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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO INSTITUTO DE

PREVIDENCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE


SERGIPE

Kércia Rocha Andradei


Profª. Dra. Maria da Conceição Almeida Vasconcelosii

EIXO TEMÁTICO: Pesquisa fora do contexto educacional.

RESUMO

Este artigo tem como propósito analisar a atuação do assistente social no Instituto de
Previdência Social dos Servidores do Estado de Sergipe – SERGIPEPREVIDÊNCIA. Trata-
se de uma pesquisa qualitativa e de caráter exploratório, realizada junto aos assistentes
sociais, usuários e setores que mantém uma ligação direta com o Serviço Social. Tem como
norte orientador o método dialético. Para a coleta de dados foram utilizados o questionário e
entrevista semi-estruturada. Os resultados apontam que a atuação dos assistentes sociais
precisa avançar no sentido de qualificar a ação profissional extrapolando as tarefas rotineiras
para uma dimensão investigativa, uma vez que há, ainda, uma predominância do
entendimento do Serviço Social como o “resolvedor de problemas”, como “auditor social”,
tanto por parte dos assistentes sociais, quanto dos gestores, servidores e usuários.

Palavras-Chaves: Previdência social, Serviço Social, assistente social

ABSTRACT

This article has as intention to analyze the performance of the social assistant in the Institute
of social security of the Servers of the State of Sergipe– SERGIPEPREVIDÊNCIA. This is a
qualitative research with exploratory character, carried through together with the social
assistants, users and sectors which keep a direct bonding with the Social Service. It has as
base the dialectic method. For the collection of data it had been used the questionnaire and
half-structuralized interview. The results point that the performance of social assistants needs
to advance in order to qualify the professional action surpassing the routine tasks for a
investigative dimension, once there is still, the predominance of the understanding of the
Social Service as the “problems solver”, as “social auditor”, as on the part of the social
assistants, as on the part of the managers, servers and users.

Words-Keys: Social security, Social Service, social assistants

1. Introdução

Este artigo tem como propósito analisar a atuação dos profissionais de Serviço Social
na previdência social, tendo como campo empírico o Instituto de Previdência Social dos
Servidores do Estado de Sergipe – SERGIPEPREVIDÊNCIA. Trata-se de uma pesquisa
realizada no ano de 2008 junto aos assistentes sociais, usuários e setores que mantém uma
ligação direta com o Serviço Social.
O Serviço Social na previdência existe desde a década de 1940, nascendo,
basicamente, junto com a própria profissão de Serviço Social, tendo, “na ditadura de Vargas e
no período do chamado Estado Novo, os condicionantes históricos de sua gênese (SILVA,
2007, p. 19). Seu nascimento está diretamente relacionado com a criação dos Institutos de
Aposentadoria e Pensão (IAP´s) e com o desenvolvimento de medidas que vão configurando
o sistema de sistema de proteção social brasileiro, cujo objetivo era garantir maior segurança
ao trabalhador assalariado e à sua família em situações de perda da capacidade laborativa, no
contexto da sociedade urbana nascente.
Diante das pressões oriundas do movimento sindical e do agravamento das expressões
da questão social, o Estado responde com políticas sociais visando garantir o
desenvolvimento do capitalismo industrial. Até o início dos anos de 1930, tinha-se uma
economia agroexportadora que, diante da instabilidade da economia internacional (Crash de
Nova York), foi repensada, principalmente, com relação à necessidade de substituição do
modelo de importações. Nesse processo, coube ao Estado o papel de agente impulsionador do
desenvolvimento econômico, por meio do fortalecimento da indústria nacional e através de
medidas que visavam regular as relações trabalhistas. Em todo esse processo, a previdência
social tem uma contribuição fundamental, uma vez que, conforme Silva (2007, p.19),

[...] passa a ter crescente importância na burocracia estatal, como


expressão da ofensiva do governo autoritário, populista e corporativo
no desenho de um amplo arcabouço legal-institucional regulador e
gestor das relações de trabalho, tendo como marcos a criação dos
Institutos de Aposentadorias e Pensões, ao longo da década de 1930, a
instituição do salário mínimo, em 1940, a Consolidação das Leis do
Trabalho, em 1943, a criação do SESI e do SESC, integrantes do hoje
chamado sistema S, entre outros.

