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-A geosfera fornece sustentação e minerais às plantas que integram a biosfera.

A
decomposição da matéria orgânica da biosfera resulta em sais que vão constituir a
geosfera.
-A geosfera pode ser alterada pela ação dos gases. A atmosfera recebe gases
provenientes da atividade vulcânica da geosfera.
-As camadas de ozono da atmosfera protegem a biosfera. Os seres vivos(biosfera) estão
continuamente a emitir gases para a atmosfera.
-Os rios da hidrosfera transportam os materiais resultantes da erosão da geosfera. As
dissoluções de materiais da geosfera alteram a composição química da hidrosfera.

Os agentes de dinâmica externa atuam sobre as rochas, conduzindo à sua meteorização


(alteração física e química). Por consequência, os materiais vão ser desgastados e
removidos - erosão - sendo posteriormente transportados para outros locais.
Quando o transportador perde energia, os sedimentos depositam-se - sedimentação - e
acumulando-se, formando estratos dos diferentes materiais. A sucessiva deposição causa
o aumento de pressão e temperatura, a partir dos quais se desenvolve a diagénese:
formação de rochas consolidadas após os processos de compactação e cimentação.

Resultam do arrefecimento e solidificação do magma. Fatores como a pressão e


temperatura influencia o ponto de fusão das rochas e consequente formação de
magmas. Uma vez formado pode ascender ou permanecer em profundidade,
originando diferentes tipos de rocha. Se a solidificação ocorrer lentamente, a níveis
profundos, formam-se rochas plutónicas (intrusivas). Caso esse processo se verifique em
níveis mais superficiais, de forma mais rápida, denominam-se rochas extrusivas
(vulcânicas)

Formam-se em profundidade, a partir de rochas preexistentes. Pode ser metamorfismo


de contacto, quando ocorrem intrusões magmáticas. Ocorrendo tensões sobre áreas
rochosas, juntamente com outros fatores de metamorfismo, denomina-se metamorfismo
regional.
Catastrofismo – Os aspetos da crusta observados hoje são resultado de catástrofes
ocorridas no passado. Estes fenómenos rápidos e intensos são os responsáveis pelas
transformações que ocorrem na superfície.
Uniformitarismo – as características da Terra são resultado de processos geológicos ancestrais
semelhantes aos que se verificam na atualidade.

• Princípio do atualismo geológico


• Gradualismo uniformitaristas – fenómenos de alteração decorrem de processos lentos e
graduais.

▫ Teoria da Tectónica de Placas

Placas litosféricas de caráter:

→ Divergente (<-->) ocorre formação de


material rochoso – riftes.
→ Convergente (-><-) ocorre destruição
das placas litosféricas - zonas de
subducção.
→ Conservativos (deslizam
horizontalmente) ocorre ao longo de
falhas transformantes, sem destruição ou formação de material rochoso.

Relativa- feita através de processos de estratigrafia como o princípio da sobreposição de estratos.

Absoluta- datação radiométrica a partir do cálculo das semividas dos isótopos presentes em diversas
rochas.

A erupção vulcânica ocorre quando o magma ascende, descomprime originando a lava.


O vulcão é a abertura pelo qual se libertam lavas, gases e cinzas. Pode ser uma abertura mais ou
menos circular, formando uma cratera (vulcanismo central) ou por fissuras menos extensas (vulcanismo
secundário). Através da erupção é possível caracterizar a atividade vulcânica.

A viscosidade da lava é a sua resistência ao fluxo, determinando-se a velocidade de escorrência:


quanto mais viscosa, maior o volume de gases.

O tipo de lava é influenciado pelo teor em sílica, temperatura e quantidade de gases.

▫ Básica: 45-52% SiO2; 1200ºC; baixo teor em gases; baixa viscosidade.


▫ Intermédia: 53-65% SiO2; ºC variável; teor em gases médio; viscosidade intermédia.
▫ Ácida: >65% SiO2; 700ºC; alto teor em gases; viscosidade elevada.

Atividade explosiva – associada a magmas ácidos, não origina escoadas (pode solidificar na chaminé -
agulhas – ou na cratera - domos). Dada a acumulação de gases, as erupções são violentas, com
grandes explosões e libertação de piroclastos e nuvens ardentes. Os materiais acumulam-se perto da
cratera, formando cones altos e íngremes.

Atividade efusiva – associada a magmas básicos, origina escoadas derivadas da sua fluidez (podem
percorrer longas distâncias) tendendo a formar cones baixos e pouco inclinados. Podem formar
diversos aspetos de lava:

→ Encordoadas/pahoehoe (cordas)
→ Escoriáceas/aa (rugoso e poroso)
→ Pillow lava (almofadas – ambiente aquático)

Atividade mista – associada a magmas intermédios, caracterizada por períodos efusivos e explosivos.

Vulcanismo residual – fumarolas, géiseres, fontes termais.

Vulcanismo de subducção - coincidem com zonas de convergência tectónica (subducção de uma placa
mais densa sob outra menos densa); os magmas tendem a ser intermédios-ácidos; erupção mista-
explosiva.

Vulcanismo de vale de rifte – associados a zonas de rifte (carácter fissural), do tipo efusivo – magmas
básicos. Daqui formam-se os fundos oceânicos, podendo por vezes originar ilhas vulcânicas. Pode ser
mais ou menos explosivo em virtude do contacto com a água.
Vulcanismo intraplacas – ocorre no interior das placas litosféricas, nos hotspots. Gera magmas básicos, de
elevadas temperaturas, demonstrando erupções efusivas. Como as placas de deslocam sobre esses pontos fixos,
vão-se formando vulcões alinhados, estando ativo apenas quele que estiver sobre o hotspot.

Um sismo consiste na vibração de materiais na forma de ondas sísmicas, formadas a partir de uma libertação
súbita de energia no hipocentro. O local situado na vertical à superfície desse ponto é o epicentro, que, quando
colocado no oceano, pode provocar tsunamis. A acumulação de energia resulta na deformação das rochas,
provocada pelas tensões, por exemplo, nos limites tectónicos.

O modelo do ressalto elástico refere que a energia acumulada é libertada quando ultrapassado o limite de
elasticidade da rocha sujeita à tensão. Dá-se a rutura da massa rochosa, com o deslizamento brusco (ressalto) de
um bloco em relação ao outro.

Os sismos são muitas vezes precedidos por abalos premonitórios, e seguidos de réplicas.
Tendo em conta o local a partir do qual se propagam, as ondas podem ser classificadas como profundas ou
superficiais, registadas pelos sismógrafos.

Profundas:

▫ Longitudinais (ondas P) - mais rápidas a ser registadas, produzem movimentos na mesma direção do raio
sísmico, variam o volume das rochas por elas atingidas (movimentos de contração/distensão). Propagam-
se em todos os meios, mais lentamente em meio líquido: quanto maior a rigidez do material, maior a
velocidade, menor quanto maior a densidade. Em contacto com a atmosfera perde a sua energia,
dissipando-se enquanto ondas sonoras.
▫ Transversais (ondas S) - propagação mais lenta, com vibrações que ocorrem perpendicularmente ao raio
sísmico que provocam a deformação das rochas (sem alterar o seu volume). Apenas se propagam em
meio sólido, já que em meio aquoso e gasoso a rigidez material é nula, e por isso a velocidade de
propagação também o é.

Superficiais – originadas pelo contacto das ondas profundas com a superfície, sendo as mais destrutivas em
todas as direções. São mais lentas e têm maior amplitude, por isso as últimas registadas.

▫ Love (ondas L) - ondas de torção, com vibração na horizontal e perpendicularmente ao raio sísmico. Não
se propagem em meio líquido.
▫ Rayleigh (ondas R) - vibrações perpendiculares à direção de propagação, numa trajetória elíptica,
provocando ondulação na superfície. Propagam-se em meio sólido e líquido.

