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2013 - 1sem - Alan Delgado Da Silva
2013 - 1sem - Alan Delgado Da Silva
Da Silva, Alan D.
Aplicação de Metodologias Ágeis para Empresas de
Pequeno/Médio porte. / Alan Delgado da Silva; orientador
Prof. Breno Lisi Romano. São João da Boa Vista, 2013.
A minha irmã querida, Gislaine Delgado e seu marido Clodoaldo, além de toda a nossa
“Grande Família Sanjoanense”, que demonstraram amor e confiança, e que me
apoiaram fornecendo momentos de alegria e companheirismo.
Agradeço a minha querida Patrícia Freitas, não somente por estar ao meu lado, mas
também por compreender minhas ausências, fornecendo suporte emocional e
intelectual; imprescindíveis para me ajudar manter minhas metas.
A equipe da SIMPLISS, Wagner Boa Ventura, Rafael Sena, Rafael Ruggi, Cironei
Carvalho, Felipe Benutti, Fabio Serafim e demais outros colegas que com
companheirismo participaram do estudo de caso, enfrentando aos desafios com bom
humor e amizade.
Aos amigos eternos, que mesmo tendo minha presença tenha sido escassa,
continuaram a me apoiar e a incentivar constantemente.
E finalmente a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para que este
trabalho consiga atingir aos objetivos propostos.
“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de
qualquer forma você está certo.”
(Henry Ford)
RESUMO
DA SILVA, Alan Delgado. (2013). Applying Agile Methodologies for Medium and Small-sized
companies. Course Conclusion Project – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo, São João da Boa Vista - SP, 2013.
This research proposes to demonstrate the agile methodologies deployment in medium and
small-sized companies, in order to provide better monitoring of implementation activities involved in
software projects developing, and thus to support uses’ control of resources like human and time on
these developments, in addition to increasing the rate of successful delivery of projects. To achieve
this goal, we conducted a literature review on subjects relevant to this work. It covered the current
context of Brazil small and medium-sized companies, its characteristics and current difficulties. It
also discussed about Software Engineering, mainly in relation to Agility, Agile Manifesto, main agile
methodologies that are used and their impact in the technology market. Finally, it is deposited a
greater focus on methodologies Scrum and techniques such as Kanban, Planning Poker and
Burndown Chart, the basis for this research, especially in presenting the principles, ideology,
procedures and outcomes. After performing this literature review, it was chosen as a case study for
this research in a small company located in São João da Boa Vista - SP. The application of Scrum at
this company was divided into a process with three stages: Infrastructure, Training and Practice.
The Infrastructure stage started from the initial situation of the company preparing it to begin
deployment. The Training stage was needed to explain to the team the agile methodology concepts
and prepare them for uses them. Finally, at the last stage there was the practice of Scrum concepts in
one of the company's projects, which were reported in the early development cycles, presented some
activities of each event during the development. It can be observed in the first few interactions, some
improvements mainly about communication, team motivation and agility in the applying adaptation
during development of the chosen software project.
Keywords: Agile Methodology. Scrum. Medium and small-sized companies. Project Management.
LISTA DE FIGURAS
Figura 9 – Percentual de projetos da organização que adotam métodos ágeis. Fonte: Melo et al.
(2012) ................................................................................................................................................... 54
Figura 10 – Qual metodologia ágil é mais utilizada. Fonte: Melo et al. (2012) .................................. 55
Figura 11 – Razão mais importante para a adoção de metodologia ágil. Fonte: Melo et al. (2012). .. 55
Figura 12 – Maiores preocupações da organização na adoção. Fonte: Melo et al. (2012). ................. 56
Figura 13 – Percepção sobre a velocidade dos projetos após a adoção de métodos ágeis. Fonte: Melo
Figura 14 – Benefícios observados após a adoção de metodologias ágeis. Fonte: Melo et al. (2012).57
Figura 15 – Principais causas de falha em projetos ágeis na organização. Fonte: Melo et al. (2012). 57
Figura 16 – Desafios em implantar metodologias ágeis. Fonte: Melo et al. (2012). ........................... 58
Figura 17 – Diferença de custo de uma mudança de escopo nos projetos ágeis versus tradicionais.
Tabela 1 – Classificação do Porte da Empresa confome SEBRAE pelo número de empregados. Fonte
Tabela 2 – Classificação do Porte das Empresas Conforme BNDES. Fonte Adaptada: BNDES
(2012). .................................................................................................................................................. 28
Tabela 3 – Fases Genéricas da Engenharia de Software. Fonte Adaptada: Pressman (2002). ............ 33
Tabela 4 – Características das Metodologias Crystal. Fonte Adaptada: Cockburn (2002). ................ 47
Tabela 5 – Principais Práticas do XP e seus Aspectos Negativos. Fonte Adaptada: Savoine et al.
(2009). .................................................................................................................................................. 50
Tabela 6 – Comparação entre Tradicional x Àgil. Fonte adaptada: Magalhães et al.( 2004).............. 60
Tabela 14 – Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 001 – 09/10/2012 à 12/10/2012 .......... 95
Tabela 15 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 001 – 15/10/2012 à 19/10/2012 ........... 96
Tabela 16 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 001 – 22/10/2012 à 26/10/2012 ........... 98
Tabela 18 - Sprint Backlog e suas respectivas estimativas – Sprint 002. .......................................... 104
Tabela 19 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 27/11/2012 à 30/11/2012 ......... 105
Tabela 20 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 03/12/2012 à 07/12/2012 ......... 107
Tabela 21 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 10/12/2012 à 14/12/2012 ......... 109
Tabela 24 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 –08/01/2013 à 11/01/2013 .......... 116
Tabela 25 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 – 14/01/2013 à18/01/2013 .......... 117
Tabela 26 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 – 21/01/2013 à 25/01/2013 ......... 119
BD Banco de Dados
TI Tecnologia da Informação
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 23
2.3 Visão Geral sobre o Desenvolvimento de Software em Empresas de Pequeno/Médio Porte .................... 30
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 75
ÁGEIS............................................................................................................................................... 141
Capítulo
23
1 Introdução
1.1 Motivação
resultaria em uma melhor qualidade do software e possibilita uma resposta mais rápida as
dificuldades encontradas durante o processo de desenvolvimento.
1.2 Objetivos
Nesta seção, apresentam-se o objetivo geral desta pesquisa e também os seus objetivos
específicos:
Este trabalho tem por objetivo demostrar a implantação da metodologia ágil Scrum em
uma empresa de pequeno porte, visando propiciar um melhor acompanhamento na execução
das atividades envolvidas no desenvolvimento de projetos de software e, consequentemente,
auxiliar no controle da utilização de recursos humanos e de tempo nestes desenvolvimentos.
Este trabalho está organizado em cinco capítulos, sendo que este primeiro
capítulo apresenta o contexto no qual a proposta de trabalho de conclusão de curso
está inserida, bem como os objetivos e a motivação para o seu desenvolvimento.
O Capítulo 2 apresenta o levantamento bibliográfico contendo assuntos
relevantes para este trabalho. São feitas considerações sobre o contexto atual de
empresas de pequeno e médio porte, suas características e dificuldades atuais. É
abordado também considerações sobre Engenharia de Software, abordando
principalmente em relação às metodologias ágeis, o manifesto ágil e as principais
metodologias ágeis que são utilizadas. Por fim, é depositado um foco maior na
metodologia Scrum e nas técnicas auxiliares, como o Kanban, o gráfico de Burndown
e Planning Poker; pois são a base para a pesquisa, apresentando principalmente os
princípios, ideologia, os procedimentos e forma de resultados esperados.
O Capítulo 3 apresenta a experiência obtida na implantação da metodologia
ágil Scrum em uma empresa de pequeno porte, organizado de forma cronológica,
partindo da situação inicial da empresa, dos treinamentos feitos com a equipe sobre as
metodologias, relatos dos primeiros procedimentos e resultados obtidos.
No Capítulo 4 foca no resultado da aplicação de metodologias ágeis na
empresa escolhida para a implantação, apresentando, principalmente, quais objetivos e
ideais da metodologia ágil foram atingidos. Foi relatado também o resultado de um
questionário de avaliação (Survey) da implantação.
No Capítulo 5 encontram-se as conclusões que comentam os resultados
obtidos, as contribuições e limitação deste trabalho, produções cientificas e
tecnológicas da pesquisa, além de sugestões para trabalhos futuros.
O Apêndice A contem o questionário de avaliação da implantação utilizado
(Survey).
Capítulo
27
2 Pesquisa Bibliográfica
Não é de hoje que as empresas de pequeno e médio porte tem ganhado destaque em
todo mundo, por sua influência na economia e na população (PERUCH, 2011).
Segundo Peruch (2011), apesar deste impacto na sociedade e do esforço
governamental/social na tentativa de favorecer o surgimento de mais empresas deste porte, é
complicado, nos dias atuais, definir quais são as empresas que fazem parte deste grupo.
Atualmente, no Brasil não existe uma forma de classificação legal do porte de uma empresa
oficialmente, ficando a cargo de alguns orgãos discutirem em utilizarem suas próprias
definições. As classificações mais utilizadas e reconhecidas para determinar o porte das
empresas são a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) (BNDES, 2012;
SEBRAE, 2011).
Segundo o SEBRAE (2011), a classificação do porte das empresas deve ser
considerada a partir da quantidade de funcionários que as empresas têm registrados em
carteira de trabalho. É considerado também dois ramos de atividades: indústria e
comércio/serviços. A Tabela 1 mostra o porte das empresas de acordo com sua categoria:
28
Tabela 1 – Classificação do Porte da Empresa confome SEBRAE pelo número de empregados. Fonte adaptada:
SEBRAE (2011).
PORTE DA
INDÚSTRIA
EMPRESA COMÉRCIO E SERVIÇOS
Tabela 2 – Classificação do Porte das Empresas Conforme BNDES. Fonte Adaptada: BNDES (2012).
