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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E ASSUNTOS ESTUDANTIS


CURSO DE ENHENHARIA AGRONÔMICA

Felipe Garcia de Alcaraz Iglesias; João Guilherme Bellotto

Conferindo a eficiência de microrganismos coletado


em diferentes locais: estudo de caso

Sorocaba/SP
2023
1
Felipe Garcia de Alcaraz Iglesias; João Guilherme Bellotto

Conferindo a eficiência de microrganismos coletados


em diferentes locais: estudo de caso

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como exigência
parcial para obtenção do Diploma
de Graduação em Engenharia
Agronômica da Universidade de
Sorocaba.

Orientador: Dr. Lucas Mateus Rivero Rodrigues

Sorocaba/SP
2023
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Felipe Garcia de Alcaraz Iglesias; João Guilherme Bellotto

Conferindo a eficiência de microrganismos coletados


em diferentes locais: estudo de caso

“Há verdadeiramente duas coisas diferentes; saber e crer que se


sabe. A ciência consiste em saber, em crer que se sabe reside a
insciência.” - Hipócrates

Sorocaba/SP
2023

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Felipe Garcia de Alcaraz Iglesias; João Guilherme Bellotto

Conferindo a eficiência de microrganismos coletados


em diferentes locais: estudo de caso

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como exigência
parcial para obtenção do Diploma
de Graduação em Engenharia
Agronômica da Universidade de
Sorocaba.

Aprovado em: / /

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Lucas Mateus Rivero Rodrigues


Universidade de Sorocaba

Prof(a). Dra. Patrícia Favoretto Renci


Universidade de Sorocaba

Prof. Dr. Heitor Zochio Fischer Universidade


de Sorocaba

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Resumo:

O foco deste trabalho foi coletar microrganismos em diferentes locais com o


objetivo de observar, avaliar e comparar se existe, ou não, uma influência do local de coleta
na eficiência da técnica de cultivo. Foram escolhidos quatro locais de coleta: Mata (floresta
secundáaria), campo experimental, viveiro de mudas (formação de mudas de plantas em
geral) e floresta de bambu, representando quatro tratamentos. Para a captura dos ME
(Microrganismos Eficientes) foi aplicada a técnica popularmente conhecida como “arroz
da Mata”, que consiste em alojar bambus preenchidos com arroz cozido no ponto de coleta
dos ME. Os bambus permaneceram nos locais designados por uma semana. Após a
remoção do material o arroz foi retirado, pesado e separado em massas iguais (400 gramas).
Para cada tratamento, para a multiplicação dos ME, foram adicionados 150ml de melaço e um
descanso de 2 semanas para finalizar o processo de fermentação. Em seguida, a solução foi
coada e aplicada via foliar e no solo da planta modelo, no caso o Tomate (Solanum
lycopersicum). Os parâmetros avaliados foram: a incidência de pragas e doenças, peso,
tamanho e quantidade de frutos de cada tratamento. Para isso, o experimento foi organizado
em 4 parcelas e 6 tratamentos (ME dá- floresta secundária, ME - do campo experimental,
ME -do viveiro de mudas, ME -da floresta de bambu, aplicação da solução água + melaço e
aplicação de apenas água), resultando em quatro repetições para cada tratamento. A análise
estatística concluiu que não houve nenhuma diferença significativa entre os tratamentos.
Porém em uma comparação apenas entre as médias aritméticas para cada tratamento, notou-
se um peso maior de frutos as plantas submetidas aos microrganismos oriundos da floresta
de bambu; as plantas que receberam os que vieram do viveiro apresentaram maior número
total de frutos e menor quantidade de frutos danificados; e os tomateiros que receberam ME
vindos da mata obtiveram o maior porte físico do pé, em média. A coleta dos microrganismos
no campo experimental foi a que se apresentou menos eficaz, dentro dos parâmetros
avaliados.
Palavras-chave: microrganismos eficientes (ME), cultivo orgânico, tomate,
“arroz da mata”

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Abstract

The focus of this work was to collect microorganisms in diferent locations in order to
observe, evaluate and compare, whether or not there is na influence of the collection site on
the efficiency of the technique in cultivation. Four collection sites were chosen: Forest
(secondary forest), experimental field, seedling nursery (seedling formation of plants in
general) and bamboo forest, representing four treatments. For the capture of the EM
(Effective Microorganism) was applied the technique popular known as “Arroz da Mata”,
wich consists of hosting bamboos filled with rice cooked at the collection point of the EM.
The bamboos remained in the designated sites for a week. After the removal of bamboos, rice
was removed, weighed, and separated into equal masses (400 grams). For each treatment, the
multiplication of EM, 150ml of molasses was added and a two-week rest to finish the
fermentation process. Then, the solution was shone and applied via foliar and in the soil of the
model plant, in this case tomato (Solanum lycopersicum). The parameters evaluated were
the incidence of pestes and diaseses, weight, size and quantity of fruits of each treatment. For
this, the experimente was organized in 4 blocks and 6 treatments (EM of the secondary forest,
EM of the experimental field, EM of the seedling nursery, EM of the bamboo forest,
application of water + molasses solution and application of water only) resulting in 4
replications for each treatment. Statistical analysis concluded that there was no significant
difference between treatments. However, in a comparison only betweem the arithmetic means
for each treatment, a greater weight of fruits was observed for plants subjected to
microorganisms from the bamboo forest; the plants that received the ones that came from the
nursery had a higher total number of fruits and a smaller amount of damaged fruits; and the
tomato plants that recieved EM from the forest had the largest physical size of the plant, on
average. The collection of microorganisms in the experimental field was the least effective,
within the evaluated parameters.
Keywords: Effective Microorganism (EM), orgânica cultivation, tomato,
“forest rice”

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1: Bacillus produtores de hormônio vegetal (Adatado de Gomes et al. 2021)


