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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VISCONDE DE SÃO

LEOPOLDO - CEEPRO
UNIDADE DE ENSINO ESTADUAL VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO
CURSO DE TÉCNICO EM TÉCNICO EM FLORESTAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO REALIZADO NA ÁREA


DE TÉCNICAS EM BOTÂNICA

GIOVANA FAGUNDES DOS SANTOS

SÃO LEOPOLDO, SETEMBRO DE 2016


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Giovana Fagundes dos Santos

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO REALIZADO NA ÁREA


DE TÉCNICAS EM BOTÂNICA

Relatório apresentado como requisito


parcial para conclusão do Curso de
Técnico em Florestas do Centro Estadual
de Educação Profissional Visconde de São
Leopoldo – CEEPRO, orientado por
Priscila POA. Ferreira.

SÃO LEOPOLDO, SETEMBRO DE 2016


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVO GERAL
3.1 Objetivo Específico
4 SEMEADURA, CUIDADOS E REPICAGEM
4.1 Semeadura em sementeiras
4.2 Substrato
4.3 Irrigação
4.4 Repicagem
5 PODAS
5.1 Técnicas de poda
5.2 Compartimentalizações de lesões pós poda
6 RELATO DIÁRIO DOS FATOS
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
ANEXO
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1 INTRODUÇÃO

A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS) trata-se de um órgão


público do Estado, o qual é responsável pela promoção e conservação da
biodiversidade no Rio Grande do Sul. Dentro da FZB são administrados três órgãos
executivos: o Parque Zoológico, localizado no município de Sapucaia/RS, o Museu de
Ciências Naturais e o Jardim Botânico de Porto Alegre, ambos localizados na capital.
Dentro dos órgãos executivos da FBZ/RS são realizadas diversas atividades,
como pesquisa em biodiversidade, inventários de fauna e flora, diagnóstico e
mapeamento de ecossistemas, análise de sementes florestais, recuperação de flora
em áreas degradadas, resgates de flora e transplantes vegetais, consultoria em
arborização e jardinagem, produção e comercialização de mudas de árvores nativas,
plantas ornamentais e medicinais, entre outras.
Mas especificamente, o Jardim Botânico de Porto Alegre (JB/POA), onde o
estágio curricular foi realizado, se dedica ao estudo e à conservação de espécies
vegetais nativas do Rio Grande do Sul. Dando prioridade àquelas ameaçadas de
extinção. O Jardim Botânico é caracterizado pelas suas coleções de plantas. Cada
exemplar é identificado, catalogado e acompanhado durante seu crescimento e
estabelecimento no parque. Por trás de cada exemplar há uma série de informações
que permite manter populações de plantas protegidas, evitando a sua extinção.
“O Parque possui uma área de 39 hectares onde os visitantes podem percorrer
as várias trilhas do arboreto (coleção de árvores), fazer piqueniques, apreciar os
cenários dos lagos e canteiros de flores. Além do lazer, podem aprender sobre a flora
nativa do RS, participar de atividades educativas e adquirirem mudas de árvores no
viveiro de vendas.”
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2 JUSTIFICATIVA

Após cursar três anos de aulas teóricas e práticas do curso Técnico em


Florestas, se vê necessário a realização do estágio curricular supervisionado. Tanto
para aprimorar os conhecimentos adquiridos no período do curso em aulas, como para
obter a oportunidade de pôr em prática de uma forma mais profissional aquilo que foi
aprendido e adquirir mais experiências na área.
A preferência por fazer estágio nesta área está ligada à importância da
conservação de espécies nativas do Estado. As espécies arbóreas nativas são muito
importantes para o equilíbrio ambiental, pois existem complexas relações dos demais
seres vivos com essas árvores. E cada vez mais se vê e ouve falar de novas espécies
que estão entrando em extinção e áreas que estão sendo desmatadas para
construções urbanas. Há também muitas áreas degradadas que podem ser
recuperadas com espécies nativas adequadas, trazendo benefícios para o ambiente
em geral, e conservando a flora com espécies naturais do Estado. Visto que o Jardim
Botânico trabalha para a preservação destas.
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3 OBJETIVO GERAL

Desenvolver habilidades e competências técnicas do conteúdo prático em


complemento aos conteúdos teóricos estudados durante o período do Curso Técnico
em Florestas.

