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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - SEECD

ESCOLA ESTADUAL DR. EDINO JALES


NOME: Marcos Vinícius De Lima Guedes Nº:
TURMA: 3 A Matutino DISCIPLINA: História BIMESTRE: 2º NOTA

PROFESSOR(A): Francisco Dantas Veras Neto DATA: 01 / 07 /2021

Crise de 1929 (Grande Depressão)

A Crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior crise do capitalismo financeiro.
O colapso econômico teve início em meados de 1929, nos Estados Unidos, e se espalhou por todo o mundo
capitalista. Seus efeitos duraram por uma década, com desdobramentos sociais e políticos.

Causas da Crise de 29
As principais causas da Crise de 1929 estão ligadas à falta de regulamentação da economia e à oferta de
créditos baratos. Igualmente, a produção industrial seguia um ritmo acelerado, mas a capacidade de consumo
da população não absorvia esse crescimento, gerando grandes estoques de produtos a fim de esperar melhores
preços.
A Europa, que tinha se recuperado da destruição da Primeira Guerra, não precisava mais dos créditos e
produtos americanos. Com os juros baixos, os investidores passaram a colocar seu dinheiro na Bolsa de
Valores e não nos setores produtivos. Ao perceber a diminuição do consumo, o setor produtivo passou a
investir e produzir menos, compensando seus déficits com a demissão de funcionários.

Crash da Bolsa de Nova York


Com tanta especulação, as ações começam a se desvalorizar, o que gera o "crash" ou o "crack" da Bolsa de
Nova York, no dia 24 de outubro de 1929. Este dia seria conhecido como a "Quinta-feira Negra". O resultado
óbvio foi o desemprego (generalizado) ou a redução salarial. O ciclo vicioso se completou quando, devido à
falta de renda, o consumo caiu ainda mais, forçando uma diminuição nos preços. Muitos bancos que
emprestaram dinheiro faliram por não serem pagos, diminuindo assim a oferta de crédito. Com isso, muitos
empresários fecharam as portas agravando ainda mais o desemprego.
Os países mais atingidos pela Quebra da Bolsa de Nova York foram as economias capitalistas mais
desenvolvidas, dentre elas os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido. Em alguns
destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes totalitários.

Contexto Histórico da Crise de 1929


Após a Primeira Guerra, o mundo viveu um momento de euforia, conhecido como os "Loucos Anos Vinte"
(também chamado de Era do Jazz). No Estados Unidos, principalmente, o otimismo é palpável e se consolida
o chamado American Way of Life, onde o consumo é o principal fator de felicidade.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, em 1918, os parques industriais e a agricultura na Europa estavam
destruídos, permitindo aos EUA exportarem em larga escala para o mercado europeu. Os Estados Unidos
também se transformaram no principal credor dos países europeus. Essa relação gerou interdependência
comercial, que foi se alterando na medida em que a economia europeia se recuperava e passava a importar
menos. Somado a isso, o Banco Central americano autoriza aos bancos a emprestarem dinheiro a juros baixos.
O objetivo era fomentar ainda mais o consumo, mas este dinheiro acabou indo parar na Bolsa de Valores.
Desta maneira, em meados da década de 1920, os investimentos em ações da bolsa de valores também
aumentam, uma vez que estas ações eram artificialmente valorizadas para parecerem vantajosas. Contudo,
como se tratava de especulação, as ações não possuíam cobertura financeira. Como agravante, o governo dos
EUA inicia uma política monetária para reduzir a inflação (aumento de preços), quando deveria combater uma
crise econômica provocada pela deflação econômica (queda nos preços).
Primeiramente, a economia norte-americana, principal credora internacional, passa a reivindicar a repatriação
de seus bens, emprestados às economias europeias durante a guerra e reconstrução. Este fator, somado à
retração nas importações dos EUA (principalmente de produtos europeus), torna difícil o pagamento das
dívidas, levando assim a crise aos outros continentes. Esta crise já era perceptível em 1928 quando houve uma
queda brusca e generalizada nos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional.