PORTE DA
RECEITA OPERACIONAL BRUTA ANUAL (ROB)
EMPRESA
Sendo assim, empresas com receitas operacionais brutas anuais de até R$ 300 milhões
são identificadas como empresas de pequeno e médio porte.
Segundo Peruch (2011), esta classificação está de acordo com a Lei Complementar n.
123/06 que institui a Lei do Simples, ou seja, as empresas que podem utilizar o meio de
pagamento simplificado de impostos, quando se enquadrarem na faixa descrita na Tabela 2.
Tendo como base estas duas principais formas de se classificar empresas, será adotada
neste trabalho a classificação estabelecida pelo SEBRAE, levando em consideração o número
de funcionários da empresa. Também será considerado empresas de Micro porte, como sendo
empresas de pequeno porte, por ter estrutura e recursos humanos semelhantes aos propósitos
29
deste trabalho (PEREIRA et al., 2010). Diante disto, apresentam-se, na próxima seção,
algumas características e dificuldades destas empresas.
De acordo com Pereira et al. (2010), as empresas de pequeno e médio porte são um
dos principais pilares de sustentação da economia brasileira, tanto pela sua enorme
capacidade geradora de empregos quanto pelo grande número de estabelecimentos
desconcentrados geograficamente. Diante disto, torna-se interessante aprofundar-se nas
características destas empresas e demonstrar o ambiente em que elas se encontram.
Ao se observar os relatórios do SEBRAE (2011), sobre o número de empresas
localizadas no país, percebe-se que a maior concentração ocorre no Estado de São Paulo. O
número de empresas que estão instaladas no estado chega a ser de 99%, empregando 67% dos
funcionários no setor privado formal ou informal do país, e participam com 28% na receita
bruta total do setor formal.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um estudo sobre as
principais características de gestão destas empresas, dentre as quais se destacam algumas a
seguir (IBGE, 2003):
• Baixo volume de capital empregado;
• Altas taxas de natalidade e mortalidade;
• Presença significativa de proprietários, sócios e funcionários com laços
familiares;
• Grande centralização do poder decisório;
• Não distinção da pessoa física do proprietário com a pessoa jurídica, inclusive
em balanços contábeis;
• Registros contábeis pouco adequados;
• Contratação direta de mão-de-obra;
• Baixo nível de terceirização;
• Baixo emprego de tecnologias sofisticadas;
• Baixo investimento em inovação tecnológica;
• Dificuldade de acesso a financiamento de capital de giro;
• Dificuldade de definição dos custos fixos; e
30
Sendo o foco principal deste trabalho, as empresas de pequeno e médio porte que
atuam no desenvolvimento de software sofrem com diversas dificuldades no momento de
realizar a execução de seus projetos, principalmente por problemas de gestão, planejamento e
humano (PEREIRA et al. 2010).
Em uma pesquisa realizada por Chagas (2005), na qual se analisou uma pequena
empresa de desenvolvimento de software da região de Maringá-PR, foram identificadas
algumas situações negativas quanto ao desenvolvimento de software (PEREIRA et al. 2010):
• Não adota nenhum modelo de ciclo de vida;
• A análise de requisitos ocorre esporadicamente e é considerada precária;
• Não são feitos projetos arquiteturais nem projeto detalhado do software;
• Poucas partes dos projetos possuem algum tipo de documentação;
• Não é utilizado nenhum software para o gerenciamento de projetos; e
• É feito acompanhamento das atividades com base em cronogramas, mas
existem dificuldades para que os cronogramas sejam cumpridos.
31
Chagas (2005) cita ainda que apesar dessas situações precárias no desenvolvimento de
software, encontra-se também alguns pontos positivos, como a utilização de ferramentas de
desenvolvimento (IDE - Integrated Development Environment) e de gerenciamento de banco
de dados padronizadas. Esta realidade é encontrada em diversas empresas de pequeno e médio
porte do setor, nas quais faltam padrões e metodologias na gestão de projetos (PEREIRA et
al. 2010).
De acordo com outra pesquisa realizada por Guerra et al. (2008), que relatava
justamente as experiências vivenciadas com a prestação de serviços de consultoria em
melhoria de processo, nas micro e pequenas empresas de desenvolvimento de software,
existem outras dificuldades para o desenvolvimento de projetos em relação a estratégias e
metas da empresa. De acordo com Guerra et al. (2008), as principais dificuldades foram:
• Equipes muito pequenas e falta de recursos financeiros para a contratação de
novos elementos necessários à equipe ou falta de experiência para contratação
de novos integrantes para a equipe;
• Equipes das empresas sem conhecimentos básicos de Engenharia de Software;
• Pessoas das equipes com dificuldade em conciliar os papéis desempenhados
com as práticas a serem realizadas;
• Falta de disciplina interna para a realização das atividades de maneira
equilibrada por todos os participantes das equipes;
• Falta de compromisso efetivo, por parte dos responsáveis pela empresa e falta
de compromisso dos dirigentes para o desempenho do processo definido, por
parte dos elementos da empresa, de uma forma homogênea e disciplinada;
• Condução de trabalhos paralelos envolvendo a reestruturação da empresa,
comprometendo o trabalho realizado; e
• Falta de alinhamento quanto aos objetivos dos dirigentes e da equipe
operacional. Os gerentes de projetos e desenvolvedores sentiam a necessidade
de adotar melhores práticas, enquanto o objetivo da diretoria era meramente
comercial.
Segundo Pereira et al. (2010), devido a essas características negativas encontradas em
pequenas e médias empresas no setor de TI, podem passar a existir problemas que de alguma
forma diminuem a produtividade do processo de desenvolvimento, aumentam o custo do
projeto e comprometem a qualidade do produto, como por exemplo:
• Erros de projeto que só são descobertos na fase de implementação;
32
aos métodos. Por exemplo, ferramentas que combinam software, hardware e banco de dados
(PRESSMAN, 2006).
A Engenharia de Software pode ser categorizada em três fases genéricas, nas quais
podem ser encontradas em diversos tipos de projetos, independendo do tamanho, de sua
complexidade ou área de atuação (LEITÃO, 2010). Segundo Pressman (2002, p. 20), estas
fases e suas características estão apresentadas na Tabela 3 a seguir:
O modelo cascata, muitas vezes chamado de ciclo de vida clássico, é o modelo mais
antigo da Engenharia de Software, sendo uma abordagem sequencial e sistemática para o
desenvolvimento de software, onde uma atividade só pode começar depois do término da
anterior (PRESSMAN, 2006).
36
Nos últimos anos, o modelo tem recebido críticas e questionamentos sobre algumas de
suas dificuldades de execução:
• Projetos reais raramente seguem o fluxo sequencial que o modelo
propõe. Apesar do modelo linear poder acomodar a integração, ele o faz
indiretamente. Como resultado, as modificações podem causar confusão à
medida que a equipe de projeto prossegue;
• Em geral, é dificil para o cliente estabelecer todos os requisitos
explicitamente. O modelo em cascata exige isso e tem dificuldade de
acomodar a incerteza natural que existe no começo de muitos projetos; e
• O cliente precisa ter paciência. Uma versão executável do(s)
programa(s) não irá ficar disponível até o período final do intervalo de
tempo do projeto. Um erro grosseiro pode ser desastroso se não for detectado
até que o programa executável seja revisto. (PRESSMAN, 2006, p. 39):
O fluxo de trabalho do modelo cascata pode ser visto na Figura 2 abaixo:
Devido ao ritmo de desenvolvimento das empresas, nos últimos anos, onde ocorrem
diversos tipos de interferências e modificações do projeto durante a execução, o modelo
cascata se tornou ineficaz, sendo recomendado apenas para situações onde os requisitos são
37
fixos e que a execução das atividades possam seguir de forma linear (PAULA, 2001;
PRESSMAN, 2006).
A cada término de incremento, deve-se ter uma versão estável para que o usuário
possa utilizar, assim como lhe passar um feedback sobre o software (PRESSMAN, 2006).
Este modelo diferencia-se dos demais modelos, pois pode ser adaptado para aplicação
ao longo da vida do software, não apenas terminando quando o sistema é entregue. Deste
modo, permanece operacional até que o software seja tirado de funcionamento, onde para
cada alteração pode se tornar uma volta na espiral (PRESSMAN, 2006).
De acordo com Leitão (2010), este modelo exige que os riscos técnicos sejam
considerados em todos os estágios do projeto. Onde o seu principal problema é que requer
uma gestão muito sofisticada para ser previsível e confiável (PAULA, 2001).
O fluxo de trabalho do modelo espiral pode ser visto na Figura 6:
Devido à existência de projetos cada vez mais complexos, com cobranças mais
exigentes por qualidade dos clientes e a necessidade de agilizar o processo sempre buscando
entregar mais rápido o produto completo, gerou-se a necessidade de melhorar os processos de
software existentes. Segundo Pressman (1997), “o gerenciamento da qualidade total e
filosofias similares fomentam uma cultura de melhoria contínua de processos e esta cultura
leva ao desenvolvimento de abordagens mais maduras de Engenharia de Software”.
Surgiram então diversas novas abordagens de gestão de projetos denominadas
metodologias ágeis. Em linhas gerais, as metodologias ágeis são abordagens de gestão de
projetos que tem como principal objetivo orientar o processo de produção de sistemas
computacionais, conseguindo ser flexível a dinamicidade do ambiente, que acaba sendo
corriqueiro no desenvolvimento de software com geração de valor e inovação (CONFORTO
& AMARAL, 2007; BERNI, 2010).
Com o principal objetivo de aperfeiçoar processos, sem perda de qualidade, aos
poucos as metodologias ágeis ganharam espaço nas empresas de desenvolvimento (BERNI,
2010). Na próxima seção será aprofundada sobre sua filosofia e método de gestão de
projetos.
Está seção tem o objetivo de apresentar um pouco mais sobre as metodologias ágeis,
que, ao longo dos anos, tem sido utilizada pela maioria do setor de desenvolvimento de
software, como alternativa a dinamicidade dos projetos, sem a perda de qualidade e buscando
aproveitar melhor os recursos utilizados (SAVOINE et al., 2009; LEITÃO, 2010).