..................................................................................................................................15
Tabela 2: Captura de ME segundo a literatura.......................................................................16
Tabela 3: Resultados médios gerais obtidos a partir da aplicação de ME no tomateiro
(Lycopersicon esculetum Mill).................................................................................................27
Tabela 4: Resultado de ANOVA para a variável número de frutos.......................................28
Tabela 5: Resultado de ANOVA para a variável numero de frutos danificados...................29
Tabela 6: Resultado de ANOVA para a variável das plantas................................................30
Tabela 7: Resultado de ANOVA para a variável diâmetro dos frutos...................................31
Tabela 8: Resultado de ANOVA para a variável peso dos frutos..........................................32

Imagem 1: Bambus selecionados para coleta dos Microrganismos......................................21


Imagem 2: Preparo das iscas..................................................................................................22
Imagem 3: Ativação dos Microrganismos.............................................................................23
Imagem 4: Cultivo do tomate................................................................................................24
Imagem 5: Preparo de soluções dos ME................................................................................25
Imagem 6: Paquímetro e bandejas correspondentes ao bloco...............................................26

Gráfico 1: Resultado para número médio de frutos colhidos...............................................................28


Gráfico 2: Resultado para o número médio de frutos danificados.......................................................29
Gráfico 3: Resultado para altura média das plantas.............................................................................30
Gráfico 4: Resultado para diâmetro médio dos frutos..........................................................................31
Gráfico 5: resultado para peso médio dos frutos..................................................................................32
Gráfico 6: resultados médios gerais obtidos a partir da aplicação de ME no tomateiro (Lycopersicon
esculetum Mill). NF= Número de frutos; NDFD= Número de frutos danificados; AP= Altura de
plantas= DF= Diâmetro dos frutos; PF= Peso dos frutos.......................................................................33

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SUMÁRIO

1 INTRODUCÃO.............................................................................................10

2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................12

2.1 Revisão de literatura..............................................................................................12

2.1.1 Microrganismos eficientes (ME)........................................................................12

2.1.1.1 Exemplos de benefícios dos Microrganismos endófitos.................................13

2.1.2 Biofertilizantes....................................................................................................14

2.1.3 Captura e ativação dos Microrganismos Eficientes............................................15

2.1.4 Agricultura orgânica...........................................................................................16

2.1.5 Sustentabilidade..................................................................................................18

2.1.6 Tomateiro............................................................................................................18

2.2 OBJETIVOS..............................................................................................20

2.2.1 Objetivos Gerais.................................................................................................20

2.2.2 Objetivos específicos..........................................................................................20

2.3 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................20

2.3.1 Local do desenvolvimento do experimento........................................................20

2.3.2 Local de coleta....................................................................................................21

2.3.3 Ativação e multiplicação dos microrganismos:..................................................22

2.3.4 Material vegetal..................................................................................................23

2.3.5 Tratamentos........................................................................................................24

2.3.6 Variáveis analisadas...........................................................................................25

2.3.7 Delineamento e análise estatística......................................................................26

3 RESULTADO E DISCUSSÃO.....................................................................27

3.1 Tabela dos Parâmetros considerados.....................................................................28

3.1.1 Número de frutos (NF).......................................................................................28

8
3.1.2 Número de frutos danificados (NDFD)..............................................................29

3.1.3 Altura das plantas (AP).......................................................................................30

3.1.4 Diâmetro dos frutos (DF)....................................................................................31

3.1.5 Peso dos frutos (PF)............................................................................................32

3.1.6 Gráfico geral dos valores médios para cada parâmetro......................................33

4 CONCLUSÃO..............................................................................................34

5 CONSIDERACÕES FINAIS.........................................................................35

REFERÊNCIAS...............................................................................................36

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1 INTRODUCÃO

O tema amplamente discutido na atualidade refere-se ao impacto da produção


alimentar sobre o meio ambiente e a saúde pública. Embora a necessidade humana seja inerte
a todas as espécies, a população humana cresce de formar agressiva, em um ritmo acelerado e
com impactos significativos sobre o ambiente. Este fenômeno tem gerado crescente
preocupação sobre a sustentabilidade das práticas de produção e distribuição de alimentos.
(Foley et al. 2011).
De acordo com projeções feitas pelas Organização das Nações Unidas (ONU) em
2022, a população mundial ultrapassa, hoje, a marca dos 8 bilhões de pessoas e este número
pode chegar à 9,7 bilhões em 2050. Dentro desta realidade, a humanidade procurou aumentara
produção de alimentos, viram como alternativa aumentar a produtividade em uma mesma área
ou expandindo as áreas de produção. Porém, como na maioria das soluções encontradas,
novos problemas surgiram. Problemas relacionados ao dano da agricultura no meio ambiente,
como a eutrofização, desgaste dos solos, desmatamento, danos à fauna, entre outros. E
problemas à saúde humana, devido a utilização de defensivos agrícolas e fertilizantes
químicos, que por muitos são considerados nocivos para consumo. (Demartelaere et al. 2021).
O Brasil utiliza muito defensivos agrícola. O aumento do uso de agrotóxicos é maior
que o aumento da produtividade e maior que o crescimento populacional. (Botelho et al.
2020).
Além do âmbito ambiental e social, temos o econômico. A comida, no mercado, é
vista como um produto e como tal sofre influência da oferta e demanda. Enquanto o produtor
é agente da oferta, o consumidor é o da demanda, e o hábito dos consumidores está sempre
em constante mudança.
Stoppelli e Magalhães, relacionam saúde e segurança alimentar com impactos dos
insumos agrícolas de origem química, na saúde alimentar humana. Mostrando que hoje, as
pessoas, cada vez mais, procuram alimentos mais saudáveis, pouco industrializados e,
preferencialmente, de origem sustentável. Essa nova tendência é devido às inúmeras
pesquisas, que mostram a relação entre o hábito alimentar e saúde e bem-estar humano. As
novas exigências dos consumidores promoveram os

