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OLERICULTURA
CULTIVO DE HORTALIÇAS
Fontoura Xavier
Abril – 2023
1- INTRODUÇÃO:
A Olericultura é o ramo da horticultura que explora diversas espécies de
plantas habitualmente conhecidas como hortaliças.
2- OBJETIVO GERAL:
Orientar sobre o cultivo básico para uma horta familiar, deixando o
passo-a-passo, desde a sua importância, tipos das mesmas, até a colheita e
precificação das hortaliças que foram cultivadas na horta. Também mostrando
opções como os adubos naturais e substituições de agrotóxicos para melhorar
a qualidade das hortaliças
3- METODOLOGIA:
Para enfatizar a importância de uma horta realizamos um questionário com as
seguintes questões:
• Você tem uma horta?
(X) sim ( ) não. R: 100% responderam q sim.
•. Você consegue observar pragas em sua horta, se sim quais?
R: 95% responderam que sim, normalmente lagartas e lesmas, pulgões.
• Prefere fertilizantes naturais do que químicos? Por qual motivo?
100% das pessoas q responderam fertilizantes naturais, pois é mais saudável.
•. Se sim, que tipo de fertilizante natural você utiliza para que seu canteiro
tenha melhor produtividade? Todos usam fertilizantes naturais porque acham
eficiente e a alimentação saudável.
• Que adubo você mais utiliza em sua horta?
50% utiliza restos de legumes e verduras, outros 50% estercos variados.
• FUNDAMENTAÇÃO TEORICA:
• O QUE É OLERICULTURA:
É usado para designar o cultivo de certas plantas de consistência herbácea,
geralmente de ciclos curtos e tratos culturais intensivos.
As hortaliças são denominadas por cultura olerácea e são popularmente
conhecidas como verduras e legumes.
• SUAS CARACTERISTICAS:
A característica mais marcante chamamos de caráter intensivo, quanto à
utilização do solo, aos tratos culturais, à mão-de-obra e aos insumos agrícolas
modernos (sementes, defensivos e adubos químicos). Possibilita alta renda
liquida por área cultivada.
Como as áreas são menores podemos aprimorar os tratos culturais
intensivos, podendo fazer por exemplo a polinização manual, fumigação dos
canteiros, produção de mudas em recipientes, raleamento dos frutos, adubação
foliar, entre outros. Sendo assim é usado de modo intensivo a mão-de-obra e a
terra.
Pela sua rápida rentabilidade econômica e também física, a olericultura permite
grande aproveitamento de terrenos onde outras culturas talvez teriam menos
desenvolvimento e qualidade.
• TIPOS DE HORTAS
- Horta doméstica: para abastecimento de uma família;
- Horta comunitária: várias pessoas ou famílias envolvidas dividindo os
trabalhos, e as despesas e os produtos;
- Horta escolar ou institucional: com finalidade didática/educativa nas escolas e
para abastecer instituições;
- Pequena horta comercial: visando complementação de renda em pequena
propriedade ou mesmo em casas com quintais grandes;
- Grande horta comercial: quando é a principal fonte de renda do agricultor ou
da propriedade.
2 – Avaliação do terreno:
Em geral, um bom terreno para começar uma horta deve ser plano,
receber iluminação solar e vento moderado, estar perto de uma fonte de água e
não reter a água da chuva ou da irrigação, já que isso pode causar a podridão
das raízes. Antes de plantar, é necessário retirar formigueiros, grama, areia,
pedras e outros tipos de detritos, como restos de construção e lixo.
Faça um rascunho para planejar o tamanho dos canteiros e das ruas. O
canteiro, geralmente, tem largura entre 90 e 120 cm. Já as ruas devem medir
de 30 a 50 cm de largura para que a passagem de pessoas e equipamentos
seja feita com facilidade. Procure saber o espaçamento recomendado para a
produção das hortaliças que você deseja cultivar ao determinar o tamanho dos
canteiros.
3 – Ferramentas e insumos:
Para começar uma horta, você vai precisar de algumas ferramentas. As
mais comuns são enxada, pá, tesoura de poda, colher de transplante,
pulverizador, carrinho de mão e regador, mas tudo depende do tamanho da sua
horta e do que você pretende cultivar.
4 – Preparação do solo:
Preparar o solo para o plantio é essencial: ele não deve ser compactado
e nem ter muito cascalho, pois são características difíceis de corrigir. O ideal é
que seja solto, o que facilita o trabalho e é melhor para a nutrição das plantas.
Depois de limpar o terreno, é preciso revolver o solo com enxada para diminuir
a compactação e permitir o nivelamento dos canteiros.
6 – Semeadura e plantio:
É possível fazer a semeadura em sulcos ou em covas. No sulco, as
sementes devem ser depositadas uma ao lado da outra em linha contínua. Já
as covas devem receber de 3 a 5 sementes, posicionadas no centro, mas não
muito próximas umas das outras. Depois, basta cobri-las com uma camada fina
de terra. Lembre-se que algumas espécies devem ser semeadas em bandejas
em vez da terra.
Procure plantar as mudas em dias chuvosos ou em dias mais frescos e
molhe o local antes de colocar a planta. Se for uma muda com raízes,
posicione-as bem distribuídas pela cova. Já se for com torrão, coloque todo ele
dentro da cova e evite despedaçá-lo. Em seguida, complete a cova com terra e
faça a compactação do solo ao redor para que as raízes se fixem melhor à
terra.
