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A
decomposição da matéria orgânica da biosfera resulta em sais que vão constituir a
geosfera.
-A geosfera pode ser alterada pela ação dos gases. A atmosfera recebe gases
provenientes da atividade vulcânica da geosfera.
-As camadas de ozono da atmosfera protegem a biosfera. Os seres vivos(biosfera) estão
continuamente a emitir gases para a atmosfera.
-Os rios da hidrosfera transportam os materiais resultantes da erosão da geosfera. As
dissoluções de materiais da geosfera alteram a composição química da hidrosfera.
Absoluta- datação radiométrica a partir do cálculo das semividas dos isótopos presentes em diversas
rochas.
Atividade explosiva – associada a magmas ácidos, não origina escoadas (pode solidificar na chaminé -
agulhas – ou na cratera - domos). Dada a acumulação de gases, as erupções são violentas, com
grandes explosões e libertação de piroclastos e nuvens ardentes. Os materiais acumulam-se perto da
cratera, formando cones altos e íngremes.
Atividade efusiva – associada a magmas básicos, origina escoadas derivadas da sua fluidez (podem
percorrer longas distâncias) tendendo a formar cones baixos e pouco inclinados. Podem formar
diversos aspetos de lava:
→ Encordoadas/pahoehoe (cordas)
→ Escoriáceas/aa (rugoso e poroso)
→ Pillow lava (almofadas – ambiente aquático)
Atividade mista – associada a magmas intermédios, caracterizada por períodos efusivos e explosivos.
Vulcanismo de subducção - coincidem com zonas de convergência tectónica (subducção de uma placa
mais densa sob outra menos densa); os magmas tendem a ser intermédios-ácidos; erupção mista-
explosiva.
Vulcanismo de vale de rifte – associados a zonas de rifte (carácter fissural), do tipo efusivo – magmas
básicos. Daqui formam-se os fundos oceânicos, podendo por vezes originar ilhas vulcânicas. Pode ser
mais ou menos explosivo em virtude do contacto com a água.
Vulcanismo intraplacas – ocorre no interior das placas litosféricas, nos hotspots. Gera magmas básicos, de
elevadas temperaturas, demonstrando erupções efusivas. Como as placas de deslocam sobre esses pontos fixos,
vão-se formando vulcões alinhados, estando ativo apenas quele que estiver sobre o hotspot.
Um sismo consiste na vibração de materiais na forma de ondas sísmicas, formadas a partir de uma libertação
súbita de energia no hipocentro. O local situado na vertical à superfície desse ponto é o epicentro, que, quando
colocado no oceano, pode provocar tsunamis. A acumulação de energia resulta na deformação das rochas,
provocada pelas tensões, por exemplo, nos limites tectónicos.
O modelo do ressalto elástico refere que a energia acumulada é libertada quando ultrapassado o limite de
elasticidade da rocha sujeita à tensão. Dá-se a rutura da massa rochosa, com o deslizamento brusco (ressalto) de
um bloco em relação ao outro.
Os sismos são muitas vezes precedidos por abalos premonitórios, e seguidos de réplicas.
Tendo em conta o local a partir do qual se propagam, as ondas podem ser classificadas como profundas ou
superficiais, registadas pelos sismógrafos.
Profundas:
▫ Longitudinais (ondas P) - mais rápidas a ser registadas, produzem movimentos na mesma direção do raio
sísmico, variam o volume das rochas por elas atingidas (movimentos de contração/distensão). Propagam-
se em todos os meios, mais lentamente em meio líquido: quanto maior a rigidez do material, maior a
velocidade, menor quanto maior a densidade. Em contacto com a atmosfera perde a sua energia,
dissipando-se enquanto ondas sonoras.
▫ Transversais (ondas S) - propagação mais lenta, com vibrações que ocorrem perpendicularmente ao raio
sísmico que provocam a deformação das rochas (sem alterar o seu volume). Apenas se propagam em
meio sólido, já que em meio aquoso e gasoso a rigidez material é nula, e por isso a velocidade de
propagação também o é.
Superficiais – originadas pelo contacto das ondas profundas com a superfície, sendo as mais destrutivas em
todas as direções. São mais lentas e têm maior amplitude, por isso as últimas registadas.
▫ Love (ondas L) - ondas de torção, com vibração na horizontal e perpendicularmente ao raio sísmico. Não
se propagem em meio líquido.
▫ Rayleigh (ondas R) - vibrações perpendiculares à direção de propagação, numa trajetória elíptica,
provocando ondulação na superfície. Propagam-se em meio sólido e líquido.
A atividade sísmica pode ser avaliada pela escala de Mercali (pelos danos) e pela escala de Richter (valor da
magnitude sísmica).
A maioria dos sismos têm origem tectónica, quer sejam interplacas (junto aos limites tectónicos) ou intraplacas
(em falhas no interior das placas litosféricas).
Indiretos:
▫ Geotermia – energia calorífica no interior da Terra. O fluxo térmico (fluxo do calor interno para o exterior)
é contínuo, mas não uniforme – valores altos nos riftes e baixos no interior das placas continentais. É
possível conhecer o gradiente geotérmico (variação da temperatura com o aumento da profundidade-
diminuição com o aumento da profundidade) e o grau geotérmico (distância associada à variação da
temperatura de 1ºC - aumenta com a profundidade).
