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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


LICENCIATURA: EDUCAÇÃO SOCIAL E
GERONTOLOGICA
UNIDADE CURRICULAR: APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO
DE ADULTOS I
ALUNAS: CATARINA FERREIRA 16883 e LILIANA
FERNANDES.

1. Identifique e caraterize os diferentes paradigmas apresentados?


Os dois paradigmas apresentados no artigo são o de Educação Permanente e Educação ao
Longo da Vida. Tendo em conta a sua caraterização podemos diferenciá-los segundo este modo:

 Educação Permanente, fundada na conferência de Tóquio em 1972, período


caracterizado e marcado por iniciativas e movimentos sociais que tornaram possível
articular práticas educativas inovadoras, com fins de transformação social. A Educação
Permanente carateriza-se segundo uma visão de responsabilidade coletiva de carácter,
humanista e solidária, tendo como objetivo ajudar a reforçar e a construir uma
sociedade com vista o bem coletivo. Em suma, apela a responsabilidade das instituições
em educar ou continuar a educar os adultos.

 Educação ao Longo da Vida, edificada em Hamburgo em 1997, distingue-se como


sendo, principalmente, direcionada para a educação para adultos. Nesta educação as
competências (conhecimento) são adquiridas através de processos formais e informais
de aprendizagem, com a finalidade de reconhecer as competências que não foram
desenvolvidas no contexto (das instituições escolares). Posto isto, analisam as
capacidades individuais desenvolvidas em contextos e iniciativas de trabalhos como
forma de aprendizagem. Deste modo, o reconhecimento, validação e certificação das
competências contribui para uma maior independência a nível das necessidades
educacionais como também para uma maior igualdade a nível de conhecimento com os
restantes indivíduos da sociedade. Em suma, não podemos deixar de salientar que a
educação ao longo da vida é de carácter individual e está sobre responsabilidade de
superiores (Estado e Governo) para que esta suceda ou não.

2. Em relação aos paradigmas apresente as principais consequências políticas de cada


um deles?
As recomendações, de Nairobi em 1976, constituem um momento importante na estruturação
dos sistemas nacionais de educação de adultos ao afirmarem que:
Cada estado-membro deverá (…) reconhecer que a educação de adultos é um elemento
constitutivo perante da sua política e desenvolvimento social, cultural e económico [e que, por
isso, cada Estado tem a obrigação de] promover a criação de estruturas, a elaboração e a
execução de programas e aplicação de métodos educativos que respondam às necessidades e
aspirações de todas as categorias de adultos, sem restrições de sexo, raça, origem geográfica,
idade condição social, opinião, crenças ou nível de educação prévia (…) (UNESCO,1976:4).
(p.3)
Posto isto, podemos dizer que as principais consequências políticas da aprendizagem
permanente incidiram-se, maioritariamente, entre a quinta e a sexta conferência onde

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começaram a criar metodologias com abordagens diferentes de países para países. O exemplo
são as diferentes metodologias e sistemas de ensino usado na União Europeia. Por sua vez, em
Portugal criaram “As Novas Oportunidades”.

3- O texto disponibilizado apresenta os principais marcos históricos na educação de


adultos e respetivos protagonistas. Quem são esses protagonistas e qual o seu papel? Quais
as principais diferenças

Tendo como base o texto disponibilizado de Anibal, 2013 os principais marcos históricos na
educação para adultos são: as conferências realizadas pela Unesco (CONFITEA) e as
conferências: um, três, cinco e seis.
Na primeira conferência realizada na Dinamarca (Elsinore), em 1949, realizada numa
conjuntura pós-guerra, após a criação da ONU e UNESCO, é onde se discute as temáticas
resultantes encarando a educação para adultos, sobretudo como “instrumento de resistência ao
totalitarismo e de difusão de uma cultura de paz e tolerância”. Dando maior incentivo as
campanhas de desenvolvimento de alfabetização nos países com população menos escolarizada.
Já na terceira conferência (CONFITEA) em 1972 abordam e determinam a educação
permanente como responsabilidade e dos estados. Deste modo, na quinta conferência realizada
em Alemanha (Hamburgo) em 1997 surge a aprendizagem ao longo da vida.
Por sua vez, a UNESCO com a sexta conferência teve um papel fundamental com a da onde
marcou objetivos atribuindo um papel relevante aos dispositivos de validação das aprendizagens
formais e informais de cada país. Não podemos esquecer que a décima nona sessão da
Conferencia Geral da Unesco datada em 1976 foi de uma importância histórica face à
recomendação que cada estado deve ter quanto ao reconhecimento da educação para adultos
como elemento central na sua política de desenvolvimento social cultural e económico.
Relativamente aos protagonistas podemos dizer que a OCDE (Organização para a Cooperação
Desenvolvimento Económico) e EU (União Europeia) tiveram papéis fundamentais para
ditarem conjecturas e normativas que restruturassem a educação de adultos para melhor. Posto
isto, OCDE em 1996 consegue um acordo com todos os ministros da educação, trabalho e
assuntos sociais dos países que a compõem, com o fim de reconhecer a aprendizagem ao longo
da vida como sendo um factor de coesão social e de desenvolvimento económico. Apesar da
preocupação mais económica do que social por trás deste assunto, acima referido, conseguiram
agrupar este assunto em diversas agendas políticas de vários países, isto é, teve generalização.
A União Europeia teve um papel mais marcante e ativo na implementação de programas
específicos tais como: os “Princípios Comuns Europeus na Identificação e Validação das
Aprendizagens não Formal e Informal” em 2004 e em 2008 a aprovação do Quadro Europeu de
Qualificações para a Aprendizagem ao longo da Vida entre outros contrato promovidos entre os
vários países membros.

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