As medidas de proteção social estiveram, desde o seu início, vinculadas ao setor


formal de trabalho. No caso da previdência, a começar pelas CAP´s e posteriormente com os
IAP´s, foi sendo forjado um sistema de proteção baseado no seguro e que teve como
referência o modelo bismarkiano, restrito e excludente. Somente a partir de meados dos anos
de 1970, essa lógica passou a sofrer pequenas mudanças, iniciando-se uma transição, ainda
que lenta, dos direitos baseados no seguro para os direitos fundados na lógica da assistência
(aposentadoria para os trabalhadores rurais, independente da contribuição previdenciária;
garantia ao acesso à saúde, sem necessidade de contribuição – 1974 (casos de urgência);
renda mensal vitalícia – ideia de mínimo social para sobrevivência, mas ainda com caráter
residual).
Foi a partir de 1988, com a Constituição Federal, que a sociedade brasileira passou a
vivenciar a possibilidade de construção de um sistema de proteção social mais amplo,
principalmente na medida em que a seguridade social passa a fazer parte do arcabouço
constitucional, contemplando a saúde, previdência e assistência social. A previdência social
que, antes, vinha sendo desenvolvida, de forma isolada, passa a compor o campo da
seguridade social brasileira. Apesar de continuar com o caráter de seguro social, algumas
mudanças importantes ocorreram, mesmo que tenham passado por um processo de reformas.
Tal como a previdência social, a atuação do Serviço Social nesta política também foi
sofrendo mudanças. Até os anos de 1980 tinha-se uma atuação burocratizada, a histórica,
baseada no senso comum, cujo objetivo era atender meramente as demandas institucionais. A
partir dos anos de 1990 são observadas mudanças importantes e que já vinham sendo
discutidas por alguns profissionais, culminando na definição das competências do Serviço
Social na Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS):

compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os
meios de exercê-los estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos
problemas que emergiram da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito
interno da Instituição como na dinâmica da sociedade (Lei nº 8.213 DE 24/07/1991 –
art. 88).

Tendo-se como referência a LOPS, também nos anos de 1990 foi aprovada a Matriz
Teórico-Metodológica do Serviço Social na Previdência, com o propósito de repensar a
prática profissional, reconstruí-la, contribuindo para garantir um novo estatuto de cidadania
da população usuária, ao posicionar-se não como mera peça burocrática da instituição, mas
enquanto construtora de uma proposta histórica. A ideia é partir da realidade do usuário,
compreendendo-o como um trabalhador que tem direitos, um direito constitucional.
O assistente social na previdência nos últimos anos, “buscou reconstruir seu saber e
fazer profissional naquela instituição, em cujo processo buscou direcionar sua ação para
assegurar direitos na perspectiva de ampliação das condições de cidadania” (SILVA, 2001).
2. Metodologia

Conforme mencionado anteriormente, este estudo resulta de uma pesquisa realizada


junto aos assistentes sociais do Instituto de Previdência Social dos Servidores do Estado de
Sergipe – SERGIPEPREVIDÊNCIA. Para a sua realização foram adotados alguns
procedimentos metodológicos. Inicialmente convém pontuar que se trata de uma pesquisa
qualitativa, por responder, conforme Minayo (1998, p. 21-22),

a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um


nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o
universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o
que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e
dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.

