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ESCOLA E.B.

2,3 / S DE MORA BIOLOGIA E GEOLOGIA – 11º ANO

Actividade laboratorial nº 1
EXTRACÇÃO DE DNA DE CÉLULAS VEGETAIS

Os morangos que consumimos são plantas da espécie Fragaria ananassa. Estas plantas são
Rosáceas, ou seja, são da mesma família das rosas que enfeitam muitos jardins. Elas
reproduzem-se principalmente por meio de estolhos, que são ramos que partem do caule
principal e crescem paralelos ao chão. Cada estolho vai dar origem a várias plantas novas.
As variedades de morangos que consumimos hoje são resultado de cruzamentos de
espécies diferentes que ocorriam, naturalmente na Europa e nas Américas.Uma das razões
de se trabalhar com morangos é que eles se prestam muito bem à extração de DNA, porque
são muito macios e fáceis de homogeneizar. Morangos maduros também produzem
pectinases e celulases, que são enzimas que degradam a pectina e a celulose
(respectivamente), presentes nas paredes celulares das células vegetais. Além disso, os
morangos possuem muito DNA: eles possuem 8 (oito) cópias de cada conjunto de
cromossomos (são octoplóides!). Na ausência de morangos pode usar-se tomate ou kiwi.

Material:

1. 1 Morango (fresco ou 4. 10 ml de detergente da 9. Proveta.


congelado) ou uma loiça ou champô 10. Funil.
fatia de kiwi ou tomate. 5. Almofariz 11. Vareta de vidro.
2. Álcool etílico gelado 6. Papel de filtro. 12. Bisturi.
7. Gaze ou algodão hidrófilo. 13. Fucsina básica.
3.
3 gramas de cloreto de
sódio (1 colher de chá). 8. Balão de Erlenmeyer. 14. Água destilada.
Procedimento:

A. Corte o morango em pequenos fragmentos e coloque-os no almofariz.


B. Num balão de Erlenmeyer com água até cerca de metade da capacidade (aprox. 100 ml),
coloque o sal e o detergente. Agite suavemente a mistura durante cerca de cinco minutos.
C. Coloque metade da mistura obtida em B no almofariz e triture.
D. Filtre a mistura do almofariz para o Erlenmeyer. Utilize o filtro de papel.
E. Filtre novamente o material contido no Erlenmeyer para uma proveta, utilizando o algodão
F. Cuidadosamente, faça escorrer lentamente cerca de 20ml de álcool pelas paredes da proveta e
procure observar a formação de duas fases: uma superior alcoólica e outra inferior aquosa.
G. Introduza uma vareta na proveta e, com movimentos circulares, procure misturar as duas
fases.
H. (Opcional) Core os filamentos e observe ao MOC.

Resultados esperados:
Assim que derramarem o etanol gelado no extracto de morango começarão a notar fitas brancas
muito finas de ADN, que se formarão na interface entre as duas camadas. Agitando-se o ADN que se
formou na camada de etanol, este formará fibras como as de algodão, que aderirão à vareta de
vidro.
O que acontece quando...

• Colocamos o detergente? O detergente presente no champô ajuda a dissolver a bicamada


lipídica que compõe a membrana plasmática e as membranas dos organelos.
• Colocamos o sal? O sal ajuda a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo
que elas precipitem com o DNA.
• Colocamos o etanol? O ADN não é solúvel em etanol (álcool etílico).
ESCOLA E.B. 2,3 / S DE MORA BIOLOGIA E GEOLOGIA – 11º ANO

Quando as moléculas são solúveis num dado solvente, dispersam-se nesse solvente e não são,
portanto, visíveis. Por outro lado, quando as moléculas são insolúveis num dado solvente, agrupam-
se, tornando-se visíveis. Quanto mais gelado estiver o álcool, menos solúvel o ADN vai estar.

Boa actividade prática!

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