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Teoria da empresa, código italiano de 1942.

Isso não que dizer que o direito comercial ou empresarial tenha perdido sua autonomia,
haja vista o CC de 2002 tratar sobre as normas pertinentes a ele. Há várias razões que
justificam a autonomia do Direito Comercial.

Quais são as características apontadas pela doutrina como capazes de justificar a


teoria do direito comercial. Asquine.

Cosmopolitismo – o direito comercial é um direito eminentemente cosmopolita. Ultrapassa


os limites do território nacional. Ele trata de questões de transcendem o interesse de um
país. Por ex., as normas jurídicas em matéria de título de crédito, cheque, nota promissória.
Essas normas não interessam apenas a um único país. É interessa as normas em matéria de
título de crédito que sejam no mínimo semelhantes. Existem algumas de normas de direito
civil, que possuem essas características, a capacidade de maioridade civil no Brasil é
diferente da dos EUA. A atividade comercial exige uma certa uniformidade.

Individualismo - o direito comercial busca satisfazer interesses individuais, privados e


particulares, diferente do direito administrativo e constitucional. Todo mundo quer lucrar.

Onerosidade – as relações de direito comercial, melhor dizendo, é objeto de preocupação


do direito comercial, são relações eminentemente onerosas, o objetivo é o lucro, proveito
econômico, ninguém abre uma empresa para fazer caridade.

Informalismo - as relações comerciais são informais. O direito precisava e precisa veicular


normas informais para dar amparo a essa informalidade que o comércio exige. O direito
civil não é rápido o suficiente para as operações comerciais. Por ex. no direito civil, existem
contratos que são informais, a cessão de um crédito depende da anuência do credor. Esse
documento é assinado também não só pelo cedente mas pelo cessionário. Transferência de
um título pelo endosso, assinatura do verso, quer coisa mais informal do que isso!

Fragmentarismo – ser formado por vários fragmentos, leis esparsos. Dificulta a


sistematização.

Solidariedade presumida. – todas as cinco características a gente consegue identificar no


Brasil. A gente sabe que solidariedade não se presume decorre de lei e de contrato. Pode
exigir do todo de uma pessoa só. No direito comercial a solidariedade deveria ser
presumida. Não é no Brasil, no CC proíbe esse tipo de solidariedade. Embora
mundialmente esta seja uma característica, na será uma característica do direito comercial
brasileiro.

Fontes do direito comercial.

O que fonte do direito? É aquilo que vai formar uma norma jurídica. Fonte material nada
mais é do que o substrato fático, é o fenômeno da realidade que vai justificar a edição de
uma norma jurídica. É a venda da comercial, etc, que vai ser inspiração para a edição da
norma. As forntes formas, ão aqueles instrumentos previstos no ordenamento que
introduzem uma norma jurídica. lei, decreto, tratado. Uma lei é a fonte forml do direito
comercial. Fontes primárias, cria diretamente uma obrigação, no cheque só pode ter um
endosso, e secundárias, são fontes que não criam diretamente uma obrigação, são regras,
normas, princípios que decorrem de uma fonte primária, cria indiretamente uma obrigação,
analogia, costume, princípios gerais do direito, artigo da Lei de Introdução do CC. É uma
fonte secundária que vai depender da fonte primária, previsão legal, para que ela possa ser
construída. Para que ela possa levar a uma obrigação. Analogia e interpretação extensiva.
Analogia legis e analogia iuris. A analogia não se confunde com interpretação extensiva,
que está diante de uma forma de integração do direito e não de interpretação. Há uma
lacuna que precisa ser colmatada. No direito comercial os costumes são extremamente
relevantes. Mas do que em qualquer ramo do direito. Há uma classificação dos usos e
costumes, usos de direito e usos propriamente dito de ...... e os usos interpretativos. São
usos que decorrem de previsão legal, em direito comercial a legislação se preocupa em
definir práticas comerciais, cá entre nós, são fontes de direito. Estes não se confundem com
estes, porque são interpretativos. Porque tem interpretar para chegar a conclusão de que
aquele é realmente um costume. São as práticas comerciais que decorrem do dia-a-dia. São
praticas exercidas costumeiramente, com habitualidade. Cheque pré-datado, por ex. Os usos
e costumes são tão importantes, que a lei 8934/94 chegou a prever a possbilidade de a junta
comercial assentar, arquivar, os usos e costumes da atividade comercial. Trata do registro
mercantil, matriculo, etc, . Parte da doutrina defende que o direito civil não seria uma fonte
do direito comercial, não se caracterizariam como fonte do direito comercial. Ele vai
entender, embora o código civil tenha aplicação diante de uma lacuna no direito comercial
não empregado como fonte do direito comercial mas como norma do direito civil. É um
detalhe que ao meu ver não faz muito sentido. Se houver uma omissão, a gente aplica o
direito civil, isso não significaria que o direito civil serviria de fonte para a criação do
direito comercial. Um menor de idade pode estabelecer uma sociedade empresária? Quem é
menor? Vai no código civil! Na minha opinião seria uma fonte e não meramente uma
norma civil.
Hoje o Brasil adota a teoria da empresa. A palavra empresa pode ter vários significados.
Que pode significar aquele que exerce uma atividade. No direito comercial empresa não
sujeito de direito, este que mencionei é um empresário. A Nestlé é sociedade empresaria.
Empresa, em direito comercial, significa uma atividade, por ex, indústria de produção de
automóveis, qual é a empresa? Fabricação de automóveis. Empresário, Wolkswagen, é a
sociedade empresária. Esse é um problema que decorre do vários significados dessa
expressão. Os destacam quatro perfis para a palavra empresa:

Subjetivo – empresa pode significar, pode ter um perfil do sujeito de direito, aquele que
explora a atividade econômica, de produção de bens e serviços com habitualidade. De
acordo com esse perfil, empresa pode significar aquele que explora uma atividade
econômica com profissionalismo ou com habitualidade. Uma empresa com um sujeito de
direito. Não é o que o Brasil adota. A empresa tal fechou. O empresário, a sociedade
empresária, não a sociedade empresarial, este dá a idéia da sociedade dos empresários,
coisa que não é. A sociedade empresária é aquela que exerce uma atividade.

Funcional- a empresa é uma atividade, é uma função. É uma atividade econômica de


exploração de bens e serviços, com profissionalismo. Empresa não é sujeito de direito, é
objeto de direito. Sujeito de direito é o empresário.
Patrimonial – quando a gente fala de empresa com o perfil patrimonial, o significa de uma
expressão de estabelecimento comercial. Tem um significado de um conjunto de bens que
faz parte do patrimônio do empresário. Quantas vezes a gente fala, aquela empresa fica na
Dutra. Se referindo a empresa como se fosse um estabelecimento. O certo é dizer que o
empresário possui seu estabelecimento na Dutra e que lá, ele, empresário, exerce uma
atividade econômica, de produção de bens e serviços com habitualidade ou exerce uma
atividade de empresa.

Corporativo – empresa é quando nos nos referimos como um conjunto de pessoas que
buscam uma exploração econômica de uma atividade com profissionalismo. Quando a
gente olha para o perfil corporativo, a palavra empresa tem o significado de corporação.
Conjuntos de pessoas ligadas com o mesmo objetivo: obtenção de lucro pela exploração de
uma determinada atividade.

O mais correto é perfil funcional – o nosso código civil foi covarde em não definir empresa.
Art 966, define o empresária, ler, quem exerce é o sujeito de direito. Ates do CC, havia
uma lei, hoje revogada, lei 4137/62, pela 8884/94, definiu o conceito de empresa, é um
registro histórico, artigo 6º, “considera empresa...”, não é um definição totalmente feliz,
porque ela pode dar margem a uma interpretação de que empresa é uma corporação ...a
definição não diz que empresa é o sujeito, que esse é o empresário, é organização de
natureza civil, mercantil, isso é importante frisar, a empresa não é uma organização apenas
de natureza mercantil, também, pode ser de natureza civil. Pode se chegar a conclusão que
uma atividade é empresarial, não a sua natureza, mas o modo como é exercido. Você pode
vender pão através de uma atividade mercantil, e não ser empresa, pode vender imóveis,
atividade de natureza civil, e ser empresário.

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