A atividade sísmica pode ser avaliada pela escala de Mercali (pelos danos) e pela escala de Richter (valor da
magnitude sísmica).
A maioria dos sismos têm origem tectónica, quer sejam interplacas (junto aos limites tectónicos) ou intraplacas
(em falhas no interior das placas litosféricas).

Diretos: vulcanologia, sondagens.

Indiretos:
▫ Geotermia – energia calorífica no interior da Terra. O fluxo térmico (fluxo do calor interno para o exterior)
é contínuo, mas não uniforme – valores altos nos riftes e baixos no interior das placas continentais. É
possível conhecer o gradiente geotérmico (variação da temperatura com o aumento da profundidade-
diminuição com o aumento da profundidade) e o grau geotérmico (distância associada à variação da
temperatura de 1ºC - aumenta com a profundidade).
▫ Geomagnetismo – polaridade normal (como na atualidade) ou inversa nos minerais magnetizados por
influência do campo magnético.

→ Moho: separa a crusta do manto, em que as ondas se propagam com uma velocidade
relativamente rápida até se chegar à astenosfera (rochas de menor rigidez e maior plasticidade),
onde abrandam.
→ Gutenberg: separa o manto do núcleo externo, constitui a zona de sombra a partir da qual
apenas se registam ondas P, uma vez que o n. externo se encontra no estado líquido.
→ Lehman: fronteira entre núcleo externo do interno.
Movimentos da litosfera – ocorrem pelas correntes de
convecção, provocadas pelo calor gerado.

▫ Meteorização - muitos minerais quando em condições superficiais tornam-se instáveis, sofrendo


meteorização química (ex: carbonatação/hidrólise/oxidação) ou física (ex: crioclastia-gelo/haloclastia-
sais/termoclastia).
▫ Erosão
▫ Transporte – durante este processo os detritos podem sofrer alterações, dando-nos o seu grau de
arredondamento info sobre a duração e distância do transporte (> arredondamento = transporte longo).
Outro fenómeno é a calibragem, a separação dos fragmentos de acordo com peso e tamanho
(transporte longo = boa calibração).
▫ Sedimentação - os sedimentos depositam-se formando estratos. Para estudar um estrato consideramos o
seu teto (o que fica acima – mais recente) e o seu muro (o que fica em baixo – mais antigo).
▫ Diagénese - compactação (redução do volume) seguida da cimentação (substâncias em suspensão
precipitam e originam um cimento que liga os sedimentos).

As rochas sedimentares podem ser divididas em rochas sedimentares detríticas, quimiogénicas ou biogénicas.
Sal-gema e gesso são evaporitos, formados pela
precipitação de substâncias dissolvidas na água (meio
aquático) movida pela evaporação da mesma.

Para que ocorra fossilização é necessário que sobre os vestígios se depositem sedimentos finos, que torna o
ambiente isolado e não oxidante, retardando a decomposição. As partes mais duras, de decomposição mais
difícil, são mais fáceis de ser encontradas entre os estratos sedimentares.

▫ Mumificação - organismos envolvidos num meio isolante (âmbar)


▫ Moldagem – formada pelas marcas deixadas dos sedimentos envolventes antes de desaparecerem.
▫ Mineralização - substituição de matéria orgânica por materiais em solução.
▫ Icnofósseis - vestígios da atividade dos animais (pegadas

Um indicador de idade relativa são os fósseis de idade, de seres vivos que viveram durante um curto período de
tempo e grande distribuição geográfica.

▫ Horizontalidade: sedimentos depositados em camadas horizontais por influência da gravidade.


▫ Sobreposição: muro é mais antigo que o teto.
▫ Continuidade lateral: relacionam-se estratos idênticos com sobreposições semelhantes.
▫ Identidade paleontológica: colunas distintas com os mesmos fósseis têm a mesma idade relativa.
▫ Interseção: qualquer estrutura que interseta é mais recente do que o que foi intersetado.
▫ Inclusão: tudo o que foi incluído é mais antigo do que o inclui.

Paleoambientes – as rochas sedimentares permitem inferir info acerca dos ambientes antigos onde se formaram
essas rochas. A textura da rocha, a sua constituição mineralógica e o seu conteúdo fóssil constituem uma fácie da
rocha.

Os fósseis de fácie permitem estabelecer uma ligação, com base no princípio das causas atuais, entre os
ambientes onde agora vivem seres semelhantes aos antigos, e os ambientes ancestrais.

Minerais – material inorgânico, sólido, com estrutura cristalina e química bem definida.

→ Cor: idiocromáticos (cor constante) e alocromáticos (cor variável).


→ Risca/Traço: cor do mineral quando reduzido a pó, podendo ser diferente da cor do mineral. Os
alocromáticos possuem risca clara ou incolor.
→ Dureza: análise segundo a escala de Mohs – um mineral risca todos os de dureza inferior e é riscado por
todos os de dureza superior.
→ Clivagem: propriedade segundo a qual os minerais se fraturam em planos paralelos. Os planos de
clivagem são definidos pelas relações mais fracas e determinadas pela estrutura cristalina.

Tipos de magma

▫ Basálticos (básicos) - formam-se pela fusão parcial de rochas do manto (peridotito) em limites divergentes
e plumas mantélicas (hotspots). Alta temperatura (1000-1200), baixa concentração de sílica e baixa
viscosidade.
▫ Andesíticos (intermédios) - formam-se em limites convergentes em zonas de subducção, resultado da
fusão de rochas básicas e sedimentos. Durante a subducção, ocorre a libertação da água dos sedimentos,
provocando um baixo ponto de fusão das rochas e favorecendo formação de magmas intermédios.
▫ Riolíticos (ácidos) - formam-se em limites convergentes em contexto orogénico (formação de
montanhas). Origina-se pela fusão de material rochoso da crusta continental. Alta concentração de sílica,
maior viscosidade e temperatura mais baixa (650-800)

Em alguns casos, o calor intenso dos magmas básicos pode levar à fusão de rochas da base da crusta
continental, originando magmas riolíticos.

Os silicatos são os minerais mais comuns das rochas magmáticas, sendo eles: feldspatos (ortóclase e plagióclase),
quartzo, piroxena, micas (biotite e moscovite) e olivina.

Isomorfismo – mesma estrutura cristalina, composição química diferente, dizem-se minerais isomorfos.

Polimorfismo – mesma composição química, malhas elementares e estruturas cristalinas diferentes, dizem-se
minerais polimorfos (ex: diamante e grafite).

Características dos minerais:


▫ Textura:
➢ Granular/fanerítica - distinguem-se, arrefecimento lento em profundidade (granito, diorito e gabro)
➢ Agranular/afanítica - não se distinguem, arrefecimento rápido em superfície (riólito, andesito e basalto)
➢ Vítrea - matéria completamente amorfa (não cristalizada), arrefecimento muito rápido na superfície
(obsidiana)
▫ Cor:
➢ Félsicos - cor clara, concentração apreciável de sílica e alumínio (plagióclases, moscovite, quartzo).
➢ Máficos - cor escura, concentração apreciável de ferro e magnésio, baixo teor de sílica (olivina, piroxenas,
anfíbolas e biotite)

Rochas com maior abundância de minerais


félsicos - leucocratas.

Rochas com maior abundância de minerais


máficos - melanocratas.

Rochas sem abundância de uns em relação a


outros – mesocratas.

Diferenciação magmática - a partir de um


magma inicial podem formar-se rochas
magmáticas distintas. Com o arrefecimento do
magma na câmara magmática, ocorre a
cristalização dos minerais, que posteriormente
se separam do magma. Formam-se assim
frações magmáticas de composição diferente
da inicial.