3.1 Objetivo Específico

● Colocar em prática o conteúdo estudado em aula do curso Técnico em


Florestas;

● Realizar pesquisas técnicas das práticas exercidas no período de


estágio;

● Buscar novos conhecimentos em relação ao curso e aprimorar os já


obtidos.
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4 SEMEADURA, CUIDADOS E REPICAGEM

Semeadura consiste na prática de dispor as sementes em local apropriado para


a sua germinação, de acordo com as suas próprias exigências. A semeadura pode
ser feita diretamente no recipiente, a lanço, ou em fileiras. A semeadura a lanço deve
ser feita de modo que, ao lançar as sementes haja uma distribuição uniforme delas na
superfície do solo. A semeadura em fileiras é geralmente feita em viveiros que
produzem mudas com raiz nua. Pode ser manual ou mecanizada.

4.1 Semeadura em sementeiras

Neste sistema, as sementes são semeadas em canteiros, para posteriormente


serem repicadas em recipientes. Atualmente este processo é bastante usado para
espécies que levam muito tempo para germinar e/ou que apresentam uma
germinação desuniforme.
O preparo dessa sementeira é feito de forma que a terra do solo deve ser
volvida e destorroada. É recomendável que o substrato a ser utilizado seja constituído
de uma mistura de terra arenosa, terra argilosa, e esterco curtido, na proporção 2:1:1.
A terra deve ser retirada do subsolo a uma profundidade de mais ou menos 20
centímetros e peneirada. A preferência pelo uso de esterco curtido é devido ao
processo da compostagem que já eliminou microrganismos patogênicos e
disponibilizou nutrientes. O esterco também poderá ser substituído por 2 a 5kg de
NPK (6:15:6) por m³ de mistura.
Concluído o preparo da sementeira, a semeadura poderá ser realizada de duas
formas: a lanço, e em sulcos. Após a semeadura, deve-se por uma camada de
substrato sobre a semente e outra de cobertura morta por cima. São alguns materiais
que podem ser usados como cobertura morta: casca de arroz, capim picado,
serragem.
A semeadura também pode ser direta em recipientes. Método que vem sendo
muito utilizado por sua praticidade e vantagens.
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No recipiente deve-se colocar uma camada de dreno antes do substrato ser
adicionado. É distribuído um número menor de sementes, como de 5 a 10 sementes
por recipientes, podendo ser até menos em recipientes menores.

4.2 Substrato

É onde a semente vai germinar e se desenvolver. O substrato tem a função de


fornecer os nutrientes necessários para a formação da planta. Deve apresentar boas
características físicas e químicas. Das características físicas destaca-se:
Textura: Referente a proporção relativa dos componentes de vários tamanhos
contidos na massa do substrato.
Estrutura: Modo como as partículas são unidas com os poros em forma de agregados
no substrato.
Porosidade: Espaço ocupados por ar, água, organismos e raízes.
Na hora de preparar o substrato deve-se cuidar para não deixá-lo muito
compacto, para não prejudicar o desenvolvimento das raízes. Estar ao máximo
possível livre de sementes de plantas indesejáveis. Para substrato em recipientes,
segundo Macedo (1993), o mais utilizado é a terra de subsolo, mais composto
orgânico ou esterco curtido.

4.3 Irrigação

Em relação a irrigação, é importante manter as sementeiras irrigadas com


frequência, até que as mudas atinjam uma altura aproximada de 5 centímetros com
suas folhas já formadas. Deve-se evitar as horas mais quentes do dia, tendo em vista
que os melhores horários para esta prática são pela manhã e ao final da tarde.
De acordo com estudos realizados pelo acadêmico em Engenharia Florestal,
SILVIO F. quando as mudas tiverem no tamanho ideal para ir para o canteiro de
rustificação, deve-se reduzir a irrigação, para adaptá-las ás condições ambientais a
que elas se encontrarão no campo.
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Deve-se ter cuidado quanto ao excesso de irrigação, pois pode causar danos a
planta.