Como se trata de um campo ainda pouco conhecido, o estudo tem um caráter


exploratório, uma vez que sua intenção é [...] “proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses” (GIL, 2002, p. 41).
O método adotado para nortear a pesquisa foi o histórico-dialético por se constituir
como um recurso de investigação que analisa a ação mútua da realidade, da contradição
intrínseca ao fenômeno e da variação dialética que ocorre na natureza e na sociedade. Em
consonância com o pensamento de Gil (1996), Lakatos e Marconi (2000, p.106) definem o
método dialéticoiii como aquele que adentra nas esferas dos fenômenos por meio de sua “ação
recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza
e na sociedade”.
O universo da pesquisa compreendeu os assistentes sociais que trabalhavam no
SERGIPREVIDÊNCIA, os setores que estabeleciam uma relação direta com o Serviço Social
na execução das suas atividades e todos os pensionistas, ou seja, constituiu-se de três
segmentos: assistentes sociais, usuários e servidores do SERGIPEPREVIDÊNCIA.
Desse universo, foi retirada uma amostra que pudesse responder aos objetivos desse
estudo. A amostra utilizada foi do tipo não-probabilística intencional de forma que permitiu a
escolha dos entrevistados, mediante critérios, previamente, estabelecidos. No caso das
profissionais de Serviço Social, não foi utilizada amostra, tendo em vista existirem apenas
duas atuando na área. Já com relação aos setores, foram definidos, para a pesquisa, a Gerência
de Atendimento (GERAT), a Procuradoria Jurídica (PROJUR), a Gerência de Cadastramento
(GERCAD) e a Gerência de Controle de Pagamento de Benefícios (GERCOPAB). Destes
setores, foi escolhido um servidor, tendo-se como critério aqueles que estabelecem uma
relação direta com o Serviço Social na viabilização de suas atividades. A escolha do usuário
do SERGIPREVIDÊNCIA ocorreu, mediante os seguintes critérios: deveria ser pensionista
inválido(a), companheiro(a) do ex-segurado(a) ou pensionistas, de um modo geral, que já
utilizaram o Serviço Social, seja por meio de atendimento no SERGIPEPREVIDÊNCIA, para
requerer algum tipo de benefício, seja pela realização de visitas domiciliares.
Para a seleção final dos pensionistas entrevistados, contou-se com o apoio do setor de
Serviço Social do Instituto que indicou alguns nomes de pensionistas, tendo-se como base os
critérios estabelecidos. A partir dessa relação, verificaram-se os pensionistas inválidos ou
companheiros que possuíam disponibilidade e interesse em participar da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário e realização
de entrevistas. Para os profissionais de Serviço Social, foi utilizada a entrevista semi-
estrutura, uma vez que possibilitou identificar os programas e projetos desenvolvidos; os
instrumentos técnico-operativos utilizados pelos assistentes sociais; as dificuldades e desafios
enfrentados no espaço sócio-ocupacional, entre outros. Já para os pensionistas e servidores,
foi aplicado um questionário composto de perguntas abertas e fechadas, o que permitiu a
coleta de informações, de forma direcionada no que concerne, principalmente, à visão que
esses segmentos possuem sobre a atuação dos assistentes sociais. Foram entrevistados quatro
servidores e três usuários. Inicialmente, tinha sido prevista a realização de entrevistas com as
duas assistentes sociais, entretanto apenas uma participou da pesquisa.
A análise dos dados ocorreu por meio da utilização de eixos temáticos que respondem
aos objetivos propostos e que emergiram, a partir da pesquisa empírica.

3. O Serviço Social no SERGIPEPREVIDÊNCIA

A extinção dos Departamentos de Previdência, de Assistência e da Diretoria de


Promoção da Saúde foi o marco histórico utilizado para delinear o processo histórico do
Serviço Social, no Instituto de Previdência do Estado de Sergipe. Nesta época, cabia ao
Serviço Social desempenhar as seguintes funções: recadastramento de pensionistas,
levantamento sócioeconômico dos pensionistas e beneficiários, atendimento ao público,
entrevista social, visitas domiciliares e hospitalares; encaminhamento às clínicas para
realização de outros serviços, entre outras ações. Com a extinção do IPES e com a criação do
Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe –
IPESAÚDE e, posteriormente, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de
Sergipe – IPESPREVIDÊNCIA (atual SERGIPEPREVIDÊNCIA), o setor de Serviço Social
teve suas atribuições definidas, de acordo com o objetivo de cada órgão. Atualmente, no
SERGIPEPREVIDÊNCIA, as assistentes sociais são responsáveis pelo atendimento aos
pensionistas inválidos, para encaminhamento à Perícia Médica do Estado; apuração de
denúncias de irregularidades na concessão de benefícios; visitas domiciliares; atendimento ao
público que necessitar de algum esclarecimento a respeito de seus benefícios previdenciários;
encaminhamento a outros serviços da rede de proteção social do estado. Enfim, o setor de
Serviço Social atende às necessidades dos pensionistas vinculados ao
SERGIPEPREVIDÊNCIA.

