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Pg=~ I Determinação
dO~~~~e~de consistência I N~;6~ 43

.I
gols.Détermina.tion
deslimitesdecons~tance

1 -OBJECTIVO

A presente norma destina-se a definir e a fixar os processos de determinar os limites de


liquidez, de plasticidade, e de retracção, de solos para efeitos de engenharia civil.

2 -DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ

2.1-CAMPO DE APLICAÇÃO
~l
~I A determinação do limite de liquidez é somente aplicável a solos com cerca de 30 %, ou mais,
II ; em massa, de partículas de dimensões inferiores a 0,05 mm. Ficam, portanto, excluídos os solos
...,

...,
,

predominantemente arenosos, para os quais o ensaio, mesmo quando possível, perde o seu signi-
~ ficado.
:3. I

II
I
I
2.2-DEFINIÇÃO E SIMBOLO
fl

p; Para os fins da presente norma, entende-se por limite de liquidez de uma amostra de solo o
~

I i
teor em água correspondente a 25 pancadas, obtido por interpolação numa curva que relaciona
~I
o teor em água de cada um de 4 provetes da amostra com o número de pancadas para o qual
~I os bordos inferiores de um sulco aberto num provete se unem numa extensão de I cm, quando
.,.. I o ensaio é feito na concha de Casagrande.
~I Representa-se pelo símbolo LL.

;1
2.3 -APARELHOS E UTENSILIOS

2.3.1- Concha de Casagrande -Aparelho essencialmente constituído por uma calote esférica de
latão, com 2 mm de espessura, e por um dispositivo mecânico que permite fazer levantar a calote
~I
que em seguida cai, de altura regulável, sobre uma base de madeira, de borracha dura ou outro
material de características idênticas (fig. 1) .
2.3.2- Riscador -Peça metálica, por exemplo latão, com uma das extremidades em perfil trian-
guIar com o vértice truncado numa largura de 2 Inm, e a outra com o calibre de 10 Inm, desti-
nado a permitir regular a altura de queda da concha de Casagrande (fig. 2) .
23.3- Almofariz com mão de borracha ou de outro material macio.

2.3.4_.Peneiro de malha quadrada de 420 [.L (peneiro n.O40 da ASTM) .

2.3.5- Cápsula de porcelana ou recipiente de vidro com cerca de 10 cm de diâmetro.

2.3.6- Espátula para preparar a pasta de solo com água destilada.

2.3.7-Aparelhos e utensílios necessários à determinação do teor em água de um provete de solo


(veja-se a Norma NP-84) .
(Continua)
..
Port. n.o 16586 de 14/2/1958 I I Estudada
pelo

Labora.tório Nacional
Port. n.o 24 163 de 5/7/1969 de Engenharia Civil

'- !
Sooiedade Astória, Lda. 1000 ex. REPRODUÇÃO PROmW.\. Edição JoL 1970

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NP -143 (1969) p.2

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Fig. 1- Conchade Casa2TaDde

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Figo 2- Riscador

2.4 -PREPARAÇAO DOS PROVETES

Tomam-se 500 9 da amostra a ensaiar, que se pisam no almofariz com mão de borracha ou
de outro material macio, com o objectivo único de promover a separação das suas partículas
sem alteração da granulometria, e passam-se através do peneiro.
(Continua)

Edição JuL 1970 Sooieda.de Astória. Ld&. 1000ex.


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NP -143 (1969) p. 3

Do material que passar através do peneiro, tomam-se 100 9 que se amassam à espátula com
I
água destilada até se formar uma pasta homogénea e consistente. De cada vez que se adiciona
nova porção de água, a amassadura deve durar, pelo menos, 5 min.
Em certos tipos de solos argilosos, pode ser aconselhável deixar o material húmido durante
24 h em recipiente fechado para que a humidade se distribua uniformemente pelas partículas.
Alguns solos tropicais, inclusivamente os solos lateríticos, podem exigir uma mistura contínua
imediatamente antes do ensaio durante um período que pode atíngir 40 min.
Depois de se verificar se a concha de Casagrande está perfeitamente limpa, e se cai livre-
mente e sem demasiadas folgas, toma-se uma porção de pasta preparada como se indicou que se
coloca na concha de modo que se obtenha uma camada, não muito comprimida, com a espessura
máxima de 1 cm e com a superfície nivelada.
Ensaiado o primeiro provete, serão sucessivamente preparados mais três por adição de
novas quantidades de água destílada à pasta anteriormente obtída, por forma que a torne mais
fluída.
Os teores em água dos 4 provetes devem ser escolhidos de modo que o número de pancadas
~ necessárias para unir os bordos dos sulcos varie entre 10 e 40, e se distribuam, em dois ensaios,
_'
abaixo de 25 e, em outros dois, acima.
;f I
~ 2.5- nCNICA DO ENSAIO

