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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO


25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MEDIO GETULIO VARGAS

OLERICULTURA
CULTIVO DE HORTALIÇAS

AGHATA DAL PIZZOL, KAUANY P, KAUANE M, LAIZE CABRAL


Fontoura Xavier
Maio – 2023
OLERICULTURA - CULTIVO DE HORTALIÇAS

AGHATA DAL PIZZOL, KAUANY A, KAUANE M, LAIZE CABRAL

Projeto de pesquisa elaborado para fins da

Amostra Pedagógica na disciplina de Seminário Integrado.

Orientador: Ana Cristina

Fontoura Xavier
Abril – 2023
1- INTRODUÇÃO:
A Olericultura é o ramo da horticultura que explora diversas espécies de
plantas habitualmente conhecidas como hortaliças.

2- OBJETIVO GERAL:
Orientar sobre o cultivo básico para uma horta familiar, deixando o
passo-a-passo, desde a sua importância, tipos das mesmas, até a colheita e
precificação das hortaliças que foram cultivadas na horta. Também mostrando
opções como os adubos naturais e substituições de agrotóxicos para melhorar
a qualidade das hortaliças

2.1 OBJETIVO EXPECÍFICO:


> Analisar todo o processo de cultivo
> Ensinar sua importância da horta
> Pesquisar dentro do nosso ambiente social qual a opinião das pessoas sobre
este assunto
> Obter experiência e conhecimento sobre o assunto escolhido

3- METODOLOGIA:
Para enfatizar a importância de uma horta realizamos um questionário com as
seguintes questões:
• Você tem uma horta?
(X) sim ( ) não. R: 100% responderam q sim.
•. Você consegue observar pragas em sua horta, se sim quais?
R: 95% responderam que sim, normalmente lagartas e lesmas, pulgões.
• Prefere fertilizantes naturais do que químicos? Por qual motivo?
100% das pessoas q responderam fertilizantes naturais, pois é mais saudável.
•. Se sim, que tipo de fertilizante natural você utiliza para que seu canteiro
tenha melhor produtividade? Todos usam fertilizantes naturais porque acham
eficiente e a alimentação saudável.
• Que adubo você mais utiliza em sua horta?
50% utiliza restos de legumes e verduras, outros 50% estercos variados.

• FUNDAMENTAÇÃO TEORICA:
• O QUE É OLERICULTURA:
É usado para designar o cultivo de certas plantas de consistência herbácea,
geralmente de ciclos curtos e tratos culturais intensivos.
As hortaliças são denominadas por cultura olerácea e são popularmente
conhecidas como verduras e legumes.

• SUAS CARACTERISTICAS:
A característica mais marcante chamamos de caráter intensivo, quanto à
utilização do solo, aos tratos culturais, à mão-de-obra e aos insumos agrícolas
modernos (sementes, defensivos e adubos químicos). Possibilita alta renda
liquida por área cultivada.
Como as áreas são menores podemos aprimorar os tratos culturais
intensivos, podendo fazer por exemplo a polinização manual, fumigação dos
canteiros, produção de mudas em recipientes, raleamento dos frutos, adubação
foliar, entre outros. Sendo assim é usado de modo intensivo a mão-de-obra e a
terra.
Pela sua rápida rentabilidade econômica e também física, a olericultura permite
grande aproveitamento de terrenos onde outras culturas talvez teriam menos
desenvolvimento e qualidade.

• IMPORTÃNCIA DAS HORTALIÇAS NA ALIMENTAÇÃO HUMANA


Uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para a saúde,
constituindo uma pratica que contribui para o bem-estar físico, mental e social
dos indivíduos.
Os benefícios que as hortaliças podem proporcionar ao organismo está
cada vez mais comprovado por pesquisas cientificas. Por esta razão é
importante que seu consumo seja motivado desde a infância para que bons
hábitos alimentares se instalem e perpetuem através das gerações

• CLASSIFICAÇÃO DAS HORTALIÇAS:


Como essa cultura tem diversas espécies envolvidas e cada uma com sua
com sua particularidade, foi vista a necessidade de obter uma metodologia
capas de evidenciar suas semelhanças e também diferenças, ou de ordem
tecnológicas entre essas culturas.
Por isso agrupamos didaticamente, nesse sentido existem varias
classificações baseadas nas características comuns.
• HORTALIÇAS TUBEROSAS:
• Aquelas cuja as partes utilizáveis se desenvolvem dentro
do solo.
• HORTALIÇAS HERBÁCEAS:
Aquelas cuja a parte aproveitável situa-se acima do solo, sendo tenras e
suculentas.
• HORTALIÇAS-FRUTO:
Utiliza-se o fruto, verde ou maduro, todo ou em partes.
• Outra classificação mais simples, incorreta e pouco abrangente
também, e bastante utilizada, é a que reúne todas as hortaliças em dois
grandes grupos: verduras e legumes
Legumes: seriam aquelas hortaliças consideradas adaptadas a
embalagem caixa tipo “k” também conhecida como caixa tipo tomate, são elas
as hortaliças tuberosas e hortaliças frutos, as demais seriam simplesmente
denominadas de verduras mesmo que a cor verde não predomine.

• Variedade botânica e variedade cultivada:


No meio técnico atual, o antigo termo “variedade”, no sentido de uma
variedade comercial plantada pelos olericultores, não vem sendo mais utilizado.
Tem sido substituído pelo termo “cultivar”, estabelecendo-se que sua
abreviatura é cv. Define-se cultivar como um grupo de plantas cultivadas, muito
semelhantes entre si, que se distingue por quaisquer características, como
morfológicas, fisiológicas, químicas, citológicas, etc., como é o caso do
rabanete, que pode ser comprido ou redondo, uma alface que suporta o calor
sem florescer, os diversos tipos de tomate existentes, etc.
Tais características são mantidas inalteráveis durante a propagação da
cultivar, por via sexual ou vegetativa. A variedade botânica não deve ser
confundida com “cultivar”. O termo varietas ou abreviando-se var. é uma
unidade taxonômica, utilizado logo após o nome da espécie botânica, para
designar uma população de plantas, dentro de um mesma espécie, mas com
aparência marcadamente diferente daquela. Um bom exemplo é o da espécie
botânica Brassica oleracea, originária da couve selvagem mediterrânea, que
abrange algumas varietas muito importantes, pois são muito conhecidas entre
nós:
Brassica oleracea var. capitata (repolho)
Brassica oleracea var. acephala (couve-manteiga)
Brassica oleracea var. tronchuda (couve tronchuda)
Brassica oleracea var. botrytis (couve-flor)
Brassica oleracea var. italica (brócoli)
Com isso, podemos definir bem uma determinada hortaliça.
Exemplificando novamente, o nome completo, do ponto de vista científico,
técnico ou comercial, de uma couve-flor brasileira, criada para condições de
verão quente, muito cultivada no centro-sul é: Brassica oleracea var. botrytis cv.
“Piracicaba precoce”.

• TIPOS DE HORTAS
- Horta doméstica: para abastecimento de uma família;
- Horta comunitária: várias pessoas ou famílias envolvidas dividindo os
trabalhos, e as despesas e os produtos;
- Horta escolar ou institucional: com finalidade didática/educativa nas escolas e
para abastecer instituições;
- Pequena horta comercial: visando complementação de renda em pequena
propriedade ou mesmo em casas com quintais grandes;
- Grande horta comercial: quando é a principal fonte de renda do agricultor ou
da propriedade.

• PLANEJAMENTO DE UMA HORTA


1-Planejamento da horta:
Antes de começar uma horta é fundamental planejar como essa área
será utilizada. O primeiro passo é definir se ela será uma horta doméstica, com
fins comerciais, comunitária ou algum outro tipo de espaço. Depois, é preciso
verificar a disponibilidade da área, de ferramentas e de insumos para que o
trabalho possa começar de fato.

2 – Avaliação do terreno:
Em geral, um bom terreno para começar uma horta deve ser plano,
receber iluminação solar e vento moderado, estar perto de uma fonte de água e
não reter a água da chuva ou da irrigação, já que isso pode causar a podridão
das raízes. Antes de plantar, é necessário retirar formigueiros, grama, areia,
pedras e outros tipos de detritos, como restos de construção e lixo.
Faça um rascunho para planejar o tamanho dos canteiros e das ruas. O
canteiro, geralmente, tem largura entre 90 e 120 cm. Já as ruas devem medir
de 30 a 50 cm de largura para que a passagem de pessoas e equipamentos
seja feita com facilidade. Procure saber o espaçamento recomendado para a
produção das hortaliças que você deseja cultivar ao determinar o tamanho dos
canteiros.
3 – Ferramentas e insumos:
Para começar uma horta, você vai precisar de algumas ferramentas. As
mais comuns são enxada, pá, tesoura de poda, colher de transplante,
pulverizador, carrinho de mão e regador, mas tudo depende do tamanho da sua
horta e do que você pretende cultivar.