4.4 Repicagem

É o processo de transferência da plântula de um local para outro, tomando os


cuidados necessários para não causar danos a plântula. Entre os cuidados
recomendados estão os seguintes:
• Ao retirar a muda da sementeira, usar auxilio de alguma lâmina para
evitar danos no sistema radicular;
• Enquanto não ocorrer o transplante para a embalagem, as mudas
devem ficar em recipiente com água e a sombra.
• Se necessário, as raízes devem ser podadas para reduzir o volume
radicular, facilitando a acomodação da muda na embalagem.

5 PODAS

A poda significa a retirada de galhos ou porções da árvore. Para o sucesso


desta prática, se torna indispensável observar características importantes nos galhos.
A análise da morfologia da base do galho permite avaliar a atividade metabólica das
folhas deste galho, definindo o ponto mais correto para corte.
Segundo o professor Dr. Rude Arno Seitz são elementos básicos da base do
galho:
A crista da casca: originada do acúmulo de casca na parte superior da base do galho
na inserção no tronco.
O colar: porção inferior da base do galho, na inserção do tronco.
A fossa basal: o colar inverso, depressão no tronco abaixo da base do galho.
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5.1 Técnicas de poda

Poda de educação ou formação: É a poda que define o formato da copa. O


profissional a executar essa poda deve ter em mente qual o modelo desejado para a
espécie. É recomendável que seja realizada o mais cedo possível, a fim de evitar
cicatrizes muito grandes e desnecessárias. A poda de formação na fase jovem é
sempre uma mutilação, devendo ser executada com cuidado.
Poda de manutenção: Poda onde são retirados os galhos senis e secos, que
perderam sua função na copa da árvore. Há geralmente casos em que os galhos
apresentem dimensões consideráveis, tornando-se importante a observância da
morfologia da base do galho. Quando o galho possui diâmetro maior que 5 cm, o
procedimento a ser usado é denominado três cortes. Primeiro um corte na parte
inferior do galho, a uma distância do tronco equivalente ao diâmetro do galho, ou de
no mínimo 30 cm. Este corte não precisa ser profundo. O segundo corte é feito na
parte superior do galho, com a diferença de 2 a 3 cm além do corte na parte inferior,
até a ruptura do galho. Por fim o terceiro corte visa eliminar de vez o galho. Sendo
recomendado cortar de baixo para cima, preservando o colar e a crista de casca
intactos.
Poda de segurança: Poda semelhante a poda de manutenção. Porém, esta é
realizada em galhos vitais ou não preparados pela árvore para o corte. Uma alternativa
para esta eventualidade é o corte em etapas. Primeiro o galho deve ser cortado a uma
distância de aproximadamente 50 cm do tronco. Após um ou mais períodos
vegetativos, realiza-se a segunda poda, desta vez junto ao tronco é concluído a
remoção do galho.

5.2 Compartimentalizações de lesões pós poda

A perda de galhos vivos por quebra, morte e até podas necessárias fazem parte
da vida de uma árvore. Sendo assim, as árvores devem estar preparadas para se
proteger contra a ação de organismos que poderão ser prejudiciais a elas, mantendo
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assim o seu ciclo de nutrientes ativo. Como todo ser vivo, a árvore também possui
mecanismos de defesa para reduzir os riscos de morte após uma lesão.
De acordo com pesquisas realizadas pelo professor Dr. Rudi Arno Seitz, No
tecido vegetal são processadas alterações químicas no interior das células atacadas,
e formadas novas células para recompor parcialmente a estrutura afetada. Esse é
processo denominado compartimentalização de lesões. Este processo depende da
atividade metabólica. Arno destaca que na prática de podas, o processo de
compartimentalização é fundamental, pois evita a dispersão da degradação da
madeira.
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6 RELATO DIÁRIO DOS FATOS