Antes do início do ensaio, deverá proceder-se, com o auxílio do calibre, à regulação da


~I altura de queda da concha e também a um treino do operador com o fim de que a manivela
~,
I da concha de Casagrande seja accionada, durante o ensaio, de modo que dê 30 voltas em 15 s.
...
.i I Preparado o primeiro provete, faz-se nele um sulco que deverá ser obtido deslocando o
~ I
riscador segundo o diâmetro da concha.normal ao eixo da manivela e mantendo-o perpendicular
à superfície da concha (.) .
~I
JO:I Acciona-se em seguida a manivela, à razão de 2 voltas por segundo, até que as duas porções
~,
do provete, devido às pancadas da concha sobre a base, entrem em contacto pela parte inferior
do sulco numa extensão de cerca de 1 cm, e anota-se o número de pancadas correspondente.
Retiram-se, então, com a ponta da espátula, cerca de 10 9 do provete da zona do sulco em
que se deu a união, e procede-se à determinação do seu teor em água (veja-se a Norma NP-84).
Repetem-se sobre cada um dos restantes três provetes as operações indicadas.

2.6- RESULTADOS

Anotado o número de pancadas correspondente a cada um dos ensaios, traça-se uma curva,
relacionando o teor em água de cada um dos provetes com o correspondente número de pan-
cadas, num diagrama em que se marca, em ordenadas, o teor em água em escala aritmética,
~I
... e em abcissas o número de pancadas em escala logarítmica.
O limite de liquidez da amostra ensaiada é dado pelo teor em humidade correspondente a
25 pancadas, obtido por interpolação na curva traçada como se indicou.
O resultado é expresso em percentagem e apresenta-se arredondado às unidades. No caso
de não ter sido possível determinar o limite de liquidez, indica-se que o solo é «não plástico».
O resultado do ensaio deverá ser acompanhado da indicação do estado da amostra antes
do ensaio, isto é, se se encontrava tal como foi colhida ou seca em estufa.

3 -DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE

3.1 -CAMPO DE APLICAÇA.O

A determinação do limite de plasticidade é somente aplicável a solos com cerca de 30 %, ou


mais, em massa, de partículas de dimensões inferiores a 0,05 mm. Ficam, portanto, excluídos os
solos predominantemente arenosos, para os quais o ensaio, mesmo quando possível, perde o seu
significado.

(* ) Convém verificar periôdica.mente se as dimensões do riscador coincidem com as fixadas, visto que o uso
pode desgastâ-lo.
(Continua)

Soc!eda.de Astória, Lda. 1000 ex. EWção Jul. 1970

~
NP -143 (1969) p.4
3.2 -DEFINIÇA.O E SIMBOLO

Para os fins da presente norma, entende-se por limite de plasticidade de uma amostra de SQlo
a média dos teores em água de 4 provetes da amostra a ensaiar, cada um. dos quais é o maior
teor em água com que rompe cada provete ao pretender-se transformá-lo num. filamento ciIín-
drico com cerca de 3 mm de diâmetro, por rolagem entre a palma da mão e uma placa de vidro.
Representa-se pelo símbolo LP .

