ROBÔS HUMANÓIDES
Larissa Macan Lucas Sussumu Yamanishi de Oliveira
UTFPR UTFPR
Cornélio Procópio Cornélio Procópio
RA: 1999303 RA: 1693751
Vanessa Caroline Almeida Cirineu Victor Eduardo Zanlucki Carvalho
UTFPR UTFPR
Cornélio Procópio Cornélio Procópio
RA: 1998552 RA: 1886134
Abstract— Ao longo dos anos a evolução do conceito de robôs
humanoides foi proposta por várias pessoas, que pretendem
substituir o trabalho anteriormente realizado por humanos por
máquinas. É natural pensar que uma máquina que pode
substituir qualquer tarefa completada por humanos tenha a
mesma aparência que ela, e todas as ferramentas ou ambientes
de trabalho que os humanos usavam anteriormente não
precisam se adaptar a esta função para fazer a transição para
robôs humanoides.
Keywords—robôs humanoides, tecnologia, robótica.
I. INTRODUÇÃO
A robótica visa criar ferramentas que promovam ou
mesmo substituam o trabalho humano, independentemente da
motivação, seja financeira ou física, a robótica criará um
mecanismo automático para realizar tarefas anteriormente
realizadas por humanos. Os robôs humanoides foram criados
a partir desta motivação para substituir os humanos para
completar tarefas, mas as principais características são pela
sua forma humana e do robô ter uma grande versatilidade.
Além das limitações físicas das pessoas, os robôs
humanoides têm benefícios psicológicos, como a aversão das
pessoas às máquinas. As pessoas têm preconceito em confiar
funções a máquinas. Isto se deve ao mau funcionamento de
máquinas antigas, pois naturalmente a criação de novos robôs
leva tempo para funcionar normalmente, criando uma
vergonha para as máquinas automáticas. A realização de um
robô humanoide pode superar esse preconceito, pois
apresenta uma interface mais familiar do que uma tela de
computador, assim como um rosto humano pode expressar
mais informações subjetivamente.
Este conceito de máquinas humanoides é anterior à
robótica porque os objetos projetados para replicar as
características humanas podem ser vistos em muitas culturas
antigas. Com o avanço da tecnologia eletrônica, a robótica
tornou possível uma nova exploração desse conceito, de
máquinas independentes de comandos humanos. Desta
forma, os recursos tecnológicos de hoje permitem a
realização de um desejo muito antigo da humanidade, a
realização de organismos criados para funcionar como um ser
humano.
Atualmente existem várias empresas que trabalham
neste conceito de robô com características humanas, como a
Honda, sendo referência neste conceito. Com base no
trabalho dessas empresas, pode-se analisar a demanda por
robôs humanoides, pois diversos recursos são utilizados para
Mylena Cristina Ferreira da Silva
UTFPR
Cornélio Procópio
RA: 1998536
esse fim, e a demanda por isso na sociedade atual pode ser
medida. É uma rotina diária para máquinas substituir
humanos, mas com base na situação acima, robôs
humanoides são mostrados como uma nova meta para o
avanço da automação de processos.
Mesmo não existindo aplicações em larga escala
para robôs humanoides, empresas e pesquisadores
trabalhando arduamente para tornar tudo isso possível, este
trabalho tem como objetivo resumir o status da aplicação de
robôs humanoides na ciência para estimular e demonstrar a
importância deste conceito.
II. CONCEITO
Um robô é uma máquina inteligente que executa
comandos de forma autônoma, podendo sentir e manipular o
seu ambiente. Robôs dotados com inteligência artificial
foram desenvolvidos para auxiliar os humanos a realizarem
tarefas complexas com maior eficiência, todavia, isto pode
causar um desconforto aos humanos, pois assim, esses robôs
poderiam ocupar os trabalhos dos mesmos. Com o propósito
de amenizar isso criou-se os robôs humanoides.
Os robôs humanoides são robôs com a aparência
semelhante à de humanos e que são projetados para interagir
conosco. Normalmente, os humanoides possuem tronco,
cabeça, dois braços e duas pernas, também podem existir
semelhantes da cintura pra cima e com a cabeça com
características faciais humanas, como olhos e boca. Por meio
da inteligência Artificial esses robôs imitam o raciocínio
humano, a partir de métodos como redes neurais, lógica
fuzzy, algoritmo genético, etc. Esses robôs recebem sensores
e atuadores que em conjunto com a inteligência artificial
possuem características geradas com base em humanos.
Os robôs humanoides foram desenvolvidos para
interagir com as pessoas, realizar tarefas e para trabalhar em
colaboração com os humanos em atividades complexas e
diversificadas, por exemplo como locomoção, manipulação,
percepção audiovisual, dentre outras. Os robôs humanoides
modernos são desenvolvidos para realizar trabalhos
específicos em fábricas, domótica, atuar como assistentes
virtuais de saúde, aprimorar próteses, dentre outras
aplicações.
