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A voz do surdo são as mãos e os 

  corpos
que pensam, sonham e expressam. Pensar sobre surdez   requer
penetrar no "mundo dos surdos" e "ouvir" as mãos que, com
alguns movimentos, nos dizem o que fazer para tornar possível o
contato entre os mundos envolvidos, requer conhecer a "língua de
sinais". Permita-se "ouvir" essas mãos, pois somente assim será
possível mostrar aos surdos como eles podem ouvir o silêncio da
palavra escrita".
Bilinguismo

O Bilinguismo uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a


tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar.Os estudos têm apontado
para essa proposta como sendo mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo
em vista que considera a língua de sinais como língua natural e parte desse
pressuposto para o ensino da língua escrita

No ano de 1.970 com base em conceitos sociológicos, filosóficos e políticos


surgiu a "Proposta Bilíngue de Educação do Surdo". Essa proposta reconhece e baseia-
se no fato de que o surdo vive numa condição bilíngue e bicultural, isto é, convive no
dia a dia com duas línguas e duas culturas. A cultura dos surdos e acultura do ouvinte.

A Suécia foi o primeiro país a iniciar o caminho para a implantação do


bilinguismo. Como proposta educacional, o bilinguísmo ganhou força nos inícios dos
anos 1960, nos Estados Unidos da América e foi implementado, em 1979, em Paris,
quando Danielle Bouvet iniciou a sua primeira turma bilíngue, em que a Língua Gestual
Francesa foi ensinada como língua materna dos Surdos e a Língua Francesa como
segunda língua.

O que, então, será melhor para o deficiente, para a pessoa diferente? A chave
para seu desenvolvimento será a compensação – o uso de um instrumento cultural
alternativo. Assim, chega à educação especial dos surdos: o instrumento cultural
alternativo, para eles, é a língua de sinais – uma língua que foi criada para e por eles. A
língua de sinais está voltada para as funções, as funções visuais, que ainda se encontram
intactas; constitui o modo mais direto de atingir as crianças surdas, o meio mais simples
de lhes permitir o desenvolvimento pleno, e o único que respeita sua diferença, sua
singularidade. Por isso, educar a criança na sua própria língua favorece seu
desenvolvimento emocional (construção de sua identidade, segurança, auto-estima, etc),
cognitivo e social.

No entanto, o reconhecimento dos surdos enquanto pessoas surdas e da sua


comunidade linguística estão inseridos dentro de um conceito mais geral de
bilinguismo.

Esse conceito é determinado pela situação sócio-cultural da comunidade surda


como parte do processo educacional. O fato de serem inseridos duas línguas no processo
educacional da pessoa surda, a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, está
inserido num processo educacional.

Na inclusão bilíngue, o processo de oralizaçao exige um investimento em


diagnotisco precoce, em aquisição e distribuição de aparelhos auditivos, em
acompanhamento medico e fonoaudiológico, treinamento de educadores e informações
da sociedade em geral. No processo de LIBRAS, exige profissionais capacitados.

O bilinguismo propõe que o surdo comunique-se fluentemente na sua língua


materna e na língua oficial de seu país. Seja ela oral. Seja escrita. Questões polêmicas
que dividem os educadores e surdos. Mas porem todos concordam que o
desenvolvimento afetivo, sócio-cultural e acadêmico e sim espontâneo da sua própria
língua. A integração plena de pessoa surda passa necessariamente em contato onde ele
possa ter liberdade de expressão, possa sentir prazer e que não seja reprimido.

A educação de surdos deve ser pensada em termos educacionais e não mais em


termos de línguas. Dentro desse contexto, o bilinguismo está sendo apresentando como
um caminho de reflexão e análise da educação de surdos.O bilinguismo é mais que duas
línguas é uma filosofia educacional.

A educação bilíngue tem o parâmetro de estar em primeiro lugar a língua de


sinais que é a sua língua materna. Esse processo é bastante facilitado pela convivência
de surdos com outros amigos surdos suas “comunidades”. Logo então inserindo assim,
na comunidade de ouvintes.

.
Bibliografia: www.criancasurdafeliz.hpg.ig.com.br

http:pt.wikipedia.org/wiki/Bilinguismo

Presença Pedagógica V.15 n87. Maio/jun ano de 2009

Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUCGOIAS

Aline de Sousa Costa

Bilinguismo
Goiânia, 16 de Setembro de 2010.
Prof.ª Ms. Rúbia Mara Reis de Jesus
Libras

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