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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

Samara Pozzan da Rocha

CRESCIMENTO DE ERVA-MATE CONSORCIADA COM PLANTAS DE


COBERTURA EM ARGISSOLO

Santa Maria, RS
2018
1

Samara Pozzan da Rocha

CRESCIMENTO DE ERVA-MATE CONSORCIADA COM PLANTAS DE


COBERTURA EM ARGISSOLO

Tese apresentada ao curso de Doutorado do


Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Florestal, da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM, RS), como requisito parcial
para obtenção do título de Doutor em
Engenharia Florestal.

Orientador: Prof. Dr. Dalvan José Reinert

Santa Maria, RS
2018
2
4

À Deus e à minha família,


dedico este trabalho
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela proteção, por iluminar meus caminhos, guiar-me para as
escolhas certas e por me proporcionar muitas oportunidades gratificantes durante
minha vida.
Agradeço a minha família por sempre estar ao meu lado dando amor, incentivo
e ensinamentos. Agradeço especialmente a minha mãe Elisabete de Fátima Pozzan
e ao meu pai Raul Bastos da Rocha, que me ajudaram no campo e na compra de
insumos que eu utilizei no experimento. Agradeço a minha irmã Samantha Pozzan da
Rocha pelo apoio e motivação. Serei eternamente grata por não medirem esforços
para tornar possível a realização do meu sonho de cursar o doutorado.
Agradeço ao meu namorado Breno Bevilaqua Heinz pelo companheirismo,
amor e ajudas no campo. Ajudas essas que foram muitas, sendo em dias de semana,
finais de semana e muitas vezes até em feriados, no calor do verão e na serração do
inverno. Apesar das dificuldades, teremos também momentos bons e divertidos para
contar.
Agradeço à Universidade Federal de Santa Maria e ao programa de pós-
graduação em Engenharia Florestal (PPGEF) pela possibilidade de realização do
doutorado.
Agradeço a CAPES pela bolsa que tornou possível a realização deste trabalho.
Agradeço ao professor Dalvan José Reinert pelos ensinamentos, pela
oportunidade de cursar o doutorado, pela confiança, ajuda no campo e por estar
disponível sempre que precisei. Agradeço ao professor e coorientador Frederico
Dimas Fleig pelos ensinamentos, pela ideia inicial do experimento e por acreditar em
mim na realização do mesmo.
Agradeço ao professor Paulo Ivonir Gubiani pela ajuda para implantar o sistema
de medição da temperatura e umidade do solo.
Agradeço ao pesquisador Paulo Floss por esclarecer dúvidas quando eu
implantei o experimento.
Agradeço ao professor Celso Aita e ao pesquisador da Emater Barcelos que
ajudaram na escolha das plantas de cobertura do solo.
Agradeço as professoras Juçara Paranhos e Hilda Hildebrand Soriani pela
ajuda na determinação da Fluorescência da clorofila.
6

Agradeço aos servidores do departamento de solos: Medianeira, Pozzobon e


Paulinho, pelas ajudas no campo, mas principalmente pela amizade verdadeira e
pelos conselhos que certamente guardarei com muito carinho para o resto da vida.
Agradeço a todas as pessoas que de uma forma outra contribuíram para que o
desenvolvimento do presente projeto de pesquisa pudesse ser desenvolvido, sendo
ajudando no campo ou no laboratório, sendo do grupo de física do solo ou não. Em
especial, agradeço a aluna de iniciação científica Gerâne Silva Wertonge e aos alunos
Felipe Bertol, Willian Foggiato.
Agradeço também, em especial, a turma da salinha (Sala de estudos Master):
Franciele, Luiza, Karina, Décio, Daniel, Maiara, Amanda, Diuli e Mirian pela amizade,
estudos e momentos de descontração.
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Renato Russo
RESUMO

CRESCIMENTO DE ERVA-MATE CONSORCIADA COM PLANTAS DE


COBERTURA EM ARGISSOLO

AUTORA: Samara Pozzan da Rocha


ORIENTADOR: Dalvan José Reinert

A erva-mate possui grande importância socioeconômica e cultural, principalmente na região Sul do


Brasil, no Paraguai e na Argentina. Todavia, devido a multiplicidade de usos e importância que esta
espécie florestal tem ganhado nos últimos anos, seu consumo tem conquistado novas fronteiras. Para
aumentar a produtividade dos plantios de erva-mate, visando atender a demanda e à sustentabilidade
dos recursos naturais, é importante a adoção de práticas conservacionistas, como o uso de plantas de
cobertura do solo. o objetivo do estudo foi avaliar o crescimento de erva-mate implantada em solo de
textura superficial arenosa, consorciada com plantas de cobertura do solo. O experimento foi
implantado em novembro de 2014, em delineamento blocos ao acaso, com quatro blocos e cinco
tratamentos: soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR), aveia
preta+ervilhaca (no período de outono/inverno) e feijão miúdo (no período de primavera/verão) (S1) e
aveia preta+nabo forrageiro (no período de outono/inverno) e feijão miúdo (no período de
primavera/verão) (S2). Amostras de solo com estrutura preservada foram coletadas com anéis
metálicos nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm do solo, para determinar a densidade do solo,
distribuição dos poros, condutividade hidráulica e permeabilidade do solo ao ar. A distribuição do
tamanho dos agregados estáveis em água foi avaliada nas camadas de 0-5 e 5-10 cm. Também foram
coletadas amostras de solo com estrutura não preservada nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40
cm para a análise das propriedades químicas, granulometria e densidade de partículas do solo. A
temperatura e a umidade do solo foram obtidas por meio de um sistema automatizado de coleta de
dados. A temperatura foi medida usando um sistema composto por multiplexadores, datalogger e
termopares inseridos no centro das camadas de 0-5, 5-10 e 10-20 cm. A umidade do solo foi medida
por meio de um sistema composto por TDR, multiplexadores, datalogger e sondas inseridas no centro
das camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. O crescimento da erva-mate foi avaliado por meio da
medição da altura total, diâmetro a dez centímetros de altura da planta, área foliar e fluorescência da
clorofila. Dois anos após a implantação do experimento não foi encontrada diferença significativa entre
os tratamentos para distribuição dos poros, densidade, permeabilidade ao ar, condutividade hidráulica
e agregação do solo. Entretanto, foram constatadas diferenças para propriedades químicas do solo,
com maior acidez potencial e menores teores de magnésio, potássio e cálcio no AF. No AF também
foram encontrados os maiores valores de umidade e os menores valores de temperatura do solo, na
maior parte dos dias avaliados. Aos cinco meses de idade das árvores, no VR foi observado o maior
crescimento das plantas. Entretanto, aos dois anos de idade das plantas, o crescimento foi maior no
AF. O amendoim forrageiro é planta de cobertura do solo mais indicada para utilizar em plantios de
erva-mate, pois proporciona condições edáficas mais favoráveis ao crescimento da erva-mate, para as
condições edafoclimáticas do estudo.

Palavras-chave: Ilex paraguariensis. Conservação do solo. Temperatura do solo. Umidade do solo.


Arachis pintoi.
ABSTRACT

YERBA MATE GROWTH ASSOCIATED WITH COVER CROPS IN TYPIC


HAPLUDALF

AUTHOR: Samara Pozzan da Rocha


ADVISOR: Dalvan José Reinert

Yerba mate has great socioeconomic and cultural importance, mainly in southern Brazil, Paraguay and
Argentina. However, due to the multiplicity of uses and importance that this forest species has gained
in recent years, its consumption has conquered new frontiers. In order to increase the productivity of
yerba mate plantations in order to meet the demand and the sustainability of natural resources, it is
important to adopt conservation practices, such as the use of soil cover plants. the objective of the study
was to evaluate the growth of yerba mate implanted in soil with sandy surface texture, intercropped with
soil cover plants. The experiment was implanted in november 2014, in a randomized block design, with
four blocks and five treatments: perennial soybean (SP), forage peanut (AF), mowed spontaneous
vegetation (VR) black oat + vetch (in the fall / winter period) and cowpea (In the spring / summer period)
(S1) and black oat + forage turnip (in the fall / winter period) and cowpea (in the spring / summer period)
(S2). Soil samples with preserved structure were collected with metal rings at depths 0-5, 5-10, 10-20
and 20-40 cm of the soil, to determine soil density, pore distribution, hydraulic conductivity and soil
permeability on the air. The distribution of the size of the stable aggregates in water was evaluated at
depths 0-5 and 5-10 cm. Non-preserved soil samples were also collected at depths 0-5, 5-10, 10-20 and
20-40 cm for the analysis of chemical properties, particle size and soil particle density. Soil temperature
and moisture were obtained through an automated data collection system. The temperature was
measured using a system composed of multiplexers, dataloggers and thermocouples inserted in the
center at depths 0-5, 5-10 and 10-20 cm. Soil moisture was measured by a system composed of TDR,
multiplexers, dataloggers and probes inserted in the center at depths 0-5, 5-10, 10-20 and 20-40 cm.
The growth of the yerba mate was evaluated by measuring the total height, diameter at ten centimeters
height of the plant, leaf area and chlorophyll fluorescence. Two years after the implantation of the
experiment, no significant difference was found between the treatments for pore distribution, density, air
permeability, hydraulic conductivity and soil aggregation. However, differences were verified for soil
chemical properties, with higher potential acidity and lower magnesium, potassium and calcium contents
in AF. In the AF, the highest values of moisture and the lowest values of soil temperature were also
found, in most of the evaluated days. At the age of five months of the trees, in the VR was observed the
highest growth of the plants. However, at two years of age, growth was higher in AF. The forage peanut
is a soil cover plant best suited for use in weed plantings, because it provides edaphic conditions more
favorable to the growth of yerba mate, for the edaphoclimatic conditions of the study.

Keywords: Ilex paraguariensis. Soil conservation. Soil temperature. Soil moisture. Arachis pintoi.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – a) Erva-mate (Ilex paraguariensis); b) erva-mate em floresta de araucária;


c, d, e, f) folha, flor, fruto e semente da erva-mate. .................................. 27
Figura 2 – Imagem de localização da área de estudo (A). ........................................ 49
Figura 3 – a) Área antes da implantação do experimento; b, c) Preparo do solo. ..... 51
Figura 4 – a) Croqui da área de estudo e os respectivos tratamentos aplicados; b)
Croqui das árvores a serem medidas e das árvores de bordadura. ......... 53
Figura 5 – a) Adubação da erva-mate; b) Muda de erva-mate usada no plantio; c)
Placas de proteção das mudas; d) Coroamento; e) Sistema de
irrigação. ................................................................................................... 55
Figura 6 – Ponto de coleta de solo. ........................................................................... 56
Figura 7 – Croqui de localização dos equipamentos de medição da umidade e da
temperatura do solo.................................................................................. 63
Figura 8 – a) Irrigação das mudas; b) Sistema radicular de erva-mate no Ponto de
Murcha Permanente Fisiológico (PMP); c) Planta no PMP. ..................... 64
Figura 9 – Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água de um Argissolo
Vermelho-Amarelo cultivado com Ilex paraguariensis, nos tratamentos:
aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e
feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação
espontânea roçada (VR). ......................................................................... 86
Figura 10 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, no inverno de 2015, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 88
Figura 11 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, na primavera de 2015, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 91
Figura 12 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, no verão de 2015/2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 92
Figura 13 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, no outono de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 94
Figura 14 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, no inverno de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 95
Figura 15 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, na primavera de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 96
Figura 16 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos
de coberturas do solo, no verão de 2016/2017, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo. ............................................................... 97
Figura 17 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, no inverno de 2015, nas camadas
de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........................... 100
Figura 18 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, na primavera de 2015, nas camadas
de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........................... 101
2

Figura 19 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e


diferentes tipos de coberturas do solo, no verão de 2015/2016, nas
camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........... 103
Figura 20 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, no outono de 2016, nas camadas de
0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ................................ 105
Figura 21 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, no inverno de 2016, nas camadas
de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........................... 106
Figura 22 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, na primavera de 2016, nas camadas
de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........................... 107
Figura 23 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e
diferentes tipos de coberturas do solo, no verão de 2016/2017, nas
camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo. ........... 108
Figura 24 – Competição da soja perene com a erva-mate. .................................... 117
Figura 25 – a) Amendoim forrageiro (AF); b) soja perene (SP); c) aveia preta + nabo
forrageiro e feijão-miúdo (S1; d) aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2);
e) vegetação espontânea roçada (VR). ................................................. 124
Figura 26 – Frequências observadas (%) para área foliar e número de folhas de Ilex
paraguariensis, em novembro de 2016, nos tratamentos: a) Aveia preta +
nabo forrageiro e feijão-miúdo - S1 (N=2814), b) Aveia preta + ervilhaca e
feijão-miúdo - S2 (N=3409), c) Soja perene - SP (N=1711), d) Amendoim
forrageiro - AF (N= 6727), e) Vegetação espontânea roçada - VR (N= 1209).
N - número total de folhas. ..................................................................... 125
Figura 27 – Taxa de transporte de elétrons (ETR, µmol m -2 s-1) (a) e eficiência
fotoquímica efetiva do PSII (Y(II)) (b) em relação à radiação
fotossinteticamente ativa (PAR, µmol m-2 s-1) de erva-mate n os
tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta
+ ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro
(AF), vegetação espontânea roçada (VR). ............................................ 129
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Granulometria (%) do Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico


cultivado com erva-mate e plantas de cobertura do solo. ...................... 50
Tabela 2 – Densidade de partículas (g cm-3) do Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico
típico cultivado com erva-mate e plantas de cobertura do solo. ............. 50
Tabela 3 – Caracterização químicas do solo antes da implantação do
experimento............................................................................................ 51
Tabela 4 – Massa seca das coberturas do solo (kg ha-1), nos tratamentos: aveia preta
+ nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-
miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação
espontânea roçada (VR). ....................................................................... 75
Tabela 5 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo
em abril de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). ......... 77
Tabela 6 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo
em novembro de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). 78
Tabela 7 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo
em novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). 79
Tabela 8 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa em
abril de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). ......... 80
Tabela 9 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa, em
novembro de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). 81
Tabela 10 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa, em
novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). 82
Tabela 11 – Condutividade hidráulica do solo saturado (mm h-1) em abril de 2015 e
novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). 83
Tabela 12 – Diâmetro médio geométrico (DMG) e diâmetro médio ponderado (DMP)
dos agregados estáveis em água, nos tratamentos: aveia preta + nabo
forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2),
soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea
roçada (VR). ........................................................................................... 84
2

Tabela 13 – Diâmetro médio geométrico (DMG) e diâmetro médio ponderado (DMP)


dos agregados estáveis em água, na camada de 0-5 cm, nos tratamentos:
aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca
e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e
vegetação espontânea roçada (VR). ..................................................... 85
Tabela 14 – pH (pHH2O), acidez potencial (H+Al), teor de alumínio (Al), capacidade de
troca de cátions efetiva (CTCef), capacidade de troca de cátions a pH 7
(CTCpH7) e saturação de alumínio do solo, em maio de 2015. ............ 109
Tabela 15 – pH em água (pHH2O), acidez potencial (H+Al), teor de alumínio (Al),
capacidade de troca de cátions efetiva (CTCef), capacidade de troca de
cátions a pH 7 (CTCpH7) e saturação de alumínio do solo, em novembro
de 2015. ............................................................................................... 111
Tabela 16 – Saturação de bases, teores de potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg)
e fósforo (P), relações Ca/Mg, relações (Ca+Mg)/K e relações
K/(Ca+Mg)1/2 do solo em maio de 2015. ............................................ 112
Tabela 17 – Saturação de bases, teores de potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg)
e fósforo (P), relações Ca/Mg, relações (Ca+Mg)/K e relações
K/(Ca+Mg)1/2 do solo em novembro de 2016. .................................... 114
Tabela 18 – Nitrogênio total, carbono orgânico total e matéria orgânica do solo
cultivado com diferentes tipos de plantas de cobertura do solo........... 115
Tabela 19 – Sobrevivência de erva-mate (Ilex paraguariensis) (%) por época de
avaliação, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo
(S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR). ........ 116
Tabela 20 – Altura total de erva-mate (Ilex paraguariensis) nos tratamentos: aveia
preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e
feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação
espontânea roçada (VR). ..................................................................... 118
Tabela 21 – Nitrogênio total das folhas de erva-mate (Ilex paraguariensis) nos
tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta
+ ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro
(AF), vegetação espontânea roçada (VR). .......................................... 120
Tabela 22 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para
estimativa da área foliar de erva-mate (Ilex paraguariensis) em maio e
novembro de 2015. .............................................................................. 121
Tabela 23 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para
estimativa da área foliar de erva-mate (Ilex paraguariensis) em maio e
novembro de 2016. .............................................................................. 122
Tabela 24 – Área foliar (cm²) e área foliar total por planta (cm²) de erva-mate (Ilex
paraguariensis) para os tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR). 123
Tabela 25 – Frequência acumulada (%) da área foliar em cada classe para os
tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta
+ ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro
(AF), vegetação espontânea roçada (VR). .......................................... 126
Tabela 26 – Parâmetros da Fluorescência da clorofila de erva-mate (Ilex
paraguariensis) para os tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR). 128
3

Tabela 27 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para


estimativa da taxa de transporte de elétrons (ETR) de erva-mate (Ilex
paraguariensis) em novembro de 2016. ............................................... 130
Tabela 28 – Teores de clorofila a, clorofila b, carotenoides e clorofila total de Ilex
paraguariensis, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR). ....... 131
Tabela 29 – Matriz de correlação de Pearson entre propriedades do solo e crescimento
de erva-mate. ....................................................................................... 132
Tabela 30 – Matriz de correlação de Spearman entre propriedades do solo e
crescimento de erva-mate. ................................................................... 133
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


CONAMA Conselho nacional do meio ambiente
MOS Matéria Orgânica do solo
Cfa Clima subtropical úmido, sem estiagens
DAP Diâmetro à Altura do Peito
CAP Circunferência à Altura do Peito
TFSA Terra Fina Seca ao Ar
S1 Sistema de rotação 1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo
S2 Sistema de rotação 2 - aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo
SP Soja perene
AF Amendoim forrageiro
VR Vegetação espontânea roçada
LISTA DE SÍMBOLOS

%AGRi Percentagem de agregados por intervalo de classe de tamanho (%)


mAGR i Massa de agregados em cada classe i, menos areias (g)
n

∑ AGR i Massa total de agregados, menos areias (g)


i=1
ci Valor médio da classe de agregados i (mm)
MAi Massa de agregados da classe i (g)
S% Sobrevivência (%)
ni Número de árvores vivas na parcela no momento da medição
𝐷𝑝 Densidade de partículas do solo (g cm-3)
𝑀𝑏𝑠 Massa do balão volumétrico contendo o solo (g)
𝑀𝑏 Massa do balão volumétrico (g)
𝑀𝑏𝑠𝑎 Massa do balão volumétrico contendo solo mais álcool (g)
𝐷𝑎 Densidade do álcool (g cm-3)
𝐷𝑠 Densidade do solo (g cm-3)
𝑃𝑡 Porosidade total (m-3 m-3)
Peso da amostra após ser submetida a uma tensão de 60 cm (6 kPa)
𝑎
de coluna de água (g)
𝑏 Peso da amostra seca a 105-110oC (g)
𝑐 Volume do cilindro (cm3)
𝑑 Volume do anel ou cilindro (cm3)
Kθ Condutividade hidráulica do solo saturado
Δt variação de tempo
Kl Condutividade ao ar (cm s-1)
ρl Densidade do ar no momento da medida (g cm-3)
ΔV Quantidade de ar que passa na amostra na Dt (cm 3)
Δp Pressão do ar que passa pela amostra
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 21
2 HIPÓTESES.......................................................................................................... 23
3 OBJETIVOS.......................................................................................................... 24
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 24
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 24
4 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 26
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ERVA-MATE (ILEX PARAGUARIENSIS A.ST.-HIL.).. 26
4.2 PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO ............................................................. 28
4.2.1 Plantas de cobertura e propriedades químicas do solo ............................ 33
4.2.2 Plantas de cobertura e propriedades físico-hídricas do solo ................... 36
4.3 EFEITO DE PROPRIEDADES DO SOLO NO CRESCIMENTO DAS
PLANTAS .................................................................................................................. 43
5 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 49
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL .............................................. 49
5.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO.......................................................... 51
5.3 AVALIAÇÃO DA MASSA SECA DAS PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO . 55
5.4 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO ................. 56
5.4.1 Granulometria ............................................................................................... 57
5.4.2 Densidade de partículas............................................................................... 57
5.4.3 Distribuição dos poros e densidade do solo ............................................. 57
5.4.4 Fluxo de ar e cálculo da permeabilidade do solo ao ar ............................. 58
5.4.5 Condutividade hidráulica do solo saturado ............................................... 60
5.4.6 Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água ..................... 60
5.4.7 Temperatura e conteúdo volumétrico de água no solo............................. 62
5.4.8 Determinação do ponto de murcha permanente (PMP) da erva-mate .... 64
5.5 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO .............................. 64
5.6 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ILEX PARAGUARIENSIS ...................... 65
5.6.1 Altura total e diâmetro a 10 cm de altura da erva-mate ............................. 65
5.6.2 Área foliar ...................................................................................................... 65
5.6.3 Teor de clorofila a, clorofila b, carotenoides, clorofila total e fluorescência
da clorofila de Ilex paraguariensis ......................................................................... 66
5.7 QUANTIFICAÇÃO DO NITROGÊNIO DAS FOLHAS DA ERVA-MATE ............. 67
5.8 CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES DO SOLO E CRESCIMENTO DE
ERVA-MATE ............................................................................................................. 67
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 75
6.1 AVALIAÇÃO DA MASSA SECA DAS PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO . 75
6.2 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO ................. 76
6.2.1 Distribuição dos poros e densidade do solo ............................................. 76
6.2.2 Fluxo de ar e cálculo da permeabilidade do solo ao ar ............................. 80
6.2.3 Condutividade hidráulica do solo saturado ............................................... 82
6.2.4 Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água ..................... 83
6.2.5 Temperatura do solo .................................................................................... 87
6.2.6 Conteúdo volumétrico de água no solo...................................................... 98
6.3 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO ............................ 109
6.4 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ILEX PARAGUARIENSIS .................... 116
6.4.1 Altura total e diâmetro a 10 cm de altura da erva-mate ........................... 117
6.4.2 Área foliar de Ilex paraguariensis ............................................................. 120
2

6.4.3 Teor de Clorofila a, clorofila b, carotenoides e fluorescência da clorofila


de Ilex paraguariensis .......................................................................................... 127
6.5 CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES DO SOLO E CRESCIMENTO DE
ERVA-MATE ........................................................................................................... 131
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 135
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 136
ANEXO A - PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR NO ANO DE 2015,
EM SANTA MARIA, RS. ........................................................................................ 148
ANEXO B - PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR NO ANO DE 2016 E
NO VERÃO DE 2017, EM SANTA MARIA, RS. .................................................... 149
ANEXO C - MÉDIA DE PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR DE CADA
ESTAÇÃO DO ANO EM SANTA MARIA, RS. ....................................................... 150
APÊNDICE A - PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO ...................................... 151
APÊNDICE B - PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO ...................................... 152
APÊNDICE C - CONTEÚDO DE ÁGUA NO SOLO NA CAPACIDADE DE CAMPO
(M³M-³) EM NOVEMBRO DE 2015 E NOVEMBRO DE 2016................................. 153
APÊNDICE D - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO INVERNO DE 2015.................................................................................... 154
APÊNDICE E - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NA PRIMAVERA DE 2015. .............................................................................. 155
APÊNDICE F - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO VERÃO DE 2015/2016. ............................................................................. 156
APÊNDICE G - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO OUTONO DE 2016. ................................................................................... 157
APÊNDICE H - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO INVERNO DE 2016.................................................................................... 158
APÊNDICE I - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NA PRIMAVERA DE 2016. .............................................................................. 159
APÊNDICE J - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO VERÃO DE 2016. ...................................................................................... 160
APÊNDICE K - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
INVERNO DE 2015................................................................................................. 161
APÊNDICE L - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
PRIMAVERA DE 2015. .......................................................................................... 162
APÊNDICE M - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
VERÃO DE 2015/2016. .......................................................................................... 163
APÊNDICE N - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
OUTONO DE 2016. ................................................................................................ 164
3

APÊNDICE O - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
INVERNO DE 2016. ................................................................................................ 165
APÊNDICE P - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
PRIMAVERA DE 2016. ........................................................................................... 166
APÊNDICE Q - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA
TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
VERÃO DE 2016. .................................................................................................... 167
1 INTRODUÇÃO

A origem do uso da erva-mate (Ilex paraguariensis A.St.-Hil.) remete às


populações pré-colombianas e se difundiu pelo mundo. Devido às suas propriedades
naturais, desde cedo despertou admiração dos povos nativos e dos colonizadores
europeus que chegaram ao Brasil a partir do século XVI (DANIEL, 2009).
Conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura -
FAO (2013), a Argentina é o maior produtor de erva-mate, seguido do Brasil (DANIEL,
2009). Em 2014, a maior quantidade de erva-mate produzida no Brasil foi no Rio
Grande do Sul, seguido do Paraná, de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE, 2016). A
produção de erva-mate no Brasil em sua quase totalidade é destinada ao consumo
interno, todavia, vem conquistando novos mercados como o Oriente médio, a Europa
e os EUA (DANIEL, 2009). Do volume exportado, a maior parte é destinada ao
Uruguai. Contudo, em 2016 destacaram-se também as exportações para a Alemanha
e para os EUA (SISTEMA DE ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES DE COMÉRCIO
EXTERIOR – ALICE WEB, 2017).
Dentre os usos da erva-mate, destaca-se a utilização para chimarrão e chás.
Além disso, é utilizada como matéria-prima para a fabricação de conservantes, tintas,
produtos de limpeza, cosméticos, na indústria alimentícia, além de ser empregada na
gastronomia, em sistemas agroflorestais (RODIGHERI et al., 1995; DANIEL, 2009) e
na fabricação de embalagens (REIS et al., 2015). Nos últimos anos, tem aumentado
a quantidade de estudos sobre o uso da erva-mate para fins medicinais (BRACESCO
et al., 2011), tendo função como antioxidante, redutor de lipídios, redutor dos níveis
de colesterol (BLUM-SILVA et al., 2016, BRACESCO et al., 2011; COLPO, 2012), anti-
inflamatório (BAINS, GUGLIUCCI, 2017; LUZ et al., 2016), ansiogênico (SANTOS et
al., 2015) e anti-hiperglicêmico (PEREIRA, et al., 2012). Há também estudos sobre o
efeito benéfico de compostos químicos da erva-mate sobre o sistema cardiovascular
(BLUM-SILVA et al., 2016; CARDOZO JUNIOR; MORAND, 2016) e como agente anti-
glicação (BAINS, GUGLIUCCI, 2017).
A fim de aumentar a produtividade dos plantios de erva-mate e atender a
demanda por essa espécie florestal, visando à sustentabilidade e a conservação dos
recursos naturais, é importante a adoção de práticas conservacionistas como o uso
de plantas de cobertura do solo.
22

As plantas de cobertura do solo proporcionam benefícios para as propriedades


físicas, químicas e biológicas do solo (CLARK et al., 2012). Silva et al. (2002) reportam
que o uso de plantas leguminosas como cobertura do solo pode reduzir a necessidade
de aplicação de nitrogênio via adubos químicos, visto que estas plantas realizam a
fixação biológica deste macronutriente. Lourenço et al. (2001) e Dedecek et al. (2014)
complementam que a incorporação da matéria orgânica do solo, proporcionada pelas
plantas de cobertura, estimula processos biológicos e químicos como, por exemplo,
aumenta a capacidade de troca de cátions (CTC), fornece nutrientes essenciais,
solubiliza e complexa metais tóxicos às plantas e aumenta a atividade microbiana.
Em relação às propriedades físicas do solo, Bai et al. (2014) ressaltam a
importância das plantas de cobertura do solo para a melhoria das condições de
temperatura e conservação da umidade edáfica. As propriedades físicas do solo
relacionadas à capacidade de retenção de umidade, como a densidade, textura,
estrutura e porosidade são mencionadas como as mais relevantes ao crescimento da
erva-mate (CARPANEZZI et al., 1985). As plantas de cobertura reduzem a
temperatura do solo e acima dele, pela interceptação dos raios solares que se dirigem
à superfície, criando um microclima específico sob a mesma (OLIVEIRA et al., 2005)
e mantendo a temperatura dentro de limites fisiológicos favoráveis ao crescimento das
plantas (LOURENÇO et al., 2001). Vieira et al. (2010a) complementam que dentre os
processos fisiológicos da planta que a temperatura afeta, estão a absorção de
nutrientes, o mecanismo de abertura e fechamento estomático, a fotossíntese, a
respiração, a transpiração e, consequentemente, o crescimento vegetal.
Conforme Daniel (2009), não são muitos os trabalhos referentes ao uso de
plantas de cobertura do solo para erva-mate, mas têm sido observados efeitos
positivos do uso de plantas de cobertura no crescimento desta espécie florestal
(LOURENÇO et al., 2001; PHILIPOVSKY et al., 2003; DANIEL, 2009).
A erva-mate raramente é encontrada em solos constituídos por menos de 15%
de argila (DANIEL, 2009; OLIVEIRA, ROTTA, 1985) e, dessa forma, o plantio nestas
áreas pode não resultar em uma produtividade satisfatória das plantas. Tendo em
vista que as plantas de cobertura podem alterar as propriedades do solo, o objetivo
do estudo foi avaliar o crescimento de erva-mate (Ilex paraguariensis A.St.-Hil.)
implantada em solo de textura superficial arenosa, consorciada com plantas de
cobertura do solo.
2 HIPÓTESES

Considerando que na literatura cita que a erva-mate raramente é encontrada


em solos constituídos por menos de 15% de argila, a hipótese do trabalho é:
 Comparando com a vegetação espontânea frequentemente roçada, as
plantas de cobertura modificam as propriedades físico-hídricas e químicas do solo de
textura superficial arenosa, favorecendo o crescimento de erva-mate consorciada com
tais plantas de cobertura.
3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo principal do trabalho foi avaliar o crescimento de erva-mate (Ilex


paraguariensis A.St.-Hil.) implantada em solo de textura superficial arenosa, e
consorciada com plantas de cobertura do solo. Além disso, objetivou-se avaliar as
alterações causadas pelas plantas de cobertura em propriedades físico-hídricas e
químicas do solo, as quais, por sua vez, influenciam no crescimento da erva-mate.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar o efeito de diferentes tipos de plantas de cobertura do solo na


densidade e distribuição dos poros do solo, na distribuição do tamanho dos agregados
estáveis em água, na condutividade hidráulica e permeabilidade do solo ao ar, assim
como na variação da umidade e da temperatura do solo;
 Quantificar e analisar o teor de fósforo, alumínio, magnésio, cálcio, potássio,
carbono orgânico total, nitrogênio total, matéria orgânica do solo, além do pH em água
e da capacidade de troca de cátions (CTC) do solo cultivado com diferentes tipos de
plantas de cobertura do solo e erva-mate;
 Mensurar variáveis dendrométricas e a fluorescência da clorofila a de erva-
mate implantada em solo com textura superficial arenosa cultivado com diferentes
tipos de plantas de cobertura do solo;
 Verificar quais plantas cobertura do solo proporcionam maior crescimento de
erva-mate, visando uma melhor recomendação de plantio para os produtores rurais.
4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ERVA-MATE (Ilex paraguariensis A.ST.-HIL.)

A erva-mate (Ilex paraguariensis A.St.-Hil.) pertence à divisão Magnoliophyta


(Angiospermae), classe Magnolipsida (Dicotiledonae), ordem Celasrales e família
Aquifoliaceae. Popularmente também pode ser conhecida como erveira, erva-
congonha, congonheira e pau-de-erva no Rio Grande do Sul, caáguaçu e carvalho-
branco no estado de São Paulo, ka’a no Paraguai, e yerba-mate na Argentina
(LORENZI, 2009).
A erva-mate apresenta copa baixa abaxial e tronco cilíndrico, reto ou pouco
torto com ramificação racemosa, quase horizontal (LORENZI, 2009). Possui casca de
coloração cinza-claro a acastanhada, áspera e rugosa, com cerca de 2 cm de
espessura em árvores adultas, velhas e em estado nativo (DANIEL, 2009). Lorenzi
(2009) cita que a altura desta espécie florestal é variável, sendo que, quando cultivada,
varia de 3 a 5 m, mas na floresta pode atingir até 30 m de altura e 100 cm de diâmetro
à altura do peito (DAP).
As folhas da erva-mate são alternadas, simples, subcoriáceas até coriáceas,
glabras, de formato obovado, geralmente estipuladas, de 5 a 10 cm de comprimento
e 3 a 5 cm de largura. As folhas são verde-escuras na parte adaxial e mais claras na
parte abaxial (LORENZI, 2009). As flores das erveiras são pequenas e brancas. A
floração ocorre entre setembro e dezembro, dependendo da região, mas
predominantemente em outubro. Os frutos são do tipo baga-drupa globular ou ovoide-
globular ou também drupa globosa, de 4 a 8 mm e coloração verde quando novo e
vermelho-arroxeado na maturidade. A frutificação acontece de dezembro a abril,
embora fosse observada a frutificação desde o final de abril a maio em altitudes
maiores que 800m (DANIEL, 2009). A semente da erva-mate possui cor castanho-
clara a escura, muito dura, pequena e de forma variável (LORENZI, 2009) (Figura 1).
Daniel (2009) cita que a reprodução da erva-mate inicia gradativamente a partir
dos dois anos, em plantas propagadas vegetativamente e, aos cinco anos em árvores
provenientes de sementes. A dispersão das sementes é zoocórica, especialmente
pelos sabiás, os quais consomem os frutos da erva-mate e disseminam as sementes
por meio das fezes.
27

A Ilex paraguariensis pertence ao grupo sucessional clímax, é uma espécie


esciófita e higrófita (DANIEL, 2009). Maciel et al. (2003) citam que espécies esciófilas
são aquelas que toleram sombreamento, já espécies higrófitas são aquelas adaptadas
a “viver em ambiente de elevado grau de umidade”, conforme Conama (1994). Apesar
de ser umbrófila (adaptada à lugares úmidos e sombrios), se desenvolve bem sob a
luz direta do sol, exceto na fase de muda (DANIEL, 2009).

Figura 1 – a) Erva-mate (Ilex paraguariensis); b) erva-mate em floresta de araucária;


c, d, e, f) folha, flor, fruto e semente da erva-mate.

a b

c d

e f
Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015), Universidade Estadual de Ponta Grossa
(2015), Instituto Brasileiro de Florestas (2015).
28

A Ilex paraguariensis ocorre naturalmente na Argentina, Paraguai e no Brasil,


sendo que mais de 80% da área de ocorrência se encontra no Brasil, ocupando o
bioma Mata Atlântica e a floresta Ombrófila Mista (ALEGRE, 2007). No território
brasileiro, está presente em quase todo o estado de Santa Catarina, no centro-norte
e depressão central do Rio Grande do Sul, no centro-sul do estado do Paraná,
estendendo-se a nordeste para o estado de São Paulo, onde limita-se a uma pequena
área na região Sudeste. Ocorre também no Sul do Mato Grosso do Sul (DANIEL,
2009).
De acordo com Alegre et al. (2007), a erva-mate ocorre em altitudes variando
de 80 a 1700 metros, com maior frequência entre 500 e 1000 metros. Carvalho (2003)
complementa que os locais de ocorrência desta espécie florestal apresentam uma
precipitação média anual em torno de 1500 mm, variando de 1100 a 2300 mm;
temperatura média anual de 12 a 24°C, com maior frequência entre 15 e 18°C;
temperatura média do mês mais quente de 18 a 26°C e, do mês mais frio, de 8 a 19°C,
sendo resistente a geadas.
A erva-mate cresce naturalmente em solos de baixa fertilidade, ácidos ou
ligeiramente ácidos, não raro com altos teores de alumínio e de matéria orgânica e
muito intemperizados (LORENÇO et al., 2001). Além disso, sua presença é mais
frequente em solos cujo teor de argila é alto (> 35%), ainda que seja encontrada em
locais com textura média (15 a 35% de argila). Geralmente está presente em solos de
formação basáltica, com predominância de Latossolos e raramente é encontrada em
solos constituídos por areias quartzosas (<15% de argila) (DANIEL, 2009). Lorenzi
(2009) complementa que para o plantio das erveiras devem ser evitados solos úmidos
não permeáveis, sendo que essa espécie prefere solos de profundidade média (acima
de 30 cm) a profundos.

