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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL I – CF063 / CF113


( http://fisica.ufpr.br/cf063 )

Laboratório de Ensino de Física Experimental I – Remoto

Mecânica, Acústica e Termodinâmica

Curitiba

2021

Física Experimental I - pág. 1


Conteúdo

2 Construção e Análise de Gráficos ..............................................................................................................3


2.1 Procedimento para construção de gráficos ....................................................................... 3
2.2 Relação entre variáveis – o caso linear ............................................................................. 7

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2 Construção e Análise de Gráficos
É muito comum encontrarmos situações em que uma grandeza física depende de outra. Para
analisar essas situações de forma quantitativa e/ou qualitativamente, é importante investigar a
relação entre estas grandezas. Uma das principais maneiras de se fazer isso é através de gráficos.
Um gráfico consiste em representar os valores das duas grandezas físicas pela posição dos
pontos que as representam, em relação a um sistema de eixos; as distâncias de cada ponto a cada
eixo indicam o valor da grandeza física que está sendo representada em cada eixo. Ao
representar um par de valores por apenas um ponto, o gráfico possibilita ao leitor visualizar
muitos valores simultaneamente, dando assim uma ideia global da dependência de uma variável
em relação à outra. Os gráficos são largamente empregados em todas as áreas do conhecimento
que trabalham de forma quantitativa com dados numéricos obtidos experimentalmente, dispostos
em tabelas.
É interessante observar que gráficos e tabelas constituem modos complementares de transmitir
informação. O gráfico oferece uma visão de conjunto da relação entre duas variáveis, mas a
precisão de representação de cada valor é, em geral, bem menor do que numa tabela. Um gráfico
deve ser construído de forma a maximizar a quantidade de informação transmitida e a
conveniência de uso pelo leitor. Para atingir esse objetivo é muito importante seguir uma
metodologia de construção bem definida, que é o resultado de muitos anos de desenvolvimento
pela comunidade científica e tecnológica. Na sequência do texto será apresentado esse
procedimento em detalhes e, em seguida, serão descritos alguns métodos quantitativos de análise
da dependência entre duas variáveis.

2.1 PROCEDIMENTO PARA CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS

O ponto de partida para a elaboração de um gráfico é a tabela de valores das grandezas físicas a
serem representadas no gráfico. As etapas de construção da figura são as seguintes.

- Definição do espaço para o traçado do gráfico: Escolha a área retangular que será usada para
o desenho. Sugere-se que as dimensões, horizontal e vertical, estejam no intervalo entre 10cm e
20cm, sendo que a menor delas não seja inferior a aproximadamente 2/3 da maior, por razões
tanto estéticas quanto de precisão da representação. É aconselhável deixar uma margem de cerca
de 2 cm de cada lado da figura.

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- Definição das grandezas. Escolha as grandezas físicas que serão representadas nos eixos
horizontal e vertical. Nos nossos estudos a grandeza independente deverá ser representada no
eixo horizontal (abscissas) e a grandeza dependente no eixo vertical (ordenadas).

- Construção dos eixos. Os eixos são independentes entre si, portanto podem-se usar escalas
diferentes para cada eixo. Os eixos do gráfico correspondem às retas, orientadas, com marcações
numeradas ao longo de seu comprimento e deve ser desenhado conforme as instruções a seguir.

- Comprimento. O comprimento do eixo é definido pelo espaço reservado para o gráfico. Note
que há bastante flexibilidade e subjetividade nesta escolha, porém deve ser escolhido
considerando a estética e a praticidade.

- Marcas. As marcas são igualmente espaçadas (no caso de gráficos lineares; outros serão
mencionados posteriormente). Deve haver no mínimo duas marcas ao longo do eixo. A distância
no papel entre elas deve ser um número conveniente de se trabalhar, que pode ser representado
de forma exata com poucos algarismos. O leitor deve poder determinar esse valor facilmente
com uma régua.

- Numeração. Cada marca tem um número associado que indica o valor da grandeza naquele
ponto. Como a distância entre as marcas é constante, a diferença entre os valores consecutivos
também é constante. Esses números devem ser convenientes de se trabalhar, com poucos
algarismos, e normalmente são diferentes dos valores da tabela. Os valores, mínimo e máximo,
devem ser escolhidos de modo a que o conjunto de todos os pontos da tabela ocupe pelo menos
75% do comprimento do eixo.

- Indicação da grandeza. É indispensável indicar as grandezas físicas representadas nos eixos e


as suas correspondentes unidades.