7 – Adubação
A grande maioria dos terrenos precisa de adubação para começar uma
horta, a não ser aqueles que já são naturalmente férteis. Para saber se o solo é
equilibrado ou se necessita de algum nutriente, deve-se fazer uma análise de
solo dele, processo que aponta qual é o teor de cada elemento em uma
determinada área.
Com base nisso, faz-se a adubação de plantio e de cobertura, realizada
durante o crescimento das plantas. É possível usar fertilizantes orgânicos ou
químicos. O importante é que as formulações contenham os nutrientes que o
seu solo precisa e que você tenha atenção aos sinais da falta deles para repetir
a aplicação, como manchas amarelas e engruvinhamento das folhas.
ETAPAS DO PLANTIO
Semeadura
É a prática de colocar sementes em vasos/solo. Um solo de boa
qualidade para semeadura é rico em nutrientes e não apresenta torrões,
pedras, entulhos ou raízes mortas.
Germinação
É a capacidade das sementes brotarem e originarem novas plantas.
Transplante
É o plantio das mudas para o local onde permanecerão definitivamente ate a
colheita.
Desbaste
É a prática de retirar o excesso de mudas de um canteiro em que houve
semeadura direta, espaçando-as para que não haja competição entre as
plantas.
Desbrotamento
É a eliminação de brotos para proporcionar o melhor desenvolvimento dos
frutos e folhas, muito comum em culturas de tomate, por exemplo;
Colheita
Consiste na retirada de hortaliças da terra durante o período de maturação.
Escarificação
É feita para quebrar a crosta seca que se forma no solo. Esta técnica facilita a
areação ou arejamento do solo, a nitrogenação das plantas e absorção de
água.
Adubação
É a incorporação de nutrientes ou químicos, ou orgânicos no solo, que podem
contribuir para aumentar o teor de matéria orgânica no solo.
Rega
Na maioria dos casos, deve ser diária. O período da manhã e final da tarde são
os horários mais recomendados para regar as plantas.
Drenagem
Quando identificamos algum excesso de umidade nos vasos, é necessário
realizar drenos, isto é, canais de escoamento das plantas.
Estaqueamento
É o ato de apoiar as plantas que necessitam de estacas ou toras, como
as trepadeiras. As hortaliças que geralmente precisam deste recurso são os
tomates e as vagens, por exemplo.
Pragas e doenças:
Elas ocorrem no cultivo de qualquer espécie vegetal, sendo assim as
hortaliças não são excessão se tornando um alvo viável ao ataque desses
agentes. São insetos que parasitam plantas e acabam lhes causando
prejuízos, Alguns causas danos diretos como lagarta e besouro, eles atacam
folhas, frutos, raízes e tuberculos, já outros podem ser vetores de doenças
como tripes e pulgões que podem transmitir virose.
Lesmas:
Podem causar danos estéticos e em alguns casos quando ocorrem
grandes infestação podem ser consideradas pragas limitantes , podem levar a
morte das plantas.
Mosca branca:
As ninfas e adultos sugam a seiva e , no processo de alimentação
acabam injetando toxinas. Com isso pode haver uma alteração em seu
desenvolvimento vegetativo e reprodutivo , que acaba reduzindo a
produtividade das lavouras.
Pulgões:
Causam a sucção da seiva, danos mecânicos nas células e tecidos
devido a inserção dos estiletes, e reação das células as toxinas e enzimas
secretados pelo aparelho bucal do inseto.
Tripes:
Atacas as folhas alimentando-se da seiva das plantas, provocando o
dobramento das bordas pra cima e a descoloração esbranquiçada.
Ácaros:
Promove queda prematura das folhas, causa necrose e morte da planta.
Formiga:
Elas retalham as plantas para levar suas folhas para formigueiro e desta
forma, promover o alimento da colônia.
Míldio:
É causado por um grupo de fungos, os sintomas iniciam-se na face
superior, na forma de manchas.
Mancha-foliar-da-luca
A Mancha Foliar da Iuca é causada por um fungo celomiceto que
aparece inicialmente como zonas claras fracas. Depois de mais ou menos 4
meses, corpos de frutificação do fungo, negros, esféricos, se formam nas
lesões deprimidas e podem ser vistos.
• COLHEITA
A colheia é realizada após a planta completar seu ciclo, que
normalmente é de 3 a 6 meses com algumas exceção como o aspargo (que é
perene) ou do chuchu (semi-perene).
Para colher hortaliças inteiras (com raiz), como é o caso da alface e da
cenoura, utilize uma pazinha, se estiver difícil de colher com as mãos. No caso
de folhas e frutos, como manjericão e tomates, o ideal é utilizar uma faca ou
uma tesoura de poda para colhê-los com folhas com uma parte do talo.
• REFERÊNCIAS:
https://blog.belagro.com.br/como-comecar-uma-horta/
https://sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PR.0315-
Olericultura-Planejamento-da-Producao_web.pdf
Livro: referências tecnologicas para agricultura famíliar ecológica.
https://sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PR.0315-Olericultura-
Planejamento-da-Producao_web.pdf