Este processo engloba a cristalização fracionada, em que primeiro de formam os minerais com ponto de fusão
mais elevado, seguindo-se, a partir da fração magmática restante, a cristalização dos outros, desde o ponto de
fusão mais elevado para o mais baixo.

Série Descontínua - minerais ferromagnesianos


(estrutura cristalina diferente ao longo da
sequência de cristalização). A olivina, com maior
ponto de fusão, é o primeiro a cristalizar.

Série Contínua - minerais ricos em cálcio e sódio


que mantêm a sua estrutura ao longo do processo
de cristalização (minerais isomorfos). Primeiros
formam-se as plagióclases cálcicas e depois as
sódicas.

No fim formam-se os minerais com ponto de


fusão inferior aos restantes, não pertencendo a
nenhuma das séries anteriores.

Falhas (comportamento frágil)


Tensão distensiva – limites divergentes, formam falhas normais (teto desce em relação ao muro).

Tensão compressiva – limites convergentes, formam falhas inversas (teto sobe em relação ao muro).

Tensão cisalhante – limites transformantes,


formam falhas de desligamento (quebra em
movimento lateral para lados opostos).

Dobras (comportamento dúctil)

Critério:

▫ Forma da dobra – antiforma (concavidade


para baixo) ou sinforma (concavidade
para cima)
▫ Idade das rochas – anticlinal (mais antiga
no núcleo da dobra) ou sinclinal (mais
recente no núcleo)

Fatores:

▫ Tensão - litostática/não dirigida (diminuição de volume das rochas, aumento da densidade) ou não
litostática/dirigida (esforço comp./dist./cisalh, provoca foliação das rochas).
▫ Calor – ocorre a recristalização: formação de novos minerais mais estáveis nas novas condições de
temperatura, tendo por consequência a formação de novos tipos de rocha.
▫ Fluidos – desencadeiam ou aceleram processos metamórficos. Transportam substâncias que vão
reagindo com os minerais, alterando a sua composição. A textura permanece, altera-se a composição
química e mineralógica.

Tipos de metamorfismo:

▫ Contacto: formam rochas de textura não foliada (quartzitos, mármores, corneanas).


▫ Regional: forma rochas de textura foliada - resultado dos esforços resultantes dos limites em que se
encontram (ardósia, micaxisto e gnaisse)

Alguns minerais formam-se em condições térmicas de limites bem definidos, sendo possível identificá-los e
caracterizar as condições de formação das rochas onde se encontram – minerais índice (polimorfos). Estão por
isso relacionados com o grau de metamorfismo das rochas e com a sua foliação:

→ Baixo grau: clorite e andaluzite, clivagem xistenta (laminado).


→ Médio grau: granada, cianite, estaurolite, xistosidade (brilhante e irregular).
→ Alto grau: silimanite, bandado gnaissico (não lamelares).

Em caso de metamorfismo de contacto, as rochas são foliadas granoblásticas.

Recursos energéticos – podem ser usados na produção de energia.

O desenvolvimento tecnológico (e populacional/económico) conduziu a uma maior procura de combustíveis


fósseis: sendo não renováveis, e dado o seu consumo em larga escala, o seu horizonte de utilização está cada
vez mais limitado. Devido às quantidades de CO2 libertados no processo de combustão destes combustíveis, o
efeito de estufa tem vindo a aumentar, bem como o aquecimento global → degelo, aumento do nível das águas
do mar, alterações climáticas e problemas na produção agrícola.

A queima de carvão mineral liberta, reagindo com a água da atmosfera, óxidos de enxofre, que originam as
chuvas ácidas – causa acidificação dos solos, destruição de árvores e deterioração de edifícios.

A energia nuclear resulta da produção de calor (a partir da cisão de átomos de urânio) em centrais nucleares. É
utilizada para aquecer água, que posteriormente vaporiza e movimenta as turbinas dos geradores, produzindo
energia elétrica. Os seus problemas estão nos resíduos radioativos, que representam riscos ambientais.

A energia geotérmica é produzida em gerados após a vaporização de água aquecida em locais onde o
gradiente geotérmico (∆T com a profundidade) tem valores elevados – elevada entalpia. A energia geotérmica
de baixa entalpia pode ser utilizada para aquecer infraestruturas, balneários e estufas. Acarreta menos riscos
ambientais, apesar da libertação de gases sulfurosos: contaminação de águas e derrocadas.

Recursos minerais (não) metálicos

• Jazigo: concentração de mineral superior ao normal na crusta (clarke).


• Minério: material de interesse económico.
• Ganga: materiais rejeitados durante o processo de mineração, depositado em escombreiras.

→ As escombreiras que se formam podem levar ao desabamento de terrenos, pois as suas encostas são mal
consolidadas, podendo ainda acumular-se líquidos de escorrência que acabam por contaminar a hidrosfera. O
tratamento posterior ao tratamento do minério origina líquidos residuais
contaminantes.

Exploração de águas subterrâneas: os aquíferos são formações rochosas que


armazenam e permitem a circulação de água, bem como a exploração rentável
(por serem importantes recursos hídricos).

• Aeração - espaços entre grãos com ar e água.


• Nível freático – nível da água.
• Saturação – água em todos os espaços, zona inferior limitada por rochas
impermeáveis.

É pela zona de aeração que água se infiltra ou se evapora, a partir do nível freático. Em situações de precipitação
elevada o nível hidrostático pode subir. Em tempos de seca ou sobre-exploração, a zona de saturação e o nível
freático diminuem.

Podemos classificar os aquíferos como livres ou cativos.


→ Livres: alimentado verticalmente, com uma ampla zona de aeração
(pressão no nível = atmosférica).
→ Cativos: alimentados lateralmente, por uma zona de recarga, limitado
por 2 camadas impermeáveis (pressão superior à atmosférica).

Quanto maior a dificuldade de circulação nos aquíferos cativos, maior o tempo


de permanência, o que favorece a dissolução de constituintes das rochas e
aumentando o teor de substâncias minerais. A permeabilidade é o que traduz
essa facilidade/dificuldade. A porosidade da rocha consiste no volume dos
espaços vazios em relação ao volume total. Quanto maior a porosidade e
permeabilidade, melhor o armazenamento e circulação de água.

A sobre-exploração dos aquíferos pode levantar problemas: intrusões salinas (em zonas costeiras) contaminam o
aquífero – a exploração excessiva da água doce do aquífero resultam na diminuição da sua pressão e a água do
mar tende a entrar. Outros agentes contaminantes da água podem ser os fertilizantes químicos e fugas de
combustíveis fósseis.

A exploração sustentável dos recursos geológicos deve assentar na reciclagem, redução, recuperação e
reutilização de materiais, de modo a preservar os recursos existentes.

A biosfera é constituída por todas as formas de vida e ambientes onde se integram, é a totalidade dos
ecossistemas (formados por uma comunidade e biótopo que essa ocupa) que existem. Estes englobam
interações bióticas, das quais se destacam as intra e interespecíficas, e interações abióticas (fatores do meio).

A biodiversidade compreende todas as formas de vida, conhecidas e desconhecidas, atuais ou extintas. É afetada
por modificações, não só da evolução, mas também de alterações ambientais e geológicas (naturais e antrópicas)
– põe em (risco de) extinção algumas espécies por causa de sobre-exploração de recursos, introdução de
espécies invasoras e desflorestação. Este risco leva à tomada de decisões de preservação da biodiversidade, não
só para proteger as espécies e habitats, mas também a nós próprio: dependemos de algumas espécies –
medicamentos, alimentos e materiais para indústria.