4.2 PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO

Grande parte dos plantios de erva-mate no Brasil são homogêneos e a pleno


sol (LOURENÇO et al., 2001). Nesses casos, há produtores que têm deixado o erval
em total concorrência com plantas daninhas ou excessivamente limpo, expondo o solo
em demasia. Todavia, alguns produtores de erva-mate têm realizado o consórcio de
seus plantios com plantas de coberturas do solo, como por exemplo, com culturas de
29

subsistência, as quais proporcionam uma renda adicional e podem reduzir os custos


com a produção da erva-mate (MEDRADO, 2002).
O termo cobertura do solo é definido como sendo as culturas que fornecem
proteção ao solo, melhorias do solo entre períodos de produção normal da cultura
usualmente cultivada, ou entre as árvores em pomares ou em videiras. Quando
incorporada ao solo, as culturas de cobertura podem ser definidas como adubo verde
(SOIL SCIENCE SOCIETY OF AMERICA GLOSSARY OF TERMS - SSSA, 2008).
Como plantas de cobertura do solo podem ser utilizadas espécies de diferentes
famílias botânicas, nativas ou introduzidas que cobrem o solo em períodos de tempo
ou o ano todo (PERIN et al., 2003). As coberturas verdes podem ser plantadas
consorciadas ou em cultivo singular (não consorciadas). Podem-se consorciar
leguminosas ou gramíneas ou, ainda, misturar duas, três ou mais espécies de plantas
(CALEGARI, 2008).
As principais plantas de cobertura do solo são as leguminosas (Fabaceae),
devido à sua capacidade de fixação do nitrogênio atmosférico. Uma das leguminosas
utilizada como cobertura do solo é o feijão-miúdo (Vigna unguiculata), também
chamado de feijão de corda e feijão caupi. O feijão-miúdo é uma espécie anual, ereta,
resistente ao calor e razoavelmente resistente à seca. Esta espécie produz de 15 a
25 t ha-1 de massa verde e 3 a 5 t ha-1 de massa seca, sendo fixados de 70 a 240 kg
ha-1 ano-1 de nitrogênio (WUTKE et al., 2014). O feijão-miúdo é utilizado como
forrageira de verão para bovinos por apresentar ótima palatabilidade e digestibilidade.
No Sul do Brasil raramente é usado no consumo humano, porém, é bastante
consumido no Nordeste brasileiro, substituindo o feijão comum (Phaseolus vulgaris)
(BEVILAQUA et al., 2007).
Outra leguminosa que pode ser utilizada como cobertura do solo é a soja
perene (Neonotonia wightii), a qual é uma planta de crescimento rasteiro, com ramos
que vão se fixando no solo pelas raízes que se formam nas nodosidades. É indicada
para a formação de pastagem, destinada ao corte para a produção de forragem verde
ou feno, assim como para a solução de problemas de conservação do solo (NEME,
1963). Conforme Wutke et al. (2014), a soja perene produz massa seca de 4 a 6 t ha-
1, e fixa de 40 a 100 kg ha-1 ano-1 de nitrogênio.
Outra cobertura do solo promissora é o amendoim forrageiro (Arachis pintoi;
família Fabaceae (Syn. Leguminosae)), o qual é herbáceo, perene, silvestre, rasteiro,
de rizomas curtos, com flores amareladas e isoladas, vagens subterrâneas e de
30

adequada capacidade de recobrimento do solo. Esta espécie pode ser utilizada para
forração permanente em cultivos intercalares de frutíferas, para a formação de
pequenos piquetes (como bancos de proteína) quando associadas às espécies como
a grama-batatais (paspalum notatum) ou capim braquiária (Urochloa sp.), em taludes
ou margens de estradas, em jardins residenciais ou comerciais, devido à resistência
ao pisoteio e beleza de sua vegetação (WUTKE et al., 2014). A produção de massa
seca por ano varia de 4 a 10 t ha-1 e a há registros que o amendoim forrageiro possa
fixar de 80 a 120 kg ha-1 ano-1 de nitrogênio (BRSEEDS, 2015). Miranda et al. (2003)
encontraram valores de massa seca de acessos de Arachis pintoi que variaram de 2,7
a 4,2 t ha-1 cultivados em um Latosolo Vermelho Escuro.
A ervilhaca (Vicia sativa L.), a aveia preta (Avena strigosa) e o nabo forrageiro
(Raphanus sativus) são plantas de cobertura do solo que têm potencial para alta
cobertura pelo dossel, produção de biomassa e acúmulo de nutrientes pelo tecido
vegetal, comparando com o pousio de vegetação espontânea (WOLSCHICK et al.,
2016).
A ervilhaca pertence à família Fabaceae (Syn. Leguminosae), é uma planta
anual, decumbente (deitado sobre a superfície do solo e que se levanta na
extremidade), com altura de 50 a 80 cm e desenvolve-se em solos corrigidos ou já
cultivados, com adequados teores de cálcio e fósforo e sem problemas de acidez.
Além de ser utilizada como planta de cobertura, a ervilhaca pode ser usada como
forrageira, em pastejo direto ou na forma de feno, consorciada à aveia e ao centeio,
como alimento animal de elevado teor proteico e adequada palatabilidade. Pode
proporcionar uma matéria seca e verde de 2 a 10 e 19 a 50 t ha-1, respectivamente, e
pode fixar de 90 a 180 kg ha-1 ano-1 de nitrogênio (WUTKE et al., 2014). Wolschick et
al. (2016) encontraram uma massa seca de 11,5 t ha-1 de ervilhaca em um Cambissolo
Húmico Alumínico.
A aveia preta faz parte da família Poaceae (Syn. Gramineae), desenvolve-se
bem em solo pouco fértil, possui resistência à seca e maior resistência às pragas e
doenças do que a aveia branca. Pode proporcionar uma matéria seca e verde de 2 a
8 e 15 a 60 t ha-1, respectivamente. É utilizada para proteção e recobrimento rápido
do solo (WUTKE et al., 2014).
O nabo forrageiro pertence à família Brassicaceae (Syn. Cruciferae), é uma
espécie anual que possui elevada capacidade de ciclagem de nutrientes. É uma planta
herbácea, ereta, com raiz pivotante, profunda e, às vezes, tuberosa, causando a
31

descompactação do solo. O crescimento inicial do nabo forrageiro é extremamente


rápido, atingindo altura de 1 a 1,8 m, rendimentos de 25 a 60 t ha-1 de massa verde e
de 2 a 6 t ha-1 de massa seca e fixação de 60 a 180 kg ha-1 ano-1 de nitrogênio. O
nabo forrageiro cresce em solos de fertilidade média, sendo estabelecida cobertura
do solo de 70% aos 60 dias após a semeadura. Esta espécie pode ser utilizada na
alimentação de bovinos, em pastejo direto ou cortado e distribuído em cochos. Como
planta de cobertura pode ser cultivado com aveia e em rotação com algodão, milho,
soja, sorgo, feijão, entre outros (WUTKE et al., 2014).
Calegari (2008) cita que no planejamento do cultivo de plantas a serem usadas
como cobertura do solo, é fundamental conhecer com profundidade a espécie que
será utilizada, o histórico da área que será cultivada, as condições edafoclimáticas,
além da finalidade da cobertura.
As plantas de cobertura do solo podem ser utilizadas para promover a
eliminação ou a redução de plantas daninhas, evitando o uso de agrotóxicos (BAI et
al., 2014; BONE et al., 2009; BRUST et al., 2014). A redução do uso de agrotóxicos
diminui a exposição do produtor rural à substâncias químicas, reduz os custos de
implantação, protege o meio ambiente e aumenta a confiança dos consumidores na
compra dos alimentos produzidos. As culturas de cobertura podem eliminar ervas
daninhas por competir por água e nutrientes, por reduzir a incidência da luz solar ou
por produzir exsudatos radiculares ou compostos que funcionam como herbicida
natural (CLARK, 2012). Bettoni et al. (2012) complementam que quando as coberturas
verdes completam seu ciclo, formam uma camada de palha sobre o solo que também
age no controle de plantas daninhas. Além disso, as plantas de cobertura podem
promover um aumento de inimigos naturais de plantas daninhas (BONE et al., 2009;
BRUST et al., 2014). Ressalta-se também que os produtos químicos, além de eliminar
as pragas, eliminam os inimigos naturais (CLARK, 2012).
Brust et al. (2014) estudaram o crescimento e a habilidade de supressão de
ervas daninhas pelas coberturas do solo, e observaram que o trigo-mourisco
(Fagopyrum tataricum), a mostarda branca (Sinapis alba) e o nabo forrageiro
(Raphanus sativus L. var. longipinnatus) foram as culturas de cobertura mais
promissoras para eliminar as ervas daninhas. Ambas as espécies cresceram
relativamente rápido, cobriram o solo rapidamente e produziram grandes quantidades
de matéria seca da parte aérea e de raízes.
32

Algumas plantas de cobertura também podem reduzir os danos causados por


doenças, insetos e nematoides nas culturas de interesse, por incentivar insetos
predadores, parasitoides e nematoides benéficos, por produzir compostos que
diminuem as populações de pragas de nematoides, entre outros. Os nematoides
podem interagir direta ou indiretamente com as plantas. Algumas espécies se
alimentam de raízes e plantas debilitadas e, ao se alimentarem, causam um dano na
planta, pelo qual pode ocorrer a infecção por outros patógenos. O uso de sistemas de
cultivo que aumentem a diversidade biológica ao longo do tempo normalmente previne
o aparecimento de problemas com nematoides. É recomendável também fazer
rotação com culturas não hospedeiras e usar culturas com efeitos nematicidas, tais
como as brássicas (CLARK, 2012).
Outro benefício das culturas de cobertura é a prevenção da erosão eólica e
hídrica, porque as folhas destas culturas interceptam as gotas da chuva, evitando que
atinjam o solo e destruam os agregados, assim como por melhorar a infiltração da
água e reduzir o escoamento e selamento superficial (CALEGARI, 2000;
AMBROSANO et al., 2005; AMARO FILHO et al., 2008; CLARK, 2012). Cardoso et al.
(2012) reportam que as plantas com alto índice de cobertura e elevada produtividade
de massa verde propiciam melhor proteção ao solo, ao amortecer o impacto das gotas
da chuva. Estes autores avaliaram a influência de plantas de cobertura (crotalária
júncea, feijão de porco e milheto) e de dois espaçamentos de plantio (0,25 e 0,50 m)
no controle das perdas de solo, água e nutrientes por erosão hídrica, visando à
conservação do solo. Eles observaram que, nos meses de dezembro e janeiro, os
valores de erosividade foram maiores, requerendo, neste período, melhor cobertura
da superfície do solo. A espécie e o espaçamento que apresentaram maior potencial
no controle dos processos erosivos foi o feijão de porco e 0,25 m, respectivamente.
A utilização de plantas de cobertura é importante para a manutenção ou
melhoria das características biológicas do solo (PERIN et al., 2003). Sagrilo et al.
(2009) reportam que a matéria orgânica fornecida pelas coberturas fornece energia e
nutrientes para os organismos do solo. Além disso, a manutenção da cobertura
vegetal reduz as oscilações térmicas e conserva a umidade do solo, criando condições
que favorecem o desenvolvimento da fauna edáfica. A maior atividade biológica do
solo aumenta a reciclagem de nutrientes, o que permite melhor aproveitamento dos
fertilizantes aplicados.
33

Silva et al. (2013) estudaram a contribuição das plantas de cobertura de inverno


na mesofauna e na macrofauna edáfica, e averiguaram que, ao comparar as coletas
dos 150 dias em relação ao tempo zero, os cultivos de triticale, canola, pousio, aveia
branca e azevém proporcionaram aumento na diversidade biológica de 78%, 60%,
57%, 30% e 18%, respectivamente. Almeida (2012) estudou o efeito de diferentes
sistemas de cultura (rotação de culturas e monocultura; diferentes tipos de cobertura
do solo antecedendo o milho no verão) e de preparo do solo (plantio direto e
convencional) na fauna do solo. O autor observou que o preparo do solo teve efeito
predominante na fauna do solo e os sistemas de cultura tiveram efeito secundário. As
gramíneas de cobertura de solo promoveram a fauna e atributos microbianos ligados
ao carbono, enquanto a cobertura com leguminosa promoveu aqueles ligados ao
nitrogênio. O sistema de rotação de culturas associado ao plantio direto promoveu
melhor ambiente para a fauna e microbiota dos solos.

4.2.1 Plantas de cobertura e propriedades químicas do solo

De acordo com Ferreira et al. (2012) e Sagrilo et al. (2009), as plantas


coberturas desempenham ações em diferentes aspectos da fertilidade do solo, como
aumentar o conteúdo de matéria orgânica, aumentar o pH, fixar o nitrogênio
atmosférico e complementar a adubação mineral. A matéria orgânica possui alta área
superficial específica (ASE) e alta capacidade de troca de cátions (CTC) (BRAIDA,
2011), fazendo com que haja maior retenção de nutrientes junto às partículas do solo,
reduzindo perdas por lixiviação. Em relação ao aumento do pH, isso ocorre porque na
decomposição dos resíduos culturais são produzidos ácidos orgânicos que podem
complexar íons Al3+ presentes na solução do solo, reduzindo o alumínio tóxico do solo
(LIU; HUE, 1996).
As plantas leguminosas formam associações simbióticas com bactérias
fixadoras de nitrogênio do gênero Rizobium e Bradyrhizobium. Essas bactérias fixam
o nitrogênio do ar em quantidade suficiente para satisfazer suas necessidades e gerar
excedentes, resultando no aporte de quantidades expressivas deste elemento no solo
(AMBROSANO et al., 2005; CLARK, 2012; PERIN et al., 2003; PHILIPOVSKY et al.,
2004). Barbosa et al. (2013) avaliaram o estado nutricional e o crescimento de
bananeira consorciada com leguminosas e constataram melhoria no crescimento, na
produção e na nutrição nitrogenada da espécie frutífera. Os autores observaram que
34

uso de leguminosas substituiu parcialmente o nitrogênio aplicado como fertilizante


mineral.
Além do nitrogênio, as plantas de cobertura proporcionam a liberação de outros
nutrientes ao solo. Silva et al. (2002) avaliaram quantidade de nutrientes incorporados
ao solo pelo cultivo intercalar de plantas de cobertura (Crotalaria juncea, Crotalaria
spectabilis, Cajanus cajan, Mucuna aterrima, Mucuna deeringiana, Dolichos labe-labe
e Canavalia ensiformis) em pomar de laranjeira-‘Pêra’ (Citrus sinensis) aos quatro
anos após o cultivo das coberturas. Os autores observaram que as plantas de
cobertura promoveram reciclagem e incorporação de quantidades significativas de
nutrientes ao solo, destacando-se o N, K, Ca e P, possibilitando substituir ou reduzir
uma parcela dos adubos químicos. Mora et al. (2012) verificaram que o amendoim
forrageiro (Arachis pintoi) mostrou-se promissor como cobertura do solo em plantio de
citrus, causando o aumento do teor de nitrogênio, fósforo e potássio do solo.
A velocidade de liberação dos nutrientes para as plantas depende da taxa de
decomposição dos resíduos culturais (SOUZA et al., 2010). Aita et al. (2014)
mencionam que a decomposição dos resíduos culturais envolve uma gama de
microrganismos que diferem quanto à sua capacidade de sintetizar enzimas
necessárias à degradação dos diversos compostos orgânicos produzidos pela planta
durante a fotossíntese, como proteínas, fosfolipídeos e polímeros estruturais
(celulose, hemicelulose, lignina) e de reserva (amido).
Os microrganismos do solo utilizam os compostos orgânicos dos resíduos
culturais nas suas reações catabólicas para a produção de energia (ATP) e são
progressivamente modificados até formar dióxido de carbono. Paralelamente, uma
parte do carbono dos resíduos culturais é incorporado à biomassa microbiana, para a
síntese de novas células, por meio de reações catabólicas. Nesse processo, uma
fração do carbono dos resíduos culturais é transformada pelos microrganismos em
substâncias húmicas, formadas, principalmente por ácidos húmicos, ácidos fúlvicos e
huminas, que são compostos mais estáveis e complexos da matéria orgânica do solo.
Aqueles nutrientes relacionados ao carbono, principalmente o nitrogênio, o fósforo e
o enxofre, cuja quantidade excede a demanda dos microrganismos, são liberados das
células microbianas para o solo, na forma mineral de amônia, fosfato e sulfato,
respectivamente (AITA et al. 2014).
Em idênticas condições de solo e para um material com a mesma composição
química, as velocidades de decomposição são influenciadas pelo clima e pela
35

quantidade de água recebida pelos resíduos vegetais, seja por precipitação ou


irrigação (SOUZA et al., 2010). Calegari (2008) acrescentam que o aproveitamento
dos nutrientes gerados na decomposição das plantas de cobertura, pelas culturas
posteriores, depende dos seguintes fatores:
 Temperatura, umidade e oxigênio do solo: a atividade de microrganismos é
aumentada com maiores temperaturas, umidade e aeração e, dessa forma, a
decomposição dos resíduos é maior;
 Manejo do solo: o revolvimento do solo causado por arados, grades e demais
implementos promove a mistura dos resíduos na camada superficial, acelerando
o processo de decomposição.
 Espécie utilizada para cobertura do solo: a relação C/N e a quantidade de lignina
presente no tecido vegetal afetam o processo de decomposição dos resíduos no
solo. Dessa forma, as plantas mais fibrosas, com maior quantidade de carbono,
demoram mais para se decompor no solo. Já as plantas com maiores teores de
nitrogênio decompõem mais rapidamente.
Em cultivos singulares a decomposição das plantas leguminosas resultará em
maiores perdas de nitrogênio por mineralização ou lixiviação, quando comparadas
com as gramíneas (CALEGARI, 2008). Conforme Ambrosano et al. (2005), as
gramíneas produzem resíduos com maior permanência no solo porque possuem
maior relação C/N, todavia, os resíduos das leguminosas são de melhor qualidade
nutricional e trazem melhores resultados. Isso porque, além de fixar o nitrogênio
atmosférico, as leguminosas são mais ricas em fósforo, potássio e cálcio do que as
gramíneas. Outro fato importante sobre as leguminosas é o seu sistema radicular, o
qual alcança grandes profundidades, absorve água e elementos minerais destas
camadas do solo, proporcionando a reciclagem e a redistribuição dos nutrientes
(AMBROSANO et al., 2005). Contudo, Souza et al. (2014) citam que o sistema
radicular das gramíneas é mais eficiente para a agregação do solo.
Os cultivos consorciados de coberturas do solo produzem resíduos com relação
C/N intermediária, o que favorece a mineralização de nitrogênio e causa maior
equilíbrio e acumulo de carbono no solo ao longo dos anos, comparando com os
cultivos singulares (CALEGARI, 2008).
Aita e Giacomini (2003) avaliaram plantas de cobertura do solo em cultivo
singular e consorciadas, as quais foram: aveia preta (100%); ervilhaca comum (100%);
nabo forrageiro (100%); 32% de aveia preta + 68% de ervilhaca comum, e 51% de
36

aveia preta + 49% de ervilhaca comum. Os autores observaram que a presença da


aveia nos consórcios com ervilhaca reduziu em 30 e 50% a decomposição da matéria
seca desse compartimento, quando a proporção de matéria seca da gramínea foi de
32 e 51%, respectivamente. Além disso, observaram que, consorciando aveia e
ervilhaca, não houve redução na taxa de liberação do nitrogênio em relação à
ervilhaca em cultivo singular. Todavia, os resíduos culturais do consórcio entre aveia
e ervilhaca apresentaram maior persistência no solo do que aqueles da ervilhaca em
cultivo singular e liberaram maiores quantidades de nitrogênio do que a aveia e o nabo
em cultivo singular. Em relação à massa seca proporcionada pelos consórcios,
Giacomini (2001) observou que os consórcios com 30% de aveia preta + 70% de nabo
forrageiro e 45% de aveia preta + 55% de ervilhaca exibiram maior matéria seca do
que os consórcios de 30% de aveia preta + 70 % de ervilhaca, 15% de aveia preta +
75% de ervilhaca e cultivos solteiros de nabo forrageiro, aveia preta e ervilhaca, no
terceiro ano de cultivo.
Varela et al. (2014) avaliaram os efeitos das culturas de cobertura na
decomposição e na liberação de fósforo a partir de resíduos de soja, em sistema de
plantio direto. Os autores cultivaram aveia, centeio e azevém sobre os resíduos de
soja e observaram que a decomposição dos resíduos nos tratamentos com as culturas
de inverno foi maior do que na testemunha, sem cobertura do solo (apenas com
resíduos de soja). O aumento da decomposição dos resíduos nos tratamentos com
cobertura do solo foi associado a maior atividade da biomassa microbiana, ao teor de
umidade (devido ao sombreamento causado pelas coberturas), e ao aumento de
carbono orgânico pelas coberturas. Apesar das culturas de cobertura do solo
aumentarem a decomposição dos resíduos, este efeito foi compensado pelo aporte
de biomassa proporcionado pelas mesmas.

4.2.2 Plantas de cobertura e propriedades físico-hídricas do solo

Para Souza et al. (2014), a matéria orgânica, proporcionada pelas plantas de


cobertura ao solo, é o ponto central para a manutenção da estrutura do solo, embora
outras práticas como o preparo do solo, a rotação de culturas e as espécies utilizadas
no plantio, também tenham grande influência. A estrutura é uma das propriedades
mais importantes para avaliar a qualidade do solo e (MENDES et al., 2006), apesar
de não se um fator de crescimento das plantas ou indicativo direto da qualidade do
37

solo, influencia parâmetros físicos que agem sobre a qualidade do solo para o bom
desenvolvimento de plantas. A estrutura influencia a densidade do solo, a porosidade,
a permeabilidade e a resistência mecânica à penetração das raízes (LETEY, 1985).
A agregação do solo é uma avaliação indireta da estrutura do solo, e é estimada
pela análise da distribuição dos agregados. O estado de agregação de um solo pode
ser estimado pelo diâmetro médio geométrico (DMG), o qual representa uma
estimativa dos agregados de maior ocorrência, e pelo diâmetro médio ponderado
(DMP), o qual é tanto maior quanto maior a percentagem de agregados grandes.
Como as peneiras que dimensionam os agregados estão nos intervalos de tamanho
da fração areia (limitados à essa dimensão), quanto maiores os valores de DMP e
DMG, melhor será o estado de agregação do solo, do ponto de vista agronômico.
Agregados maiores e mais estáveis conferem maior resistência à erosão e maior
infiltração de água. Entretanto, agregados menores e menos estáveis tendem a
desaparecer e se dispersarem (BERTONI; LOMBARDI NETO, 2008), causando a
redução da taxa de infiltração da água, aumento do encrostamento e do escoamento
superficial, afetando o crescimento das plantas (PICCOLO et al., 1997). A agregação
tem estreita relação com todos os fatores físicos de crescimento vegetal,
influenciando-os ou definindo sua magnitude (SOUZA et al., 2014).
A matéria orgânica é um componente fundamental para a estabilização dos
agregados. Em microagregados, a matéria orgânica humificada, os minerais de argila
e óxidos de ferro e alumínio e cátions polivalentes atuam na estabilidade dos
agregados. Agentes orgânicos transientes como polissacarídeos produzidos por
fungos e bactérias atuam na estabilidade de macroagregados. Por sua vez,
macroagregados grandes tem sua formação e estabilidade relacionadas com agentes
orgânicos temporários, como hifas de fungos e raízes finas que formam uma rede que
entremeiam e estabilizam fisicamente os macroagregados. Dessa forma, sistemas de
uso e manejo sem revolvimento do solo que envolvem alto e frequente aporte de
resíduos vegetais e rotação de pastagens, resultam em expressivo aumento da
estabilidade dos agregados do solo (BRAIDA et al., 2011; TISDALL; OADES, 1982).
Segundo Souza et al. (2014), as melhorias que ocorrem na estabilidade dos
agregados dependem da composição da matéria orgânica e da atividade biológica.
Wohlenberg et al. (2004) observaram que a estabilidade dos agregados também é
afetada pelos sistemas de rotação ou sucessão de culturas, sendo que a agregação
do solo tem variações de acordo com as diferenças nas espécies de plantas utilizadas.
38

Os autores avaliaram cinco sequências de sistemas de rotação de culturas, campo


nativo e solo descoberto, e observaram que as sequências de culturas influenciavam
a agregação de forma diferente, dependendo da época do ano e do tempo de
estabelecimento. Além disso, constataram que a estabilidade e a distribuição do
tamanho de agregados foram maiores nos sistemas que aportaram material orgânico
e cobriam o solo durante o ano todo, sendo que as sequências de culturas com
sucessão de gramíneas com leguminosas apresentaram maior agregação.
A porosidade do solo também se constitui em atributo condicionado pela
matéria orgânica do solo, assim como pela estrutura e pelo uso e manejo do solo
(FERREIRA, 2010). O incremento no conteúdo de matéria orgânica do solo provoca
um efeito de diluição de peso e de floculação do solo, causando um aumento no
volume dos poros, notadamente macroporos e redução da densidade do solo
(LAURINDO et al., 2009; SOUZA et al., 2014). A adequada capacidade de aeração
do solo é de grande importância para proporcionar o oxigênio necessário para que as
raízes possam desempenhar o seu papel no suprimento de água e nutrientes para as
plantas. Dessa forma, é importante conhecer a distribuição do tamanho dos poros do
solo, ou seja, a porosidade total, a macroporosidade e a microporosidade (SOUZA et
al., 2014).
Souza et al. (2014) citam que qualquer ocorrência que afete o tamanho e a
configuração dos poros do solo vai influenciar a sua condutividade hidráulica. Os
macroporos são responsáveis por quase todo o movimento de água em solos
saturados. No entanto, o ar aprisionado no solo, rapidamente molhado, pode bloquear
os poros e reduzir a sua condutividade hidráulica.
As raízes das coberturas permanecem no solo por determinado período de
tempo, mesmo após a morte da planta. Quando atravessam camadas mais
adensadas do solo, continuam funcionando como drenos chamados bioporos, os
quais afetam a condutividade hidráulica do solo. A eficiência de determinadas plantas
na formação de bioporos e na ruptura de camadas endurecidas tem se mostrado mais
adequada do que a de algumas práticas culturais mecanizadas. Os bioporos também
podem ser formados por galerias feitas pela fauna do solo como as minhocas
(BRADY, WEIL, 2013; SOUZA et al., 2014). Os solos arenosos, por terem
normalmente mais espaços de macroporos têm condutividades hidráulicas saturadas
maiores do que os argilosos. A condutividade saturada de solos cobertos por
vegetação perene é normalmente maior do que de culturas anuais. Cubilla et al. (2002)
39

em solo franco-arenoso, não encontraram diferença significativa entre os valores de


densidade do solo para todos os tratamentos estudados ao final de três anos da
sucessão/rotação de culturas envolvendo plantas de cobertura, porém as plantas de
cobertura criaram poros biológicos de alta funcionalidade na aeração, infiltração e
condutividade de água no solo.
Conforme Libardi (2000), uma parte da precipitação ou irrigação não chega a
atingir a superfície do solo, pois é interceptada pela vegetação e evaporada. Água
que atinge o solo pode penetrá-lo por meio de um processo chamado infiltração,
especialmente se a estrutura de suas camadas mais superficiais for bastante porosa
(BRADY; WEIL, 2013). A infiltração da água no solo é influenciada pela estabilidade
da estrutura do solo na superfície e pela porosidade. Como a matéria orgânica
melhora a estrutura e o sistema poroso, a sua adição ao solo provoca incrementos na
velocidade de infiltração da água no solo (SOUZA et al., 2014).
Quando a água alcança a superfície do terreno e excede a capacidade de
infiltração do solo, ocorre o escoamento superficial pela ação da gravidade (LIBARDI,
2000) se a área for declivosa (SOUZA et al., 2014). Em casos extremos, mais de 50%
da precipitação pode ser perdida por escoamento superficial, o qual normalmente
carrega sedimentos (partículas desagregadas do solo) e produtos químicos retidos
nos sedimentos do solo (BRADY; WEIL, 2013). Já se a área for plana, haverá a
formação de poças e condições anaeróbicas para a as plantas, afetando seu
crescimento (SOUZA et al., 2014). Nesse sentido, um dos métodos é fazer haja mais
tempo para que a água infiltre e, dessa forma, aumente o seu armazenamento nas
camadas mais superficiais do solo. Para tanto, o uso de cobertura do solo durante os
períodos de elevada pluviosidade é de grande importância. Os vegetais e seus
resíduos, que permanecem na superfície do solo, protegem os agregados do solo
contra a ação desagregadora das gotas da chuva, favorecendo a infiltração da água,
reduzindo o escoamento e erosão. Em geral, há pouco escoamento superficial em
áreas com florestas ou gramados bem manejados (BRADY; WEIL, 2013).
As plantas de cobertura também podem interferir na umidade do solo por meio
da transpiração. A transpiração é essencial para o crescimento das plantas, pois
fornece a água para o arrefecimento, transporte de nutrientes, fotossíntese e
manutenção do turgor. A combinação da transpiração e da evaporação do solo é
chamada de evapotranspiração e constitui formas em que a água é perdida do solo.
A evapotranspiração depende do índice de área foliar, pois com o aumento da área
40

foliar por unidade de área do terreno, mais radiação será absorvida pelas folhas para
provocar a transpiração, e menos radiação atingirá o solo para promover a
evaporação da água. Além disso, a evapotranspiração depende das condições,
climáticas, da eficiência e do uso da água pelas plantas, da duração da estação do
ano e do período de crescimento da planta (BRADY; WEIL, 2013).
As plantas de cobertura também conservam a umidade do solo, pois os restos
vegetais retêm a água na sua estrutura, liberando-a gradativamente ao solo e
deixando-o mais úmido na camada superficial (OLIVEIRA; SOUZA, 2003). Conforme
Amaro Filho et al. (2008) e Baver et al. (1973 apud CAMPOS, 1994), a cobertura
vegetal dissipa por reflexão parte da energia solar incidente, diminuindo a evaporação
da água principalmente na camada superficial, proporcionando menor estresse hídrico
para as plantas em períodos de seca. Solos sem cobertura ficam sujeitos a grandes
variações térmicas diárias nas camadas mais superficiais, em dias de alta irradiância,
influindo na umidade do solo (AMARO FILHO et al., 2008).
O espectro de distribuição da radiação solar que incide na superfície da terra é
constituído predominantemente por ondas curtas, sendo que, do ponto de vista
biológico podem ser separadas em três faixas: radiação ultravioleta (10 nm < λ < 400
nm), radiação visível (400 nm < λ < 700 nm) e radiação infravermelho próximo (700
nm < λ < 3000 nm). A radiação solar atua diretamente sobre o desenvolvimento e o
crescimento das plantas, e indiretamente pelos efeitos no regime térmico de qualquer
sistema terrestre, bem como sobre a evaporação de água pelas superfícies naturais
(MOTA, 1983; PEREIRA, 2007).
Nos sistemas vegetados, além de aquecer o solo, a energia provinda da
radiação solar pode ser utilizada no aquecimento do ar e das plantas, na
evapotranspiração nos processos de sínteses biológicas. A energia armazenada no
sistema será determinada pelo coeficiente de reflexão (albedo) e pelo tipo de
cobertura (PEREIRA et al., 2007).
O coeficiente de reflexão (albedo) da folhagem de uma cultura depende da sua
cor, da densidade da copa da cultura, da disposição das folhas e do ângulo do sol. A
refletividade geralmente aumenta com o brilho da superfície da folha. Durante o
primeiro estágio de desenvolvimento de uma determinada cultura, quando a cobertura
do solo ainda é incompleta, o coeficiente de reflexão é menor por causa da baixa
refletividade do solo (MOTA, 1983). Pereira et al. (2007) acrescentam que todos os
fatores atmosféricos que afetam a composição da radiação solar, influenciam o
41

coeficiente de reflexão. O vento, por exemplo, interfere no coeficiente de reflexão


porque a agitação da folhagem muda sua exposição aos raios solares. Conforme Mota
(1983), “o efeito enegrecedor causado pelo umedecimento do solo de uma superfície
de cor clara também diminui o coeficiente de reflexão”. O albedo varia de 0,1 a 0,2
para um solo de cor escura e superfície rugosa e de 0,5 ou mais para superfícies lisas
de cor clara (BRADY; WEIL, 2013).
As plantas de cobertura do solo também influem na temperatura ao longo do
perfil do solo, de modo que uma cobertura que apresente alta condutividade térmica
(maior eficiência na transmissão de calor) exibirá menores variações de temperatura
na superfície e temperaturas mais altas em profundidade, comparando com uma
cobertura que apresente baixa condutividade térmica (PREVEDELLO, 2010).
As coberturas do solo podem ser formadas por materiais de diferentes
espessuras e propriedades térmicas. Materiais com grande quantidade de ar originam
coberturas com temperaturas mais amenas no solo. Por isso, as coberturas de
material vegetal também isolam eficazmente e reduzem a magnitude das oscilações
diárias da temperatura do solo (PREVEDELLO, 2010).
Após a superfície do solo ser aquecida pela radiação solar, há o transporte de
calor sensível ao seu interior, pelo processo de condução (BRADY; WEIL, 2013;
PEREIRA et al., 2007). A condução é uma consequência de trocas de energia nos
níveis molecular e atômico e, portanto, se dá devido ao contato das partículas do solo,
sendo um processo mais importante em solos secos. A condução de calor no solo
dependente das propriedades térmicas do solo, que, por sua vez, são dependentes
do conteúdo de água. Além disso, há o processo de convecção que ocorre pelos
fluídos em movimento, e é geralmente o processo mais importante que ocorre nos
solos úmidos (PREVEDELLO, 2010).
Conforme Amaro Filho et al. (2008), quando uma mesma intensidade de
radiação solar incide em distintas superfícies de solo, porém com a mesma exposição,
o processo de aquecimento pode ser bastante diferenciado, dependendo das
propriedades térmicas do solo: calor específico (quantidade de calor necessária para
aumentar a temperatura de 1g de solo em 1°C), capacidade térmica (quantidade de
calor necessária para elevar a temperatura de 1 cm³ de solo em 1°C), condutividade
térmica (é a quantidade de calor que flui por unidade de tempo, através de uma seção
transversal de 1 cm2) e difusividade térmica (é a relação entre a condutividade térmica
e a capacidade térmica). Além das propriedades térmicas, a temperatura do solo varia
42

em função das ocorrências meteorológicas que ocorrem na interface solo-atmosfera,


como da nebulosidade, ondas de calor, de frio, geadas, ventos, secas, assim como
varia de acordo com a localização geográfica (AMARO FILHO et al., 2008; BRADY,
WEIL, 2013; PREVEDELLO, 2010).
Além de todos os fatores citados a cima, a temperatura do solo é influenciada
pela composição mineralógica do solo, pela densidade, pela estrutura e pela matéria
orgânica (REICHARDT; TIMM, 2012). Os solos arenosos tendem a exibir maior
amplitude térmica diária nas camadas superficiais e menor profundidade de
penetração das ondas de calor, devido a sua menor condutividade térmica. A
porosidade do solo também afeta a condutividade térmica, no sentido de que quanto
maior o volume de poros, menor será o contato entre as partículas do solo. Já se os
poros do solo estiverem preenchidos com água, a condutividade térmica será maior,
pois a água possui maior condutividade térmica. Em relação à matéria orgânica do
solo, Mota (1983) menciona que ela reduz a capacidade calorífica e a condutividade
térmica dos solos, aumenta a capacidade de retenção de água e, devido a cor escura,
aumenta a sua absorvicidade1.
O regime térmico do solo é caracterizado por uma sucessão periódica de dias
e noites, verões e invernos (AMARO FILHO et al., 2008). A intensidade de radiação
de incide na superfície do solo varia de forma senoidal no período do dia e,
consequentemente, a temperatura do solo varia da mesma forma, neste período
(PREVEDELLO, 2010). Pereira et al. (2007) citam que durante o dia, o aquecimento
da superfície do solo origina um fluxo que transporta o calor da superfície para o
interior do solo, aumentando o armazenamento de energia e a temperatura. À noite,
há o resfriamento da superfície por emissão da radiação terrestre, diminuindo a
temperatura nas camadas próximas da superfície, invertendo o fluxo de calor, o qual
se torna ascendente, retornando o calor para a superfície.
Em relação às épocas do ano, as camadas mais profundas do solo geralmente
são mais quentes no final do outono e no inverno e mais frias na primavera e no verão,
em comparação com o ar e com a superfície do solo. O solo atinge sua temperatura
máxima no dia após o ar atingir sua temperatura máxima; nas maiores profundidades,
o intervalo é mais longo e as oscilações de temperatura são menores (BRADY, WEIL,

1Conforme Mota (1983), a absorvicidade se refere à fração da radiação incidente que é absorvida
pelo material.
43

2013). A amplitude de variação da temperatura diminui com a profundidade, sendo


que as variações de temperatura geralmente tendem a desaparecer para
profundidades superiores a 0,4 m (PREVEDELLO, 2010).
Mota (1983) reporta que na primavera, os solos arenosos aquecem-se mais
rapidamente do que os solos argilosos, devido a menor capacidade calorífica e menor
condutividade térmica do primeiro. No outono, quando os solos arenosos estão sendo
resfriados por radiação e pela percolação da água fria, os solos argilosos permanecem
relativamente quentes.
A temperatura do solo é de grande importância porque atua diretamente na
gênese, por influir no colapso do material parental (a rocha) e na decomposição dos
minerais primários. Além disso, afeta reações químicas que liberam nutrientes para
as plantas, influi na atividade de íons que participam em reações de troca, na
decomposição da matéria orgânica, interfere nos processos que governam a dinâmica
da água no solo, a difusão dos gases e o movimento dos colóides. Biologicamente,
afeta a atividade dos microrganismos do solo, na germinação das sementes, no
crescimento e na produção vegetal (AMARO FILHO et al., 2008; PREVEDELLO,
2010; REICHARDT; TIMM, 2012; BLANCO-CANQUI et al., 2012). Em relação aos
organismos do solo, Primavesi (2006) cita que a elevação da temperatura no solo é
mortal para a maioria, uma vez que estão recobertos por uma finíssima película que
não é capaz de protegê-los contra a seca. Toda fauna edáfica depende de um certo
grau de umidade, de modo que qualquer temperatura que resseca a superfície do solo
a prejudica.