Quebra da Bolsa de Nova York


Em 24 outubro de 1929, uma quinta-feira, havia mais ações que compradores e o preço baixou
vertiginosamente. Por isso, milhões de investidores norte-americanos que puseram seu dinheiro na Bolsa de
Valores de Nova York faliram quando a “bolha de crédito” estourou. Isso provocou um efeito em cadeia,
derrubando as bolsas de Tóquio, Londres e Berlim na sequência. O prejuízo foi milionário e sem precedentes
históricos.
Na sequência, estoura a crise financeira, visto que as pessoas, em pânico, sacaram todos seus valores
depositados nos bancos, o que provocou seu colapso imediato. Assim, de 1929 até 1933, a crise só se agravou.
Todavia, em 1932, o democrata Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente dos EUA. Imediatamente,
Roosevelt inicia um plano econômico denominado (propositalmente) "New Deal" ou seja, o “Novo Acordo”,
caracterizado pela intervenção do Estado na economia.
Como legado, a Crise de 1929 deixou-nos a lição da necessidade do intervencionismo e do planejamento
estatal da economia. Da mesma forma, a obrigação do Estado em prover assistência social e econômica aos
mais afetados pelo decrescimento do capitalismo.

Consequências da Crise de 1929: New Deal


O plano econômico do New Deal foi o principal responsável pela recuperação econômica dos EUA, sendo
adotado como modelo por outras economias em crise. Na prática, este programa do governo previa a
intervenção do Estado na economia, controlando a produção industrial e agrícola.
Concomitantemente, projetos federais de obras públicas foram realizados com foco na construção de estradas,
ferrovias, praças, escolas, aeroportos, portos, hidroelétricas, casas populares. Assim, foram criados milhões de
empregos, fomentando a economia pelo consumo.
Mesmo assim, em 1940 a taxa de desempregados estadunidenses era de 15%. Esta situação foi finalmente
resolvida com a Segunda Guerra Mundial, quando a economia capitalista mundial se recupera. Ao fim da
guerra, apenas 1% dos norte-americanos produtivos estavam desempregados e a economia estava a pleno
vapor.

1ª Atividade – 2º Bimestre

1º) A chamada Crise de 1929 caracterizou-se por um colapso no sistema financeiro mundial no período
do entreguerras, isto é, no intervalo entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Tal crise também é
identificada com:

a) a quebra da Bolsa de Valores de São Paulo. b) a Guerra Civil Americana.


c) a quebra da Bolsa de Valores de Nova York. d) a Independência dos Estados Unidos.

Letra C

2º) No fim da década de 20, anos de prosperidade, uma grave crise econômica, conhecida como a Grande
Depressão, começou nos EUA e atingiu todos os países capitalistas. J. K. Galbraith, economista norte-
americano, afirma que “à medida que o tempo passava tornava-se evidente que aquela prosperidade
não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição.” (Dias de boom e de
desastre in J.M. Roberts (org), História do Século XX.).
A aparente prosperidade pode ser percebida nas seguintes características:

a) o aumento da produção automobilística, a expansão do trabalho e a falta de investimentos em tecnologia.


b) a destruição dos estoques de mercadorias, o aumento dos preços agrícolas e o aumento dos salários.
c) a cultura de massa com a venda de milhões de discos, as dívidas de guerra dos EUA e o aumento do número
de empregos.
d) a crise de superprodução, a especulação desenfreada nas bolsas de valores e a queda da renda dos
trabalhadores

Letra D

3º) Para conter os efeitos da depressão que ocorreu após a Crise de 1929, o governo dos Estados Unidos lançou o
programa intitulado:

a) Pacto de Varsóvia b) New Deal c) Acordo de 1931 d) Plano Marshall

Letra B

4º) A crise que atingiu a Bolsa de Nova York, em 1929, serviu para demonstrar a crise do modelo liberal
aplicado na economia norte-americana e para superá-la foi executado um programa que tinha como
base:

a) A não-intervenção do Estado, objetivando dar ao mercado condições próprias de superação do grave


momento econômico.
b) Uma política de investimento maciço em obras públicas, que ficou conhecido como "Aliança para o
progresso".
c) Um conjunto de medidas intervencionistas que ficou conhecido como "New Deal";
d) A supressão de uma série de conquistas da classe trabalhadora, como o salário-mínimo, com a finalidade
de facilitar a geração de empregos.

Letra C

5º) O "crack" da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, provocou falências de centenas de
indústrias, de bancos, de companhias de comércio e de transportes e um desemprego em massa, que
chegou a alcançar cerca de 15 milhões de trabalhadores nos Estados Unidos. No plano internacional, é
correto afirmar que essa crise financeira:

a) não afetou o desenvolvimento das economias dos países europeus.


b) contribuiu para ampliar a comercialização de matérias-primas dos países subdesenvolvidos.
c) não teve desdobramentos, já que era um fenômeno restrito aos Estados Unidos.
d) provocou graves consequências para os países que exportavam para os Estados Unidos;

SUCESSO!!!
Letra D

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