▫ Geomagnetismo – polaridade normal (como na atualidade) ou inversa nos minerais magnetizados por
influência do campo magnético.
→ Moho: separa a crusta do manto, em que as ondas se propagam com uma velocidade
relativamente rápida até se chegar à astenosfera (rochas de menor rigidez e maior plasticidade),
onde abrandam.
→ Gutenberg: separa o manto do núcleo externo, constitui a zona de sombra a partir da qual
apenas se registam ondas P, uma vez que o n. externo se encontra no estado líquido.
→ Lehman: fronteira entre núcleo externo do interno.
Movimentos da litosfera – ocorrem pelas correntes de
convecção, provocadas pelo calor gerado.
As rochas sedimentares podem ser divididas em rochas sedimentares detríticas, quimiogénicas ou biogénicas.
Sal-gema e gesso são evaporitos, formados pela
precipitação de substâncias dissolvidas na água (meio
aquático) movida pela evaporação da mesma.
Para que ocorra fossilização é necessário que sobre os vestígios se depositem sedimentos finos, que torna o
ambiente isolado e não oxidante, retardando a decomposição. As partes mais duras, de decomposição mais
difícil, são mais fáceis de ser encontradas entre os estratos sedimentares.
Um indicador de idade relativa são os fósseis de idade, de seres vivos que viveram durante um curto período de
tempo e grande distribuição geográfica.
Paleoambientes – as rochas sedimentares permitem inferir info acerca dos ambientes antigos onde se formaram
essas rochas. A textura da rocha, a sua constituição mineralógica e o seu conteúdo fóssil constituem uma fácie da
rocha.
Os fósseis de fácie permitem estabelecer uma ligação, com base no princípio das causas atuais, entre os
ambientes onde agora vivem seres semelhantes aos antigos, e os ambientes ancestrais.
Minerais – material inorgânico, sólido, com estrutura cristalina e química bem definida.
Tipos de magma
▫ Basálticos (básicos) - formam-se pela fusão parcial de rochas do manto (peridotito) em limites divergentes
e plumas mantélicas (hotspots). Alta temperatura (1000-1200), baixa concentração de sílica e baixa
viscosidade.
▫ Andesíticos (intermédios) - formam-se em limites convergentes em zonas de subducção, resultado da
fusão de rochas básicas e sedimentos. Durante a subducção, ocorre a libertação da água dos sedimentos,
provocando um baixo ponto de fusão das rochas e favorecendo formação de magmas intermédios.
▫ Riolíticos (ácidos) - formam-se em limites convergentes em contexto orogénico (formação de
montanhas). Origina-se pela fusão de material rochoso da crusta continental. Alta concentração de sílica,
maior viscosidade e temperatura mais baixa (650-800)
Em alguns casos, o calor intenso dos magmas básicos pode levar à fusão de rochas da base da crusta
continental, originando magmas riolíticos.
Os silicatos são os minerais mais comuns das rochas magmáticas, sendo eles: feldspatos (ortóclase e plagióclase),
quartzo, piroxena, micas (biotite e moscovite) e olivina.
Isomorfismo – mesma estrutura cristalina, composição química diferente, dizem-se minerais isomorfos.
Polimorfismo – mesma composição química, malhas elementares e estruturas cristalinas diferentes, dizem-se
minerais polimorfos (ex: diamante e grafite).
Este processo engloba a cristalização fracionada, em que primeiro de formam os minerais com ponto de fusão
mais elevado, seguindo-se, a partir da fração magmática restante, a cristalização dos outros, desde o ponto de
fusão mais elevado para o mais baixo.
Tensão compressiva – limites convergentes, formam falhas inversas (teto sobe em relação ao muro).
Critério:
Fatores:
▫ Tensão - litostática/não dirigida (diminuição de volume das rochas, aumento da densidade) ou não
litostática/dirigida (esforço comp./dist./cisalh, provoca foliação das rochas).
▫ Calor – ocorre a recristalização: formação de novos minerais mais estáveis nas novas condições de
temperatura, tendo por consequência a formação de novos tipos de rocha.
▫ Fluidos – desencadeiam ou aceleram processos metamórficos. Transportam substâncias que vão
reagindo com os minerais, alterando a sua composição. A textura permanece, altera-se a composição
química e mineralógica.
Tipos de metamorfismo:
Alguns minerais formam-se em condições térmicas de limites bem definidos, sendo possível identificá-los e
caracterizar as condições de formação das rochas onde se encontram – minerais índice (polimorfos). Estão por
isso relacionados com o grau de metamorfismo das rochas e com a sua foliação:
A queima de carvão mineral liberta, reagindo com a água da atmosfera, óxidos de enxofre, que originam as
chuvas ácidas – causa acidificação dos solos, destruição de árvores e deterioração de edifícios.
A energia nuclear resulta da produção de calor (a partir da cisão de átomos de urânio) em centrais nucleares. É
utilizada para aquecer água, que posteriormente vaporiza e movimenta as turbinas dos geradores, produzindo
energia elétrica. Os seus problemas estão nos resíduos radioativos, que representam riscos ambientais.