3.3 -APARELHOS E UTENSILIOS

3.3.1- Almofariz.
3.3.2- Peneiro de malha quadrada de 420 !1. (peneiro n.O 40 da ASTM) .
3.3.3--Placa de vidro plana sobre a qual se possa rolar o provete.
3.3.4- Espátula.
3.3.5- Aparelhos e utensílios necessários à determinação do teor em água de um provete de solo
(veja-se a Norma NP-84) .
s
~
l
3.4- PREP ARAÇAO DO PROVETE
~
~
Tomam-se 100 9 da amostra que, se necessário, se secam ao ar ou na estufa. Pisam-se no ~
almofariz apenaspara separar as partículas, e peneiram-se. ~
Do material que passar através do peneiro tomam-se 20 9 que se amassam à espátula com Q.
"
água destilada, até que a massa se torne suficientemente plástica para permitir moldar com ~

facilidade quatro pequenas esferas de diâmetros sensivelmente iguais. I


i
..
~
o
3.5- T1:CNICA DO ENSAIO I
~
~
Rola-se um dos provetes da mistura obtida entre a palma da mão e a placa de vidro, com ~
"
pressão suficiente para a transformar num filamento cilíndrico. Quando o diâmetro do filamento tIj
atinge cerca de 3 mm, volta-se a formar a esfera e a rolá-la de novo, e continuam-se estas opera- ~
l'
çÕes até que devido à progressiva secagem do provete, se dê a rotura do filamento quando o seu
diâmetro atinge cerca de 3 mm. Aglomeram-se então os filamentos obtidos e determina-se o seu I
~
teor em água (veja-se a Norma NP-84) .
Repetem-se sobre cada um dos restantes três provetes as operações indicadas.

3.6 -RESULTADOS

o limite de plasticidade da amostra ensaiada é a média dos teores em água determinados


para os quatro provetes.
O resultado é expresso em percentagem e apresenta-se arredondado às unidades.
No caso de não ter sido possível determin ar o limite de plasticidade, indioa-se que o solo
é «não plástico».
Se a amostra tiver sido ensaiada depois de seca ao ar ou na estufa, a indicação de tal facto
deve acompanhar o resultado do ensaio.

4 -DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE RETRAcçÃO

4.1 -CAMPO DE APLICAÇA.O

A determinação do limite de retracção é somente aplicável a solos com cerca de 30 %, ou


mais, em massa, de partículas de dimensões inferiores a 0,05 mm. Ficam, portanto, excluídos
os solos predominantemente arenosos, para os quais o ensaio, mesmo quando possível, perde
o seu significado.
(Continua)

Edição dul. 1111U SOC[e.(1a.(1e


AStOna.. lA&. 1000ex.
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4.2- DEFINIÇAO E SIMBOLO

Para os fins da presente norma, entende-se por limite de retracção de uma amostra a média
dos teores em água de quatro provetes da amostra a ensaiar, cada um dos quais corresponde
à diferença entre a quantidade de água do provete no início do ensaio e a redução do volume
(tomada como perda do teor em água) sofrida pelo provete durante a secagem. Esta diferença
I exprime a humidade no instante em que cessa a retracção por secagem.
Representa-se pelo símbolo LR.
I

4.3 -AP ARELIIOS E UTENSILIOS

4.3.1- Quatro cápsulas de porcelana de fundo plano com cerca de 4,5 cm de diâmetro e 1,5 cm de
altura, destinadas a conterem os provetes durante o ensaio. Os bordos das cápsulas devem ser
I
lisos e estar no mesmo plano (fig. 3).
4.3.2- T~a de vidro com os bordos lisos e no mesmo plano, com cerca de 5 cm de diâmetro e
2,5 cm de altura, destinada à determinação do volume do provete seco, por imersão deste em
I~I
.I mercúrio (fig. 3) .
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- de vidro Tina de vidro ou orcelana
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~ Placa de vIdro
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II
I Fig.3
~I
o
II
'31
4.3.3- Tina de vidro ou porcelana com capacidade suficiente para conter a taça de vidro referida
tl
na secção 4.3.2 e destinada a recolher o mercúrio que desta extravase ao mergulhar o provete
~I
~I (fig. 3).
4.3.4- Placa de vidro plana, à qual estejam adaptadas três hastes metálicas (fig. 3) destinadas a
rasar o mercúrio na cápsula de porcelana, ou na taça de vidro, e afazer simultâneamente a
imersão do provete.
4.3.5- Espátula metálica de gume desempenado para permitir rasar a mistura de solo e água na
cápsula de porcelana.
4.3.6- Almofariz.
4.3.7-peneiro de malha quadrada de 420 ~ (peneiro n.O 40 da ASTM).
4.3.8- Mercúrio em quantidade suficiente para encher a taça de vidro.
4.3.9- Estufa, para secagem,entre 105 oCe 110 oC.
4.3.10- Balan~ para pesar até, pelo menos, 500 9 com limites de erro de:!: 0,01 g.

