órgão de reserva é o caule, mais especificamente o colo da planta.
17. Referências bibliográficas.
ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de
trabalhos na graduação. São Paulo, SP: Atlas, 2010.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GIL, A. C., Como elaborar projectos de pesquisa, Editora Atlas, São Paulo, 2006.
BETERRABA. Trópicos.org. Missouri Botanica-Garden. Consultado em 20 de janeiro de
2023

OLIVEIRA, M.M. aplicações e Avanços na Área da biotecnologia Vegetal. Biotecnologia


molecular: Avanços e Aplicações. N. 66,lisboa, p.22-27, 2000.

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