14-03-16: Conheci um pouco do lugar onde o estágio será realizado. Observei e


acompanhei a troca de vasos das mudas das Piperaceae. Também foram feitas
etiquetas novas para essas mudas (cada exemplar recebe uma etiqueta com um
código que inclui as quatro primeiras letras da família e o número de registro daquela
planta. Ex: PIPE 001).
15-03-16: Visitei com o supervisor o Cactário e o Bromeliário. Foi notado que
algumas bromélias estavam secando e adquirindo uma coloração diferente nas pontas
e que outras estavam sendo tomadas por cochonilhas. Na parte da tarde, ajudei a
retirar os aguapés em excesso de dentro da caixa da água onde ficam algumas
plantas aquáticas.
16-03-16: Caminhei com um técnico pelo Jardim Botânico, para verificar como
estavam as espécies do arboreto. Notamos que algumas estavam mortas e que outras
sofreram algum dano do temporal e ventos fortes de alguns dias atrás, como por
exemplo, as araucárias.
17-03-16: Foi feita a revisão de algumas mudas das coleções para conferir quais
espécies constam e quantas morreram. Também a limpeza destas, retirando os inços.
Acompanhei o preparo do adubo para aplicar nas bromélias. Não acompanhei a
aplicação por questão de segurança e por não ter o EPI completo adequado.
18-03-16: Acompanhei e ajudei na escolha de bromélias, cactos, e orquídeas
para a exposição que haverá domingo. Retirei as folhas secas e machucadas das
bromélias para dar uma melhor aparência a elas e impedir que alguma doença ou
praga se espalhe para as outras.
21-03-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
22-03-16: Acompanhei a confecção de algumas placas azuis: uma para marcar
uma área de estudo do parque e outras para colocar nos canteiros. Visitei o
Bromeliário para ver como as bromélias haviam reagido com a aplicação de adubo.
As folhas estavam mais verdes e vistosas.
23-03-16: Caminhei pelo parque revisando algumas placas de identificação que
estavam quebradas para refazê-las. Visitei o Museu de Ciências Naturais.
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28-03-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
29-03-16: Acompanhei a revisão de algumas mudas da coleção. Limpei e ajudei
a semear sementes de butiá em bombonas.
30-03-16: Realizei o raleio nas bromélias, retirando as folhas secas e
machucadas. Assisti a palestra “Observatório de Aves de Costa Rica” com Pablo N.,
no auditório da Educação Ambiental.
31-03-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
01-04-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
04-04-16: Ajudei na separação do material que será utilizado em uma expedição
de coleta (saída de campo) realizada por parte da equipe de trabalho do JB. Semeei
algumas sementes em bombonas.
05-04-16: Visitei o orquidário, pois há suspeitas de que alguma praga está
afetando as mudas de orquídeas. Também conseguimos salvar parte de um cacto que
estava morrendo. Limpamos as cochonilhas deste para replantá-lo.
06-04-16: Visitei o Orquidário para ver duas orquídeas que estavam muito
afetadas por alguma praga, suspeitamos ser algum tipo de roedor pelas marcas que
ficaram nas folhas. Realizamos o manejo dessas orquídeas com a troca de vasos.
07-04-16: Realizei o raleio nas bulbosas, retirando as folhas secas e
machucadas. Acompanhei a revisão das bromélias, para ver como elas reagiram à
aplicação de “óleo neem” para combater as cochonilhas. Houve um efeito bom.
08-04-16: Realizei a limpeza nos cactos que se encontram no sombrite. Retirei
os inços com o auxílio de uma pinça e limpei a bancada.
11-04-16: Ajudei na organização dos materiais usados na viagem de coleta.
Também no plantio e na organização das plantas coletadas. Elas foram identificadas
e catalogadas com uma etiqueta para cada indivíduo. (Ver Anexo 1)
12-04-16: Continuamos o trabalho com as plantas coletadas. Começamos a
plantar as epífitas em vasos. Replantei duas suculentas que não estavam se
adaptando ao substrato atual, fazendo assim a troca deste.
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13-04-16: Limpei o canteiro das bromélias. Havia muitas plantas invasoras que
precisaram ser retiradas. Fiz o plantio de dois cactos.
14-04-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
15-04-16: Fiz etiquetas com o código “PTER + nº da planta”, para as mudas de
pteridófitas coletadas na viagem de campo.
18-04-16: Troquei as etiquetas de algumas mudas. Ajudei na troca de vaso de
uma pteridófita e a reguei. Ajudei no manejo da samambaia “chifre-de-veado”.
25-04-16: Fiz a transferência de algumas mudas de Eugenia rotundicosta (cinco
mudas), Ipomoea indivisa (10 mudas) e Mimosa scabrella (20 mudas) que estavam
na sementeira para bombonas individuais.
26-04-16: Fiz a revisão das mudas que foram repicadas no dia anterior. Correção
das etiquetas de uma espécie que estava com o nome científico escrito de maneira
incorreta.
27-04-16: Fiz a repicagem de quatro mudas de butiá. Realizei um pequeno raleio
nas epífitas, retirando as folhas secas, machucadas e comidas pelos bichos.
28-04-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Myrtaceae. Com o auxílio
do croqui da área conferimos quais árvores estavam com as etiquetas adequadas e
se alguma espécie precisaria de um manejo urgente ou remoção.
29-04-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das mirtáceas novamente,
para conferirmos quais árvores estavam com as etiquetas adequadas e se alguma
espécie precisaria de manejo urgente ou remoção.
02-05-16: Acompanhei a supressão de espécies invasoras na área
remanescente.
03-05-16: Acompanhei a supressão de espécies invasoras na área
remanescente.
04-05-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Fabaceae, para ajudar
na confecção do croqui da área. Também começamos a conferir as espécies
existentes e quais se encontram com as etiquetas adequadas.
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05-05-16: Ajudei na colocação das novas etiquetas na coleção Savana
Temperada e na verificação das etiquetas na área das fabáceas, para ver quais
estavam em boas condições e quais teriam que ser refeitas.
06-05-16: Conferi a supressão da área remanescente nos dias 02, 03, 04, e 05.