- Marcação dos pontos. Somente após os eixos estarem traçados é que os pontos deverão ser
marcados. Os pontos devem ser pequenos, mas bem visíveis. Cada par de valores da tabela
correspondente a um ponto e todos devem constar do gráfico.
Para ilustrar a aplicação das regras acima apresentamos, na Tabela 1, o resultado de um
experimento para a determinação da densidade de um material. Mediu-se a massa m e o volume
V de diferentes objetos constituídos da mesma substância.

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Tabela 1. Medidas de massa (m) e volume (V) para determinação da densidade.
V (cm³) 47 100 145 185 245
m (g) 10 22 32 42 50

No caso da massa, que será representada no eixo y, os valores extremos da tabela são 10g e 50g,
portanto o eixo do nosso gráfico tem que cobrir esta faixa de valores. O próximo passo é
escolher a origem dos eixos, isto é, o ponto onde ele intercepta o outro eixo do gráfico. É
interessante, na maioria dos casos, escolher a origem como sendo o zero, logo nossa faixa se
estende agora de 0 até 50g. Para um dado conjunto de valores a serem representados em um
gráfico, várias possibilidades de traçado de eixos são possíveis, como se pode observar na Fig. 1.
Note que a escolha da quantidade de marcas está ligada à numeração. Observe também que os
valores representados nos eixos podem não ser, em geral, os valores da tabela. O tamanho
representado na Fig. 1 é o máximo admissível para o papel, a fim de ilustrar a importância das
margens. A Fig. 2 mostra eixos impróprios para os valores das massas apresentadas na Tabela 1.
O primeiro eixo representado é pequeno demais para o tamanho do papel considerado. O
segundo cobre um intervalo de valores que necessitaria de um eixo grande demais, fazendo com
que todos os pontos do gráfico caiam na primeira metade do eixo, o que equivale na prática ao
primeiro caso. O terceiro tem um número excessivo de marcas e números, dificultando a
visualização.

Figura 1. Eixos adequados para representar a massa (Tabela 1) em um gráfico.

Figura 2. Eixos inadequados para representar a massa (Tabela 1) num gráfico.

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O processo de construção é repetido para o eixo do volume, que corresponde ao eixo x. Pela
Tabela 1 vemos que o intervalo de numeração poderia ser 40 – 250cm³. Porém é mais fácil
interpretar um gráfico quando a origem do eixo está no zero, por isso usamos o intervalo 0 –
250cm³.
Após o traçado dos eixos deve-se colocar os pontos experimentais no gráfico. Para isso é
necessário saber as distâncias, em milímetros, entre cada ponto e cada eixo. Essas distâncias
podem ser calculadas por meio de regra de três. Tomando, como exemplo, o primeiro caso da
Figura 1 e considerando que os valores assinalados no eixo estejam distanciados de 2 cm em 2
cm, observa-se que a diferença de massa entre dois números consecutivos é de 10g. Para o
terceiro ponto da Tabela 1, de massa 28g, da aplicação da regra de três resulta:
2 cm y 2 cm cm
= ⇒ x= 28 g = 0,2 28 g = 0,2 . 28 cm = 5,6 cm
10 g 28 g 10 g g
O ponto correspondente à massa de 28 g, deveria ser colocado a 5,6 cm da origem, no eixo y.
Isto corresponde a dizer que, para o eixo “y”, a escala de conversão seria 0,2cm/g.
Conhecido este fator basta multiplicar cada um dos valores tabelados, relativos ao eixo y, por
este valor. Um procedimento análogo deve ser feito para o eixo “x”. A escala de um eixo é
definida como:
distância entre duas marcas con sec utivas
Escala =
diferença entre dois valores con sec utivos da grandeza representada no eixo
Portanto, verifica-se que para calcular as posições de cada ponto, ao longo de um eixo,
basta multiplicar o valor da grandeza da tabela pela escala. Fazendo isso para todos os pontos da
tabela de partida obtêm-se uma tabela de coordenadas, que é usada para marcar os pontos no
gráfico. A identificação da grandeza física a ser representada no eixo e a sua unidade é de
suma importância para o traçado/análise do gráfico.
Com os dados da tabela 1, pode-se traçar o gráfico apresentado na Figura 3. Há algumas normas
adicionais de construção de gráficos que devem ser seguidas:
- Não se escreve os valores da tabela original no gráfico;
- Não se traça linhas paralelas aos eixos. Se isso for indispensável para a marcação dos pontos
no papel elas devem ser apagadas após o término do trabalho;
- Não se liga os pontos consecutivos através de linhas, eles devem ser deixados isolados. Só se
pode traçar curvas com significado bem definido se tivermos, por exemplo, funções ajustadas
aos dados.

