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Curiosidades

de Regiões

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sobre nós

#enocultura 2
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C u r i o s i da d e s d e R e g i õ e s sobre nós

Quem somos

A eno Cultura tem como objetivo


ajudar no progresso da indústria
e estabelecer o conhecimento por meio
da educação, compartilhando
nossa experiência e comprometimento
pelo mundo dos vinhos, saquês e destilados.

somos o único educador


na América Latina
que possui 9 professores
WseT nível 4 – Diploma

Prêmios
internaCionais

em pouco mais de 5 anos de operação


a eno Cultura já trouxe alguns prêmios
importantes para o brasil. eleita em 2017 como
educador do ano pela WSeT Global, entre
mais 900 escolas espalhadas em 90 países,
recebeu o prêmio, orgulhosamente, pelas
mãos do aclamado jornalista inglês Steven
Spurrier. outra conquista foi em 2019 com o
título de Provedor do ano para o curso French
Wine Scholar (FWS), recebido pela Wine
Scholar Guild. FWS é o curso mais avançado
e profundo sobre vinhos franceses ministrado
em cerca de 100 escolas no mundo. Ainda em
2019, nosso diretor Paulo brammer foi eleito
na premiação Future 50 Awards, que revelou
os 50 nomes de destaques que moldam o
futuro da indústria etílica Global!

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o Que fazemos

frenCh Wine Conteúdo material Pin e Pós


sCholar e aulas nominal
Práticas viticulturais em
e de vinificação, cepas, Português Após a aprovação,
topografia, clima, solos, o aluno receberá
história e leis dos vinhos o material de estudo um certificado e o pin,
de todas as regiões é desenvolvido com além do direito
vinícolas francesas, o apoio do Ministério de uso do pós nominal
incluindo Jura, Francês da Agricultura e do logo “FWS”
Savoie e Córsega. e atualizado anualmente. em suas comunicações.

WorkshoPs in ComPany

Com o objetivo de auxiliar empresas a estreitarem


relacionamento com potenciais clientes, parceiros
estratégicos e colaboradores, há mais de 6 anos
a eno Cultura desenvolve eventos corporativos e workshops
que promovem experiência com vinhos e destilados.

Como funCiona

Desenvolvimento Criação e apresentação Seleção de produtos de acordo


do conceito do material de apoio com o orçamento do cliente

Degustando arte

Promovemos experiências de degustação Jogo do vinho


em cursos temáticos, focando na alta qualidade,
diversidade e originalidade dos vinhos.

Confira nossa agenda

www.enocultura.com.br/workshops Cerveja X Vinho

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Cursos online

Cursos temáticos criados


para assistir quando e onde quiser.
Além das aulas didáticas em formato
de vídeo, disponibilizamos um material
de apoio para acompanhamento
do curso, uma lista com sugestões
de vinhos e um vídeo exclusivo
com perguntas e respostas para testar
o conhecimento adquirido. Ao final
do curso, você receberá a certificação
eno Cultura de conclusão.

enocultura.com.br/
product-category/cursos-online

Cursos Wset (Wine & sPirit eduCation trust)

Nível
N íve l 1
ível Níí ve
N el 2
v el N
Níí v e l 3 N
Níí v e l 4

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índice

9 23 29 34

Introdução
(pág. 7)

1.
Vale do Loire - França
(pág. 9)

2.
Rioja - Espanha
(pág. 16)

3.
Mosel - Alemanha
(pág. 23)

4.
Piemonte - itália
(pág. 29)

5.
MarlboroUgh - nova zelândia
(pág. 34)

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INTRODUÇÃO

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Neste e-book trazemos algumas curiosidades relacionadas


à legislação, história, microrregiões, uvas e produção de
algumas regiões que são importantes na produção de uva e
vinho no cenário global.

Aproveite a leitura!

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1. Vale do Loire - França

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Os crus comunais da região de


Muscadet Sèvre et Maine que está
localizada em Pays Nantais (Loire
Baixa) são: Gorges, Clisson, Le
Pallet, Goulaine, Château-Thébaud,
Monnières Saint-Fiacre e Mouzillon-
Tillières. São 7 atualmente e devem
vir outros em breve. Veja onde
cada um está localizado:

Os vinhos produzidos nesses crus utilizam a casta Melon


de Bourgogne e obrigatoriamente devem amadurecer um
tempo mínimo de 6 meses sobre as borras (sur lie).