3.1 Espaço sócio-ocupacional: processo de trabalho, formação, programas e projetos

O SERGIPEPREVIDÊNCIA dispõe, no seu quadro pessoal, de duas assistentes


sociais. A assistente social entrevistada está formada há mais de vinte anos, sendo treze
atuando no Instituto de Previdência do Estado de Sergipe – IPES e cinco anos no
SERGIPEPREVIDÊNCIA.
A profissional entrevistada, ao falar sobre a sua atuação na Instituição, demonstrou
insatisfação quanto à forma como o Instituto vem direcionando a qualificação profissional, na
sua área, uma vez que, segundo ela, o órgão não tem se preocupado com a formação
profissional, o que tem significado, para a entrevistada, um processo de estagnação
profissional. No seu entendimento, essa questão tem relação direta com a gestão da instituição
que, historicamente, não tem demonstrado interesse na capacitação dos servidores.
O processo de capacitação profissional, segundo verbalização da assistente social,
sempre ficou ao encargo dos profissionais que, por conta própria, procuram investir na sua
formação profissional, por meio da participação em seminários, congressos, cursos e/ou
fazendo uma pós-graduação.
A servidora entrevistada revela, por um lado, uma prática histórica, no serviço público,
no sentido de não incentivar o aperfeiçoamento profissional, ficando muitas vezes essa prática
como sendo uma iniciativa pessoal. Apesar de, nos últimos anos, ter havido uma certa
mudança nesse aspecto, tendo em vista toda a reforma do Estado e sua proposta gerencial,
ainda é preciso melhorar a preocupação com a formação dos servidores públicos. Por outro
lado, também se observa que, mesmo diante das dificuldades vivenciadas pela profissional,
houve, da sua parte, a preocupação com a formação continuada, aspecto fundamental no
exercício da função. Coube a ela a compreensão de que, como diz Cardoso e Abreu (2000,
p.204), a formação profissional do assistente social é “um projeto que abrange em sua
estrutura a formação acadêmica (graduação e pós-graduação), a capacitação continuada, a
prática interventiva e organizativa do assistente social e a pesquisa, traduzindo uma
determinada direção social expressa pelo vínculo a uma perspectiva de sociedade”.
Segundo a análise de Koike (1999), a formação profissional deve ser pensada como
um “processo dinâmico, continuado, inconcluso, em permanente exigência de apropriação e
desenvolvimento dos referenciais críticos de análise e dos modos de atuação na realidade
social” (KOIKE, 1999, p. 107). Esse processo de capacitação profissional tanto deve estar na
agenda institucional dos órgãos empregadores como também na lista de prioridades dos
profissionais de Serviço Social.
No que diz respeito à realização de projetos e programas desenvolvidos pelo Serviço
Social, a entrevistada, em sua verbalização, apontou que, na época em que trabalhou no IPES,
desenvolveu um programa voltado para os servidores, denominado Programa de Atenção
Especial ao Servidor (PAES) que alcançou grande repercussão, uma vez que tinha como
objetivo a qualidade de vida do servidor, recuperando sua auto-estima, o estímulo à prática de
atividades físicas, entre outros. Nesses últimos dez anos, esse foi um dos poucos projetos que
o Serviço Social desenvolveu, pois, de acordo com a assistente social entrevistada, os
programas e projetos que foram desenvolvidos pelo Serviço Social tinham apoio restrito do
Instituto, que não oferecia as condições adequadas para o seu desenvolvimento. A depender
do projeto, era preciso estabelecer parcerias externas à instituição.
A entrevistada aponta a importância do trabalho em equipe e o desenvolvimento de
programas e projetos por parte do profissional de Serviço Social. Ao mesmo tempo,
demonstra o foco do projeto voltado para os aspectos humanizadores do local de trabalho e a
preocupação com a saúde dos trabalhadores envolvidos com o atendimento ao usuário dos
serviços. Essa ação foi desenvolvida quando a entrevistada atuava no IPES. Já, ao se referir
aos projetos executados no SERGIPEPREVIDÊNCIA, a profissional informou que ainda não
desenvolveu nenhum projeto e/ou programa. Sua ação tem se restringido a atividades
rotineiras, conforme relato: “(...) aqui a visão do próprio Serviço Social é estreita e se limita a
fazer o que a coordenação acha que é Serviço Social, então ela se limita mais a fazer a
perícia social”.
Ainda com relação a essa questão, a assistente social informou que já propôs alguns
projetos e programas, inclusive já sugeriu a criação de um programa de educação
previdenciária que fosse voltado para os aposentados e pensionistas, entretanto não obteve o
apoio das colegas de trabalho, nem de seus superiores. As colegas alegam que as excessivas
atividades rotineiras impossibilitam o desenvolvimento de outros projetos. Para a referida
profissional, esse argumento não tem sustentação e até lhe causa angústia, principalmente ao
considerar que as atividades desempenhadas, hoje, pelo Serviço Social poderiam ser
executadas por qualquer pessoa que tivesse o mínimo de instrução, como por exemplo, as
pessoas do atendimento.
No tocante à relação do Serviço Social com os demais setores do
SERGIPEPREVIDÊNCIA, de acordo com a profissional, deveria ter um assistente social
inserido no setor de Recursos Humanos. Desse modo, seria possível desenvolver algum
projeto voltado para a qualidade de vida dos seus funcionários. Atualmente, essa relação
profissional dos servidores com o Serviço Social é, muitas vezes, confundida com a relação
de amizade existente entre ambas as partes.
Segundo a assistente social entrevistada há uma tendência na atuação do Serviço
Social, no SERGIPEPREVIDÊNCIA, no sentido de preservar a imagem construída no início
da profissão, sendo a assistente social “aquela moça boazinha que resolve os problemas dos
outros”, ou seja, ainda se carrega a marca assistencialista da profissão, impregnada pelas
primeiras instituições e práticas profissionais que tinham na benemerência e no
assistencialismo suas marcas. Sabe-se, entretanto, que o Serviço Social tem avançado, no
sentido de dar ao seu fazer profissional novas dimensões nos aspectos teórico-metodólogico,
técnico-operativo e ético-político, que nega a prática da tutela, da subserviência, visualizando
os usuários dos serviços sociais como sujeitos de direitos e que estão situados em uma
sociedade contraditória e excludente.
Essa visão do Serviço Social também é reforçada, segundo verbalização da assistente
social, pelos gestores da instituição que têm uma visão do Serviço Social como uma
“auditoria social”, tendo em vista a própria atuação profissional, cujo foco tem sido a
realização de investigações para a concessão dos benefícios.
A assistente social entrevistada aponta para um risco desse tipo de atuação, uma vez
que ao fazer uma intervenção, o profissional pode ser envolvido pela própria lógica da
instituição do corte e/ou não-concessão de benefícios, já que, segundo ela, “o que motiva é
justamente não dar acesso, você já vai com a predisposição a não oferecer o benefício, para
as pessoas não terem acesso aos seus direitos, para, assim, poder economizar”. Para ela, a
posição deveria ser diferente, ou seja, a garantia de direitos.
Tal posição coaduna com o que diz Silva (2000), ou seja,