4.3 EFEITO DE PROPRIEDADES DO SOLO NO CRESCIMENTO DAS PLANTAS

O crescimento das plantas, nos diferentes estágios de desenvolvimento, é


depende das condições do solo e do meio ambiente (CARVALHO et al., 1999). Couto
e Brito (1990) completam que os fatores biológicos como o material genético das
plantas, o ataque de pragas, doenças, a microbiologia do solo (micorrizas) e a
vegetação de sub bosque, também são determinantes no crescimento e na produção
das espécies florestais. Entretanto, dentre os fatores que afetam a produção, maior
consideração tem sido dada às características edáficas, devido à correlação entre as
propriedades do solo e o crescimento das árvores (BRUM, 1979).
44

De acordo com Letey (1985), a textura, a densidade, a agregação, a


estabilidade dos agregados e a distribuição e o tamanho de poros do solo são
considerados como fatores que afetam indiretamente o crescimento das plantas. Já a
água, o oxigênio, a temperatura e a resistência à penetração das raízes são fatores
que afetam diretamente o crescimento das culturas.
A textura do solo pode ser considerada, individualmente, como a característica
que mais influência na capacidade produtiva dos povoamentos florestais. A estrutura
do solo, a capacidade de retenção de água, a consistência, a drenagem e as reações
de troca entre o sistema radicular e o complexo coloidal são diretamente dependentes
da textura (CARVALHO et al., 1999). Em relação à densidade do solo, o aumento no
valor desta propriedade física provoca maior resistência à penetração das raízes,
menor velocidade de infiltração da água, redução no arejamento e alteração no fluxo
de calor e de nutrientes na camada compactada. Todos estes aspectos contribuem
para reduzir a produção das plantas (COSTA, 1990).
A quantidade adequada e o tamanho dos poros do solo também são
importantes para obter um bom crescimento das plantas. Para Wolkowski (1990 apud
BOGNOLA et al., 2010), um solo que possui dominância de microporosidade tem mais
poros saturados, o que facilita os fluxos de massa e de difusão dos nutrientes, mas
com oxigenação deficiente e com menor circulação do ar. Já um solo que apresenta
macroposidade superior a ideal, tem dificuldade em formar fluxo contínuo de água
para permitir os mecanismos de movimentação dos nutrientes até a zona radicular
das plantas. Assim, com um menor fluxo de ar e água no solo, o volume de solo a ser
explorado pelas plantas é menor e, consequentemente, ocorre uma redução no
crescimento do sistema radicular das plantas.
De acordo com Gonçalves et al. (1990), o crescimento e a produtividade dos
povoamentos florestais relacionam-se mais com as propriedades físicas do que com
as propriedades químicas do solo, principalmente com aquelas relacionadas com a
capacidade de retenção e armazenamento de umidade.
Brady e Weil (2013) explicam que a água disponível para as plantas
corresponde a quantidade de água retida entre a capacidade de campo e o ponto de
murcha permanente. A capacidade de água disponível no solo para as plantas é
influenciada pela textura e pelo teor de matéria orgânica. Em relação à textura, à
medida que esta fica mais fina, há um aumento na capacidade de água disponível de
solos arenosos para francos e francos-siltosos. Os solos argilosos frequentemente
45

possuem menos água disponível do que solos franco-siltosos bem estruturados, visto
que as argilas têm ponto de murcha permanente elevado. A matéria orgânica aumenta
a capacidade de água disponível devido a sua capacidade de retenção de água e pelo
fato de que causa melhoria na agregação do solo, aumentando a porosidade e,
consequentemente, a infiltração da água no solo.
De modo geral, para uma cultura comum, sensível ao encharcamento, a
produtividade aumenta rapidamente enquanto a tensão da água aumenta entre zero
e a capacidade de campo. Isso ocorre porque próximo à capacidade de campo os
macroporos já contem quantidade de ar suficiente para proporcionar oxigênio
necessário para a respiração e crescimento das raízes. Dessa forma, há um nível de
tensão de água ótimo e acima desse valor a produtividade diminui lentamente até a
chamada tensão crítica, acima da qual a produtividade diminui rapidamente e é
reduzida a zero antes do ponto de murcha permanente. Para plantas tolerantes ao
encharcamento do solo, a produtividade diminui lentamente com o aumento da tensão
da água no solo, sem passar por um máximo. Esse declínio lento da produtividade
também aumenta rapidamente em tensões de água superiores ao valor critico, visto
que nessas tensões elevadas de água a planta encontra dificuldade para retirar a agua
do solo em função da elevada tensão de água (CALBO; SILVA, 2005).
Segundo Brady e Weil (2013), a umidade adequada do solo é essencial para a
transpiração das plantas, a fim de manter sua refrigeração, transporte de nutrientes,
fotossíntese e manutenção do turgor. Van Lier (2010) salienta que em uma condição
sem chuva ou irrigação e na ausência de um lençol freático próximo, o solo vai
secando, conforme a planta vai extraindo água para suprir a transpiração.
Consequentemente, a resistência ao fluxo de água no solo aumenta, e para a
manutenção do fluxo de água, o potencial na raiz diminuirá, gerando uma diferença
de potencial maior entre o solo e a raiz. No entanto, existe um limite (negativo) de
potencial da água na raiz. Próximo a esse limite, mecanismos fisiológicos causam o
fechamento dos estômatos nas folhas, órgãos onde ocorrem as trocas de gases com
a atmosfera. Dessa forma, aumenta a resistência total do caminho solo-planta-
atmosfera e diminui o fluxo de água (transpiração). Ao mesmo tempo em que diminui
a transpiração por causa do fechamento dos estômatos, a entrada de CO 2 também
fica prejudicada, pois ela ocorre por esses mesmos estômatos, afetando a taxa
fotossintética.
46

A temperatura do solo também afeta diretamente o desenvolvimento da planta,


desde a germinação até o crescimento. A semente só germina quando o solo atinge
uma temperatura crítica, da mesma forma que o desenvolvimento da planta também
necessita de uma temperatura adequada para ocorrer. Cada espécie requer uma
determinada faixa de temperatura para germinar, crescer e externar seu potencial
(GASPARIM, 2005). Algumas espécies, como certas gramíneas de pradarias e grãos
cultivados, necessitam de um período com temperaturas frias do solo (2 a 4°C) para
germinar na primavera seguinte, que é o chamado processo de vernalização. Já
outras espécies germinam após grandes flutuações e temperaturas máximas que
ocorrem no solo, como por exemplo, algumas espécies que crescem em clareiras de
florestas (BRADY; WEIL, 2013).
O crescimento de muitas plantas ocorre em um pequeno intervalo de
temperatura do solo. Por exemplo, o milho e o pinheiro loblolly, os quais evoluíram em
regiões quentes, crescem melhor quando a temperatura do solo se situa em torno
entre 25 e 30°C. Já o cereal centeio e a árvore Red maple (Acer sp.), os quais são
espécies que evoluíram em regiões frias, a temperatura para o melhor crescimento
situa-se entre 12 e 18°C (BRADY; WEIL, 2013).
A temperatura do solo afeta o crescimento da planta porque interfere na
absorção de água e nutrientes, no crescimento radicular, na fotossíntese, por exemplo
(BRADY; WEIL, 2013). Vieira et al. (2010b) citam que a redução da temperatura do
solo diminui a taxa de absorção de água pelas raízes, devido à condutância radicular,
aumento da viscosidade da água, diminuição da permeabilidade das membranas
celulares, redução da atividade metabólica (respiração), redução do crescimento
radicular, redução no acúmulo de nutrientes (absorção ativa), aumento da resistência
à absorção passiva e menor energia livre e cinética das moléculas de água. Conforme
Mota (1986), para temperaturas quase ótimas para a planta, a taxa de absorção da
água pelas raízes pode aumentar cerca de 10% para cada grau de aumento na
temperatura do solo. Entretanto, a condução da água nos vasos do xilema até às
folhas aumenta cerca de 1% para cada 1°C de aumento da temperatura do solo. Em
relação à absorção de nutrientes, Brady e Weil (2013) citam que uma das
consequências das baixas temperaturas do solo é o aparecimento de deficiências
nutricionais, especialmente o fósforo, que ocorrem com frequência em plantas jovens
no início da primavera e desaparecem apenas quando o solo se aquece no fim dessa
estação. Nas regiões de clima temperado, quando o solo ainda está frio, as plantas
47

perenifólias (sempre verdes) podem ficar ressecadas, ou até morrer. Isso ocorre
porque, nestas condições de solo frio a lenta absorção de água pelas raízes não
consegue compensar a alta demanda de evaporação pelas folhas, em razão da
elevada insolação. Essa “queima de inverno” pode ser evitada com o uso de sombrites
nas plantas para proteger da luz solar.
Brady e Weil (2013) citam que uma temperatura adversa no solo geralmente
influencia mais a brotação e a fotossíntese do que o crescimento das raízes. Ishioka
et al. (2013) estudaram o efeito do aquecimento do solo na atividade fotossintética de
sete espécies (Pachysandra terminalis, Dryopteris crassirhizoma, Daphne
kamtschatica var. jezoensis, Smilacina japônica, Trillium apetalon, Parasenecio
auriculata e Phryma leptostachya var. asiática) de uma floresta estacional decidual do
norte do Japão. Para cada espécie, os autores avaliaram a máxima taxa fotossintética
(μmol m−2 s−1), em solo aquecido e na testemunha, sem aquecimento, e encontraram
um aumento da atividade fotossintética das espécies D. kamtschatica e P.
leptostachya e redução para a D. crassirhizoma, nos solos com aquecimento. Já as
outras espécies estudadas não apresentaram alteração na atividade fotossintética
com o aquecimento do solo, comparado com a testemunha. Ribeiro et al. (2009)
também observaram o efeito da temperatura do solo na atividade fotossintética ao
estudar laranjeiras jovens cultivadas em vasos. Os autores verificaram que a
temperatura do ar e do solo no inverno causou uma redução da atividade
fotossintética, em relação ao verão. A redução da temperatura causou um decréscimo
da condutância estomática e na atividade de carboxilação da ribulose-1,5-bisfosfato
carboxilase/oxigenasse (Rubisco) e regeneração da ribulose-1,5-bisfosfato (RuBP)
(RIBEIRO et al., 2009).
A temperatura do solo também interfere na atividade da fauna edáfica
(REICHARDT; TIMM, 2012), a qual é de grande importância para a decomposição da
matéria orgânica do solo e a posterior disponibilização de nutrientes para as plantas.
Conforme Brady e Weil (2013), a atividade dos microrganismos aumentacom o
aumento da temperatura. As taxas dos processos microbianos, como a respiração,
normalmente mais do que dobram a cada 10°C de aumento da temperatura. A
temperatura ótima para os processos de decomposição microbiana pode estar entre
35 a 40°C, consideravelmente mais alta que o ótimo para o crescimento das plantas.
Apesar de comumente ser considerado que a atividade microbiana praticamente
cessa abaixo de 5°C, baixos níveis de atividade microbiana e de decomposição da
48

matéria orgânica têm sido medidos em camadas de permafrosts (terrenos


permanentemente congelados) de Gelisols com temperaturas tão frias quanto -20°C.
Dessa forma, conhecendo a exigência de cada cultura, para as suas distintas
fases fenológicas, é possível manejar o solo a fim de adequar a temperatura e a
umidade a condições ótimas (GASPARIM, et al., 2005; AMARO FILHO et al., 2008).
Muito esforço tem sido feito pelos agricultores para modificar a temperatura do solo e,
em muitos casos, o sucesso ou a falência do agricultor estão intimamente
relacionados com as variações de temperatura do solo (GASPARIM, et al., 2005).
O efeito da temperatura e umidade do solo e na produtividade de trigo e sorgo
cultivada com soja e crotalária como cobertura foi estudado por Blanco-Canqui et al.
(2012). Os autores encontraram correlação positiva do rendimento de trigo e sorgo
com um aumento no conteúdo de água do solo, induzido pelas culturas de cobertura,
e também observaram correlação negativa com a diminuição na temperatura,
demostrando a importância da água e temperatura no solo para a produção agrícola.
5 MATERIAL E MÉTODOS

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL

O estudo foi realizado na área experimental do departamento de solos da


Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria, Rio Grande do Sul (29°68’ de
latitude Sul e 53°81’ de longitude Oeste de Greenwich) (Figura 2).
De acordo com Sartori (1979), a região de Santa Maria situa-se na zona de
transição entre a Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense, também conhecida por
Depressão central e a escarpa arenito-basáltica do Planalto Meridional Brasileiro, em
uma altitude média de 113 metros do nível do mar (INSTITUTO NACIONAL DE
PESQUISAS ESPACIAIS - INPE, 2013).

Figura 2 – Imagem de localização da área de estudo (A).

Fonte: Google Maps Brasil (2014).


50

O clima da região da área de estudo é o Cfa da classificação de Köppen, o qual


corresponde ao clima subtropical úmido, sem estiagens (MORENO, 1961). A
temperatura média anual do município de Santa Maria é de 19,2 °C, sendo que a
temperatura média do mês mais frio é de, aproximadamente, 13,8 °C e a precipitação
pluviométrica total anual é de, aproximadamente, 1708 mm (MALUF, 2000).
O solo da área experimental é classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo
Distrófico típico (EMPRARA, 2013) e Typic Hapludalf (Soil Taxonomy), com textura
franco arenosa até 40 cm de profundidade (Tabela 1) e densidade de partículas média
de 2,59 g cm-3 (Tabela 2).

Tabela 1 – Granulometria (%) do Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico


cultivado com erva-mate e plantas de cobertura do solo.

Camada Areia Grossa Areia Fina Silte Argila


Classe textural
(cm) (%) (%) (%) (%)
0-5 26 38 26 10 Franco arenosa
5-10 25 38 26 11 Franco arenosa
10-20 24 38 27 11 Franco arenosa
20-40 22 38 28 12 Franco arenosa

Tabela 2 – Densidade de partículas (g cm-3) do Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico


típico cultivado com erva-mate e plantas de cobertura do solo.

Camada Tratamentos
(cm) S1 S2 SP AF VR
0-5 2,57 2,56 2,57 2,60 2,57
5-10 2,59 2,58 2,60 2,61 2,58
10-20 2,60 2,59 2,58 2,59 2,58
20-40 2,60 2,59 2,58 2,61 2,60

S1 - aveia preta+nabo forrageiro e feijão-miúdo. S2 - aveia preta+ervilhaca e feijão-miúdo. SP - soja


perene. AF - amendoim forrageiro. VR - vegetação espontânea roçada.

As características químicas do solo antes da instalação do experimento


constam na tabela 3. Conforme a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Comissão
de Química e Fertilidade do Solo, RS/SC (2004), o solo em estudo apresenta pH em
água muito baixo a baixo e apresenta baixo teor de matéria orgânica.
51

Tabela 3 – Caracterização químicas do solo antes da implantação do experimento.

Camada pH em água MOS P-Mehlich K Ca Mg H+Al


(cm) H2O % -3 -3
------mg dm ------ -----------cmolc dm ------------
0-10 5,2 2,0 12,4 69,3 2,3 0,7 4,5
10-20 5,0 1,2 10,1 32,0 1,6 0,6 4,9

MOS - matéria orgânica do solo. P - fósforo. K - potássio. Ca - cálcio. Mg - magnésio. Al - alumínio. As


análises foram realizadas pelo laboratório de química e fertilidade do solo da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM).

A área do estudo permaneceu em pousio por aproximadamente 15 anos. A


partir de 2004, passou a ser utilizada para o plantio de aveia no inverno e soja no
verão (KAISER, 2010). De 2007 a 2010 a área foi utilizada para um experimento que
avaliou o efeito de sistemas de manejo do solo e níveis de compactação sobre as
propriedades físicas do solo cultivado com milho, realizado por Kaiser (2010). Até o
momento da implantação do experimento do presente estudo, a área foi cultivada com
aveia preta (Figura 3a). Em novembro de 2014, antes de implantar o experimento, a
área experimental foi gradeada três vezes, utilizando um trator acoplado a uma grade
do tipo off-set, a fim de obter maior homogeneidade no solo (Figura 3b e 3c).

Figura 3 – a) Área antes da implantação do experimento; b, c) Preparo do solo.

a b c
Fonte: O autor.

5.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi implantado em delineamento blocos ao acaso, com cinco


tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram implantados em novembro de
2014 e a erva-mate foi plantada dia nove de dezembro de 2014. As unidades
experimentais tinham 175 m2 e possuíam bordadura comum e simples, ou seja,
52

possuíam uma linha de árvores em cada um de seus lados (Figura 4b). A área total
do experimento era de 0,308 ha (Figura 4a). Os tratamentos foram cinco tipos plantas
de cobertura do solo, sendo elas:
 Soja perene (Neonotonia wightii) (SP): a soja perene foi semeada à lanço com
densidade de semeadura de 6 kg ha-1. Até o estabelecimento da soja perene, o
controle de plantas daninhas foi realizado por meio de capina manual. A escolha da
soja perene foi feita porque esta espécie é indicada como cobertura do solo de culturas
perenes, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do estado
do Rio Grande do Sul.
 Amendoim forrageiro (Arachis pintoi) (AF): o amendoim forrageiro foi plantado
por meio de estolões da planta, com um espaçamento entrelinhas de 0,25 m. O
controle das plantas daninhas neste tratamento foi feito pelo método manual.
 Vegetação espontânea roçada (VR): a vegetação que cresceu
espontaneamente foi roçada com uma roçadeira costal a gasolina, uma vez por mês,
em média. Nesse tratamento predominaram gramíneas, como papuã, tiririca, capim-
marmelada (Brachiaria plantaginea), capim-annoni (Eragrostis plana). Também foi
observada a presença de caraguatá (Bromelia pinguin) e buva (Conyza bonariensis).
 Aveia preta (Avena strigosa) + nabo forrageiro (Raphanus sativus) e feijão-
miúdo (Vigna unguiculata) (S1 – sistema de rotação 1): o consórcio de aveia preta +
nabo forrageiro foi cultivado no período entre outono/inverno e o feijão-miúdo no
período entre primavera/verão. A aveia preta e o nabo forrageiro foram semeados à
lanço com porcentagens de 30% e 70% do total recomendado por hectare,
respectivamente. Para o nabo forrageiro e para a aveia preta são recomendados 15 e
90 kg ha-1, respectivamente. O feijão-miúdo foi semeado com uma densidade de 60
kg ha-1, contendo doze sementes por metro linear, aproximadamente a 10 cm de
profundidade do solo e com espaçamento de 0,40 m.
 Aveia preta (Avena strigosa) + ervilhaca (Vicia sativa L.) e feijão-miúdo (Vigna
unguiculata) (S2 – sistema de rotação 2): o consórcio de aveia preta + ervilhaca foi
cultivado no período entre outono/inverno e o feijão-miúdo no período entre
primavera/verão. A aveia preta e a ervilhaca foram semeadas à lanço com
porcentagens de 45 e 55% do total recomendado por hectare, respectivamente, sendo
recomendado 80 kg ha-1 para a ervilhaca e 90 kg ha-1 para a aveia preta. O feijão-
miúdo foi semeado com uma densidade de 60 kg ha-1, contendo doze sementes por
53

metro linear, aproximadamente a 10 cm de profundidade do solo e com espaçamento


de 0,40 m.

Figura 4 – a) Croqui da área de estudo e os respectivos tratamentos aplicados; b)


Croqui das árvores a serem medidas e das árvores de bordadura.

Fonte: O autor.

As mudas de erva-mate foram produzidas pela empresa Eucaflora, localizada


em Chapecó, Santa Catarina, utilizando sementes do pomar da Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) (Figura 5b). As mudas, de
aproximadamente 15 cm, foram plantadas por meio de coveamento manual. O plantio
foi feito com espaçamento de 2,0 x 2,5 m, com 35 plantas em cada unidade
experimental, sendo 15 plantas úteis. A adubação de plantio foi feita conforme a
recomendação da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Comissão de Química e
54

Fertilidade do Solo, RS/SC (2004), utilizando ureia (45g), superfosfato simples (56g)
e cloreto de potássio (17g), considerando as características químicas do solo,
apresentadas na tabela 3. O adubo foi misturado com o solo e colocado em quatro
covas feitas próximas da muda (Figura 5a). Foi realizada apenas a adubação de
plantio e não foi feito mais nenhum tipo de adubação, além da proporcionada pela
ciclagem de nutrientes das coberturas.
Logo após o plantio foi colocada uma lâmina de madeira de pinus em cada uma
das mudas, na posição oeste, para protege-las do sol da tarde, ficando as demais
posições livres para receber a luminosidade. As lâminas tinham cerca de 3 mm de
espessura e 40 cm de altura, foram colocadas a 25 cm de distância das mudas (Figura
5c) e foram retiradas aos 6 meses após o plantio das mudas.
Trinta dias após o plantio foram replantadas as mudas que morreram. A fim de
evitar a matocompetição foi feito o coroamento das mudas, com diâmetro de
aproximadamente 1 metro (Figura 5d). O controle de pragas e doenças foi feito
continuamente, sendo registrado apenas o ataque de formigas no feijão-miúdo e na
erva-mate. Em nenhum momento foi utilizado herbicida.
Foi realizada a irrigação do experimento, conforme a necessidade das culturas,
por meio de um sistema de aspersão com seis aspersores (com bocal de 6 mm)
dispostos linearmente a cada 12 metros no centro do experimento, de modo que todas
as unidades experimentais fossem irrigadas com a mesma quantidade de água
(Figura 5e). A água utilizada na irrigação do experimento foi captada de um açude
próximo da área experimental e foi conduzida ao experimento por meio de uma
motobomba movida à gasolina e canos de 75 mm (Figura 5e). A irrigação foi feita até
março de 2015.
55

Figura 5 – a) Adubação da erva-mate; b) Muda de erva-mate usada no plantio; c)


Placas de proteção das mudas; d) Coroamento; e) Sistema de irrigação.

a b c

d e
Fonte: O autor.

As avaliações das propriedades físico-hídricas do solo foram feitas no


laboratório de física do solo da UFSM e das propriedades químicas do solo foram
feitas no laboratório de química e fertilidade do solo da UFSM. As avaliações das
plantas de cobertura do solo, das propriedades físico-hídricas e químicas do solo e do
crescimento da erva-mate foram realizadas por meio das metodologias descritas
abaixo.

5.3 AVALIAÇÃO DA MASSA SECA DAS PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO

A massa seca das plantas de cobertura do solo foi obtida pela coleta de
amostras com o uso de um amostrador metálico quadrado, vazado (60 cm x 60 cm).
O amostrador foi lançado aleatoriamente em cada uma das unidades experimentais e
foi removido todo material vegetal rente ao solo que se encontrava dentro do
amostrador. Foram coletadas duas amostras por unidade experimental. As amostras
foram acondicionadas em sacos de papel e colocadas na estufa a 60°C, até massa
constante, para obter a massa de matéria seca. Quando ocorreu incidência de plantas
daninhas, estas foram separadas das plantas de cobertura e também foram
56

quantificadas. As coletas foram realizadas no período que correspondeu a metade de


cada estação de cada ano (fevereiro, maio, agosto e novembro) de avaliação.
Os dados de massa seca das plantas de cobertura do solo foram submetidos
ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett.
Quando não atendido este pressuposto, foi realizada a transformação dos dados por
Box-Cox. Em seguida, foi feita a análise de variância e, quando o teste F foi
significativo, foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.

5.4 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO

Em abril e novembro de 2015 e novembro de 2016 foram coletadas amostras


de solo com estrutura preservada nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. Em
cada uma das épocas foi feita uma trincheira em cada uma das unidades
experimentais, totalizando 20 pontos de coleta (Figura 6). As amostras foram
coletadas no centro de cada camada com o uso de cilindros metálicos (3 cilindros por
camada) de 0,06 m de diâmetro e 0,05 m de altura, para a obtenção da
microporosidade, macroporosidade, porosidade total, densidade do solo,
condutividade hidráulica do solo saturado e permeabilidade do solo ao ar. Nas épocas
supracitadas também foram coletadas amostras de solo com estrutura preservada nas
camadas de 0-0,05 e 0,05-0,10 m para obtenção dos agregados estáveis em água.
Apenas em abril de 2015 foram coletadas amostras com estrutura não
preservada, em cada uma das unidades experimentais, para obtenção da densidade
de partículas e da granulometria nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm.

Figura 6 – Ponto de coleta de solo.

Fonte: O autor.

Os procedimentos e as metodologias empregadas para obter a caracterização


das propriedades físico-hídricas do solo estão descritas abaixo.
57

5.4.1 Granulometria

A granulometria foi avaliada pelo método da pipeta (EMBRAPA, 1997), por


meio da quantificação do teor de argila (< 0,002 mm), silte (0,05 – 0,002 mm), areia
fina (0,2 – 0,05 mm) e areia grossa (2 – 0,2 mm).

5.4.2 Densidade de partículas

A densidade das partículas foi determinada pelo método do balão volumétrico


modificado proposto por Gubiani et al. (2006), e foi calculada por meio de a expressão
matemática a seguir:

Dp = (Mbs-Mb)/[50-(Mbsa-Mbs)/Da] (1)

Em que:
Dp = densidade de partículas do solo (g cm-3);
Mbs = massa do balão volumétrico contendo o solo (g);
Mb = massa do balão volumétrico (g);
Mbsa = massa do balão volumétrico contendo solo mais álcool (g);
Da = densidade do álcool (g cm-3).

5.4.3 Distribuição dos poros e densidade do solo

A densidade, porosidade total, macroporosidade e microporosidade do solo


foram obtidos por meio da metodologia descrita em EMBRAPA (1997), utilizando a
mesa de tensão proposta por Reinert e Reichert (2006). As expressões matemáticas
utilizadas foram:

ρ=b/c (2)

n = Mac+Mic (3)

Mac= (d-a)⁄c (4)


58

Mic= ((a-b)⁄c) (5)

Em que:
ρ = densidade do solo (g cm-3);
n = porosidade total do solo (m-3 m-3);
Mac = macroporosidade do solo (m-3 m-3);
Mic = microporosidade (m-3 m-3);
a = peso da amostra após ser submetida a uma tensão de 60 cm (6 kPa) de
coluna de água (g);
b = peso da amostra seca a 105-110oC (g);
c = volume do cilindro (cm3);
d = peso da amostra saturada (g).

Os dados de densidade e porosidade do solo foram submetidos ao teste de


normalidade de Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Em seguida,
foi feita a análise de variância e, quando o teste F foi significativo, foi aplicado o teste
de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.

5.4.4 Fluxo de ar e cálculo da permeabilidade do solo ao ar

A permeabilidade do solo ao ar foi calculada com base nos valores do fluxo de


ar que passou nas amostras, o qual foi medido usando um permeâmetro de carga
constante de ar. O fluxo de ar foi ajustado para gerar um gradiente de baixa pressão
(de 0,1 kPa ou 1 cm de coluna d’água), para evitar fluxo turbulento. O fluxo de ar foi
mensurado nas amostras submetidas nas tensões de 6 e 10 kPa, obtidas na mesa de
tensão (REINERT; REICHERT, 2006), e também na tensão de 100 kPa, obtida na
panela de Richards. A permeabilidade do solo do ar no solo foi calculada por meio das
expressões matemáticas abaixo.

ΔV.l (6)
Kl = ρl .g
Δt.Δp.A
59

Em que:
Kl = condutividade ao ar (cm s-1);
ρl = densidade do ar no momento da medida (g cm-3);
g = aceleração da gravidade (981 cm s-2);
ΔV = quantidade de ar que passa na amostra (cm3);
Δt = variação de tempo (s);
l = altura da amostra (cm);
Δp = pressão do ar que passa pela amostra (1 cm de coluna de água = 1000
dinas cm-2; Dinas = g cm/s2);
A = área do cilindro (cm2).
Tn p (7)
ρl = ρn ( )
pn T
Em que:
ρl = densidade do ar (kg m-3);
ρn = densidade padrão do ar (1,293 kg m-3);
Tn = temperatura padrão (273,15 °K);
p = pressão atmosférica durante a medida (mbar);
pn = pressão atmosférica padrão (1013 mbar);
T= temperatura do ar durante a medida (°K).

η
Ka = Kl (8)
ρl g

Em que:
Ka = permeabilidade ao ar (cm s-1);
Kl = condutividade ao ar (cm s-1);
η = Viscosidade do ar (g s-1 cm-1);
ρl = densidade do ar no momento da medida (g cm-3);
g = aceleração da gravidade (981 cm s-2).

Os dados de permeabilidade ao ar foram submetidos ao teste de normalidade


de Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Quando não atendido
estes pressupostos, foi realizada a transformação dos dados por Box-Cox.
Posteriormente foi feita a análise de variância e foi aplicado o teste de Tukey (p<0,05).
60

5.4.5 Condutividade hidráulica do solo saturado

A condutividade hidráulica do solo saturado foram obtidos com o uso de um


permeâmetro de carga variável (GUBIANI et al., 2010). Após as amostras coletadas
nos anéis volumétricos estarem equilibradas no ponto de 100 kPa na câmara de
Richards, elas foram novamente saturadas e foi medido o fluxo de água do solo para
calcular a condutividade hidráulica do solo saturado, com a seguinte expressão
matemática:

aL H1 (9)
Kθ = ln ( )
A(Δt) H2

Em que:
Kθ = condutividade hidráulica do solo saturado;
Δt = t2–t1 (é o intervalo de tempo para a diferença de potencial total entre os
extremos da amostra diminuir de H1 para H2);
A = área da seção transversal da amostra de solo;
L = comprimento da amostra de solo;
ln = logaritmo neperiano;
a = área da seção transversal do tubo onde se mede H.

Para verificar o efeito das plantas de cobertura do solo a condutividade


hidráulica do solo saturado, os dados foram submetidos ao teste de normalidade de
Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Quando não atendido estes
pressupostos, foi realizada a transformação dos dados por Box-Cox. Em seguida, foi
feita a análise de variância e, quando o teste F foi significativo, foi aplicado o teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.

5.4.6 Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água

A distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água foi avaliada pelo


método modificado de Kemper e Chepil (1965). A percentagem de agregados, o
diâmetro médio geométrico e o diâmetro médio ponderado, foram calculados por meio
das seguintes expressões matemáticas:
61

𝑛
(10)
AGRi (%)= (𝑚𝐴𝐺𝑅𝑖 ⁄∑ 𝐴𝐺𝑅𝑖 ) ∗ 100
𝑖=1
n n
(11)
DMG(mm)= EXP [∑ (AGRi *ln(ci))⁄∑ AGRi ]
i=1 i=1

DMP(mm)= ∑ MAi ci ⁄MAT (12)

Em que:
AGRi (%): percentagem de agregados por intervalo de classe de tamanho;
DMG = diâmetro médio geométrico (mm);
DMP = diâmetro médio ponderado (mm);
mAGRi = massa de agregados em cada classe i, menos areias (g);
∑ni=1 AGRi = massa total de agregados, menos areias (g);
ln = logaritmo neperiano;
ci = valor médio da classe de agregados i (mm);
MAT = massa total de agregados descontada a fração inerte (g);
MAi = massa de agregados da classe i (g).

Para verificar o efeito das plantas de cobertura do solo sobre a distribuição do


tamanho dos agregados em água, os dados foram submetidos ao teste de
normalidade de Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Quando não
atendido este pressuposto, foi realizada a transformação dos dados por Box-Cox. Em
seguida, foi feita a análise de variância e, quando o teste F foi significativo, foi aplicado
o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.
Para analisar o efeito de cada uma das coberturas do solo no DMG e no DMP,
os dados, apenas da camada de 0-5 cm, foram submetidos ao teste de normalidade
de Shapiro-Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Foi calculada uma análise
de variância comparando o tempo inicial (abril de 2015) e final (novembro de 2016) de
avaliação, separadamente para cada uma das coberturas do solo.
62

5.4.7 Temperatura e conteúdo volumétrico de água no solo

O monitoramento da umidade e da temperatura do solo foi feito continuamente


por meio de um sistema automatizado de coleta de dados (Figura 7), o qual era
alimentado por uma bateria de 60 amperes conectada em uma placa solar. Antes de
serem levados para o campo, os sistemas de monitoramento de umidade e de
temperatura do solo foram testados em laboratório.
A temperatura do solo foi medida por meio de termopares, os quais estavam
conectados em dois multiplexadores e dois datalogger programados para fazer
leituras da temperatura do solo a cada quinze minutos (Figura 7a, 7b). Os termopares
foram confeccionados com tubo de nylon, de aproximadamente 2 cm de comprimento
e 0,5 cm de diâmetro, dentro do qual foi colocado o fio de cobre-constantan, e o tubo
foi preenchido com cola de secagem rápida (marca Araudite). Os termopares foram
instalados horizontalmente no centro das camadas do solo de 0-5, 5-10 e 10-20 cm e
a 70 cm de distância das ervas-mate. Os termopares foram instalados dia 23 de abril
de 2015, sendo que não foram instalados apenas no tratamento aveia preta +
ervilhaca e feijão-miúdo, por falta de material e equipamento de medição.
O sistema de obtenção da umidade do solo foi implantado no dia 09 de maio
de 2015 e foi composto de TDR (time domain reflectometer, em
português, Reflectometria no Domínio do Tempo), o qual estava conectado a um
datalogger, à multiplexadores e às sondas (Figura 7c, 7d, 7e). No experimento foram
usados dois TDR, dois datalogger, doze multiplexadores e oitenta sondas. As sondas
utilizadas para medir a umidade foram instaladas horizontalmente no centro das
camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm, a 70 cm de distância das ervas-mate (Figura
7d). Os dados foram obtidos e armazenados a cada sessenta minutos. Na
programação do sistema para aquisição automática dos dados foi inserida uma
equação de calibração específica para o solo em estudo para obter melhor precisão
nos dados obtidos, a qual foi desenvolvida por Kaiser et al. (2010), a qual foi:

θ = -0,04019 + 0,0295Ka - 0,00069 Ka2 + 0.000016 Ka3 R² = 0,96 (13)

Onde:
Θ = umidade do solo;
Ka = constante dielétrica.
63

Figura 7 – Croqui de localização dos equipamentos de medição da umidade e da


temperatura do solo.

a b

c d

e f
Fonte: O autor.

Para verificar o efeito das plantas de cobertura do solo sobre a umidade e


temperatura do solo, os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-
Wilk e homogeneidade de variâncias de Bartlett. Depois foi calculada a análise de
variância e, quando o teste F foi significativo, foi aplicado o teste de Tukey ao nível de
5% de probabilidade de erro. Esse procedimento estatístico foi realizado para cada
um dos dias do ano, comparando as médias diárias dos tratamentos.
64

5.4.8 Determinação do ponto de murcha permanente (PMP) da erva-mate

Para determinar o Ponto de Murcha Permanente (PMP) fisiológico da erva-


mate foi implantando um experimento em vasos na casa de vegetação do
Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em Santa
Maria, Rio Grande do Sul, de novembro de 2014 a agosto de 2015. O solo e as mudas
de erva-mate utilizados foram os mesmos do presente estudo sobre erva-mate e
cobertura do solo. O solo foi destorroado, homogeneizado e a adubação foi realizada
conforme a recomendação da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Comissão de
Química e Fertilidade do Solo, RS/SC (2004). Foram plantadas dez mudas de erva-
mate, de aproximadamente 20 cm de altura, em vasos de quatro litros, totalizando dez
repetições. As mudas foram cultivadas em solo com umidade correspondente a 80%
da capacidade de campo até julho de 2015, a fim de obter um bom desenvolvimento
do sistema radicular (Figura 8). A metodologia empregada para estimar o PMP
fisiológico da erva-mate foi proposta por Briggs e Shantz (1912). Os dados foram
submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (p<0,05) e ao teste t presumindo
variâncias diferentes.

Figura 8 – a) Irrigação das mudas; b) Sistema radicular de erva-mate no Ponto de


Murcha Permanente Fisiológico (PMP); c) Planta no PMP.

a b c
Fonte: O autor.

5.5 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO

Para a avaliação das propriedades químicas do solo foram coletadas amostras


de solo nas camadas de 0-5; 5-10; 10-20 e 20-40 cm em maio de 2015 e novembro
de 2016. As amostras foram coletadas a 70 cm de distância das plantas, com o uso
de um trado calador.
65

Foram feitas as análises de saturação de bases, teores de potássio, cálcio,


magnésio, fósforo, relações Ca/Mg, relações (Ca+Mg)/K, relações K/(Ca+Mg)1/2, pH
em água, acidez potencial, teor de alumínio, capacidade de troca de cátions efetiva,
capacidade de troca de cátions a pH 7 e saturação de alumínio, seguindo a
metodologia proposta por Tedesco et al. (1995).
Os valores do nitrogênio total e do carbono total foram determinados em
Analisador Elementar modelo FlashEA 1112. A matéria orgânica foi calculada pela
percentagem de carbono total multiplicada por 1,724, valor chamado de fator de Van
Bemmelen (BRUNETTO et al., 2006), que parte do pressuposto de que a matéria
orgânica do solo contém 58% de C orgânico.
Para todos os dados das propriedades químicas do solo foi calculado os testes
de normalidade de Shapiro-Wilk e de homogeneidade de variâncias de Bartlett. Foi
realizada a análise de variância e o teste de Tukey (p<0,05).

5.6 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE Ilex paraguariensis

5.6.1 Altura total e diâmetro a 10 cm de altura da erva-mate

Para avaliar o crescimento da erva-mate foram realizadas medições das


variáveis dendrométricas diâmetro a 10 cm de altura da planta e altura total, os quais
foram medidos nas árvores centrais de cada unidade experimental (15 árvores),
deixando em cada lado da unidade experimental uma linha de plantas como
bordadura (Figura 4b). As medições dos diâmetros e das alturas totais das plantas
foram feitas com o uso de paquímetro e régua graduada, respectivamente (Figura 15).
As alturas e os diâmetros das árvores foram mensurados no período que
correspondeu a metade de cada estação do ano, ou seja, em maio, agosto, novembro
de 2015 e em fevereiro, maio, agosto e novembro de 2016.

