COMUNICAÇÕES VERTICAIS 1

TEMA: AS COMUNICAÇÕES VERTICAIS

No final desta unidade o aluno deverá ser capaz de:

 Distinguir os elementos principais de uma escada;

 Classificar os diferentes tipos de escadas atendendo às suas características
geométricas e ao material;
 Dimensionar uma escada;
 Conhecer as disposições regulamentares relativas a escadas ;
 Conhecer a função das rampas;
 Conhecer a localização mais apropriada para os elevadores.

INTRODUÇÃO

Os elementos das construções que servem para pôr em comunicação os diferentes pisos de
um edifício (ou locais a níveis diferentes) são as escadas, as rampas e os meios mecânicos,
como ascensores, monta-cargas, etc.

Elevadores

ESCADAS Monta carga

As escadas são elementos arquitectónicos que estabelecem a ligação entre os diferentes

pisos, dando acesso aos vários pavimentos. São formados por uma série de pequenos planos
horizontais, dispostos a pequena diferença de nível um dos outros, de modo a poderem ser
vencidas pelo passo do homem.

Estes elementos horizontais chamam-me pisos (cobertores ou capas), sendo o espelho parte
que liga dois pisos consecutivos; o conjunto de piso e espelho, chama-se degrau.

O piso é por vezes saliente em relação ao espelho, constituindo um focinho que pode ser
moldurado. Empregam-se também degraus sem espelho. Um certo número de degraus
constitui, no seu conjunto, um lanço, sendo estes separados uns dos outros por elementos
horizontais chamados patamares ou patins.

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Conforme a altura a vencer, as escadas são formadas por um ou mais lanços, rectos ou curvos,
separados por patamares.

O primeiro ou os patamares degraus do lanço junto ao pavimento podem ser mais largos e
mais compridos que os restantes de modo a permitir a colocação da primeira coluna da guarda
da escada e destacar melhor a entrada da escada: são os degraus de convite.

A área ou espaço vazio limitado por paredes rectas ou curvas em que a escada se desenvolve,
chama-se bomba da escada.

Quando se sobe ou desce uma escada há sempre a tendência em fazê-lo segundo uma linha
que fica a cerca de 50 cm de distância do corrimão: é a chamada linha de trânsito, que no caso
da escada ser estreita se situa na parte central.

Verificou-se, pela experiência, que uma escada sem patamares é muito fatigante, por isso, o
número de degraus de cada lanço não deve ultrapassar os doze (12) a quinze (15).

Partes principais da Escada, seguir a ilustração:

Parte principais de uma escada

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Planta duma escada

(Lanço paralelo Fig. 5)

TIPO DE ESCADAS

Os tipos de escadas dependem, sobretudo, da diferença de nível a vencer e da área que se

dispõe para o seu desenvolvimento (caixa de escada).

Quanto á sua localização, as escadas podem ser internas e externas. Quanto ao seu uso,
principais e de serviço.

Quanto à sua forma, em planta, podem ser rectas, curvas e mistas.

ESCADA DE LANÇOS RECTOS

É constituída por um ou mais lanços separados ou não por um patamar.(Fig.1)

ESCADA DE LANÇOS PARALELOS

É formada por lanços paralelos em que se dá uma mudança de direcção de 180°. (Fig. 5)

ESCADA EM LEQUE

É utilizada quando se pretende vencer certo desnível e a área da caixa de escada é reduzida.
Não há patins e alguns degraus terão a forma trapezoidal.(Fig.2)

ESCADA EM CARACOL

Este tipo de escada não tem patins e os degraus têm forma trapezoidal. (Fig.3)

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ESCADA MISTAS

Este tipo de escada é formado por uma parte recta e uma parte curva. (Fig.4)

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MATERIAIS

Atendendo aso materiais empregues para a sua construção as escadas podem ser: de pedra,
madeira, metálicas, materiais cerâmicos, betão armado, etc.

O betão armado é o material corrente para a construção de escadas rectas, curvas e mistas
dado que permite a utilização de outros materiais para revestimento.