4.4- PREPARAÇA.O DOS PROVETES

Tomam-se cerca de 100 9 da amostra, que se pisam no almofariz com o objectivo único de
promover a separação das suas partículas, e passam-se no peneiro.
Do material passado, tomam-se cerca de 30 9 que se amassam com água destilada em quan-
tidade suficiente para que todos os seus poros fiquem completamente preenchidos, e se obtenha
uma pasta que permita a sua introdução nas cápsulas de porcelana sem inclusão de bolhas de

(Continua)

Socled&de AAtórla, Lda. l~ex. Edição JuL 1970

~
NP -143 (1969) p. 6

ar. A quantidade de água requerida é, em geral, a correspondente ao limite de liquidez, ou ligei-


ramente superior .
Unta-se o interior das cápsulas de porcelana com uma fina camada de vaselina e procede-se
ao seu enchimento com a pasta do solo obtida.
O enchimento deverá ser feito colocando, de cada vez, no centro da cápsula uma quantidade
de pasta sensivelmente igual a 1/3 da sua capacidade, que deverá ser espalhada com o auxílio
do bater da cápsula sobre uma superfície de natureza conveniente. O excesso de pasta deverá ser
removido, rasando a cápsula com a espátula, limpando-se cuidadosamente em seguida a pasta
exteriormente aderente, ao mesmo tempo que, deste modo, se expulsa o ar nela contido.

4.5- T:f',CNICA DO ENSAIO

Preparados os provetes como se indicou, pesa-seimediatamente em seguida cada um deles


com a respectiva cápsula; deixam-se secar ao ar até que a cor dos provetes fique mais clara
(em geral durante 6 h a 8 h) .Introduzem-se então nà estufa a temperatura entre 105 oC e
110 oC, com as respectivas cápsulas, e secam-se até que a diferença entre pesagens efectuadas
a intervalos de 4 h não seja superior a 0,1 % da massa inicial; em geral é suficiente um tempo Is
de secagemde 16 h a 24 h. I~
Terminada a secagem, retiram-se os provetes das cápsulas, pesam-seestas separadamentee I~
determinam-se o volume de cada um dos provetes e a capacidade das respectivas cápsulas pela li
forma que a seguir se indica. Ia
"'
g'
Coloca-se a taça de vidro dentro da tina e enche-seaquela com mercúrio que se rasa pre- ~
mindo contra ele a placa de vidro e devendo haver o cuidado de evitar que fiquem retidas quais- ~
quer bolhas de ar. Remove-se da tina o mercúrio excedente, coloca-se o provete na taça e re-
1
petem-se as operações anteriores. H
~
"'
O volume do provete é dado pelo quociente da massa do volume de mercúrio por ele deslo- ~
o

cado pela massa volúmica do mercúrio (13,55g/cm3) . I


~
A capacidade de cada uma das cápsulas determina-se de modo idêntico, colocando a cápsula "'
'"
dentro da tina, enchendo-ade mercúrio que se rasa com aplaca de vidro e determinando amassa b3
~
..
do mercúrio nela contido. =
l'
...

4.6 -RESULTADOS ~

4.6.1-Cálculo I~
,:.
I
Sendo: 'd
~
I:

v 1 o volume, expresso em centímetros cúbicos, do provete no início do ensaio e que é ~

igual à capacidade da cápsula que o contém,


V 2 o volume, expresso em centímetros cúbicos, do provete seco,
m1 a massa, expressa em gramas, da cápsula com o provete, no início do ensaio,
m2 a massa, expressa em gramas, da cápsula com o provete seco,
m3 a massa, expressa em gramas, da cápsula,
m4 a massa, expressa em gramas, de um volume de água igual à diferença V1-V2, cal-
culada tomando para amassa volúmica da água o valor 1,00 g/cm3,

o limite de retracção, expresso em percentagem, de cada provete é

m1 -~ -m4
x 100
m2 -m3

o limite de retracção da amostra é a média aritmética dos limites de retracção dos quatro
provetes ensaiados.

4.6.2-Apresentação

o resultado apresenta-se arredondado às unidades.

Sociedade A.stória, Lda. 1000 ex.

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