Alguns crus necessitam amadurecer longo tempo sobre


as borras:

Gorges: Clisson: Goulaine: Château-Thébaud:


24 a 40 meses 24 a 36 meses 20 a 30 meses 36 a 48 meses

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O Vale do Loire tem apenas uma região Grand


Cru que é Quarts de Chaume Grand Cru,
localizada na parte Média do Loire, onde são
produzidos apenas vinhos doces elaborados,
exclusivamente, com a uva Chenin Blanc atacada
pelo fungo Botrytis cinerea.

A maior rota do vinho francês é o


Vale do Loire, com 800 km rodeado
por vinhedos entre leste e oeste. O
Vale do Loire é também a região
francesa que mais produz vinho
branco no país (com estilos doces e
secos), sendo a uva Chenin Blanc a
única permitida para a elaboração
dos doces.

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Uma pequena AOC dentro de Savennières (Anjou),


chamada Coulée de Serrant, exige que 100%
dos vinhos sejam biodinâmicos. O cultivo dos
vinhedos iniciou com os monges em 1130 e o
biodinamismo passou a vigorar a partir de 1981.
A região é um monopólio de Nicolas Joly, uma
referência na produção biodinâmica.

Coulée-de-Serrant

Nos últimos anos, as safras que mais se destacaram


(consideradas excepcionais) para a produção
de brancos e tintos foram a de 2009 (apontada
como excepcional para os vinhos doces também)
e a de 2015. As conclusões foram tiradas após
análises de pesquisas acadêmicas, passando
por jornalistas, especialistas, produtores,
associações regionais, pesquisas acadêmicas e
divulgadas pela Wine Scholar Guild, detentora
do curso French Wine Scholar, ministrado pela
Safras 2009 e 2015:
excepcionais para a produção Eno Cultura no Brasil.
de brancos e tintos

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O Vale do Loire foi uma das Romorantin é uma antiga uva


últimas regiões a ser atingida branca originada do cruzamento
pela filoxera e uma das últimas a entre Pinot Teinturier e Gouais
dar a volta por cima e retomar Blanc. É considerada irmã
o ritmo de produção. Foi lá da Chardonnay por terem a
que ocorreu, pela primeira Gouais Blanc como parental
vez, a tentativa do uso de em comum. A Romorantin
dissulfeto de carbono para é cultivada exclusivamente
combater a moléstia, porém na AOC Cour-Cheverny
sem sucesso absoluto. (Touraine) onde apenas os
O "grande remédio" era mesmo vinhos brancos secos desta uva
a enxertia. são permitidos.

O caminho de Sully-sur-Loire (Loiret) até


Chalonnes-sur-Loire (Anjou), que soma 280
km, foi reconhecido como Patrimônio Mundial
da UNESCO no ano 2000. Região marcada por
castelos, natureza, cultura, o estonteante rio Loire
(o maior da França!) e vinhedos que completam
a paisagem.

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Alguns Châteaux merecem destaque especial no Vale do Loire:

Clos Lucé, local onde Leonardo da Vinci Château Cheverny foi inspiração
viveu os últimos 3 anos de vida para o desenho Tintin

O Château de Chambord foi inspiração O Château d'Ussé foi fonte de inspiração


para o conto A Bela e a Fera de Charles Perrault para o famoso conto
de fadas A Bela Adormecida.

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Dicas de Vinhos:

Muscadet Sèvre et Domaine des Baumard Nicolas Joly La Roche


Maine Cru Château-Thébaud Quarts de Chaume Aux Moines Clos De La Bergerie
Edega Mistral Coletanea Vinhos

Quero conhecer mais


sobre o Loire

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2. Rioja - Espanha

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A DOCa Rioja possui 3 zonas


oficiais de produção, que são
Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja
Oriental (chamada Rioja Baja até
2018), cujos terroirs apresentam
características distintas. Em termos
de área, a maior é Rioja Alta,
com 27347 ha, seguida de Rioja
Oriental, com 24590 ha e a menor
é Rioja Alavesa, com 13389 ha.