compete ao Serviço Social esclarecer, junto aos beneficiários, seus direitos


sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o
processo de solução dos problemas que emergirem de sua relação com a
Previdência Social, tanto no âmbito interno da Instituição como da dinâmica
da sociedade (...). Esta competência é concretizada através de ações como: a
socialização das informações previdenciárias – pela qual procura-se tornar
transparente para o usuário, e para a sociedade, a política previdenciária
como um direito social do cidadão; o fortalecimento do coletivo – com o
qual busca-se a organização de grupos de usuários para análise de situações
concretas vivenciadas por ele na sua relação com a Previdência Social.
(SILVA, 2000, p. 122).

No que se refere aos usuários do Serviço Social, no SERGIPEPREVIDÊNCIA, a


assistente social aponta como seu público-alvo todos os aposentados, pensionistas e
familiares, uma vez que se trata do público atendido pelo Instituto. Portanto, tem direito a ter
acesso ao Serviço Social todos os segurados, dependentes e demais usuários da previdência
social.
Segundo relato da profissional, os usuários, ao chegarem ao
SERGIPEPREVIDÊNCIA, primeiramente, passam pela gerência de atendimento e, se
necessário, são encaminhados para o Serviço Social. Entretanto, existem algumas pessoas que
procuram diretamente o Serviço Social para tirar dúvidas a respeito da legislação
previdenciária, no sentido de esclarecer quem são os dependentes, quais os procedimentos
após a morte do ex-segurado. Enfim, a maioria busca saber quem tem direito aos benefícios
previdenciários. Esse público-alvo possui, geralmente, duas características: há aqueles que
ainda desconhecem seus direitos e chegam como se estivesse pedindo um favor e/ou aqueles
que têm acesso às informações e se apresentam como sujeito de direitos.
A entrevistada ainda revela a importância do papel do Serviço Social junto ao usuário,
no sentido de esclarecer a prestação do serviço como um direito e não uma benesse. Segundo
a entrevistada, todas as assistentes sociais do Instituto têm contribuído para esse processo de
esclarecimento. Diz ela: “(...) isso é um direito seu, não se sinta assim, você é um cidadão, faz
parte da Instituição, pois, enquanto beneficiário dessa instituição, você possui tais, tais
direitos”.
Ao tratar do papel do Serviço Social na função de publicização de informações, a
assistente social destacou que a Internet é um canal de informação que disponibiliza e permite
a compreensão das legislações previdenciárias. Como nem todas as pessoas têm acesso à
Internet, esse trabalho de conscientização é feito no momento do atendimento aos usuários, ou
a partir da utilização de algumas estratégias profissionais, a exemplo do atendimento
individualizado ou realização de reuniões com os usuários.
A socialização das informações constitui-se em um mecanismo fundamental no
exercício profissional dos assistentes sociais, na previdência. Conforme Silva (2000) a
divulgação e esclarecimentos sobre os direitos sociais fortalecem os usuários e também
promovem a cidadania.
A promoção da cidadania, o compromisso com os usuários e a defesa intransigente dos
direitos humanos são alguns dos princípios, estabelecidos pelo Código de Ética Profissional
do Assistente Social/1993, que norteiam a profissão do Serviço Social.
Ao fazer uma avaliação dos pontos positivos e frágeis de sua atuação profissional, a
assistente social entrevistada relatou não existir nenhum aspecto negativo. Essa informação
apresenta uma certa inconsistência na sua fala anterior, quando foram elencados diversos
problemas de sua trajetória profissional. Já no que se refere aos pontos positivos, a servidora
destacou o seu empenho quanto à continuidade da sua formação profissional, uma vez que,
sempre, buscou se atualizar por meio de cursos, como também tem domínio dos instrumentais
técnicos-operativos do Serviço Social e sempre buscou dar o melhor para a instituição.
Apesar das dificuldades apontadas, durante a entrevista, a referida profissional de
Serviço Social colocou que, mesmo com os entraves institucionais, ela está satisfeita e
realizada com a sua profissão. Nota-se que essas dificuldades não comprometeram a
qualidade dos seus serviços prestados aos usuários e aos servidores. Na realidade, o que
necessita ser aprimorado é o processo propositivo das assistentes sociais da referida
instituição.