09-05-16: Ajudei no manejo da coleção Savana Temperada. Limpei em volta de


algumas árvores onde havia crescido muitas plantas invasoras que estavam tomando
essas árvores. Também retiramos algumas ervas-de-passarinho.
10-05-16: Ajudei na confecção de placas azuis de identificação de algumas
árvores do parque.
11-05-16: Realizei a troca de vasos de algumas suculentas que não pareciam
bem adaptadas.
12-05-16: Fiz adequação de mudas de butiá, trocando o substrato e colocando
composto, ainda retirei os inços, podei e as encanteirei.
13-05-16: Ajudei a separar algumas mudas de bromélias, cactos, suculentas,
orquídeas e uma utriculária para um evento. Realizamos o manejo básico das mudas
separadas.
16/05 – 20/05 – Banco de Sementes
16-05-16: Conheci e aprendi quais e como eram realizadas as atividades no
setor do Banco de Sementes. Observei algumas sementes que estavam arquivadas
como amostras e outras que estavam para germinar.
17-05-16: Fiz a contagem de sementes que germinaram em cada lote de
espécies da casa de vegetação e dos germinadores de 25ºC e no de 20ºC a 30ºC.
Como são muitos lotes diferentes, o trabalho se torna demorado já que para cada lote
é necessário procurar a ficha correspondente a ele e adicionar os dados de
germinação. (Ver Anexo 2)
18-05-16: Separei as sementes por família. Cada espécie de sementes estava
dentro de um saquinho transparente. Agrupei os saquinhos por família e arquivei
dentro de envelopes para documentos, cada envelope correspondia a uma família. À
tarde fiz coleta de sementes de tarumã-de-espinho. (Ver Anexo 3)
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19-05-16: Limpei as sementes de tarumã-de-espinho da seguinte forma: tirei as
sementes do fruto, lavei para retirar a polpa que estava em volta e as deixei secando
para no dia seguinte realizar a semeadura. Já deixei encaminhados os preparativos
para a semeadura. Preenchi as fichas necessárias e deixei os gerbox de lote que
ficarão no germinador prontos, com areia dentro. (Ver Anexo 4)
20-05-16: Realizei a semeadura das sementes. Tanto para as que ficarão na
casa de vegetação, como para as que ficarão no germinador de 25ºC, foram feitos
quatro lotes de 25 sementes para cada. Ao todo foram semeadas 100 sementes em
cada método.
Seção de Coleções
23-05-16: Ajudei na organização e no plantio das amostras coletadas na viagem
de campo da semana anterior. As plantas foram revisadas e foi incluído um número
de ficha de campo.
24-05-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das fabáceas, para retomar
a confecção do croqui da área. Trata-se de uma área maior, com alto número de
indivíduos.
25-05-16: Realizei o repique das mudas que estavam para doação. E ajudei na
troca das etiquetas na área das Raras e Ameaçadas.
30-05-16: Realizei o beneficiamento de sementes de Ipomea purpurea e
Oxypetalum sp.
31-05-16: Fiz etiquetas com o código (família + nº da planta) para as mudas
coletadas na viagem de campo. Ajudei a colocar essas etiquetas nas plantas e a
conferir como elas estavam.
01-06-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Perfumadas. Com o
auxílio do croqui da área, conferirmos quais árvores estavam com as etiquetas
adequadas e se alguma espécie precisaria de um manejo urgente ou remoção.
02-06-16: Realizei o raleio nas bulbosas, retirando as folhas secas e
machucadas. Também retirei os inços delas.
03-06-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Fabaceae, para conferir
o croqui, e marcarmos quais árvores precisariam de alguma poda ou supressão.
06/06 – 10/06 – Viveiro/Vendas
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06-06-16: Fiz a limpeza de algumas mudas da estufa branca, retirando espécies
invasoras.
07-06-16: Comecei a fazer o levantamento do estoque de mudas das vendas.
Para o levantamento, coletei os seguintes dados: nome popular, nome científico,
família, lote, data de repicagem, embalagem (bombonas ou saquinhos), e o nº de
indivíduos daquela espécie.
08-06-16: Continuei com o levantamento do estoque de mudas das vendas.
09-06-16: Continuei com o levantamento do estoque de mudas das vendas.
10-06-16: Passei os dados coletados do levantamento do estoque de mudas das
vendas para a planilha do programa Excel no computador. Também conferi se os
nomes científicos e famílias das espécies estavam escritos corretamente.
Seção de Coleções
13-06-16: Realizei uma limpeza no cactário, retirando as folhas secas e
machucadas das suculentas.
14-06-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
15-06-16: Acompanhei a ida até a área das Lianas, onde se localizam as
trepadeiras e os cipós. Ajudei a fazer o croqui da área e coletar algumas amostras
para identificação.
16-06-16: Realizei o raleio nas bromélias, retirando as folhas secas e
machucadas e retirada dos inços.
17-06-16: Realizei o raleio nas bromélias, retirando as folhas secas e
machucadas. Retirei os inços das sementeiras.
20-06-16: Ajudei na organização e no plantio das amostras coletadas na viagem
de campo que ocorreu na semana anterior. As plantas foram revisadas e foi incluído
um número de ficha de campo.
21-06-16: Coloquei os vasos com as plantas coletadas na viagem no lugar.
Ajudei a separar as sementes coletadas que irão para o Banco de Sementes. Limpei
o canteiro das bromélias.
22-06-16: Ajudei no manejo das orquídeas. Tirei o excesso de bulbos, e as folhas
afetadas.
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23-06-16: Ajudei no manejo das orquídeas. Tirei o excesso de bulbos, e as folhas
afetadas.
24-06-16: Fiz novas etiquetas com o código (Família + nº da planta), para as
mudas coletadas na viagem de campo. Preparei bombonas com brita, areia fina, terra,
e composto, e semeei algumas sementes.
27-06-16: Ajudei no manejo das orquídeas. Retirei os inços e folhas secas e
machucadas. Limpei as bancadas.
28-06-16: Ajudei no manejo das orquídeas. Retirei os inços e folhas secas e
machucadas. Limpei as bancadas.
29-06-16: Acompanhei o manejo das orquídeas. Ajudei a trocar as plaquinhas
por novas etiquetas com o código ORCH + nº do indivíduo.
30-06-16: Acompanhei o manejo das orquídeas. Ajudei a trocar as plaquinhas
por novas etiquetas com o código ORCH + nº do indivíduo.