5.6.2 Área foliar

A área foliar foi medida em maio e novembro de 2015 e de 2016, a fim de


representar o efeito das coberturas no final de cada período de primavera/verão e
outono/inverno. Em cada uma das épocas foram coletadas 170 folhas em toda área
experimental. As folhas foram escaneadas e foi calculada a área total destas folhas
66

com o uso do programa ImageJ® (RASBAND, 2007). Com os valores das áreas
foliares foram ajustados modelos lineares, quadráticos, cúbicos, logarítmicos e
exponenciais, em função de dimensões lineares das folhas (comprimento, largura
máxima e o produto do comprimento pela largura máxima), sendo a normalidade dos
resíduos calculada por meio do teste de Shapiro-Wilk.
Para seleção do modelo que melhor se ajustou aos dados foram calculados os
seguintes parâmetros estatísticos: coeficiente de determinação ajustado, coeficiente
de variação e F calculado. O modelo foi escolhido com base no valor ponderado dos
escores estatísticos, conforme descrito em Schneider et al. (2009). O valor ponderado
foi determinado atribuindo-se pesos aos parâmetros estatísticos calculados. As
estatísticas foram ordenadas de acordo com sua eficiência, sendo atribuído peso 1
para a equação mais eficiente e pesos crescentes para as demais equações (ranking).
A equação selecionada foi a que apresentou o menor valor ponderado dos escores
estatísticos (SCHNEIDER et al., 2009).
Com base na equação selecionada, foram medidas todas as folhas de 6
árvores por unidade experimental, em cada uma das épocas de avaliação.

5.6.3 Teor de clorofila a, clorofila b, carotenoides, clorofila total e fluorescência


da clorofila de Ilex paraguariensis

A fluorescência da clorofila da erva-mate foi medida com o uso de um


fluorômetro modulado Junior-PAM (Wals, Alemanha) utilizando uma folha
completamente expandida de cada unidade experimental, em novembro de 2016.
Para gerar as curvas de indução de fluorescência, foram feitas medições às 9 horas
sob uma radiação média de 600 µmol m -2 s-1. Antes da avaliação, as folhas foram
envolvidas em papel alumínio, onde permaneceram no escuro por 30 minutos.
A fluorescência mínima ou inicial (Fo) foi medida usando um pulso de luz
modulado que não causa alterações fisiológicas significativas na planta. A
fluorescência máxima (Fm) foi medida após a aplicação de luz actínica saturante
(10.000 µmol m-2 s-1) por 0,6 segundos. A Fm e a Fo foram utilizadas para obter a
eficiência quântica máxima do fotossistema II (Fv/Fm) e a fluorescência variável (Fv),
sendo calculada por: Fv = Fm-Fo (FERREIRA et al., 2015). Dessa forma, a
fluorescência variável é o incremento da fluorescência até um valor máximo,
denominada de fluorescência máxima (Fm). Com os pulsos de luz, obtém-se variações
67

nos níveis de Fm, que passa a ser chamada de Fm’. A dissipação não-fotoquímica
(NPQ) foi calculada por: NPQ = (Fm-Fm’)/Fm’) (CAMPOSTRINI, 2008).
A taxa de transporte de elétrons (ETR) foi medida as 7 horas e avaliada por
meio da geração de curvas de luz, onde cada amostra foi submetida a nove níveis de
radiação (0; 125; 190; 285; 420; 625; 820; 1150 e 1500 µmol fótons m -2 s-1) por 10
segundos, com o uso do fluorômetro modulado (FERREIRA et al., 2015).
As folhas nas quais foi medida a fluorescência da clorofila foram tiradas da
planta, armazenadas em caixa térmica e utilizadas na avaliação dos teores de clorofila
a, clorofila b e carotenoides. Para tanto, no laboratório as folhas foram maceradas em
acetona 80% e a quantificação dos teores de clorofila a, clorofila b e carotenoides foi
feita por espectrofotometria de emissão a 645 nm, 663 nm e 480 nm, conforme
metodologia de Arnon (FALQUETO et al., 2009).
Todos os dados de crescimento da erva-mate foram submetidos aos testes de
normalidade de Shapiro-Wilk e de homogeneidade de variâncias de Bartlett. Foi
realizada a análise de variância e o teste de Tukey (p<0,05).

5.7 QUANTIFICAÇÃO DO NITROGÊNIO DAS FOLHAS DA ERVA-MATE

A avaliação do nitrogênio da erva-mate foi feita em Agosto de 2016, tendo em


vista estudos realizados por Ribeiro et al.(2008) que demonstraram que a amostragem
de erva-mate durante o período do inverno seria mais representativa para demonstrar
efeitos relacionados a fertilidade do solo. A amostragem foi feita na parte mediana da
copa da planta, sendo coletadas 200 folhas maduras por unidade experimental, de
exposição norte. O valor do nitrogênio total foi determinado em analisador elementar
modelo FlashEA 1112. Os dados foram submetidos aos testes de normalidade de
Shapiro-Wilk e de homogeneidade de variâncias de Bartlett. Foi realizada a análise
de variância e o teste de Tukey (p<0,05).

5.8 CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES DO SOLO E CRESCIMENTO DE


ERVA-MATE

Para verificar a relação entre as propriedades do solo e o crescimento de erva-


mate, foi calculada a correlação de Pearson e de Spearman.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 AVALIAÇÃO DA MASSA SECA DAS PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO

Em maio de 2016 ocorreu maior massa seca no AF e no SP, os quais não


diferiram do S1 e S2 (Tabela 6), sendo que no S1 havia o cultivo de aveia preta+nabo
forrageiro e no S2 havia aveia preta+ervilhaca. Ambos os consórcios foram semeados
em abril, por isso já tinham coberto o solo. Em agosto de 2016 a menor massa seca
foi encontrada no VR e os demais tratamentos não diferiram entre si. Devido as
geadas, ocorreu a queima das folhas das plantas dos tratamentos SP e AF, causando
a redução da massa seca destas coberturas (Apêndice A).
Conforme Teixeira (1979), quando a temperatura cai abaixo do ponto de
congelamento do tecido, pode ocorrer a cristalização da água intracelular e
intercelular. Quando for intracelular causa dano irreversível à célula, levando-a a
morte, pois a formação de cristais de gelo causam a ruptura da membrana. Quando
for intercelular há a injúria devido à desidratação da célula pela retirada de água
durante o crescimento dos cristais de gelo intercelulares.

Tabela 4 – Massa seca das coberturas do solo (kg ha-1), nos tratamentos: aveia preta
+ nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo
(S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea
roçada (VR).

Tratamentos
Época CV(%)
S1 S2
Fev15 6101 a 6399 a 2,90
Ago15 3503 a 3703 a 5,59
Fev16 5824 a 5691 a 19,74
S1 S2 SP AF VR
Mai16 6107 ab 5801 ab 7689 a 8148 a 4551 c 19,16
Ago16 4500 a 4444 a 6913 a 6857 a 893 b 25,67
Nov16 6005 a 6536 a 4337 ab 6393 a 2546 b 21,27
Fev17 2069 c 1539 c 6934 b 12862 a 2954 c 25,25
Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). CV - coeficiente de
variação. Fev15 - fevereiro de 2015. Ago15 - agosto de 2015. Fev16 - fevereiro de 2016. Mai16 - maio de 2016.
Ago16 - agosto de 2016. Nov16 - novembro de 2016. Fev17 - fevereiro de 2017.
76

Em fevereiro de 2017, a maior média de massa seca das plantas de cobertura


do solo ocorreu no AF. Já o VR, S1 e S2 não diferiram, tendo em vista que nessa
época o feijão-miúdo já estava no final do seu ciclo e houve bastante ocorrência de
planta daninha neste tratamento (Tabela 4). A porcentagem de planta daninha nos
tratamentos com feijão-miúdo foi em média de 67%. Todavia, os dados apresentados
na Tabela 4 apresentam a massa seca do feijão-miúdo sem as plantas daninhas.
Nos Apêndices A e B podem ser observadas fotos das plantas de cobertura do
solo no campo, dos tratamentos S1, S2, SP, AF e VR, em diferentes fases de
crescimento.

6.2 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO

6.2.1 Distribuição dos poros e densidade do solo

Para densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo


não houve diferença entre os tratamentos em nenhuma das épocas avaliadas, devido
ao curto período de avaliação (Tabelas 5, 6 e 7). Mukherjee e Lal (2015) avaliaram o
efeito de ervilha (Pisum sativum) e de nabo (Brassica rapa) como cobertura de um
solo argiloso e, após um ano do cultivo, não encontraram diferença de densidade do
solo entre o solo com e sem planta de cobertura, corroborando com o presente estudo.
Todavia, os autores observaram uma tendência da densidade do solo diminuir nos
tratamentos com planta de cobertura do solo.
Os benefícios das coberturas sobre as propriedades físicas do solo, depois de
um longo período de cultivo, são conhecidas. Aos quatro anos de implantação de um
experimento com centeio (Secale cereal) como cobertura do solo, Haruna et al. (2017)
observaram que o uso de cobertura causou um aumento de 24% da macroporosidade
do solo em ao comparar com o solo sem cobertura. Além disso, os tratamentos com
cobertura exibiram maior infiltração de água e condutividade hidráulica saturada.
Alvarez et al. (2017) fizeram uma análise de dados de sessenta e sete experimentos
desenvolvidos nos pampas argentinos, a fim de verificar os efeitos das coberturas de
inverno sobre o solo. Como resultado verificaram que as propriedades físicas do solo
melhoraram após o uso de plantas de cobertura, sendo que encontraram redução da
resistência à penetração das raízes e da densidade do solo, aumento da infiltração e
da estabilidade estrutural do solo.
77

Tabela 5 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo


em abril de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Densidade do solo (g cm-3)


Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 1,43 a 1,64 a 1,67 a 1,63 a
S2 1,37 a 1,60 a 1,71 a 1,65 a
SP 1,39 a 1,61 a 1,67 a 1,68 a
AF 1,49 a 1,65 a 1,64 a 1,63 a
VR 1,46 a 1,73 a 1,69 a 1,69 a
CV(%) 4,44 4,97 3,90 5,62
Macroporosidade do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,15 a 0,07 a 0,07 a 0,09 a
S2 0,17 a 0,10 a 0,09 a 0,09 a
SP 0,16 a 0,12 a 0,09 a 0,07 a
AF 0,12 a 0,08 a 0,09 a 0,09 a
VR 0,14 a 0,07 a 0,09 a 0,10 a
CV(%) 16,38 31,54 8,9 10,77
Microporosidade do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,27 a 0,27 a 0,27 a 0,25 a
S2 0,27 a 0,26 a 0,25 a 0,25 a
SP 0,28 a 0,25 a 0,24 a 0,25 a
AF 0,28 a 0,26 a 0,24 a 0,24 a
VR 0,29 a 0,25 a 0,26 a 0,27 a
CV(%) 6,73 12,71 2,73 5,95
Porosidade total do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,42 a 0,34 a 0,34 a 0,34 a
S2 0,44 a 0,36 a 0,33 a 0,34 a
SP 0,44 a 0,37 a 0,33 a 0,32 a
AF 0,40 a 0,34 a 0,33 a 0,33 a
VR 0,43 a 0,32 a 0,35 a 0,37 a
CV(%) 6,6 8,64 2,86 17,16

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV - coeficiente de variação.
78

Tabela 6 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo


em novembro de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Densidade do solo (g cm-3)


Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 1,45 a 1,66 a 1,58 a 1,50 a
S2 1,40 a 1,73 a 1,65 a 1,58 a
SP 1,36 a 1,64 a 1,67 a 1,61 a
AF 1,45 a 1,64 a 1,65 a 1,51 a
VR 1,45 a 1,65 a 1,62 a 1,54 a
CV(%) 3,06 3,64 3,21 3,82
Macroporosidade do solo (cm3 cm-3)
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,13 a 0,10 a 0,34 a 0,09 a
S2 0,10 a 0,06 a 0,38 a 0,10 a
SP 0,17 a 0,11 a 0,38 a 0,10 a
AF 0,19 a 0,11 a 0,34 a 0,12 a
VR 0,08 a 0,08 a 0,41 a 0,10 a
CV(%) 35,85 27,67 30,77 29,19
Microporosidade do solo (cm3 cm-3)
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,29 a 0,26 a 0,30 a 0,33 a
S2 0,33 a 0,28 a 0,27 a 0,30 a
SP 0,28 a 0,27 a 0,26 a 0,28 a
AF 0,24 a 0,25 a 0,27 a 0,34 a
VR 0,33 a 0,28 a 0,28 a 0,29 a
CV(%) 19,99 9,41 7,50 17,36
Porosidade total do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,42 a 0,36 a 0,39 a 0,42 a
S2 0,43 a 0,33 a 0,36 a 0,40 a
SP 0,45 a 0,37 a 0,36 a 0,39 a
AF 0,43 a 0,36 a 0,36 a 0,46 a
VR 0,42 a 0,36 a 0,38 a 0,40 a
CV(%) 3,56 7,20 6,40 12,35

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV - coeficiente de variação.
79

Tabela 7 – Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo


em novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene
(SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Densidade do solo (g cm-3)


Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 1,48 a 1,70 a 1,67 a 1,57 a
S2 1,50 a 1,61 a 1,62 a 1,58 a
SP 1,46 a 1,60 a 1,63 a 1,59 a
AF 1,40 a 1,65 a 1,64 a 1,56 a
VR 1,42 a 1,58 a 1,62 a 1,61 a
CV(%) 4,82 4,90 2,41 8,88
Macroporosidade do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,12 a 0,08 a 0,07 a 0,11 a
S2 0,10 a 0,11 a 0,09 a 0,10 a
SP 0,15 a 0,11 a 0,11 a 0,11 a
AF 0,15 a 0,10 a 0,10 a 0,11 a
VR 0,14 a 0,11 a 0,09 a 0,11 a
CV(%) 19,05 34,77 30,97 2,99
Microporosidade do solo (cm3 cm-3)
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,29 a 0,26 a 0,26 a 0,25 a
S2 0,29 a 0,25 a 0,26 a 0,26 a
SP 0,28 a 0,25 a 0,25 a 0,27 a
AF 0,28 a 0,25 a 0,24 a 0,27 a
VR 0,28 a 0,25 a 0,24 a 0,28 a
CV(%) 7,60 7,17 7,93 21,16
Porosidade total do solo (cm cm-3)
3

Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 0,40 a 0,34 a 0,33 a 0,36 a
S2 0,39 a 0,36 a 0,35 a 0,36 a
SP 0,42 a 0,36 a 0,35 a 0,38 a
AF 0,43 a 0,35 a 0,34 a 0,38 a
VR 0,42 a 0,37 a 0,34 a 0,39 a
CV(%) 5,17 9,14 5,80 13,54

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV - coeficiente de variação.
80

6.2.2 Fluxo de ar e cálculo da permeabilidade do solo ao ar

Aos cinco (abril de 2015) e aos doze meses (novembro de 2016) após a
implantação do experimento, não ocorreu diferença entre os tratamentos para
permeabilidade do solo ao ar (Tabelas 8 e 9), devido ao pouco tempo de cultivo das
plantas de cobertura do solo.

Tabela 8 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa em


abril de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo
(S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Tensão de 6 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 22,11 a 5,30 a 6,97 a 9,02 a
S2 13,02 a 10,88 a 6,12 a 5,96 a
SP 14,89 a 10,91 a 9,27 a 6,20 a
AF 14,15 a 5,90 a 7,64 a 8,58 a
VR 17,54 a 8,72 a 5,92 a 11,53 a
CV(%) 23,52 67,00 16,30 59,15
Tensão de 10 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 17,11 a 5,39 a 7,52 a 8,81 a
S2 20,45 a 12,04 a 11,36 a 10,24 a
SP 15,28 a 11,20 a 6,01 a 4,20 a
AF 12,33 a 8,15 a 17,06 a 8,80 a
VR 9,95 a 8,40 a 12,17 a 7,91 a
CV(%) 31,84 38,73 69,62 65,59
Tensão de 100 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 19,03 a 6,23 a 7,45 a 11,45 a
S2 21,04 a 14,75 a 13,66 a 11,60 a
SP 17,87 a 12,31 a 7,89 a 6,32 a
AF 13,75 a 8,98 a 23,13 a 10,63 a
VR 12,13 a 10,43 a 12,63 a 11,77 a
CV(%) 17,70 73,48 61,44 63,85

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV = coeficiente de variação.
81

Tabela 9 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa, em


novembro de 2015, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Tensão de 6 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 13,09 a 3,67 a 8,71 a 4,45 a
S2 14,70 a 2,73 a 5,03 a 4,61 a
SP 11,41 a 3,97 a 4,31 a 5,98 a
AF 9,59 a 6,63 a 8,24 a 7,20 a
VR 10,32 a 5,12 a 7,45 a 10,24 a
CV(%) 40,44 73,68 42,82 49,48
Tensão de 10 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 14,51 a 4,54 a 9,86 a 12,29 a
S2 18,85 a 4,61 a 4,71 a 5,61 a
SP 15,89 a 7,55 a 5,21 a 6,95 a
AF 11,73 a 9,14 a 11,98 a 8,03 a
VR 11,67 a 7,65 a 8,73 a 8,80 a
CV(%) 35,78 35,91 49,78 39,75
Tensão de 100 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 21,18 a 12,38 a 14,96 a 13,55 a
S2 22,72 a 5,53 a 8,82 a 7,29 a
SP 23,23 a 10,38 a 7,77 a 9,24 a
AF 15,91 a 12,40 a 12,73 a 10,04 a
VR 15,82 a 10,83 a 12,27 a 12,95 a
CV(%) 39,88 50,35 31,91 46,09

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV = coeficiente de variação.

Aos dois anos após a implantação do experimento (Tabela 10) não ocorreu
diferença entre tratamentos para permeabilidade do solo ao ar. Chen et al. (2014)
avaliaram, em um solo arenoso, o efeito das coberturas Raphanus sativus, Brassica
napus e Secale cereale e uma testemunha sem cobertura, e não encontraram
diferença significativa entre tratamentos para permeabilidade ao ar , corroborando
com os resultados do presente estudo. Os autores atribuíram a falta de significância
ao curto tempo de avaliação.
82

Tabela 10 – Permeabilidade do solo ao ar (µm2) nas tensões de 6, 10 e 100 kPa, em


novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Tensão de 6 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 28,55 a 26,17 a 13.10 a 60.29 a
S2 25,48 a 27,48 a 22.10 a 47.36 a
SP 30,28 a 22,59 a 27.08 a 42.76 a
AF 39,61 a 37,31 a 25.05 a 68.13 a
VR 30,54 a 25,52 a 14.78 a 21.82 a
CV(%) 57,97 34,66 8,29 54,30
Tensão de 10 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 13,83 a 8,63 a 4,80 a 10,10 a
S2 11,59 a 11,73 a 8,49 a 7,24 a
SP 12,71 a 8,28 a 10,00 a 6,60 a
AF 21,87 a 12,57 a 10,69 a 9,68 a
VR 12,76 a 11,61 a 6,54 a 4,57 a
CV(%) 59,01 60,21 18,44 57,49
Tensão de 100 kPa
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 10,40 a 8,03 a 7,89 a 12,65 a
S2 11,37 a 36,21 a 9,33 a 8,49 a
SP 15,36 a 8,51 a 11,10 a 10,34 a
AF 28,36 a 14,09 a 11,91 a 11,03 a
VR 15,78 a 11,88 a 10,11 a 7,83 a
CV(%) 56,84 43,23 50,34 46,82

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV = coeficiente de variação.

6.2.3 Condutividade hidráulica do solo saturado

Para a condutividade hidráulica do solo saturado (Tabela 11) não foi observado
efeito dos tratamentos, provavelmente pelo curto período de avaliação. Porém, o
efeito das plantas de cobertura do solo na condutividade hidráulica do solo poderá ser
observada futuramente, da mesma forma que Mcvay et al. (1989), os quais
encontraram maior taxa de infiltração em solo com cobertura de Vicia villosa, ao
83

avaliar também Trifolium incarnatum, Trifolium alexandrinum, Pisum sativum, Triticum


aestivum e pousio, no terceiro ano de avaliação do experimento.

Tabela 11 – Condutividade hidráulica do solo saturado (mm h -1) em abril de 2015 e


novembro de 2016, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Abril de 2015
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 61,04 a 46,53 a 25,37 a 16,22 a
S2 156,69 a 75,12 a 42,13 a 79,04 a
SP 91,61 a 67,46 a 8,60 a 8,61 a
AF 110,35 a 34,18 a 79,14 a 19,14 a
VR 52,30 a 60,46 a 52,24 a 18,75 a
CV(%) 14,47 47,43 34,67 46,06
Novembro de 2016
Camadas (cm)
Tratamento
0-5 5-10 10-20 20-40
S1 52,01 a 67,53 a 36,46 a 23,84 a
S2 47,53 a 74,76 a 27,52 a 15,26 a
SP 97,41 a 44,68 a 17,31 a 9,62 a
AF 201,86 a 30,78 a 24,28 a 23,19 a
VR 62,14 a 52,44 a 28,29 a 22,13 a
CV(%) 16,42 47,06 63,67 86,93

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV = coeficiente de variação.

6.2.4 Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água

Para diâmetro médio geométrico (DMG) e diâmetro médio ponderado (DMP)


(Tabela 12) não ocorreu diferença entre tratamentos em nenhuma das épocas
avaliadas, provavelmente pelo curto período de avaliação. Porém, estudos de longo
prazo mostram efeitos positivos de coberturas do solo sobre a agregação. Avaliando
os resultados de sessenta e sete experimentos desenvolvidos nos pampas argentinos,
Alvarez et al. (2017) observaram que a estabilidade estrutural foi geralmente maior
em solo com culturas de cobertura, com aumentos que variaram de 1 a 18%,
comparando com solos sem plantas de cobertura.
84

Tabela 12 – Diâmetro médio geométrico (DMG) e diâmetro médio ponderado (DMP)


dos agregados estáveis em água, nos tratamentos: aveia preta + nabo
forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2),
soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea
roçada (VR).

Tratamentos
Camadas CV(%)
S1 S2 SP AF VR
DMG (mm)
Abril de 2015
0-5 2,53 a 3,05 a 2,54 a 2,52 a 1,99 a 22,20
5-10 2,04 a 2,92 a 1,72 a 1,83 a 1,56 a 36,97
Novembro de 2015
0-5 2,82 a 3,61 a 3,18 a 2,81 a 2,85 a 22,76
5-10 1,16 a 2,00 a 1,99 a 2,87 a 1,17 a 41,38
Novembro de 2016
0-5 3,13 a 3,24 a 3,01 a 3,54 a 3,03 a 21,05
5-10 2,03 a 2,17 a 1,68 a 1,86 a 2,34 a 37,39
DMP (mm)
Abril de 2015
0-5 4,34 a 4,65 a 3,99 a 4,21 a 3,45 a 14,19
5-10 3,66 a 4,51 a 3,14 a 3,35 a 3,12 a 48,81
Novembro de 2015
0-5 4,42 a 4,98 a 4,72 a 4,41 a 4,60 a 10,97
5-10 2,45 a 3,74 a 3,55 a 3,65 a 2,66 a 22,27
Novembro de 2016
0-5 4,78 a 4,74 a 4,52 a 4,44 a 4,48 ‘a 5,55
5-10 4,93 a 5,19 a 4,64 a 5,31 a 4,98 a 8,18

Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). CV = coeficiente de variação.

Ao avaliar o efeito no tempo, ou seja, comparando os dados de abril de 2015


com os dados de novembro de 2016, na camada de 0-5 cm verificou-se um aumento
do DMG para o AF e para o VR (Tabela 13). Corroborando com o presente estudo, no
terceiro ano de avaliação de um experimento com Vicia villosa, Trifolium incarnatum,
Trifolium alexandrinum, Pisum sativum, Triticum aestivum e pousio, Mcvay et al.
(1989) encontraram maior agregação no Trifolium incarnatum e no Vicia villosa, os
quais não diferiram do Triticum aestivum.
O VR era composto, em sua grande parte, por gramíneas, as quais podem ter
contribuído para o aumento da agregação na camada superficial do solo. De acordo
com Souza et al. (2014), o sistema radicular das gramíneas é mais eficiente na
85

agregação do solo do que as leguminosas. O AF também possui grande quantidade


de raízes finas que também podem ter contribuído para o aumento da agregação no
tempo. Tisdall e Oades (1982) citam que os agentes envolvidos na agregação do solo
são classificados em: transientes (principalmente polissacarídeos), temporários (como
as raízes e hifas dos fungos, as quais estão associadas aos macroagregados) e
persistentes (são os componentes aromáticos resistentes, associados com cátions
metálicos polivalentes e fortemente adsorvidos a polímeros, constituindo a parte mais
importante na formação de microagregados do solo). A ação conjunta destes agentes
pode também contribuiu para o aumento da agregação do solo ao longo dos dois anos
de avaliação.

Tabela 13 – Diâmetro médio geométrico (DMG) e diâmetro médio ponderado (DMP)


dos agregados estáveis em água, na camada de 0-5 cm, nos tratamentos:
aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e
feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e vegetação
espontânea roçada (VR).

DMG (mm) DMP (mm)


Época Época
Trat. p-valor CV(%) Trat. p-valor CV(%)
Abr15 Nov16 Abr15 Nov16
S1 2,53 3,13 0,28 22,66 S1 4,34 4,78 0,06 3,49
S2 3,05 3,24 0,75 25,55 S2 4,65 4,74 0,73 7,45
SP 2,54 3,01 0,37 22,51 SP 3,99 4,52 0,47 22,01
AF 2,52 3,54 0,03 12,08 AF 4,21 4,44 0,47 9,13
VR 1,99 3,03 0,02 13,32 VR 3,45 4,48 0,04 10,7

Trat. - tratamento. CV - coeficiente de variação.

Para todos os tratamentos, houve maior porcentagem de agregados na classe


de maior tamanho (classe de 8,00-4,76 mm), conforme a Figura 9. Solos com
agregados de maior tamanho são considerados estruturalmente melhores e mais
resistentes à erosão hídrica (BERTONI; LOMBARDI NETO, 2008), pois a agregação
facilita a aeração do solo, as trocas gasosas e a infiltração de água por aumentar a
macroporosidade entre os agregados, além de garantirem a microporosidade e a
retenção de água dentro dos agregados (CALONEGO, ROSOLEN, 2008).
86

Figura 9 – Distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água de um Argissolo


Vermelho-Amarelo cultivado com Ilex paraguariensis, nos tratamentos:
aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca
e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF) e
vegetação espontânea roçada (VR).

Abril de 2015

Novembro de 2015

Novembro de 2016

Médias seguidas de letras iguais na mesma classe de diâmetro não diferem estatisticamente entre si
pelo teste de Tukey (p<0,05).
87

6.2.5 Temperatura do solo

Os valores da diferença mínima significativa de tukey para temperatura do solo


para cada uma das estações do ano podem ser observados nos Apêndices K até Q.
Na camada de 0-5 cm do solo (Figura 10), nos dias em que as temperaturas do
solo foram mais altas, no VR ocorreram as maiores temperaturas em grande parte
dos dias. Uma das causas da maior temperatura é, provavelmente, porque no VR há
menor massa seca no inverno, comparando com os demais tratamentos (Tabela 4).
Além disso, a altura da vegetação espontânea roçada é menor do que das demais
culturas avaliadas. Materiais com grande quantidade de ar originam coberturas com
temperaturas mais amenas no solo (PREVEDELLO, 2010), por causa da baixa
condutividade térmica dos mesmos (CECCON et al., 2013). Por isso, os tratamentos
AF, SP e S1 isolaram o calor de forma mais eficaz e causaram menor temperatura do
solo. Além disso, a cobertura vegetal dissipa por reflexão parte da energia solar
incidente, ou seja, possui maior albedo, diminuindo a evaporação da água,
principalmente na camada superficial (AMARO FILHO et al., 2008; CECCON et al.,
2013), o que provavelmente pode ter influenciado na menor temperatura nos
tratamentos AF, SP e S1. Como o solo ficava mais exposto no VR, o albedo era menor
(albedo do solo é menor do que da vegetação), ou seja, refletia menos a radiação
solar incidente e, consequentemente, aquecia mais (BRADY; WEIL, 2013).
Na camada de 0-5 cm, em grande parte dos dias em que a temperatura do solo
foi menor (considerando todos os tratamentos), não ocorreu diferença significativa
entre tratamentos. Além disso, comparando com os dias em que a temperatura do
solo foi menor, nos dias em que a temperatura do solo foi maior, a amplitude (diferença
de temperatura entre o tratamento em que ocorreu a maior e a menor temperatura) foi
maior. No dia doze de agosto foram registradas as maiores temperaturas do solo na
camada de 0-5 cm. Neste dia, no VR ocorreu a maior temperatura, que foi 22°C, e a
menor temperatura ocorreu no AF, que foi 20,3°C, resultando em uma diferença de
1,7°C. Dessa forma, o efeito das plantas de cobertura sobre a temperatura do solo no
inverno foi mais pronunciado quando a temperatura do solo e, consequentemente, a
temperatura atmosférica (Anexo A), foi maior.
Na camada de 5-10 não foi observada diferença significativa entre tratamentos
no inverno. Na camada de 10-20 cm o VR apresentou maior temperatura, na maioria
dos dias, mas em alguns dias não diferiu do AF, nem do S1 (Figura 10).
88

Figura 10 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, no inverno de 2015, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

c
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
89

Na primavera, na camada de 0-5 cm do solo, as maiores e menores


temperaturas do solo foram observadas no VR e AF, respectivamente, na maioria dos
dias (Figura 11). Na primavera, a menor quantidade de massa seca no solo foi no VR
(Tabela 4), justificando a maior temperatura encontrada nesse tratamento. O menor
albedo e a menor altura da vegetação no VR também contribuíram para a maior
temperatura do solo nesse tratamento, como explicado anteriormente na análise dos
dados de temperatura do solo no inverno. No AF pode ter ocorrido menor temperatura
do solo porque cobre completamente o solo, assim como o SP, tendo maior albedo,
fazendo com que tenha pouca evaporação da água do solo, maior umidade do solo e,
consequentemente, menor temperatura.
A partir do dia 11 de outubro até o final da primavera, o S1 não diferiu do VR
na maior parte dos dias. Isso porque a aveia preta e o nabo forrageiro, que constituíam
este tratamento nesta época, estavam entrando em senescência nesse período,
fazendo com que houvesse menos massa das plantas de cobertura no solo. Além
disso, no dia 15 de novembro foi realizada a capina deste tratamento e o plantio de
feijão-miúdo. Contudo, até o final da primavera o feijão-miúdo ainda não tinha grande
porte, cobrindo parcialmente o solo.
Da metade para o final da primavera a amplitude de variação da temperatura
do solo entre o VR e o AF foram maiores, resposta da maior temperatura do ar nesse
período.
Na camada de 5-10 não foi observada diferença significativa entre tratamentos.
Na camada de 10-20 cm o VR apresentou maior temperatura, na maioria dos dias,
mas em grande parte dos dias o VR não diferiu do S1 e o S1 não diferiu do AF e do
SP.
No verão de 2015 (Figura 12), ocorreu diferença significativa entre os
tratamentos em todas as camadas avaliadas, com pequena redução no valor
conforme aumentou a profundidade do solo. De acordo com Brady e Weil (2013), os
aumentos sazonais da temperatura nos horizontes subsuperficiais são menores do
que as alterações tanto no ar como na superfície do solo.
No VR e AF foram constatadas as maiores e menores temperaturas,
respectivamente, em todas as camadas no verão de 2015. Porém, em grande parte
dos dias o AF não diferiu do SP. Conforme a Tabela 4, no AF e no SP ocorreu maior
massa seca, ou seja, houve uma maior cobertura do solo, a qual reduz a evaporação
da água, aumentando a umidade do solo e, consequentemente, reduz a temperatura.
90

Além disso, a soja perene (SP) e o amendoim forrageiro (AF) possuem maior albedo
comparando com a vegetação apenas roçada (VR), na qual há mais solo exposto
(albedo menor), como citado anteriormente.
No S1 havia plantado o feijão-miúdo no verão e, conforme a Tabela 4, esta
cultura apresentou um valor de massa seca entre o VR e O SP. Já o VR possui pouca
massa seca sobre a superfície do solo, corroborando com as maiores temperaturas
apresentadas por esse tratamento.
No dia vinte e quatro de janeiro de 2016 ocorreu a maior temperatura do solo
no verão de 2016. Neste dia, na camada de 0-5 cm do solo a temperatura no VR foi
de 32,2°C e no AF foi de 24,8°C, uma diferença de 7,4°C. Neste mesmo dia, a
temperatura atmosférica máxima registrada pelo Inmet (2017) foi de 37,8°C.
Para Vieira et al. (2010a), temperaturas muito altas de 30-35°C já podem
causar o fechamento estomático, afetando a fotossíntese e a transpiração da planta.
Os efeitos negativos das altas temperaturas do solo sobre as plantas foram
observados por Aidoo et al. (2016) e Oliveira et al. (2003). Aidoo et al. (2016)
avaliaram o sistema radicular de painço (Setaria itálica) submetido a duas
temperaturas diferentes do solo (28 e 38 °C) e observaram que as altas temperaturas
influenciaram significativamente a transpiração, a condutância estomática, a
fotossíntese e a concentração de metabólitos, como a serina, valina, maltose, entre
outros. Além disso, observaram que o comprimento e a área das raízes foram
reduzidos em resposta ao estresse. Resultados semelhantes foram encontrados por
Oliveira et al. (2003) avaliando o efeito de diferentes temperaturas do solo (de 22°C
a 39,2°C) no crescimento de caju (Anarcadium occidentale). Os autores observaram
que, após um ano, o aumento da temperatura do solo reduziu o crescimento
vegetativo de mudas de caju, afetando tanto a parte aérea quanto o sistema radicular.
Considerando o exposto, o VR pode proporcionar condições de estresse para
a planta em dias de temperatura atmosférica elevada, afetando o crescimento das
plantas nesse tratamento.
91

Figura 11 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, na primavera de 2015, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

c
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
92

Figura 12 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, no verão de 2015/2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
93

No outono de 2016 ocorreram diferenças entre tratamentos em todas as


camadas avaliadas (Figura 13). Até o dia vinte e cinco de abril de 2016 a temperatura
atmosférica foi em média 23°C e, a partir deste dia houve uma queda brusca da
temperatura atmosférica com uma média de 12°C até o final do outono (INMET,
2017). Essas alterações na temperatura atmosférica refletiram na temperatura do solo
em todas as camadas avaliadas. Até o dia vinte e cinco de abril, no VR foram
encontradas as maiores temperaturas do solo, diferindo dos demais tratamentos.
Apenas nos dias 20, 25, 26 de março, 9, 21, 22 de abril o VR não diferiu do S1. No S1
nessa época estava no final da rotação do feijão-miúdo e com presença de plantas
daninhas. Dessa forma o solo estava mais exposto, favorecendo a evaporação da
água do solo e, consequentemente, afetando a temperatura do solo.
A partir do dia vinte e cinco de abril, quando ocorreu diferença entre
tratamentos, no VR ocorreram os maiores valores de temperatura do solo. Devido as
baixas temperaturas teve ocorrência de geadas, as quais causaram a queima das
folhas das plantas do AF e do VR fazendo com que reduzisse a massa de plantas
sobre o solo, afetando a temperatura do solo.
Da mesma forma que para o outono, no inverno de 2016 (Figura 14). ocorreu
diferença entre tratamentos em todas as camadas avaliadas, com maiores valores
encontrados no VR e menores no AF na maior parte dos dias avaliados.
Até a primeira semana de novembro de 2016 no S1 havia plantado o consórcio
de aveia preta e nabo-forrageiro. A partir da primeira semana de novembro foi
plantado o feijão-miúdo que permaneceu até o final do verão.
Tanto na primavera (Figura 15) como no verão de 2016/2017 (Figura 16), no
VR foram constatados os maiores valores de temperatura do solo e no AF os menores.
Comparando com o verão de 2015/2016, no verão de 2016/2017 ocorreram
temperaturas mais amenas no solo e menor diferença de temperatura entre os
tratamentos. Isso porque a precipitação do verão de 2016/2017 foi maior do que no
ano anterior, fazendo com que tenha maior umidade no solo e, consequentemente,
menores temperaturas. Enquanto no verão de 2015/2016 ocorreu um total de 282 mm,
no verão de 2016/2017 ocorreu um total de 758 mm (INMET, 2017).
No período do verão, tanto em 2015/2016, como em 2016/2017, a diferença
entre o tratamento em que ocorreu a maior e a menor temperatura do solo (amplitude)
foi maior do que nas outras estações do ano. Dessa forma, o efeito das plantas de
cobertura do solo é maior quando a temperatura atmosférica (Anexos A e B) é maior.
94

Figura 13 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, no outono de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
95

Figura 14 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, no inverno de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

c
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
96

Figura 15 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, na primavera de 2016, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
97

Figura 16 – Temperatura do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos


de coberturas do solo, no verão de 2016/2017, nas camadas de 0-5 (a),
5-10 (b) e 10-20 (c) cm do solo.