3.2 A visão dos servidores sobre o Serviço Social

A segunda etapa da pesquisa foi realizada com alguns servidores do


SERGIPEPREVIDÊNCIA que, por necessidade do serviço, estabelecem uma relação direta
com o Serviço Social. No que diz respeito ao entendimento dos servidores sobre o papel que
vem sendo desenvolvido pelos assistentes sociais, os entrevistados apontaram que estes
profissionais possuem uma atuação muito importante, sobressaindo-se, principalmente as
atividades relacionadas com a função investigativa, especificamente na apuração de
denúncias. Essas atividades ficaram mais explícitas, a partir da separação ocorrida no IPES
que agregava, até início de 2000, as atividades relativas ao atendimento à saúde e, ao mesmo
tempo, concessão de benefícios previdenciários.
A visão do Serviço Social como “apurador de denúncias” reforça a colocação feita
pela profissional entrevistada, quando ela enfatiza o papel que vem sendo desenvolvido pelo
Serviço Social de “auditoria social”, ou seja, reflete bem o seu foco de atuação. O caráter
investigativo faz parte do fazer profissional do assistente social, sendo uma das suas
estratégias profissionais. Entretanto, a sua atuação deve estar pautada no sentido de contribuir
para a reafirmação de direitos, subsidiar a elaboração de programas e projetos, redefinir a
ação profissional, entre outros. Não deve ser centrado com o propósito de agente fiscalizador.
Como já referido anteriormente, há, portanto, a necessidade de ampliar o significado dessa
ação profissional.
A maioria dos servidores aponta o encaminhamento de pensionistas como uma das
principais atividades desempenhadas pelas assistentes sociais. Esses encaminhamentos são
feitos para alguns setores do SERGIPEPREVIDÊNCIA, como também para outros órgãos, a
exemplo da Secretaria de Estado de Administração, principalmente para a Perícia Médica do
Estado. Tais atividades poderiam ser feitas pelo setor de atendimento, conforme análise da
assistente social entrevistada.
As visitas domiciliares para averiguação de irregularidades e denúncias na concessão
de benefícios previdenciários são outras atribuições apontadas pelos demais setores
pesquisados. Em virtude dessa atividade, o Serviço Social contribui, por meio do parecer
profissional, na avaliação da concessão de benefícios que constam alguma inconsistência.
Geralmente, os processos de concessão de pensão por morte para o/a(s) companheiro(a)s e
para os inválidos necessitam de um procedimento mais detalhado, visto que podem apresentar
informações que não são verdadeiras. Neste caso, o próprio setor de atendimento passa para o
Serviço Social alguns casos que apresentam irregularidades. A partir de uma investigação
social, o referido setor auxilia os demais na concessão de benefícios previdenciários.
De acordo com a concepção de Silva (2000), os pareceres sociais emitidos pelo
Serviço Social, na previdência, têm bastante importância na concessão de benefícios sociais.
Entretanto, eles devem ser um instrumento de viabilização de direitos, um meio de realização
do compromisso profissional com os usuários, com base nos princípios de equidade,
igualdade, justiça social e cidadania.
No que se refere à relação do Serviço Social com os setores pesquisados, todos os
entrevistados consideram essa relação como satisfatória. Ao serem questionados sobre as
mudanças do trabalho desenvolvido pelo Serviço Social, a partir de 2001, com a extinção do
IPES e criação do IPESAÚDE e do IPESPREVIDÊNCIAiv, a maioria dos entrevistados não
perceberam haver mudanças. Para eles, o Serviço Social continua desenvolvendo as mesmas
atividades, apenas um servidor apontou que há diferenças, pois o Serviço Social, “atualmente,
trata, especificamente, da questão social dos benefícios previdenciários, já que, antes, tratava
de saúde e previdência”. Essa situação, talvez, possa ser compreendida se forem consideradas
as atividades rotineiras desenvolvidas pelos assistentes sociais, a exemplo do atendimento
individualizado, visitas domiciliares, emissão de pareceres sociais, encaminhamentos,
orientações, ou seja, de forma geral, essas atribuições continuam, entretanto, agora, de forma
mais específica, na área da previdência.
Segundo os setores pesquisados, o trabalho desempenhado pelos profissionais do
Serviço Social, no Instituto, tem contribuído para o processo de concessão de benefícios, não
só em função da tarefa investigativa, já mencionada anteriormente, mas também porque
esclarece dúvidas, orienta e encaminha os usuários. Essas questões reafirmam a importância
da presença do assistente social na previdência, principalmente na medida em que utiliza seu
espaço sócio-ocupacional como estratégia para a garantia de direitos e efetivação da
cidadania. Por meio de ações cotidianas, tornam-se possíveis o esclarecimento de benefícios e
o encaminhamento dos usuários. Entretanto, é preciso fazer desses momentos processos
contínuos de reflexão sobre a ação profissional e do seu significado na construção de uma
sociedade justa e igualitária.
No que se refere à sugestão para melhorar o atendimento e/ou as atividades realizadas
pelo Serviço Social do SERGIPEPREVIDÊNCIA, os servidores entrevistados apontaram
como propostas: definir melhor as atribuições do Serviço Social; aumentar o número de
profissionais; subordinar o Serviço Social, diretamente, ao Diretor-Presidente, prestando
assessoramento em diversas áreas; mudança na prática do Serviço Social que deveria voltar
sua ação para conscientizar o usuário acerca de uma educação previdenciária e não reforçar
práticas assistencialistas; um veículo à disposição do Serviço Social, para a realização de
visitas domiciliares.
Os relatos e opiniões dos entrevistados revelam a importância do Serviço Social no
SERGIPEPREVIDÊNCIA, mas, ao mesmo tempo, indicam a necessidade de repensar o fazer
profissional no referido Instituto, dando-lhe maior dinamicidade.