Rioja foi a primeira região Uma nova categoria foi criada


vitivinícola da Espanha a receber a recentemente, denominada: viñedos
certificação Denominación de Origen singulares. O objetivo é dar
(DO), em junho de 1925. Após 66 reconhecimento aos vinhedos que
anos foi elevada à uma categoria se destacam dentro da DOCa Rioja.
superior no que tange à certificação Os vinhos elaborados com
e também foi a primeira a carregar o as uvas desses vinhedos receberão
título de Denominación de Origen a identificação. Para um vinhedo
Calificada (DOCa). A Espanha possui receber este título deve obedecer
70 DO's e o título de DOCa pertence regras específicas, como:
apenas à Rioja e ao Priorato.  

Além disso...

Os vinhos são avaliados duas vezes:

• Ocorre uma degustação inicial


• Outra degustação ocorre antes de ir
idade mínima rendimento colheita à venda
das vinhas no vinhedo manual • Outros requisitos são necessários para
estampar no rótulo: Viñedos Singulares

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Rioja possui a classificação tradicional de acordo com


o envelhecimento e ao lado está a hierarquia da nova
classificação, de acordo com a origem das uvas.

Viñedos Singulares

Vinos de Municipio

Vinos de Zona

Rioja

Gran Reserva
Tintos: 60 meses; 24 em barrica de carvalho + 24 em garrafa.
Brancos e rosés: 48 meses: 6 em barrica de carvalho

Reserva
Tintos: 24 meses; 12 em barrica de carvalho
Brancos e rosés: 18 meses: 6 em barrica de carvalho

Crianza
Tintos: 36 meses; 12 em barrica de carvalho + 6 em garrafa
Brancos e rosés: 24 meses: 6 em barrica de carvalho

Genérico (colheita)

OBS: Todos os valores referem-se a tempos mínimos

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A legislação de Rioja possui muitas regras que devem ser breve amadurecimento em barricas de carvalho,
seguidas à risca, vinhos que "fogem" às regras encaixam destinado às pessoas jovens. Para chamar a atenção
na classificação Rioja Genérico, que pode até mesmo desse nicho, foram usadas barricas "tatuadas" pelos
ser desvalorizado diante de alguns consumidores. 6 tatuadores mais famosos do mundo. O vinho foi
Alejandro López da Viña Pomal criou o Compromiso, precificado com valor maior que o Gran Reserva da
um blend com as 5 tintas permitidas em Rioja, com mesma vinícola.

Por outro lado, existem produtores que não abrem mão capacidade para armazenar cerca de 50 mil barricas
do estilo clássico existente. Detentor da maior área de de carvalho e possui uma enoteca permanente com 9
vinhedos plantados em Rioja (650 hectares), a Bodegas milhões de garrafas.
Faustino mantém o tradicionalismo desde os vinhos
de entrada até os tops de linha. A grandiosidade da Todas as safras são classificadas pelo Conselho
vinícola não está apenas nos vinhedos, a bodega tem Regulador de Rioja.

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A produção de espumantes em Rioja passou a ser


regulamentada. Obrigatoriamente a colheita deve ser manual,
é permitida a elaboração de brancos e rosés com quaisquer
das uvas autorizadas na denominação e o uso do método
tradicional é lei. O tempo desde a introdução do licor de
tirage até o dégorgement deve ser de, no mínimo, 15 meses.
Para espumantes classificados como Gran Añada esse tempo
não pode ser inferior a 36 meses.
Duas avaliações também são obrigatórias, uma feita em
laboratório para análises físico-químicas e uma outra que envolve
aromas e sabores.

Blending Licor Remuage Estágio Dégorgement Licor de


Vinho base
de tirage sur lie expedição

Até menos de 5 anos atrás não era permitido


elaborar vinhos brancos varietais certificados com Viura
a DOCa Rioja. Atualmente, blends e varietais são ia
permitidos com as 9 brancas autorizadas: Malvas
n i l l o Branco
a
Tempr
ca
r n a c h a Blan
Ga
ca
u r a n a Blan
Ma t
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uva
r r o n t és, são
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S
jo
Verde

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Apesar de Rioja ser facilmente associada à uva Tempranillo (não é para menos, uma vez que
representa mais de 87% das uvas tintas da superfície de Rioja), a região entrega muito mais
do que o Tempranillo. A legislação permite que sejam elaborados varietais a partir das uvas
autorizadas, que incluem também Garnacha Tinta, Graciano, Mazuelo (conhecida também
como Carignan) e Maturana Tinta.