c
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
98

6.2.6 Conteúdo volumétrico de água no solo

Considerando a densidade média do solo como sendo 1,58 g cm -3, a umidade


volumétrica do Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico no ponto de murcha
permanente fisiológico da erva-mate foi de 0,06 m³m-³. Em nenhum momento do
período de avaliação o conteúdo volumétrico de água no solo foi igual ou inferior ao
conteúdo de água no ponto de murcha permanente fisiológico da erva-mate. Os
valores do conteúdo de água no solo na capacidade de campo, para cada um dos
tratamentos, podem ser observados no Apêndice C. Os valores da diferença mínima
significativa de tukey para conteúdo volumétrico de água no solo para cada uma das
estações do ano podem ser observados nos Apêndices D até J.
O conteúdo de água no solo foi influenciado pelos diferentes tipos de plantas
de cobertura, principalmente na camada superficial do solo, a qual apresentou o maior
conteúdo de água em todas as épocas avaliadas.
No inverno de 2015 (Figura 17), na camada de 0-5 cm, foram observadas
diferenças entre os tratamentos quando o conteúdo de água no solo aumentava, após
as chuvas (Anexo A). Conforme o conteúdo de água no solo ia diminuindo, não ocorria
diferença significativa entre os tratamentos, em grande parte dos dias.
Ocorreram diferenças nos meses de julho, agosto e setembro. Nestes três
meses, quando ocorreu diferença significativa entre os tratamentos, os menores
valores do conteúdo de água no solo foram observados no tratamento S2, no qual
havia aveia preta e ervilhaca. Contudo, em nenhum momento o S2 diferiu do VR e em
alguns dias não diferiu dos tratamentos S1, SP e AF.
Um dos motivos da menor umidade no S2 do que no S1 é a porcentagem de
cobertura do solo. No S1 há maior porcentagem de nabo forrageiro, o qual possui taxa
de crescimento alta, cobrindo o solo rapidamente. Conforme Ferreira et al. (2012), o
nabo forrageiro (S1) estabelece a cobertura plena do solo de 40 a 60 dias após a
semeadura. Já a ervilhaca demora de 60 a 80 dias após a semeadura para ter
cobertura plena do solo. A aveia preta demora de 45 a 65 dias após a semeadura para
ter cobertura plena.
Nos tratamentos SP e AF as plantas de cobertura cobrem 100% do solo o ano
todo. Contudo, a altura da cobertura com SP é maior do que a proporcionada pelo AF,
fazendo com que a umidade do solo seja maior. Conforme Brady e Weil (2013), quanto
maior a área foliar por unidade de área do terreno, mais radiação será absorvida pelas
99

folhas para provocar a transpiração e menos radiação atingirá o solo para promover a
evaporação da água.
Na camada de 5-10 cm não ocorreu diferença entre tratamentos em grande
parte dos dias. Na camada de 10-20 cm o VR e o S1 apresentaram maior e menor
conteúdo de água, respectivamente. O S2, SP e AF não diferiram do VR nem do S1.
Na camada de 20-40 cm houve diferença entre tratamentos no mês de julho e
setembro, sendo observado os menores valores de umidade no VR e maiores no SP,
em julho. Em setembro, O SP exibiu os maiores valores, mas na maioria dos dias não
diferiu do S1 e do S2.
Na primavera (Figura 18), na camada de 0-5 cm, ocorreram diferenças entre os
tratamentos em grande parte dos dias, com maiores valores de umidade do solo para
o SP e o AF, principalmente nos dias de maior precipitação pluviométrica,
corroborando com as menores temperaturas do solo observadas nesses tratamentos.
Do início da primavera até a primeira semana de novembro, no S1 e S2 ainda haviam
as culturas de inverno, as quais estavam no final do seu ciclo. No início de novembro
foi plantado o feijão-miúdo. A partir do final do mês de novembro, o feijão-miúdo do
S1 e S2 cresceu e, por isso, estes tratamentos passam a armazenar mais umidade e
não diferiram dos outros tratamentos na maior parte dos dias.
Basche et al. (2016) avaliaram a umidade do solo ao longo de sete anos de
rotação de milho (plantado nos anos pares) e soja (plantados nos anos ímpares),
cultivados com centeio como cultura de cobertura do solo, o qual era semeado antes
da colheita de milho e da soja. Na primavera, os autores observaram que entre dez
dias antes de cortar o centeio e dez dias depois de plantar a soja ou milho, a umidade
do solo nas parcelas com cobertura era menor do que nas parcelas sem cobertura de
inverno (testemunha). Corroborando com o presente estudo, essa redução da
umidade das parcelas entre os plantio de uma cultura e outra da rotação não afetou o
crescimento da cultura principal, sendo no presente estudo a erva-mate e no de
Basche et al. (2016), o milho e a soja.
Na camada de 5-10 houve diferença entre tratamentos nos dias 25 e 28 de
novembro. Na camada de 10-20 cm não houve diferença entre tratamentos e na
camada de 20-40 cm nos dias 30 de setembro a 7 de outubro, 15 de outubro, 8, 9 e
30 de novembro e 7, 11 e 12 de dezembro.
100

Figura 17 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, no inverno de
2015, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
101

Figura 18 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, na primavera
de 2015, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
102

Em todo período do verão (Figura 19), os tratamentos S1 e S2 estavam


cultivados com o feijão-miúdo. Na camada de 0-5 cm, no AF e no SP ocorreu maior
conteúdo de água no solo na maior parte dos dias, mas não diferiram do S1. A maior
massa seca das plantas do AF e do SP (Tabela 4) justificam sua maior umidade.
O VR e o S2 apresentaram as menores umidades na maior parte dos dias. Os
menores conteúdos de água no solo no VR corroboram com as maiores temperaturas
do solo observadas nesse tratamento, fazendo com que ocorra maior evaporação da
água do solo. Além disso, a biomassa que cobre o VR é muito pequena comparando
com os demais tratamentos.
Nos dias vinte três e vinte quatro de dezembro a precipitação média total foi de
83 mm, dias estes em que a precipitação foi uma das maiores do verão (Anexos A e
B). No dia vinte e quatro, na camada de 0-5 cm o SP e o AF tiveram um conteúdo de
água no solo de 0,05 e 0,03 m 3m-3 a mais do que no VR, respectivamente. Nos dias
trinta e trinta e um de janeiro de 2016, a precipitação média total foi de 68 mm e o
conteúdo de água no solo do SP e AF foi 0,09 e 0,07 m3m-3 a mais do que no VR,
respectivamente. Nos dias quatro e dezoito de janeiro de 2016 foram observadas os
menores conteúdos de água no solo em que houve diferença ente os tratamentos.
Nestes dias o S1 e o AF exibiram as maiores umidades do solo.
Na camada de 5-10 cm podem ser observados maiores conteúdos de água no
AF, o qual não diferiu S1 e SP na maior parte dos dias. Nas camadas de 10-20 e 20-
40 em poucos dias ocorreram diferenças entre os tratamentos.
Basche et al. (2016) também observaram que as maiores médias de umidade
do solo no verão ocorreram nas camadas superficiais do solo nas parcelas com
cobertura do solo (centeio). Durante agosto e setembro de 2009, os autores
encontraram valores de umidade do solo de 0,02 a 0,03 m3m-3 a mais nos tratamentos
com cobertura do solo comparando com o tratamento sem cobertura, valor que
representou um aumento de 8 a 12%. A maior umidade do solo nos tratamentos com
cobertura foi justificado pelos autores pelo fato de que as coberturas reduzem a
evaporação da água e a longo prazo proporcionaram: aumento da porosidade do solo,
da condutividade hidráulica e da estabilidade dos agregados; redução da densidade
do solo; aumento da infiltração da água, o que facilitaria o movimento mais rápido da
água e aumentaria a capacidade de armazenamento da água; aumento da matéria
orgânica do solo que também poderia ter aumentado a capacidade de
armazenamento de água no solo.
103

Figura 19 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, no verão de
2015/2016, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
104

Na primeira semana de abril de 2016 foram semeados a aveia preta + ervilhaca


no S2 e a aveia preta + nabo forrageiro no S1 (Figuras 51, 52, 53 e 54).
No S1 foram encontrados os maiores valores de umidade do solo no outono de
2016 na camada de 0-5 e 5-10 cm, na maior parte dos dias. O tratamento S2 pode ter
apresentado menor umidade que o S1 devido a porcentagem de cobertura do solo.
No S1 há maior porcentagem de nabo forrageiro, o qual possui taxa de crescimento
alta (maior do que da ervilhaca), cobrindo o solo mais rápido.
Durante o outono ocorreram baixas temperaturas a partir do dia vinte e oito de
abril (3°C) que levaram a formação geadas, acarretando em injúrias no SP e AF,
porém, não levou a morte da planta.
Nas camadas de 10-20 e 20-40 não foram observadas diferenças entre os
tratamentos.
Na camada de 0-5 cm, da mesma forma que no inverno de 2015, os maiores
conteúdos de água foram observados no tratamentos SP e AF, mas não diferiram do
S1. Já os menores valores ocorreram no VR e no S2. Observa-se também que,
conforme diminuiu a umidade do solo, após um dia de chuva, a diferença entre os
tratamentos aumentou (Figuras 55, 56, 57 e 58).
Na camada de 5-10 cm não ocorreu diferença significativa entre tratamentos.
Já na camada de 10-20 cm, ocorreu diferença entre tratamentos dos dias vinte e sete
de julho a trinta de agosto e dos dias treze a vinte e um de setembro. Na maior parte
dos dias foram observados os maiores valores de umidade do solo no SP, todavia,
não diferiu do SP e do VR de sete a dezoito de agosto.
Na camada de 20-40 cm o SP também se destaca por apresentar o maior valor
de umidade do solo em grande parte dos dias avaliados no inverno.
Na primavera (Figuras 59, 60, 61 e 62) em poucos dias ocorreram diferenças
entre tratamentos. No verão de 2016/2017 ocorreram poucos dias com diferença entre
tratamentos. Um dos fatores que pode ter contribuído para esse resultado é a alta
precipitação ocorrida neste período. Enquanto no verão de 2015/2016 (Figuras 63, 64,
65 e 66) ocorreu um total de 282 mm, no verão de 2016/2017 ocorreu um total de 758
mm.
Figura 20 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, no outono de
2016, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
Figura 21 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, no inverno de
2016, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
107

Figura 22 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, na primavera
de 2016, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
108

Figura 23 – Umidade volumétrica do solo cultivado com Ilex paraguariensis e diferentes tipos de coberturas do solo, no verão de
2016/2017, nas camadas de 0-5 (a), 5-10 (b), 10-20 (c) e 20-40 (d) cm do solo.

a b

c d
*Significativo pelo teste de Tukey (p<0,05). ns = não significativo. S1 - Aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - Aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo,
SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea roçada.
109

6.3 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO

Em maio de 2015, aos cinco meses após a implantação do experimento, não


houve diferença significativa entre tratamentos para o teor de alumínio, pH, CTC e
saturação por alumínio (Tabela 14).

Tabela 14 – pH (pHH2O), acidez potencial (H+Al), teor de alumínio (Al), capacidade de


troca de cátions efetiva (CTCef), capacidade de troca de cátions a pH 7
(CTCpH7) e saturação de alumínio do solo, em maio de 2015.

H+Al Al CTCef CTCpH7 Saturação Al


Trat pHH2O
----------------------------cmolc dm-3-------------------------------- --------%--------
Camada de 0-5 cm
S1 4,70 a 4,60 a 0,43 a 4,47 a 8,63 a 9,93 a
S2 4,70 a 4,23 a 0,30 a 4,20 a 8,13 a 7,17 a
SP 4,93 a 4,47 a 0,33 a 4,07 a 8,20 a 8,80 a
AF 4,87 a 4,83 a 0,40 a 4,47 a 8,90 a 11,27 a
VR 4,97 a 3,40 a 0,30 a 4,97 a 8,07 a 5,93 a
CV(%) 3,95 15,21 56,96 17,20 8,86 78,69
Camada de 5-10 cm
S1 4,73 a 4,93 a 0,77 a 3,73 a 7,90 a 19,93 a
S2 4,67 a 6,10 a 0,87 a 3,57 a 8,80 a 24,20 a
SP 4,87 a 4,63 a 0,63 a 3,90 a 7,90 a 17,70 a
AF 4,73 a 4,73 a 0,63 a 4,13 a 8,23 a 16,63 a
VR 4,77 a 5,53 a 0,63 a 4,23 a 9,13 a 14,53 a
CV(%) 3,33 24,92 16,50 15,94 32,61
Camada de 10-20 cm
S1 4,53 a 6,47 a 1,40 a 3,90 a 8,97 a 36,63 a
S2 4,53 a 5,23 a 1,20 a 3,40 a 7,43 a 36,67 a
SP 4,83 a 5,13 a 1,00 a 3,83 a 7,97 a 27,17 a
AF 4,73 a 5,67 a 1,10 a 3,23 a 7,80 a 34,73 a
VR 4,53 a 5,07 a 1,47 a 3,67 a 7,27 a 40,03 a
CV(%) 3,95 18,59 27,58 13,60 9,74 34,76
Camada de 20-40 cm
S1 4,43 a 6,47 a 1,80 a 3,63 a 8,30 a 50,70 a
S2 4,37 a 7,13 a 2,00 a 3,70 a 8,83 a 53,83 a
SP 4,43 a 6,67 a 1,70 a 3,30 a 8,27 a 51,83 a
AF 4,27 a 9,57 a 2,00 a 3,50 a 11,07 a 57,07 a
VR 4,27 a 7,20 a 1,93 a 3,57 a 8,83 a 54,70 a
CV(%) 3,33 23,23 18,18 6,93 20,00 23,32

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de tukey
(p<0,05). Trat - tratamentos. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - aveia preta +
ervilhaca e feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea
roçada. CV - coeficiente de variação.
110

Aos dois anos após a aplicação dos tratamentos, em novembro de 2016, no VR


ocorreu o maior pH na camada de 0-5 cm do solo (Tabela 15). A maior acidez trocável
foi observada no AF, no qual também foram encontrados os maiores teores de Al,
comparando com o VR. No AF também houve a menor CTC efetiva, mas não diferiu
do S2. O efeito do AF nas propriedades químicas do solo fez com que este tratamento
ficasse mais propício para o crescimento da erva-mate, tendo em vista que, segundo
Carvalho (1999), a erva-mate ocorre com mais frequência em solos com baixo teor de
nutrientes trocáveis, alto teor de alumínio e baixo pH. Avaliando o efeito de ervilha
(Pisum sativum) e nabo (Brassica rapa rapa) como cobertura de um solo argiloso,
Mukherjee e Lal (2015) também observaram que as coberturas com leguminosas
diminuíram significativamente o pH, reduzindo de 6,7 para 5,7. Os autores salientaram
que para saber se a redução do pH do solo é permanente ou não serão necessárias
amostragens futuras e análises subsequentes.
O aumento do teor de alumínio e o aumento da acidez no AF pode ser explicado
pelo fato de que, conforme Brady e Weil (2013), as leguminosas fixam nitrogênio da
atmosfera, utilizando pouco nitrato do solo e absorvendo mais cátions do que ânions,
causando a acidificação da rizosfera por liberar íons hidrogênio para a solução do solo,
com consequente aumento do alumínio trocável. Além disso, no processo de
nitrificação, ocorre a oxidação dos íons amônia, onde convertem o nitrogênio para
formar nitrato, liberando dois íons hidrogênio para cada íon amônia oxidado.
111

Tabela 15 – pH em água (pHH2O), acidez potencial (H+Al), teor de alumínio (Al),


capacidade de troca de cátions efetiva (CTCef), capacidade de troca de
cátions a pH 7 (CTCpH7) e saturação de alumínio do solo, em novembro de
2015.

H+Al Al CTCef CTCpH7 Saturação Al


Trat pHH2O
----------------------------cmolc dm-3-------------------------------- --------%--------
Camada de 0-5 cm
S1 4,70 b 5,10 b 0,33 ab 4,67 a 9,43 a 7,30 b
S2 4,77 b 4,77 b 0,37 ab 4,53 ab 8,93 a 8,53 b
SP 4,80 b 5,17 b 0,57 ab 4,87 a 9,47 a 12,43 b
AF 4,40 b 7,50 a 1,17 a 3,13 b 9,47 a 37,07 a
VR 5,27 a 3,63 b 0,13 b 4,90 a 8,40 a 2,57 b
CV(%) 3,37 14,66 60,83 12,10 13,48 55,89
Camada de 5-10 cm
S1 4,80 a 6,97 ab 1,03 a 3,80 a 9,73 a 27,53 a
S2 4,90 a 4,73 b 0,70 a 4,53 a 8,57 a 20,67 a
SP 4,60 a 7,03 ab 1,33 a 3,40 a 9,10 a 39,23 a
AF 4,37 a 8,93 a 1,50 a 3,07 a 10,50 a 49,43 a
VR 5,00 a 4,40 b 0,60 a 4,03 a 7,83 a 15,43 a
CV(%) 5,91 21,33 53,58 23,40 14,76 56,75
Camada de 10-20 cm
S1 4,63 a 10,50 a 1,67 a 3,40 a 12,23 a 49,33 a
S2 4,77 a 5,77 a 1,30 a 3,93 a 8,40 a 44,10 a
SP 4,80 a 5,97 a 1,30 a 2,93 a 7,60 a 44,43 a
AF 4,60 a 7,43 a 1,47 a 2,87 a 8,83 a 52,80 a
VR 5,10 a 5,07 a 0,83 a 3,63 a 7,87 22,17 a
CV(%) 5,98 29,65 46,15 23,30 18,74 48,88
Camada de 20-40 cm
S1 4,87 a 12,67 a 1,77 a 3,53 a 14,43 a 51,40 a
S2 4,77 a 8,17 a 1,97 a 3,63 a 9,83 a 58,83 a
SP 4,90 a 6,33 a 1,60 a 3,10 a 7,83 a 54,03 a
AF 4,50 a 10,63 a 2,27 a 3,10 a 11,47 a 74,43 a
VR 4,93 a 8,00 a 1,73 a 3,27 a 9,53 a 54,10 a
CV(%) 3,87 40,53 34,64 10,70 30,33 33,31

Dados de novembro de 2016. Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente
entre si pelo teste de tukey (p<0,05). Trat - tratamentos. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo, S2 - aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR -
vegetação espontânea roçada. CV - coeficiente de variação.

Aos cinco meses após a implantação do experimento ocorreu diferença


significativa para potássio e relações K/(Ca+Mg)1/2 (Tabela 16).
112

Tabela 16 – Saturação de bases, teores de potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg)
e fósforo (P), relações Ca/Mg, relações (Ca+Mg)/K e relações K/(Ca+Mg)1/2
do solo em maio de 2015.

Saturação
K Ca Mg P Relações Relações Relações
Trat de bases
Ca/Mg (Ca+Mg)/K K/(Ca+Mg)1/2
-------%------- -----------cmolc dm-3------------ --mg/L--
Camada de 0-5 cm
S1 46,87 a 0,34 a 2,67 a 1,03 a 15,60 a 2,63 a 11,20 a 0,18 a
S2 47,93 a 0,33 a 2,54 a 1,01 a 17,30 a 2,50 a 11,93 a 0,18 a
SP 46,17 a 0,15 b 2,66 a 0,97 a 14,83 a 2,83 a 25,27 a 0,08 b
AF 45,40 a 0,17 b 2,87 a 1,05 a 14,07 a 2,73 a 27,77 a 0,09 ab
VR 58,03 a 0,37 a 3,08 a 1,22 a 17,63 a 2,50 a 11,73 a 0,18 a
CV(%) 16,78 20,06 22,87 26,35 20,00 6,05 49,20 24,54
Camada de 5-10 cm
S1 37,40 a 0,12 a 2,02 a 0,82 a 14,03 a 2,47 a 24,27 a 0,07 a
S2 34,37 a 0,11 a 1,86 a 0,76 a 11,83 a 2,47 a 26,60 a 0,067 ab
SP 41,23 a 0,07 a 2,36 a 0,84 a 14,20 a 2,87 a 47,97 a 0,04 b
AF 43,03 a 0,09 a 2,47 a 0,93 a 20,70 a 2,80 a 39,63 a 0,05 ab
VR 39,63 a 0,09 a 2,48 a 1,04 a 8,30 a 2,40 a 39,23 a 0,05 ab
CV(%) 22,22 20,01 19,34 26,89 37,24 10,91 26,94 18,86
Camada de 10-20 cm
S1 27,97 a 0,09 a 1,71 a 0,73 a 8,20 a 2,37 a 28,50 a 0,06 a
S2 30,33 a 0,07 a 1,50 a 0,63 a 8,07 a 2,43 a 31,17 a 0,05 a
SP 35,30 a 0,07 a 2,00 a 0,76 a 13,03 a 2,63 a 44,87 a 0,05 a
AF 28,60 a 0,08 a 1,45 a 0,63 a 10,77 a 2,47 a 28,70 a 0,05 a
VR 31,00 a 0,08 a 1,40 a 0,72 a 7,40 a 1,93 a 28,27 a 0,05 a
CV(%) 28,47 41,24 24,89 31,12 43,79 14,08 43,39 38,74
Camada de 20-40 cm
S1 21,73 a 0,08 a 1,23 a 0,55 a 4,20 a 2,33 a 25,97 a 0,07 a
S2 20,03 a 0,08 a 1,11 a 0,50 a 6,00 a 2,27 a 21,20 a 0,06 a
SP 20,40 a 0,07 a 1,08 a 0,45 a 6,17 a 2,47 a 21,90 a 0,06 a
AF 13,93 a 0,07 a 0,97 a 0,43 a 5,57 a 2,30 a 19,80 a 0,06 a
VR 18,30 a 0,09 a 1,05 a 0,48 a 5,30 a 2,17 a 17,20 a 0,07 a
CV(%) 32,01 33,39 30,83 33,24 21,35 11,32 42,78 33,39

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de tukey
(p<0,05). Trat - tratamentos. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - aveia preta +
ervilhaca e feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea
roçada. CV - coeficiente de variação.

No AF foi observada a menor média de saturação de bases e os menores


teores de potássio, cálcio e magnésio no solo, na camada de 0-5 cm (Tabela 17). Nas
demais camadas não ocorreu diferença entre as coberturas do solo. Auler et al. (2008)
também observaram que o amendoim forrageiro causou a redução do pH e do teor de
magnésio e aumento do alumínio trocável, ao avaliar efeito de sistemas de manejo
sobre o controle da erosão e melhoria da fertilidade de Argissolos cultivados com
laranja ‘pera’.
113

Os menores teores de potássio, cálcio e magnésio no solo no AF podem ser


justificados pela maior capacidade de absorção de cátions básicos por plantas
leguminosas, como o amendoim forrageiro (AULER et al., 2008). O teor de cálcio
observado no AF não diferiu do S2.
Na camada de 0-5 cm do solo, o teor de potássio no S2, SP e AF é considerado
alto. Já no S1 e VR é tido como muito alto. Em relação ao cálcio, quando os teores
forem menores que 2 cmolc dm-3, são considerados baixos. De 2,1 a 4 cmolc dm-3 são
considerados médios. Dessa forma, verifica-se que na camada de 0-5 cm no AF, os
teores de cálcio são baixos para o crescimento da erva-mate. Já nos demais
tratamentos é considerado médio. Santin (2013) cita que para a cultura estabelecida
em solos com baixa disponibilidade de cálcio na camada de 0-5 do solo, a calagem
deve disponibilizar o teor de cálcio entre 4,0-4,5 cmolc dm-3 (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO, 2004).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (2004), o teor de
magnésio do solo maior que 1 cmolc dm-3 é considerado alto, de 1 a 0,6 é médio e
menor ou igual a 0,5 é considerado baixo. Dessa forma, na camada de 0-5 cm apenas
no AF os teores de magnésio foram considerados baixos. Nos demais tratamentos,
foi considerado alto. Para o fósforo, teores menores que 7 cmolc dm-3 são
considerados muito baixos. De 7,1 a 14 são baixos e de 14,1 a 21 são avaliados como
médios. Assim sendo, apenas no S1 os teores de fósforo são tidos como médios e
nos demais tratamentos os teores são baixos.
A relação (Ca+Mg)/K foi maior no SP, mas não diferiu do S2. Já a relação
K/(Ca+Mg)1/2 foi maior no S1, mas não diferiu do S2 e do VR.
114

Tabela 17 – Saturação de bases, teores de potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg)
e fósforo (P), relações Ca/Mg, relações (Ca+Mg)/K e relações K/(Ca+Mg)1/2
do solo em novembro de 2016.

Saturação
K Ca Mg P Relações Relações Relações
Trat de bases
Ca/Mg (Ca+Mg)/K K/(Ca+Mg)1/2
-------%------- -----------cmolc dm-3------------ --mg/L--
Camada de 0-5 cm
S1 46,00 a 0,39 a 2,81 a 1,15 a 19,47 a 2,50 a 11,03 b 0,20 a
S2 46,27 a 0,29 ab 2,73 ab 1,13 a 12,47 a 2,50 a 14,63 ab 0,15 ab
SP 45,07 a 0,23 ab 2,86 a 1,19 a 9,90 a 2,37 a 18,33 a 0,12 b
AF 20,70 b 0,16 c 1,34 b 0,46 b 9,93 a 3,17 a 11,77 b 0,12 b
VR 56,20 a 0,35 a 3,09 a 1,30 a 10,53 a 2,40 a 13,53 b 0,16 ab
CV(%) 11,57 22,53 19,70 22,67 33,32 17,55 10,84 12,73
Camada de 5-10 cm
S1 28,60 a 0,20 a 1,94 a 0,62 a 7,90 a 3,27 b 16,70 a 0,13 a
S2 42,90 a 0,10 a 2,78 a 0,95 a 5,70 a 3,50 b 36,53 a 0,06 a
SP 22,67 a 0,13 a 1,48 a 0,45 a 5,20 a 3,30 b 19,00 a 0,09 a
AF 15,77 a 0,11 a 1,24 a 0,19 a 10,80 a 6,10 a 23,53 a 0,12 a
VR 43,07 a 0,12 a 2,33 a 0,98 a 11,20 a 2,53 b 28,20 a 0,07 a
CV(%) 40,61 37,49 47,18 67,43 38,85 15,89 39,62 63,69
Camada de 10-20 cm
S1 14,77 a 0,12 a 1,27 a 0,35 a 3,87 a 4,07 a 17,50 a 0,10 a
S2 29,87 a 0,07 a 1,79 a 0,80 a 4,73 a 2,83 a 39,00 a 0,06 a
SP 21,83 a 0,08 a 1,20 a 0,37 a 3,03 a 3,23 a 25,93 a 0,06 a
AF 17,17 a 0,06 a 1,12 a 0,22 a 7,80 a 6,53 a 35,97 a 0,07 a
VR 35,97 a 0,05 a 1,90 a 0,83 a 6,65 a 2,37 a 58,50 a 0,03 a
CV(%) 61,29 41,87 59,88 79,87 30,20 41,47 74,91 64,87
Camada de 20-40 cm
S1 17,13 a 0,09 a 1,26 a 0,41 a 3,67 a 3,30 a 25,30 a 0,08 a
S2 18,37 a 0,06 a 1,12 a 0,49 a 2,17 a 3,27 a 27,20 a 0,07 a
SP 19,63 a 0,05 a 1,04 a 0,38 a 1,90 a 3,03 a 30,20 a 0,05 a
AF 7,80 a 0,05 a 0,69 a 0,10 a 2,97 a 8,77 a 15,57 a 0,06 a
VR 16,63 a 0,05 a 1,02 a 0,45 a 4,37 a 2,30 a 31,50 a 0,04 a
CV(%) 79,61 30,18 54,99 84,87 43,65 63,35 70,53 45,23

Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). Trat - tratamentos. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - aveia preta +
ervilhaca e feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea
roçada. CV - coeficiente de variação.

Em nenhuma das épocas avaliadas foi encontrada diferença entre tratamentos


para nitrogênio, carbono orgânico e matéria orgânica do solo (Tabela 18). Um dos
fatores que pode ter afetado o teor de nitrogênio no solo nos tratamentos com
leguminosas é que, segundo Graham (1992), a acidez do solo afeta todos os aspectos
da nodulação e fixação biológica de nitrogênio, desde a sobrevivência e multiplicação
do rizóbio no solo, até o processo de infecção e nodulação e finalmente a atividade
de fixação biológica do nitrogênio. A concentração de íons hidrogênio per si, toxidade
115

de alumínio e manganês e deficiências de cálcio, molibdênio e fósforo podem


contribuir também para a redução da nodulação.

Tabela 18 – Nitrogênio total, carbono orgânico total e matéria orgânica do solo


cultivado com diferentes tipos de plantas de cobertura do solo.

Abril de 2015
Prof.
S1 S2 SP AF VR CV(%)
Nitrogênio total do solo (g kg-1)
0-5 1,16 a 1,23 a 1,10 a 1,12 a 1,29 a 16,70
5-10 0,95 a 1,01 a 0,90 a 0,85 a 0,97 a 21,04
10-20 0,72 a 0,68 a 0,63 a 0,72 a 0,72 a 12,84
20-40 0,67 a 0,65 a 0,71 a 0,62 a 0,62 a 9,19
Carbono orgânico total do solo (g kg-1)
0-5 10,83 a 11,35 a 10,30 a 10,46 a 12,34 a 19,31
5-10 8,43 a 9,05 a 8,16 a 7,48 a 9,16 a 26,44
10-20 6,25 a 5,81 a 5,78 a 6,02 a 6,36 a 14,60
20-40 6,01 a 5,68 a 5,57 a 5,68 a 6,50 a 11,54
Matéria orgânica do solo (%)
0-5 1,86 a 1,95 a 1,77 a 1,80 a 2,12 a 19,31
5-10 1,45 a 1,56 a 1,40 a 1,29 a 1,58 a 26,44
10-20 1,07 a 1,00 a 0,99 a 1,03 a 1,09 a 14,60
20-40 1,03 a 0,98 a 0,96 a 0,98 a 1,12 a 11,54
Novembro de 2016
Prof.
S1 S2 SP AF VR CV(%)
Nitrogênio total do solo (g kg-1)
0-5 1,19 a 1,25 a 1,28 a 1,04 a 1,24 a 13,20
5-10 0,74 a 0,86 a 0,68 a 0,74 a 0,75 a 14,89
10-20 0,56 a 0,59 a 0,52 a 0,53 a 0,55 a 14,69
20-40 0,54 a 0,50 a 0,43 a 0,47 a 0,47 a 10,80
Carbono orgânico total do solo (g kg-1)
0-5 12,76 a 13,70 a 14,24 a 11,37 a 13,62 a 13,25
5-10 8,13 a 9,41 a 7,73 a 8,01 a 8,20 a 14,23
10-20 6,45 a 6,77 a 6,29 a 6,30 a 6,53 a 12,86
20-40 6,88 a 6,44 a 5,78 a 6,01 a 5,90 a 10,08
Matéria orgânica do solo (%)
0-5 2,20 a 2,36 a 2,46 a 1,96 a 2,35 a 13,23
5-10 1,40 a 1,62 a 1,33 a 1,38 a 1,41 a 14,22
10-20 1,11 a 1,17 a 1,08 a 1,09 a 1,13 a 12,85
20-40 1,19 a 1,11 a 1,00 a 1,04 a 1,02 a 9,95

Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). Prof. - profundidade. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo, S2 - aveia preta +
ervilhaca e feijão-miúdo, SP - soja perene, AF - amendoim forrageiro, VR - vegetação espontânea
roçada. CV - coeficiente de variação.
6.4 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ILEX PARAGUARIENSIS

Não ocorreu diferença entre os tratamentos para sobrevivência de árvores até


novembro de 2015 (Tabela 19). Todavia, no período de verão/outono de 2016 a
sobrevivência das árvores reduziu em todos os tratamentos, exceto no AF. A maior
sobrevivência no AF possivelmente se deve a maior umidade e menor temperatura do
solo no período de verão/outono, tornando o ambiente mais propício para o
crescimento das mudas.

Tabela 19 – Sobrevivência de erva-mate (Ilex paraguariensis) (%) por época de


avaliação, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo
(S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR).

Tratamentos CV
Época
S1 S2 SP AF VR (%)
Mai15 98 a 93 a 95 a 98 a 100 a 3,80
Ago15 96 a 92 a 92 a 98 a 98 a 4,33
Nov15 96 a 92 a 90 a 98 a 98 a 4,13
Fev16 87 ab 88 ab 67 b 98 a 92 ab 13,20
Mai16 87 ab 83 ab 67 b 98 a 87 ab 13,07
Ago16 83 ab 83 ab 67 b 98 a 87 ab 15,56
Nov16 83 ab 82 ab 67 b 98 a 87 ab 11,92

N - número total de plantas mortas. Mai15, Ago15, Nov15 - maio, agosto e novembro de 2015,
respectivamente. Fev16, Mai16, Ago16, Nov16 - fevereiro, maio, agosto e novembro de 2016,
respectivamente.

A partir de fevereiro de 2016 a maior e menor sobrevivência das árvores foi no


AF e SP, respectivamente (Tabela 19). Conforme Teodoro et al. (2011), a soja perene
possui crescimento inicial lento, porém, após se estabelecer o crescimento é rápido.
Além disso, a soja perene é uma planta volúvel, ou seja, de hábito trepador. Devido
ao rápido crescimento da soja perene, principalmente no verão, e também por ser uma
planta volúvel, competia com a erva-mate por água, nutrientes e luz, causando a
mortalidade das árvores (Figura 24). Corroborando com o presente estudo, Santos
(2011) observou que a soja perene tem crescimento agressivo, interferindo no
crescimento de cafeeiros e causando limitações nos tratos culturais e na colheita.
Cunha et al. (2014) também verificaram que a soja perene teve efeito negativo no
crescimento do café. Todavia, Niether et al. (2017) observaram que a soja perene não
117

afetou o crescimento de cacau (Theobroma cacao), após dezoito meses de


implantação do experimento.

Figura 24 – Competição da soja perene com a erva-mate.

6.4.1 Altura total e diâmetro a 10 cm de altura da erva-mate

Em maio de 2015, aos cinco meses após a aplicação dos tratamentos, a altura
total observada no VR foi a maior e não diferiu do AF e do S1 (Tabela 20). A altura
total das plantas no VR pode ser explicada pelo fato de que, neste tratamento, a
competição pelos recursos do meio (água, luz, nutrientes) com a erva-mate era muito
pequeno, pois a vegetação espontânea era continuamente roçada. Além disso, o
crescimento inicial deste tratamento refletiu o efeito da adubação de plantio. Em
novembro de 2015, a altura total da erva-mate encontrada no AF foi maior do que no
SP e no VR. De fevereiro de 2016 até a última avaliação, em novembro de 2016, a
maior e menor altura total foi verificada no AF e no VR, respectivamente. Já as alturas
das plantas do S1, SP e S2 não diferiram entre si nesse mesmo período de tempo.
Em maio e agosto de 2015 o diâmetro a 10 cm de altura da árvore (Tabela 20)
foi maior no AF e no VR. Em novembro de 2015 o diâmetro no AF diferiu do SP,
sendo maior no AF. De fevereiro a agosto de 2016 o AF proporcionou maior
crescimento em diâmetro a 10 cm de altura da árvore e os demais tratamentos não
diferiram entre si.
118

Tabela 20 – Altura total de erva-mate (Ilex paraguariensis) nos tratamentos: aveia


preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-
miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação
espontânea roçada (VR).

Altura total (cm)


Época S1 S2 SP AF VR CV(%)
Mai15 18,02 abc 16,56 bc 16,30 c 22,22 ab 22,91 a 13,42
Ago15 20,66 a 19,69 a 17,85 a 23,62 a 23,84 a 14,08
Nov15 40,83 ab 36,51 abc 30,41 c 42,24 a 32,72 bc 11,54
Fev16 58,20 b 54,99 b 51,31 b 73,17 a 38,31 c 10,26
Mai16 60,08 b 57,81 b 54,26 b 78,46 a 40,94 c 9,04
Ago16 60,60 b 58,02 b 54,51 b 81,52 a 41,31 c 9,24
Nov16 73,80 b 72,90 b 65,42 b 93,02 a 49,31 c 17,86
Diâmetro a 10 cm de altura (mm)
Mai15 2,35 b 2,22 b 2,32 b 3,25 a 3,02 a 9,92
Ago15 2,58 b 2,56 b 2,51 b 3,57 a 3,61 a 13,27
Nov15 4,64 ab 4,23 ab 3,44 b 5,22 a 4,71 ab 14,5
Fev16 7,16 b 6,56 b 5,96 b 9,71 a 6,10 b 14,08
Mai16 8,40 b 7,87 b 6,84 b 11,70 a 6,54 b 13,37
Ago16 8,59 b 8,20 b 7,10 b 12,87 a 6,74 b 13,58
Nov16 9,62 b 8,84 b 8,91 b 14,63 a 7,13 c 15,12
Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05). Mai15, Ago15, Nov15 - maio, agosto e novembro de 2015, respectivamente. Fev16, Mai16,
Ago16, Nov16 - fevereiro, maio, agosto e novembro de 2016, respectivamente.