A energia geotérmica é produzida em gerados após a vaporização de água aquecida em locais onde o
gradiente geotérmico (∆T com a profundidade) tem valores elevados – elevada entalpia. A energia geotérmica
de baixa entalpia pode ser utilizada para aquecer infraestruturas, balneários e estufas. Acarreta menos riscos
ambientais, apesar da libertação de gases sulfurosos: contaminação de águas e derrocadas.
→ As escombreiras que se formam podem levar ao desabamento de terrenos, pois as suas encostas são mal
consolidadas, podendo ainda acumular-se líquidos de escorrência que acabam por contaminar a hidrosfera. O
tratamento posterior ao tratamento do minério origina líquidos residuais
contaminantes.
É pela zona de aeração que água se infiltra ou se evapora, a partir do nível freático. Em situações de precipitação
elevada o nível hidrostático pode subir. Em tempos de seca ou sobre-exploração, a zona de saturação e o nível
freático diminuem.
A sobre-exploração dos aquíferos pode levantar problemas: intrusões salinas (em zonas costeiras) contaminam o
aquífero – a exploração excessiva da água doce do aquífero resultam na diminuição da sua pressão e a água do
mar tende a entrar. Outros agentes contaminantes da água podem ser os fertilizantes químicos e fugas de
combustíveis fósseis.
A exploração sustentável dos recursos geológicos deve assentar na reciclagem, redução, recuperação e
reutilização de materiais, de modo a preservar os recursos existentes.
A biosfera é constituída por todas as formas de vida e ambientes onde se integram, é a totalidade dos
ecossistemas (formados por uma comunidade e biótopo que essa ocupa) que existem. Estes englobam
interações bióticas, das quais se destacam as intra e interespecíficas, e interações abióticas (fatores do meio).
A biodiversidade compreende todas as formas de vida, conhecidas e desconhecidas, atuais ou extintas. É afetada
por modificações, não só da evolução, mas também de alterações ambientais e geológicas (naturais e antrópicas)
– põe em (risco de) extinção algumas espécies por causa de sobre-exploração de recursos, introdução de
espécies invasoras e desflorestação. Este risco leva à tomada de decisões de preservação da biodiversidade, não
só para proteger as espécies e habitats, mas também a nós próprio: dependemos de algumas espécies –
medicamentos, alimentos e materiais para indústria.
As interações entre seres vivos são maioritariamente relações tróficas, que formam a cadeia alimentar: a energia
entra no ecossistema (energia luminosa), é transformada em energia química, que é transferida de nível trófico
em nível trófico – grande parte é dissipada sob a forma de calor. Classificamos os seres vivos como:
▫ Produtores: utilizam a energia solar, ou outras fontes, para a síntese de matéria orgânica, a partir de
matéria mineral ou inorgânica.
▫ Consumidores: macroconsumidores (inclui protozoários), utilizam outros organismos na sua alimentação
como fonte de matéria orgânica, sendo incapazes de a produzir a partir de compostos inorgânicos.
▫ Decompositores: microconsumidores (inclui fungos e bactérias), degradam a matéria orgânica (cadáveres,
excrementos e restos vegetais), libertando para o meio as substâncias minerais resultantes para o meio –
processo cíclico de reutilização da matéria.
A cadeia só está completa se começar num produtor e “acabar” num decompositor.
As células são delimitadas por membranas celulares, sendo através dela que ocorrem as trocas entre meio
intracelular-extracelular. No seu interior há citoplasma e tem presente moléculas de DNA, que contém toda a
informação necessária para o controlo e funcionamento das células.
• Procarióticas: células de
procariontes, bactérias.
• Eucarióticas: células de
eucariontes, vegetais (parede
celular, vacúolo hídrico e
cloroplastos) ou animais.
Assim, as células eucarióticas possuem organelos, também delimitados por membranas, aos quais estão
atribuídos diferentes funções metabólicas. Estão, à semelhança das células procarióticas, presentes ribossomas
(não membranares).
Constitui uma barreira dinâmica entre meio interno-externo, existindo em todas as células para todas as trocas
entre meios.
• Fosfolípidos (dupla camada fosfolipídica) com face interna hidrofóbica e face externa hidrofílica.
• Proteínas intrínsecas (inseridas na membrana) e extrínsecas (ligadas a proteínas integradas). Algumas
proteínas têm função estrutural, outras tem funções relacionadas com a atividade celular –
transportadoras de substâncias e recetores de estímulos.
• Colesterol, que estabiliza a membrana e contribui para a sua fluidez.
• Glicolípidos e glicoproteínas: a parte glicosídica está na superfície externa da membrana e têm um papel
importante no reconhecimento de substâncias.
É através da membrana que ocorrem trocas de substâncias essenciais ao metabolismo e resíduos de atividade.
Essa troca de substâncias ocorre através de mecanismos de transporte ativo (com gasto de ATP) e passivo (sem
consumo de energia), podendo ser também mediado (com a intervenção de proteínas intrínsecas) ou não (a
substância atravessa diretamente a bicamada fosfolipídica – difusão simples).