87,7% TEMPRANILLO

7,6% garnacha tinta

2,2% Graciano

2,1% Mazuelo

0,3% maturana tinta


0% 25% 50% 75% 100%

Veja as classificações
das safras dos últimos
21 anos:

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Dicas de Vinhos:

Ramón Bilbao Marques de Tomares Colección Vivanco


Gran Reserva Gran Reserva Branco Mazuelo
Cantu Casa Flora World Wine

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3. Mosel - Alemanha

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De acordo com
os dados mais
recentes, 90,6%
da área plantada
de vinhedos
no Mosel é
composta por
uvas brancas.

São três castas alemãs principais, sendo distribuídas


da seguinte forma:

Uvas Brancas:

62,2% da área é ocupada pela Riesling


10,2% é representada pela Müller-Thurgau
(conhecida também como Rivaner)
5,3% pertence à Elbling - principalmente usada
para vinho-base espumante
4,1% da área é ocupada pela francesa Pinot Blanc

Dentre as tintas, a principal é Spätburgunder


(mais conhecida como Pinot Noir em outros
países), que representa cerca de 4,6%.

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Clima frio Amadurecimento Mais tempo Acúmulo de


da Riesling na videira compostos aromáticos

Devido ao clima frio do Mosel, o amadurecimento da


Riesling é mais lento quando comparada a outras áreas
alemãs, por isso ela permanece mais tempo na videira. Esse
amadurecimento prolongado permite o acúmulo de compostos
aromáticos que serão passados ao vinho posteriormente.

• O nome da região de Mosel era na verdade Mosel-Saar-


Ruwer que fazia referência ao rio Mosel e seus afluentes
- Saar e Ruwer, porém não era comercialmente atrativo,
nome comprido e de difícil pronúncia. Devido a isso,
remodelaram em 01/08/2007 e ficou apenas Mosel.

• O rio Mosel possui um comprimento total de 544


km - para se ter uma ideia é um pouco maior que a
distância entre São Paulo (SP) e Londrina (PR). Na
França, o rio percorre 302 Km e na Alemanha são
206 Km, também marca a fronteira entre Alemanha e
Luxemburgo por 36 km. Grande parte do rio é possível
navegar, é a segunda via navegável mais importante
da Alemanha (a 1ª é o Rio Reno). Algumas partes são
bastante desafiadoras devido às curvas existentes.

• Mosel possui uma paisagem bastante sinuosa, cujos


melhores vinhedos estão localizados em encostas
extremamente íngremes (possui algumas das mais
inclinadas do mundo, chegam a 70º de inclinação)
que costumam estar orientadas para o sul e sudeste,
fator que favorece a exposição solar das vinhas. Para
auxiliar no amadurecimento das uvas, as ardósias,
principalmente azuis e vermelhas, contribuem para
o microclima do vinhedo ao fornecer calor extra que
ajuda no amadurecimento das uvas.

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A geografia desafiadora dificulta bastante


o trabalho nos vinhedos, que muitas vezes só
é possível que seja realizado manualmente.
Porém, todo o esforço nesse árduo cenário
é recompensado com a possibilidade de
elaborar estilos diversos de vinhos que vão
dos mais secos - Kabinett - aos mais doces
- Trockenbeerenauslese (TBA). As marcadas
notas minerais, a delicadeza e o álcool mais
baixo associados à personalidade forte, o alto
potencial de guarda para vinhos de qualidade
são algumas características que tornam o Mosel
um destaque no cenário mundial.

A presença dos 3 rios: Saar, Ruwer e,


principalmente, o Mosel é outro importante
componente que ajuda no aquecimento da
região para auxiliar na maturação ideal das uvas
e no bloqueio de geadas tardias que podem
atrapalhar o ciclo anual. Adicionalmente, eles
propiciam boa circulação do ar e corroboram
para se ter dias com temperaturas mais altas e
noites com temperaturas mais baixas, permitindo
boa maturação fenólica e manutenção da acidez.

Vinhas mais próximas dos rios recebem certa


nebulosidade que permite o ataque do fungo
Botrytis cinerea e origina a podridão nobre.
Com as mudanças climáticas a produção desses
vinhos tem se tornado cada vez mais difícil.