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métodos de produção mais sustentáveis, que utilizam menos insumos industrializados
(agroquímicos, fertilizantes químicos etc.).
Nesse cenário, técnicas novas e antigas, de caráter orgânico, passaram a ser cada vez
mais aplicadas no setor de produção alimentícia. Técnicas como a utilização de
microrganismos eficientes (ME) no cultivo, para a manutenção do solo, controle de pragas e
doenças, disponibilidade de nutrientes, entre outros benefícios, . E é sobre esse tema este
tratado nque ao presente pesquisarojeto foi formado.
Os microrganismos eficientes são uma combinação de bactérias e fungos que oferecem
diversos benefícios para o desenvolvimento das plantas. Esses organismos microscópicos
desempenham um papel fundamental em praticamente todos os processos associados ao
crescimento de animais e plantas, desde a realização da fotossíntese até a decomposição da
matéria orgânica no solo (ANDRADE, 2020).
Os produtores podem coletar os ME composto por bactérias e fungos de forma simples
e de baixo custo em suas propriedades. Essa captura deve ocorrer de forma correta, já que
existem microrganismos no ambiente prejudiciais às plantas e animais, que produzem
substâncias alopáticas, são ou atraem pragas e doenças (GOMES et al. 2021).
Embora a literatura mencione muitos processos para coleta, seleção de material, e
alimentos para multiplicação de microrganismos, pouco se aborda sobre a importância do
local de captura. A maioria dos autores recomenda a coleta em áreas de mata fechada, mas a
falta de evidências científicas que comprovem sua eficácia motivou a elaboração deste
projeto. O objetivo deste trabalho é justamente investigar a relação entre o local de
captura e o sucesso na utilização dos microrganismos na agricultura.
Para o experimento foi realizada a análise de dados e parâmetros fisiológico, como:;
altura da planta, número de frutos, peso dos frutos e diâmetro dos frutos, em seguida os dados
coletados foram comparados via análise de variância (SANTOS, 2022).

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Revisão de literatura

2.1.1 Microrganismos eficientes (ME)

Relatos mostram que a primeira utilização de ME foi no Japão em 1935, com um


método chamado de Agricultura Natural Messiânica por Mokiti Okada, que se baseava no uso
de tecnologias ecológicas que cooperavam recursos naturais do próprio ambiente com a
produção (ANDRADE, 2020). A utilização de microrganismos eficientes foi introduzida na
agricultura formalmente, através de experimentações a campo com resultados positivos em
1982, no Japão (ANDRADE, 2020). Durante a década de 1970 a prática foi sendo difundida,
preconizada pelo professor Dr. Teruo Higa Da Universidade Ryukyus, Okinawa, Japão.
(SANTOS, 2022).
Os microrganismos eficientes usados na agricultura podem ser divididos em quatro
principais grupos (BONFIN, 2011). Estes grupos são:
Bactérias fotossintetizantes (Cianobactérias): são capazes de realizar fotossíntese, ou
seja, transformar energia luminosa do sol em energia química (ANDRADE, 2020). São
consideradas os primeiros seres produtores, responsáveis pela fertilidade inicial do solo e
acúmulo inicial de oxigênio na atmosfera. Favorecem a microbiota do solo (SANTOS, 2022),
realizam uma relação de simbiose com as raízes das plantas.
Leveduras (Saccharomyces): são organismos classificados no reino dos fungos.
Ativam outros ME no solo e reciclam os nutrientes liberados pelas raízes das plantas
(SANTOS, 2022).
Actinomicetos: é um filo de bactérias gram-positivas, são responsáveis pela proteção e
vigor das plantas. Controlam agentes patogênicos e aumentam a resistência da planta
(SANTOS, 2022).
Bactérias produtoras de ácido láctico (Leuconoctoc, Streptococcus, Lactococcus,
Lactobacillus): são conhecidas pela sigla LAB (Lactic Acid Bacteria), o ácido láctico
controla alguns microrganismos patógenos como o Fusarium (SANTOS,

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2022). No processo de fermentação liberam nutrientes para as plantas (ANDRADE, 2020).
Microrganismos endofíticos: Microrganismos endofíticos são aqueles que habitam o
interior das plantas, são principalmente bactérias e fungos que não causam nenhum dano
significativo para o hospedeiro (POLLI et al. 2012). Habitam dentro e na superfície de tecidos
vegetais, com maior frequência na parte aérea das plantas, caules e folhas (AZEVEDO, 1998).
Ser considerado endofítico não garante a relação de simbiose, já que existem também
microrganismos endofíticos fitopatogênicos, e, dependendo do estado fisiológico da planta
hospedeira, um fungo ou bactéria benéfico pode ser prejudicial para o desenvolvimento
vegetal (AZEVEDO, 1998).
Quando se estabelece uma relação mútua entre endófito e planta, as vantagens para a
planta podem ser muitas. Os microrganismos promovem o crescimento, aumento e peso da
planta, além de diminuir a herbívora, ataque de insetos e ataques bióticos e abióticos (POLLI
et al. 2012).

2.1.1.1 Exemplos de benefícios dos Microrganismos endófitos

Fixação biológica de Nitrogênio: bactérias da espécie Bradyrhizobium japonicum e


Bradyrhizobium elkanii, popularmente conhecidas como “rizóbios”, penetram as raízes das
plantas da família Fabaceae e criam nódulos que absorvem nitrogênio do ambiente
disponibilizam-no na forma que a planta consiga consumi-lo (HUNGRIA et al. 2001).
Controle biológico de fitopatógenos: ocorre muitas vezes de um microrganismo
prejudicar outros, geralmente as bactérias dificultam a sobrevivência dos fungos e o contrário
também é valido. Como exemplo, o tomateiro que contém o fungo endofítico Acremonium
kilense tem mais resistência contra o patógeno Fusarium oxysporum (AZEVEDO, 1998).
Controle biológico de insetos: existem muitas bactérias que podem causar doenças a
insetos; as do gênero Bacillus confere maior importância no controle biológico (AZEVEDO,
2000). Exemplo da espécie B. cereus, que causa e controla insetos: coleópteros,
lepidópteros e himenópteros (AZEVEDO, 2000). Segundo afirma Coutinho em 1996, os
fungos são responsáveis por 80% das doenças nos insetos.