• Célula → Tecido → Órgão → Organismo → Espécie → População → Comunidade → Ecossistema

As interações entre seres vivos são maioritariamente relações tróficas, que formam a cadeia alimentar: a energia
entra no ecossistema (energia luminosa), é transformada em energia química, que é transferida de nível trófico
em nível trófico – grande parte é dissipada sob a forma de calor. Classificamos os seres vivos como:

▫ Produtores: utilizam a energia solar, ou outras fontes, para a síntese de matéria orgânica, a partir de
matéria mineral ou inorgânica.
▫ Consumidores: macroconsumidores (inclui protozoários), utilizam outros organismos na sua alimentação
como fonte de matéria orgânica, sendo incapazes de a produzir a partir de compostos inorgânicos.
▫ Decompositores: microconsumidores (inclui fungos e bactérias), degradam a matéria orgânica (cadáveres,
excrementos e restos vegetais), libertando para o meio as substâncias minerais resultantes para o meio –
processo cíclico de reutilização da matéria.
A cadeia só está completa se começar num produtor e “acabar” num decompositor.

As células são delimitadas por membranas celulares, sendo através dela que ocorrem as trocas entre meio
intracelular-extracelular. No seu interior há citoplasma e tem presente moléculas de DNA, que contém toda a
informação necessária para o controlo e funcionamento das células.

• Procarióticas: células de
procariontes, bactérias.
• Eucarióticas: células de
eucariontes, vegetais (parede
celular, vacúolo hídrico e
cloroplastos) ou animais.

Nas células procarióticas o DNA no


citoplasma sem qualquer envolvimento
(nucleoide), contrariamente às células
eucarióticas, contido no núcleo. São
também de menor dimensão, sem
qualquer sistema membranar no seu
interior.

Assim, as células eucarióticas possuem organelos, também delimitados por membranas, aos quais estão
atribuídos diferentes funções metabólicas. Estão, à semelhança das células procarióticas, presentes ribossomas
(não membranares).

• Glícidos – agrupados em monossacarídeos/oses (monómeros, mais complexos), dissacarídeos (formado


por dois monossacáridos, unidos por ligação glicosídica) e polissacarídeos (longos polímeros insolúveis,
funções de reserva). Nas plantas, é o amido a principal reserva de glicose; nos animais a reserva é feita na
forma de glicogénio, que se acumula no tecido muscular/fígado. Os polissacarídeos desempenham
função estrutural: nas plantas, a celulose – parede e em alguns fungos e exosqueletos, a quitina.
• Prótidos – aminoácidos (monómeros, simples) e proteínas (complexos). Aminoácidos ligam-se por
ligações peptídicas, formando dipéptidos e cadeias polipeptídicas (após a sus formação assumem uma
organização estrutural mais complexa, fundamental ao desenvolvimento – estrut prim,sec,terc,quat). A
alteração das condições ambientais levam à desnaturação da proteína – perda da estrutura
tridimensional, difere a função.
• Lípidos – inclui gorduras e fosfolípidos, triglicerídeos (1 glicerol e 3 ácidos ligados por ligações éster)
hidrofóbicos armazenados no tecido adiposo e órgãos vegetais (também para produção de energia) com
papel protetor relevante. Função estrutural (incluídos na membrana - molécula anfipática – pois possui
grupo fosfato hidrofílico).
• Ácidos nucleicos – armazenamento e transferência de informação genética. São polímeros de nucleótidos
com um grupo fosfato, pentose e base azotada (A, C, G, T, U). As ligações entre nucleótidos são
fosfodiéster. DNA é formado por duas cadeias ligadas enroladas em hélice por pontes de hidrogénio
entre bases azotadas. O RNA tem apenas uma cadeia simples e não contém timina.
Seres vivos são sistemas abertos que precisam de adquirir substâncias a partir do meio externo. Assim
caracterizamos os seres como autotróficos (capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de inorgânica –
plantas, algas e bactérias) ou heterotróficos (incapazes de produzir matéria orgânica – moléculas orgânicas são
obtidas a partir do seu alimento). As trocas com o exterior ocorrem sempre por membranas celulares das células
que constituem os seres vivos.

Constitui uma barreira dinâmica entre meio interno-externo, existindo em todas as células para todas as trocas
entre meios.

O modelo aceite é o modelo do mosaico fluido:

• Fosfolípidos (dupla camada fosfolipídica) com face interna hidrofóbica e face externa hidrofílica.
• Proteínas intrínsecas (inseridas na membrana) e extrínsecas (ligadas a proteínas integradas). Algumas
proteínas têm função estrutural, outras tem funções relacionadas com a atividade celular –
transportadoras de substâncias e recetores de estímulos.
• Colesterol, que estabiliza a membrana e contribui para a sua fluidez.
• Glicolípidos e glicoproteínas: a parte glicosídica está na superfície externa da membrana e têm um papel
importante no reconhecimento de substâncias.

É através da membrana que ocorrem trocas de substâncias essenciais ao metabolismo e resíduos de atividade.
Essa troca de substâncias ocorre através de mecanismos de transporte ativo (com gasto de ATP) e passivo (sem
consumo de energia), podendo ser também mediado (com a intervenção de proteínas intrínsecas) ou não (a
substância atravessa diretamente a bicamada fosfolipídica – difusão simples).

→ Difusão simples: não há gasto de energia, transporte passivo, e as moléculas vão de um meio de maior
concentração para um meio de menor concentração (a favor do gradiente de concentração).
→ Osmose: movimento da água de um meio hipotónico (menor pressão osmótica) para um meio
hipertónico (maior pressão osmótica) não havendo gasto de ATP. Com estes movimentos a célula pode
ficar plasmolisada (perde água e volume), túrgida (ganha água, aumenta o volume e a pressão de
turgescência – em célula animal pode levar a lise celular). Em alguns tecidos pode ser mediado por
aquaporinas, mas pode atravessar membranas celulares num processo de transporte não mediado.
→ Difusão facilitada: o soluto desloca-se do meio hipertónico para o hipotónico (a favor do gradiente) com
intervenção de permeases/proteínas-canal, não gastando energia.
→ Transporte ativo: o soluto vai de um meio de maior concentração para um de menos concentração
(contra gradiente de concentração) com a intervenção de ATPases – implica gastos de energia.

Para além destes mecanismos de transporte, algumas células podem efetuar o transporte de macromoléculas
para o seu exterior.

Na endocitose transportam-se moléculas do exterior para o interior: inicia-se com a invaginação do material
extracelular e acaba com a vesícula endocítica (quando a invaginação se destaca da membrana). Pode ser
considerada fagocitose (material físico) ou pinocitose (fluidos).

Na exocitose, as vesículas de secreção fundem-se com a membrana e libertam o seu conteúdo (produtos de
excreção/secreções de metabolismo) para o exterior.
A transmissão do impulso nervoso ocorre nos neurónios, que se compõe pelo corpo celular (núcleo, citoplasma
e organelos), dendrites (recebem o impulso de outros neurónios/órgãos) e axónio (conduz o impulso). Trata-se
de um processo eletroquímico com fases que se repetem ao longo do axónio:

• Potencial de repouso – quando não há transmissão de impulsos há uma distribuição de iões desigual
(mais Na+ no meio extracelular e K+ no meio intracelular).
➢ Esse desequilíbrio de concentrações é mantido por transporte ativo, a bomba de sódio-potássio.
• Potencial de ação – aquando o estímulo, o impulso inicia-se com a abertura de canais iónicos, que
deixam entrar Na+ - inversão da polaridade da membrana – até se atingir o potencial de ação. Assim que
alcançado este pico, deixa-se sair K+, o que conduz à repolarização da membrana. O potencial de ação
num determinado segmento do axónio provoca a despolarização dos segmentos seguintes,
propagando-se o impulso nervoso.

