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SAÚDE DO ADULTO

Fisioterapia na reabilitação de pacientes com miocardiopatias


A evolução apresenta episódios descompensado (tratamento hospitalar) e compensados (tratamento ambulatorial).

Classificação da IC:

CLASSES SINTOMAS
1 Assintomático nas atividades usuais
11 Assintomático em repouso. Sintomas desencadeados por esforços habituais.
111 Assintomático em repouso. Sintomas presentes em esforços menores que os usuais
1V Sintomas (fadiga, palpitação e dispneia) em repouso ou decorrentes de mínimos
esforços

Uma nova nomenclatura classifica a insuficiência em quatro estágios principais, que podem estar direta ou indiretamente
associados a diferentes mecanismos etiológicos:

Estágio A Pacientes em risco de desenvolver IC em virtude de condições comórbidas que


são fortemente associadas com o desencadeamento da IC. Os pacientes são
assintomáticos, não havendo anormalidades estruturares valvares ou ventriculares.
Ex: hipertensos, portadores de doença coronária e diabéticos.
Estágio B Pacientes que desenvolveram doença cardíaca estrutural, que está fortemente
associada com o desenvolvimento de IC mas não tem sintomas de IC. Ex:
hipertrofia ventricular esquerda, doença valvular assintomática com dilatação
ventricular, IAM prévio.
Estágio C Pacientes que apresentam prévia ou atual IC sintomática, associada com doença
estrutural cardíaca.
Estágio D Pacientes com nítidos sintomas de IC, em repouso, a despeito de máxima terapia
farmacológica e que necessitam de intervenções especializadas. Ex: pacientes que
não podem ter alta do hospital, recorrência de hospitalizações, pacientes com
suporte inotrópico continuo para alivio sintomático ou em assistência circulatória.

Outro sistema de graduação para classificação dos pacientes com doenças cardíacas crônicas foi proposto por weber e é
baseado no aproveitamento máximo de O2. (VO² máximo):

CLASSES VO²máximo
A > 20
B 16-20
C 10-15
D < 10

Tratamento não medicamentoso: consiste em adequada alimentação e hidratação, uma vez que o paciente tende a
retenção hídrica que leva ao aparecimento de congestão hepática e edema, sendo a redução na ingesta de sal e líquidos
de grande auxílio no seu controle.
O exercício físico consiste em outra medida importante. Promove redução da atividade simpática aumentada, aumenta o
fluxo sanguíneo periférico por meio da melhora da função endotelial. O exercício deve ser recomendando para pacientes C
L I N I C A M E N T E E S T A V E I S.
Fase descompensada (hospitalar):
Geralmente o paciente está nos graus l l l ou lV pela classificação de NYHA, na qual dispneia, cansaço, edema de membros
inferiores são muito comuns.
Objetivos terapêuticos da equipe: Anamnese:

 Diminuir sinais e sintomas  Dados do paciente


 Diminuir peso corporal  Etiologia da IC
 Adequar ventilação pulmonar  Antecedentes pessoais e cirúrgicos
 Manter a diurese adequada  Medicações em uso
 Melhorar perfusão tecidual  Exames complementares
 Reduzir tempo de internação e mortalidade

Exame físico:

 Avaliação do padrão hemodinâmico Avaliação respiratória:


 Sinais vitais
Dor, tosse, dispneia,  Espirometria
 Peso
esforço abdominal,  Manovacuometria
 Altura fraqueza e presença
 Queixa principal de estase jugular, Testes:
 Ausculta pulmonar terceira bulha e ascite.
 TC6
 Palpação do fígado
 Teste de sentar e levantar da cadeira em um
 Presença de sinais e sintomas
minuto
 Força muscular periférica  Teste de 1 RM se o paciente estiver no grau 4
 Questionário de qualidade de vida específico ou 5 de força (carga de 40 a 50% de 1RM)
para IC.

Objetivos fisioterapêuticos:

 Evitar as consequências do imobilismo  Minimizar os sentimentos de invalidez


 Avaliar respostas frente a esforços  Reduzir a ansiedade
 Promover retomada precoce e segura das AVD  Promover planos de educação sobre a doença
 Evitar ou minimizar perda de força muscular
periférica e respiratória

Condutas: Conforme a melhora clínica do paciente

 Ventilação não-invasiva  Manobras/recursos desobstrutivos,


 Mobilização/deambulação precoce  Estimulação tosse
 Exercícios resistidos*  Manobras/recursos reexpansivos.

A ventilação mecânica não invasiva deve ser utilizada imediatamente caso o paciente
apresente critérios para sua utilização, como: padrão expiratório ativo, queda de saturação,
uso da musculatura acessória da expiração e inspiração, presença de estertores creptantes
em dois terços de ambos os hemitórax.
Protocolo de atendimento:
5 estágios (progressivos) com atividades que envolvem:

 Alongamentos
 Mobilizações
 Caminhadas
 Exercícios respiratórios
 Suporte ventilatório não-invasivo
 Monitorização de dados vitais, escala borg, spo2

Critérios interrupção regressão ou não progressão:

 Arritmias graves
 Sinais e sintomas de  dc
 Piora dispneia e/ou spo2
 Quadro clínico instável

Critérios exclusão:

 Miocardiopatia hipertrófica
 Contra-indicação médica

Fase compensada (ambulatorial):


Exercício físico:

 Poucos efeitos centrais


 Muitos efeitos benéficos periféricos (sistêmicos)
Indicações reabilitação:

 Pacientes estáveis, classe funcional i, ii e iii(?)


 Pacientes estáveis há 2-3 meses
Avaliação inicial:

 Manovacuometria;
 Espirometria;
 Teste ergométrico (médico);
 Tc6min; teste cadeira,
 Etc;
Características programa de reabilitação:

 2-3x/semana ◦ aquecimento/alongamentos (5 -10 min)


 Atividade aeróbica 30 min
 Intensidade: 40-60 – 80% fcmáx reserva
 Desaquecimento 5 -10 min
 Exercícios resistidos: 30-40% 1rm???
 Treinamento funcional

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