4 – Preparação do solo:
Preparar o solo para o plantio é essencial: ele não deve ser compactado
e nem ter muito cascalho, pois são características difíceis de corrigir. O ideal é
que seja solto, o que facilita o trabalho e é melhor para a nutrição das plantas.
Depois de limpar o terreno, é preciso revolver o solo com enxada para diminuir
a compactação e permitir o nivelamento dos canteiros.

5 – Escolha das hortaliças:


Escolha das hortaliças depende de fatores como a área disponível, o
clima da região, a época do ano e o tempo disponível para os cuidados.
Algumas espécies que têm fácil cultivo e produzem bem em praticamente
qualquer clima e região do país são a salsa, a hortelã, o manjericão, as
abóboras, a batata-doce, o quiabo e as pimentas.

6 – Semeadura e plantio:
É possível fazer a semeadura em sulcos ou em covas. No sulco, as
sementes devem ser depositadas uma ao lado da outra em linha contínua. Já
as covas devem receber de 3 a 5 sementes, posicionadas no centro, mas não
muito próximas umas das outras. Depois, basta cobri-las com uma camada fina
de terra. Lembre-se que algumas espécies devem ser semeadas em bandejas
em vez da terra.
Procure plantar as mudas em dias chuvosos ou em dias mais frescos e
molhe o local antes de colocar a planta. Se for uma muda com raízes,
posicione-as bem distribuídas pela cova. Já se for com torrão, coloque todo ele
dentro da cova e evite despedaçá-lo. Em seguida, complete a cova com terra e
faça a compactação do solo ao redor para que as raízes se fixem melhor à
terra.

7 – Adubação
A grande maioria dos terrenos precisa de adubação para começar uma
horta, a não ser aqueles que já são naturalmente férteis. Para saber se o solo é
equilibrado ou se necessita de algum nutriente, deve-se fazer uma análise de
solo dele, processo que aponta qual é o teor de cada elemento em uma
determinada área.
Com base nisso, faz-se a adubação de plantio e de cobertura, realizada
durante o crescimento das plantas. É possível usar fertilizantes orgânicos ou
químicos. O importante é que as formulações contenham os nutrientes que o
seu solo precisa e que você tenha atenção aos sinais da falta deles para repetir
a aplicação, como manchas amarelas e engruvinhamento das folhas.

• COMO PREPARAR O SOLO PARA O CULTIVO DAS HORTALIÇAS?

O solo é muito importante na agricultura, já que são os grandes


responsáveis por disponibilizar o ambiente e os nutrientes necessários para
que as plantas consigam se desenvolver e alcançar os seus potenciais
produtivos,o preparo do solo para cultivos de hortaliças é uma das etapas
mais importantes.
Em áreas de plantio extensas é necessário realizar a análise do solo
em laboratórios específicos. Esta técnica é um instrumento principal para
diagnóstico da fertilidade do solo e possibilita a recomendação correta de
insumos com a finalidade de atingir uma maior produtividade.
Já no caso de plantios caseiros, é necessário prestar atenção em
alguns aspectos básicos para atingir o sucesso da plantação. Por isso,
certifique-se que seu solo está:
 Leve;
 Fofo;
 Poroso;
 Bem drenado;
 Arejado para o bom desenvolvimento das plantas

• PLANTIO DAS HORTALIÇAS


Algumas espécies são plantadas diretamente em lugares onde
permanecerão em médio e longo prazos como a abóbora, cenoura, cebolinha,
beterraba, ervilha e quiabo. Outras, por sua vez, têm de passar por bandejas,
isto é, por um lugar onde as mudas são preparadas, como é o caso do alface,
berinjela e chicória.