→ Difusão simples: não há gasto de energia, transporte passivo, e as moléculas vão de um meio de maior
concentração para um meio de menor concentração (a favor do gradiente de concentração).
→ Osmose: movimento da água de um meio hipotónico (menor pressão osmótica) para um meio
hipertónico (maior pressão osmótica) não havendo gasto de ATP. Com estes movimentos a célula pode
ficar plasmolisada (perde água e volume), túrgida (ganha água, aumenta o volume e a pressão de
turgescência – em célula animal pode levar a lise celular). Em alguns tecidos pode ser mediado por
aquaporinas, mas pode atravessar membranas celulares num processo de transporte não mediado.
→ Difusão facilitada: o soluto desloca-se do meio hipertónico para o hipotónico (a favor do gradiente) com
intervenção de permeases/proteínas-canal, não gastando energia.
→ Transporte ativo: o soluto vai de um meio de maior concentração para um de menos concentração
(contra gradiente de concentração) com a intervenção de ATPases – implica gastos de energia.
Para além destes mecanismos de transporte, algumas células podem efetuar o transporte de macromoléculas
para o seu exterior.
Na endocitose transportam-se moléculas do exterior para o interior: inicia-se com a invaginação do material
extracelular e acaba com a vesícula endocítica (quando a invaginação se destaca da membrana). Pode ser
considerada fagocitose (material físico) ou pinocitose (fluidos).
Na exocitose, as vesículas de secreção fundem-se com a membrana e libertam o seu conteúdo (produtos de
excreção/secreções de metabolismo) para o exterior.
A transmissão do impulso nervoso ocorre nos neurónios, que se compõe pelo corpo celular (núcleo, citoplasma
e organelos), dendrites (recebem o impulso de outros neurónios/órgãos) e axónio (conduz o impulso). Trata-se
de um processo eletroquímico com fases que se repetem ao longo do axónio:
• Potencial de repouso – quando não há transmissão de impulsos há uma distribuição de iões desigual
(mais Na+ no meio extracelular e K+ no meio intracelular).
➢ Esse desequilíbrio de concentrações é mantido por transporte ativo, a bomba de sódio-potássio.
• Potencial de ação – aquando o estímulo, o impulso inicia-se com a abertura de canais iónicos, que
deixam entrar Na+ - inversão da polaridade da membrana – até se atingir o potencial de ação. Assim que
alcançado este pico, deixa-se sair K+, o que conduz à repolarização da membrana. O potencial de ação
num determinado segmento do axónio provoca a despolarização dos segmentos seguintes,
propagando-se o impulso nervoso.
O axónio e as dendrites não contactam diretamente, estabelecem uma ligação funcional - sinapse. A chegada
do impulso nervoso à zona terminal do axónio pré-sináptico desencadeia a transmissão de um sinal químico para
o neurónio pós-sináptico (as duas células estão separadas pela fenda sináptica). Vesiculas com
neurotransmissores fundem-se com a membrana pré sináptica, lançando-as por exocitose para a fenda. A
membrana da célula pós-sináptica possui recetores para esses neurotransmissores, que quando a eles se ligam
provocam a despolarização da membrana pós-sináptica. Assim, continua a propagação do sinal nervoso.
Na maioria dos heterotróficos a matéria orgânica dos alimentos tem de ser previamente digerida antes de ser
absorvida. Durante a digestão, pela ação de enzimas, as moléculas mais complexas são hidrolisadas,
convertendo-se em moléculas orgânicas mais simples, capazes de serem absorvidas para o meio interno. A
digestão pode ser extra ou intracelular.
→ Digestão intracelular: ocorre no interior da célula, em vacúolos digestivos. Proteínas sintetizadas no R.E.R.
vão até ao complexo de Golgi, onde as enzimas vão maturar, e saem na forma de lisossomas. A digestão
ocorre dentro dos vacúolos (fusão dos lisossomas e vesícula de endocitose). Após a digestão, moléculas
mais simples são absorvidas e os resíduos da digestão são eliminados por exocitose.
→ Digestão extracelular: pode ser no exterior (fungos) ou no interior (animais) do organismo. O tubo
digestivo pode ser incompleto (abertura única – cavidade gastrovascular) ou completa (duas aberturas,
boca e ânus).
• Fase Fotoquímica – dependente de luz, a energia luminosa é captada pelos tilacoides, dentro dos
cloroplastos e convertida em energia química.
➢ Oxidação da clorofila e redução do NADP+ : a clorofila, excitada pela luz, perde eletrões e oxida.
Esses vão ser transferidos, por uma cadeia transportadora, perdendo energia até ser captada pelo
NADP+, que passa a NADPH (aqui entram eletrões da fotólise da água).
➢ Fotólise da água: a luz provoca a lise da molécula de água – oxidação da água. O oxigénio é
libertado e os hidrogénios cedem eletrões que reduzem a clorofila.
➢ Fotofosforilação: ao longo da cadeia transportadora ocorrem reações exoenergéticas de
oxidação-redução, cuja energia libertada é utilizada na fosforilação de ADP em ATP
(endoenergético).