01-07-16: Fiz algumas etiquetas novas para as fabáceas. Visitei o orquidário


para revisar o trabalho realizado nos dias anteriores.
04/07 – 11/07 – Viveiro/Vendas
04-07-16: Conferi se os nomes científicos e famílias das espécies do
levantamento de estoque de mudas das vendas estavam escritos corretamente.
Retornei ao estoque para ver quais espécies possuíam placas de identificação e para
quais era necessário providenciar.
05-07-16: Conferi quais espécies do levantamento estão na Lista de Espécies
Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul para complementar a planilha do Excel
com os dados coletados.
06-07-16: Fiz o levantamento do estoque reserva das vendas. Passei os dados
coletados para a planilha do Excel. (Ver Apêndice 1)
07-07-16: Fiz o levantamento do estoque de mudas dos sombrites I, II, e III.
Passei os dados coletados para a planilha do Excel.
08-07-16: Fiz o levantamento de mudas da estufa branca. Passei os dados
coletados para a planilha do Excel.
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11-07-16: Conferi os nomes científicos e famílias dos levantamentos feitos na
semana anterior.
Seção de Coleções
12-07-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
13-07-16: Realizei o raleio nas bulbosas. Tirei as folhas secas, machucadas,
muito afetadas por lagartas e os inços.
14-07-16: Ajudei a fazer o croqui do orquidário.
15-07-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Bignoniaceae para
começarmos a confecção do croqui da área.
18-07-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Bignoniaceae.
Concluímos o croqui da área.
19-07-16: Acompanhei a ida até o arboreto na área das Bignoniaceae.
Coletamos amostras de algumas espécies para identificação.
20-07-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.

21-07-16: Ajudei na adequação dos butiás. Realizamos a repicagem nas


bombonas que possuíam mais de um indivíduo. Podamos algumas folhas e raízes em
excesso.
22-07-16: Semeei pinhão em sementeiras que preparei em bombonas com
dreno e composto misturado com areia.
25-07-16: Acompanhei a extração de palmito de algumas palmeiras que foram
derrubadas.
26-07-16: Acompanhei a derrubada de algumas palmeiras e a extração de
palmito. Ajudei na limpeza dos resíduos gerados (folhas e cascas).
27-07-16: Fiz limpeza de algumas mudas das viagens de campo, retirando
plantas invasoras.
28-07-16: Andei pelo parque recolhendo as placas azuis de identificação que
estavam quebradas para refazê-las.
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29-07-16: Andei pelo parque recolhendo as placas azuis de identificação que
estavam quebradas para refazê-las.
02-08-16: Recolhi no parque algumas placas brancas antigas que serão
trocadas. Amarrei algumas orquídeas em tocos para ver se brotavam.
03-08-16: Realizei o raleio nas bulbosas e algumas mudas das viagens de
campo, retirando as folhas secas e machucadas.
08-08-16: Acompanhei o manejo no arboreto na área das Myrtaceae. Foi feita a
poda de algumas árvores e supressão de outras. Ajudei anotando na planilha e no
croqui quais espécies estavam sendo suprimidas.
09-08-16: Ajudei na separação do material que será utilizado em uma expedição
de coleta (saída de campo) realizada por parte da equipe de trabalho do JB.
10-08-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