O axónio e as dendrites não contactam diretamente, estabelecem uma ligação funcional - sinapse. A chegada
do impulso nervoso à zona terminal do axónio pré-sináptico desencadeia a transmissão de um sinal químico para
o neurónio pós-sináptico (as duas células estão separadas pela fenda sináptica). Vesiculas com
neurotransmissores fundem-se com a membrana pré sináptica, lançando-as por exocitose para a fenda. A
membrana da célula pós-sináptica possui recetores para esses neurotransmissores, que quando a eles se ligam
provocam a despolarização da membrana pós-sináptica. Assim, continua a propagação do sinal nervoso.

Na maioria dos heterotróficos a matéria orgânica dos alimentos tem de ser previamente digerida antes de ser
absorvida. Durante a digestão, pela ação de enzimas, as moléculas mais complexas são hidrolisadas,
convertendo-se em moléculas orgânicas mais simples, capazes de serem absorvidas para o meio interno. A
digestão pode ser extra ou intracelular.

→ Digestão intracelular: ocorre no interior da célula, em vacúolos digestivos. Proteínas sintetizadas no R.E.R.
vão até ao complexo de Golgi, onde as enzimas vão maturar, e saem na forma de lisossomas. A digestão
ocorre dentro dos vacúolos (fusão dos lisossomas e vesícula de endocitose). Após a digestão, moléculas
mais simples são absorvidas e os resíduos da digestão são eliminados por exocitose.
→ Digestão extracelular: pode ser no exterior (fungos) ou no interior (animais) do organismo. O tubo
digestivo pode ser incompleto (abertura única – cavidade gastrovascular) ou completa (duas aberturas,
boca e ânus).

Os autotróficos produzem matéria orgânica a partir de


moléculas inorgânicas, podendo utilizar a luz solar – seres
fotossintéticos (possuem pigmentos fotossintéticos, como as
clorofilas – dentro dos cloroplastos). A fotossíntese envolve a
produção de substância orgânicas a partir de CO2 e H2O,
libertando O2.

A fotossíntese é um processo de reações químicas de duas


fases:

• Fase Fotoquímica – dependente de luz, a energia luminosa é captada pelos tilacoides, dentro dos
cloroplastos e convertida em energia química.
➢ Oxidação da clorofila e redução do NADP+ : a clorofila, excitada pela luz, perde eletrões e oxida.
Esses vão ser transferidos, por uma cadeia transportadora, perdendo energia até ser captada pelo
NADP+, que passa a NADPH (aqui entram eletrões da fotólise da água).
➢ Fotólise da água: a luz provoca a lise da molécula de água – oxidação da água. O oxigénio é
libertado e os hidrogénios cedem eletrões que reduzem a clorofila.
➢ Fotofosforilação: ao longo da cadeia transportadora ocorrem reações exoenergéticas de
oxidação-redução, cuja energia libertada é utilizada na fosforilação de ADP em ATP
(endoenergético).
• Fase química – não depende diretamente da luz, ocorre a redução do CO2 e a síntese de compostos
orgânicos, no ciclo de Calvin:
→ Fixação do CO2: vai-se combinar com uma pentose, formando duas moléculas de 3 átomos C.
→ Redução: as moléculas formadas são fosforiladas pelo ATP e reduzidas pelos eletrões e protões
transportados pelo NADPH. Uma parte das moléculas sai do ciclo para ser aplicada na síntese de
compostos orgânicos – glicose.
→ Regeneração da molécula aceitadora de CO2: as moléculas formadas anteriormente são
fosforiladas e utilizadas na regeneração desta molécula.

Algumas plantas não possuem tecidos especialistas na condução de substâncias: a água circula por osmose e os
produtos da fotossíntese, juntamente com os sais absorvidos com a água, movimentam-se por difusão e
transporte ativo – avasculares (musgos).

As plantas vasculares têm o xilema e o floema para o transporte de substâncias.

• Xilema – conduz a seiva bruta (água e sais), constituído por elementos de vaso e células lenhificadas
efetuando o transporte da raiz até às folhas (fluxo unidirecional).
• Floema – conduz a seiva elaborada (água e sacarose), constituído por tubos crivosos, células não
lenhificadas e efetua o transporte desde as folhas até às partes consumidoras da planta (fluxo
bidirecional).

A captação de água e sais ocorre na raiz, na superfície dos pelos radiculares (prolongamentos que aumentam
área de contacto e absorção), sendo comum ter uma maior concentração de solutos relativamente ao solo –
absorção de sais por transporte ativo, que origina a entrada de água por osmose. A manutenção do gradiente
provoca a passagem de água que, uma vez no xilema, sobe até às folhas. Para explicar este movimento existem
duas hipóteses:

→ Hipótese da pressão radicular: a ascensão explica-se por uma pressão radicular exercida no xilema ao
nível da raiz. A entrada de sais por transporte ativo aumenta a sua concentração no meio intracelular, o
que provoca a entrada de água para o interior das células, até ao xilema. Gera-se assim uma elevada
pressão de turgescência que força a água a movimentar-se no xilema.
▫ Evidências- gutação (pressão radicular enorme que força a água a ir até às folhas, onde sai pelas
bordas) e exsudação (saída de água numa superfície cortada). Como nem todas as plantas
registam os mesmos valores de pressão radicular e verificam estes fenómenos, não podemos
generalizar esta hipótese.
→ Hipótese da adesão-coesão-tensão: a transpiração, pelos estomas, gera forças de tensão no interior da
folha, o que obriga a seiva a abandonar os vasos xilémicos em direção aos estomas. A remoção da água
do xilema propaga a força de tensão ao longo da coluna de água, levando-a afastar-se da raiz. As forças
de coesão entre as moléculas de H2O (ligações de H) mantêm a coluna ao longo da planta (favorecido
pela adesão das moléculas às paredes do xilema). A ascensão da coluna de água conduz ao seu défice
na raiz, favorecendo a sua entrada na planta.
→ Hipótese do fluxo de massa: a glicose da fotossíntese passa a sacarose, que entra por transporte ativo no
floema. A maior concentração leva à entrada de água (provocando turgescência das células), provocando
o movimento da seiva elaborada de umas células para as outras, no sentido da menor pressão. Nas
regiões de consumo/reserva a sacarose é retirada por transporte ativo, provocando a saída de água para
as células vizinhas, diminuindo a turgescência e, assim, mantendo o gradiente de pressão.

Em animais mais simples, com as células próximas à cavidade gastrovascular, os nutrientes e gases movimentam-
se diretamente entre meio intracelular-extracelular, não existindo sistema circulatório. Nos animais mais evoluídos,
o grau de diferenciação impossibilita a transferência direta entre meio interno-externo, tendo por isso um sistema
circulatório que permite intercambio de materiais.

Um sistema circulatório implica sempre fluido circulante (garante o transporte de nutrientes, substâncias
reguladoras, trocas gasosas e resíduos por excretar) um órgão que impulsione o fluido circulante – coração – e
uma rede de vasos que estabelece a ligação entre esse e os diferentes tecidos, a partir dos vasos.

Nos insetos o aparelho circulatório tem um vaso dorsal, com dilatações (coração tubular), que encaminha o
fluido circulante (hemolinfa – não envolvida em trocas gasosas) para as regiões anteriores do corpo, onde sai
para as lacunas (contacto direto com os tecidos do animal, mistura-se com o fluido circulante das células)
regressando posteriormente pelos ostíolos do coração – sistema circulatório aberto. As minhocas têm um sistema
fechado, já que o fluido circulante não se mistura com o intersticial. Nelas existem vasos com capacidade contrátil
para impulsionar o sangue para a rede capilar do animal.