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Figura 3 – Gráfico dos pontos da tabela 1.

O objetivo dessas normas é evidenciar o máximo possível os pontos para facilitar a identificação
da relação entre as variáveis. É importante observar a distribuição dos pontos no gráfico a fim de
verificar a dependência entre as grandezas, pois esse é um dos objetivos do uso de gráficos. No
nosso exemplo é possível visualizar claramente uma tendência de distribuição segundo uma
linha reta, o que está de acordo com o esperado, já que a relação entre massa e volume é linear.
A partir disso é possível fazer uma análise quantitativa dos dados. Essa técnica de análise é
descrita na seção seguinte.

2.2 RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS – O CASO LINEAR

Nas áreas de ciência e tecnologia frequentemente é necessário ir além da simples visualização do


comportamento das grandezas físicas representadas nos eixos “x” e “y”, e determinar
quantitativamente a relação entre elas. Em geral esse processo não é simples e depende de
conhecimento prévio e específico sobre o fenômeno físico em estudo. Há, porém, um caso
particularmente simples e importante na prática que é quando os pontos estão todos próximos de
uma reta. Por esse motivo, será iniciado o estudo quantitativo de gráficos através do
comportamento linear. Posteriormente serão analisados outros casos que podem ser reduzidos ao
caso linear. Uma reta pode ser descrita analiticamente através da equação:

y = a.x + b (1)

onde “a” é o coeficiente angular e “b” o coeficiente linear. Portanto, determinar uma reta
significa calcular seus coeficientes “a” e “b”. Nosso objetivo é descobrir a reta que melhor
descreve o comportamento dos dados, isto é, a reta que no gráfico melhor representa o conjunto

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de pontos. Há dois métodos de se fazer isso: o método gráfico (ou manual) e o método
analítico.

2.2.1 MÉTODO GRÁFICO DE DETERMINAÇÃO DA RETA

O método gráfico, ou manual, consiste em traçar uma reta que visualmente esteja mais próxima
possível de todos os pontos representados no gráfico. Os coeficientes da reta, “a” (angular) e “b”
(linear), podem então ser calculados através do procedimento abaixo:

- Seleciona-se dois pontos P1 e P2 sobre a reta de preferência próximos aos extremos opostos da
linha para diminuir o erro de representação gráfica, como mostrados na Fig. 4.

Obs.: Os pontos P1 e P2 são representados por símbolos diferentes porque não são pontos
extraídos da tabela.

- Sejam (x1, y1) e (x2, y2) as coordenadas dos pontos P1 e P2, respectivamente. O coeficiente
angular é calculado por:

∆y y 2 − y1
a= = (2)
∆x x 2 − x1
- Pode-se escolher quaisquer dois pontos sobre a reta. Não há restrições quanto a empregar
algum dos pontos experimentais, desde que a reta desenhada passe sobre o mesmo.

Figura 4. Método gráfico para determinar o coeficiente angular da reta.

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No caso da Fig.4 os valores são 76 cm³ e 14 g para o ponto P1; para P2 os valores são 236 cm³ e
48 g. Portanto o coeficiente angular é:
48 − 14
a= = 0,2125 g / cm³
236 − 76
O coeficiente linear b é o valor de y quando x = 0. Se o par ordenado (0,y) estiver representado
no gráfico o valor de b pode ser lido diretamente, pois é a ordenada em que a reta intercepta o
eixo y. Quando o eixo y intercepta o eixo x num ponto diferente de x = 0 recorre-se à equação da
reta para determinar b. Isto é feito substituindo-se as coordenadas de um ponto conhecido na
equação (1). Usando por exemplo as coordenadas P1 obtemos:

14 = 0,2125 . 76 + b ⇒ b = − 2,15 g

2.2.2 MÉTODO ANÁLITICO DE DETERMINAÇÃO DA RETA (REGRESSÃO


LINEAR)