Em novembro de 2016, da mesma forma que para a altura total, o diâmetro a


10 cm de altura da árvore foi maior no AF (leguminosa) e menor no VR (em grande
parte, gramíneas). Nessa mesma época, não houve diferença significativa para o
diâmetro a 10 cm de altura da árvore nos tratamentos SP, S1 e S2. Resultados
semelhantes aos do presente estudo foram encontrados por Philipovsky et al. (2004),
os quais estudaram a influência de gramíneas e leguminosas como cobertura verde
de inverno nas entrelinhas de erva-mate. As espécies utilizadas foram: aveia preta
(Avena strigosa), tremoço azul (Lupinus angustifolius), azevém comum (Lollium
multiflorum), ervilhaca peluda (Vicia pilosa), nabo forrageiro (Raphanus sativus),
mistura de ervilhaca peluda + nabo forrageiro + tremoço azul e vegetação espontânea
(testemunha). Os autores constataram que, em relação às coberturas verdes de
inverno, a leguminosa “tremoço” e a vegetação espontânea proporcionaram a maior
e a menor produção das erveiras, respectivamente, aos quatro anos após o plantio.
Clermont-Dauphin et al. (2016) também encontraram efeito positivo de plantas
leguminosas no crescimento de espécies arbóreas consorciadas com elas. Os autores
119

estudaram o efeito da leguminosa Pueraria phaseoloides como cobertura do solo em


plantios de seringueira (Hevea brasiliensis) em uma toposequência. Os autores
verificaram que, na parte inferior da topossequência, tanto a disponibilidade de
nutrientes, quanto a água disponível foi significativamente melhorando com a
implantação da cultura de cobertura, acarretando no aumento do diâmetro das
árvores, aos sete anos de idade. Já Cunha et al. (2014) observaram que o amendoim
forrageiro (leguminosa) não causou interferência nas características vegetativas e
produtivas do cafeeiro (Coffea arábica).
Um dos motivos do maior diâmetro e altura das plantas no AF é que nesse
tratamento, em grande parte dos dias, foram observados os maiores conteúdos de
água no solo e as menores temperaturas do solo, principalmente no período de
primavera/verão, em dias em que a temperatura atmosférica foi alta. Essa condição
de umidade e temperatura do solo favoreceu o crescimento da erva-mate, tendo em
vista que, como Daniel (2009) salienta, a Ilex paraguariensis é uma espécie esciófita
(tolera sombreamento) e higrófita (adaptada a viver em ambiente de elevado grau de
umidade). Além disso, as plantas de cobertura, que tem uma baixa condutividade
térmica, agem como um isolante, reduzindo a transferência da energia térmica do solo
para o ar, fazendo com que a temperatura acima da superfície do solo seja amena
(BRADY; WEIL, 2013). Como citado anteriormente, temperaturas muito altas de 30-
35°C já podem causar o fechamento estomático, afetando a fotossíntese e a
transpiração da planta (VIEIRA et al., 2010a) e, consequentemente, afetando o
crescimento.
No tratamento SP também foram encontradas menores temperaturas e maior
conteúdo de água no solo, comparando com os demais tratamentos. Entretanto, como
citado anteriormente, a soja perene é uma espécie volúvel que compete com a erva-
mate principalmente no verão, quando a taxa de crescimento da soja perene é alta.
Outro fator responsável pelo maior crescimento das plantas no AF é que o
amendoim forrageiro causou um aumento da acidez do solo e dos teores de alumínio,
o que é favorável para o crescimento da erva-mate. Como Lourenço et al. (2001)
reporta, a erva-mate cresce naturalmente em solos ligeiramente ácidos e com altos
teores de alumínio.
Além disso, outro fator que pode ter contribuído para o maior crescimento das
plantas no AF é aporte de nitrogênio proporcionado pelo resíduos e pela fixação
biológica de nitrogênio realizada pelo amendoim forrageiro. Apesar de não ter ocorrido
120

diferença significativa entre os tratamentos para nitrogênio das folhas, verifica-se um


maior teor de nitrogênio no AF (Tabela 26). O nitrogênio constitui os aminoácidos, que
juntos formam as proteínas. Algumas proteínas são responsáveis pela fotossíntese,
respiração da planta e pela absorção de elementos minerais pelas raízes ou pelas
próprias folhas. O nitrogênio também faz parte da clorofila, pigmento responsável pela
fotossíntese. Dessa forma, quando há falta de nitrogênio no solo as plantas crescem
e produzem menos (MALAVOLTA et al., 2002).

Tabela 21 – Nitrogênio total das folhas de erva-mate (Ilex paraguariensis) nos


tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia
preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim
forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR).

S1 S2 SP AF VR CV (%)
1,66 a 1,59 a 1,94 a 2,04 a 1,75 a 12,28

Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p<0,05).

6.4.2 Área foliar de Ilex paraguariensis

Por meio dos escores estatísticos, a melhor equação para estimar a área foliar
da erva-mate em maio e novembro de 2015 foi a equação linear com a variável
independente sendo o comprimento vezes a largura máxima da folha (Tabela 22).
Para maio e novembro de 2016 a melhor equação foi a polinomial de segundo grau
tendo como variável independente o comprimento vezes a largura máxima da folha
(Tabela 23). Todavia, para maio e novembro de 2016 foi utilizada a equação com
apenas uma variável que apresentou o menor valor do escore estatístico, devido à
dificuldade de se obter as duas variáveis no campo, por causa da grande quantidade
de folhas da erva-mate nestas épocas. Dessa forma, para maio de 2016 foi utilizada
a equação linear com variável independente sendo a largura máxima e para novembro
de 2016 foi utilizada a equação polinomial de segundo grau com a largura máxima da
folha como variável independente.
121

Tabela 22 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para


estimativa da área foliar de erva-mate (Ilex paraguariensis) em maio e
novembro de 2015.

Maio de 2015
Parâmetros estatísticos
Modelo matemático x
R2 aj. CV% F VP
y = 4,31x - 13,25 C 0,91 (10) 13,6 (9) 1717,07 (8) (27)
y = 8,81x - 11,21 L 0,91 (9) 13,4 (8) 1778,36 (7) (24)
y = 0,71x - 0,24 CL 0,99 (1) 4,6 (1) 16446,9 (1) (3)
y= 0,26x2 + 0,76x - 1,8756 C 0,92 (5) 12,6 (5) 1022,78 (11) (21)
y= 0,70x2 + 4,39x - 4,68 L 0,92 (7) 13,0 (7) 948,37 (13) (28)
y= -0,0005x2 + 0,74x - 0,03 CL 0,99 (2) 4,6 (2) 8253,3 (2) (6)
y = -0,03x3 + 0,87x2 - 3,31x + 6,74 C 0,92 (4) 12,5 (4) 686,77 (14) (22)
y= -0,36x3 + 4,17x2 - 6,21x + 5,50 L 0,92 (7) 12,9 (6) 641,47 (15) (28)
y = -2E-05x3 + 0,0014x2 + 0,69x + 0,27 CL 0,98 (3) 4,6 (3) 5489,6 (4) (10)
y = 26,64ln(x) - 34,26 C 0,85 (15) 17,4 (14) 988,16 (12) (41)
y = 25,21ln(x) - 11,61 L 0,86 (14) 16,7 (13) 1080,87 (10) (37)
y = 13,71ln(x) - 24,86 CL 0,91 (11) 13,7 (10) 1705,64 (9) (30)
y = 2,76e0,25x C 0,90 (12) 14,4 (11) 4868,7 (5) (28)
y = 3,25e0,49x L 0,89 (13) 15,2 (12) 4346,81 (6) (31)
y= 6,86e0,036x CL 0,92 (6) 21,7 (15) 6300,23 (3) (24)
Novembro de 2015
Parâmetros estatísticos
Modelo matemático x 2
R aj. CV% F VP
y = 4,85x - 15,83 C 0,91 (11) 12,33 (11) 1865,98 (9) (31)
y = 10,92x -18,43 L 0,92 (8) 11,47 (8) 2184,20 (8) (24)
y = 0,73x - 0,09 CL 0,99 (2) 1,844 (2) 91188,70 (1) (5)
y = 0,26x2 + 0,85x - 1,10 C 0,92 (9) 11,69 (9) 1049,20 (13) (31)
y = 0,66x2 + 5,94x - 9,54 L 0,93 (7) 11,26 (7) 1135,95 (12) (26)
y = -0,00013x2 + 0,74x - 0,02 CL 0,99 (3) 1,85 (3) 45450,50 (2) (8)
y = -0,03x3 + 0,84x2 - 3,38x + 8,77 C 0,92 (10) 11,69 (10) 699,19 (15) (35)
y = -0,93x3 + 11,04x2 - 31,34x + 33,35 L 0,93 (6) 10,79 (6) 831,45 (14) (26)
y= -2E-05x3 + 0,002x2 + 0,67x + 0,53 CL 0,99 (1) 1,839 (1) 30561,40 (3) (5)
y = 34,92ln(x) - 48,72 C 0,87 (15) 14,98 (15) 1206,38 (11) (41)
y = 25,21ln(x) - 11,61 L 0,89 (14) 13,90 (14) 1430,27 (10) (38)
y = 19,49ln(x) - 42,49 CL 0,94 (5) 10,24 (5) 2783,51 (7) (17)
y= 3,74e0,22x C 0,91 (12) 12,44 (12) 6725,08 (5) (29)
y= 3,82e0,47x L 0,90 (13) 13,29 (13) 5884,25 (6) (32)
y = 8,45e0,03x CL 0,96 (4) 8,16 (4) 15745,70 (4) (12)

y=área foliar; R2 aj. = coeficiente de determinação ajustado; CV% = coeficiente de variação em


porcentagem; F= valor de F da análise da variância. Valores entre parênteses representam o valor dos
escores dos parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados. VP - soma do valor
ponderado dos escores estatísticos.
122

Tabela 23 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para


estimativa da área foliar de erva-mate (Ilex paraguariensis) em maio e
novembro de 2016.

Maio de 2016
Parâmetros estatísticos
Modelo matemático x
R2 aj. CV% F VP
y = 4,75x - 15,00 C 0,91 (12) 17,02 (12) 1663,42 (9) (33)
y = 10,34x -16,15 L 0,95 (7) 12,89 (6) 3029,70 (7) (20)
y = 0,73x - 0,021 CL 0,99 (3) 2,34 (3) 96674,80 (1) (7)
y= 0,38x2 - 0,72x + 3,06 C 0,94 (8) 13,64 (7) 1343,67 (11) (26)
y= 0,85x2 + 4,30x - 6,10 L 0,96 (6) 11,71 (5) 1852,14 (8) (19)
y= 0,00017x2 + 0,72x - 0,15 CL 0,99 (1) 2,34 (2) 48529,90 (2) (5)
y= -0,005x3 + 0,48x2 - 1,44x + 4,60 C 0,94 (9) 13,67 (8) 890,98 (14) (31)
y= -0,24x3 + 3,44x2 – 4,56x + 3,35 L 0,96 (5) 11,60 (4) 1260,28 (12) (21)
y = -1E-05x3 - 0,001x2 + 0,76x - 0,16 CL 0,99 (2) 2,32 (1) 32878,10 (3) (6)
y = 29,74ln(x) - 38,39 C 0,82 (15) 23,70 (15) 777,45 (15) (45)
y = 32,80ln(x) - 19,74 L 0,88 (14) 19,47 (14) 1232,38 (13) (41)
y = 16,42ln(x) - 32,04 CL 0,89 (13) 18,24 (13) 1427,61 (10) (36)
y = 3,07e0,24x C 0,96 (4) 15,12 (9) 3806,87 (6) (19)
y= 3,82e0,46x L 0,92 (11) 15,94 (11) 4323,96 (5) (27)
y= 8,24e0,03x CL 0,92 (10) 15,86 (10) 4371,85 (4) (24)
Novembro de 2016
Parâmetros estatísticos
Modelo matemático x 2
R aj. CV% F VP
y = 4,01x - 10,76 C 0,89 (13) 12,91 (13) 922,54 (10) (36)
y = 8,65x -10,28 L 0,94 (5) 9,60 (5) 1757,10 (7) (17)
y = 0,73x + 0,15 CL 0,99 (3) 2,36 (3) 30705,40 (1) (7)
y = 0,13x2 + 2,29x - 5,68 C 0,90 (11) 12,74 (11) 475,66 (13) (35)
y = 0,13x2 + 2,29x - 5,68 L 0,90 (12) 12,74 (12) 475,66 (14) (38)
y = -0,0006x2 + 0,75x - 0,09 CL 0,99 (1) 2,35 (1) 15564,20 (2) (4)
y = -0,05x3 + 1,07x2 - 3,56x + 5,63 C 0,90 (10) 12,73 (10) 318,35 (15) (35)
y = -0,53x3 + 5,11x2 - 6,80x + 4,18 L 0,94 (4) 9,48 (4) 601,88 (12) (20)
y= -4E-05x3 + 0,002x2 + 0,70x + 0,18 CL 0,99 (2) 2,35 (2) 10372,80 (3) (7)
y = 23,33ln(x) - 27,26 C 0,85 (15) 15,11 (15) 643,88 (11) (41)
y = 25,217ln(x) - 11,61 L 0,91 (8) 12,06 (8) 1073,11 (9) (25)
y = 12,23ln(x) - 19,81 CL 0,92 (7) 11,21 (7) 1259,91 (8) (22)
y= 2,94e0,24x C 0,87 (14) 14,52 (14) 2986,56 (6) (34)
y= 3,26e0,50x L 0,90 (9) 12,50 (9) 4045,90 (5) (23)
y = 6,37e0,04x CL 0,94 (6) 9,75 (6) 6688,28 (4) (16)

y=área foliar; R2 aj. = coeficiente de determinação ajustado; CV% = coeficiente de variação em


porcentagem; F= valor de F da análise da variância. Valores entre parênteses representam o valor dos
escores dos parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados. VP - soma do valor
ponderado dos escores estatísticos.
123

Aos cinco meses após a implantação do experimento, a área foliar das plantas
do tratamento AF diferiu do SP, sendo os maiores valores observados no AF. No
primeiro ano de idade das plantas, o SP diferiu do S1, com menor valor de área foliar
no SP. Em maio e novembro de 2016 área foliar ocorrida no S1 foi maior que no VR.
Considerando a área foliar total por planta, pode-se constatar que aos cinco
meses de idade das plantas a área foliar total do VR diferiu do SP, com maior valor
no VR. Quando as plantas completaram um ano de idade, os tratamentos não
diferiram entre si para área foliar total da planta.
Já aos dois anos após a implantação do experimento, a área foliar total por
planta do AF se sobressaiu sobre os demais tratamentos e apresentou a maior média
(Tabela 24, Figura 25). A área foliar total por planta do AF foi 121%, 108%, 313% e
591% maior do que a área foliar total por planta do S1, S2, SP e VR, respectivamente.
Como citado anteriormente na discussão sobre o diâmetro e a altura da erva-mate, o
maior crescimento das árvores no AF é atribuído às condições físicas e químicas do
solo que se desenvolveram ao longo do tempo neste tratamento.

Tabela 24 – Área foliar (cm²) e área foliar total por planta (cm²) de erva-mate (Ilex
paraguariensis) para os tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja
perene (SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada
(VR).

Área foliar (cm²)


Época
S1 S2 SP AF VR CV(%)
Mai15 11,69 ab 12,43 ab 8,70 b 13,84 a 10,93 ab 16,39
Nov15 18,70 a 16,87 ab 13,81 b 16,95 ab 15,56 ab 33,02
Mai16 17,48 a 15,22 abc 14,33 bc 16,26 ab 12,49 b 8,08
Nov16 15,14 a 13,26 ab 13,34 ab 14,00 ab 11,28 c 11,71
Área foliar total por planta (cm²)
Mai15 116,4 bc 121,5 bc 79,3 c 194,6 ab 230,1 a 32,41
Nov15 733,9 a 710,9 a 367,1 a 732,5 a 486,8 a 33,02
Mai16 1220,0 b 1239,9 b 934,2 b 2640,4 a 596,8 b 24,80
Nov16 2662,4 b 2825,9 b 1426,3 b 5888,0 a 852,3 b 43,67
Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). CV=coeficiente de
variação. Mai15, Nov15=maio e novembro de 2015, respectivamente. Mai16, Nov16=maio e novembro de 2016,
respectivamente.

Na figura 25 podem ser observadas as plantas de erva-mate aos dois anos


após a implantação do experimento, onde se observa a grade diferença de
crescimento entre o VR e o AF.
124

Figura 25 – a) Amendoim forrageiro (AF); b) soja perene (SP); c) aveia preta + nabo
forrageiro e feijão-miúdo (S1; d) aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo
(S2); e) vegetação espontânea roçada (VR).

a b

c d

e
125

No S1, S2, SP e AF ocorreu a maior porcentagem de folhas ocorreu na classe


de 12-14 cm2. No VR a maior porcentagem de folhas foi observada na classe de 6-8
cm2. A menor quantidade de folhas ocorreu no SP e no VR, refletindo o menor
crescimento nesses tratamentos. Já a maior quantidade de folhas foi no AF (Figura
26).

Figura 26 – Frequências observadas (%) para área foliar e número de folhas de Ilex
paraguariensis, em novembro de 2016, nos tratamentos: a) Aveia preta +
nabo forrageiro e feijão-miúdo - S1 (N=2814), b) Aveia preta + ervilhaca e
feijão-miúdo - S2 (N=3409), c) Soja perene - SP (N=1711), d) Amendoim
forrageiro - AF (N= 6727), e) Vegetação espontânea roçada - VR (N=
1209). N - número total de folhas.

a b

c d

e
126

Por meio da frequência acumulada pode-se observar que no VR 70,97% das


folhas possuem menos de 14 cm². No S2, SP e AF as porcentagens foram de 57,82,
56,81 e 54,88%, respectivamente. Já no S1 46,98% das folhas tem menos de 14 cm²,
o que significa que nesse tratamento há mais folhas maiores do que nos demais
tratamentos, o que refletiu na média do S1 (Tabela 25). Contudo, a quantidade total
de folhas neste tratamento não foi o maior, como se pode observar na Figura 25.

Tabela 25 – Frequência acumulada (%) da área foliar em cada classe para os


tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia
preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim
forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada (VR).

Classe de área foliar


S1 S2 SP AF VR
(cm²)
0-2 3,52 4,11 2,81 3,14 5,29
2-4 7,92 8,89 7,77 7,05 11,25
4-6 11,55 15,05 12,04 12,07 18,78
6-8 18,62 25,08 22,38 21,12 34,00
8-10 25,98 34,67 31,85 30,30 44,50
10-12 33,87 44,85 40,85 39,50 56,66
12-14 46,98 57,82 56,81 54,88 70,97
14-16 55,72 66,88 66,34 63,62 80,65
16-18 65,10 75,07 78,08 73,26 87,76
18-20 77,11 85,66 87,32 82,56 93,05
20-22 83,08 90,29 92,58 88,17 95,53
22-24 85,82 92,78 94,74 90,44 96,69
24-26 90,83 96,19 96,79 93,80 98,18
26-28 95,45 98,18 98,54 96,67 99,09
28-30 98,05 99,12 99,53 98,42 99,50
30-32 98,69 99,62 99,77 99,12 99,83
32-34 99,57 99,82 99,82 99,51 99,83
34-36 99,75 99,85 99,94 99,73 99,83
36-38 99,89 99,85 100,00 99,93 99,83
38-40 99,96 99,91 100,00 99,97 99,83
40-42 100,00 99,91 100,00 99,97 99,83
42-44 100,00 99,91 100,00 99,97 99,83
44-46 100,00 99,91 100,00 99,97 99,83
46-48 100,00 99,91 100,00 99,97 99,83
48-50 100,00 99,91 100,00 99,97 99,83
50-52 100,00 99,94 100,00 99,99 99,83
52-54 100,00 99,94 100,00 99,99 99,83
54-56 100,00 99,94 100,00 99,99 99,83
56-58 100,00 99,94 100,00 100,00 99,83
58-60 100,00 99,94 100,00 100,00 99,83
60-62 100,00 99,94 100,00 100,00 99,83
62-64 100,00 99,94 100,00 100,00 99,83
64-66 100,00 99,94 100,00 100,00 99,83
66-68 100,00 99,97 100,00 100,00 100,00
68-70 100,00 99,97 100,00 100,00 100,00
70-72 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
127

6.4.3 Teor de Clorofila a, clorofila b, carotenoides e fluorescência da clorofila


de Ilex paraguariensis

Apesar de não haver diferença significativa entre tratamentos, observa-se que


o maior valor de Fv/Fm foi do AF, seguido do S2, S1, VR e SP (Tabela 30). Mohammed
et al. (2003) sugerem as seguintes escalas e interpretações da eficiência quântica
máxima do fotossistema II (Fv/Fm), para espécies arbóreas: de 0,83 a 0,76 é
considerado excelente, de 0,75 a 0,70 é bom, de 0,69 a 0,66 é razoável, de 0,65 a
0,60 é considerado menor dano, de 0,59 a 0,50 é dano moderado e menor ou igual a
0,49 é considerado dano severo. Já Bolhàr-nordenkamp e Öquist (1993) observaram
que valores da relação Fv/Fm abaixo de 0,725 indicam que a planta está sob
fotoinibição. Todavia, Schreiber et al. (2004) salientam que o valor dessa relação varia
de acordo com as características e condições fisiológicas das plantas.
Chehab et al. (2018) avaliaram a fluorescência da clorofila de oliveira (Olea
europaea) de três anos, cultivada com duas plantas de cobertura do solo: aveia
(Avena sativa, gramínea) e trevo-de-Alexandria (Trifolium alexandrinum, leguminosa).
Como resultado verificaram que o cultivo com a leguminosa exibiu maior relação
Fv/Fm, corroborando com o presente estudo. Para a cobertura com leguminosa e para
a gramínea, os valores da relação Fv/Fm encontrados pelos autores foram próximos
de 0,8 e 0,6, respectivamente.
Foram observadas diferenças significativas apenas para fluorescência
máxima em estado adaptado à luz (Fm’) e eficiência fotoquímica efetiva do PSII (Y(II)),
sendo os valores do AF maiores que o VR (Tabela 31). Conforme Silva et al. (2006) a
redução dos valores absolutos da fluorescência máxima pode indicar deficiências da
fotorredução da quinona A (QA), podendo estar relacionadas à inativação do
fotossistema II nas membranas do tilacóide, afetando o fluxo de elétrons entre o
fotossistema II e I e, consequentemente, a fotossíntese.
128

Tabela 26 – Parâmetros da Fluorescência da clorofila de erva-mate (Ilex


paraguariensis) para os tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e
feijão-miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja
perene (SP), amendoim forrageiro (AF), vegetação espontânea roçada
(VR).

Tratamentos
Parâmetros
S1 S2 SP AF VR
Fv/Fm 0,68 a 0,69 a 0,63 a 0,71 a 0,64 a
Fm 349 a 352 a 319 a 425 a 283 a
Fm' 202 ab 201 ab 208 ab 285 a 158 b
Fo 107 a 108 a 113 a 123 a 101 a
Fo' 86 a 95 a 89 a 109 a 82 a
Y(II) 0,43 ab 0,38 ab 0,40 ab 0,49 a 0,34 b
Y(II)125 0,39 a 0,43 a 0,38 a 0,40 a 0,32 a
NPQ 0,74 a 0,77 a 0,59 a 0,51 a 0,81 a
ETR 51,03 a 46,02 a 47,75 a 58,97 a 41,02 a

Fv/Fm - eficiência quântica máxima do fotossistema II. Fm - fluorescência máxima. Fm' - fluorescência
máxima em estado adaptado à luz. Fo - fluorescência inicial. Fo' - fluorescência mínima em estado
adaptado à luz. Y(II) - eficiência fotoquímica efetiva do PSII. Y(II)125 - eficiência fotoquímica efetiva
máxima na menor radiação. NPQ - dissipação não-fotoquímica. ETR - taxa de transporte de elétrons.
S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo. S2 - aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo. SP - soja
perene. AF - amendoim forrageiro. VR - vegetação espontânea roçada. Médias seguidas de letras
iguais na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05).

A taxa de transporte de elétrons (ETR) aumentou com o aumento progressivo


da radiação fotossinteticamente (RFA) e foi menor no VR (Figura 68), evidenciando
que a fotossíntese foi reduzida nesse tratamento.
A eficiência fotoquímica efetiva do PSII (Y(II)) foi gradualmente reduzida com o
aumento da RFA, sendo menor no VR e maior no AF (Figura 68), estando no VR
evidenciando condição de menor utilização da energia. O aparato fotoquímico é mais
eficiente na conversão da energia solar para energia química sob baixas radiações e
em situações de estresse, como as do VR, reduzem ainda mais a eficiência dos
fotossitemas.
129

Figura 27 – Taxa de transporte de elétrons (ETR, µmol m -2 s-1) (a) e eficiência


fotoquímica efetiva do PSII (Y(II)) (b) em relação à radiação
fotossinteticamente ativa (PAR, µmol m-2 s-1) de erva-mate n os
tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo (S1), aveia preta
+ ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP), amendoim forrageiro
(AF), vegetação espontânea roçada (VR).

A Tabela 32 apresenta as equações ajustadas para estimar o ETR de cada


tratamento. A equação utilizada foi a que teve o menor valor ponderado dos escores
estatísticos.
130

Tabela 27 – Parâmetros estatísticos dos modelos matemáticos ajustados para


estimativa da taxa de transporte de elétrons (ETR) de erva-mate (Ilex
paraguariensis) em novembro de 2016.

Parâmetros estatísticos
Modelos matemáticos VP
Syx R² R2 aj. CV% F
S1
y = 0,072x – 13,41 7,18 (3) 0,97 (3) 0,96 (3) 13,19 (3) 206 (3) (15)
y = - 2,70E-5x2 + 0,11x - 5,48 3,65 (2) 0,99 (2) 0,99 (2) 6,69 (2) 410 (2) (10)
y = 3,54E-8x3 - 0,00011x2 + 0,16x + 1,37 1,39 (1) 0,99 (1) 0,99 (1) 2,56 (1) 1890 (1) (5)
S2
y = 0,07x + 14,31 7,67 (3) 0,96 (3) 0,95 (3) 7,67 (3) 182 (3) (15)
y= -3E-5x2 + 0,12x + 5,73 3,71 (2) 0,99 (2) 0,99 (2) 6,68 (2) 401 (2) (10)
y = 2,82E-8x3 - 9,30E-5 x2 + 0,15x + 2,47 2,76 (1) 0,99 (1) 0,99 (1) 4,97 (1) 484 (1) (5)
SP
y = 0,07x + 12,37 6,45 (3) 0,97 (3) 0,96 (3) 12,89 (3) 215 (3) (15)
y= -2,5E-5x2 + 0,10x + 5,36 3,43 (2) 0,99 (2) 0,98 (2) 6,86 (2) 388 (2) (10)
y= 3,28E-8x3 - 9,7E-5x2 + 0,14x + 1,56 1,45 (1) 0,99 (1) 0,99 (1) 2,90 (1) 1462 (1) (5)
AF
y = 12,30x + 0,09 7,31 (3) 0,98 (3) 0,97 (3) 11,30 (3) 324 (3) (15)
y= -3E-5x2 + 0,13x + 3,83 3,00 (2) 0,99 (2) 0,99 (2) 4,61 (2) 990 (2) (10)
y= 2,64E-8x3 -9E-5x2 + 0,16x + 0,77 1,71 (1) 0,99 (1) 0,99 (1) 2,63 (1) 2021 (1) (5)
VR
y = 10,53x + 0,05 5,42 (3) 0,97 (3) 0,96 (3) 12,93 (3) 211 (1) (13)
y = -1,7E-5x2 + 0,08x + 5,81 4,19 (2) 0,98 (2) 0,98 (2) 10,01 (2) 179 (3) (11)
y = 2,91E-8x3 - 8,2E-5x2 + 0,11x + 2,43 2,43 (1) 0,99 (1) 0,98 (1) 8,13 (1) 182 (2) (6)

VP - valor ponderado dos escores estatísticos. S1 - aveia preta + nabo forrageiro e feijão-miúdo. S2 -
aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo. SP - soja perene. AF - amendoim forrageiro. VR - vegetação
espontânea roçada.

Apesar de não ter ocorrido diferença significativa entre os tratamentos para


clorofila a e b, carotenoides e clorofila total, verifica-se uma tendência dos teores
serem menores no VR (Tabela 33).
131

Tabela 28 – Teores de clorofila a, clorofila b, carotenoides e clorofila total de Ilex


paraguariensis, nos tratamentos: aveia preta + nabo forrageiro e feijão-
miúdo (S1), aveia preta + ervilhaca e feijão-miúdo (S2), soja perene (SP),
amendoim forrageiro (AF) e vegetação espontânea roçada (VR).

Tratamentos
Variável analisada
S1 S2 SP AF VR CV(%)
Clorofila a (mg g-1) 0,72 a 0,74 a 0,68 a 0,75 a 0,50 a 22,65
Clorofila b (mg g-1) 0,28 a 0,22 a 0,21 a 0,22 a 0,16 a 29,66
Carotenoides (mg g-1) 0,33 a 0,29 a 0,27 a 0,28 a 0,23 a 18,49
Clorofila total (mg g-1) 1,00 a 0,96 a 0,89 a 0,98 a 0,67 a 22,40

Médias seguidas de letras iguais na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). CV -
coeficiente de variação.

A tendência do teor de clorofila ser menor nas plantas cultivadas no VR reflete


o menor crescimento das plantas nesse tratamento. Um dos fatores que pode ter
contribuído para essa tendência é o estresse que a planta pode sofrido devido as
maiores temperaturas do solo no VR no período de primavera/verão, que é a época
que a taxa de crescimento das plantas é maior. Conforme Galvíncio et al. (2010) a
temperatura do solo possui correlação negativa com a clorofila a, ou seja, quando a
temperatura do solo aumenta, ocorre uma diminuição da clorofila a. O estresse
causado por deficiência hídrica também pode ter contribuído, pois a deficiência hídrica
causa a síntese de espécies reativas de oxigênio (EROS), as quais prejudicam o
metabolismo vegetal oxidando os pigmentos fotossintéticos (SILVA et al., 2016).

6.5 CORRELAÇÃO ENTRE PROPRIEDADES DO SOLO E CRESCIMENTO DE


ERVA-MATE

As tabelas 29 e 30 apresentam os dados de correlação de Pearson e de


Spearman, respectivamente, entre propriedades do solo e o crescimento da erva-
mate. Para fósforo, potássio, CTCpH7, Relações K/(Ca+Mg)1/2, densidade,
macroporosidade, microporosidade, porosidade total do solo não ocorreu correlação
significativa com os parâmetros de crescimento avaliados.
132

Tabela 29 – Matriz de correlação de Pearson entre propriedades do solo e crescimento


de erva-mate.

Matriz de correlação de Pearson


Sob d10 h Af Fv/Fm Fm Fo F m' Fo YII ETR NPQ
pHH2O -0,21 -0,78 -0,86 -0,67 -0,31 -0,46 -0,31 -0,55 -0,32 -0,64 -0,64 0,17
Relações
-0,69 -0,39 -0,35 -0,26 -0,40 -0,34 -0,12 -0,18 -0,31 0,00 0,00 -0,01
(Ca+Mg)/K
Al 0,39 0,83 0,76 0,60 0,30 0,45 0,38 0,52 0,42 0,48 0,48 -0,17
Relações
-0,03 0,30 0,34 0,58 0,10 0,27 0,22 0,33 0,02 0,57 0,57 -0,07
Ca/Mg
Ca -0,41 -0,84 -0,76 -0,74 -0,33 -0,57 -0,49 -0,63 -0,52 -0,48 -0,48 0,19
Mg -0,16 -0,71 -0,66 -0,75 -0,22 -0,51 -0,48 -0,59 -0,36 -0,55 -0,55 0,17
H+Al 0,26 0,78 0,79 0,74 0,43 0,46 0,21 0,54 0,26 0,77 0,77 -0,18
CTCef -0,21 -0,71 -0,64 -0,76 -0,24 -0,56 -0,52 -0,62 -0,45 -0,48 -0,48 0,17
Saturação de
0,41 0,89 0,79 0,70 0,32 0,50 0,42 0,61 0,49 0,53 0,53 -0,21
Al
Saturação de
-0,30 -0,87 -0,83 -0,82 -0,37 -0,57 -0,42 -0,66 -0,45 -0,66 -0,66 0,21
bases
Temp. do
0,00 -0,58 -0,73 -0,60 -0,24 -0,40 -0,30 -0,55 -0,47 -0,42 -0,42 0,25
solo
Umi. do solo 0,23 0,40 0,42 0,42 0,31 0,27 0,05 0,25 -0,17 0,53 0,53 -0,01
Matriz de P-valores da correlação de Pearson
Sob d10 h AF Fv/Fm Fm Fo F m' Fo’ YII ETR NPQ
pHH2O 0,37 0,00 0,00 0,00 0,18 0,04 0,19 0,01 0,17 0,00 0,00 0,48
Relações
0,00 0,09 0,13 0,26 0,08 0,15 0,61 0,44 0,19 0,99 0,99 0,95
(Ca+Mg)/K
Al 0,09 0,00 0,00 0,01 0,19 0,05 0,10 0,02 0,07 0,03 0,03 0,48
Relações
0,88 0,21 0,14 0,01 0,66 0,25 0,36 0,16 0,94 0,01 0,01 0,78
Ca/Mg
Ca 0,08 0,00 0,00 0,00 0,16 0,01 0,03 0,00 0,02 0,03 0,03 0,43
Mg 0,49 0,00 0,00 0,00 0,36 0,02 0,03 0,01 0,12 0,01 0,01 0,46
H+Al 0,26 0,00 0,00 0,00 0,06 0,04 0,37 0,01 0,26 0,00 0,00 0,46
CTCef 0,37 0,00 0,00 0,00 0,31 0,01 0,02 0,00 0,05 0,03 0,03 0,46
Saturação de
0,07 0,00 0,00 0,00 0,17 0,02 0,07 0,00 0,03 0,02 0,02 0,36
Al
Saturação de
0,20 0,00 0,00 0,00 0,10 0,01 0,06 0,00 0,05 0,00 0,00 0,39
bases
Temp. do
1,00 0,01 0,00 0,01 0,31 0,08 0,20 0,01 0,04 0,07 0,07 0,29
solo
Umi. do solo 0,33 0,08 0,07 0,06 0,18 0,25 0,84 0,29 0,48 0,02 0,02 0,97

Sob - sobrevivência das árvores. d10 - diâmetro a 10 cm de altura das árvores. h - altura total das
árvores. AF - área foliar total por planta. Fv/Fm - eficiência quântica máxima do fotossistema II. F m -
fluorescência máxima. Fo - fluorescência inicial. Fm' - fluorescência máxima em estado adaptado à luz.
Fo' - fluorescência mínima em estado adaptado à luz. Y(II) - eficiência fotoquímica efetiva do PSII. ETR
- taxa de transporte de elétrons. NPQ - dissipação não-fotoquímica. ρ - densidade do solo. Mac -
microporosidade do solo. N - porosidade total do solo. P - fósforo. K - potássio. MOS - matéria orgânica
do solo. Al - alumínio. Ca - cálcio. Mg - magnésio. H+Al - acidez potencial. CTCef - capacidade de troca
de cátions efetiva. CTCpH7 - capacidade de troca de cátions em pH7. Tem. - temperatura. Umi. -
umidade.
133

Tabela 30 – Matriz de correlação de Spearman entre propriedades do solo e


crescimento de erva-mate.

Matriz de correlação de Spearman


Sob d10 h Af Fv/Fm Fm Fo F m' Fo YII ETR NPQ
pHH2O -0,32 -0,83 -0,86 -0,81 -0,47 -0,52 -0,39 -0,58 -0,28 -0,59 -0,59 0,17
Relações
-0,61 -0,31 -0,34 -0,12 -0,24 -0,20 -0,08 -0,17 -0,16 0,03 0,03 0,17
(Ca+Mg)/K
Al 0,26 0,83 0,79 0,67 0,34 0,47 0,34 0,49 0,25 0,44 0,44 -0,14
Relações
-0,15 0,10 0,18 0,37 0,10 0,10 0,16 0,14 -0,10 0,45 0,45 -0,11
Ca/Mg
Ca -0,30 -0,68 -0,72 -0,61 -0,26 -0,52 -0,48 -0,44 -0,25 -0,35 -0,35 0,14
Mg -0,09 -0,54 -0,57 -0,60 -0,22 -0,48 -0,50 -0,41 -0,26 -0,33 -0,33 0,14
H+Al 0,24 0,78 0,78 0,77 0,56 0,49 0,18 0,54 0,19 0,70 0,70 -0,13
CTCef -0,13 -0,49 -0,55 -0,54 -0,20 -0,48 -0,52 -0,41 -0,27 -0,30 -0,30 0,16
Saturação de
0,23 0,81 0,80 0,72 0,37 0,49 0,35 0,54 0,26 0,51 0,51 -0,20
Al
Saturação de
-0,10 -0,72 -0,72 -0,69 -0,39 -0,53 -0,41 -0,50 -0,27 -0,47 -0,47 0,10
bases
Temp. do
-0,11 -0,57 -0,69 -0,72 -0,35 -0,46 -0,34 -0,55 -0,43 -0,42 -0,42 0,19
solo
Umi. do solo 0,23 0,59 0,56 0,60 0,48 0,34 0,04 0,30 -0,15 0,67 0,67 0,03
Matriz de P-valores da correlação de Spearman
Sob d10 h AF Fv/Fm Fm Fo F m' Fo’ YII ETR NPQ
pHH2O 0,17 0,00 0,00 0,00 0,04 0,02 0,09 0,01 0,22 0,01 0,01 0,47
Relações
0,00 0,19 0,15 0,61 0,31 0,40 0,74 0,48 0,51 0,90 0,90 0,48
(Ca+Mg)/K
Al 0,27 0,00 0,00 0,00 0,14 0,04 0,14 0,03 0,29 0,05 0,05 0,56
Relações
0,52 0,69 0,45 0,11 0,68 0,69 0,49 0,56 0,69 0,05 0,05 0,65
Ca/Mg
Ca 0,20 0,00 0,00 0,01 0,27 0,02 0,03 0,05 0,29 0,13 0,13 0,55
Mg 0,71 0,02 0,01 0,01 0,34 0,04 0,03 0,07 0,27 0,16 0,16 0,56
H+Al 0,31 0,00 0,00 0,00 0,01 0,03 0,44 0,01 0,43 0,00 0,00 0,59
CTCef 0,58 0,03 0,01 0,01 0,40 0,03 0,02 0,08 0,26 0,19 0,19 0,50
Saturação de
0,33 0,00 0,00 0,00 0,11 0,03 0,13 0,01 0,26 0,02 0,02 0,40
Al
Saturação de
0,68 0,00 0,00 0,00 0,09 0,02 0,07 0,02 0,25 0,04 0,04 0,69
bases
Temp. do
0,65 0,01 0,00 0,00 0,14 0,04 0,15 0,01 0,06 0,06 0,06 0,42
solo
Umi. do solo 0,33 0,01 0,01 0,01 0,03 0,15 0,86 0,20 0,54 0,00 0,00 0,89

Sob - sobrevivência das árvores. d10 - diâmetro a 10 cm de altura das árvores. h - altura total das
árvores. AF - área foliar total por planta. Fv/Fm - eficiência quântica máxima do fotossistema II. Fm -
fluorescência máxima. Fo - fluorescência inicial. Fm' - fluorescência máxima em estado adaptado à luz.
Fo' - fluorescência mínima em estado adaptado à luz. Y(II) - eficiência fotoquímica efetiva do PSII. ETR
- taxa de transporte de elétrons. NPQ - dissipação não-fotoquímica. ρ - densidade do solo. Mac -
microporosidade do solo. N - porosidade total do solo. P - fósforo. K - potássio. MOS - matéria orgânica
do solo. Al - alumínio. Ca - cálcio. Mg - magnésio. H+Al - acidez potencial. CTCef - capacidade de troca
de cátions efetiva. CTCpH7 - capacidade de troca de cátions em pH7. Tem. - temperatura. Umi. -
umidade.

