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24/03/2015

JURISDIÇÃO
• CONCEITO:
É o poder/dever do Estado, mediante a qual este
se substitui aos titulares dos interesses em
disputa para, imparcialmente, buscar a
pacificação do conflito que os envolve, com
justiça.
Poder/dever do Estado de solucionar os
conflitos de interesse (Carnelutti).

JURISDIÇÃO
• Jurisdição é uma função do Estado e seu monopólio. Além
disso, podemos dizer que a jurisdição é, ao mesmo tempo,
poder, função e atividade.
• Como poder, a jurisdição é a manifestação do poder estatal,
conceituado como capacidade de decidir imperativamente
e impor decisões. Como função, expressa o encargo que
têm os órgãos estatais de promover a pacificação de
conflitos interindividuais, mediante a realização do direito
justo e através do processo. E, como atividade, a jurisdição
é entendida como o complexo de atos ao juiz no processo,
exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe
comete. Esses três atributos somente transparecem
legitimamente através do processo devidamente
estruturado (devido processo legal).

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JURISDIÇÃO
• CONFLITOS DE INTERESSES ADVÊM DAS
INTERPRETAÇÕES ABSTRATAS DA LEI PROVOCADAS
PELA ILIMITAÇÃO DAS NECESSIDADES HUMANAS x
LIMITAÇÃO DOS RECURSOS. CONSIDERANDO, QUE
TODOS TEMOS PRETENSÕES E OS RECURSOS SÃO
LIMITADOS, E QUE A INTERPRETAÇÃO DA LEI É
SUBJETIVA, OS CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE OS
INDIVÍDUOS SOCIAIS SE ESTABELECEM.

• PRETENSÃO INDIVIDUAL
• PRETENSÃO COLETIVA
• PRETENSÃO DIFUSA

Jurisdição
• LIDE = CONFLITO DE PRETENSÃO X
RESISTENCIA
• CONCEITO DE LIDE: CONFLITO DE INTERESSE
QUALIFICADO POR UMA PRETENSÃO
RESISTIDA.
• PRETENSÃO DO AUTOR X RESISTÊNCIA DO
RÉU

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LIDE
• METODOS DE SOLUÇÃO DE LIDE

• JURISDICIONAL = ESTATAL
• SUBSTITUTIVOS JURISDICIONAIS (OUTRAS
FORMAS DE SOLUCIONAR A LIDE)

SUBSTITUTIVOS JURISDICIONAIS
• PELAS PARTES:
1 . AUTOTUTELA
2. SUBMISSÃO
3. DESISTÊNCIA
4. TRANSAÇÃO (EMPREGO DE METODOS DE
CONCILIAÇÃO E OU MEDIAÇÃO)
• POR TERCEIROS
1. ARBITRAGEM (LEI 9307/96)

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JURISDIÇÃO
• ESCOPO JURISDICIONAL

• É conhecida a afirmação, que já é de domínio público,


segundo a qual o processo é mero instrumento de
atuação do direito material. Esse caráter instrumental
do processo é inegável, e é preciso que o
processualista tenha essa afirmação sempre em mente,
para que não se corra o risco de que o processo passe a
ser considerado não como um meio de atuação da
vontade concreta do direito objetivo, mas como um
fim em si mesmo. Esta ótica distorcida levaria, sem
dúvida, a que o processo se tornasse um “meio de
impedir a solução de conflitos”

ESCOPOS DA JURISDIÇÃO
• Os escopos da jurisdição são de três ordens: sociais,
jurídicos e políticos.
• SOCIAIS: pacificar com justiça e educar a sociedade
• JURÍDICOS: é a própria atuação da vontade concreta do
direito objetivo. O Estado, ao exercer a função
jurisdicional, tem por finalidade manter íntegro o
ordenamento jurídico
• Políticos: podem ser considerados os mais relevantes,
na medida em que a jurisdição é uma manifestação do
poder do Estado, e tal poder tem, indubitavelmente,
natureza política. Estes são três: afirmação do poder
estatal, culto às liberdades públicas e garantia de
participação do jurisdicionado nos destinos da
sociedade.

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PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO
• a) investidura; Art. 1ºCPC
• b) aderência ao território; Art. 1º CPC
• c) inevitabilidade; art. 468 CPC
• d) inafastabilidade ou indeclinabilidade; artigo
5°, inciso XXXV, CF/88 e art. 126 CPC
• e) juiz natural; artigo 5°, inciso XXXVII e LIII,
CF/88
• f) inércia. Art. 2º CPC

ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO
• Elementos da jurisdição: conforme clássica concepção, a
jurisdição é composta dos seguintes elementos:
• a) Notio – que significa a faculdade de conhecer certa causa,
ou de ser regularmente investido na faculdade de decidir uma
controvérsia, aí compreendidos a ordenar os atos respectivos.
• b) Vocatio – quer dizer a faculdade de fazer comparecer em
juízo todos aqueles cuja presença seja útil à justiça e ao
conhecimento da verdade.
• c) Coercio – (ou coertitio) – que é o direito de fazer-se
respeitar e de reprimir as ofensas feitas ao magistrado no
exercício de suas funções: jurisdictio sine coertitio nula est.
• d) Iudicium – direito de julgar e de pronunciar a sentença.
• e) Executio – direito de em nome do poder soberano, tornar
obrigatória e coativa a obediência à próprias decisões.

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PODERES DA JURISDIÇÃO
• a) Poder de decisão – que significa que o Estado-
juiz, através da provocação do interessado, em
derradeira análise, afirma a existência ou a
inexistência de uma vontade concreta da lei, por
dois modos e com diferentes efeitos.
• b) Poder de coerção (ou poder de polícia)
• c) Poder de documentação – é aquele que
resulta da necessidade de documentar, de modo
a fazer fé, de tudo que ocorre perante os órgãos
judiciais ou sob sua ordem (termos de assentada,
de constatação, de audiência, de provas,
certidões de notificações, de citações etc.)

CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO
• Classifica-se, pois, a jurisdição nas seguintes
espécies:
a) pelo critério do seu objeto: em jurisdição penal ou
civil;
b) pelo critério dos organismos judiciários que a
exercem: em especial ou comum;
c) pelo critério da posição hierárquica dos órgãos que a
exercem: em inferior e superior;
d) pelo critério da fonte do direito com base na qual é
proferido o julgamento: em jurisdição de direito ou de
eqüidade.

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