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História do Teatro Musical

Por: Sara Teixeira


O que é um musical?

É uma produção de palco que utiliza canções e por vezes diálogo para
contar uma história (book musical) ou para exibir talento dos autores
e/ou performers (revues).


É uma forma de arte viva que combina dança, canto e representação
a fim de contar uma história.
DIFERENTES TIPOS DE MUSICAIS
BOOK MUSICAL

É um musical em que os números musicais e coreografias estão
completamente integrados na narrativa do espetáculo com objetivos
dramáticos específicos. Este tipo de musicais é geralmente constituído por
três elementos essenciais: a música, as letras e o guião (book). Na maioria
dos casos, o guião ou a história são criados primeiro e só depois é que o
score (música e letras) são introduzidos como uma forma de desenvolver as
personagens e aprofundar a narrativa.

1978
2003 1943
2011 1957
CONCEPT MUSICAL
• É um musical em que uma temática, metáfora ou conceito são tão importantes como a
narrativa em si e as músicas.

O concept musical tornou-se particularmente popular durante os anos 60 em que os
encenadores e dramaturgos queriam modificar as estruturas teatrais tradicionais em
favor da experimentação e liberdade de expressão. Os diretores e dramaturgos
utilizavam esta metodologia para fazer críticas sociais.

Alguns críticos dizem que é mais difícil para os concept musicals terem sucesso comercial
porque o conceito ou tema podem nem sempre ser claros o suficiente para o público,
fazendo com que o este tipo de contéudo seja mais controverso entre os espectadores.

1960 1970 1948 1947


SONG CYCLE

É um grupo ou ciclo de canções individuais compostas para serem apresentadas numa
sequência, como uma unidade. As canções têm geralmente uma temática em comum e
não há diálogo entre elas.
• As canções podem ser solos ou canções de ensemble. O número de canções num song
cycle pode ser breve, tendo apenas 2 canções ou pode ser longo tendo 30 ou mais
canções.

Por norma as personagens não têm nome e são referidas como Mulher 1, Homem 1,
etc…

1991 2014 1998


1995
REVUE
• É um tipo de musical que combina canto, dança, música e sketches. O conteúdo de uma
revue está normalmente interligado por um tema comum. Apesar de uma revue poder
ter uma narrativa, esta é geralmente fraca e é normalmente considerada secundária
relativamente ao conteúdo de quadros individuais e performances.

As revues também podem ser encenadas por um compositor ou performer para exibir o
seu trabalho.

Este género assemelha-se à Revista, bastante popular em Portugal, cujo objetivo é criar
várias sátiras às situações da sociedade em que vivemos.

1980 1978 1976


ROCK MUSICAL/ROCK OPERA/POP
OPERA

São produções que utilizam estilos de música mais modernos como pop e rock para
contar uma história.

Apesar da música ser geralmente original e escrita para a produção em questão, esta
pode ser influenciada ou mesmo composta por músicos famosos.

Muitas vezes as músicas com influência pop/rock podem ser utilizadas para contar uma
história mais antiga, mas conseguir que esta seja relacionável para as audiências
modernas.

2011 2000 1967 2006


JUKEBOX MUSICAL
• É um musical que é criado utilizando canções pré-existentes que são escolhidas e
aglomeradas para criar a história. Estas canções podem ser todas do mesmo
artista ou grupo, mas também se pode criar um jukebox musical utilizando
canções de diferentes artistas e de épocas específicas.

As canções podem ser cantadas no seu estado original mas as letras e a música
podem ser adaptadas para se integrarem melhor na história.

Apesar dos Jukebox Musicals poderem contar uma história completamente
original, podem também ser usados para documentar a vida dos seus artistas
originais.

2005 2015
2019 1999
Como tudo começou…


Na Grécia Antiga, os Gregos incluíam música e dança nas suas
comédias e tragédias desde o século V A.C. Apesar de alguns autores
Atenienses utilizarem canções já existentes, sabe-se que Aeschylus e
Sophocles compunham as suas próprias.

Mais tarde, os Romanos copiaram e expandiram as formas e tradições
do Teatro Grego. No século III A.C. as comédias de Plautus incluíam
canções e dança que eram acompanhadas por orquestra. Para fazer
os passos de dança mais audíveis, os atores Romanos colocavam
pedaços de metal nos sapatos chamados “sabilla" – os primeiros
sapatos de sapateado.

Na Idade Média surgem as trupes de performers que oferecem
canções populares incluídas em comédias, o que se veio a
desenvolver e, mais tarde, no Renascimento, surge a Comédia
dell‘Arte, uma tradição Italiana


Em 1700s, existem duas formas de Teatro Musical comuns na Grã-
Bretanha, França e Alemanha – Ballad Operas como The Beggars
Opera (1728) de John Gay que utilizou canções populares e rescreveu
as letras e Comic Operas, com scores originais e maioritariamente
enredos românticos como The Bohemian Girl (1845) de Michael Balfe.
ÓPERA vs. TEATRO MUSICAL

• Quando no Renascimento escritores e compositores tentaram ressuscitar as normas do


Teatro Grego, acrescentaram a música, o que, eventualmente, originou o nascimento da
Grand Opera.
• Desde o seu nascimento em 1800s, o musical tem várias semelhanças à Ópera mas a sua
linha principal vem de outras fontes como Vaudeville e o Burlesque que são os verdadeiros
ancestrais do Teatro Musical Moderno.
• As melodias da Grand Opera faziam parte da cultura musical popular de 1800s e início de
1900s e influenciaram várias melodias de Teatro Musical da época. No entanto, as Comic
Operas que dominavam a Broadway no final de 1880s e 1890s, como Robin Hood e o
trabalho de Gilbert & Sullivan (Pirates of Pensanze) eram assim chamadas para que
parecessem obras extremamente intelectuais no entanto, com a quantidade de diálogo e
melodias escritas para agradar ao público da época, eram musicais.
GEORGE M. COHAN
● Vai para Nova Iorque no início do século XX, em, 1904.
● Pai do Musical Americano
● Cantor, Ator, Bailarino, Coreografo, Letrista, Compositor, Produtor
● Histórias americanas com linguagem mais americanizada e que fez com que
deixassem de depender da Europa.
● De acordo com o historiador Jack Burton, Cohan “. . . was something
refreshingly new in the American theater. His songs packed a punch, his
heroes and heroines were American guys and gals you’d meet in Joe’s bar
and the 5-and-10, and his librettos put New Rochelle, N.Y., Richmond,
Virginia, and Boston on the musical comedy map. This ‘real live nephew of
my Uncle Sam’ had fired the opening shot in Broadway’s War of
Independence. . . .
● Alaguns dos seus êxitos: “Over There,” “You’re A Grand Old Flag,” e “Give
My Regards to Broadway”

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