O pHH2O, Relações (Ca+Mg)/K, CTC efetiva, cálcio, magnésio, saturação de


bases e temperatura do solo exibiram correlação negativa com o crescimento da erva-
mate, ou seja, quanto maiores os valores, menor o crescimento. Bellote e Dedecek
134

(2006) também encontraram correlações negativas entre os teores de bases trocáveis


do solo com o crescimento de Pinus taeda, estudando os atributos químicos e físicos
do solo e suas relações com o crescimento de Pinus taeda, no Paraná. Neste estudo,
os autores averiguaram que dentre as propriedades químicas, destacaram a soma
das bases K, Ca, Mg e P.
Já o alumínio, as relações Ca/Mg, H+Al, a saturação de Alumínio e a umidade
do solo tiveram correlação positiva com o crescimento da erva-mate, ou seja, quanto
maiores os valores, maior é o crescimento desta espécie florestal, concordando com
Carvalho (1999), o qual cita que a erva-mate ocorre com mais frequência em solos
com alto teor de alumínio e baixo pH. Bellote e Dedecek (2006) encontraram uma
correlação positiva entre o crescimento das árvores e a quantidade de água
disponível, corroborando com o presente estudo. Essa correlação foi ratificada pelo
fato de que, com o aumento da profundidade do solo, aumentou a compactação,
diminuiu a quantidade de água disponível às plantas e, consequentemente, diminuiu
o crescimento das árvores.
A correlação negativa de saturação de bases, cálcio, potássio e magnésio e a
correlação positiva de acidez potencial e teor e saturação de alumínio com o
crescimento de erva-mate, também justifica o maior crescimento no AF. Isso porque,
no AF ocorreu maior acidez potencial e teor e saturação de alumínio e menores
valores para saturação de bases, cálcio, potássio e magnésio no solo.
CONCLUSÃO

Aos dois anos após a implantação do experimento, as plantas de cobertura do


solo interferiram em propriedades físico-hídricas e químicas do solo de textura
superficial arenosa e, consequentemente, influenciaram no crescimento da erva-mate.
O pHH2O, Relações (Ca+Mg)/K, CTC efetiva, cálcio, magnésio, saturação de bases e
temperatura do solo exibiram correlação negativa com o crescimento das árvores. Já
o alumínio, as relações Ca/Mg, acidez potencial, a saturação de Alumínio e a umidade
do solo tiveram correlação positiva com o crescimento da erva-mate.
O amendoim forrageiro foi a planta de cobertura do solo mais indicada para
utilizar em consórcio com erva-mate, para as condições edafoclimáticas do presente
estudo, pois apresentou maior crescimento comparando com os demais tratamentos,
desde o primeiro ano após a implantação do experimento. A área foliar total por planta
no amendoim forrageiro foi 121%, 108%, 313% e 591% maior do que a área foliar total
por planta do S1, S2, SP e VR, respectivamente, aos dois anos de idade das plantas.
Nesse mesmo período de tempo, no amendoim forrageiro ocorreu maior acidez
potencial e teor e saturação de alumínio, os quais tiveram correlação positiva com o
crescimento de erva-mate. Já para saturação de bases, cálcio, potássio e magnésio,
os quais tiveram correlação negativa com o crescimento da erva-mate, no amendoim
forrageiro ocorreram os menores valores.
Para as condições edafoclimáticas do presente estudo, a soja perene pode não
ser recomendada para o uso consorciado com erva-mate, tendo em vista que causou
a redução expressiva da sobrevivência das árvores, comparando com os demais
tratamentos, devido a competição com as árvores pelos recursos do meio. Já a erva-
mate cultivada em vegetação espontânea roçada exibiu crescimento muito menor do
que no amendoim forrageiro, sendo, por isso, menos recomendada para o cultivo
consorciado com a espécie florestal, para as condições de solo e clima do estudo.
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ANEXO A - PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR NO ANO DE 2015, EM SANTA MARIA, RS.

Fonte: Adaptado de INMET, 2016.


149

ANEXO B - PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR NO ANO DE 2016 E NO VERÃO DE 2017, EM SANTA MARIA, RS.

Fonte: Adaptado de INMET, 2017.


ANEXO C - MÉDIA DE PRECIPITAÇÃO (MM) E TEMPERATURA DO AR DE CADA ESTAÇÃO DO ANO EM SANTA MARIA, RS.

Outono 2015 Inverno 2015 Primavera 2015 Verão 2015/2016


Temperatura média (°C) 17 17 20 25
Precipitação total (mm) 209 541 809 282
Outono 2016 Inverno 2016 Primavera 2016 Verão 2016-2017
Temperatura média (°C) 16 15 21 25
Precipitação total (mm) 345 277 564 758
Fonte: Inmet
APÊNDICE A - PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO

a) Vegetação espontânea roçada. b, c) Um e cinco meses após a semeadura de soja


perene (SP), respectivamente. d) Coroamento da erva-mate no SP. e) SP após geada.
f, g) Dois, cinco e nove meses após o plantio de amendoim forrageiro (AF),
respectivamente. h) Coroamento da erva-mate no AF. i) AF após geada. j, k) Um mês
após o plantio de feijão miúdo. l, m) três meses após o plantio de feijão miúdo. n)
Cinco meses após o plantio de feijão miúdo. o) Roçada do feijão-miúdo após a
semeadura das culturas de outono/inverno. p) Palhada após a roçada do feijão-miúdo.

a b c d

e f g h

i j k l

m n o p

Fonte: O autor.
152

APÊNDICE B - PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO

a, b) Nove e quarenta dias após a semeadura de aveia preta + nabo forrageiro,


respectivamente. c, d) Três meses após a semeadura de aveia preta + nabo
forrageiro. e, f) Aveia preta + nabo forrageiro aos cinco meses após a semeadura. g)
Sete meses após a semeadura de aveia preta + nabo forrageiro. h) Coroamento das
no S2 com aveia preta + nabo forrageiro. i, j) Nove e quarenta dias após a semeadura
de aveia preta + ervilhaca, respectivamente. k,l) Três meses após a semeadura de
aveia preta + ervilhaca. m, n) Aveia preta + ervilhaca aos cinco meses após a
semeadura. o) Aveia preta + ervilhaca aos sete meses após a semeadura. p)
Coroamento das mudas de erva-mate no S2 com aveia preta + ervilhaca.

a b c d

e f g h

i j k l

m n o p

Fonte: O autor.
153

APÊNDICE C - Conteúdo de água no solo na capacidade de campo (m³m-³) em


novembro de 2015 e novembro de 2016.

Novembro de Novembro de
Camada (cm) Tratamento
2015 2016
S1 0,30 0,28
S2 0,30 0,30
0-5 SP 0,28 0,28
AF 0,26 0,26
VR 0,30 0,28
S1 0,27 0,25
S2 0,28 0,24
5-10 SP 0,27 0,26
AF 0,25 0,25
VR 0,28 0,25
S1 0,30 0,27
S2 0,27 0,25
10-20 SP 0,26 0,25
AF 0,27 0,24
VR 0,27 0,26
S1 0,32 0,25
S2 0,30 0,26
20-40 SP 0,28 0,27
AF 0,31 0,27
VR 0,29 0,30
154

APÊNDICE D - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO INVERNO DE 2015.
Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
21/06/2015 0,13 0,08 0,04 0,07 07/08/2015 0,09 0,06 0,06 0,03
22/06/2015 0,10 0,11 0,04 0,08 08/08/2015 0,12 0,07 0,06 0,03
23/06/2015 0,25 0,09 0,04 0,07 09/08/2015 0,10 0,07 0,06 0,04
24/06/2015 0,16 0,09 0,04 0,16 10/08/2015 0,08 0,07 0,06 0,04
25/06/2015 0,22 0,05 0,04 0,18 11/08/2015 0,07 0,08 0,05 0,03
26/06/2015 0,16 0,04 0,05 0,14 12/08/2015 0,08 0,06 0,06 0,03
27/06/2015 0,12 0,05 0,04 0,10 13/08/2015 0,10 0,06 0,06 0,04
28/06/2015 0,09 0,04 0,04 0,12 14/08/2015 0,20 0,06 0,06 0,03
29/06/2015 0,09 0,04 0,04 0,10 15/08/2015 0,07 0,06 0,06 0,03
30/06/2015 0,20 0,05 0,04 0,11 16/08/2015 0,08 0,06 0,05 0,03
01/07/2015 0,13 0,06 0,08 0,04 17/08/2015 0,10 0,06 0,06 0,04
02/07/2015 0,05 0,05 0,06 0,03 18/08/2015 0,10 0,06 0,07 0,04
03/07/2015 0,07 0,04 0,05 0,03 19/08/2015 0,09 0,06 0,06 0,03
04/07/2015 0,06 0,04 0,05 0,03 20/08/2015 0,05 0,05 0,06 0,04
05/07/2015 0,07 0,05 0,06 0,04 21/08/2015 0,05 0,06 0,06 0,03
06/07/2015 0,08 0,04 0,05 0,03 22/08/2015 0,05 0,05 0,07 0,03
07/07/2015 0,14 0,07 0,06 0,02 23/08/2015 0,04 0,05 0,05 0,04
08/07/2015 0,09 0,05 0,05 0,03 24/08/2015 0,05 0,05 0,05 0,04
09/07/2015 0,06 0,05 0,05 0,03 25/08/2015 0,05 0,05 0,05 0,04
10/07/2015 0,06 0,06 0,06 0,03 26/08/2015 0,06 0,05 0,08 0,05
11/07/2015 0,07 0,08 0,06 0,03 27/08/2015 0,06 0,06 0,06 0,04
12/07/2015 0,06 0,05 0,06 0,05 28/08/2015 0,05 0,05 0,05 0,04
13/07/2015 0,09 0,08 0,07 0,05 29/08/2015 0,05 0,05 0,06 0,04
14/07/2015 0,07 0,06 0,07 0,04 30/08/2015 0,06 0,06 0,06 0,03
15/07/2015 0,06 0,07 0,07 0,03 31/08/2015 0,06 0,05 0,05 0,03
16/07/2015 0,06 0,14 0,07 0,04 01/09/2015 0,06 0,06 0,06 0,04
17/07/2015 0,11 0,06 0,06 0,04 02/09/2015 0,06 0,06 0,05 0,04
18/07/2015 0,09 0,08 0,06 0,04 03/09/2015 0,06 0,07 0,05 0,03
19/07/2015 0,16 0,07 0,07 0,04 04/09/2015 0,06 0,05 0,05 0,03
20/07/2015 0,25 0,09 0,07 0,05 05/09/2015 0,05 0,07 0,04 0,03
21/07/2015 0,07 0,21 0,07 0,05 06/09/2015 0,06 0,06 0,05 0,03
22/07/2015 0,06 0,07 0,07 0,04 07/09/2015 0,05 0,05 0,05 0,03
23/07/2015 0,06 0,07 0,06 0,04 08/09/2015 0,06 0,05 0,05 0,02
24/07/2015 0,07 0,10 0,06 0,04 09/09/2015 0,05 0,06 0,04 0,02
25/07/2015 0,06 0,07 0,06 0,03 10/09/2015 0,04 0,06 0,05 0,03
26/07/2015 0,06 0,07 0,06 0,04 11/09/2015 0,05 0,05 0,04 0,02
27/07/2015 0,06 0,08 0,06 0,04 12/09/2015 0,04 0,07 0,04 0,03
28/07/2015 0,06 0,11 0,06 0,03 13/09/2015 0,05 0,07 0,05 0,02
29/07/2015 0,08 0,06 0,06 0,04 14/09/2015 0,05 0,05 0,06 0,02
30/07/2015 0,10 0,07 0,06 0,05 15/09/2015 0,04 0,05 0,05 0,03
31/07/2015 0,09 0,05 0,05 0,03 16/09/2015 0,06 0,05 0,06 0,02
01/08/2015 0,09 0,05 0,05 0,04 17/09/2015 0,06 0,06 0,08 0,03
02/08/2015 0,09 0,05 0,05 0,04 18/09/2015 0,06 0,05 0,10 0,04
03/08/2015 0,10 0,04 0,05 0,03 19/09/2015 0,12 0,06 0,12 0,04
04/08/2015 0,09 0,04 0,05 0,04 20/09/2015 0,07 0,07 0,12 0,05
05/08/2015 0,13 0,07 0,07 0,05 21/09/2015 0,05 0,10 0,08 0,04
06/08/2015 0,10 0,06 0,06 0,04 22/09/2015 0,07 0,06 0,08 0,04
07/08/2015 0,09 0,06 0,06 0,03 23/09/2015 0,05 0,07 0,07 0,04
155

APÊNDICE E - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NA PRIMAVERA DE 2015.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
23/09/2015 0,05 0,07 0,07 0,04 07/11/2015 0,08 0,11 0,05 0,04
24/09/2015 0,05 0,06 0,07 0,04 08/11/2015 0,12 0,09 0,05 0,03
25/09/2015 0,04 0,05 0,06 0,03 09/11/2015 0,06 0,07 0,05 0,03
26/09/2015 0,04 0,06 0,06 0,04 10/11/2015 0,06 0,06 0,05 0,09
27/09/2015 0,04 0,13 0,06 0,04 11/11/2015 0,05 0,08 0,07 0,05
28/09/2015 0,04 0,05 0,06 0,04 12/11/2015 0,08 0,09 0,06 0,06
29/09/2015 0,06 0,07 0,05 0,03 13/11/2015 0,05 0,05 0,06 0,06
30/09/2015 0,05 0,05 0,05 0,02 14/11/2015 0,05 0,06 0,05 0,06
01/10/2015 0,06 0,07 0,06 0,03 15/11/2015 0,09 0,05 0,06 0,05
02/10/2015 0,04 0,10 0,07 0,02 16/11/2015 0,06 0,06 0,08 0,04
03/10/2015 0,04 0,10 0,06 0,03 17/11/2015 0,06 0,05 0,07 0,03
04/10/2015 0,04 0,08 0,06 0,03 18/11/2015 0,07 0,05 0,06 0,06
05/10/2015 0,05 0,08 0,07 0,04 19/11/2015 0,06 0,09 0,06 0,08
06/10/2015 0,06 0,13 0,06 0,02 20/11/2015 0,07 0,07 0,06 0,07
07/10/2015 0,09 0,07 0,06 0,02 21/11/2015 0,05 0,05 0,07 0,08
08/10/2015 0,10 0,16 0,07 0,03 22/11/2015 0,06 0,09 0,06 0,07
09/10/2015 0,05 0,11 0,07 0,03 23/11/2015 0,11 0,07 0,05 0,07
10/10/2015 0,07 0,08 0,07 0,05 24/11/2015 0,10 0,04 0,05 0,05
11/10/2015 0,04 0,07 0,06 0,04 25/11/2015 0,06 0,04 0,05 0,05
12/10/2015 0,06 0,05 0,06 0,04 26/11/2015 0,12 0,08 0,05 0,07
13/10/2015 0,05 0,05 0,06 0,03 27/11/2015 0,06 0,07 0,05 0,07
14/10/2015 0,06 0,11 0,06 0,05 28/11/2015 0,05 0,04 0,06 0,06
15/10/2015 0,05 0,06 0,06 0,04 29/11/2015 0,06 0,14 0,06 0,05
16/10/2015 0,04 0,07 0,06 0,03 30/11/2015 0,06 0,08 0,06 0,04
17/10/2015 0,06 0,06 0,06 0,03 01/12/2015 0,12 0,06 0,06 0,06
18/10/2015 0,06 0,09 0,06 0,03 02/12/2015 0,06 0,06 0,08 0,08
19/10/2015 0,05 0,06 0,06 0,04 03/12/2015 0,05 0,05 0,06 0,05
20/10/2015 0,14 0,08 0,06 0,03 04/12/2015 0,07 0,04 0,07 0,05
21/10/2015 0,08 0,11 0,05 0,03 05/12/2015 0,06 0,04 0,06 0,03
22/10/2015 0,08 0,11 0,08 0,05 06/12/2015 0,07 0,05 0,05 0,04
23/10/2015 0,08 0,07 0,07 0,06 07/12/2015 0,08 0,08 0,05 0,03
24/10/2015 0,08 0,08 0,05 0,03 08/12/2015 0,12 0,11 0,07 0,04
25/10/2015 0,05 0,07 0,07 0,04 09/12/2015 0,09 0,13 0,09 0,05
26/10/2015 0,04 0,14 0,06 0,04 10/12/2015 0,06 0,04 0,07 0,04
27/10/2015 0,03 0,08 0,07 0,04 11/12/2015 0,07 0,05 0,06 0,03
28/10/2015 0,04 0,07 0,06 0,03 12/12/2015 0,09 0,06 0,06 0,03
29/10/2015 0,06 0,07 0,06 0,05 13/12/2015 0,08 0,05 0,07 0,04
30/10/2015 0,07 0,07 0,08 0,04 14/12/2015 0,07 0,07 0,08 0,05
31/10/2015 0,08 0,12 0,08 0,05 15/12/2015 0,07 0,05 0,07 0,04
01/11/2015 0,04 0,06 0,06 0,05 16/12/2015 0,06 0,06 0,06 0,05
02/11/2015 0,03 0,11 0,08 0,04 17/12/2015 0,10 0,06 0,06 0,04
03/11/2015 0,04 0,07 0,05 0,04 18/12/2015 0,08 0,06 0,07 0,07
04/11/2015 0,06 0,07 0,06 0,04 19/12/2015 0,06 0,09 0,07 0,05
05/11/2015 0,04 0,07 0,06 0,04 20/12/2015 0,06 0,15 0,05 0,03
06/11/2015 0,05 0,06 0,06 0,05 21/12/2015 0,08 0,12 0,08 0,04
156

APÊNDICE F - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO VERÃO DE 2015/2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
21/12/2015 0,07 0,06 0,07 0,06 04/02/2016 0,05 0,03 0,09 0,05
22/12/2015 0,07 0,06 0,06 0,04 05/02/2016 0,06 0,03 0,10 0,06
23/12/2015 0,14 0,06 0,07 0,08 06/02/2016 0,06 0,03 0,09 0,05
24/12/2015 0,15 0,08 0,11 0,05 07/02/2016 0,05 0,04 0,11 0,05
25/12/2015 0,14 0,05 0,10 0,05 08/02/2016 0,06 0,04 0,13 0,04
26/12/2015 0,08 0,06 0,07 0,05 09/02/2016 0,06 0,05 0,12 0,02
27/12/2015 0,14 0,05 0,05 0,06 10/02/2016 0,07 0,06 0,16 0,04
28/12/2015 0,12 0,06 0,05 0,05 11/02/2016 0,06 0,05 0,15 0,05
29/12/2015 0,05 0,06 0,05 0,04 12/02/2016 0,05 0,05 0,21 0,05
30/12/2015 0,07 0,06 0,03 0,04 13/02/2016 0,05 0,05 0,18 0,04
31/12/2015 0,11 0,06 0,03 0,04 14/02/2016 0,05 0,07 0,16 0,05
01/01/2016 0,06 0,07 0,03 0,05 15/02/2016 0,06 0,04 0,15 0,05
02/01/2016 0,05 0,06 0,05 0,05 16/02/2016 0,05 0,07 0,17 0,06
03/01/2016 0,06 0,06 0,07 0,05 17/02/2016 0,05 0,06 0,13 0,07
04/01/2016 0,05 0,05 0,08 0,04 18/02/2016 0,07 0,04 0,10 0,07
05/01/2016 0,07 0,05 0,12 0,04 19/02/2016 0,05 0,05 0,09 0,06
06/01/2016 0,05 0,04 0,10 0,04 20/02/2016 0,07 0,05 0,05 0,04
07/01/2016 0,05 0,05 0,08 0,04 21/02/2016 0,07 0,05 0,07 0,04
08/01/2016 0,05 0,05 0,08 0,05 22/02/2016 0,07 0,06 0,07 0,04
09/01/2016 0,05 0,05 0,09 0,05 23/02/2016 0,06 0,04 0,09 0,04
10/01/2016 0,05 0,06 0,08 0,05 24/02/2016 0,06 0,05 0,09 0,05
11/01/2016 0,05 0,05 0,08 0,04 25/02/2016 0,05 0,05 0,10 0,05
12/01/2016 0,08 0,05 0,09 0,04 26/02/2016 0,06 0,05 0,12 0,05
13/01/2016 0,06 0,05 0,11 0,04 27/02/2016 0,05 0,05 0,14 0,06
14/01/2016 0,05 0,05 0,08 0,04 28/02/2016 0,09 0,04 0,14 0,05
15/01/2016 0,04 0,06 0,13 0,04 29/02/2016 0,07 0,05 0,15 0,06
16/01/2016 0,05 0,06 0,11 0,04 01/03/2016 0,08 0,05 0,15 0,05
17/01/2016 0,04 0,06 0,11 0,04 02/03/2016 0,08 0,05 0,11 0,06
18/01/2016 0,04 0,06 0,13 0,04 03/03/2016 0,10 0,11 0,14 0,06
19/01/2016 0,07 0,06 0,15 0,05 04/03/2016 0,10 0,04 0,16 0,06
20/01/2016 0,04 0,07 0,23 0,06 05/03/2016 0,10 0,03 0,13 0,09
21/01/2016 0,06 0,06 0,18 0,06 06/03/2016 0,10 0,05 0,08 0,07
22/01/2016 0,06 0,07 0,15 0,05 07/03/2016 0,11 0,04 0,09 0,07
23/01/2016 0,04 0,07 0,16 0,06 08/03/2016 0,18 0,04 0,10 0,07
24/01/2016 0,07 0,06 0,14 0,06 09/03/2016 0,15 0,07 0,09 0,06
25/01/2016 0,07 0,05 0,11 0,06 10/03/2016 0,18 0,07 0,05 0,06
26/01/2016 0,05 0,08 0,12 0,07 11/03/2016 0,15 0,06 0,04 0,05
27/01/2016 0,05 0,08 0,15 0,07 12/03/2016 0,11 0,03 0,06 0,04
28/01/2016 0,06 0,06 0,15 0,07 13/03/2016 0,06 0,06 0,06 0,05
29/01/2016 0,07 0,05 0,14 0,08 14/03/2016 0,12 0,06 0,06 0,05
30/01/2016 0,06 0,04 0,12 0,04 15/03/2016 0,10 0,06 0,06 0,05
31/01/2016 0,07 0,05 0,05 0,06 16/03/2016 0,11 0,04 0,07 0,05
01/02/2016 0,06 0,04 0,07 0,05 17/03/2016 0,13 0,04 0,08 0,06
02/02/2016 0,06 0,03 0,08 0,05 18/03/2016 0,10 0,04 0,08 0,06
03/02/2016 0,06 0,04 0,10 0,05 19/03/2016 0,14 0,05 0,08 0,06
20/03/2016 0,14 0,05 0,08 0,05
157

APÊNDICE G - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO OUTONO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
20/03/2016 0,06 0,05 0,08 0,08 06/05/2016 0,03 0,07 0,04
21/03/2016 0,05 0,05 0,11 0,05 07/05/2016 0,05 0,03 0,08 0,04
22/03/2016 0,04 0,04 0,09 0,06 08/05/2016 0,04 0,04 0,09 0,05
23/03/2016 0,02 0,04 0,08 0,07 09/05/2016 0,01 0,05 0,08 0,05
24/03/2016 0,01 0,04 0,09 0,07 10/05/2016 0,04 0,08 0,05
25/03/2016 0,02 0,05 0,10 0,08 11/05/2016 0,02 0,04 0,07 0,05
26/03/2016 0,05 0,06 0,09 0,09 12/05/2016 0,04 0,08 0,05
27/03/2016 0,04 0,04 0,09 0,07 13/05/2016 0,05 0,08 0,05
28/03/2016 0,04 0,04 0,09 0,06 14/05/2016 0,01 0,04 0,08 0,05
29/03/2016 0,03 0,04 0,09 0,06 15/05/2016 0,03 0,05 0,09 0,04
30/03/2016 0,02 0,04 0,08 0,05 16/05/2016 0,09 0,05 0,09 0,04
31/03/2016 0,01 0,04 0,08 0,05 17/05/2016 0,08 0,05 0,08 0,04
01/04/2016 0,01 0,05 0,08 0,05 18/05/2016 0,07 0,05 0,09 0,04
02/04/2016 0,01 0,05 0,10 0,06 19/05/2016 0,07 0,05 0,08 0,04
03/04/2016 0,04 0,05 0,11 0,06 20/05/2016 0,07 0,05 0,07 0,04
04/04/2016 0,03 0,05 0,11 0,06 21/05/2016 0,04 0,05 0,06 0,04
05/04/2016 0,03 0,05 0,11 0,06 22/05/2016 0,04 0,05 0,07 0,05
06/04/2016 0,03 0,05 0,11 0,07 23/05/2016 0,05 0,06 0,08 0,05
07/04/2016 0,04 0,04 0,11 0,08 24/05/2016 0,02 0,06 0,07 0,04
08/04/2016 0,04 0,04 0,09 0,08 25/05/2016 0,06 0,05 0,08 0,05
09/04/2016 0,04 0,05 0,10 0,09 26/05/2016 0,08 0,05 0,07 0,04
10/04/2016 0,03 0,04 0,09 0,08 27/05/2016 0,03 0,06 0,05 0,04
11/04/2016 0,04 0,05 0,10 0,08 28/05/2016 0,05 0,07 0,05
12/04/2016 0,04 0,04 0,09 0,08 29/05/2016 0,02 0,06 0,07 0,05
13/04/2016 0,03 0,04 0,10 0,07 30/05/2016 0,05 0,05 0,08 0,05
14/04/2016 0,04 0,05 0,10 0,07 31/05/2016 0,05 0,05 0,08 0,05
15/04/2016 0,04 0,05 0,09 0,07 01/06/2016 0,00 0,05 0,09 0,05
16/04/2016 0,03 0,04 0,09 0,07 02/06/2016 0,01 0,05 0,09 0,04
17/04/2016 0,03 0,04 0,09 0,07 03/06/2016 0,01 0,05 0,09 0,05
18/04/2016 0,03 0,04 0,09 0,07 04/06/2016 0,01 0,05 0,08 0,05
19/04/2016 0,03 0,04 0,09 0,07 05/06/2016 0,00 0,05 0,07 0,05
20/04/2016 0,04 0,04 0,10 0,07 06/06/2016 0,00 0,05 0,09 0,05
21/04/2016 0,05 0,04 0,09 0,07 07/06/2016 0,05 0,09 0,05
22/04/2016 0,05 0,05 0,09 0,07 08/06/2016 0,04 0,09 0,05
23/04/2016 0,06 0,05 0,09 0,06 09/06/2016 0,01 0,05 0,08 0,05
24/04/2016 0,06 0,06 0,10 0,05 10/06/2016 0,01 0,04 0,09 0,05
25/04/2016 0,04 0,06 0,11 0,05 11/06/2016 0,02 0,04 0,09 0,05
26/04/2016 0,04 0,06 0,11 0,06 12/06/2016 0,02 0,04 0,09 0,05
27/04/2016 0,04 0,05 0,10 0,05 13/06/2016 0,02 0,05 0,14 0,07
28/04/2016 0,03 0,05 0,09 0,04 14/06/2016 0,01 0,06 0,08 0,07
29/04/2016 0,03 0,05 0,08 0,04 15/06/2016 0,01 0,05 0,11 0,05
30/04/2016 0,01 0,04 0,07 0,04 16/06/2016 0,01 0,04 0,08 0,04
01/05/2016 0,03 0,04 0,08 0,04 17/06/2016 0,01 0,04 0,08 0,05
02/05/2016 0,04 0,08 0,04 18/06/2016 0,02 0,04 0,09 0,04
03/05/2016 0,02 0,04 0,08 0,04 19/06/2016 0,02 0,04 0,09 0,05
04/05/2016 0,04 0,08 0,05 20/06/2016 0,02 0,04 0,11 0,04
05/05/2016 0,03 0,08 0,04 21/06/2016 0,02 0,04 0,09 0,04
158

APÊNDICE H - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO INVERNO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
21/06/2016 0,09 0,07 0,04 0,03 07/08/2016 0,10 0,11 0,07 0,04
22/06/2016 0,06 0,06 0,05 0,03 08/08/2016 0,06 0,08 0,05 0,05
23/06/2016 0,07 0,07 0,05 0,03 09/08/2016 0,07 0,09 0,05 0,04
24/06/2016 0,06 0,07 0,04 0,03 10/08/2016 0,07 0,08 0,04 0,04
25/06/2016 0,06 0,06 0,05 0,03 11/08/2016 0,06 0,09 0,05 0,04
26/06/2016 0,07 0,07 0,05 0,03 12/08/2016 0,07 0,07 0,05 0,04
27/06/2016 0,06 0,07 0,05 0,03 13/08/2016 0,07 0,09 0,05 0,04
28/06/2016 0,06 0,07 0,05 0,03 14/08/2016 0,08 0,10 0,04 0,04
29/06/2016 0,06 0,07 0,05 0,03 15/08/2016 0,08 0,09 0,05 0,03
30/06/2016 0,06 0,07 0,05 0,03 16/08/2016 0,09 0,10 0,04 0,04
01/07/2016 0,05 0,07 0,05 0,03 17/08/2016 0,07 0,12 0,06 0,03
02/07/2016 0,06 0,07 0,05 0,03 18/08/2016 0,08 0,11 0,06 0,04
03/07/2016 0,05 0,08 0,05 0,03 19/08/2016 0,06 0,11 0,05 0,04
04/07/2016 0,07 0,07 0,05 0,03 20/08/2016 0,10 0,14 0,06 0,05
05/07/2016 0,09 0,07 0,06 0,03 21/08/2016 0,07 0,07 0,04 0,04
06/07/2016 0,09 0,06 0,07 0,05 22/08/2016 0,07 0,08 0,04 0,04
07/07/2016 0,06 0,06 0,06 0,04 23/08/2016 0,07 0,07 0,03 0,03
08/07/2016 0,05 0,06 0,05 0,03 24/08/2016 0,06 0,08 0,04 0,03
09/07/2016 0,05 0,06 0,06 0,04 25/08/2016 0,07 0,10 0,04 0,03
10/07/2016 0,07 0,06 0,07 0,03 26/08/2016 0,07 0,10 0,04 0,03
11/07/2016 0,06 0,08 0,05 0,03 27/08/2016 0,08 0,09 0,04 0,03
12/07/2016 0,07 0,09 0,06 0,03 28/08/2016 0,12 0,10 0,04 0,03
13/07/2016 0,07 0,07 0,06 0,03 29/08/2016 0,28 0,19 0,07 0,06
14/07/2016 0,07 0,09 0,05 0,04 30/08/2016 0,14 0,16 0,05 0,04
15/07/2016 0,08 0,08 0,05 0,04 31/08/2016 0,12 0,09 0,06 0,03
16/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 01/09/2016 0,08 0,09 0,05 0,04
17/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 02/09/2016 0,10 0,08 0,04 0,04
18/07/2016 0,07 0,07 0,04 0,03 03/09/2016 0,08 0,09 0,04 0,03
19/07/2016 0,07 0,07 0,04 0,03 04/09/2016 0,07 0,09 0,05 0,03
20/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 05/09/2016 0,08 0,09 0,05 0,03
21/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 06/09/2016 0,09 0,08 0,05 0,04
22/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 07/09/2016 0,09 0,07 0,03 0,04
23/07/2016 0,07 0,06 0,04 0,03 08/09/2016 0,08 0,06 0,04 0,03
24/07/2016 0,07 0,10 0,04 0,03 09/09/2016 0,08 0,08 0,05 0,03
25/07/2016 0,06 0,09 0,04 0,03 10/09/2016 0,08 0,09 0,05 0,03
26/07/2016 0,08 0,09 0,04 0,03 11/09/2016 0,08 0,10 0,05 0,03
27/07/2016 0,06 0,08 0,04 0,03 12/09/2016 0,09 0,09 0,04 0,03
28/07/2016 0,06 0,07 0,04 0,03 13/09/2016 0,13 0,11 0,04 0,03
29/07/2016 0,06 0,08 0,04 0,03 14/09/2016 0,08 0,09 0,03 0,02
30/07/2016 0,06 0,09 0,04 0,03 15/09/2016 0,06 0,07 0,03 0,03
31/07/2016 0,06 0,10 0,04 0,03 16/09/2016 0,07 0,07 0,03 0,03
01/08/2016 0,07 0,10 0,04 0,03 17/09/2016 0,08 0,08 0,03 0,03
02/08/2016 0,08 0,09 0,04 0,03 18/09/2016 0,09 0,09 0,03 0,03
03/08/2016 0,08 0,09 0,05 0,04 19/09/2016 0,09 0,09 0,03 0,03
04/08/2016 0,08 0,09 0,05 0,04 20/09/2016 0,10 0,09 0,02 0,03
05/08/2016 0,09 0,10 0,05 0,03 21/09/2016 0,10 0,09 0,03 0,03
06/08/2016 0,11 0,08 0,06 0,04 22/09/2016 0,12 0,10 0,03 0,04
159

APÊNDICE I - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NA PRIMAVERA DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
22/09/2016 0,09 0,04 0,06 0,03 06/11/2016 0,10 0,04 0,04 0,03
23/09/2016 0,09 0,06 0,07 0,04 07/11/2016 0,11 0,05 0,04 0,03
24/09/2016 0,09 0,07 0,06 0,05 08/11/2016 0,11 0,05 0,05 0,03
25/09/2016 0,09 0,10 0,05 0,05 09/11/2016 0,11 0,05 0,05 0,05
26/09/2016 0,08 0,05 0,06 0,05 10/11/2016 0,05 0,04 0,05 0,04
27/09/2016 0,08 0,06 0,08 0,05 11/11/2016 0,04 0,03 0,05 0,03
28/09/2016 0,07 0,07 0,08 0,06 12/11/2016 0,05 0,04 0,04 0,03
29/09/2016 0,07 0,08 0,06 0,05 13/11/2016 0,08 0,04 0,04 0,03
30/09/2016 0,06 0,07 0,08 0,06 14/11/2016 0,09 0,04 0,04 0,03
01/10/2016 0,06 0,09 0,08 0,07 15/11/2016 0,09 0,04 0,05 0,03
02/10/2016 0,05 0,07 0,09 0,08 16/11/2016 0,09 0,05 0,05 0,04
03/10/2016 0,05 0,08 0,09 0,07 17/11/2016 0,05 0,03 0,05 0,04
04/10/2016 0,05 0,07 0,09 0,08 18/11/2016 0,04 0,06 0,05 0,04
05/10/2016 0,10 0,08 0,08 0,04 19/11/2016 0,05 0,05 0,05 0,04
06/10/2016 0,07 0,11 0,04 0,02 20/11/2016 0,06 0,06 0,05 0,05
07/10/2016 0,04 0,08 0,04 0,02 21/11/2016 0,07 0,06 0,05 0,05
08/10/2016 0,05 0,07 0,04 0,02 22/11/2016 0,08 0,07 0,06 0,05
09/10/2016 0,05 0,06 0,04 0,02 23/11/2016 0,07 0,08 0,06 0,05
10/10/2016 0,05 0,06 0,04 0,03 24/11/2016 0,07 0,08 0,07 0,05
11/10/2016 0,06 0,06 0,04 0,03 25/11/2016 0,06 0,08 0,08 0,05
12/10/2016 0,05 0,05 0,05 0,03 26/11/2016 0,06 0,08 0,10 0,05
13/10/2016 0,05 0,05 0,04 0,03 27/11/2016 0,04 0,06 0,08 0,06
14/10/2016 0,05 0,06 0,04 0,01 28/11/2016 0,10 0,08 0,05 0,04
15/10/2016 0,07 0,07 0,04 0,04 29/11/2016 0,04 0,05 0,04 0,03
16/10/2016 0,11 0,07 0,06 0,06 30/11/2016 0,04 0,06 0,04 0,03
17/10/2016 0,12 0,07 0,05 0,04 01/12/2016 0,05 0,06 0,05 0,03
18/10/2016 0,06 0,09 0,06 0,05 02/12/2016 0,06 0,07 0,06 0,03
19/10/2016 0,05 0,08 0,06 0,05 03/12/2016 0,04 0,07 0,06 0,03
20/10/2016 0,07 0,04 0,04 0,04 04/12/2016 0,03 0,08 0,05 0,04
21/10/2016 0,07 0,03 0,04 0,03 05/12/2016 0,03 0,08 0,06 0,04
22/10/2016 0,07 0,03 0,04 0,03 06/12/2016 0,05 0,08 0,06 0,04
23/10/2016 0,08 0,04 0,03 0,03 07/12/2016 0,06 0,09 0,07 0,05
24/10/2016 0,07 0,04 0,04 0,03 08/12/2016 0,06 0,09 0,09 0,05
25/10/2016 0,09 0,04 0,04 0,03 09/12/2016 0,05 0,09 0,09 0,06
26/10/2016 0,10 0,03 0,04 0,03 10/12/2016 0,05 0,10 0,09 0,07
27/10/2016 0,06 0,04 0,04 0,03 11/12/2016 0,04 0,10 0,10 0,07
28/10/2016 0,06 0,04 0,04 0,03 12/12/2016 0,03 0,09 0,10 0,07
29/10/2016 0,06 0,04 0,03 0,03 13/12/2016 0,03 0,09 0,08 0,08
30/10/2016 0,08 0,04 0,03 0,03 14/12/2016 0,03 0,08 0,10 0,07
31/10/2016 0,09 0,04 0,04 0,03 15/12/2016 0,03 0,08 0,10 0,07
01/11/2016 0,10 0,03 0,04 0,04 16/12/2016 0,02 0,07 0,09 0,06
02/11/2016 0,07 0,05 0,05 0,03 17/12/2016 0,02 0,07 0,09 0,06
03/11/2016 0,06 0,03 0,05 0,03 18/12/2016 0,03 0,07 0,10 0,06
04/11/2016 0,06 0,03 0,04 0,03 19/12/2016 0,09 0,10 0,09 0,06
05/11/2016 0,08 0,03 0,04 0,03 20/12/2016 0,06 0,10 0,09 0,06
21/12/2016 0,04 0,08 0,09 0,06
160