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Atualmente são relatadas mais de 700 espécies de fungos que atacam insetos, entre os
principais gêneros estão: Metarbizium, Beauveria, Verticilium, Normuraea, Hirsutella,
Entomophthora e Asckersonia (AZEVEDO, 2000). Entre os gêneros bacterianos o mais
citado é o B. thurigiensis, responsável pelo controle da lagarta (Lepidóptera), representa 95%
do mercado mundial de biopesticidas (POLI et al. 2012).
Promovem o crescimento vegetal: na interação simbiótica os endófitos induzem e/ou
produzem metabólitos primários e secundários que promovem o crescimento e vigor ao
hospedeiro (POLI et al. 2012). Verificou-se que o fungo do gênero Phomopsis aumenta o
crescimento vegetal entre 23,2 e 32,7% (POLLI et al. 2012).

2.1.2 Biofertilizantes

Dos principais gastos na produção agrícola podemos citar a fertilização do solo e


controle de pragas e doenças. Um dos maiores desafios é realizar essas tarefas de forma
sustentável. Neste contexto a agroecologia é uma importante alternativa (SANTOS, 2022).
Biofertilizantes são compostos orgânicos bioativos de origem animal e/ou vegetal, que
são submetidos à ação de microrganismos aeróbicos e anaeróbicos, que no processo de
fermentação e decomposição de matéria orgânica liberam nutrientes benéficos às plantas,
além de oferecerem proteção contra predação de pragas e doenças. (SANTOS, 2002).
O MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, através da instrução
normativa de número 61 de 8 de julho de 2020 define biofertilizantes como: “produto que
possui um agente orgânico ou princípio ativo, que não contém agrotóxicos e pode ser
utilizado para melhorar a produtividade das plantas cultivadas, sem considerar seu valor
hormonal ou estimulante. Esse produto pode agir diretamente ou indiretamente sobre toda ou
parte da planta.” (MAPA, 2022).

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Tabela 1: Bacillus produtores de hormônio vegetal. (Adaptado de Gomes et al. 2021)

HORMÔNIOS ESPÉCIES BIBLIOGRAFIA


Bacillus ssp.; B. Kampert et al. (1975)
Auxinas
circulans Strzelczyk et al. (1984)

Ácido indol-acético (AIA) B.brevis; B.cereus Mahmoud et al. (1984)

B.brevis; B.cereus ; Mahmoud et al. (1984) e


GIBERILINA
B.megaterium Hussain et al. (1970)
Kampert e Strzelczyk
Citocinina B. circulans
(1984)

Fonte: Adaptado de Gomes et al. 2021

2.1.3 Captura e ativação dos Microrganismos Eficientes

Na literatura podemos encontrar diversas técnicas para proceder com a captura de


microrganismos com a utilização de diferentes materiais, assim como diferentes fontes de
glicose para a multiplicação dos microrganismos coletados. Porém, nenhum autor(a) se atenta
muito ao local de coleta. A maioria aconselha a mata virgem, sem critérios claros ou
referências bibliográficas. Fazem a escolha do local sem ter base científica, apenas pela
confiança no método. Além disso, nem toda propriedade rural se encontra perto de uma mata
nativa (virgem), o que pode gerar desconfiança na eficiência de ME coletados por um
produtor certo de que a captura deve ser feita em mata fechada.

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Tabela 2: Captura de ME segundo a literatura.

preparo da Local de multiplicação dos


Método Referência
isca captura microrganismos
700 gramas
colocar o
de arroz colocá-los em
recipiente com (ANDRADE,
cozido sem garrafas de 2 litros,
arroz 2020);
1 sal em adicionar 200ml de
cozido na (BONFIN et al.
bandejas de melaço de cana e
borda da 2011)
plástico ou completar com água
mata virgem
madeira

preencher as calhas de arranjar 500 gramas de


calhas de bambu devem microrganismos
bambu com ser em garrafas pet de 2
(SANTOS,
2 150 gramas distribuídas em litros, adicionar
2022)
de arroz pontos aproximadamente 200
cozido, sem aleatórios na ml de melaço de cana
sal mata fechada

700 gramas distribuir o arroz


colocar a
de arroz colorido em mais ou
bandeja com
cozido sem menos cinco garrafas
arroz, (GOMES et al.
3 sal em de plástico de dois
protegido por 2021).
bandejas de litros; adicionar 200 ml
tela, em uma
plástico ou de melaço de cana em
mata virgem
madeira cada garrafa

Fonte: elaboração própria.

2.1.4 Agricultura orgânica

De acordo com ORMOND, 2002, a agricultura orgânica tem sua origem em diversas
correntes de pensamento e práticas agrícolas que valorizam a utilização de insumos orgânicos
e o controle natural de pragas e doenças. Desde as observações de Albert Howard na Índia na
década de 1920 até a difusão da permacultura por Bill Mollison na Austrália em 1971, essas
correntes buscaram um manejo mais sustentável e integrado com o ambiente. Embora tenham
surgido em contextos e épocas diferentes, todas elas compartilham a preocupação com a saúde
do solo, das plantas, dos animais e do homem, e enfatizam a importância da harmonia e do
equilíbrio na unidade produtiva.
O movimento orgânico teve início na década de 70 na Europa e se consolidou com a
instituição de normas e padrões de produção, processamento, comercialização e importação
de produtos orgânicos. No Brasil, a produção orgânica começou como