Primeiramente, será apresentado a origem e os fundamentos associados ao conceito de
desenvolvimento ágil, apresentar algumas abordagens ágeis e fornecer uma visão de seu
posicionamento no mercado de TI.
Ou seja, mesmo havendo valor nos itens à direita, valoriza-se mais os itens à esquerda.
Além das citações acima, o Manifesto cita estes 12 princípios básicos:
Existem muitas metodologias ágeis que foram surgindo durante os últimos anos, ou às
vezes sendo adaptações das que já existiam. Algumas são focadas nos procedimentos de
desenvolvimento, outras já abrangem mais a gestão de projetos. Nas próximas sub-seções,
serão apresentadas as principais metodologias utilizadas no mercado.
45
2.7.2.2 Crystal
Alistair Cockburn e Jim Highsmith criaram a “família Crystal de métodos ágeis”, que
consiste de uma serie de metodologias distintas que se adequam às circunstâncias de
diferentes projetos (COCKBURN, 2002). Para conseguir está flexibilidade, os criadores
definiram um conjunto de metodologias nos quais os elementos centrais são comuns a todas e,
47
papéis, padrões de processos, produto de trabalho e práticas específicas são de cada uma
(PRESSMAN, 2006).
Todas as metodologias da familia Crystal se baseam em regras, características e
valores iguais, tais como os projetos sempre utilizam ciclos de desenvolvimento incremental,
com um período máximo de quatro meses, que pode estar incorporado de práticas de outras
metodologias ágeis, como Extreme Programming (XP) e Scrum. Outro valor comum a
importância na comunicação e cooperação das pessoas durante o processo de
desenvolvimento, considerado fundamental para a utilização do mesmo (COCKBURN,
2002).
Segundo Cockburn (2002), existem três principais metodologias Crystal construídas:
Crystal Clear, Crystal Orange e Crystal Orange Web. O Crystal Orange Web é igual ao
Crystal Orange, mas apenas com algumas práticas específicas para web. A Tabela 4 apresenta
as principais características de cada modelo (COCKBURN, 2002):
Tabela 5 – Principais Práticas do XP e seus Aspectos Negativos. Fonte Adaptada: Savoine et al. (2009).
12 Práticas do XP Aspectos Negativos
1 Reuniões diárias, quando se tiram dúvidas Não indicada para sistemas complexos, pois a
de requisitos complexas e planejam-se análise não é detalhada
iterações do dia
2 Indicada quando o escopo do projeto não Não indicada para equipes muito grandes, pois
é bem definido: os requisitos não são o escopo tem que ser definido e os membros da
totalmente conhecidos ou muito vagos equipe, geralmente, ficam separados
geograficamente
3 Clientes presentes caracterizam a chave Não indicada em ambientes onde os clientes não
para o sucesso podem estar presentes
4 Possui foco na codificação, sendo a Não possui foco na gerência de projeto, sendo
documentação deixada para segundo os resultados o principal interesse da equipe
plano
5 Flexível a mudanças, encorajando as Não indicada em projetos que o cliente exige
pessoas a enfrentarem-na com extensa documentação de software
naturalidade
6 Tarefas com simplicidade e qualidade, Não indicada em equipes que possuem
funcionalidades realmente úteis ao usuário resistências a práticas como refactoring
7 Iterações curtas, com feedback do usuário Não indicada em projetos em que o cliente não
rápido e constante possa participar integralmente do
desenvolvimento
8 Os testes fazem parte do ciclo de Se o feedback entre o cliente e a equipe não for
desenvolvimento, aumentando assim a constante, ou houver uma demora de respostas
qualidade do software entre às partes e o XP não será produtivo
11 Padronização do código: evitar problemas Não indicada para projetos que necessitem de
na hora da refatoração e da manutenção ciclos de iterações longos
Para se utilizar a metodologia XP, deve-se utilizar todas estas práticas, pois elas se
complementam, garantindo o sucesso do desenvolvimento neste processo. Além disto, cada
um destes fatores é aparentemente simples, mas que acabam se tornando de grande valor na
sua interação de uma prática com a outra. Os aspectos negativos acabam servindo como um
alerta para que seja avaliado antes de sua tentativa de adoção (BECK, 2004).
2.7.2.6 Scrum
Nos últimos anos, a metodologia ágil tem despertado interesse nas empresas devido à
vários relatos de aumento de produtividade e qualidade no desenvolvimento de software
(LEITÃO, 2010). Nas próximas seções, será apresentado um pouco mais sobre a realidade nas
empresas que adotam esta prática.
54
Figura 9 – Percentual de projetos da organização que adotam métodos ágeis. Fonte: Melo et al. (2012)
Estes dados apontam que com um total de 60,7% das empresas brasileiras adotam
métodos ágeis em mais da metade dos seus projetos. Outra informação relevante é que a
porcentagem dos entrevistados que utilizam Scrum como metodologia chega a ser de 51,2%,
seguido de 22,5% que adotam a combinação de Scrum + XP, como é demostrado na Figura
10 (MELO et al., 2012).
55
Segundo Melo et al (2012), a escolha de Scrum acontece por ser uma metodologia
muito difundida, e com muitos casos de sucesso. Algumas empresas adotam conceitos mais
técnicos da metodologia XP, como programação em par, para enriquecer a utilização da
metodologia ágil.
Figura 10 – Qual metodologia ágil é mais utilizada. Fonte: Melo et al. (2012)
O estudo também destaca as razões que motivaram a adoção de métodos ágeis, como
mostra a Figura 11, onde se destaca a expectativa de aumento de produtividade (91%),
gerenciamento de mudanças de prioridade (86%) e aumento da qualidade de software (83%)
(MELO et al., 2012).
Figura 11 – Razão mais importante para a adoção de metodologia ágil. Fonte: Melo et al. (2012).
56
Após a adoção de metodologias ágeis nos seus projetos, segundo a pesquisa foi
possível observar quais os benefícios que melhoraram o desenvolvimento de software, que
foram: a Habilidade de Gerenciar mudanças de prioridades (76%), Aumento da produtividade
(76%), Aumento da qualidade (75%), Aumento da moral da equipe (75%) e simplificação do
processo de desenvolvimento (75%).
Foi perguntado também em relação à velocidade dos projetos, que apontaram que
67,1% dos entrevistados indicaram que projetos ágeis terminam mais rápido que projetos
tradicionais (MELO et al., 2012). Estas informações são apresentadas nas Figuras 13 e 14,
respectivamente.
Figura 13 – Percepção sobre a velocidade dos projetos após a adoção de métodos ágeis. Fonte: Melo et al.
(2012).
57
Figura 14 – Benefícios observados após a adoção de metodologias ágeis. Fonte: Melo et al. (2012).
E, por fim, a pesquisa revela quais foram os maiores desafios destas empresas que
adotaram a metodologia ágil, como alguns problemas e dificuldades na hora de implantar a
metodologia em seus projetos. As mais frequentes foram: Falta de experiência com métodos
ágeis (16,3%), Filosofia/Cultura da empresa vai contra aos valores ágeis (12,4%) e Pressão
externa para o projeto seguir os ciclos tradicionais ou cascata de desenvolvimento (10,4%),
como pode ser visto nas Figuras 15 e 16.
Figura 15 – Principais causas de falha em projetos ágeis na organização. Fonte: Melo et al. (2012).
58
Figura 17 – Diferença de custo de uma mudança de escopo nos projetos ágeis versus tradicionais. Fonte
Adaptada: Camara (2007).
Tabela 6 – Comparação entre Tradicional x Àgil. Fonte adaptada: Magalhães et al.( 2004).
De acordo com Ludvig & Reinert (2007), os métodos tradicionais devem ser
utilizados quando os requisitos do sistema são estáveis e mudanças futuras são previsíveis. Já
as metodologias ágeis devem ser utilizadas, quando não se conhece ao certo todo o escopo do
projeto, permitindo assim que o software evolua no decorrer do desenvolvimento.
Na próxima seção será apresentada, com mais detalhes, a metodologia ágil Scrum que
foi escolhida como base do estudo de caso deste trabalho.
2.9.2 Framework
O time Scrum possui três papéis importantes: Scrum Master, Product Owner e a
equipe de desenvolvimento, sendo auto-organizáveis e multi-funcionais. No Scrum, existem
dois tipos de pessoas na equipe, os envolvidos e os comprometidos. Onde os comprometidos
tem a responsabilidade direta no projeto sendo responsáveis pelo mesmo (Scrum Master,
Product Owner e a equipe de desenvolvimento), já os envolvidos são pessoas que auxiliam a
equipe em algum ponto, mas não tem responsabilidade de entregar o software pronto
(Diretoria, clientes, e etc.) (SCHWABER & SUTHERLAND, 2011). Sobre os papéis do time
Scrum:
• Product Owner
Tabela 7 - Responsabilidades do Product Owner em relação ao Backlog do Produto. Fonte Adaptada: Schwaber
e Sutherland (2011).
Responsabilidades do Product Owner em relação ao Product Backlog
O Product Owner tem que ser apenas uma pessoa, e não um grupo, onde apesar de
poder ser auxiliado por várias pessoas externas, ele é o único que pode tomar as decisões.
Apenas o Product Owner pode passar para a equipe de desenvolvimento o que deve ser feito,
mas não pode ordenar como deve ser feito que, no caso, é responsabilidade da própria equipe
(SCHWABER & SUTHERLAND, 2011).