O revestimento mais simples pode ser constituído por uma camada de desgaste em argamassa
de cimento com um traço mais rico. No entanto, por questões de estética, usa-se pedra
calcária, marmorite ou madeira no revestimento de degraus.

Quando o revestimento for em madeira, há que prever, aquando do enchimento dos degraus,
a colocação de um certo número de tacos aos quais se fixam os cobertores e os espelhos.

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DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento de um lanço de escada faz-se a partir da altura total (H) a vencer, do
comprimento (L) para o desenvolvimento em plana e das imposições regulamentares relativas
dimensões dos degraus.

Verificou-se que o esforço despendido por uma pessoa para percorrer uma certa distância no
sentido horizontal é metade do esforço a despender para percorrer essa mesma distância no
sentido vertical.

Atendendo a que o passo normal do homem sobre uma rampa é de 63 ou 64 cm, e se quiser
distribuir igualmente o esforço de andar a subir, é conveniente observar a seguinte relação
para que a escada seja cómoda:

2h + l = 64 cm (Fórmula de Blondel) onde: l é a largura (não incluído o focinho) e h a altura do

degrau.

A altura dos degraus depende do fim a que a escada se destina. As dimensões de um degrau
estão relacionadas, como já foi referido, pela fórmula: 2h + l = 64, em que h é a altura e l a
largura.

No dimensionamento de uma escada poderá proceder-se de forma seguinte:

1. Dividir a altura H pela altura do degrau h: H/h = (números de degraus);

2. Pela fórmula 2h + l = 64 calcula-se a largura l do degrau;
3. O número de cobertores é n-1, tendo-se:
L = n-1.l (Comprimento da escada em planta

EXEMPLO:

Uma escada para vencer um desnível entre dois pisos de 3,06 m, sendo a altura do degrau de
0,18m.

Cálculo do nº de degraus

n = 3,06/0,18 = 17 degraus sendo a altura (h) do degrau 3,06:17=0,18 m

Cálculo da largura dos degraus

2h + l = 64

L=64 – 2x18 = 28 cm

Cálculo do desenvolvimento da escada me planta

L = (n-1).l = (17-1)x0,28 = 4,48 m

Em seguida, a execução do desenho da escada a escala pretendida.

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DIPOSICOES REGULAMENTARES
O R.G.E.U, artigo 46º, prevê para largura mínima dos lanços das escadas:

 0,80 m em moradias unifamiliares;

 0,90 m nas edificações para habitações colectivas até dois pisos;
 1,10 m nas edificações para habitações colectivas com mais de 2 pisos ou quatro
habitações.

O regulamento define também a largura mínima dos patamares altura e largura mínima dos
degraus.

RAMPAS

As rampas são planos inclinados usados para circulação, sendo a sua inclinação inferior a 15°.

Na rampa deve ser previsto patamar de descanso em condições semelhantes às de escada.

São pouco utilizadas em residências mas muito utilizadas em escolas, hospitais e edifícios
desportivos.

ELEVADORES

Como dispositivos mecânicos que são, estão sujeitos a avarias e, por isso, a sua existência não
implica a supressão das escadas que existem sempre.

A sua localização deve ser central, de modo a permitir fácil e cómodo acesso aso diferentes
locais do edifício. Pode estar disposto na bomba da escada ou exteriormente à caixa de escada
ligando os patamares servidos por esta.

A caixa dos ascensores, que é o espaço destinado à instalação das guias e passagens da cabina,
contrapesos e cabos de suspensão, deve ser inteiramente fechada com paredes de matérias
incombustíveis. A altura da porta nos elevadores para pessoas será maior ou igual 1,80 m, de
preferência 2,00m. Esta caixa é exclusivamente destinada ao ascensor, não podendo,
portanto, conter canalizações estranhas ao serviço do aparelho, nem canalizações de água,
gás ou aquecimento.

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A maquinaria necessária para o funcionamento é prevista geralmente p ara a parte superior.

As condições de estabelecimento e segurança dos ascensores e monta-cargas estão contidas

em regulamentos próprios.

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