16
um movimento filosófico que buscava o retorno ao contato com a terra em contraposição aos
preceitos consumistas da sociedade moderna. Com a crescente conscientização sobre a
importância da preservação ambiental e o aumento da busca por uma alimentação saudável,
houve um aumento no número de pessoas que consomem produtos orgânicos, organização de
cooperativas e restaurantes dedicados a esse tipo de alimentação. Na década de 90 os produtos
orgânicos entraram com força nos supermercados, atraindo novos empreendedores que
visavam lucros da atividade, distanciando-se cada vez mais da filosofia que deu origem ao
movimento (ORMOND et al. 2002).
Em 1972 foi criada a IFOAM – Federação Internacional dos Movimentos da
Agricultura Orgânica, marcada como primeira iniciativa de oficializar a agricultura orgânica
no mundo. Em 1978 publicaram suas primeiras regras que serviram de referência para
comercialização de orgânicos até a década de 90 (FONSECA, 2009). Os países começaram a
regulamentá-la na década de 80, com a França como pioneira. Na década de 90, a maioria dos
países europeus (CEE) regrou a produção orgânica de origem vegetal (FONSECA, 2009).
No Brasil o conceito de uma agricultura alternativa, com pegada ecológica, começou a
se concretizar nos anos 70. Críticas e manifestações aos métodos de produção convencionais,
incentivadas pela FAEAB – Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos no
Brasil, responsável pela organização de quatro importantes encontros que ficaram conhecidos
com EBAA (Encontros Brasileiros de Agricultura Alternativa), institucionalizaram o termo
“orgânico”, referindo-se a um método de cultivo sustentável, agroecológico e biodinâmico
(FONSECA, 2009).
De acordo com o artigo 1º, parágrafo 2º, da Lei 10.831, a agricultura orgânica abrange
todos os sistemas agrícolas que visam à produção sustentável de alimentos, fibras e outros
produtos não alimentícios, como cosméticos e óleos essenciais, de maneira responsável
ambiental, social e economicamente. O principal objetivo da agricultura orgânica é otimizar a
qualidade em todos os aspectos da agricultura, do meio ambiente e da interação com a
humanidade, com base no respeito à capacidade intrínseca das plantas, animais e ecossistemas
em seu ambiente natural.

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2.1.5 Sustentabilidade

O tema microrganismos está altamente ligado à sustentabilidade, que pode ser definida
como atividade que não agrida a sociedade e a natureza, assim como garanta desenvolvimento
econômico ao praticante. A aplicação de ME na agricultura é considerada uma prática
colaborativa ao ideal de desenvolvimento sustentável, em seus três principais aspectos: social,
econômico e ambiental.
Aspecto Social: o uso de agentes biológicos como controladores de pragas e doenças
suaviza a utilização de agentes tóxicos (inseticidas e herbicidas) que deixam resíduos
químicos no produto e os biofertilizantes reduzem a aplicação de fertilizantes químicos.
Contribuem para o consumo de alimentos com qualidade biológica superior, aumentando os
níveis de qualidade de vida da sociedade (FONSECA, 2009).
Aspecto Ambiental: o emprego de microrganismos eficientes na agricultura colabora
para a reciclagem e fornecimento de recursos naturais básicos e essenciais (FONSECA,
2009). Os ME consomem a matéria orgânica que poluem a água, além de produzirem
substâncias que agridem patógenos da putrefação e atrapalham a produção de gases poluentes
de mau odor (ANDRADE, 2020).
Aspecto Econômico: a utilização de ME na produção reduz custos, inclusive é uma
técnica barata que pode ser feita e multiplicada pelo próprio agricultor (GOMES et al. 2021).
Sustentabilidade é a preservação da base de recursos naturais imprescindíveis, supondo a
necessidade de obter um balanço energético positivo (FONSECA, 2009). A prática traz
retorno financeiro positivo.

2.1.6 Tomateiro
. O tomateiro (Solanum lycopersicum) é uma planta nativa das regiões andinas, com o
seu habitat natural e dispersão ocorrendo do norte do Equador ao sul do Chile, incluindo as
áreas costeiras do Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes. Devido à sua capacidade de
cultivo em diversas regiões, o tomate é considerado uma cultura cosmopolita. Ele é um dos
produtos hortícolas mais cultivados em todo o mundo e é o líder em termos de volume
industrializado. (PERALTA; KNAPP; SPOONER, 2007). O Brasil ocupa posição no
ranking dos dez maiores países produtores de tomate de mesa (AGRIANUAL, 2020) e
(FURQUIM; NASCIMENTO, 2021). O cultivo

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do tomateiro no Brasil é realizado em todas as regiões do país, ao longo de todo o ano, com
volumes de produção variáveis de acordo com as características climáticas e precipitações
pluviométricas de cada região produtora. Os estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e
Bahia são responsáveis pelas maiores produções de tomate industrial e in natura no país,
totalizando 72,12% da produção nacional. (FURQUIM; NASCIMENTO, 2021)
No primeiro semestre de 2022, o Brasil registrou uma queda de 29,7% nas exportações
de tomates preparados ou conservados, totalizando 713,5 toneladas e gerando US$ 831,6 mil
em receita de divisas para o país. Goiás teve uma participação significativa, representando
29,8% do volume exportado, equivalente a 212,3 toneladas, e resultando em US$ 143,7 mil de
receita. (SEAPA, 2022)
No mercado interno, os preços dos tomates variam de acordo com a oferta,
influenciada principalmente pelas condições climáticas. Em uma data específica, 28/07, o
tomate Salada Longa Vida foi cotado a R$ 1,23 por quilo de acordo com o índice IFAG.
(SEAPA, 2022)
Principais pragas: destacam-se a traça-do-tomateiro, Tuta absoluta (Lepidoptera:
Gelechiidae) e a mosca-branca Bemisia tabaci, biótipo B (Bemisia aregntifolii)
(Hemiptera: Aleyrodidae) (BUENO et al. 2015).
Principais gêneros microbianos na rizosfera do tomate: Pseudomonas,
Azospirillum, Azotobacter, Bacillus e Streptomyces, sendo o Azospirillum o
mais dominante (Alfonso et al. 2005), resultado encontrado para solos vermelhos lixiviados.
Alfonso em 2005 mostra no seu experimento a influência da bactéria do gênero Azospirillum
no crescimento do tomateiro. Em seus testes é possível notar o aumento na altura final da
planta de até 5 centímetros e no comprimento da raiz de até 3
centímetros, nos tratamentos com Azospirillum.

19
2.2 OBJETIVOS

2.2.1 Objetivos Gerais

O experimento realizado teve como objetivo testar o biofertilzante composto por ME


oriundo de quatro diferentes locais de uma mesma propriedade, a fim de perceber ou não uma
diferença nos locais de coleta. Relatar a divergência de efeito entre microrganismos de
diferentes locais, em benefício da cultura do tomate (Solanum lycopersicum) relacionando,
para cada tratamento, o peso total dos frutos, diâmetro dos frutos, quantidade total de frutos e
altura dos tomateiros.

