O glucagon é liberado em resposta à os GLUT. hipoglicemia. GLUT É um peptídeo formado por 29 aminoácidos, sintetizado pelas células das Estes transportadores diferem quanto à ilhotas de Langerhans do pâncreas. É distribuição pelos tecidos, às propriedades liberado na corrente sanguínea quando a cinéticas e à especificidade em relação ao concentração de glicose circulante é baixa substrato (alguns transferem também (hipoglicemia). Seu papel fisiológico outros açucares), são ainda, sensíveis ou principal é aumentar a produção e, não à insulina. portanto, a exportação de glicose pelo fígado, de modo a elevar a glicemia. A glut 1, 3 e 4 são proteínas com alta afinidade por glicose. Por exibirem valores O glucagon estimula as vias que produzem de Km menores que a concentração normal glicose – degradação de glicogênio e de glicose sanguínea (5 a 8mM) são gliconeogênese – e inibe aquelas que a responsáveis pela captação basal do consomem – síntese de glicogênio e açúcar. GLUT 2 tem baixa afinidade por glicólise. glicose, contribuindo para a captação de glicose apenas quando a glicemia aumenta, No diabético, a secreção de glucagon como após as refeições. diminui na hipoglicemia e permanece elevada na hiperglicemia. Das quatro permeases de 1 a 4, somente GLUT 4 é dependente de insulina. INSULINA GLUT 1 tem distribuição ubíqua, sendo A insulina é liberada em resposta à mais abundante em células que obtém hiperglicemia e possui efeitos antagônicos energia exclusivamente a partir de glicose, aos do glucagon. como hemácias e cérebro. Ocorre em quantidades moderadas no tecido adiposo, É uma proteína formada por 51 músculos e fígado. aminoácidos organizados em duas cadeias polipeptídicas ligadas por pontes GLUT 2 é expresso nas células B do dissulfeto. pâncreas e no fígado. GLUT 2 atua como um sensor de glicose nas Na deficiência de insulina, como no células β do pâncreas: no estado diabetes tipo 1, os níveis de glucagon pós-prandial, quando a glicemia aumenta, aparecem sempre muito elevados. essas células respondem com liberação de insulina. O fígado tem uma situação O transporte de glicose através da especial no que se refere à dependência de membrana plasmática das células de insulina: embora GLUT 2, que medeia a entrada de glicose, seja insensível ao hormônio, o fígado depende da insulina para a síntese de glicoquinase, sem a qual não pode utilizar a glicose. GLUT 2 transporta também frutose em rins e intestino delgado.
GLUT 3 é o principal transportador dos
neurônios do cérebro. Sua alta afinidade pelo substrato (tem o menor Km para glicose) é coerente com a necessidade de glicose pelo cérebro, garantindo a utilização mesmo quando a glicemia é baixa.
GLUT 4 catalise o transporte de glicose nos
tecidos adiposo e muscular (esquelético e cardíaco), que pode ser aumentado por insulina de 10 a 10 vezes, em poucos segundos. A transferência de glicose para o interior dessas células resulta em diminuição do aumento pós prandial do nível de glicose plasmática.