11-08-16: Verifiquei as sementes que foram semeadas nas bombonas, tirei os
inços e reguei.
12-08-16: Realizei a repicagem de mudas que estavam em bombonas menores
para bombonas maiores. E algumas que estavam em saquinhos, para bombonas.
15-08-16: Ajudei na organização e no plantio das amostras coletadas na viagem
de campo que ocorreu na semana anterior. As plantas foram revisadas e foi
adicionado um número de ficha de campo.
16-08-16: Ajudei na organização das plantas coletadas na viagem de campo que
ocorreu na semana anterior.
17-08-16: Fiz novas etiquetas para as orquídeas coletadas na viagem de campo.
(ORCH 829 a ORCH 920).
18-08-16: Acompanhei a derrubada de algumas árvores exóticas (ligustro e uva-
do-japão) em uma área do JB que está sendo aberta para o plantio de araucárias e
outras espécies nativas.
19-08-16: Ajudei a preparar recipientes transparentes (aquários), para pôr as
plantas aquáticas coletadas na viagem. Nos recipientes foi colocado areia com água.
22-08-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
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1
23-08-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras.
24-08-16: Acompanhei a ida até a área que estava sendo aberta. Ajudei a fazer
o croqui da área. Foram demarcados os pontos onde serão plantadas as araucárias.
25-08-16: Ajudei a colocar as novas etiquetas nas espécies do arboreto na área
das Gimnospermas.
26-08-16: Ajudei a colocar as etiquetas novas nas orquídeas que vieram das
viagens e levá-las para o orquidário.
29-08-16: Realizei a limpeza no Bromeliário, retirando as folhas secas,
machucadas e os inços das bromélias.
30-08-16: Ajudei a conferir amostras coletadas em janeiro de 2015 por parte da
equipe de trabalho do JB, para a confecção de um herbário.
31-08-16: Ajudei a conferir amostras coletadas em janeiro de 2015 por parte da
equipe de trabalho do JB, para a confecção de um herbário.
01-09-16: Ajudei no plantio das araucárias e outras espécies nativas na área que
estava sendo aberta para este fim. (Ver Anexo 5).
02-09-16: Fui para a CEASA/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do
Sul); para comprar alguns materiais que estavam em falta no setor das Coleções e
Viveiro do JB.
05-09-16: Ajudei na organização das plantas coletadas na viagem de campo que
ocorreu na semana anterior.
06-09-16: Assisti a palestra da SIPAT (Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho); com a EPTC sobre segurança no trânsito e um pouco de
primeiros socorros.
08-09-16: Assisti a palestra da SIPAT sobre relações de trabalho em tempos de
crise, com a palestrante Regina M. Bley;
09-09-16: Fiz o beneficiamento de sementes coletadas em saída de campo.
Separei elas, fiz o preparo das sementeiras e as semeei. Realizei a troca de vaso de
uma planta.
12-09-16: Fiz limpeza dos vasos de algumas mudas das coleções, retirando
espécies invasoras
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1
13-09-16: Observei o resultado de algumas atividades que foram realizadas
recentemente, como semeaduras, plantio de mudas, entre outras. Visitei as casas de
vegetação (Bromeliário, Cactário e Orquidário).
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1
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O período de estágio foi muito gratificante e de grandes experiências e