3.3 A visão dos usuários sobre o Serviço Social do SERGIPEPREVIDÊNCIA


O terceiro eixo analítico da pesquisa é resultante das entrevistas realizadas com alguns
pensionistas do SERGIPEPREVIDÊNCIA. Todos os entrevistados já são pensionistas há
mais de cinco anos, ou seja, recebem o benefício de pensão por morte e, durante esse período,
construíram algum tipo de relação com o Serviço Social. Segundo a maioria dos
entrevistados, a relação estabelecida com esta categoria é estritamente profissional e,
geralmente, o contato foi necessário em virtude de alguma necessidade, a exemplo da falta de
documentos e o encaminhamento à Perícia Médica do Estado de Sergipe, cujo propósito era a
manutenção ou concessão dos benefícios previdenciários.
Os entrevistados ao se referirem à atuação do Serviço Social, demonstraram satisfação
quanto ao tipo de atendimento prestado. As referências, entretanto, centraram-se nos aspectos
relacionados com o bom atendimento, ou seja, com relação à qualidade do acolhimento feito
pelos assistentes sociais. Todos os entrevistados relataram que nunca participaram de
palestras ou outro tipo de evento desenvolvido pelo Serviço Social que tratassem de assuntos
referentes à previdência. Essas questões apontadas pelos usuários do serviço confirmam as
falas da assistente social entrevistada, bem como dos servidores entrevistados, ou seja,
demonstra-se que o maior volume de ações profissionais está direcionado para o atendimento
individualizado, por meio de orientações, encaminhamentos e esclarecimentos aos
pensionistas e/ou aos seus familiares.
Ao serem questionados sobre a relação dos pensionistas com o Instituto de Previdência
dos Servidores do Estado de Sergipe, a grande maioria dos entrevistados informou que tem se
dado de forma tranquila, acrescentando que houve melhora no atendimento, a partir da criação
do SERGIPREVIDÊNCIA. Os entrevistados mencionaram que nas gestões anteriores, havia
diversos problemas com a previdência de Sergipe, principalmente com a questão do
pagamento, visto que a folha de pagamento era feita manualmente; não havia calendário
informando o dia de recebimento dos benefícios (recebiam todo mês em datas diferentes); os
reajustes salariais concedidos aos ativos, nem sempre se estendiam aos pensionistas. Essas
melhorias também aconteceram porque houve uma mobilização dos pensionistas no sentido
de garantir a efetivação de seus direitos, historicamente conquistados e adquiridos.