Em comparação, os robôs digitais são versões
virtuais fotorrealistas dos seres humanos, mais conhecidos
como avatares. Esses não são desenvolvidos estruturalmente
como os robôs humanoides, sendo somente seres virtuais
baseados em IA projetados para interagir e simpatizar com os
seres humanos. Os robôs digitais, podem parecer visualmente
com um indivíduo específico ou não.
Os robôs humanoides não raramente são
confundidos com os Androides com aparência masculina ou
as geoides com aparência feminina, os androides são muito
semelhantes aos humanos, não somente na aparência externa
como também no comportamento, e normalmente são mais
úteis em pesquisas cognitivas e sociais, buscando
compreender o comportamento e a interação com os
humanos. Já os robôs humanoide, a priori foram projetados
com o intuito de aprimorar, para os seres humanos, as
próteses de perna e vários outros membros do corpo, com o
passar do tempo e com os avanços da tecnologia e da
inteligência artificial, os robôs receberam diversas
funcionalidades por exemplo, estes atuam na área médica no
auxílio de crianças autistas, podem ser utilizados em escolas
e universidades para fins educacionais no ensino da
programação, além disso a área que atualmente mais se
beneficia com a utilização dos robôs humanoides são as
relacionadas à atividades perigosas, as quais os trabalhadores
são expostos a radiação ou temperaturas extremas, bem como
na área fabril que realizam movimentos repetitivos, nesses
ambientes a substituição do homem pelo robô não somente é
benéfica como também necessária. Ademais, atualmente os
robôs humanoides são muito utilizados para missões de
exploração espacial, isso pois, por ser um ambiente pouco
explorado até então, os robôs garantem são somente
segurança para os humanos, como também conseguem levar
a informação mais rapidamente para o local desejado.
Como já mencionado, os robôs possuem uma vasta
gama de aplicação e todas elas podem ser consideradas como
vantagem no que diz respeito ao seu uso, porém, apesar de
todas as vantagens a robótica humanoide apresenta algumas
desvantagens, pode-se citar as questões éticas que envolvem
os robôs e a inteligência artificial, por tratar-se de um assunto
relativamente novo muito se discute sobre o futuro dos robôs,
isso ocorre pois a inteligência artificial torna as máquinas
muito semelhantes aos humanos e consequentemente surgem
dúvidas a respeito de qual é o limite de utilização dos
mesmos. Além disso, outra desvantagem relacionada ao seu
desenvolvimento é a dificuldade em criar atuadores com uma
autonomia satisfatória, isso pois, como o trabalho executado
por um motor é resultante da potência a qual este consome,
quanto mais trabalho o robô executa, maior a potência
consumida resultando então na limitação do trabalho do robô
por sua fonte de energia. Outro fator considerado como
desvantagem é a limitação dos robôs humanoides em copiar
efetivamente as inúmeras características humanas, isso pois,
são necessários diversos sensores e atuadores em sua criação,
tornando-se consequentemente, uma tarefa trabalhosa
mecanicamente e computacionalmente.
Ainda há muitas dúvidas a respeito do futuro da
robótica humanoide, muitos criadores afirmam que o futuro
será voltado à robótica afetiva, salientando que os robôs não
servirão apenas para substituir o homem em algumas
atividades, mas também incluir inteligência emocional nas
máquinas de forma que tais robôs possam entender os
sentimentos humanos e assim conseguir corresponder ao que
estão ouvindo e vendo de forma empática.
III. TIPOS
Desde a década de 70, quando começaram os
principais avanços nessa área, já desenvolveram vários robôs
humanoides capazes de se mover e interagir como humanos,
porém, apesar da evolução ter sido grande, ainda faltava
muito para chegar à inteligência artificial, o que atualmente
já é realidade.
O início do desenvolvimento foi em 1973, o primeiro
humanoide foi criado em Tóquio, o WABOT-1 . Ele era
capaz de se movimentar com as próprias pernas, tinha braços
funcionais com sensores táteis, era capaz de responder a
perguntas simples e possuía um sistema de visão e receptores
para medir distâncias. Era bem grosseiro, porém, funcional.
Em 1994, nos Estados Unidos, foi criado o COG.
Onde duas teorias se concretizaram, a de que um robô poderia
aprender e a de que as interações seriam mais naturais quanto
mais “humano” um robô parecesse. O COG já possuía
sensores, câmeras e 22 graus de movimento, e tornou-se o
primeiro humanoide com desenvolvimento cognitivo.