APÊNDICE J - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


UMIDADE VOLUMÉTRICA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40
CM NO VERÃO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 20-40 0-5 5-10 10-20 20-40
21/12/2016 0,06 0,10 0,12 0,06 05/02/2017 0,15 0,11 0,07 0,06
22/12/2016 0,06 0,11 0,12 0,06 06/02/2017 0,10 0,11 0,09 0,08
23/12/2016 0,06 0,12 0,12 0,06 07/02/2017 0,12 0,11 0,12 0,07
24/12/2016 0,07 0,09 0,11 0,07 08/02/2017 0,14 0,18 0,10 0,09
25/12/2016 0,07 0,08 0,10 0,07 09/02/2017 0,14 0,19 0,07 0,11
26/12/2016 0,13 0,15 0,11 0,13 10/02/2017 0,20 0,03 0,07 0,17
27/12/2016 0,13 0,07 0,06 0,13 11/02/2017 0,18 0,06 0,06 0,16
28/12/2016 0,15 0,09 0,07 0,15 12/02/2017 0,13 0,05 0,06 0,10
29/12/2016 0,12 0,04 0,04 0,12 13/02/2017 0,08 0,09 0,05 0,07
30/12/2016 0,09 0,06 0,03 0,09 14/02/2017 0,11 0,06 0,05 0,07
31/12/2016 0,11 0,05 15/02/2017 0,11 0,04 0,05 0,06
01/01/2017 0,06 0,07 0,07 0,08 16/02/2017 0,09 0,01 0,05 0,07
02/01/2017 0,11 0,11 0,05 0,11 17/02/2017 0,11 0,08 0,04 0,09
03/01/2017 0,11 0,08 0,03 0,15 18/02/2017 0,08 0,05 0,04 0,07
04/01/2017 0,10 0,09 0,06 0,12 19/02/2017 0,08 0,04 0,05 0,03
05/01/2017 0,12 0,10 0,05 0,16 20/02/2017 0,07 0,03 0,05 0,05
06/01/2017 0,08 0,11 0,03 0,11 21/02/2017 0,06 0,08 0,05 0,04
07/01/2017 0,09 0,08 0,04 0,12 22/02/2017 0,06 0,11 0,06 0,08
08/01/2017 0,09 0,09 0,07 0,12 23/02/2017 0,05 0,13 0,05 0,04
09/01/2017 0,10 0,07 0,06 0,10 24/02/2017 0,06 0,09 0,07 0,07
10/01/2017 0,08 0,07 0,04 0,09 25/02/2017 0,09 0,08 0,09 0,05
11/01/2017 0,06 0,09 0,04 0,10 26/02/2017 0,10 0,11 0,11 0,07
12/01/2017 0,05 0,08 0,08 0,10 27/02/2017 0,11 0,12 0,13 0,06
13/01/2017 0,07 0,08 0,11 0,07 28/02/2017 0,12 0,11 0,15 0,09
14/01/2017 0,08 0,10 0,09 0,09 01/03/2017 0,12 0,15 0,13 0,08
15/01/2017 0,10 0,14 0,05 0,10 02/03/2017 0,11 0,11 0,16 0,09
16/01/2017 0,11 0,03 0,06 0,10 03/03/2017 0,10 0,12 0,12 0,07
17/01/2017 0,11 0,06 0,05 0,11 04/03/2017 0,06 0,08 0,12 0,06
18/01/2017 0,05 0,08 0,05 0,09 05/03/2017 0,04 0,12 0,12 0,05
19/01/2017 0,05 0,12 0,07 0,07 06/03/2017 0,07 0,14 0,11 0,07
20/01/2017 0,07 0,12 0,09 0,10 07/03/2017 0,05 0,06 0,09 0,08
21/01/2017 0,08 0,13 0,10 0,10 08/03/2017 0,11 0,09 0,05 0,08
22/01/2017 0,08 0,16 0,12 0,10 09/03/2017 0,09 0,10 0,05 0,06
23/01/2017 0,08 0,16 0,10 0,10 10/03/2017 0,10 0,10 0,04 0,07
24/01/2017 0,07 0,17 0,07 0,08 11/03/2017 0,07 0,07 0,06 0,07
25/01/2017 0,09 0,07 0,08 0,06 12/03/2017 0,12 0,12 0,05 0,07
26/01/2017 0,07 0,08 0,09 0,06 13/03/2017 0,06 0,07 0,04 0,05
27/01/2017 0,04 0,10 0,09 0,04 14/03/2017 0,04 0,07 0,04 0,06
28/01/2017 0,07 0,13 0,11 0,06 15/03/2017 0,06 0,07 0,06 0,09
29/01/2017 0,07 0,17 0,12 0,07 16/03/2017 0,12 0,08 0,04 0,08
30/01/2017 0,07 0,16 0,07 0,07 17/03/2017 0,05 0,07 0,05 0,04
31/01/2017 0,08 0,06 0,09 0,06 18/03/2017 0,04 0,06 0,05 0,04
01/02/2017 0,07 0,07 0,07 0,08 19/03/2017 0,04 0,08 0,06 0,08
02/02/2017 0,06 0,09 0,06 0,07 20/03/2017 0,09 0,07 0,06 0,07
03/02/2017 0,04 0,09 0,07 0,07 21/03/2017 0,14 0,07 0,08 0,08
04/02/2017 0,07 0,11 0,06 0,08 22/03/2017 0,17 0,08 0,06
161

APÊNDICE K - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
INVERNO DE 2015.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
21/06/2015 0,37 1,49 0,56 07/08/2015 0,46 4,03 0,85
22/06/2015 0,28 1,06 0,46 08/08/2015 0,61 4,25 1,21
23/06/2015 0,69 1,35 0,34 09/08/2015 0,56 3,66 1,25
24/06/2015 1,05 3,21 0,82 10/08/2015 0,29 2,40 1,02
25/06/2015 0,40 0,92 0,50 11/08/2015 0,60 1,12 0,75
26/06/2015 0,40 1,73 0,64 12/08/2015 0,35 3,03 1,34
27/06/2015 0,31 2,56 0,62 13/08/2015 0,42 2,37 0,96
28/06/2015 0,29 1,78 0,52 14/08/2015 0,54 1,77 1,04
29/06/2015 0,23 1,06 0,38 15/08/2015 0,52 1,58 0,61
30/06/2015 0,24 0,90 0,38 16/08/2015 0,56 1,12 0,48
01/07/2015 0,60 1,70 0,31 17/08/2015 0,56 2,12 1,13
02/07/2015 0,53 0,79 0,39 18/08/2015 0,35 0,98 0,40
03/07/2015 0,37 0,68 0,15 19/08/2015 0,62 0,99 0,59
04/07/2015 1,12 3,54 1,00 20/08/2015 0,67 1,55 0,63
05/07/2015 1,09 2,10 0,85 21/08/2015 0,55 1,46 0,95
06/07/2015 0,50 0,84 0,40 22/08/2015 0,40 0,84 0,43
07/07/2015 0,29 0,47 0,28 23/08/2015 0,58 1,63 0,74
08/07/2015 0,29 0,45 0,22 24/08/2015 0,94 2,01 0,84
09/07/2015 0,30 0,81 0,35 25/08/2015 0,63 2,07 1,25
10/07/2015 0,33 1,42 0,55 26/08/2015 0,41 1,00 0,43
11/07/2015 0,31 1,55 0,75 27/08/2015 0,57 1,58 0,69
12/07/2015 0,27 1,88 0,58 28/08/2015 0,67 1,62 1,04
13/07/2015 0,31 1,29 0,54 29/08/2015 0,52 2,92 0,92
14/07/2015 0,66 1,81 0,46 30/08/2015 0,79 3,85 1,54
15/07/2015 0,79 1,40 0,68 31/08/2015 0,83 3,96 1,92
16/07/2015 0,70 1,40 0,55 01/09/2015 0,59 1,75 1,92
17/07/2015 0,31 0,53 0,40 02/09/2015 0,67 1,73 1,14
18/07/2015 0,39 1,24 0,58 03/09/2015 0,61 1,71 1,16
19/07/2015 0,38 1,88 0,62 04/09/2015 0,73 2,19 1,53
20/07/2015 0,35 1,88 0,19 05/09/2015 0,68 1,92 1,34
21/07/2015 0,80 2,01 0,69 06/09/2015 0,73 2,00 1,16
22/07/2015 0,75 1,15 0,81 07/09/2015 0,77 2,16 1,58
23/07/2015 0,68 1,53 0,54 08/09/2015 0,71 2,33 1,55
24/07/2015 0,43 0,76 0,47 09/09/2015 0,85 3,00 1,94
25/07/2015 0,35 1,92 0,81 10/09/2015 0,59 1,95 1,02
26/07/2015 0,36 0,81 0,58 11/09/2015 1,13 2,13 1,23
27/07/2015 0,41 1,65 0,82 12/09/2015 1,11 2,62 1,44
28/07/2015 0,33 2,66 1,02 13/09/2015 0,88 2,63 1,64
29/07/2015 0,58 3,52 1,02 14/09/2015 0,91 3,16 1,88
30/07/2015 0,50 3,47 1,22 15/09/2015 1,04 4,51 2,19
31/07/2015 0,31 2,17 0,62 16/09/2015 0,83 3,94 2,06
01/08/2015 0,34 1,72 0,80 17/09/2015 0,41 1,51 0,83
02/08/2015 0,32 2,79 0,74 18/09/2015 0,34 1,15 0,63
03/08/2015 0,55 3,67 1,05 19/09/2015 0,28 0,90 0,43
04/08/2015 0,38 1,07 0,67 20/09/2015 0,23 0,70 0,38
05/08/2015 0,42 2,23 0,92 21/09/2015 0,63 1,94 1,07
06/08/2015 0,38 2,98 0,68 22/09/2015 0,65 1,90 1,12
162

APÊNDICE L - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
PRIMAVERA DE 2015.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
23/09/2015 0,91 2,90 1,64 07/11/2015 1,26 2,87 1,92
24/09/2015 0,92 2,88 1,65 08/11/2015 1,85 4,60 2,66
25/09/2015 0,64 2,03 1,32 09/11/2015 2,24 5,85 3,16
26/09/2015 0,48 1,44 0,83 10/11/2015 0,77 2,43 1,55
27/09/2015 0,65 2,00 1,31 11/11/2015 1,19 2,98 1,86
28/09/2015 0,17 2,22 1,45 12/11/2015 0,90 2,35 1,51
29/09/2015 0,72 2,56 1,55 13/11/2015 0,95 2,61 1,29
30/09/2015 0,76 2,53 1,61 14/11/2015 1,11 2,61 1,47
01/10/2015 0,99 2,99 2,99 15/11/2015 1,33 3,31 1,95
02/10/2015 0,39 1,64 1,64 16/11/2015 0,73 2,14 1,21
03/10/2015 0,68 1,83 1,83 17/11/2015 1,02 2,33 1,44
04/10/2015 0,62 1,79 1,79 18/11/2015 1,47 3,10 1,70
05/10/2015 0,91 2,52 2,52 19/11/2015 1,02 2,43 1,28
06/10/2015 1,45 4,08 4,08 20/11/2015 0,73 1,81 0,96
07/10/2015 0,25 1,37 1,37 21/11/2015 1,29 3,08 1,83
08/10/2015 0,14 0,57 0,57 22/11/2015 1,83 4,34 2,49
09/10/2015 0,53 1,60 1,60 23/11/2015 1,50 3,77 2,23
10/10/2015 0,49 1,33 1,33 24/11/2015 0,90 2,58 1,39
11/10/2015 0,40 1,01 1,01 25/11/2015 2,21 4,49 2,53
12/10/2015 0,70 1,12 1,12 26/11/2015 1,78 3,88 2,28
13/10/2015 0,99 2,19 2,19 27/11/2015 0,97 2,48 1,41
14/10/2015 1,37 3,57 3,57 28/11/2015 1,68 3,49 2,05
15/10/2015 0,87 2,27 2,27 29/11/2015 2,32 4,35 2,78
16/10/2015 0,82 2,07 2,07 30/11/2015 2,63 5,00 3,20
17/10/2015 0,70 1,92 1,92 01/12/2015 2,15 4,42 2,58
18/10/2015 0,77 1,81 1,81 02/12/2015 1,03 2,65 1,52
19/10/2015 0,86 2,13 2,13 03/12/2015 1,93 4,38 2,79
20/10/2015 1,72 4,90 4,90 04/12/2015 1,49 3,69 2,13
21/10/2015 0,57 1,88 1,88 05/12/2015 1,87 4,42 2,39
22/10/2015 0,79 1,99 1,99 06/12/2015 1,72 3,98 2,34
23/10/2015 1,32 3,03 3,03 07/12/2015 2,11 4,57 2,95
24/10/2015 1,00 2,51 2,51 08/12/2015 2,66 5,84 3,67
25/10/2015 0,88 2,62 2,62 09/12/2015 1,39 3,45 1,84
26/10/2015 0,73 1,79 1,79 10/12/2015 2,20 5,16 2,97
27/10/2015 1,30 3,32 3,32 11/12/2015 2,16 5,16 3,23
28/10/2015 1,57 4,24 4,24 12/12/2015 2,30 5,93 3,21
29/10/2015 1,82 5,24 5,24 13/12/2015 1,08 2,96 1,73
30/10/2015 0,89 2,93 2,93 14/12/2015 0,73 2,20 1,14
31/10/2015 0,58 1,87 1,87 15/12/2015 1,47 2,20 2,16
01/11/2015 0,73 1,68 0,99 16/12/2015 1,90 2,20 2,44
02/11/2015 0,63 1,49 0,79 17/12/2015 1,94 4,66 2,27
03/11/2015 0,62 1,41 0,92 18/12/2015 0,71 2,20 1,21
04/11/2015 0,45 1,34 0,66 19/12/2015 0,88 2,16 1,39
05/11/2015 0,57 1,14 0,74 20/12/2015 1,42 2,16 2,01
06/11/2015 1,19 2,31 1,66 21/12/2015 0,77 2,17 0,99
163

APÊNDICE M - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
VERÃO DE 2015/2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
21/12/2015 0,55 0,59 0,63 05/02/2016 1,10 0,94 0,66
22/12/2015 0,38 0,38 0,39 06/02/2016 1,07 0,94 0,69
23/12/2015 0,26 0,27 0,30 07/02/2016 1,16 0,99 0,71
24/12/2015 0,28 0,27 0,28 08/02/2016 1,06 0,94 0,73
25/12/2015 0,47 0,42 0,37 09/02/2016 0,54 0,51 0,46
26/12/2015 0,97 0,80 0,59 10/02/2016 0,94 0,80 0,49
27/12/2015 1,20 1,05 0,80 11/02/2016 0,98 0,86 0,63
28/12/2015 1,33 1,19 0,91 12/02/2016 1,14 0,99 0,72
29/12/2015 0,89 0,88 0,76 13/02/2016 0,77 0,75 0,64
30/12/2015 0,68 0,64 0,54 14/02/2016 0,86 0,76 0,52
31/12/2015 0,63 0,60 0,51 15/02/2016 0,65 0,63 0,50
01/01/2016 0,72 0,68 0,54 16/02/2016 0,66 0,61 0,46
02/01/2016 0,87 0,81 0,63 17/02/2016 0,58 0,48 0,38
03/01/2016 1,14 1,01 0,77 18/02/2016 0,93 0,77 0,49
04/01/2016 0,79 0,75 0,68 19/02/2016 0,78 0,70 0,53
05/01/2016 0,49 0,49 0,47 20/02/2016 0,82 0,70 0,50
06/01/2016 0,71 0,64 0,52 21/02/2016 0,93 0,82 0,57
07/01/2016 0,74 0,68 0,56 22/02/2016 0,90 0,80 0,58
08/01/2016 0,69 0,64 0,55 23/02/2016 0,94 0,82 0,59
09/01/2016 0,62 0,59 0,53 24/02/2016 0,79 0,68 0,53
10/01/2016 0,78 0,72 0,59 25/02/2016 0,79 0,66 0,48
11/01/2016 0,93 0,82 0,63 26/02/2016 0,91 0,70 0,52
12/01/2016 1,05 0,97 0,74 27/02/2016 0,73 0,50 0,40
13/01/2016 0,88 0,83 0,69 28/02/2016 1,07 0,70 0,44
14/01/2016 0,99 0,86 0,68 29/02/2016 1,11 0,76 0,48
15/01/2016 1,19 1,08 0,84 01/03/2016 0,77 0,59 0,46
16/01/2016 1,30 1,21 0,95 02/03/2016 0,45 0,46 0,47
17/01/2016 1,37 1,30 1,05 03/03/2016 0,56 0,59 0,55
18/01/2016 1,41 1,37 1,14 04/03/2016 0,45 0,34 0,43
19/01/2016 1,58 1,50 1,24 05/03/2016 0,63 0,41 0,37
20/01/2016 1,43 1,33 1,12 06/03/2016 0,79 0,54 0,44
21/01/2016 1,40 1,26 1,03 07/03/2016 0,94 0,59 0,44
22/01/2016 1,48 1,32 1,06 08/03/2016 1,04 0,71 0,49
23/01/2016 1,72 1,52 1,17 09/03/2016 0,42 0,75 0,53
24/01/2016 2,03 1,77 1,35 10/03/2016 0,37 1,10 0,44
25/01/2016 1,18 1,23 1,14 11/03/2016 0,51 0,56 0,35
26/01/2016 0,59 0,63 0,68 12/03/2016 0,72 0,41 0,38
27/01/2016 0,93 0,87 0,71 13/03/2016 0,77 0,50 0,40
28/01/2016 1,27 1,15 0,88 14/03/2016 0,91 0,62 0,44
29/01/2016 0,98 0,95 0,81 15/03/2016 1,00 0,65 0,46
30/01/2016 0,71 0,64 0,59 16/03/2016 0,99 0,64 0,49
31/01/2016 0,92 0,77 0,58 17/03/2016 0,86 0,68 0,46
01/02/2016 1,03 0,90 0,67 18/03/2016 0,91 0,68 0,46
02/02/2016 0,75 0,70 0,62 19/03/2016 0,36 0,46 0,32
03/02/2016 0,50 0,50 0,50 20/03/2016 0,53 1,23 0,54
04/02/2016 0,78 0,65 0,47
164

APÊNDICE N - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
OUTONO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
20/03/2016 0,53 1,23 0,54 06/05/2016 0,46 0,47 0,41
21/03/2016 0,33 1,55 0,40 07/05/2016 0,31 0,34 0,31
22/03/2016 0,39 0,51 0,31 08/05/2016 0,28 0,30 0,27
23/03/2016 0,72 0,44 0,32 09/05/2016 0,25 0,26 0,24
24/03/2016 0,47 0,41 0,39 10/05/2016 0,39 0,49 0,37
25/03/2016 0,54 1,15 0,55 11/05/2016 0,37 0,41 0,48
26/03/2016 0,38 1,74 0,49 12/05/2016 0,49 0,49 0,47
27/03/2016 0,42 0,28 0,34 13/05/2016 0,68 0,66 0,60
28/03/2016 0,61 0,58 0,41 14/05/2016 0,52 0,78 0,88
29/03/2016 0,68 0,51 0,45 15/05/2016 0,29 0,36 0,35
30/03/2016 0,59 0,45 0,39 16/05/2016 0,82 0,61 0,48
31/03/2016 0,63 0,59 0,39 17/05/2016 0,94 0,82 0,71
01/04/2016 0,65 0,66 0,39 18/05/2016 0,82 0,80 0,72
02/04/2016 0,33 0,62 0,34 19/05/2016 0,80 0,81 0,72
03/04/2016 0,37 0,42 0,29 20/05/2016 0,68 0,72 0,68
04/04/2016 0,34 0,72 0,35 21/05/2016 0,46 0,53 0,53
05/04/2016 0,41 0,93 0,36 22/05/2016 0,44 0,50 0,49
06/04/2016 0,48 0,89 0,40 23/05/2016 1,12 0,83 0,66
07/04/2016 0,42 0,58 0,33 24/05/2016 0,74 0,77 0,70
08/04/2016 0,33 1,43 0,52 25/05/2016 0,50 0,61 0,61
09/04/2016 0,50 3,21 0,64 26/05/2016 0,50 0,57 0,55
10/04/2016 0,47 3,00 0,52 27/05/2016 0,39 0,51 0,51
11/04/2016 0,40 2,06 0,50 28/05/2016 0,38 0,51 0,50
12/04/2016 0,35 1,85 0,54 29/05/2016 0,40 0,71 0,60
13/04/2016 0,61 3,72 0,62 30/05/2016 0,35 0,42 0,48
14/04/2016 0,33 0,48 0,35 31/05/2016 0,48 0,48 0,48
15/04/2016 0,49 1,23 0,50 01/06/2016 0,69 0,67 0,61
16/04/2016 0,63 0,50 0,41 02/06/2016 0,76 0,75 0,69
17/04/2016 0,54 0,50 0,44 03/06/2016 0,75 0,70 0,67
18/04/2016 0,29 0,44 0,33 04/06/2016 0,79 0,78 0,74
19/04/2016 0,29 0,30 0,29 05/06/2016 0,76 0,76 0,73
20/04/2016 0,23 0,29 0,29 06/06/2016 0,81 0,77 0,74
21/04/2016 0,33 0,42 0,32 07/06/2016 0,82 0,85 0,78
22/04/2016 0,43 0,56 0,50 08/06/2016 0,87 0,81 0,73
23/04/2016 0,29 0,75 0,46 09/06/2016 0,98 0,88 0,85
24/04/2016 0,24 0,59 0,73 10/06/2016 1,01 0,86 0,82
25/04/2016 0,63 1,11 3,04 11/06/2016 0,89 0,90 0,84
26/04/2016 1,07 0,94 2,03 12/06/2016 0,84 0,76 0,77
27/04/2016 1,31 1,14 1,41 13/06/2016 0,86 0,92 0,75
28/04/2016 1,21 1,10 1,22 14/06/2016 0,96 0,66 0,64
29/04/2016 1,15 1,21 1,39 15/06/2016 0,77 0,67 0,60
30/04/2016 1,36 1,39 1,48 16/06/2016 0,56 0,58 0,57
01/05/2016 0,72 0,72 0,63 17/06/2016 0,44 0,47 0,46
02/05/2016 0,57 0,58 0,52 18/06/2016 0,85 0,62 0,51
03/05/2016 0,44 0,47 0,39 19/06/2016 0,86 0,64 0,54
04/05/2016 0,44 0,46 0,39 20/06/2016 0,66 0,63 0,56
05/05/2016 0,61 0,58 0,46 21/06/2016 0,93 0,64 0,56
165

APÊNDICE O - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
INVERNO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
21/06/2016 0,93 0,64 0,56 07/08/2016 0,30 0,23 0,27
22/06/2016 0,48 0,51 0,51 08/08/2016 0,37 0,33 0,31
23/06/2016 0,49 0,49 0,47 09/08/2016 0,33 0,32 0,31
24/06/2016 0,43 0,46 0,43 10/08/2016 0,45 0,39 0,34
25/06/2016 0,43 0,45 0,44 11/08/2016 0,39 0,40 0,38
26/06/2016 0,55 0,50 0,49 12/08/2016 0,49 0,46 0,42
27/06/2016 0,43 0,40 0,41 13/08/2016 0,41 0,34 0,36
28/06/2016 0,38 0,38 0,40 14/08/2016 0,49 0,41 0,39
29/06/2016 0,51 0,47 0,43 15/08/2016 0,45 0,43 0,43
30/06/2016 0,34 0,36 0,37 16/08/2016 0,60 0,52 0,47
01/07/2016 0,54 0,47 0,39 17/08/2016 0,26 0,21 0,29
02/07/2016 0,45 0,42 0,35 18/08/2016 0,55 0,48 0,45
03/07/2016 0,42 0,40 0,35 19/08/2016 0,46 0,47 0,46
04/07/2016 0,54 0,35 0,30 20/08/2016 0,29 0,35 0,34
05/07/2016 0,61 0,42 0,33 21/08/2016 0,47 0,45 0,43
06/07/2016 0,56 0,51 0,34 22/08/2016 0,66 0,55 0,52
07/07/2016 0,39 0,54 0,44 23/08/2016 0,57 0,50 0,50
08/07/2016 0,34 0,42 0,39 24/08/2016 0,56 0,50 0,49
09/07/2016 0,34 0,38 0,35 25/08/2016 0,53 0,49 0,48
10/07/2016 0,31 0,34 0,35 26/08/2016 0,68 0,59 0,53
11/07/2016 0,40 0,36 27/08/2016 0,70 0,63 0,60
12/07/2016 0,24 0,26 0,30 28/08/2016 0,22 0,25 0,33
13/07/2016 0,44 0,45 0,41 29/08/2016 0,19 0,22 0,24
14/07/2016 0,24 0,31 0,33 30/08/2016 0,15 0,18 0,23
15/07/2016 0,22 0,24 0,29 31/08/2016 0,19 0,17 0,23
16/07/2016 0,59 0,50 0,40 01/09/2016 0,47 0,38 0,36
17/07/2016 0,85 0,79 0,66 02/09/2016 0,42 0,38 0,37
18/07/2016 0,46 0,48 0,45 03/09/2016 0,42 0,41 0,38
19/07/2016 0,55 0,55 0,48 04/09/2016 0,28 0,32 0,31
20/07/2016 0,68 0,61 0,56 05/09/2016 0,20 0,23 0,25
21/07/2016 0,64 0,57 0,54 06/09/2016 0,54 0,41 0,31
22/07/2016 0,55 0,54 0,51 07/09/2016 0,40 0,34 0,28
23/07/2016 0,52 0,49 0,48 08/09/2016 0,35 0,24 0,28
24/07/2016 0,55 0,50 0,47 09/09/2016 0,42 0,33 0,33
25/07/2016 0,64 0,55 0,50 10/09/2016 0,56 0,45 0,42
26/07/2016 0,24 0,26 0,32 11/09/2016 0,56 0,48 0,46
27/07/2016 0,43 0,41 0,35 12/09/2016 0,49 0,45 0,45
28/07/2016 0,50 0,48 0,40 13/09/2016 0,47 0,38 0,37
29/07/2016 0,47 0,46 0,42 14/09/2016 0,63 0,43 0,30
30/07/2016 0,55 0,50 0,46 15/09/2016 0,52 0,35 0,33
31/07/2016 0,57 0,52 0,49 16/09/2016 0,45 0,40 0,40
01/08/2016 0,29 0,31 0,36 17/09/2016 0,58 0,47 0,45
02/08/2016 0,37 0,35 0,31 18/09/2016 0,55 0,49 0,49
03/08/2016 0,42 0,39 0,37 19/09/2016 0,43 0,35 0,37
04/08/2016 0,48 0,42 0,39 20/09/2016 0,48 0,42 0,41
05/08/2016 0,44 0,40 0,38 21/09/2016 0,55 0,48 0,47
06/08/2016 0,22 0,26 0,31 22/09/2016 0,57 0,50 0,48
166

APÊNDICE P - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NA
PRIMAVERA DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
22/09/2016 0,57 0,50 0,48 07/11/2016 1,69 1,45 1,30
23/09/2016 0,47 0,42 0,45 08/11/2016 1,26 1,16 1,10
24/09/2016 0,44 0,38 0,38 09/11/2016 0,48 0,53 0,57
25/09/2016 0,50 0,45 0,45 10/11/2016 1,24 0,98 0,82
26/09/2016 0,63 0,55 0,54 11/11/2016 0,68 0,65 0,65
27/09/2016 0,68 0,59 0,57 12/11/2016 1,26 0,95 0,81
28/09/2016 0,66 0,55 0,55 13/11/2016 1,47 1,14 0,98
29/09/2016 0,56 0,52 0,50 14/11/2016 1,52 1,27 1,14
30/09/2016 0,69 0,58 0,51 15/11/2016 1,25 1,11 1,07
01/10/2016 0,75 0,59 0,53 16/11/2016 1,39 1,15 1,09
02/10/2016 0,74 0,59 0,52 17/11/2016 0,72 0,75 0,73
03/10/2016 0,78 0,59 0,52 18/11/2016 0,78 0,70 0,69
04/10/2016 0,83 0,63 0,53 19/11/2016 1,19 0,94 0,86
05/10/2016 0,41 0,40 0,33 20/11/2016 1,06 0,93 0,87
06/10/2016 0,45 0,46 0,40 21/11/2016 1,40 1,16 1,08
07/10/2016 0,48 0,42 0,41 22/11/2016 1,69 1,40 1,25
08/10/2016 0,47 0,36 0,35 23/11/2016 2,01 1,65 1,47
09/10/2016 0,65 0,54 0,46 24/11/2016 2,24 1,86 1,65
10/10/2016 0,58 0,49 0,49 25/11/2016 2,23 1,89 1,71
11/10/2016 0,68 0,59 0,57 26/11/2016 2,35 1,99 1,80
12/10/2016 0,40 0,43 0,46 27/11/2016 1,18 1,25 1,29
13/10/2016 0,69 0,59 0,56 28/11/2016 1,02 0,93 0,90
14/10/2016 1,01 0,82 0,72 29/11/2016 1,35 1,15 1,03
15/10/2016 0,29 0,34 0,40 30/11/2016 1,38 1,20 1,11
16/10/2016 0,68 0,54 0,50 01/12/2016 1,57 1,31 1,17
17/10/2016 0,30 0,31 0,33 02/12/2016 1,48 1,33 1,24
18/10/2016 0,30 0,35 0,31 03/12/2016 0,86 0,91 0,95
19/10/2016 0,28 0,27 0,26 04/12/2016 1,16 0,97 0,88
20/10/2016 0,41 0,35 0,34 05/12/2016 1,65 1,35 1,18
21/10/2016 0,65 0,51 0,44 06/12/2016 1,64 1,43 1,31
22/10/2016 1,10 0,84 0,65 07/12/2016 2,03 1,69 1,49
23/10/2016 1,15 0,91 0,77 08/12/2016 1,73 1,54 1,45
24/10/2016 0,73 0,65 0,65 09/12/2016 1,71 1,48 1,38
25/10/2016 0,68 0,56 0,51 10/12/2016 1,75 1,53 1,41
26/10/2016 0,40 0,39 0,41 11/12/2016 2,11 1,77 1,59
27/10/2016 0,78 0,68 0,54 12/12/2016 2,21 1,89 1,71
28/10/2016 1,10 0,86 0,74 13/12/2016 2,16 1,90 1,72
29/10/2016 0,94 0,68 0,56 14/12/2016 2,15 1,84 1,66
30/10/2016 1,23 0,96 0,78 15/12/2016 2,38 2,03 1,80
31/10/2016 1,38 1,13 0,94 16/12/2016 2,43 2,06 1,82
01/11/2016 0,36 0,41 0,49 17/12/2016 2,31 1,99 1,79
02/11/2016 0,12 0,49 0,43 18/12/2016 1,25 1,24 1,25
03/11/2016 0,65 0,52 0,50 19/12/2016 1,00 0,97 0,96
04/11/2016 1,18 0,94 0,78 20/12/2016 1,32 1,14 1,03
05/11/2016 1,51 1,24 1,05 21/12/2016 1,86 1,56 1,34
06/11/2016 1,70 1,40 1,20
167

APÊNDICE Q - DIFERENÇA MÍNIMA SIGNIFICATIVA DE TUKEY (DMS) PARA


TEMPERATURA DO SOLO NAS CAMADAS DE 0-5, 5-10, 10-20 E 20-40 CM NO
VERÃO DE 2016.

Camadas Camadas
Data Data
0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
21/12/2016 1,86 1,34 1,34 04/02/2017 1,01 0,96 0,90
22/12/2016 1,69 1,38 1,38 05/02/2017 0,94 0,91 0,85
23/12/2016 1,34 1,17 1,17 06/02/2017 0,79 0,80 0,74
24/12/2016 1,72 1,28 1,28 07/02/2017 0,79 0,77 0,76
25/12/2016 1,73 1,37 1,37 08/02/2017 0,83 0,83 0,79
26/12/2016 1,23 1,11 1,11 09/02/2017 0,98 0,95 0,92
27/12/2016 0,52 0,63 0,63 10/02/2017 0,85 0,82 0,80
28/12/2016 0,76 0,66 0,66 11/02/2017 0,60 0,63 0,63
29/12/2016 0,74 0,64 0,64 12/02/2017 0,66 0,64 0,59
30/12/2016 1,14 0,80 0,80 13/02/2017 0,80 0,77 0,72
31/12/2016 1,03 0,83 0,83 14/02/2017 1,39 1,20 0,97
01/01/2017 1,31 1,12 0,94 15/02/2017 0,96 0,95 0,91
02/01/2017 1,33 1,18 1,02 16/02/2017 1,04 0,98 0,88
03/01/2017 1,18 1,05 0,92 17/02/2017 0,96 0,91 0,82
04/01/2017 0,68 0,70 0,67 18/02/2017 1,36 1,23 1,05
05/01/2017 0,47 0,51 0,49 19/02/2017 1,10 1,07 0,97
06/01/2017 0,61 0,58 0,52 20/02/2017 1,03 0,99 0,91
07/01/2017 0,64 0,63 0,57 21/02/2017 0,65 0,67 0,67
08/01/2017 0,67 0,65 0,58 22/02/2017 0,83 0,76 0,70
09/01/2017 0,64 0,62 0,56 23/02/2017 0,93 0,88 0,79
10/01/2017 0,79 0,71 0,60 24/02/2017 1,03 0,96 0,86
11/01/2017 1,09 0,95 0,78 25/02/2017 1,11 1,03 0,91
12/01/2017 1,14 0,98 0,83 26/02/2017 1,01 0,93 0,83
13/01/2017 1,18 1,05 0,93 27/02/2017 0,98 0,91 0,80
14/01/2017 0,82 0,83 0,76 28/02/2017 0,80 0,82 0,77
15/01/2017 0,88 0,78 0,68 01/03/2017 0,65 0,69 0,68
16/01/2017 0,57 0,61 0,56 02/03/2017 0,81 0,79 0,71
17/01/2017 0,60 0,55 0,50 03/03/2017 0,63 0,66 0,64
18/01/2017 0,84 0,71 0,60 04/03/2017 0,50 0,51 0,50
19/01/2017 1,00 0,90 0,78 05/03/2017 0,56 0,56 0,52
20/01/2017 1,04 0,96 0,85 06/03/2017 0,59 0,59 0,54
21/01/2017 1,07 0,99 0,91 07/03/2017 0,76 0,69 0,59
22/01/2017 1,13 0,99 0,92 08/03/2017 0,62 0,63 0,59
23/01/2017 1,11 1,03 0,94 09/03/2017 0,59 0,57 0,52
24/01/2017 0,85 0,85 0,83 10/03/2017 0,47 0,44 0,43
25/01/2017 0,81 0,78 0,71 11/03/2017 0,50 0,49 0,46
26/01/2017 0,76 0,72 0,64 12/03/2017 0,49 0,62 0,71
27/01/2017 0,80 0,77 0,72 13/03/2017 0,28 0,34 0,30
28/01/2017 0,99 0,90 0,80 14/03/2017 0,45 0,40 0,31
29/01/2017 1,27 1,14 1,00 15/03/2017 0,58 0,52 0,38
30/01/2017 1,03 1,00 0,95 16/03/2017 0,29 0,29 0,26
31/01/2017 1,08 1,00 0,92 17/03/2017 0,30 0,28 0,23
01/02/2017 0,89 0,86 0,82 18/03/2017 0,44 0,34 0,24
02/02/2017 0,81 0,79 0,74 19/03/2017 0,42 0,33 0,25
03/02/2017 0,93 0,86 0,79 20/03/2017 0,39 0,22

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