4. Considerações finais

A previdência social brasileira, sempre, foi um privilégio das pessoas inseridas no


mercado formal de trabalho, refletindo, historicamente, a ideia de seguro social como
referência para a sua constituição, definição do tipo de usuário atendido, benefícios e critérios
estabelecidos, entre outros. Mesmo com os avanços da Constituição Federal de 1988,
principalmente no que diz respeito à ampliação do sistema de proteção social brasileiro, a
previdência social continuou o seu foco de atendimento com base na ideia de seguro social,
mesmo que o tripé da seguridade social agregue, além da previdência, a saúde e assitência
social.
Quanto ao Serviço Social na previdência, especificamente do Regime Geral, constata-
se que o perfil profissional do assistente social mudou bastante, durante os últimos dez anos
do século XX, tendo em vista o redirecionamento proposto na Matriz Teórico-Metodológica
que passou a nortear o fazer profissional. O Serviço Social deixa de ser uma assistência
complementar e passa a ser uma profissão interventiva que luta para garantir os direitos
sociais, ou seja, os benefícios previdenciários da classe trabalhadora.
Os resultados da pesquisa junto ao Serviço Social do SERGIPEPREVIDÊNCIA
demonstram que alguns entraves institucionais dificultam o desenvolvimento de programas e
projetos, principalmente o processo de qualificação profissional. A falta de definição clara do
papel que deve ser desenvolvido pelo Serviço Social tem reforçado a visão de que o assistente
social “é aquela pessoa boazinha que resolve os problemas”.
Apesar de ser considerado pelos entrevistados um profissional importante, na
instituição, a visão do Serviço Social, no SERGIPEPREVIDÊNCIA, por parte dos servidores,
recai sobre o entendimento da “auditoria social”. Junto aos pensionistas, prevalece a ideia do
profissional que resolve e encaminha a resolução de problemas.
Observa-se que o Serviço Social, no SERGIPEPREVIDÊNCIA, necessita reestruturar
seu fazer profissional, não apenas com relação a necessidade de regulamentar a sua atuação
profissional, dando-lhe um caráter investigativo e propositivo. Assim, será possível utilizar a
instrumentalização teórico-metodológica para o enfrentamento dos desafios postos ao
exercício profissional e construir um novo olhar sobre o Serviço Social, não esquecendo a
relação indissociável entre a dimensão investigativa, o trabalho dos assistentes sociais e as
implicações ético-políticas da profissão, no enfrentamento das novas exigências societárias.
Nesse processo, a formação continuada é um aspecto fundamental, uma vez que
realimenta constantemente o exercício profissional, qualifica profissionais capazes de
executar suas tarefas, formula e propõe políticas e programas que atendam as novas demandas
e necessidades sociais, visando à garantia de direitos. No caso dos profissionais de Serviço
Social que estão atuando na previdência social, é de fundamental importância, na relação com
o usuário, a clareza do seu papel de garantir, socializar e conceder informações e direitos
sociais, de forma a contribuir para o exercício da cidadania.
5. Referências

BEHRING, Elaine Rossetti. BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e historia.


Coleção Biblioteca básica/Serviço Social, vol. 2. São Paulo: Cortez, 2006.
CARDOSO, Franci Gomes. ABREU, Marina Maciel. Formação Profissional do Assistente
Social: polêmicas e desafios na implementação das novas diretrizes curriculares. In: VII
ENPESS – Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social. O Serviço Social e a
Questão Social: Direitos e Cidadania. Anais, vol. I. Brasília: UnB / ABEPSS, 2000.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projeto de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
2002.
KOIKE, Marieta. As novas exigências teóricas, metodológicas e operacionais da formação
profissional na contemporaneidade. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social.
Módulo 2. Brasília: CEAD, 1999.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. São Paulo:
Atlas, 2000.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade.
Petrópolis (RJ): Editora Vozes, 1998.
SILVA, Ademir Alves da. A gestão da seguridade social brasileira: entre a política
pública e o mercado. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Maria Lúcia Lopes da. Cidadania, globalização e previdência social. In: Revista
Serviço Social e Sociedade, nº 68, ano XXII. São Paulo: Editora Cortez, nov. 2001.
______. Um novo fazer profissional. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social.
Módulo 4. Brasília: CEAD, 2000.

i
Assistente Social Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do
Idoso do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. E-mail: kerciarocha@hotmail.com
ii
Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe, Mestre em
Sociologia e Doutora em Serviço Social. E-mail: calmeida@infonet.com.br
iii
Segundo Lakatos e Marconi (2000, p.83) o Método Dialético é composto por quatro leis
fundamentais: Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”; mudança dialética, negação da negação ou
“tudo se transforma”; passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa; interpenetração dos
contrários, contradição ou luta dos contrários.
iv
A partir de janeiro de 2008, o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Sergipe passa a ser
denominado de SERGIPEPREVIDÊNCIA.

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