• Equipe de Desenvolvimento
• Scrum Master
2.9.2.2 Time-boxes
Como citado anteriormente, a Sprint possui alguns eventos importantes durante cada
ciclo de desenvolvimento, que são (SCHWABER, 2004):
• Release Planning Meeting: É uma reunião onde a equipe de desenvolvimento analisa
quais as funcionalidades que serão desenvolvidas na próxima Sprint. Para isto, o
Product Owner apresenta os itens do product backlog, explicando cada um deles e
definindo junto com a equipe quais deverão ser desenvolvidos. O Scrum Master deve
ajudar a organizar a reunião para que se tenha o melhor aproveitamento possível. O
Time Scrum define a meta da Sprint, que seria um objetivo a ser atingido, com a
conclusão da Sprint (SCHWABER & SUTHERLAND, 2011);
• Sprint Planning Meeting: Logo após a reunião de Release Planning Meeting, ocorre
uma reunião entre a equipe de desenvolvimento e o Scrum Master para definir como
será cumprido o objetivo da Sprint. Neste momento, a equipe define as tarefas a serem
feitas, estimando o tempo de cada uma, criando um plano para a entrega. Pode-se
utilizar uma técnica de estimativa chamada Planning Poker para determinar o tempo
para o desenvolvimento (Kniberg, 2007). Os itens de Backlog do produto que foram
selecionados para a Sprint, junto com o plano de entrega destes itens são chamados de
Sprint Backlog. O Product Owner pode estar presente apenas para tirar dúvidas, mas
não pode interferir no planejamento da equipe (SCHWABER & SUTHERLAND,
2011);
• Daily Scrum Meeting: Durante toda a Sprint, é realizado uma reunião diária para que
todos da equipe acompanhem o andamento da Sprint. Apenas a equipe de
69
• Product Backlog: É uma lista ordenada de tudo aquilo que é necessário no produto,
podendo ser requisitos funcionais ou não. Qualquer item que seja necessário ser
desenvolvida no produto deve estar no Product Backlog. Apenas o Product Owner
pode realizar inclusões, alterações e ordenação nesta lista. Ela deve estar sempre
70
O gráfico possui uma reta de tendência, estável, utilizada para usar como
referência, e uma reta verdadeira que representa o trabalho que falta ser realizado em
horas estimadas. Está última decresce conforme as tarefas forem sendo cumpridas, ao
longo da Sprint. O decrecimo só pode ocorrer quando a tarefa estiver sido
considerada como finalizada pela equipe (SCHWABER, 2004). Um exemplo deste
gráfico pode ser visto na Figura 19.
A responsabilidade pela criação e atualização do gráfico burndown é da equipe
de desenvolvimento, onde devem ser realizados todos os dias antes que o ocorra a
reunião Daily Scrum Meeting.
controlar e equilibrar a linha de produção, e que vem se tornando um termo quase sinônimo
da implementação dos princípios Lean (BOEG, 2012).
Os princípios de Lean é basicamente realizar um processo que consiga a obteção de
materiais corretos, no local correto, na quantidade certa, minimizando o desperdício, sendo
flexível e aberto a mudanças durante o processo (LEAN, 2013).
Segundo Boeg (2012), o Kanban é um método de gestão de mudanças que dá ênfase
aos seguites princípios:
• Visualizar o trabalho em andamento;
• Visualizar cada passo em sua cadeia de valor, do conceito geral até software
que se possa lançar;
• Limitar o Trabalho em Progresso (WIP – Work in Progress), restringindo o
total de trabalho permitido para cada estágio;
• Tornar explicitas as políticas sendo seguidas; e
• Medir e gerenciar o fluxo, para poder tomar decisões bem embasadas, além de
visualizar as consequências dessas decisões.
Para se ter uma idéia dos conceitos fundamentais, na Figura 20 é apresentado um
exemplo de um quadro Kanban. O formato do quadro pode variar, conforme a cultura da
empresa, onde cada uma adota o seu limite de WIP e as etapas de desenvolvimento.
Como pode ser visto na Figura 20, as tarefas seguem o fluxo da esquerda para direita,
onde inicialmente ficam na coluna “A Fazer” empilhadas de acordo com sua prioridade.
Quando algum dos desenvolvedores escolherem esta tarefa para ser trabalhada, ele coloca na
coluna de “Desenvolvimento”. Depois de feito, é colocado na coluna de “Teste”, onde é
testado por outro desenvolvedor. Quando aprovado é colocado na coluna de “Release” para
ser adicionado ao projeto final. Ao fim deste processo, é adicionado na coluna de “Feito!”
concluindo assim a tarefa (KNIBERG & SKARIN, 2009).
Segundo Kniberg e Skarin (2009), o Kanban coloca limites explícitos para quantos
itens podem estar em progresso em cada estado do fluxo de trabalho. Tambem é adicionado
uma anotação de duração da tarefa no cartão, possuindo início e fim.
De acordo com Boeg (2012), o foco do Kanban é conduzir mudanças evolucionárias e,
estes passos simples, têm-se provado extremamente úteis para esse objetivo. A vantagem de
utilizar o Kanban é que se visualizar o fluxo e estabelecer os limites de WIP garantindo que
nunca se pode introduzir mais trabalho no sistema do que a capacidade de processar o
trabalho.
Ainda de acordo com Boeg (2012), alguns autores acabam chamando este sistema
como “Sistema Puxado Kanban” (Kanban Pull System), pois as funcionalidades acabam
sendo “puxadas” pelo sistema, com base na capacidade deste, em vez de empurradas com
base em previsões ou demandas. O desenvolvimento do sistema inicia com a criação das
funcionalidades com maior prioridade, e conforme forem sendo entregue, a equipe irá
desenvolver as outras funcionalidades que ficaram em espera, até que o sistema seja
completado.
O Kanban, junto com a metodologia Scrum, é útil para apresentar o processo de
desenvolvimento da Sprint, acompanhando a execução das tarefas. As reuniões diárias
também devem ser feitas, de preferência, na frente do quadro Kanban, possibilitando a
visualização do fluxo de trabalho (KNIBERG & SKARIN, 2009).
Capítulo
75
3 Metodologia
oferecer serviços para a administração pública, visando levar aos seus clientes eficácia e
simplicidade na arrecadação de impostos (SIMPLISS, 2013).
Com sua sede situada na cidade de São João da Boa Vista - SP e com representantes
comerciais em diversas partes do estado, atende mais de 40 municípios dos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Goiás. Possui atualmente, os software:
ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), o sistema de NFS-e (Nota Fiscal de
Serviços Eletrônica) e DIPAM (Declaração para o Índice de Participação dos Municípios).
A SIMPLISS oferece também assessoria técnica, tributária e consultoria aos
municípios, contando com funcionários e colaboradores com experiência na área de
administração pública e de arrecadação de impostos, possuindo mais de 1000 horas de
treinamento e capacitação de fiscais em diversos municípios.
A Figura 21 apresenta um organograma da empresa SIMPLISS, com seus setores e
suas principais atividades.
visitas presenciais. Ocorreu também uma expansão do quadro de pessoal para atender as
novas demandas nos outros setores.
Nas áreas de assessoria e consultoria não foi diferente, os investimentos ocorreram
para: aumento do número de funcionários; criação de documentação de visitas; documentação
de levantamentos de alterações; e documentação de processos de implantações de novos
sistemas, tornando também o serviço robusto e confiável.
O próximo passo é exatamente a expansão e melhoria dos processos de
desenvolvimento de novos projetos de software. Como existia um necessidade por parte da
diretoria de utilizar um processo de desenvolvimento que se adapte a suas necessidades, a
implantação da metodologia ágil foi apoiada, servindo assim como tentantiva de correção dos
problemas apresentados anteriormente.
membros mais experientes, podendo refletir sobre os seus hábitos para verificar se estão
executando da forma mais produtiva.
Outro fator importante que foi levado em conta na hora de escolher a metodologia
Scrum foi a preocupação da metodologia em estabelecer quais são as pessoas envolvidas e as
comprometidas no projeto. Os desenvolvedores da empresa se sentiam apenas como
executores do projeto e não como parte do projeto. Quando se tem uma equipe comprometida
com o projeto, por consequência, têm-se uma equipe motivada e disposta a entregar o projeto
com qualidade e dentro do prazo que foi solicitado.
Devido à metodologia Scrum ser adaptável à mudanças de requisitos durante o
projeto, ou de trabalhar com requisitos incompletos, esta metodologia tornou-se uma solução
para os problemas anteriores, pois os sistemas eram colocados em produção, mas se
constatava a falta de alguns requisitos, de forma que estes eram enviados de volta para o
desenvolvimento resolver, provocando o desenvolvimento de sistemas sem qualidade
garantida.
Com todas estas características apresentadas, a metodologia Scrum se destaca como a
solução a ser implantada na empresa, apoiada em conjunto, pela diretoria da empresa e pela
equipe de desenvolvimento, que concordaram em realizar o estudo de caso. Serão utilizados
também os conceitos do Kanban para o quadro de tarefas, reforçando ainda mais a
metodologia, conforme foi apresentado na seção 2.9.3, além das técnicas de estimativa e
controle de tarefas realizadas como o Planning Poker e gráfico Burndown, respectivamente.
mercado e, por fim, foi instalado o SubVersion (SUBVERSION, 2013), com o controle
utilizando o TortoiseSVN (TORTOISESVN, 2013). Apesar de ser um elemento que não
consta na metodologia Scrum, foi necessário colocar esta necessidade em pauta para que não
ocorram atrasos desnecessários.
Item 3: Foi criado o quadro Kanban para ser utilizado no desenvolvimento, sendo sua
versão inicial mostrada na Figura 25. Caso fosse necessário, durante a sua utilização, ele
poderia sofrer adaptações, conforme a equipe achar necessária. Ficou acordado também que
seria feito as reuniões diárias, em pé, conforme orienta o Scrum, em frente ao quadro Kanban.
Apenas as reuniões mais longas seram feitas na sala de reuniões.
Item 4: O baralho de Planning Poker foi providenciado e será criado com o logo da
empresa. Enquanto o baralho está para ser desenvolvido, foi utilizado um emprestado. Em
vista que é mais importante o evento em si, pode ser utilizado até baralhos tradicionais para
realizar o evento, visando estimar as atividades.