2.2.2 Objetivos específicos

Identificar se o local de coleta influencia na eficiência da prática no cultivo, e qual


seria o local mais apropriado para captura de microrganismos eficientes, assim como o menos
apropriado. Conforme os critérios analisados no tomateiro.

2.3 MATERIAL E MÉTODOS

2.3.1 Local do desenvolvimento do experimento:

O experimento foi realizado através da comparação entre microrganismos


provenientes de quatro diferentes locais e testados em uma situação pensada para fins
exclusivamente comparativos e não produtivos. O experimento ocorreu no Núcleo de Estudos
Ambientais (NEAS) situado na Universidade de Sorocaba (UNISO), os microrganismos
foram coletados: na mata (T1), no campo experimental (T2), no viveiro de mudas (T3) e na
floresta de bambu (T4).

20
Os locais de coleta representam os tratamentos realizados no experimento e foram
nomeados de T1, T2, T3 e T4. Além dos locais de coleta foram acrescentados mais dois
tratamentos controles, aplicação de apenas água (T5) e a aplicação de água
+ melaço de cana (T6). Totalizando seis tratamentos, realizados em quatro repetições para
cada um.

Imagem 1: Bambus selecionados para coleta dos Microrganismos.

Fonte: Elaboração própria.

2.3.2 Local de coleta:

Para coleta dos microrganismos foram preparadas armadilhas, com bambus cortados
do tipo gigante (Guadua cChacoensis). Os pedaços de bambu devem conter um nó em cada
extremidade e é a região do entre nó que será preenchida com arroz cozido. Com o auxílio do
facão os pedaços de bambu foram divididos ao meio por um corte longitudinal. Os pedaços
foram recheados com o arroz cozido, sem sal, e as duas metades foram encaixadas e presas
por fita adesiva para não abrir. Cada um recebeu sua devida identificação de acordo com o
local que foi depositado. Os bambus permaneceram por uma semana (7 dias) nos locais
designados (24/06/2022 a 01/07/2022).

21
Imagem 2: Preparo das iscas.

Fonte: Elaboração própria.

2.3.3 Ativação e multiplicação dos microrganismos:

Após sete dias nos locais escolhidos, os bambus foram retirados e levados para o
laboratório, onde foram abertos e pesados ao mesmo tempo. Foram retirados 400 gramas de
arroz colorido de cada pedaço de bambu e colocados nas garrafas de 2 litros designadas,
contendo a identificação de cada local de coleta. Cada garrafa recebeu 150ml de melaço e
foram completadas com água, tampadas e armazenadas em local escuro. Com isso pronto, os
microrganismos, alimentados por água e melaço, começam a se multiplicar e a emitir gases.
Esse processo dura em torno de 10-20 dias e a tampa das garrafas deve ser aberta a cada 2 dias
para liberar os gases produzidos (AVILA et al. 2021). Finalizados os processos citados os
microrganismos estão prontos para serem aplicados.

22
Imagem 3: Ativação dos Microrganismos.

Fonte: Elaboração própria.

2.3.4 Material vegetal

Tomate de mesa da variedade Débora (Lycopersicon esculetum Mill). As mudas


plantadas foram adquiridas no viveiro de plantas “Mudas Higashi”, localizado em Sorocaba
(SP). especializado em mudas de hortaliças. Foram transplantadas no dia 05/09/2022 e os
tomates foram colhidos no dia 25/11/2022. O experimento ocorreu ao ar livre. Os tomateiros
foram cultivados em vasos de plásticos de 11 litros. O substrato utilizado foi de mistura de
70% “Carolina soil” (composição: turfa, vermiculita, calcário dolomítico, gesso e traços de
fertilizante) e 30 % de composto orgânico (composição: esterco bovino, esterco caprino,
esterco de ave e casca de árvore).

23
Imagem 4: Cultivo do tomate, do dia 9/9/22 até 18/11/22.

Fonte: Elaboração própria.

2.3.5 Tratamentos

A primeira aplicação de microrganismos e do melaço foi uma semana antes do


transplante das mudas para os vasos, e repetida de 15 em 15 dias após o estabelecimento das
mudas.
Para a aplicação foram utilizados borrifadores de plástico de 0,5 litros, para cada
tratamento. Da seguinte forma:
Tratamento 1 (mata, T1): 40ml dos microrganismos coletados na mata foram diluídos
em 400 ml de água.
Tratamento 2 (campo experimental, T2): 40ml dos microrganismos coletados no
campo experimental foram diluídos em 400ml de água.

24
Tratamento 3 (viveiro de mudas, T3): 40ml de microrganismos coletados no campo
experimental foram diluídos em 400ml de água.
Tratamento 4 (floresta de bambu, T4): 40ml de microrganismos coletados na floresta
de bambu foram diluídos em 400ml de água.
Tratamento 5 (apenas água, T5): 440ml de água.
Tratamento 6 (água + melaço, T6): 40ml de melaço foram diluídos em 400ml de água.
As soluções mencionadas foram preparadas diretamente no borrifador e designado
para cada tratamento, a cada 15 dias, no momento da aplicação. A aplicação foi feita via foliar
e via solo, cada tratamento recebeu apenas sua respectiva solução. Todos os tratamentos
receberam irrigação manual, com água, a cada 2 dias e chuva.

Imagem 5: Tratamentos prontos para aplicação.

Fonte: Elaboração própria.

2.3.6 Variáveis analisadas

As mudas foram transplantadas no dia 05/09/2022 e os tomates foram colhidos no dia


25/11/2022. Toda a semana, até o início da floração, foi registrada a altura média dos
tomateiros para cada tratamento. Todos os tomates foram colhidos no mesmo dia. Foi
atribuída uma bandeja para cada bloco (total de 4 bandejas), contendo 6 sacos de papel, um
para cada tratamento. As 4 bandejas foram levadas para o laboratório, onde prosseguiu a
medição dos parâmetros avaliados.
Os parâmetros avaliados foram:
Altura das plantas: foi utilizada uma fita métrica, medindo do nível do solo até a parte
aérea mais alta de cada planta.

