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CURSO DE PSICOLOGIA
RIO DE JANEIRO
2019
ANDREA DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS
RIO DE JANEIRO
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. METODOLOGIA 6
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6
Tabela 1 6
Tabela 2 7
Tabela 3 8
Tabela 4 9
Gráfico 1 9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS 12
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A saúde mental do trabalhador passou a ganhar espaço no campo da investigação
científica. As primeiras abordagens formais da relação processo de saúde, adoecimento e
trabalho tiveram início no século XIX com a criação da medicina do trabalho e implantação
de serviços médicos dentro das organizações. Nesse período, o foco não era preservar a saúde
dos trabalhadores e sim o bom funcionamento do processo de trabalho (SELIGMANNITA et
al. 2010).
O estudo do estresse entre enfermeiros teve início por volta dos anos
sessenta, quando na realidade estrangeira surgiu a preocupação com o profissional
irritado, desapontado e culpado por não conseguir lidar com esses sentimentos,
descritos por Menzies (1960).
O estresse é uma reação do organismo com componentes físicos e psicológicos que
ocorre quando a pessoa se confronta com uma situação que a irrite, amedronte ou a faça
imensamente feliz (LIPP, 1996). Enquanto o estresse ocupacional é consequência da
exposição a fatores do tipo de riscos psicossocial, relacionados com a organização do trabalho
(INOCENTE, 2005). Como consequência de baixa remuneração para suportar a pressão das
emergências e setores de grande tensão, cargas de trabalho geralmente pesadas, e tendo que
fazer turnos rotativos em até mesmo mais que dois empregos, e a falta de vida social,
convivência com a família.
Particularmente, através das leituras já feitas, vejo que o processo de trabalho,
estrutura e organização funcional sugere que o trabalho da enfermagem é complexo. Em um
clima de grande tensão emocional, desgastes físicos e psíquicos que acabam contribuindo
como fatores desencadeantes do estresse.
As relações do indivíduo com seu trabalho acabam por influenciar no estilo de vida
dos profissionais que cuidam. Os enfermeiros se enfrentam habitualmente à morte e à dor, `a
múltiplos problemas relativos à sua tarefa, a desajustes organizacionais e não é estranho que
se vejam envolvidos em situações difíceis, obrigados a tomar decisões de responsabilidades
em situações críticas para as quais em alguns casos somente contam com a informação
ambígua e incompleta. Dessa forma, necessário se faz lembrar que o cuidado aos clientes seja
adequado, para tanto são necessários ambientes favoráveis, recursos e condições dignas de
trabalho para os profissionais de enfermagem para que desenvolvam suas atividades laborais
(ARAUJO et. al., 2005).
O estilo de vida frenético decorre muitas vezes, de necessidades financeiras e
manutenção de um padrão social, fazendo com que o trabalhador estabeleça para si um ritmo
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2. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, empírica e de natureza exploratória.
- Foram coletados dados com 50 pessoas com idade variando entre 18 e 69 anos,
média = 31,78 anos e Desvio Padrão = 11,36 anos.
- Utilizou-se um questionário Sócio-Demográfico e o para mensuração do Estresse
foi utilizada a Escala de Estresse no Trabalho de Paschoal e Tamayo (2004).
- Foi utilizado o software SPSS v. 20.0 para realização das análises de dados.
- Todos os procedimentos adotados nesta pesquisa seguiram as orientações previstas
na Resolução 196/96 do CNS e na Resolução 016/2000 do Conselho Federal de Psicologia
(CNS, 1996; ANPEPP, 2000).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O primeiro passo foi realizar uma investigação quanto a confiabilidade e validade da
Escala de Estresse no Trabalho na amostra coletada neste estudo, para tal realizou-se uma
análise fatorial exploratória.
Nota-se que a média de Estresse no Trabalho é de 2,97 com desvio Padrão de 0,87.
Em uma escala de 1 a 5 percebe-se razoável presença de Estresse nesses profissionais ao
observar os valores mínimo 1,13 e máximo 4,48. De acordo com o Teste t de Student não
existe diferença entre homens e mulheres (t=-0,282; p<0,589).
Os resultados indicam que o Estresse no Trabalho de profissionais de saúde na
presente amostra deve ser levada em consideração uma vez que constata-se razoável presença
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo continua em curso para melhor compreender o estresse no trabalho
desses profissionais. Porém já é notável presença de estresse na pesquisa feita nesta breve
contribuição com os questionários Sócio-Demográfico e Escala de Estresse no Trabalho de
Paschoal e Tamayo (2004).
Houve a dificuldade de encontrar participantes para pesquisa devido ao medo de serem
diagnosticados/ou percebidos estressados para a atividade laboral e haver comprometimento.
Sendo utilizado também para análise de dados o SPSS (Programa Estatístico para Ciências
Sociais) que nos faz compreender a necessidade de um estudo mais aprofundado e
intervenções psicológicas para os profissionais em enfermagem, já que crescem os dados em
que esses profissionais se afastam de suas atividades laboral pela psiquiatria, relatos de
suicídios frequentes.
Seria importante que cada instituição fizesse trabalhos de pesquisa e cuidados
psicológicos com seus colaboradores para detectar possíveis transtornos por estresse. Também
promover atividades de prevenção para diminuição do acontecimento do mesmo.
Mais interessante entender que o beneficio não será somente para o profissional mas
reverte a qualidade da assistência, pois não há possibilidade de boa atuação do corpo de
enfermagem se estiver constantemente sob estresse. Dessa forma tanto o paciente, a
instituição e o profissional saem perdendo.
Sendo assim, estudos deixam claro que este tema é fenômeno atual e de grande
relevância, pois há uma prevalência de profissionais que estão adoencendo evoluindo do
estresse para síndrome de Burnout.
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REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 176
p. Disponível em: <file:///C:/Users/Andrea Santos/Documents/GIL- 2002- Como Elaborar
Projeto de Pesquisa.PDF>. Acesso em: 17 fev. 2018.
LIPP, M.E.N. Pesquisa sobre estresse no Brasil: Saúde ocupacional e grupos de risco.
Campinas: Papirus,1996.
PITTA, A. Hospital, dor e morte como ofício. São Paulo, HUCITEC, 1991.
SILVA, Damiana Paula da; SANTOS, Nadson Ricly Oliveira dos; NASCIMENTO, Luzia
Kelly Alves da Silva. FATORES QUE INFLUENCIAM O ESTRESSE OCUPACIONAL
NA ENFERMAGEM. 2016. Disponível em:
<https://periodicos.unifacex.com.br/Revista/article/view/858>. Acesso em: 13 mar. de 2018.