Itens 5 e 6: Foi reservado o horário das 09h10min às 09h25min para a realização da
reunião diária. Foi consultado todos os membros da equipe previamente, a fim de não ocorrer
nenhum problema de conflito com os horários.
Item 7: O setor administrativo realizou a compra de todos os materiais necessários
para o inicio do projeto.
Depois de todas estas simples exigências serem cumpridas, a primeira etapa se
concluiu, chegando o momento de iniciar a etapa dos treinamentos da equipe.
86
Para obter sucesso na implantação do Scrum e, principalmente, por ter que ministrar
os treinamentos do Product Owner e da equipe de desenvolvimento, a diretoria da empresa
preferiu investir no treinamento do Scrum Master, a partir de uma empresa especializada.
Devido ao autor desta pesquisa estar diretamente envolvido e já possuir
conhecimentos sobre o assunto, ficou decidido pela diretoria que ele seria o Scrum Master e
receberia o treinamento externo. Foi escolhido então um treinamento online da TI Exames,
chamado “Fundamentos do Scrum”, que é um preparatório para o exame Profissional Scrum
Master I da Scrum.org (que foi criado por um dos fundadores do Scrum - Ken Schwaber)
(TIEXAMES, 2013).
O Treinamento de 16 horas online foi produtivo, no qual se obteve um bom proveito,
inclusive para preparar o material para os demais treinamentos. O material público do curso
foi repassado para os membros da equipe para eles já irem estudando sobre o assunto.
Foi alocado um tempo maior para este treinamento, para que o Scrum Master pudesse
estudar mais sobre o assunto e criar as apresentações para os outros membros.
87
Desta vez, foram necessários mais de cinco horas, sendo discutidos o ciclo de
desenvolvimento e explicado cada um dos artefatos e eventos de forma genérica. Ou seja,
apresentou-se o mesmo conteúdo do treinamento de Product Owner, adicionando explicações
mais aprofundadas sobre a documentação, a utilização do quadro Kanban e sobre a estimativa
utilizando o Planning Poker.
O que se pode observar é que aconteceu uma boa receptividade da equipe, em que eles
aprovaram o novo processo de desenvolvimento. Era nítido que o time estava precisando de
uma metodologia para se organizar. Durante praticamente todas às cinco horas de
apresentação ocorreram perguntas/discussões sobre cada processo, o que demostra que a
equipe estava interessada nesta nova solução.
Algumas questões preocuparam os desenvolvedores, principalmente os mais
experientes, provavelmente por experiências ruins nos projetos passados. O receio na maioria
das vezes era de como seria a documentação do processo, como os requisitos seriam passados
para ser desenvolvidos e em que formato viria está informação. Foi esclarecido que o Scrum
seguirá uma documentação simplificada e com o contato direto com o representante do
cliente, o Product Owner poderia esclarecer as dúvidas com maior facilidade.
A equipe se preocupou também em como o novo processo seria desenvolvido, visto
que os desenvolvedores tem que realizar a manutenção nos projetos anteriores. Assim,
decidiu-se com a diretoria que a equipe de desenvolvimento iria trabalhar apenas uma parte
do dia para os projetos Scrum, apenas até terminar alguns desenvolvimentos e, quando for
possível, alocar apenas os projetos com Scrum.
Ao final, foi possível perceber o clima de otimismo e união que se estabeleceu,
principalmente por dar solução a problemas que se enfrenta há anos com a falta de um
processo de desenvolvimento. Tanto os novos integrantes, quanto os mais experientes,
estavam prontos para começar.
do município. Devido a restrições de direitos autorais, não serão apresentados neste trabalho
as informações sigilosas em relação ao projeto, como detalhes de como o sistema irá
funcionar ou diferenciais em relação aos concorrentes.
Nas próximas seções, serão relatados o processo de criação do Product Backlog e
Visão do produto, além de uma descrição detalhada de como foi as primeiras interações
(Sprints).
Como citado anteriormente, algumas partes foram retiradas para manter os direitos
autorais do sistema. A versão oficial conta ainda com informações como: Diferenciais do
produto, Condição Geral de Satisfação, Premissas, Riscos e Impedimentos.
92
das três primeiras interações (Sprints), acompanhando assim a evolução da equipe e relatando
a implantação da metodologia.
Serão apresentados as Sprints, relatando os acontecimento dos principais eventos:
Release Planning Meeting, Sprint Planning Meeting, Sprint Review e Sprint Retrospective.
Além disto, será apresentado um diário de bordo das reuniões diárias, a fim de acompanhar o
processo durante o projeto.
Depois do Product Backlog ter sido finalizado, pôde-se marcar a primeira Sprint.
Como era esperada, nas primeiras interações de uma equipe que está começando a utilizar
uma metodologia ágil, exige-se muito do Scrum Master para que sejam cumpridas todas as
regras do Scrum, até que todos ganharem experiência com a metodologia. A seguir,
apresenta-se um relato do que ocorreu durante a sequência da Sprint, conforme o ciclo de
desenvolvimento. O período definido para a execução de cada Sprint foi de três semanas para
avaliar o desempenho.
prioridade. Também definiram que a meta para esta Sprint é desenvolver a estrutura base para
o cadastro com documentação, levantamento de restrições e validações, assim como as telas
para apresentar a estrutura.
Tabela 14 – Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 001 – 09/10/2012 à 12/10/2012
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Por fim, a Tabela 16, que corresponde ao diário de bordo da terceira e última semana
da Sprint 001.
Tabela 16 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 001 – 22/10/2012 à 26/10/2012
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Como foi apresentada nas Tabelas 14, 15 e 16, os membros da equipe demoraram para
começar a executar as tarefas da Sprint por estarem alocados em tarefas de outros sistemas.
Quando a equipe começou a trabalhar no projeto do DECA, a situação melhorou, onde se teve
100
uma queda no número de tarefas restantes. Além de pequenas interrupções inevitáveis que
atrapalhavam a equipe durante o desenvolvimento, no fim da Sprint, precisamente na última
semana, a empresa precisando participar de uma licitação, teve que alocar a maioria dos
desenvolvedores, deixando apenas um por meio período.
O Scrum Master, apesar de suas tentantivas de conter os impedimentos, não conseguiu
impedir principalmente está mudança estratégica da empresa, tendo que conversar com o
Product Owner para deixar a fase de desenvolvimento para próxima Sprint.
começando a desenvolver, uma estagnação ocorreu justamente pelo fato da equipe ser alocada
para outro processo. O gráfico pode ser visualizado na Figura 27.
No final da reunião, foi definida a data de ínicio da próxima Sprint, que devido a
alguns conflitos com a agenda da empresa, terá que ocorrer dentro de um mês. Todos
concordam que não é a situação ideal, mas que deverá ser adotada, pois a empresa tem que
resolver outros compromissos e finalizar esta licitação. O Scrum Master também aproveitou o
tempo para negociar com a diretoria sobre as interrupções constantes.
Para finalizar a Sprint 001, foi realizado no mesmo dia 29/10/2012, das 14h00min às
16h00min a Sprint Retrospective, com a equipe de desenvolvimento e o Scrum Master, onde
foi discutido como foi o processo de desenvolvimento durante a sprint, a fim de melhorar os
pontos falhos.
Sobre os aspectos negativos, a equipe apontou alguns itens que devem ser melhorados:
o Participação mais presente do Product Owner;
102
Após alguns dias sem iniciar a nova Sprint para que a equipe se reorganiza, devido a
outros projetos, foi dado início a mais uma sprint. Segue, nesta seção, um relato do que
ocorreu durante à sequência da segunda sprint, conforme o ciclo de desenvolvimento. A
duração definida para a execução de cada sprint também foi de três semanas.
103
mudanças, sempre aumentando as horas gastas, principalmente por se basearam nas primeiras
experiências que tiveram na Sprint 001. Depois foram determinadas as tarefas para realizar
apenas o levantamento de informação, documentação e modelagem do segundo requisito
(User Story 002). As tarefas definidas e suas estimativas podem ser vistas na Tabela 18.
Diferente da primeira reunião, a equipe não precisou tanto das intervenções do Scrum
Master, começando a seguir a reunião conforme o framework Scrum recomenda, de forma
mais objetiva. A quantidade de horas a serem desenvolvidas se mostra maior que a sprint
anterior, mas por possuirem dados suficientes para determinar quanto à equipe podem render
ficam aceitáveis para adquirir experiência. As tarefas foram adicionadas no quadro Kanban,
assim como preparado o Grafíco Burndown.
Tabela 19 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 27/11/2012 à 30/11/2012
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
120 horas restantes.
O que foi feito desde a última reunião:
Realizou-se um review das tarefas.
27/11/2012
O que será feito até a próxima reunião:
09h10min às 09h25min
Desenvolvedor 04, por ter mais experiência irá passar para o
Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02 como ficou a estrutura do
sistema. Ambos estão esperando estas informações para começar a
desenvolver. O Desenvolvedor 03 irá iniciar algumas tarefas da User
106
Gráfico Burndown:
A situação do gráfico Burndown permaneceu o mesmo, pois não foi
executada nenhuma tarefa.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 passou para o Desenvolvedor 01 e
o Desenvolvedor 02 um pouco sobre a estrutura.
28/11/2012
O que será feito até a próxima reunião:
09h10min às 09h25min
O que ficou definido para a proxima reunião foi que o
Desenvolvedor 02, após terminar algumas tarefas, irá trabalhar com
a tela de Create e o Desenvolvedor 01 tentará iniciar o
desenvolvimento da tela de pré cadastro.
Interrupções:
Os desenvolvedores tiveram algumas intereferências externas.
Gráfico Burndown:
A situação do grafico Burndown permaneceu o mesmo, pois não foi
executada nenhuma tarefa.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 passou mais um pouco sobre a estrutura para o
Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02, que acabaram descobrindo
alguns problemas na estrutura, mas o Desenvolvedor 04 conseguiu
29/11/2012
arrumar.