aprendizados. Tive a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos e técnicas
que obtive no decorrer do curso. Também tive a oportunidade de estar com
profissionais que me ajudaram a desenvolver melhor essas técnicas, e realizar
pesquisas a fim de melhorar e ampliar meus conhecimentos. Oportunidades estas,
que certamente contribuirão na minha vida profissional.
A equipe de trabalho com quem estive ligada esses seis meses de estágio é
formada de profissionais competentes aquilo que fazem. São pessoas muito
receptíveis, e dispostas a compartilharem seus conhecimentos aqueles interessados.
Me receberam e deram todo apoio possível para a minha formação, se preocupando
em esclarecer as dúvidas que viessem a surgir com o tempo. A Orientadora Priscila
POA. Ferreira e o supervisor Frederico S. Petry em especial, estiveram sempre
presentes ao darem as tarefas para que eu realizasse, e ajudando com que eu as
fizesse da melhor maneira possível, me corrigindo quando necessário e reconhecendo
ao final minha capacidade.
O jardim botânico de Porto Alegre é um local agradável, e uma forma de se
encontrar em meio a natureza, apreciando o que muitas vezes nos esquecemos por
conta da vivência no meio urbano. Ali temos a oportunidade de observar belas
paisagens, e realizar caminhadas relaxantes ao corpo humano.
A tudo isso, sou muito grata.
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1
REFERÊNCIAS

< Http://www.fzb.rs.gov.br > Acesso em 13 Set 2016

Acad. SILVIO FORMENTO. Apostila Silvicultura II –Produção de mudas florestais-.


Universidade Regional de Blumenau (Eng. Florestal). 2003.

Eng. Agr. Antônio Carlos de Macedo. Manual de Produção de mudas em Viveiros


Florestais. Secretária de Estado do Meio Ambiente, SP. 1993.

PROF. DR. RUDI ARNO SEIT, Apostila de podas de árvores urbanas, 1996,
disponível em < http://www.ipef.br/publicacoes/curso_arborizacao_urbana/cap07.pdf
> Acesso em 16 Set 2016
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1
APÊNDICE

Apêndice 1, Parte do levantamento do estoque de mudas do viveiro.


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1
ANEXO

Anexo 1, Pteridófita coletada em saída de campo.

Anexo 2, Contagem das sementes dos germinadores.


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1

Anexo 3, Sementes separadas por família.


29
1

Anexo 4, Limpeza das sementes de tarumã-de-Espinho


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1

Anexo 4.a, Sementes de tarumã-de-Espinho

Anexo 5, Plantio de Araucárias e espécies nativas.


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