ETAPAS DO PLANTIO
Semeadura
É a prática de colocar sementes em vasos/solo. Um solo de boa
qualidade para semeadura é rico em nutrientes e não apresenta torrões,
pedras, entulhos ou raízes mortas.
Germinação
É a capacidade das sementes brotarem e originarem novas plantas.
Transplante
É o plantio das mudas para o local onde permanecerão definitivamente ate a
colheita.
Desbaste
É a prática de retirar o excesso de mudas de um canteiro em que houve
semeadura direta, espaçando-as para que não haja competição entre as
plantas.
Desbrotamento
É a eliminação de brotos para proporcionar o melhor desenvolvimento dos
frutos e folhas, muito comum em culturas de tomate, por exemplo;
Colheita
Consiste na retirada de hortaliças da terra durante o período de maturação.
Escarificação
É feita para quebrar a crosta seca que se forma no solo. Esta técnica facilita a
areação ou arejamento do solo, a nitrogenação das plantas e absorção de
água.
Adubação
É a incorporação de nutrientes ou químicos, ou orgânicos no solo, que podem
contribuir para aumentar o teor de matéria orgânica no solo.
Rega
Na maioria dos casos, deve ser diária. O período da manhã e final da tarde são
os horários mais recomendados para regar as plantas.
Drenagem
Quando identificamos algum excesso de umidade nos vasos, é necessário
realizar drenos, isto é, canais de escoamento das plantas.
Estaqueamento
É o ato de apoiar as plantas que necessitam de estacas ou toras, como
as trepadeiras. As hortaliças que geralmente precisam deste recurso são os
tomates e as vagens, por exemplo.
Pragas e doenças:
Elas ocorrem no cultivo de qualquer espécie vegetal, sendo assim as
hortaliças não são excessão se tornando um alvo viável ao ataque desses
agentes. São insetos que parasitam plantas e acabam lhes causando
prejuízos, Alguns causas danos diretos como lagarta e besouro, eles atacam
folhas, frutos, raízes e tuberculos, já outros podem ser vetores de doenças
como tripes e pulgões que podem transmitir virose.

PRINCIPIAS PRAGAS DAS HORTAS


Lagartas:
Se alimentam principalmente de folhas e frutas também de outros
insetos. Por isso podem ser considerada pragas extremamente, perigosas
sendo capazes de destruir plantações inteira .

Lesmas:
Podem causar danos estéticos e em alguns casos quando ocorrem
grandes infestação podem ser consideradas pragas limitantes , podem levar a
morte das plantas.
Mosca branca:
As ninfas e adultos sugam a seiva e , no processo de alimentação
acabam injetando toxinas. Com isso pode haver uma alteração em seu
desenvolvimento vegetativo e reprodutivo , que acaba reduzindo a
produtividade das lavouras.

Pulgões:
Causam a sucção da seiva, danos mecânicos nas células e tecidos
devido a inserção dos estiletes, e reação das células as toxinas e enzimas
secretados pelo aparelho bucal do inseto.

Tripes:
Atacas as folhas alimentando-se da seiva das plantas, provocando o
dobramento das bordas pra cima e a descoloração esbranquiçada.
Ácaros:
Promove queda prematura das folhas, causa necrose e morte da planta.

Formiga:
Elas retalham as plantas para levar suas folhas para formigueiro e desta
forma, promover o alimento da colônia.

PRINCIPAIS DOENÇAS QUE AFETAM A HORTA:


Ferrugem:
Estão presentes nas faces interior das folhas, manchas amarelas

Míldio:
É causado por um grupo de fungos, os sintomas iniciam-se na face
superior, na forma de manchas.

Mancha-foliar-da-luca
A Mancha Foliar da Iuca é causada por um fungo celomiceto que
aparece inicialmente como zonas claras fracas. Depois de mais ou menos 4
meses, corpos de frutificação do fungo, negros, esféricos, se formam nas
lesões deprimidas e podem ser vistos.

• COLHEITA
A colheia é realizada após a planta completar seu ciclo, que
normalmente é de 3 a 6 meses com algumas exceção como o aspargo (que é
perene) ou do chuchu (semi-perene).
Para colher hortaliças inteiras (com raiz), como é o caso da alface e da
cenoura, utilize uma pazinha, se estiver difícil de colher com as mãos. No caso
de folhas e frutos, como manjericão e tomates, o ideal é utilizar uma faca ou
uma tesoura de poda para colhê-los com folhas com uma parte do talo.

• REFERÊNCIAS:
https://blog.belagro.com.br/como-comecar-uma-horta/
https://sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PR.0315-
Olericultura-Planejamento-da-Producao_web.pdf
Livro: referências tecnologicas para agricultura famíliar ecológica.
https://sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PR.0315-Olericultura-
Planejamento-da-Producao_web.pdf

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