• Fase química – não depende diretamente da luz, ocorre a redução do CO2 e a síntese de compostos
orgânicos, no ciclo de Calvin:
→ Fixação do CO2: vai-se combinar com uma pentose, formando duas moléculas de 3 átomos C.
→ Redução: as moléculas formadas são fosforiladas pelo ATP e reduzidas pelos eletrões e protões
transportados pelo NADPH. Uma parte das moléculas sai do ciclo para ser aplicada na síntese de
compostos orgânicos – glicose.
→ Regeneração da molécula aceitadora de CO2: as moléculas formadas anteriormente são
fosforiladas e utilizadas na regeneração desta molécula.
Algumas plantas não possuem tecidos especialistas na condução de substâncias: a água circula por osmose e os
produtos da fotossíntese, juntamente com os sais absorvidos com a água, movimentam-se por difusão e
transporte ativo – avasculares (musgos).
• Xilema – conduz a seiva bruta (água e sais), constituído por elementos de vaso e células lenhificadas
efetuando o transporte da raiz até às folhas (fluxo unidirecional).
• Floema – conduz a seiva elaborada (água e sacarose), constituído por tubos crivosos, células não
lenhificadas e efetua o transporte desde as folhas até às partes consumidoras da planta (fluxo
bidirecional).
A captação de água e sais ocorre na raiz, na superfície dos pelos radiculares (prolongamentos que aumentam
área de contacto e absorção), sendo comum ter uma maior concentração de solutos relativamente ao solo –
absorção de sais por transporte ativo, que origina a entrada de água por osmose. A manutenção do gradiente
provoca a passagem de água que, uma vez no xilema, sobe até às folhas. Para explicar este movimento existem
duas hipóteses:
→ Hipótese da pressão radicular: a ascensão explica-se por uma pressão radicular exercida no xilema ao
nível da raiz. A entrada de sais por transporte ativo aumenta a sua concentração no meio intracelular, o
que provoca a entrada de água para o interior das células, até ao xilema. Gera-se assim uma elevada
pressão de turgescência que força a água a movimentar-se no xilema.
▫ Evidências- gutação (pressão radicular enorme que força a água a ir até às folhas, onde sai pelas
bordas) e exsudação (saída de água numa superfície cortada). Como nem todas as plantas
registam os mesmos valores de pressão radicular e verificam estes fenómenos, não podemos
generalizar esta hipótese.
→ Hipótese da adesão-coesão-tensão: a transpiração, pelos estomas, gera forças de tensão no interior da
folha, o que obriga a seiva a abandonar os vasos xilémicos em direção aos estomas. A remoção da água
do xilema propaga a força de tensão ao longo da coluna de água, levando-a afastar-se da raiz. As forças
de coesão entre as moléculas de H2O (ligações de H) mantêm a coluna ao longo da planta (favorecido
pela adesão das moléculas às paredes do xilema). A ascensão da coluna de água conduz ao seu défice
na raiz, favorecendo a sua entrada na planta.
→ Hipótese do fluxo de massa: a glicose da fotossíntese passa a sacarose, que entra por transporte ativo no
floema. A maior concentração leva à entrada de água (provocando turgescência das células), provocando
o movimento da seiva elaborada de umas células para as outras, no sentido da menor pressão. Nas
regiões de consumo/reserva a sacarose é retirada por transporte ativo, provocando a saída de água para
as células vizinhas, diminuindo a turgescência e, assim, mantendo o gradiente de pressão.
Em animais mais simples, com as células próximas à cavidade gastrovascular, os nutrientes e gases movimentam-
se diretamente entre meio intracelular-extracelular, não existindo sistema circulatório. Nos animais mais evoluídos,
o grau de diferenciação impossibilita a transferência direta entre meio interno-externo, tendo por isso um sistema
circulatório que permite intercambio de materiais.
Um sistema circulatório implica sempre fluido circulante (garante o transporte de nutrientes, substâncias
reguladoras, trocas gasosas e resíduos por excretar) um órgão que impulsione o fluido circulante – coração – e
uma rede de vasos que estabelece a ligação entre esse e os diferentes tecidos, a partir dos vasos.
Nos insetos o aparelho circulatório tem um vaso dorsal, com dilatações (coração tubular), que encaminha o
fluido circulante (hemolinfa – não envolvida em trocas gasosas) para as regiões anteriores do corpo, onde sai
para as lacunas (contacto direto com os tecidos do animal, mistura-se com o fluido circulante das células)
regressando posteriormente pelos ostíolos do coração – sistema circulatório aberto. As minhocas têm um sistema
fechado, já que o fluido circulante não se mistura com o intersticial. Nelas existem vasos com capacidade contrátil
para impulsionar o sangue para a rede capilar do animal.
Nos sistemas fechados o sangue flui mais rapidamente, aumentado a eficácia do transporte e assegurando níveis
metabólicos mais elevados. São constituídos por um coração, artérias (que se ramificam em arteríolas que se
tornam capilares para trocas de materiais) e veias (capilares passam a vénulas que passam a veias, regressando
ao coração).
• Circulação Simples – peixe – uma aurícula (recebe venoso) um ventrículo (impulsiona para as brânquias –
trocas gasosas), dos capilares branquiais o sangue vai a todo o organismo com baixa velocidade e
pressão. Chegada de nutrientes e oxigénios às células e remoção de resíduos pouco eficiente, devido à
baixa velocidade e pressão, pela passagem do sangue nos capilares branquiais.
