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território brasileiro, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, mantém o Programa Nacional de
Imunizações (PNI).
Criado em 1973, o PNI contribuiu de forma significativa para a erradicação da febre amarela urbana e da varíola no Brasil. Outro
resultado de destaque é a ausência de registros da paralisia infantil há 14 anos e do sarampo há três. Além da imunização de
crianças, o PNI também prevê a vacinação de adultos, principalmente de mulheres em idade fértil e de idosos a partir de 60 anos de
idade. Leia mais sobre o programa.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) coordena o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Define normas e procedimentos
técnicos, mediante ações estratégicas sistemáticas de vacinação da população, com base na vigilância epidemiológica de doenças
imunopreveníveis e no conhecimento técnico e científico da área. Também é papel da SVS a aquisição, conservação e distribuição
dos imunobiológicos que integram o PNI.
O MS, por meio do PNI, em atenção a Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde, com vistas ao
atendimento eqüitativo da população brasileira, oferece os chamados imunobiológicos especiais, disponibilizados nos Centros de
Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE, estes destinados a vacinação de grupos portadores de quadros clínicos especiais,
isto é, portadores de imunodeficiências, seus comunicantes, usuários que apresentaram evento adverso pós-vacinação aos
imunobiológicos disponibilizados pelo MS e profilaxia pré e pós-exposição aos agentes imunopreveníveis. Além disso, grupos, como a
população indígena. Encontra-se em discussão recomendações de vacinas para viajantes nacionais e internacionais.
O Calendário de vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS) e
corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Atualmente é constituído por 12
produtos recomendados à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídos gratuitamente nos postos de vacinação
da rede pública. Confira abaixo os três calendários de vacinação:
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais — CRIE, foram implantados de forma gradativa no ano de 1993. No ano
de 2002 todas as 27 Unidades Federativas do Brasil já contavam com ao menos uma unidade de vacinação dos CRIE. A Portaria nº
48, de 28 de julho de 2004, institui as diretrizes gerais para o funcionamento dos CRIE. Estes possuem os objetivos de:
- facilitar o acesso da população, em especial dos portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida e de outras condições
especiais de morbidade ou exposição a situações de risco, aos imunobiológicos especiais para prevenção das doenças que são objeto
do Programa Nacional de Imunizações - PNI; e
- garantir os mecanismos necessários para investigação, acompanhamento e elucidação dos casos de eventos adversos graves e/ou
inusitados associados temporalmente às aplicações de imunobiológicos.
As indicações para os imunobiológicos especiais estão normatizadas no Manual dos Centros de Referência de Imunobiológicos
Especiais — CRIE, do Ministério da Saúde — MS, 3ª edição, 2006.
1. Ser atendido por médico, na rede pública de atendimento à saúde ou na rede particular de atendimento (consultório
particular, clínicas particulares ou hospitais particulares).
2. O médico responsável pelo assistência ao paciente deverá elaborar um pequeno relatório, contendo o diagnóstico da doença
(CID), e breve histórico da patologia, no seu próprio receituário médico.
3. Com o relatório em mãos, assim como exames como os de laboratório, raios X e outros, dirija-se a unidade do CRIE mais
próxima de sua residência para consulta e administração das vacinas conforme as indicações do Manual dos Centros de
Referência de Imunobiológicos Especiais — CRIE.
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
Hepatite B 2m Anti-Hepatite B 2ª D
ou injetável
Hemófilo B 2m HiB 1ª D
Rotavirus 2m Antirotavirus 1ª D
Oral ou Injetável
Hemófilo B 4m Hib 2ª D
Pneumococo 4m PCV7, heptavalente 2ª D
Rotavirus 4m Antirotavirus 2ª D
Hemófilo B 6m Hib 3ª D
Hepatite B 6m Anti-Hepatite B 3ª D
Influenza 6m Anti-Gripe 1ª D
Influenza 7m Anti-Gripe 2ª D
*DPaT
*Injetável (Salk)
*Injetável (Salk)
* DPaT
(.)A vacina combinada HEXA - Hepatite B, Tríplice Bacteriana acelular, Poliomielite (Salk), Hemófilos B –
tem preferência de emprego por ser eficaz, apresentar menos reação adversa e aplicada em injeção
única.
(*)As vacinas DpaT e antipólio vírus inativado têm preferência de emprego por serem eficazes e com
menos reações adversas.
- Caxumba: É transmitida pelo contato direto com a pessoa infectada, ou pela sua saliva.
A doença afeta as glândulas salivares, e tem como sintomas a febre, mal estar, dor de ouvido, inchaço e sensibilidade nas glândulas
salivares. Pode haver evolução da doença, com inflamação nos testículos (em meninos) e nos ovários (nas meninas).