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A ordem crescente de qualidade da No Mosel, ainda não há vinhedos classificados como Erste
classificação dos vinhedos VDP (Verband Lage®, porém possui 78 classificados como Grosse Lage®,
Deutscher Prädikatsweingüter) é a seguinte: que somam 1.135,15 ha.
Gutswein, Ortswein, Erste Lage® e Grosse
Lage® (a mais alta classificação). Se formos fazer VDP. Grosse Lage®
associações, seria assim:
VDP. Erste Lage®
Gutswein = categoria para vinho regional;
Ortswein = categoria para vinho village; VDP. Ortswein
Erste Lage® = categoria para vinho Premier Cru;
Grosse Lage® = categoria para vinho Grand Cru. VDP. Gutswein

Alguns produtores se destacam na produção de vinhos VDP no Mosel, entre eles encontram-
se Clemens Busch, S.A. Prüm, Schloss Lieser e Dr. Loosen.

Clemens Busch S.A. Prüm Schloss Lieser Dr. Loosen

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Dicas de Vinhos:

Dr. Loosen "Ürziger Würzgarten" Werner Anselmann Koehler-Ruprecht Riesling


Riesling Auslese Riesling Spätlese Kabinett Trocken
Inovini Casa Rio Verde Portus

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4. Piemonte - Itália

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O Piemonte está localizado na


parte noroeste da Itália, onde os
Alpes formam uma bela paisagem
ao fundo. A região produz muito
além de vinhos famosos, é também
conhecida pelas trufas e foi lá a
origem da onda Slow Food, mais
precisamente na cidade de Bra, na
década de 80 por Carlo Petrini.

O Piemonte abriga 41 áreas classificadas como DOC, 18


classificadas como DOCG e não possui nenhuma região IGT
(ou IGP).
Nebbiolo
As tintas mais cultivadas são:
• Nebbiolo
• Barbera
• Dolcetto

As brancas mais cultivadas são:


• Moscato
• Cortese
Moscato
Uvas internacionais, como Cabernet Sauvignon,
Chardonnay, Merlot, Syrah e Sauvignon Blanc são cultivadas há
quase 40 anos, mas o uso é restrito de acordo com as leis locais. 

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No solo predomina marga


(calcário + argila) e arenito, com
porcentagens variadas de argila e
areia. O clima é continental e os Alpes
têm forte influência moderadora na
temperatura ao produzir um efeito
chamado "sombra de chuva" que
ajuda a proteger os vinhedos contra
ventos, chuvas e granizos que vêm
do norte.

Os estilos de vinho do Piemonte variam muito:

Os tintos vão dos tânicos com alta acidez e com elevado A região mais famosa na produção de branco
potencial de guarda como os Barolos aos elaborados com é Gavi, cuja uva exclusiva é a Cortese, que
a uva Dolcetto, com taninos mais suaves, menor acidez e, costuma originar vinho tranquilo leve e com
geralmente, feitos para consumo imediato, sendo assim um alta acidez; espumantes e frisantes também são
vinho mais amigável e fácil de entender. permitidos.

Um dos homens mais importantes do Piemonte


é Angelo Gaja - personalidade mais famosa de
Barbaresco -, que foi o primeiro produtor da
região a exportar seus exemplares e começar
a disseminar os vinhos de vinhedos únicos de
Barolo e Barbaresco, principalmente. A produção
de Gaja abrange várias áreas do Piemonte e até
de outras regiões italianas.

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Para se adequar melhor ao mercado quanto


ao preço e estilo dos vinhos, os tradicionais
produtores piemonteses foram se adaptando ao
longo do tempo a novas práticas. Como exemplo:
trocaram o uso de barris de carvalhos grandes
por mistura de barricas pequenas francesas e
grandes, necessitando de menos tempo para o
vinho ficar pronto, principalmente os Barolos.
O aquecimento global também está sendo
responsável por determinar o estilo dos vinhos,
com uvas Nebbiolo mais amadurecidas, às vezes
até excessivamente maduras.

A maior parte dos vinhos doces do mundo é


branco. Já o Piemonte é um dos locais responsáveis
por elaborar um vinho tinto diferente, o doce Barolo
Chinato. Ele é feito com o vinho Barolo DOCG
que recebe ervas e ingredientes aromatizantes,
principalmente o quinino. Esse vinho não recebe
a classificação DOCG.