Desde então a robótica se desenvolveu
exponencialmente, desta forma, destacando os principais
humanoides já criados, destaca-se o ASIMO, criado em 2000
pela Honda. Este robô apresentava características com
aspecto humano não muito aprimorado, mas também não
focava em bom um desempenho na locomoção. O ASIMO é
capaz de correr 6km, anda de mãos dadas com humanos, sobe
e desce escadas, e a intenção do seu desenvolvimento era que
ele pudesse vir a ajudar a resolver crises nucleares como a de
Fukushima.
Outro importante robô desenvolvido foi o ATLAS,
criado em 2013, com foco na execução de tarefas físicas. Ele
pode movimentar obstáculos, dirigir veículos, abrir portas,
realizar tarefas de busca e salvamento. O ATLAS é referência
no conceito de movimentação para um robô humanoide,
possui uma estrutura muito robusta, capaz de fazer até
parkour.
Diferente do ATLAS, em 2015 foi desenvolvida a
SOPHIA, com foco na interação com humanos, com uma
aparência muito próxima a de uma pessoa. Ao todo ela pode
emular 62 expressões humanas, assim como reconhecer
expressões. Segundo os seus desenvolvedores, ela pode ser
implementada nas áreas de saúde, atendimento ao cliente, e
até mesmo na educação. A SOPHIA é considerada um
androide, robô extremamente semelhante ao humanoide.
Por fim, destaca-se o mais recente humanoide
desenvolvido, a Ameaça. Foi criada por uma empresa
britânica, sendo atualmente o robô em forma humana mais
avançado do mundo. É extremamente semelhante aos seres
humanos, e a razão para fazer um robô tão expressivo e tão
parecido, é para que realmente interaja com as pessoas.
Foram 15 anos de trabalho, e os criadores acreditam que o
robô pode ser utilizado para o desenvolvimento de futuras
tecnologias robóticas, inteligência artificial e machine
learning. A Ameca permite atualização de Hardware e
software constante, divisão em módulos, ou seja, é possível
ter apenas "uma mão", um "braço", do modelo, não tendo
necessidade de ter o robô completo para funcionar. Além da
conexão em nuvem, e movimentos suaves e realistas que
permitem um relacionamento instantâneo com pessoas.
IV. CONCLUSÃO
O conceito de criar robôs com formas humanizadas
já é antigo, mas a tecnologia para um desempenho satisfatório
ainda vem se consolidando, visto que a função desse formato
de corpo é desempenhar bem diversas funções, leva-se tempo
para lapidá-las, para isso estão sendo constantemente
atualizadas com iterações de sua inteligência artificial e novas
tecnologias.

Com a evolução dessa área, podemos esperar a

substituição de mão de obra para funções não tão simples e
repetitivas como as automatizadas hoje em dia, mas mais
complexas com uma maior diversidade, como para
atendimento de pessoas de forma “orgânica”, resgate em
incêndio, e infantaria.
REFERÊNCIAS
[1] Del Carmen, G. (2021, 3 de setembro). 7 robôs humanoides que já
substituem os humanos em tarefas repetitivas. Forbes. Disponível em:
https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/09/7-robos-humanoides-que-
ja-substituem-os-humanos-em-tarefas-repetitivas/#foto2
[2] Engineered Arts. Ameca: the future face of robotics. Disponível em:
https://www.engineeredarts.co.uk/robot/ameca/
[3] Honda Portugal Automóveis. Asimo, um marco da inteligência
artificial. Disponível em: https://honda-automoveis.pt/blog/asimo-um-
marco-da-inteligencia-
artificial/#:~:text=O%20ASIMO%20%C3%A9%20um%20robot,com
%20tecnologia%20aut%C3%B3noma%20de%20comportamento.
[4] IG Tecnologia. Sophia: robô que prometeu destruir os humanos será
produzido em massa. Disponível em:
https://tecnologia.ig.com.br/2021-02-14/sophia-robo-que-prometeu-
destruir-os-humanos-sera-produzido-em-massa.html
[5] Robôs entre o bem e o Mal: Humanoides devem prolongar nossa marca
na Terra. Haverá espaço para criador e criatura no futuro? (n.d.). UOL
TAB: Repórteres na rua em busca da realidade. Disponível em:
https://tab.uol.com.br/edicao/humanoides/#page6
[6] Robô humanóide. (n.d.). Disponível em:
https://stringfixer.com/pt/Humanoid_robot
[7] Robots. COG. Disponível em: https://robots.ieee.org/robots/cog/
[8] Tinbot Robótica. Criação, evolução e futuro dos robôs. Disponível em:
https://tinbot.com.br/blog/criacao-evolucao-e-futuro-dos-robos/
[9] Waseda University Humanoid. WABOT – WAseda roBOT.
Disponível em:
https://www.humanoid.waseda.ac.jp/booklet/kato_2.html