25
Diâmetro dos frutos: foi utilizado o paquímetro, medindo o maior diâmetro de cada
fruto colhido.
Peso dos frutos: a massa dos frutos foi medida em uma balança de precisão.
Número de frutos danificados: foi realizada a contagem manual dos frutos com algum
defeito.
Número de frutos: contagem manual de todos os frutos.

2.3.7 Delineamento e análise estatística

O experimento foi conduzido utilizando um delineamento inteiramente casualizado


(DIC) composto por 6 tratamentos e 4 repetições, sendo uma repetição aplicada em cada das 4
parcelas do experimento. Esse delineamento foi escolhido para garantir que cada tratamento
tivesse a mesma chance de ser aplicado em cada uma das parcelas e, portanto, os efeitos do
solo ou outros fatores ambientais fossem distribuídos aleatoriamente entre os tratamentos.
Para avaliar se houve diferença significativa entre os tratamentos, foi realizada uma
análise de variância (ANOVA) utilizando o software “SASM-Agri”. A ANOVA é uma
técnica estatística amplamente utilizada para avaliar se as diferenças observadas entre os
tratamentos são estatisticamente significativas. O uso do software permitiu que a análise fosse
realizada de maneira eficiente e precisa, a fim de identificar possíveis diferenças significativas
entre os tratamentos avaliados.

Imagem 6: Paquímetro e bandejas com tomates colhidos correspondentes as


parcelas.

Fonte: Elaboração própria.

26
3 RESULTADO E DISCUSSÃO

Tabela 3: resultados médios gerais obtidos a partir da aplicação de ME no tomateiro


(Lycopersicon esculetum Mill).
Tratamentos NF NDFD AP DF PF
T1 10,25 1,75 103,5 3,25 31,5
T2 10,25 1 85 2,7625 25
T3 13,5 0,5 98,75 2,855 22,75
T4 11 0,5 102,5 3,1675 28
T5 10 1,25 101,5 3,27 26,25
T6 8 2 98,75 3,2525 31,25
NF= número de frutos; NDFD= número de frutos danificados; AP= altura das plantas (cm); DF=
diâmetro dos frutos (cm); PF=peso dos frutos (gramas); T1= Mata; T2= Campo experimental;
T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água + Melaço. Fonte:
elaboração própria.

De forma geral, o tratamento 4 (floresta de bambu) e o tratamento 1 (mata) foram os


que obtiveram melhores resultados médios. O tratamento 1 (mata) apresentou resultados
superiores nos parâmetros; altura da planta, diâmetro do fruto e peso dos frutos, porém foi o
tratamento que resultou em um maior número de frutos danificados. O tratamento 4
demonstrou bons resultados médios em geral, em uma comparação aos demais tratamentos, e
foi um dos dois tratamentos que acabou com menor número de frutos danificados.

27
3.1 Tabela dos Parâmetros considerados

3.1.1 Número de frutos (NF)

Tabela 4: Resultado de ANOVA para a variável número de frutos.

Causa da
variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tratamentos 5 63,5 12,7 0,832787
Resíduo 18 274,5 15,25
Total 23 338
C.V. 37,19%
GL= grau de liberdade; SQ= soma de quadrados; QM= quadrado médio; F= teste F (Fisher); CV=
coeficiente de variação. Fonte: elaboração própria.

Gráfico 1: Resultado para número médio de frutos colhidos.

16

14

12

10

0
T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço. Fonte: elaboração própria.

De acordo com a ANOVA apresentada na tabela 4 não houve diferença estatística


entre os tratamentos, uma vez que o valor de F calculado é menor que o F tabelado a 5%
(2,77). De acordo com a tabela 3, o tratamento 3 foi o que obteve maior número de frutos
colhidos.
Todos os frutos colhidos foram quantificados e os frutos danificados entraram como
outro parâmetro.

28
3.1.2 Número de frutos danificados (NDFD)

Tabela 5: Resultado de ANOVA para a variável número de frutos danificados.


Causa da variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tratamentos 5 7,8 1,6 0,8
Resíduo 18 35,5 1,97
Total 23 43,3
C.V. 120,37%
GL= grau de liberdade; SQ= soma de quadrados; QM= quadrado médio; F= teste F (Fisher); CV=
coeficiente de variação. Fonte: elaboração própria.

Gráfico 2: Resultado para o número médio de frutos danificados.

2,5

1,5

0,5

0
T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço. Fonte: elaboração própria.

De acordo com a ANOVA apresentada na tabela 5 não houve diferença estatística


entre os tratamentos, uma vez que o valor de F calculado é menor que F tabelado a 5% (2,77).
Já na tabela 3 os tratamentos com menor número de frutos danificados foram o 3 e 4.
Ficou evidente, a partir da observação do C.V, que o efeito ambiental influenciou os
resultados, principalmente na avaliação do parâmetro NDFD. A possível explicação para o
alto valor no C.V foi o fato de o experimento ter ocorrido em ambiente exposição aberta.
Além disso, como não foi feito nenhum trato cultural específico nos tomateiros, uma parte
dos tomates colhidos estava danificada,

29
principalmente com fundo preto ou podridão apical, que é uma deficiência nutricional causada pela
falta de cálcio (LOPES et al. 2005).

3.1.3 Altura das plantas (AP)

Tabela 6: Resultado de ANOVA para a variável das plantas.


Causa da variação G.L. S.Q. Q.M. F
Tratamentos 5 928,8 185,77 0
Resíduo 18 0 0
Total 23 928,8
C.V. 0,00%
GL= grau de liberdade; SQ=soma de quadrados; QM=quadrado médio; F=teste F(Fisher); CV= coeficiente
de variação. Fonte: elaboração própria.

Gráfico 3: Resultado para altura média das plantas.