O Disciplinare dos vinhos do


Barolo Barolo Riserva Piemonte estabelece o envelhecimento
38 meses e 18 meses 62 meses e 18 meses mínimo para Barolos e Barbarescos. O
em barricas de carvalho em barricas de carvalho Barolo deve ser envelhecido 38 meses
e o Barolo Riserva, 62 meses, sendo
Barbaresco Barbaresco Riserva que 18 meses deve ser em barricas
26 meses e 9 meses 50 meses e 9 meses de carvalho. Já o Barbaresco precisa
em barricas em barricas envelhecer pelo menos 26 meses e o
de carvalho de carvalho Riserva 50 meses. Ambos devem ficar
9 meses em barricas de carvalho.
OBS: Todos os valores referem-se a tempos mínimos

A DOCG Asti é amplamente conhecida pelos espumantes


elaborados por meio do Método Asti, que consiste em uma
fermentação que é interrompida, resultando em um espumante
doce e, geralmente, com baixa graduação alcoólica. Porém,
essa região produz outros tipos de vinhos, como espumante
elaborado pelo Método Tradicional, vinho tranquilo Moscato
d`Asti e Moscato d`Asti Vendemmia Tardiva, todos com a
característica em comum de serem doces.

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Dicas de Vinhos:

Gaja Barbaresco Giovanni Corino Barolo DOCG Moscato d'Asti


DOCG del Comune di La Morra “La Rosa Selvatica” DOCG
Mistral Belle Cave World Wine

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5. Marlborough - Nova Zelândia

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A região de Marlborough está localizada no nordeste da


ilha sul da Nova Zelândia. A paisagem é diversificada por estar
próxima ao Oceano Pacífico e por estar cercada por montanhas
altas no interior. Devido a isso, alguns cenários são planos, outros
com colinas e também existem locais com altitudes maiores.

Marlborough passou confiança que é capaz de produzir


uvas e vinhos de qualidade apenas na década de 70.
Antes disso, existiam poucas centenas de hectares que se
transformaram em milhares. Porém, 100 anos antes visionários
já haviam enxergado o potencial local.

#enocultura 35
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É uma região relativamente


pequena que carrega o espírito
vanguardista com técnicas
modernas e arrojadas de viticultura
e enologia. Em Marlborough está
situado um centro de pesquisa que
busca avançar processos e técnicas
continuamente.

O programa de sustentabilidade
e a reintrodução de falcões, pássaros
que ajudam no controle de pragas
na videira, mostram o interesse
neozelandês em praticar uma
agricultura menos intervencionista,
com preservação do meio ambiente.

Apesar da área ocupada pela Pinot Noir ser


consideravelmente menor que a de Sauvignon
Blanc, é uma casta que deve ser apostada em
Marlborough. Comparado com o vinho Pinot
Noir de Central Otago (principal região do
país produtora de Pinot), o de Marlborough é
mais elegante e o de Otago possui perfil mais
encorpado. 

#enocultura 36
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A Sauvignon Blanc ocupa 80,4% e a Pinot Noir, que está


em segundo lugar, ocupa 4,2% da área de vinhedos da região.
As outras duas uvas que têm alguma relevância são brancas:
Chardonnay e Pinot Gris.

Sauvignon Blanc: 22,369 ha Pinot Gris: 1,162 ha

Pinot Noir: 2,663 ha Chardonnay: 1,086 ha

Outras: 528 ha

A intensidade de frutas presentes


nos vinhos de Marlborough se
deve, principalmente, às muitas
horas de sol (pouco mais de 2409
horas), às temperaturas moderadas
e à alta amplitude térmica. Essas
particularidades garantem também
forte expressão varietal e alta acidez
nos vinhos.

#enocultura 37
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A camada de ozônio sobre a Nova Zelândia é fina, país está. A alta intensidade de luz associada aos solos
o que faz com que a incidência de radiação UV seja com boa drenagem (barro arenoso com cascalho) muitas
40% maior do que se esperava para a latitude onde o vezes torna necessário recorrer à irrigação.

A região é dividida em outras 3 sub-regiões:

• Southern Valleys: Pinot Noir e variedades


aromáticas são bem adaptadas;
• Wairau Valley: A diversidade de solos,
altitudes e climas permite o cultivo de
diferentes uvas que originam vinhos com
fruta marcada;
• Awatere Valley: Possui locais mais frios
e secos com certa altitude, que combinam
boas condições para o cultivo de Sauvignon
Blanc e Pinot Noir.

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