O método gráfico ou manual tem a vantagem da simplicidade, porém é um procedimento


subjetivo, isto é, seu resultado depende do indivíduo que traça a reta. Por outro lado, o método
analítico tem a vantagem de ser objetivo, o que significa que seu resultado depende unicamente
dos dados e será sempre o mesmo independentemente de quem o aplique. Ele exige uma
quantidade grande de cálculos, o que o tornava pouco prático antigamente. Porém, com a
disponibilidade de calculadoras científicas e de microcomputadores esse problema desapareceu.
O método analítico é atualmente o procedimento padrão de determinação da melhor reta para
descrever um conjunto de dados. Na verdade, essa técnica, também conhecida por Método dos
Mínimos Quadrados (MMQ), permite ajustar qualquer função e não apenas a reta. Aqui
descreveremos somente o caso linear, pois para outras funções o processo é significativamente
mais laborioso. O Método dos Mínimos Quadrados determina a reta que minimiza os quadrados
das distâncias dos pontos a ela. As expressões que permitem determinar os coeficientes são:

Σδx i δy i NΣx i y i − Σx i Σy i (3)


a= ou a=
Σδx i2 NΣx i2 − (Σx i ) 2

b = y − a.x (4)

Para calcular os coeficientes recomenda-se montar uma tabela como, por exemplo, a tabela 2, a
qual foi preparada para aplicar a primeira opção para o cálculo do coeficiente angular, que ilustra
o processo com os dados de massa e volume da tabela 1.

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Tabela 2 . Exemplo de cálculo utilizando o Método dos Mínimos Quadrados. Os dados nesta tabela
correspondem aos dados da tabela 1.

xi yi δx = x − x δy = y − y δxi 2 δ x .δ y
ponto
(cm3) (g) (cm3) (g) ((cm3)2) (g.cm3)
1 47 10 97,4 21,2 9486,76 2064,88
2 100 22 44,4 9,2 1971,36 408,48
3 145 32 - 0,6 - 0,8 0,36 0,48
4 185 42 - 40,6 - 10,8 1648,36 438,48
5 245 50 - 100,6 - 18,8 10120,36 1891,28
x = 144,4 y = 31,2 Σ 23227,2 4803,6

Na tabela, x e y são as médias aritméticas dos valores x e y da tabela. Com esses dados obtém-
se:
4803,6 𝑔. 𝑐𝑐3
𝑎= = 0,207 𝑔/𝑐𝑐3
23227,2 (𝑐𝑐3 )2

𝑏 = 𝑦� − 𝑎𝑥̅ = 31,2 𝑔 − (0,207𝑔/𝑐𝑐3 ). (144,4 𝑐𝑐3 ) = 1,34 𝑔

É importante traçar a reta determinada pelo Método dos Mínimos Quadrados no gráfico pois isso
facilita a avaliação da qualidade do ajuste e também permite perceber eventuais erros na
determinação dos coeficientes da reta. Para traçar essa reta é preciso determinar dois pontos a ela
pertencentes. Esses pontos são determinados escolhendo-se duas abscissas, de preferência
próximas dos extremos do intervalo dos dados e, preferencialmente, diferentes de quaisquer xi
obtidos experimentalmente. Substituindo-se as abscissas e os coeficientes obtidos pelo método
de MMQ calculam-se os valores dos yi correspondentes. Usando os valores: x1 = 70 cm3 e x2 =
280 cm3, temos:
P1: 𝑦1 = (70 𝑐𝑐3 ). (0,207𝑔/𝑐𝑐3 ) + 1,34 𝑔 = 15,8 𝑔
P2: 𝑦2 = (280 𝑐𝑐3 ). (0,207𝑔/𝑐𝑐3 ) + 1,34 𝑔 = 59,3 𝑔

Os pontos P1 (x1,y1) e P2 (x2,y2) são então utilizados para traçar a reta que melhor se ajusta ao
conjunto de dados. A Fig.5 mostra a reta obtida pelo método analítico. Uma comparação rápida
entre as figuras 4 e 5 mostra uma diferença visual pequena entre as retas obtidas, porém a
diferença entre os valores dos coeficientes obtidos pelo método analítico como obtido manual
(eqs. (2) e (3)) constata-se uma diferença razoável no coeficiente. Isso mostra a importância de
se usar o método analítico.

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Figura 5. Reta ajustada pelo Método dos Mínimos Quadrados.

REFERÊNCIAS

-Furtado, N. F.; Física (apêndice Física – Sears), LTC (1959).


-Baikd, D. C, Experimentation: “Na Introduction to Measurement Theory and Experiment
Design”; Prentice Hall (1988)
-Wilton P. Da Silva, Cleide M.D. P. S. E Silva, Memmandro S. Nascimento; “Tratamento de
Dados Experimentais”; Ed. Universitária da UFPB (1995).