Nos sistemas fechados o sangue flui mais rapidamente, aumentado a eficácia do transporte e assegurando níveis
metabólicos mais elevados. São constituídos por um coração, artérias (que se ramificam em arteríolas que se
tornam capilares para trocas de materiais) e veias (capilares passam a vénulas que passam a veias, regressando
ao coração).

• Circulação Simples – peixe – uma aurícula (recebe venoso) um ventrículo (impulsiona para as brânquias –
trocas gasosas), dos capilares branquiais o sangue vai a todo o organismo com baixa velocidade e
pressão. Chegada de nutrientes e oxigénios às células e remoção de resíduos pouco eficiente, devido à
baixa velocidade e pressão, pela passagem do sangue nos capilares branquiais.
• Circulação Dupla – o sangue percorre pela circulação pulmonar (sangue sai do ventrículo (direito) para a
artéria pulmonar, é oxigenado e regressa à aurícula esquerda pelas veias pulmonares) e pela circulação
sistémica (o sangue sai do ventrículo (esquerdo) para a aorta, para os tecidos, regressando à aurícula
direita pelas veias cavas).
➢ Incompleta – anfíbio: 2 aurículas e 1 ventrículo, a.d. recebe venoso e a.e. o arterial, ocorre mistura
de sangues no ventrículo; o sangue, bombeado do coração para os capilares, chega com maior
pressão aos tecidos, com maior eficácia de troca, apesar de a mistura de sangues afetar a
concentração de O2 no arterial.
➢ Completo – ave e mamífero: 2 aurículas e 2 ventrículos, lado direito tem venoso e lado esquerdo
arterial, sem mistura de sangues. Maior concentração de O2 para as células, para taxas
metabólicas superiores, produzirem mais energia – maior produção de calor (temperatura
constante).

Vertebrados têm 2 fluidos circulantes: o sangue (com hemácias, leucócitos e plaquetas) e a linfa. Nos capilares
arteriais, pelo seu tamanho reduzido, a resistência ao fluxo aumenta, conduzindo à saída de plasma para os
espaços intersticiais, passando a constituir o liquido/linfa intersticial. É deste líquido que as células obtêm O2 e
nutrientes, e é para ele que libertam os resíduos metabólicos. Parte dele passa para os capilares venosos, e outra
(que passa a constituir a linfa circulante) é conduzido em vasos de maior calibre e entra na corrente sanguínea
antes de o sangue entrar na a.d. (retorno do plasma ao sangue).

Os fluidos circulantes transportam nutrientes, gases e hormonas, removendo os resíduos metabólicos, mantendo
a temperatura corporal e tendo um papel na defesa do organismo.

As transferências de energia estão associadas à transferência de matéria orgânica. Uma vez que certas moléculas
orgânicas possuem ligações química energéticas, a quebra dessas permite a transferência de parte dessa energia.
O ATP é uma energia utilizada pela célula em diversos processos.

As reações químicas que ocorrem no interior da célula constituem o metabolismo celular e podem classificar-se
em vias anabólicas (permitem a síntese de moléculas complexas a partir de simples; predominam rações
endoenergéticas (consumo de ATP)) e vias catabólicas (há degradação de moléculas até moléculas simples;
reações exoenergéticas (libertação de ATP)).

Seres que apenas realizem este processo para obter energia


são chamados de anaeróbios obrigatórios. Aqueles que
realizem normalmente a respiração aeróbia, e se necessário a
fermentação, denominam-se anaeróbios facultativos.

A fermentação ocorre no plasma e tem duas fases:

→ Glicólise: degrada-se a glicose em 2 ácido pirúvico;


consumo de 2 ATP, produção de 4 ATP; resultam 2 NADH (redução de 2 NAD+).
→ Redução do piruvato: na fermentação alcoólica (leveduras e outros) o acido pirúvico sofre
descarboxilação (remove 1 CO2) e reduz 1 NADH, formando-se etanol; na fermentação láctica (bactérias,
tecido muscular sob esforço físico) o piruvato é reduzido pelo NADH a ácido láctico.

A fermentação é um processo de baixo rendimento energético (2 ATP resultante da degradação da glicose e da


formação de produtos energéticos).

Via metabólica que consome O2, na qual se oxida completamente a glicose (rendimento
energético maior). Os organismos dependentes deste processo são chamados seres
anaeróbios. Acontece, nos eucariontes, nas mitocôndrias.

→ Glicólise, ocorre no citoplasma.


→ Ciclo de Krebs: ocorre na matriz, libertação de CO2, produção de NADH, FADH2 e ATP.
→ Cadeia transportadora de eletrões: ocorre nas cristas, onde se encontram proteínas transportadoras, com
diferente afinidade para eletrões do NADH e FADH2, com a libertação gradual de energia à medida que
os eletrões passam de um transportador para o outro. Essa energia é usada na síntese de ATP. Por fim, o
O2 é o aceitador final de eletrões, cuja redução resulta em água.
Em procariontes, este processo ocorre totalmente no citoplasma e o
aceitador de eletrões está em invaginações da membrana celular.

A respiração aeróbia é um processo mais rentável do que a


fermentação, já que permite obter 36 ATP por cada glicose.

As trocas estão associadas à transpiração, fotossíntese e respiração aeróbia. É pelos estomas, nas folhas, que
ocorrem as trocas gasosas com o meio externo. Os estomas são constituídos por duas células, ricas em
cloroplastos e com paredes mais espessas) que delimitam o ostíolo, consoante o seu grau de turgescência.
Quando as guarda estao túrgidas, a pressão sobre as paredes aumenta e os
ostíolos abrem; quando plasmolisadas, a pressão de trugescência diminui
nas paredes e o estoma fecha.

A variação da turgescência depende do transporte ativo de K+ (mais iões =


mais pressão osmótica = entrada de água = aumento da turgescência).

Nos animais os gases respiratórios entram e saem por vias respiratórias. As trocas ao nível das superfícies
respiratórias realizam-se por difusão, sempre das zonas de maior pressão para as de menor pressão. As trocas
podem ocorrer diretamente entre o meio e a célula, por difusão direta. Quando os fluidos circulantes intervêm
nas trocas gasosas falamos de difusão indireta. Hematose é o termo para designar trocas gasosas nas superfícies
respiratórias nos animais, nos quais os gases são maioritariamente transportados pelo sangue. As características
para uma maior eficácia das trocas gasosas são:

• Superfície húmida – permite dissolução dos gases para a difusão.


• Superfície fina – apenas uma camada de células para favorecer a difusão.
• Alta vascularização – mais rapidez nas trocas.
• Área grande relativamente ao volume dos órgãos em que se situa.

Nos insetos observa-se um sistema com difusão direta – sistema traqueal – constituído por traqueias (que se
ramificam (minimiza perdas de água) até entrarem em contacto com as células para as trocas, ocorrendo
hematose traqueal). Os gases entram e saem por espiráculos, difundindo-se de forma rápida sem intervenção de
fluidos de transporte (permite elevadas taxas metabólicas).

Nas minhocas os gases difundem-se entre o corpo do animal e o sangue, por difusão indireta: hematose
subcutânea (possível pela presença do tegumento, constantemente humedecido).

Nos peixes as trocas ocorrem nas brânquias, superfícies com grande quantidade de lamelas vascularizadas (área
de contacto abrangente). São constantemente banhadas por água (entra pela boca e sai pela fenda opercular),
garantindo a sua ventilação. Nas lamelas o sangue circula em sentido oposto as da entrada da água, o que leva
ao contacto do sangue, cada vez mais oxigenado, com água cujos níveis de O2 ainda são superiores. Assim
mantém-se um gradiente de concentração.