• Circulação Dupla – o sangue percorre pela circulação pulmonar (sangue sai do ventrículo (direito) para a
artéria pulmonar, é oxigenado e regressa à aurícula esquerda pelas veias pulmonares) e pela circulação
sistémica (o sangue sai do ventrículo (esquerdo) para a aorta, para os tecidos, regressando à aurícula
direita pelas veias cavas).
➢ Incompleta – anfíbio: 2 aurículas e 1 ventrículo, a.d. recebe venoso e a.e. o arterial, ocorre mistura
de sangues no ventrículo; o sangue, bombeado do coração para os capilares, chega com maior
pressão aos tecidos, com maior eficácia de troca, apesar de a mistura de sangues afetar a
concentração de O2 no arterial.
➢ Completo – ave e mamífero: 2 aurículas e 2 ventrículos, lado direito tem venoso e lado esquerdo
arterial, sem mistura de sangues. Maior concentração de O2 para as células, para taxas
metabólicas superiores, produzirem mais energia – maior produção de calor (temperatura
constante).
Vertebrados têm 2 fluidos circulantes: o sangue (com hemácias, leucócitos e plaquetas) e a linfa. Nos capilares
arteriais, pelo seu tamanho reduzido, a resistência ao fluxo aumenta, conduzindo à saída de plasma para os
espaços intersticiais, passando a constituir o liquido/linfa intersticial. É deste líquido que as células obtêm O2 e
nutrientes, e é para ele que libertam os resíduos metabólicos. Parte dele passa para os capilares venosos, e outra
(que passa a constituir a linfa circulante) é conduzido em vasos de maior calibre e entra na corrente sanguínea
antes de o sangue entrar na a.d. (retorno do plasma ao sangue).
Os fluidos circulantes transportam nutrientes, gases e hormonas, removendo os resíduos metabólicos, mantendo
a temperatura corporal e tendo um papel na defesa do organismo.
As transferências de energia estão associadas à transferência de matéria orgânica. Uma vez que certas moléculas
orgânicas possuem ligações química energéticas, a quebra dessas permite a transferência de parte dessa energia.
O ATP é uma energia utilizada pela célula em diversos processos.
As reações químicas que ocorrem no interior da célula constituem o metabolismo celular e podem classificar-se
em vias anabólicas (permitem a síntese de moléculas complexas a partir de simples; predominam rações
endoenergéticas (consumo de ATP)) e vias catabólicas (há degradação de moléculas até moléculas simples;
reações exoenergéticas (libertação de ATP)).
Via metabólica que consome O2, na qual se oxida completamente a glicose (rendimento
energético maior). Os organismos dependentes deste processo são chamados seres
anaeróbios. Acontece, nos eucariontes, nas mitocôndrias.
As trocas estão associadas à transpiração, fotossíntese e respiração aeróbia. É pelos estomas, nas folhas, que
ocorrem as trocas gasosas com o meio externo. Os estomas são constituídos por duas células, ricas em
cloroplastos e com paredes mais espessas) que delimitam o ostíolo, consoante o seu grau de turgescência.
Quando as guarda estao túrgidas, a pressão sobre as paredes aumenta e os
ostíolos abrem; quando plasmolisadas, a pressão de trugescência diminui
nas paredes e o estoma fecha.
Nos animais os gases respiratórios entram e saem por vias respiratórias. As trocas ao nível das superfícies
respiratórias realizam-se por difusão, sempre das zonas de maior pressão para as de menor pressão. As trocas
podem ocorrer diretamente entre o meio e a célula, por difusão direta. Quando os fluidos circulantes intervêm
nas trocas gasosas falamos de difusão indireta. Hematose é o termo para designar trocas gasosas nas superfícies
respiratórias nos animais, nos quais os gases são maioritariamente transportados pelo sangue. As características
para uma maior eficácia das trocas gasosas são:
Nos insetos observa-se um sistema com difusão direta – sistema traqueal – constituído por traqueias (que se
ramificam (minimiza perdas de água) até entrarem em contacto com as células para as trocas, ocorrendo
hematose traqueal). Os gases entram e saem por espiráculos, difundindo-se de forma rápida sem intervenção de
fluidos de transporte (permite elevadas taxas metabólicas).
Nas minhocas os gases difundem-se entre o corpo do animal e o sangue, por difusão indireta: hematose
subcutânea (possível pela presença do tegumento, constantemente humedecido).
Nos peixes as trocas ocorrem nas brânquias, superfícies com grande quantidade de lamelas vascularizadas (área
de contacto abrangente). São constantemente banhadas por água (entra pela boca e sai pela fenda opercular),
garantindo a sua ventilação. Nas lamelas o sangue circula em sentido oposto as da entrada da água, o que leva
ao contacto do sangue, cada vez mais oxigenado, com água cujos níveis de O2 ainda são superiores. Assim
mantém-se um gradiente de concentração.
Inicialmente, os anfíbios apresentam brânquias, substituídas na idade adulta por pulmões de baixa
compartimentação, cuja hematose complementa a hematose cutânea que também realiza.