- Sarampo: A doença é transmitida através das vias respiratórias, causada por um vírus e extremamente contagiosa.
Os sintomas começam com febre, coriza, tosse, irritação nos olhos e mal estar. Na evolução da doença, os sintomas aumentam e
começam aparecer manchas vermelhas na pele de todo o corpo, e após alguns dias, ocorre à descamação da mesma. Podem ocorrer
complicações, como pneumonia, encefalite, etc.
- Rubéola: É uma doença viral que tem como sintomas a febre, em seguida o aparecimento de manchas vermelhas na
pele de todo o corpo e o surgimento de gânglios na região do pescoço e ouvido. Inicialmente é considerada uma doença benigna, mas
pode agravar-se em mulheres que estejam grávidas e sejam infectadas, principalmente nos primeiros 3 meses de gravidez, causando
sérias conseqüências no feto. O bebê infectado (Rubéola congênita), pode apresentar surdez, microcefalia, meningoencefalite, atraso
mental, cardiopatias, etc. Por isto é importante que mulheres em idade reprodutiva estejam imunizadas para esta doença.
Vacina
BCG, obtida a partir de bactéria viva atenuada.
Como é aplicada?
Por via intradérmica (injeção sob a pele) de preferência no braço direito. É necessária somente uma dose da vacina
e o Ministério da Saúde recomenda uma dose de reforço de seis a dez anos.
A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse, espirro ou fala. Os principais sintomas
são febre ao final do dia, tosse, fraqueza, cansaço e perda de peso.
Vacina
VOP, produzida a partir de polivírus vivo atenuado.
Como é aplicada?
Por via oral. Em três doses, com intervalo de sessenta dias entre cada dose.
Cada dose corresponde a duas gotas.
Quem deve tomar?
Todas as crianças menores de cinco anos, a partir de dois meses de idade.
A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou contato com fezes de pessoas contaminadas, ou ainda
contato com água e alimentos contaminados.
Vacina Contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite causada por haemophilus (Vacina Tetravalente)
Vacina
Combinação da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP), feita com bactérias mortas e produtos de
bactérias (toxinas), com a vacina contra Haemophilus Influenzae tipo b (Hib), produzida com substâncias da parede
da bactéria.
Como é aplicada?
Por injeção via intramuscular no vasto lateral da coxa (em crianças com menos de dois anos) ou na parte superior
do braço - músculo deltóide (em crianças com mais de dois anos). Em três doses, com intervalo de sessenta dias
entre cada uma.
A difteria é causada por um bacilo, produtor de uma toxina (substância tóxica) que atinge as amídalas, a faringe, o
nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.
É transmitida, por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra.
O tétano é uma infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no
organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano
neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos,
dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho
respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala
de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à
morte.
Haemophilus influenzae do tipo b é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação das meninges,
membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia.A doença mais grave é a meningite, que tem início súbito,
com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro). A meningite é uma doença grave e
pode levar à morte.
Vacina
Combinação de vírus vivos atenuados.
Como é aplicada?
Por injeção via subcutânea (sob a pele). Deve ser aplicada na parte superior do braço - músculo deltóide. É
necessária somente uma dose da vacina.
O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas
avermelhadas pelo corpo.
É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala especialmente em ambientes fechados.
Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarréias e pode levar à morte, principalmente em crianças
pequenas.
A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre
e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço e se espalhando pelo tronco, braços e
pernas.
A caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis
pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-
linguais e sub-mandibulares).
O maior perigo é a caxumba "descer", isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que
podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e
meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Vacina
Obtida por técnicas de engenharia genética, a partir de componentes do vírus da Hepatite B.
Como é aplicada?
Por injeção via intramuscular no vasto lateral da coxa (em crianças com menos de dois anos) ou na parte superior
do braço - músculo deltóide (em crianças com mais de dois anos). São necessárias três doses da vacina: a primeira
logo após o nascimento, a segunda trinta dias após a primeira, a terceira seis meses após a primeira.
Vacina
Constituída de vírus vivos atenuados.
Como é aplicada?
Por injeção via subcutânea (sob a pele) na parte superior do braço - músculo deltóide. Uma dose, com reforço a
cada dez anos.
Em regiões onde há circulação do vírus entre animais (macacos), mas não em humanos, a vacina deve ser dada
aos nove meses de idade. A vacina deve ser dada ainda a todas as pessoas que pretenderem viajar para locais
onde a febre amarela é endêmica.
Veja, no mapa abaixo, as indicações de idade para a vacinação contra a febre amarela nos estados do Brasil.
O Aedes aegypti pode transmitir a febre amarela, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre
no Brasil. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos
Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades.
É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a
sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.