09h10min às 09h25min
O que será feito até a proxima reunião:
Foi passado para o Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02
alocaram uma tarefa, independente se não souberem ainda como
fazer, assim irá focar o trabalho deles.
Interrupções:
O Desenvolvedor 03 ficou alocado no suporte de outros sistemas, e
não conseguiu iniciar as tarefas de banco.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 120h para 119h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 terminou a parte de persistência CRUD e
passou para o Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02.
O que será feito até a proxima reunião:
30/11/2012 O Desenvolvedor 02 está mais tranquilo hoje, tendo apenas que
09h10min às 09h23min fazer uma tarefa externa, depois só ficará em cima da tela de create.
O Desenvolvedor 01 está com quase toda a tela de pre-cadastro
finalizada e depois irá iniciar a tela de visualizar.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 estará ocupado todo o periodo com outras
tarefas externas. O Desenvolvedor 03 não conseguiu trabalhar com
nenhuma atividade e só irá tentar fazer a alteração do banco de
dados, para iniciar os processos na próxima semana.
107
Tabela 20 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 03/12/2012 à 07/12/2012
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
A situação do grafico Burndown permaneceu o mesmo, pois não foi
executada nenhuma tarefa.
O que foi feito desde a última reunião:
Conforme o Desenvolvedor 04 conversou com Scrum Master, o
diagrama de classe demoraria um pouco mais do que a previsão,
portanto não conseguiu terminar. O Desenvolvedor 01 quase
finalizou a tela de pré-cadastro, necessitando apenas de uma revisão
03/12/2012 do Desenvolvedor 04. O Desenvolvedor 02 continuou o
09h10min às 09h16min desenvolvimento da tela de cadastro, mas não conseguiu terminar
ainda.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 04 irá terminar o diagrama de classe. O
Desenvolvedor 01 iniciará outra tarefa. Desenvolvedor 02
continuará a desenvolver a tela de cadastro.
Interrupções:
O Desenvolvedor 03 não pode vir trabalhar por motivo de estar com
alguns problemas de saúde.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown teve uma queda de duas horas saindo de 119h
para 117h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 conseguiu finalizar a tela de pré-cadastro. O
Desenvolvedor 04 corrigiu alguns erros presentes no modelo, quanto
à estrutura do sistema. O Desenvolvedor 02 continuou trabalhando
04/12/2012 na tela de criação de cadastro, porém foram encontrados alguns
09h26min às 09h37min métodos adicionais que devem ser desenvolvidos.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 01 irá trabalhar com a tela de edição para dar
continuidade, O Desenvolvedor 02 pretende, finalmente, finalizar a
tela de cadatro.
Interrupções:
Desenvolvedor 04 ficará apenas de suporte, pois o Desenvolvedor
03 não pôde comparecer novamente.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown permaneceu o mesmo.
05/12/2012
O que foi feito desde a última reunião:
09h10min às 09h19min
O Desenvolvedor 01 não conseguiu iniciar nenhuma tarefa, pois foi
um dia excepcionalmente atarefado, com suporte a outros sistemas.
Desenvolvedor 02 percebeu, junto ao Desenvolvedor 04, que eram
necessárias adições de novas classes para a finalização da tela de
108
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown permaneceu o mesmo.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 iniciou a tarefa de criação da tela de
Visualização de cadastro, porém não finalizou, pois o
Desenvolvedor 02 ainda não tinha terminado a tela de cadastro,
essencial para a construção da Visualização. O Desenvolvedor 04
06/12/2012 estava alocado para outros projetos. O Desenvolvedor 02 não
09h42min às 09h53min terminou a tela de cadastro.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 02 terminará a tela de cadastro, Desenvolvedor 01
irá esperar o Desenvolvedor 02 terminar a tela para voltar ao
desenvolvimento da tela de visualização e o Desenvolvedor 04
continuará alocado em outros projetos.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continuará alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown teve uma queda de 8 horas, reduzindo de 117h
para 109h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 02 terminou a tela de criação de Cadastro no dia
anterior. O Desenvolvedor 01 não conseguiu iniciar
nenhuma tarefa justamente por ter ajudado o Desenvolvedor 02 a
terminar a tela. O Desenvolvedor 04 também contribuiu para que a
tela fosse finalizada com sucesso e não conseguiu iniciar
07/12/2012 nenhuma tarefa.
09h15min às 09h26min O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 02 irá trabalhar na tela de Visualizar do pré-cadastro
que o Desenvolvedor 01 iníciou para que os trabalhos se cruzem, ou
seja, haja troca de informações, o Desenvolvedor 01 iniciará a tela
de Edição de cadastro para que também veja o que o Desenvolvedor
02 fez, Desenvolvedor 04 irá realizar o maior suporte possível e não
iniciará nenhuma tarefa, devido a estar alocado em outras tarefas.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
de outros sistemas.
109
Por fim a Tabela 21, que corresponde ao diário de bordo da terceira e última semana
da Sprint 002.
Tabela 21 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 002 – 10/12/2012 à 14/12/2012
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
O gráfico permaneceu o mesmo.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 iniciou a tela de Edição para dar andamento. O
Desenvolvedor 02 trocou a tarefa de visualização de cadastro com
o Desenvolvedor 01 para que ele possa ter ciência do que foi feito na
10/12/2012 tela de Create. O Desenvolvedor 04 arrumou alguns métodos que
09h10min às 09h25min estavam falhos no codigo.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 02 desenvolverá a tela de Visualizar e o
Desenvolvedor 01 terminará a tela de edição.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
de outros sistemas.
Gráfico Burndown:
O gráfico burndown teve uma queda de 109h para 104h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 continuou desenvolvedo a tela de Edição de
cadastro. O Desenvolvedor 02 progrediu os trabalhos na tela de
Visualização e terminou de conseguir um método de criação do
11/12/2012 cadastro. O Desenvolvedor 04 está alocado em outros projetos.
09h18min às 09h25min O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 02 iniciará a tela de Visualização e o Desenvolvedor
01 terminará a tela de edição.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
de outros sistemas.
Gráfico Burndown:
O gráfico burndown teve uma queda de 104h para 83h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 finalizou a tela de Edição. O Desenvolvedor 02
terminou a tela de Visualização de Cadastro e, com a ajuda do
Desenvolvedor 04, fez também a tela de Listagem de Cadastros. O
12/12/2012
Desenvolvedor 04, como citado, ajudou na criação da tela de
09h10min às 09h25min
Listagem e pesquisou sobre como será implementada futuramente as
tabelas de detalhes do sistema (DataTables).
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02 discutirão, dos itens que
ainda tem pendência, quem irá trabalhar com os itens restantes.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
110
de outros sistemas.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown subiu para 91, por ter adicionado novas tarefas.
Foi necessário adicionar 8 horas para realizar o desenvolvimento da
primeira versão do layout visual da aplicação. A tarefa pode ser
observada na Tabela 18.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 iniciou os testar de editar e ainda não finalizou.
O Desenvolvedor 02 começou a atividade das restrições e concluiu
13/12/2012 que a maioria já estava feita, finalizando assim, esta tarefa. O
09h10min às 09h23min Desenvolvedor 04 ficou mais uma vez de suporte para os problemas
que o Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02 tiveram.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 01 e Desenvolvedor 02 trabalharão com os testes e
restrições novamente.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
de outros sistemas.
Gráfico Burndown:
No gráfico Burndown se ocorreu-se uma queda de 91h para 63h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 ajudou no design. O Desenvolvedor 01
conseguiu ajudar na criação do design. O Desenvolvedor 02 ajudou
na criação do design e implementou algumas restrições.
14/12/2012 O que será feito até a proxima reunião:
09h29min às 09h37min O Desenvolvedor 04 terminará o diagrama de classes, o
Desenvolvedor 01 aplicará o layout nas outras páginas, o
Desenvolvedor 02 terminará de ajustar os layouts e continuará com
os testes.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 está tendo que realizar suporte e manutenção
de outros sistemas.
Conforme pode ser observado nas Tabelas 19, 20 e 21, as tarefas demoraram a
começar a serem desenvolvidas. Assim como na primeira Sprint, o motivo era que os
desenvolvedores estavam alocados em outros projetos. A partir do momento em que a equipe
começou a participar mais do projeto, no dia 05/12/2012, é possível perceber que as
estimativas de execução de cada tarefa não condiziam com a realidade, sendo necessário mais
tempo para terminar cada tarefa.
No meio da Sprint, ocorreu um problema de saúde com um desenvolvedor, que teve
que ficar fora do projeto. Com isto, a equipe foi obrigada a assumir suas tarefas e obrigações
extra projeto DECA. Como acontece em empresas pequenas, existem poucos desenvolvedores
trabalhando no limite e a equipe teve que se apertar para conseguir cumprir com o combinado,
111
prejudicando a execução da sprint. Novamente, ocorreram fatores que o Scrum Master não
conseguiu evitar ou resolver, apenas sendo possível levar estes contratempos para a diretoria.
Durante o dia 17/12/2012, das 09h00min às 11h00min, o time Scrum se reuniu para
realizar a Sprint Review da Sprint 002, onde foi observado que parte do objetivo inicial da
sprint foi cumprido, com a finalização do primeiro requisito. Já o início do desenvolvimento
do segundo requisito teve que ser adiado para a próxima sprint, pois devido a demora em
iniciar o processo de desenvolvimento, a equipe decidiu começar um novo requisito com
tempo para que seja completado com sucesso.
Foram levantadas as tarefas concluídas e as horas que foram gastas para o primeiro
requisito, e assim como aconteceu na primeira Sprint, ocorreram divergências, que podem ser
vistas na Tabela 22.
Tabela 22 – Tarefas Finalizadas - Sprint 002
Tarefa Descrição Tempo Tempo
Estimado Gasto
Foi observado também o gráfico Burndown da Sprint 002 para o requisito 001, como
pode ser visto na Figura 28. Pode-se perceber um avanço em horas desenvolvidas comparado
com o grafíco da primeira Sprint, na Figura 27.