As aves não têm alvéolos, e sim um sistema de tubos que se ramificam até os parabrônquios, muito finos e
irrigados, onde ocorre a hematose: o ar flui na direção oposta ao sangue nos capilares. Deste sistema temos
também sacos aéreos, que permitem a ventilação dos pulmões, com ar rico
em O2, a redução da humidade corporal e dissipação do calor libertado
durante o voo. Assim, as aves voadores conseguem uma hematose
eficiente, mesmo a elevadas altitudes, com ar rarefeito.
Os ácidos nucleicos, DNA e RNA, são polímeros de nucleótidos, constituídos por um grupo fosfato, uma pentose
e uma base azotada (A,C,T,G,U). A ligação entre nucleótidos faz-se entre a pentose de um e o grupo fosfato de
outro, formando cadeiras que se iniciam sempre por um grupo fosfato, terminando numa pentose.
A molécula de DNA tem duas cadeias de sentido oposto (A=T e C=-G) em hélice. As moléculas armazenam info
genética, garantindo a transmissão aos descendentes, e controlam o metabolismo celular, pela síntese de
proteínas. No núcleo, o DNA está ligado a histonas, formando os cromossomas.
A molécula de RNA tem uma cadeia polinucleotídica, que se pode dobrar e fazer ligações (A=U e C=-G),
existindo o mRNA, tRNA e rRNA. Encontra-se no citoplasma nas procarióticas e nas eucarióticas é para lá que vai,
depois de formado no núcleo.
Bases purinas – A e G
Bases pirimidinas – C e T
O DNA consegue multiplicar-se, pela replicação. > A helicase liga-se às duas cadeias, desenrolando e destruindo as
pontes de hidrogénio, e separa-as e forma a forquilha de replicação. A enzima primase inicia o processo e a DNA
Polimerase liga-se aos nucleótidos, e completa-os por complementaridade (sentido 5´->3´). Na outra cadeia, a enzima
sintetiza fragmentos de Okazaki (primers de RNA aos quais se adicionam bases no sentido 5´->3´). A exonuclease remove os
primers de RNA e a polimerase vai adicionar bases nas lacunas.
O controlo do metabolismo ocorre pela síntese proteica, resultantes de aminoácidos ligados por ligações
peptídicas. A porção de DNA que contém informação para a síntese de uma proteína designa-se por gene,
sendo o genoma a totalidade dos genes do individuo.
Síntese de uma molécula de RNA, a partir de uma cadeia de DNA: a RNA-polimerase separa as duas cadeias e
inicia a síntese de mRNA (pré-mensageiro) por complementaridade. O mRNA pré-mensageiro tem de ser
amadurecido – retirados intrões e mantidos exões. No mRNA, cada sequência de 3 aminoácidos chama-se
codão, complementar ao codogene (idêntico à cadeia de DNA).
O código genético é universal (em todos os organismos), redundante (diferentes codões codificam o mesmo
aminácido), não ambíguo (um codão codifica apenas um aminoácido) e o seu ultimo aminoácido é menos
especifico.
Ocorre no citoplasma, para onde o mRNA migra pelos poros do invólucro nuclear. Na tradução converte -se a
mensagem do mRNA numa proteína, codificada pelos aminoácidos. > O tRNA possui anticodões que, ligando-se
ao codão (rodeados pelo ribossoma), permite a adição do aminoácido especifico à cadeia peptídica que se está a
formar.
O material genético sofre alterações espontâneas por fatores mutagénicos, sendo mais frequentes em
momentos decisivos da vida das células, como a replicação. Podem ser mutações génicas (proteínas anómalas,
novas características mutantes). As alterações permitem a evolução e diversidade.
Tendo em conta a redundância do código, algumas trocas de nucleótidos não originam mutações por
codificarem o mesmo aminoácido – mutação silenciosa.
Interfase – fase G1 (crescimentos, pela síntese proteica), fase S (duplicação de centríolos, e replicação –
cromossoma com 2 cromatídios unidos por centrómero) e fase G2 (máximo volume e produz componentes para
a divisão).
Fase mitótica:
• Prófase – condensação dos cromossomas, centríolos vão para os polos e criam o fuso acromático,
cromossomas ligam-se ao fuso, invólucro nuclear desorganiza-se.
• Metáfase – cromossomas condensam ao máximo, vão para a
zona equatorial do fuso – placa equatorial.
• Anáfase – divisão de centrómeros separa os cromatídios
(cromossomas independentes), cromossomas vão para os polos.
• Telófase – descondensação dos cromossomas e formação de um invólucro em volta dos núcleos.
Dá-se a citocinese, que divide o citoplasma dos dois núcleos por estrangulamento, formando 2 células filha. Nas
células vegetais a parede impede o estrangulamento, por isso acumulam-se vesiculas de modo a formar uma
membrana entre os dois núcleos, onde depois se forma a parede.
Neste tipo de reprodução os descendentes possuem a mesma informação genética (clones), igual à do
progenitor (apenas um), sendo um processo rápido – elevado numero de descendentes e distribuição da
população – quando as condições ambientais são favoráveis.