120

100

80

60

40

20

0
T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço. Fonte: elaboração própria.

De acordo com a ANOVA apresentada na tabela 6 não houve diferença estatística


entre os tratamentos, uma vez que o valor de F calculado é menor que F tabelado a 5% (2,77).
Na tabela 3 o tratamento 4 obteve maiores alturas de plantas no final.
Vale notar que para esse parâmetro o experimento não demonstrou ser
influenciado pelo ambiente já que o C.V foi de 0%.

30
3.1.4 Diâmetro dos frutos (DF)

Tabela 7: Resultado de ANOVA para a variável diâmetro dos frutos.

Causa da variação G.L. S.Q. Q.M. F


Tratamentos 5 1,01 0,20 0,72
Resíduo 18 5,03 0,28
Total 23 6,04
C.V. 17,09%
GL= grau de liberdade; SQ=soma de quadrados; QM=quadrado médio; F=teste F(Fisher); CV= coeficiente
de variação. Fonte: elaboração própria.

Gráfico 4: Resultado para diâmetro médio dos frutos.

3,4

3,3

3,2

3,1

2,9

2,8

2,7

2,6

2,5
T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço. Fonte: elaboração própria.

De acordo com a ANOVA apresentada na tabela 7 não houve diferença estatística


entre os tratamentos, uma vez que o valor de F calculado é menor do que o F tabelado a 5%
(2,77). Já a tabela 3 nos mostra valores superiores para DF nos tratamentos de controle;
apenas água e água + melaço de cana. Portanto, pensando em diâmetro de fruto, os ME, nesse
experimento, não demonstraram tanta eficiência dentro de método de cultivo em vaso.

31
3.1.5 Peso dos frutos (PF)

Tabela 8: resultado de ANOVA para a variável peso dos frutos.

Causa da variação G.L. S.Q. Q.M. F


Tratamentos 5 242,71 48,54 0,59
Resíduo 18 1479,25 82,18
Total 23 1721,96
C.V. 33,01%
GL= grau de liberdade; SQ=soma de quadrados; QM=quadrado médio; F=teste F(Fisher); CV= coeficiente
de variação. Fonte: elaboração

Gráfico 5: resultado para peso médio dos frutos.

35

30

25

20

15

10

0
T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço. Fonte: elaboração própria.

De acordo com a ANOVA apresentada na tabela 8 não houve diferença estatística


entre os tratamentos, uma vez que o valor de F calculado é menor do que o F tabelado a 5%
(2,77). A tabela 3 apresentou melhor resultado de PF para os tratamentos 1 e 6. Interessante,
pois o peso dos frutos é um parâmetro comercial importante e os ME provenientes da mata
apresentaram resultado parecido com o tratamento de água + melaço de cana-de-açúcar.

32
3.1.6 Gráfico geral dos valores médios para cada parâmetro.

Gráfico 6: resultados médios gerais obtidos a partir da aplicação de ME no tomateiro


(Lycopersicon esculetum Mill). NF= Número de frutos; NDFD= Número de frutos
danificados; AP= Altura de plantas= DF= Diâmetro dos frutos; PF= Peso dos frutos.

120

100

80

60

40

20

0
NF NDFD AP DF PF

T1 T2 T3 T4 T5 T6

T1= Mata; T2= Campo experimental; T3= Viveiro de mudas; T4= Floresta de bambu; T5= Água; T6= Água +
Melaço; Fonte: elaboração própria.

33
4 CONCLUSÃO

Por esse estudo é incorreto afirmar que o local de coleta dos ME é a mata fechada,
como diz Santos, 2022, já que não houve diferença significativa entre os tratamentos, segundo
a análise estatística, mostrando a importância da referência de um estudo prévio dentro de
uma afirmativa. Pelos dados coletados nesse estudo, não podemos decidir qual o melhor local
para a captura de ME, e não foi possível notar, no resultado, uma real vantagem em utilizar os
ME, uma vez que o tratamento controle apresentou praticamente os mesmos resultados dos
tratamentos utilizando os microrganismos eficientes.
O fato de os resultados adquiridos não concordarem diretamente com autores do tema,
não invalida o estudo de nenhuma das partes. O presente estudo serviu para conferir uma
pequena parte de um processo muito maior. Autores do tema discorriam algo muito maior
dificultando o detalhamento focado em cada etapa do processo de captura, multiplicação e
aplicação de ME.
O estudo se mostrou eficaz ao seu objetivo. Por ele se pode perceber que não existe
uma maior eficiência nos ME vindos da mata, em relação a outros lugares. O melhor local de
captura dos ME não é necessariamente uma floresta fechada ou mata virgem dentro da região
de coleta, já que o experimento demonstrou resultados similares entre os ME oriundos de
diferentes locais.

34
5 CONSIDERACÕES FINAIS

Um estudo maior deve ser procedido para confirmar os resultados encontrados. No


presente estudo os locais de captura mais eficientes foram a mata e a floresta de bambu dentro
de uma análise de médias aritméticas. E não houve acréscimo significativo na produção de
tomate pela aplicação de ME.
A não diferença significativa na análise estatística é possivelmente devido à influência
do ambiente e ao substrato utilizado. O estudo indicou um auto porcentual de CV%, para
a maioria dos parâmetros avaliados, mostrando que o resultado encontrado foi
manipulado pelo ambiente. O substrato utilizado estava estável, ou seja, já decomposto e
com matéria disponível para as plantas, não possibilitando a percepção da vantagem do ME
como biofertilizante. Para uma repetição do experimento é importante atentar a estes quesitos,
sendo interessante a adoção do cultivo protegido e utilização de diferentes substratos.
Este estudo por si ainda é pouco para definir o melhor local de coleta. Porém, há algo
interessante nos dados obtidos, por mais que os resultados discordem de alguns autores, os
locais de coleta que se demonstram melhor, pela analise das médias, são ambientes similares à
mata fechada/virgem, ambientes úmidos, clima ameno e luminosidade relativamente baixa.
Portanto por esse estudo não podemos definir qual o melhor local exato de coleta, e que
os ME dos locais coletados são similares, possibilitando a captura de microrganismos
eficientes em diversos locais.

35
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