112
Sendo assim, o requisito de cadastro mobiliário (User Story 001) foi considerado
completo pelo Product Owner. Ele também repassou com a equipe as informações sobre o
projeto, eliminando diversas dúvidas dos desenvolvedores sobre os próximos requisitos.
Sendo realizada no mesmo dia da Sprint Review, dia 17/12/2012, das 14h00min às
16h00min, a Sprint Retrospective, contou apenas com a equipe de desenvolvimento e o Scrum
Master, voltando a discutir sobre o processo de desenvolvimento que ocorreu durante a Sprint
002.
Primeiramente, foi discutido sobre os pontos negativos da segunda Sprint, que
reduziram em comparação à primeira. Foi apontado apenas as interrupções externas e os
projetos paralelos, que apesar dos esforços do Scrum Master e da equipe de desenvolvimento
para focar no projeto do DECA, acabaram atrapalhando o desenvolvimento. A mesma questão
será abordada novamente com a diretoria da empresa para que possa ser estudada uma
solução.
Comparando com os pontos negativos da Sprint 001, percebe-se que ocorreu uma
participação mais presente do Product Owner, solucionando assim o problema apresentado
113
pela a equipe. Também foi decidido pela equipe como terá que ser o processo de revisão dos
levantamentos de informações, no qual duas pessoas deveram ser responsáveis, uma levantará
as informações e a outra realizará a revisão, criando assim duas tarefas na Sprint. Por fim, a
equipe relatou que a comunicação interna melhorou muito, com todos se participativos e
trocando mais informação entre si.
Ao levantar os pontos positivos desta segunda sprint, foi apontado que além dos já
relatados na primeira Sprint, pode ser observado que:
o A comunicação melhorou muito;
o O compromentimento com o projeto aumentou;
o A equipe adquiriu mais confiança em utilizar a metodologia; e
o Os desenvolvedores ficaram mais familiarizados com os procedimentos.
Destes fatores apontados, é importante destacar que a partir do momento que a equipe
começou a se familiarizar com a metodologia ágil, será possível nas próximas Sprints notar as
mudanças que ocorrem do cenário inicial e ao cenário após a implantação do Scrum.
Logo após a Sprint 002 finalizar, a equipe precisou ser realocada para atender um
desenvolvimento urgente, então ficou paralizado a continuação do projeto. Só depois de
finalizar está tarefa, ela pode ser realocada de volta para o projeto. Segue, nesta seção, um
relato do que ocorreu durante à sequência da terceira Sprint, conforme o ciclo de
desenvolvimento. A duração definida para a execução de cada sprint também foi de três
semanas.
Esta dificuldade foi colocada ao Product Owner, que concordou em realizar tarefas
menores, que podem se encaixar em uma Sprint de 3 semanas tanto o levantamento quanto o
desenvolvimento. O Product Owner realizou uma revisão do Product Backlog, dividindo
algumas User Story grandes e as repriorizando.
A meta da Sprint 003 decidida na reunião ficou em realizar uma parte do cadastro que
envolve o regime de tributação de uma empresa. Sendo assim, busca-se realizar todo o
levantamento de requisitos, documentação, modelagem e desenvolvimento.
É importante ressaltar que, neste momento, a equipe já possui uma noção de como
seria o trabalho de levantamento e documentação, assim como o desenvolvimento em ASP.net
MVC ao contrário dos outros ciclos de desenvolvimento. A equipe acredita que com isto a
estimativa e o desenvolvimento será mais produtivo.
06 Teste(Pub. Gerais) 2h
07 Levantamento de Logica (Ini. E Enc.) 5h
08 Documentação (Ini. E Enc.) 1h
09 Modelagem BD (Ini. E Enc.) 1h
10 Revisão da Modelagem de Banco de Dados (Ini. E Enc.) 1h
11 Implementação (Ini. E Enc.) 2h
12 Teste (Ini. E Enc.) 1h
13 Correções na tela de cadastro 2h
14 Levantamento\Organograma E1 3h
15 Documentação E1 2h
16 Modelagem BD E1 2h
17 Revisão de Modelagem E1 1h
18 Implementação E1 13h
19 Teste E1 3h
20 Levantamento\Organograma E2 3h
21 Documentação E2 2h
22 Modelagem BD E2 3h
23 Revisão de Modelagem E2 1h
24 Implementação E2 13h
25 Teste E2 3h
26 Documentação de bando de dados (E1 e E2) 2h
27 Adaptação Modelagem Antiga 3h
28 Revisão Modelagem de banco de dados. 1h
29 Correção do sistema em relação ao formato novo 2h
30 Tipo de Endereço - Levantamento 2h
31 Tipo de Endereço - Modelagem de banco de dados 1h
32 Tipo de Endereço - Documentação 1h
33 Tipo de Endereço - Revisão de Modelagem 1h
34 Tipo de Endereço - Implementação 7h
35 Tipo de Endereço - Teste 1h
36 Deleção dos dados no Banco de dados 1h
37 Revisão do Projeto 1h
TOTAL 102h
Conforme ocorreu na segunda reunião, a equipe não precisou tanto das intervenções
do Scrum Master, começando a seguir a reunião conforme o framework Scrum recomenda, de
forma mais objetiva. A quantidade de horas, ao fim da estimativa, foi menor que a Sprint
anterior, mas isto reflete também o amadurecimento da equipe em relação ao processo de
desenvolvimento. As tarefas foram adicionadas no quadro Kanban, assim como preparado o
Grafíco Burndown.
116
Tabela 24 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 –08/01/2013 à 11/01/2013
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
102 horas restantes.
O que foi feito desde a última reunião:
Realizou-se um review das tarefas.
O que será feito até a próxima reunião:
Desenvolvedor 04 irá trabalhar nas tarefas de levantamento e de
08/01/2013 modelagem de banco de dados. Enquanto o Desenvolvedor 01 está
09h30min às 09h45min terminando o levantamento de menus, tarefa que não fazer parte da
Sprint, e depois irá começar a fazer a tarefa de levantamento
de publicidade. O Desenvolvedor 02 entre hoje e amanhã estará
alocado para terminar as tarefas que ele tinha para desenvolver.
Interrupções:
Desenvolvedor 01 e 02 alocados em tarefas externas.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 102h para 97h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 terminou o levantamento sobre publicidade, e o
Desenvolvedor 04 a modelagem. O Desenvolvedor 02 continuou
alocado em uma tarefa externa.
09/01/2013
O que será feito até a próxima reunião:
09h10min às 09h25min
O Desenvolvedor 01 vai tentar trabalhar no levantamento de data
inicial e encerramento e o Desenvolvedor 04 irá finalizar a
documentação e executar a modelagem da etapa 1.
Interrupções:
O Desenvolvedor 02 continua alocado em tarefas externas.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 97h para 76h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 terminou sua parte, e agora só irá fazer a
revisão com o Scrum Master. O Desenvolvedor 02 começou a
realizar a tarefa de correção de itens anteriores, mas teve que ser
10/01/2013
alocado para realizar uma tarefa externa. O Desenvolvedor 01
09h50min às 10h05min
continuou com suas tarefas alocadas.
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 irá terminar a documentação dos sistemas, e irá
desenvolver a modelagem da publicidade. O Desenvolvedor 04 irá
auxiliar nesta tarefa.
Interrupções:
117
Gráfico Burndown:
A situação do gráfico Burndown permaneceu o mesmo, pois não foi
executada nenhuma tarefa.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 e o Scrum Master revisaram as tarefas que
foram feitas afim de acompanhar o andamento. O Desenvolvedor 01
continua a executar a tarefa de documentação.
11/01/2013 O que será feito até a proxima reunião:
10h00min às 10h12min O Desenvolvedor 04 vai tentar trabalhar na tarefa de correção da
modelagem, o Desenvolvedor 02 irá finalizar a tarefa de correção
das telas de cadastro. O Desenvolvedor 01 irá trabalhar para realizar
a modelagem.
Interrupções:
O Desenvolvedor 02 estará ocupado todo o período com outras
tarefas externas.
Tabela 25 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 – 14/01/2013 à18/01/2013
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 76h para 70h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 terminou a parte de documentação. O
Desenvolvedor 02 estava ocupado realizando tarefas externas, e o
Desenvolvedor 04 está trabalhando na modelagem.
14/01/2013 O que será feito até a proxima reunião:
09h10min às 09h16min Desenvolvedor 02 irá realizar as correções no sistema e o
Desenvolvedor 01 irá implementar a parte de publicidade do
cadastro. O Desenvolvedor 04 ficou de terminar a modelagem e
depois revisar junto com o Scrum Master.
Interrupções:
Apenas o Desenvolvedor 02 teve pequenas interrupções do suporte.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 70h para 64h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 04 terminou a modelagem e depois ele e o Scrum
Master revisaram a modelagem. O Desenvolvedor 01 foi
15/01/2013
interrompido algumas vezes, mas está tendo que adaptar novamente
09h15min às 09h30min
o sistema, pois teve mudanças no banco. O Desenvolvedor 02
praticamente terminou as correções.
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 02 terá que adaptar as novas configurações do banco
na tela que ele corrigiu e como o Desenvolvedor 01 está ocupado
118
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 64h para 62h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 02 está terminando as correções e o
Desenvolvedor 01 estava realizando tarefas externas.
O que será feito até a proxima reunião:
16/01/2013 Desenvolvedor 02 irá começar a verificar o que tem que ser
09h10min às 09h20min desenvolvido na primeira etapa do regime. O Desenvolvedor 1 irá
trabalhar nas tarefas de teste relacionadas ao que o Desenvolvedor
02 fez. Posteriormente, irá desenvolver a parte de início e
encerramento.
Interrupções:
Desenvolvedor 04 irá desenvolver tarefas externas, e irá atuar
apenas como ajudante dos dois outros desenvolvedores.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 62h para 54h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 teve alguns contra tempos, mas conseguiu
realizar as tarefas de testes e o Desenvolvedor 02 iníciou o
17/01/2013 desenvolvimento da etapa 1.