Nos vertebrados terrestres a hematose ocorre nos pulmões.

Inicialmente, os anfíbios apresentam brânquias, substituídas na idade adulta por pulmões de baixa
compartimentação, cuja hematose complementa a hematose cutânea que também realiza.

As aves não têm alvéolos, e sim um sistema de tubos que se ramificam até os parabrônquios, muito finos e
irrigados, onde ocorre a hematose: o ar flui na direção oposta ao sangue nos capilares. Deste sistema temos
também sacos aéreos, que permitem a ventilação dos pulmões, com ar rico
em O2, a redução da humidade corporal e dissipação do calor libertado
durante o voo. Assim, as aves voadores conseguem uma hematose
eficiente, mesmo a elevadas altitudes, com ar rarefeito.

Os mamíferos possuem um sistema constituído por uma rede de tubos,


sucessivamente menores, que culminam em alvéolos pulmonares. As vias
respiratórias permitem um trajeto do ar bilateral, o progressivo aquecimento
e a retenção de partículas em suspensão. Os milhares de alvéolos presentes nos pulmões garantem uma área de
hematose muito superior à superfície do corpo. A produção de fluidos nessas regiões contribuem para o
humedecimento necessário à hematose, diminuindo ao mesmo tempo as perdas de água.

Os ácidos nucleicos, DNA e RNA, são polímeros de nucleótidos, constituídos por um grupo fosfato, uma pentose
e uma base azotada (A,C,T,G,U). A ligação entre nucleótidos faz-se entre a pentose de um e o grupo fosfato de
outro, formando cadeiras que se iniciam sempre por um grupo fosfato, terminando numa pentose.

A molécula de DNA tem duas cadeias de sentido oposto (A=T e C=-G) em hélice. As moléculas armazenam info
genética, garantindo a transmissão aos descendentes, e controlam o metabolismo celular, pela síntese de
proteínas. No núcleo, o DNA está ligado a histonas, formando os cromossomas.

A molécula de RNA tem uma cadeia polinucleotídica, que se pode dobrar e fazer ligações (A=U e C=-G),
existindo o mRNA, tRNA e rRNA. Encontra-se no citoplasma nas procarióticas e nas eucarióticas é para lá que vai,
depois de formado no núcleo.
Bases purinas – A e G

Bases pirimidinas – C e T

O DNA consegue multiplicar-se, pela replicação. > A helicase liga-se às duas cadeias, desenrolando e destruindo as
pontes de hidrogénio, e separa-as e forma a forquilha de replicação. A enzima primase inicia o processo e a DNA
Polimerase liga-se aos nucleótidos, e completa-os por complementaridade (sentido 5´->3´). Na outra cadeia, a enzima
sintetiza fragmentos de Okazaki (primers de RNA aos quais se adicionam bases no sentido 5´->3´). A exonuclease remove os
primers de RNA e a polimerase vai adicionar bases nas lacunas.

O controlo do metabolismo ocorre pela síntese proteica, resultantes de aminoácidos ligados por ligações
peptídicas. A porção de DNA que contém informação para a síntese de uma proteína designa-se por gene,
sendo o genoma a totalidade dos genes do individuo.

Síntese de uma molécula de RNA, a partir de uma cadeia de DNA: a RNA-polimerase separa as duas cadeias e
inicia a síntese de mRNA (pré-mensageiro) por complementaridade. O mRNA pré-mensageiro tem de ser
amadurecido – retirados intrões e mantidos exões. No mRNA, cada sequência de 3 aminoácidos chama-se
codão, complementar ao codogene (idêntico à cadeia de DNA).

O código genético é universal (em todos os organismos), redundante (diferentes codões codificam o mesmo
aminácido), não ambíguo (um codão codifica apenas um aminoácido) e o seu ultimo aminoácido é menos
especifico.
Ocorre no citoplasma, para onde o mRNA migra pelos poros do invólucro nuclear. Na tradução converte -se a
mensagem do mRNA numa proteína, codificada pelos aminoácidos. > O tRNA possui anticodões que, ligando-se
ao codão (rodeados pelo ribossoma), permite a adição do aminoácido especifico à cadeia peptídica que se está a
formar.

O material genético sofre alterações espontâneas por fatores mutagénicos, sendo mais frequentes em
momentos decisivos da vida das células, como a replicação. Podem ser mutações génicas (proteínas anómalas,
novas características mutantes). As alterações permitem a evolução e diversidade.

Tendo em conta a redundância do código, algumas trocas de nucleótidos não originam mutações por
codificarem o mesmo aminoácido – mutação silenciosa.

Todas as células têm origem em células preexistentes.

Interfase – fase G1 (crescimentos, pela síntese proteica), fase S (duplicação de centríolos, e replicação –
cromossoma com 2 cromatídios unidos por centrómero) e fase G2 (máximo volume e produz componentes para
a divisão).

Fase mitótica:

• Prófase – condensação dos cromossomas, centríolos vão para os polos e criam o fuso acromático,
cromossomas ligam-se ao fuso, invólucro nuclear desorganiza-se.
• Metáfase – cromossomas condensam ao máximo, vão para a
zona equatorial do fuso – placa equatorial.
• Anáfase – divisão de centrómeros separa os cromatídios
(cromossomas independentes), cromossomas vão para os polos.
• Telófase – descondensação dos cromossomas e formação de um invólucro em volta dos núcleos.

Dá-se a citocinese, que divide o citoplasma dos dois núcleos por estrangulamento, formando 2 células filha. Nas
células vegetais a parede impede o estrangulamento, por isso acumulam-se vesiculas de modo a formar uma
membrana entre os dois núcleos, onde depois se forma a parede.

Neste tipo de reprodução os descendentes possuem a mesma informação genética (clones), igual à do
progenitor (apenas um), sendo um processo rápido – elevado numero de descendentes e distribuição da
população – quando as condições ambientais são favoráveis.

• Bipartição/cissiparidade/divisão binária (bactérias e protozoários): 1 ser divide-se em dois, o progenitor


perde a sua identidade, resultando em dois novos seres.
• Gemulação (leveduras, hidras, anémonas): surgem no progenitor saliências (gemas-gomos) que se
separam e posteriormente originam um novo ser.
• Pluripartição/esquizogonia/divisão múltipla: o núcleo da célula-mãe divide-se em vários núcleos,
libertados quando a membrana da célula original rompe.
• Fragmentação: regeneração de fragmentos do progenitor, geralmente menos diferenciados, originam
novos seres.
• Multiplicação vegetativa: seres podem ser formados a partir do desenvolvimento de estruturas vegetais .
Disto temos a micropropagação in vitro, que origina milhões de plantas geneticamente idênticas a partir
de um fragmento selecionado.
• Esporulação (fungos, algas e plantas): formação de células reprodutoras – esporos – que germinam e
originam novos seres.
• Partenogénese (abelhas, dragões de komodo): formação de novos indivíduos a partir de gâmetas
femininos não fecundados.
• Estacaria: introdução de fragmentos da planta no solo, a partir dos quais surgem raízes e gomos que
originam a nova planta.
• Enxertia: junção de superfícies cortadas de duas plantas; o órgão da planta dadora é o enxerto, a planta
recetora é o porta-enxerto.

A uniformidade genética das populações constitui uma limitação biológica, pois qualquer alteração vai afetar
todos da mesma maneira, não tendo características que os permitam adaptar.

Neste processo acontece fecundação e meiose, originando seres geneticamente diferentes – processo gerador
de variabilidade genética.

A fecundação consiste na fusão de dois gâmetas, da qual resulta uma única célula – zigoto – com o dobro dos
cromossomas (2n – diploide), homólogos, presentes nas células reprodutoras (n - haploide).