A uniformidade genética das populações constitui uma limitação biológica, pois qualquer alteração vai afetar
todos da mesma maneira, não tendo características que os permitam adaptar.
Neste processo acontece fecundação e meiose, originando seres geneticamente diferentes – processo gerador
de variabilidade genética.
A fecundação consiste na fusão de dois gâmetas, da qual resulta uma única célula – zigoto – com o dobro dos
cromossomas (2n – diploide), homólogos, presentes nas células reprodutoras (n - haploide).
A meiose compreende a divisão reducional ● (formação de dois núcleos haploides – redução cromática) e a
divisão equacional ◦ (distribuição do DNA por 4 núcleos haploides), que sucedem as fases G1, S e G2.
A diversidade genética traduz-se nas diferenças entre elementos de uma população que constituem vantagens
de adaptação, contrariamente ao que acontece na reprodução assexuada. É maioritariamente causada pela
meiose, onde ocorre crossing-over (troca de genes entre homólogos) e segregação independente dos
homólogos (separação aleatória que origina conjuntos particulares), pela fecundação – fusão dos gâmetas – e
pelas mutações, cromossómicas ou estruturais, que originam novas características.
Modelo autogénico – células procarióticas foram progressivamente ficando mais complexas. Partes da
membrana celular foi-se desenvolvendo para o interior do citoplasma, compartimentando o interior da célula
(futuramente esses compartimentos originaram os organelos).
A formação do núcleo e outros organelos não é explicado pelo segundo modelo, e por isso admite -se uma
síntese dos dois modelos, sugerindo processos autogénicos para explicar os organelos sem explicação.
Conceitos para Lamarck: atuação do meio na espécie, necessidade de adaptação, Lei do uso e desuso
(hipertrofia/atrofia) e Lei da transmissão dos caracteres adquiridos (transmissão da característica).
• Os ancestrais da espécie tinham asas. O meio era desfavorável, por isso a espécie sentiu necessidade de
se adaptar. Como a espécie não usava as asas, por conta do ambiente desfavorável, pela lei do uso e
desuso as asas atrofiaram. Ocorreu, de acordo com a lei das transmissão de caracteres adquiridos, a
transmissão da nova característica, originando uma nova espécie, diferente da ancestral.
Conceitos para Darwin: variabilidade intraespecífica, seleção natural, luta pela sobrevivência com seres +/- aptos,
reprodução diferencial e acumulação da característica.
• Os ancestrais tinham muita variedade intraespecífica, existindo indivíduos com e sem asas e de tamanhos
diferentes. Na ilha isolada, o vento constitui adversidade ao voo das moscas. Por isso, as moscas mais
aptas são as que não têm asas, que melhor se deslocam. As menos aptas a sobreviver são as que têm
asas (seleção artificial). As mais aptas reproduzem-se (reprodução diferencial), dando continuidade a
indivíduos sem asas. A acumulação da característica favorável ao longo de gerações acaba por formar
uma nova espécie sem asas, diferente da ancestral.
Conceitos do Neodarwinismo: variabilidade intraespecífica (resultante de mutações, crossing-over, separação
aleatória de homólogos durante a meiose e a fecundação aleatória dos gâmetas), seleção natural, luta pela
sobrevivência com seres +/- aptos, reprodução diferencial – alteração do fundo genético – e acumulação da
característica – evolução.
Anatomia comparada: morfologia idêntica em vários seres vivos, com diferentes graus de desenvolvimento,
dependendo do tipo de ser e função confirma parentesco entre espécies.
• Estruturas homólogas – com a mesma origem embrionária, estrutura básica e localização (pode
apresentar função diferente).
→ Evolução divergente: divergência a partir de ancestral comum por diferentes pressões seletivas.
→ Série filogénica: sequencia de órgãos que refletem evolução, podendo ser progressiva ou
regressiva.
• Estruturas análogas – origem embrionária diferente que desempenha a mesma função
(obrigatoriamente).
→ Evolução convergente: organismos de diferentes origens sujeitos a pressões seletivas
semelhantes.
→ Estruturas vestigiais: órgãos atrofiados, sem função/importância fisiológica.
Paleontologia: os fósseis, revelam espécies inexistentes atualmente refutando o fixismo (pré-Darwin), e formas
sintéticas, apresentam características de 2 grupos (espécie em evolução).
Citologia: teoria celular, que indica uma origem comum a todas as espécies.
Embriologia: semelhança nas primeiras fases de desenvolvimento, com estruturas comuns em diferentes grupos.
Biogeografia: maior proximidade resulta em mais semelhanças, ao passo que quanto mais isolada a espécie,
mais diferenças se observam.
Bioquímica: todos os organismos têm as mesmas moléculas, o código genético é universal. Possível de observar
pela hibridação – maior complementaridade = maior proximidade entre espécies.
Classificações fenéticas – horizontais, pois não consideram a evolução e o tempo a ela associada (são estáticas).
Utiliza diagramas encaixantes, chaves dicotómicas…
Classificações filéticas – verticais, baseia-se nas relações evolutivas e no tempo (dinâmico). Temos como exemplo
as árvores filogenéticas, com um ancestral.
o Género, Restritivo