09h10min às 09h25min O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 01 irá realizar o desenvolvimento da parte de inicio e
fim e o Desenvolvedor 02 continuará a desenvolver a etapa 1.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continuará alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 52h para 46h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 terminou a implementação de Data Início e
Data Fim da Empresa, fez os testes da Publicidade e fez o
Levantamento dos tipos de endereço. O Desenvolvedor 02 continuou
a implementação da E1 (Tipo e Espécie de Estabelecimento e
18/01/2013
Classificação do Contribuinte), porém não finalizou.
09h15min às 09h26min
O que será feito até a proxima reunião:
Desenvolvedor 01 trabalhará a Documentação e a Modelagem dos
tipos de endereço. Desenvolvedor 02 terminará a implementação da
E1.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Por fim, a Tabela 26, que corresponde ao diário de bordo da terceira e última semana
da Sprint 003.
119
Tabela 26 - Diário de Bordo das Reuniões Diarias da Sprint 003 – 21/01/2013 à 25/01/2013
Data/ Hora Descrição da Reunião Diária
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 46h para 43h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 terminou a Documentação e a Modelagem dos
tipos de endereço. Desenvolvedor 02 continuou o desenvolvimento
na implementação da E1 (Tipo e Espécie de Estabelecimento e
21/01/2013 Classificação do Contribuinte), porém não finalizou ainda e realizou
09h10min às 09h25min a revisão dos tipos de endereço junto ao Desenvolvedor 01.
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 trabalhará a Implementação dos tipos de
endereço. O Desenvolvedor 02 terminará a implementação da E1.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 43h para 20h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 terminou a Implementação dos tipos de
endereço e realizou testes da implementação da E1. O
Desenvolvedor 02 terminou a Implementação do E1 iniciou o teste
das datas de início e data de fim.
22/01/2013
O que será feito até a proxima reunião:
09h18min às 09h25min
O Desenvolvedor 01 trabalhará na Implementação da E2. O
Desenvolvedor 02 terminará os testes sobre as implementações
feitas pelo Desenvolvedor 01, data início e fim e tipos de endereço.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 20h para 19h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 começou a implementação da E2, porém não
finalizou. O Desenvolvedor 02 terminou os testes nas datas início e
encerramento, porém encontrou um problema de validação não
23/01/2013
ligado à Sprint, mas sim ao MVC3.
09h10min às 09h25min
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 terminará a Implementação da E2. O
Desenvolvedor 02 trabalhara no teste do tipo de estabelecimento.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 19h para 17h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 começou a implementação da E2, porém não
24/01/2013 terminou. O Desenvolvedor 02 terminou os testes nas datas início e
09h10min às 09h23min encerramento, porém encontrou um problema de validação não
ligado à sprint, mas sim ao MVC3.
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 terminará a Implementação da E2. O
Desenvolvedor 02 trabalhará o teste do tipo de estabelecimento.
120
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Gráfico Burndown:
O gráfico Burndown reduziu de 17h para 4h.
O que foi feito desde a última reunião:
O Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02 terminaram suas tarefas,
e alocaram a implementação do E2 juntos para poder terminar até o
prazo, devido às interrupções do Desenvolvedor 01 que não
conseguiu terminar até o prazo especificado e também devido à
25/01/2013 complexidade das requisições Ajax com o JQuery que foram
09h20min às 09h35min encontradas.
O que será feito até a proxima reunião:
O Desenvolvedor 01 e o Desenvolvedor 02 terminarão a
Implementação da E2 e farão a tarefa de Teste no E2, assim
finalizando todas as tarefas.
Interrupções:
O Desenvolvedor 04 continua alocado em outros projetos.
Conforme pode ser observado nas Tabelas 24, 25 e 26, diferentemente das outras
Sprints, o desenvolvimento começou logo no início da Sprint, o que foi o fator determinante
para que todas as tarefas tenham sido cumpridas. A equipe já possuía a maturidade de como
realizar a documentação e dos processos de desenvolvimento necessários, o que resultou em
um melhor aproveitamento da Sprint.
No meio da Sprint, o Desenvolvedor 04 precisou ser alocado em outros projetos,
deixando apenas dois desenvolvedores para finalizar a Sprint, o que ocorreu com o
consentimento do todos. A equipe neste momento começou a se auto gerenciar, descobrindo
seus limites e possibilidades de atuação.
Durante o dia 28/01/2013, das 09h00min às 11h00min, o time Scrum se reuniu para
realizar a Sprint Review da Sprint 003, onde foi observado que o objetivo inicial da sprint foi
cumprido, com a finalização de todas as tarefas.
Foram levantadas as tarefas concluídas e as horas que foram gastas para o requisito.
Percebe-se que, em poucos casos, ocorreram divergências, diferentemente das Sprints
anteriores, que podem ser vistas na Tabela 27. É possivel verificar que a equipe desenvolveu
em menos tempo que tinha sido estimado, devido estar se adaptando a tarefa de realizar a
estimativa, mas é possivel verificar que em alguns casos ficaram perto do ideal.
121
Foi elaborado também o gráfico Burndown da Sprint 003 para o requisito 001, como
pode ser visto na Figura 29. Pode-se perceber um avanço em horas desenvolvidas comparado
com os grafícos das duas primeiras Sprint, na Figura 27 e Figura 28.
Sendo realizada no mesmo dia da Sprint Review, dia 28/01/2013, das 14h00min às
16h00min, a Sprint Retrospective contou apenas com a equipe de desenvolvimento e o Scrum
Master, voltando a discutir sobre o processo de desenvolvimento que ocorreu durante a Sprint
003.
Primeiramente, foi discutido sobre os pontos negativos da terceira Sprint, que
reduziram em comparação à segunda. As interrupções externas diminuiram e apenas um dos
desenvolvedores teve que ser alocado para outro projeto. Conforme foi conversado com a
123
diretoria, há um esforço para que este problema seja corrigido e algumas ações já vêm sendo
tomadas.
Sobre os pontos positivos que foram relatados, destaca-se que equipe se mostrou
satisfeita com a nova forma de realizar a revisão e a documentação no desenvolvimento, em
comparação com a Sprint 002. A comunicação entre a equipe continuou positiva, todos se
ajudando e colaborando. E como a equipe já conhecia como deveria atuar, tanto para
documentar quanto para desenvolver, ocorreu uma melhora na estimativa de horas, e a
velocidade de desenvolvimento aumentou.
Resumindo, os pontos positivos desta terceira sprint, foi apontado que além dos já
relatados nas primeiras Sprints, pode ser observado que:
o Aconteceu uma excelente comunicação entre o grupo;
o Aumento no compromentimento;
o Ocorreu um aumento na velocidade de desenvolvimento; e
o Os desenvolvedores conseguiram estimar melhor as tarefas.
Depois de apresentado a metodologia utilizada no estudo de caso, nas proximas seções
será apresentada os resultados da implantação da metodologia ágil Scrum em uma empresa de
pequeno/médio porte.
Capítulo
124
4 Resultados
A ideia de se realizar uma pesquisa padrão foi de coletar a opinião nos integrantes que
participaram do processo de utilização da metodologia ágil, realizando uma comparação entre
o desenvolvimento antes da implantação da metodologia ágil, em relação a depois da
implantação.
126
Após definir os critérios de avaliação e suas respostas prévias, foi possível aplicar o
questionário aos funcionários envolvidos e verificar os resultados obtidos. O questionário, na
íntegra, pode ser visualizado no Apêndice A.
E1 Desenvolvedor 01 Ativo
E2 Desenvolvedor 02 Ativo
E3 Desenvolvedor 03 Ativo
E4 Desenvolvedor 04 Ativo
E5 Scrum Master Ativo
E6 Product Owner Ativo
E7 Diretoria Passivo
Comunicação da Equipe I S PS PS PS PS PS PS
Motivação da Equipe PS PS PS PS S S PS PS
Participação da Equipe S S S PS S S S S
Comprometimento da Equipe PS PS S PS PS PS S PS
Documentação dos Sistemas I I S I I I I I
Desempenho do Desenvolvimento I I S I I I PS I
Interrupções PS I I I I I I I
Testes I I PS I I I I I
Qualidade I I S I I I PS I
Estimativa de Prazo PS I PS I I I I I
Atender ao Prazo de Entrega I I I I I I I I
Comunicação da Equipe S S S PS S S S S
Motivação da Equipe S S S PS S S S S
Participação da Equipe S S S PS S S S S
Comprometimento da Equipe S S S PS S S S S
Documentação dos Sistemas PS PS S PS PS PS PS PS
Desempenho do Desenvolvimento PS S PS PS PS PS PS PS
Interrupções PS PS PS PS PS PS PS PS
Testes PS S PS PS PS PS PS PS
Qualidade S S S PS PS PS S S
Estimativa de Prazo S PS PS PS S S S S
Atender ao Prazo de Entrega S S PS PS PS PS PS PS
Nota-se que a equipe teve dificuldades nas duas Sprints iniciais em estimar as horas
necessárias para o desenvolvimento e de se adaptar a metodologia. Já na Sprint 03, com a
maturidade adquirida pela equipe, o andamento da Sprint aconteceu melhor do que o estimado
inicialmente.
Devido à falta de informações em relação aos projetos anteriores a implantação da
metodologia ágil, não foi possivel realizar uma comparação de melhorias alcançadas em
relação custos, recursos humanos e de tempo de desenvolvimento. No próximo capítulo serão
apresentadas as conclusões obtidas.
Capítulo
133
5 Conclusões
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Caracteristicas Descrição
Classificação Interpretação
Nome:__________________________________________________
Desempenho do Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
143
Desenvolvimento
Interrupções Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
Testes Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
Qualidade Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
Desempenho do Parcialmente
Satisfeito Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Desenvolvimento
Interrupções Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
Testes Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito
Qualidade Parcialmente
Satisfeito Insatisfeito Desconhece
Satisfeito