A meiose compreende a divisão reducional ● (formação de dois núcleos haploides – redução cromática) e a
divisão equacional ◦ (distribuição do DNA por 4 núcleos haploides), que sucedem as fases G1, S e G2.

• Prófase I: emparelhamento de cromossomas homólogos, com formação de bivalentes. Crossing-over nos


pontos de quiasma.
• Metáfase I: disposição aleatória das bivalentes, com os pontos de quiasma na placa equatorial.
• Anáfase I: ascensão dos cromossomas dos pares de homólogos até aos polos.
• Telófase I: formação de 2 núcleos haploides.
o Prófase II: condensação dos cromossomas, formação de fuso acromático.
o Metáfase II: disposição dos cromossomas no plano equatorial pelos centrómeros.
o Anáfase II: clivagem dos centrómeros e ascensão dos cromatídios para os polos.
o Telófase II: formação de 4 núcleos haploides.

A diversidade genética traduz-se nas diferenças entre elementos de uma população que constituem vantagens
de adaptação, contrariamente ao que acontece na reprodução assexuada. É maioritariamente causada pela
meiose, onde ocorre crossing-over (troca de genes entre homólogos) e segregação independente dos
homólogos (separação aleatória que origina conjuntos particulares), pela fecundação – fusão dos gâmetas – e
pelas mutações, cromossómicas ou estruturais, que originam novas características.

A fecundação dá início à diplófase, em que as estruturas


resultantes são constituídas por células diploides, que
termina com a meiose. Esta dá início à haplófase, uma etapa
na quais estão presentes células haploides ate ao momento
da fecundação.

• Ciclo haplonte – algas e fungos: a meiose é pós-


zigótica (depois da formação do ovo). O ovo (2n)
sofre meiose, dá origem a esporos (n), que germinam e dão origem ao ser adulto (n) no qual vai ocorrer
fecundação.
• Ciclo diplonte – animais, algas e fungos: meiose pré-gamética (antes da formação dos gâmetas). O ovo
(2n) desenvolve-se até ser adulto (2n), realiza meiose, dando origem a gâmetas (n) posteriormente
fecundados.
• Ciclo haplo-diplonte – plantas e algas: meiose pré-espórica. O ovo (2n) sofre mitoses sucessivas até
formar o esporófito (2n), que vai produzir esporos (n) – germinam, dando origem ao gametófito, onde
ocorrerá a fecundação.

Modelo autogénico – células procarióticas foram progressivamente ficando mais complexas. Partes da
membrana celular foi-se desenvolvendo para o interior do citoplasma, compartimentando o interior da célula
(futuramente esses compartimentos originaram os organelos).

Modelo endossimbiótico – células procarióticas primitivas incorporaram, semelhantemente com a fagocitose,


outras procarióticas de menor dimensão, com as quais estabeleceu relações endossimbióticas. As mitocôndrias
(capazes de realizar respiração aeróbia) terão sido resultado de interações com procariontes aeróbios e os
cloroplastos fruto da evolução de procariontes fotossintéticos.

→ Mitocôndrias e cloroplastos contêm material genético próprio, semelhante a de procariontes


→ Ambos se multiplicam independentemente da célula, por bipartição, como procariontes
→ Possuem ribossomas de menor dimensão, semelhantes aos procariontes atuais

A formação do núcleo e outros organelos não é explicado pelo segundo modelo, e por isso admite -se uma
síntese dos dois modelos, sugerindo processos autogénicos para explicar os organelos sem explicação.

Os eucariontes unicelulares evoluíram até se organizarem em colónias, que originou posteriormente os


multicelulares. A multicelularidade permitiu uma utilização de energia mais eficaz (diminuição da taxa
metabólica), melhor adaptação ao ambiente (diversidade de formas e dimensões) e maior autonomia em relação
ao meio (órgãos permitem o equilíbrio interno face a alterações externas).

Conceitos para Lamarck: atuação do meio na espécie, necessidade de adaptação, Lei do uso e desuso
(hipertrofia/atrofia) e Lei da transmissão dos caracteres adquiridos (transmissão da característica).

• Os ancestrais da espécie tinham asas. O meio era desfavorável, por isso a espécie sentiu necessidade de
se adaptar. Como a espécie não usava as asas, por conta do ambiente desfavorável, pela lei do uso e
desuso as asas atrofiaram. Ocorreu, de acordo com a lei das transmissão de caracteres adquiridos, a
transmissão da nova característica, originando uma nova espécie, diferente da ancestral.

Conceitos para Darwin: variabilidade intraespecífica, seleção natural, luta pela sobrevivência com seres +/- aptos,
reprodução diferencial e acumulação da característica.

• Os ancestrais tinham muita variedade intraespecífica, existindo indivíduos com e sem asas e de tamanhos
diferentes. Na ilha isolada, o vento constitui adversidade ao voo das moscas. Por isso, as moscas mais
aptas são as que não têm asas, que melhor se deslocam. As menos aptas a sobreviver são as que têm
asas (seleção artificial). As mais aptas reproduzem-se (reprodução diferencial), dando continuidade a
indivíduos sem asas. A acumulação da característica favorável ao longo de gerações acaba por formar
uma nova espécie sem asas, diferente da ancestral.
Conceitos do Neodarwinismo: variabilidade intraespecífica (resultante de mutações, crossing-over, separação
aleatória de homólogos durante a meiose e a fecundação aleatória dos gâmetas), seleção natural, luta pela
sobrevivência com seres +/- aptos, reprodução diferencial – alteração do fundo genético – e acumulação da
característica – evolução.

Anatomia comparada: morfologia idêntica em vários seres vivos, com diferentes graus de desenvolvimento,
dependendo do tipo de ser e função confirma parentesco entre espécies.

• Estruturas homólogas – com a mesma origem embrionária, estrutura básica e localização (pode
apresentar função diferente).
→ Evolução divergente: divergência a partir de ancestral comum por diferentes pressões seletivas.
→ Série filogénica: sequencia de órgãos que refletem evolução, podendo ser progressiva ou
regressiva.
• Estruturas análogas – origem embrionária diferente que desempenha a mesma função
(obrigatoriamente).
→ Evolução convergente: organismos de diferentes origens sujeitos a pressões seletivas
semelhantes.
→ Estruturas vestigiais: órgãos atrofiados, sem função/importância fisiológica.

Paleontologia: os fósseis, revelam espécies inexistentes atualmente refutando o fixismo (pré-Darwin), e formas
sintéticas, apresentam características de 2 grupos (espécie em evolução).

Citologia: teoria celular, que indica uma origem comum a todas as espécies.

Embriologia: semelhança nas primeiras fases de desenvolvimento, com estruturas comuns em diferentes grupos.

Biogeografia: maior proximidade resulta em mais semelhanças, ao passo que quanto mais isolada a espécie,
mais diferenças se observam.

Bioquímica: todos os organismos têm as mesmas moléculas, o código genético é universal. Possível de observar
pela hibridação – maior complementaridade = maior proximidade entre espécies.

Classificações fenéticas – horizontais, pois não consideram a evolução e o tempo a ela associada (são estáticas).
Utiliza diagramas encaixantes, chaves dicotómicas…

Classificações filéticas – verticais, baseia-se nas relações evolutivas e no tempo (dinâmico). Temos como exemplo
as árvores filogenéticas, com um ancestral.

Os grupos hierárquicos (taxa – plural; taxon -


singular).

→ Reino, Filo, Classe, Ordem, Família,


Género, Espécie.

Nomenclatura: Rana ibérica Boulenger, 1879

o Género, Restritivo

Domínios: Eubacteria, Archabasteria e Eukaria.

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