LISTA DE EXERCÍCIOS

1) Em uma determinada prática foram obtidas as medidas que são apresentadas na tabela abaixo.
Determine a equação que relaciona as grandezas segundo o método dos mínimos quadrados.
y (m) x (s) 𝛿𝑥𝑖 = (𝑥𝑖 − 𝑥̅ ) 𝛿𝑦𝑖 (𝛿𝑥1 )2 𝛿𝑦𝑖 𝛿𝑥𝑖
4,2 1
5,8 2
8,6 3
10,4 4
12,0 5
𝑦� = 𝑥̅ = Σ
Resp.: y = 2,02 x + 2,14

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2) Também é possível determinar o parâmetro a (coeficiente angular) pela equação 6:
𝑁 ∑ 𝑥𝑖 𝑦𝑖 − ∑ 𝑥𝑖 ∑ 𝑦𝑖
𝑎=
𝑁 ∑ 𝑥𝑖2 − (∑ 𝑥𝑖 )2
Para facilitar o uso desta equação, sugere-se a tabela a seguir. Repita os cálculos do problema 1
com o uso desta tabela. O usuário deve optar pelo uso daquela que melhor lhe convier.

y x 𝑥2 𝑥∙𝑦

∑𝑦 = ∑𝑥 = ∑ 𝑥2 = ∑(𝑥 ∙ 𝑦) =

3) Em um experimento dispõe-se de uma mola com constante elástica k, desconhecida, onde


pretende-se determinar o seu valor. O método empregado foi fixar a extremidade superior da
mola e, na extremidade inferior, suspender diversas massas “m”, sempre medindo as
correspondentes deformações. Os resultados estão na tabela 3.

m (g) y (mm)
12 4
30 10
60 18
80 25
100 30
Tabela 3 – Dados de deformação da mola.

a) Determine os coeficientes da função linear que relaciona as grandezas físicas envolvidas


(método analítico).
b) Represente graficamente esta função.
c) Determine o valor da constante elástica da mola.
d) Por que o coeficiente linear obtido da melhor reta deveria ser nulo? Se não for nulo, qual a
justificativa?

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4) Um experimento de laboratório foi realizado para se determinar a constante elástica k
desconhecida de uma mola, prendendo-se a uma de suas pontas um corpo de massa m
desconhecida. Suponha que as forças dissipativas são desprezíveis. Considere g = 9,79 m/s2.
a) Colocando-se o sistema massa-mola numa superfície horizontal sem atrito e puxando-o com
diferentes forças conhecidas, mediram-se suas respectivas deformações, tomando-se como
referência o comprimento indeformado da mola. Com os dados obtidos, foi feito o seguinte
gráfico:

- Baseando-se no gráfico acima, determine:


A escala do eixo X: _____________
A escala do eixo Y: _____________
- Monte a tabela de dados e, utilizando o MMQ, determine os coeficientes angular e linear da
reta que melhor se ajusta a estes pontos:
y( ) x( ) 𝛿𝑥𝑖 = (𝑥𝑖 − 𝑥̅ ) 𝛿𝑦𝑖 (𝛿𝑥1 )2 𝛿𝑦𝑖 𝛿𝑥𝑖

𝑦� = 𝑥̅ = Σ

- Trace a reta ajustada pelo MMQ no gráfico acima.


- Determine a constante elástica da mola k:

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b) Suspendendo-se o sistema massa-mola na vertical, mas tomando-se como referência o mesmo
comprimento indeformado do item (a), submeteu-se o sistema às mesmas forças anteriores e
mediram-se suas respectivas deformações. Com os dados obtidos, foi feito o seguinte gráfico:

- Baseando-se no gráfico acima, determine:


A escala do eixo X: _____________
A escala do eixo Y: _____________
- Monte a tabela de dados e, utilizando o MMQ, determine os coeficientes angular e linear da
reta que melhor se ajusta a estes pontos:
y( ) x( ) 𝛿𝑥𝑖 = (𝑥𝑖 − 𝑥̅ ) 𝛿𝑦𝑖 (𝛿𝑥1 )2 𝛿𝑦𝑖 𝛿𝑥𝑖

𝑦� = 𝑥̅ = Σ

- Trace a reta ajustada pelo MMQ no gráfico acima.


- Determine a massa m do corpo preso à mola.

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